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Permanências africanas no congado brasileiro / African permanencies in the brazilian congadoSOUZA, Tatiane Pereira de [UNESP] 27 March 2018 (has links)
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1) Agradecimento à CAPES: De acordo com a PORTARIA CAPES n. 206, de 4 de setembro de 2018 (http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=05/09/2018&jornal=515&pagina=22), que dispõe sobre a obrigatoriedade de citação da CAPES, o agradecimento à agência de fomento deverá aparecer da seguinte forma: "O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001".
2) Falta a palavra "Sumário" na parte superior da folha do mesmo.
3) Renumeração do trabalho: as páginas pré-textuais devem ser contadas, com exceção da capa, que no caso do seu trabalho são duas e da ficha catalográfica, mas a numeração deverá aparecer somente a partir da primeira página textual. No seu caso Mu'Ntu será a página 11.
4) Sumário: após a renumeração do trabalho será preciso refazer o sumário para que ele reflita fielmente a paginação do trabalho.
Agradecemos a compreensão.
on 2018-10-19T22:00:25Z (GMT) / Submitted by TATIANE PEREIRA DE SOUZA (tatiane.souza@unesp.br) on 2018-11-12T20:51:27Z
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Previous issue date: 2018-03-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Busca-se identificar, descrever e compreender as permanências africanas dentro do Congado e de que forma elas influenciam a identidade dos grupos e o sentimento de pertença de seus participantes. A pesquisa se realizou por meio da Afroperspectiva enquanto método com referências na etnografia e em estudos situados no contexto geopolítico do Mundo Africano: Continente- Diáspora, e América Latina, dentre outros em diálogo. Assim, os dados coletados, nas conversas aprofundadas e no convívio com os grupos e demais participantes da pesquisa, foram registrados, transcritos, organizados e interpretados à luz da análise de conteúdo por meio de uma descrição densa. O capítulo I - Áfricas, apresenta a desmistificação da África enquanto ponto de partida para conhecer e estudar as culturas negras, cuja raiz de sua expressão é africana. O texto desconstrói o imaginário negativo sobre África e sua conceituação de diáspora para trazer a África e suas múltiplas dimensões enquanto territórios civilizatórios espalhados pelo mundo. Assim, localiza-se o Congado como uma herança afrodiaspórica no Brasil. No capítulo II, apresenta-se as concepções da Afroperspectiva enquanto método que sustenta tanto as categorias teóricas e práticas dessa pesquisa quanto as ações da pesquisadora em interlocução e em incursão no campo Brasil-África; é pela lente da Afroperspectiva que apresentamos os caminhos de compreensão do Congado. Por fim, os capítulos III - Congado o que é isto? e IV- Congado, território africano trazem, respectivamente, uma imersão na cultura e na presença africana, em especial bantu, para compreender o universo do Congado com suas raízes e práticas no Brasil; esses capítulos, apresentam a interpretação dos dados da pesquisa oriundos do campo com os/as congadeiros/as no Brasil e com os africanos de Angola, ao final tem-se as conclusões dessa investigação. / This thesis is dedicated to unveiling Africa and its cultural elements present in the practices, celebrations and imaginary of its descendants. It seeks to identify, describe and understand the African permanences within the Congado and in what way they influence the identity of the groups and the sense of belonging of its participants. The research was carried out through Afropperspective as a method with references in ethnography and in studies situated in the geopolitical context of the African World: Continent-Diaspora, and Latin America, among others in dialogue. Thus, the collected data, in the deep conversations and in the conviviality with the groups and other participants of the research, were recorded, transcribed, organized and interpreted in light of the analysis of content by means of a dense description. Chapter I - Africa, presents the demystification of Africa as a starting point for learning about and studying black cultures, whose roots are African. The text deconstructs the negative imaginary about Africa and its conception of diaspora to bring Africa and its multiple dimensions as civilizing territories scattered around the world. Thus, the Congado is located like an afrodiasporic inheritance in Brazil. In Chapter II, the concepts of Afropperspective are presented as a method that supports both the theoretical and practical categories of this research and the actions of the researcher in interlocution and incursion in the Brazil-Africa field; it is through the lens of Afropperspective that we present the paths of understanding of the Congado. Finally, chapters III - Congado what is this? and IV- Congado, African territory, respectively, immersion in African culture and presence, especially Bantu, to understand the Congado universe with its roots and practices in Brazil; these chapters present the interpretation of the research data coming from the field with the congadeiros in Brazil and with the Angolan Africans, at the end the conclusions of this investigation are obtained. / CAPES - Código de Financiamento 001
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As vinte e uma faces de Exu na Filosofia Afrodescendente da Educação: Imagens, discursos e narrativas. / Les vingt et une faces d’exu dans la philosophie afrodescendante de l’éducation : images, discours et narrativesSOARES, Emanoel Luís Roques January 2008 (has links)
SOARES, Emanoel Luís Roques . As vinte e uma faces de Exu na filosofia afrodescendente da educação: imagens, discursos e narrativas. 2008.188f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2008. / Submitted by Maria Josineide Góis (josineide@ufc.br) on 2012-07-09T13:09:18Z
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Previous issue date: 2008 / O trabalho tem como objetivo examinar os múltiplos conceitos existentes para Exu, dentre os quais a inversão, observada na maneira deste orixá ensinar às avessas, no mito de como ele ensina a Oxum a jogar búzios para ver o futuro, ou do princípio do caos exuriano – no qual é preciso um grande estado de confusão inicial para que o esclarecimento aconteça. Enfoca também a matrifocalidade presente na obra de Ruth Lands: “A cidade das mulheres”, a qual mostra esta inversão exuriana de valores numa cidade machista em que as mulheres mães-de-santo são as poderosas. Serão vistos os diversos conceitos que Exu ganhou após sua chegada ao Brasil, além do dialogismo do orixá da comunicação, o interlocutor de todos os outros. Os mitos africanos serão analisados, pois o mito é base da cultura de um povo e está no início da sua formação, dando sentido à sua existência. Através da investigação desses pontos analisar-se-á a natureza polilógica e polifônica de Exu, que é o próprio movimento em si, pois ele é a força dinâmica que move a tudo e a todos – como bem destaca Joana Elbein dos Santos. Os métodos utilizados são os fenomenológicos que servirão para que se tenha uma visão sem prejuízos sobre o orixá no convívio com “o povo de Santo”, por meio da escuta e de entrevistas, juntamente com o método genealógico, serão analisados vários estudos escritos por antropólogos e historiadores, os quais estão misturados, rasurados e mal redigidos – muitos deles feitos com intenções de poder, já que os primeiros estudiosos estavam diretamente ligados ao cristianismo. Assim, de olhos e ouvidos bem abertos, como um vigia, pois é espreitando – como diria Foucault –, como numa caçada ou investigação policial, buscando a melhor forma de entender a regra do jogo histórico, onde menos se espera é que talvez apareça aquilo que não é possuído pela história. A intenção é mostrar que em Exu existe um princípio pedagógico e dialógico gerador de conceitos e por ter vários conceitos – e porque continua gerando-os em constante mudança uma vez que essa multiplicidade de conceitos e devir são características da filosofia segundo Gilles Deleuze –, mostra que Exu pode ser assim como Apolo e Dionísio que são para George Colli, o princípio de uma filosofia, desta feita não a grega, mas a filosofia da educação afrodescendente. / Le but du travail est d’examiner les plusieurs concepts qui existent pour Exu, d’entre eux l’inversion, observée dans la façon de cet « orixá » enseigner à l’envers. C’est dans le mythe de comment il apprend à Oxum à jeter le sort en utilisant des coquillages pour voir le futur ou du principe du chaos « exuriano » – dans lequel il faut un grand état de confusion initiale pour que l’éclaircement arrive. Montre aussi la matrifocalité qui est présente dans l’oeuvre de Ruth Lands : «A cidade das Mulheres » qui montre cette inversion « exuriana » de valeurs dans une ville machiste où les femmes « mães-de-santo » sont les puissantes. Les divers concepts qu’Exu a gagné après son arrivée au Brésil seront vus et, en plus, des dialogues de l’Orixá de la communication, l’interlocuteur de tous les autres. Les mythes africains seront analysés, car le mythe est la base de la culture d’un peuple, et il est au début de sa formation en donnant de sens à son existence. À travers l’investigation de ces points, on analysera la nature polilogique et poliphonique d’Exu que c’est le propre mouvement autour de soi- même, car il est la force dynamique qui émeut à tout et à tous – comme remarque bien Joana Elbein dos Santos dans son oeuvre « Os Nagôs e a Morte ». En utilisant les méthodes des phénomènes qui serviront pour qu’on aît une vision sans prejudices sur l’Orixá au quotidien du « povo de Santo », à travers l’écoute et les interviews avec le méthode généalogique, ce seront analysés beaucoup d’études écrites par antropologues et historiciens, lesquelles sont melangées, raturées et mal rédigées – beaucoup d’entre elles faites avec des intentions de pouvoir, puisque les premiers studieux étaient directement liés au Christianisme. Ainsi, consciemment, comme un gardien, car c’est en épiant – comme dirait Foucault – comme dans une chasse ou dans une enquête policière, en cherchant la meilleure façon de comprendre la règle du jeu historique, où moins on attend ce qu’apparaisse peut-être ce qui n’est pas inclu par l’histoire. L’intention est de montrer dans l’Exu qui existe un principe pédagogique et des dialogues créateurs de concepts, et de cette manière, qu’il continue à les changer continuemment puisque cette multiplicité de concepts et de « ce qui viendra » sont des caractéristiques de la philosophie de Gilles Deleuze qui montre qu’Exu peut être comme Apolo et Dionysos selon George Colli dans son oeuvre « O Nascimento da filosofia » le principe d’une philosophie pas grecque, mais la philosophie de l’éducation afrodescendante.
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A Lição de coisas de Antônio Cardoso: uma poética para além da prisão / Lição de coisas of António Cardoso: a poetics beyond the prisonTércio de Abreu Paparoto 02 March 2010 (has links)
A presente pesquisa na área de Estudos Comparados de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa para a obtenção do título de doutor, baseia-se em manifestações literárias angolanas, especificamente entre 1961 e 1975. Como ponto de partida, optou-se pela obra do poeta angolano António Cardoso, autor que participou dos movimentos libertários angolanos, tendo a literatura como uma de suas armas contra a opressão material, espiritual e, notadamente, a cultural, sendo isso um dos elementos determinantes para sua duradoura prisão, entre 1961 e 1974, em Luanda e no campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde. São de Cardoso as seguintes obras: Chão Antigo, Lubango: 1964, 21 poemas de cadeia, Lisboa: ed. Plátano (1979), Economia Política Poética (panfleto), Lisboa: Plátano (1979); A casa de mãezinha, Lisboa: Plátano, 1980; Baixa e Musseques, Lisboa: Plátano, 1980; Chão de Exílio, Lisboa: África Editora, 1980; Lição de coisas, Lisboa: Ulmeiro, 1980; 3unca é velha a esperança, Lisboa: Plátano, 1980; Poemas de circunstância e São Paulo, Lisboa: África Editora: 1980; A Fortuna [prosa], Lisboa: África editora. Como reflexo dessa experiência, o autor desenvolveu uma poética que nos permite entendê-la para além de uma literatura engajada, mesmo valendo-se dela, com uma envergadura semântica própria que, em princípio, diferencia-o de grande parte de seus contemporâneos. Vale notar que grande parte de seus livros foi publicada após o período em recorte, notadamente entre 1979 e 1981. Da relação bibliográfica acima apresentada, tomou-se como referência os versos presentes em Lição de coisas - que, em alguns momentos desta pesquisa, foram comparados analiticamente com alguns textos poéticos (inteiros ou parcialmente) de Carlos Drummond de Andrade, poemas esses insertos em seu também intitulado Lição de coisas, obra publicada em 1962, com o intuito de se verificar como se estruturam os versos deste e que vínculos podem ser estabelecidos com os daquele outro. Porém, é importante informar que os poemas de Drummond, aqui escolhidos, servirão única e exclusivamente -, como baliza para o aprofundamento da compreensão e do estabelecimento dos processos investigativos que mostrem a qualidade da produção de António Cardoso, este sim foco, objeto deste estudo. Como acessório importante, utilizou-se, também, um ou outro texto poético da obra Economia Política Poética (panfleto), de Cardoso, especificado devidamente mais à frente, com a intenção de enriquecer a compreensão do tema. Esta pesquisa, portanto, apoia-se na tese de que, na denominada literatura engajada, tomando-se os versos de Cardoso, é-nos possível depreender um conjunto de significações que abrem caminhos para análises de cunho psicofilosófico, isto é, de estudos que permitem inter-relações estabelecidas a partir do espaço opressor da prisão e seus matizes simbólicos, bem como o próprio exercício de reflexão sobre a condição do ser no âmbito da sobrevivência física e psicológica, resultante de anos a fio no cárcere. / This work aim for to understand the Angolan António Cardosos poem, for beyond thematic taked as committed, produced between decades 1960 and 1970, begin some yours texts extractionedes, first of all, from the Lição de coisas, in 1980, and others events but important works.
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Das razões do pranto: história e ficção em ChoriroAntonaccio, Adriana Maciel 31 October 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-10-31 / Choriro consists of one of the most expressive works of Ungulani Ba Ka Khosa. In it,
the author rebuilds the African history through literature, parodying historical speeches
produced by Europeans over centuries of colonization. For this, Ungulani brings up
social conflicts between the Mozambican communities, showing the role of women in
African society, as well as the shock suffered by the cultures and traditions of the
continent when touched by the European. Such elaboration is developed through the
questioning of historical knowledge built through a parodic narrative, evidenced by
ironies that punctuate, through its edges, the dimishment of African identities and the
enhancement of the Portuguese culture, language and identity. This research will show
how Ungulani introduces readers to a new historical version, which does not deny the
knowledge already built, but it shows that there are aspects that have been eliminated
and are noteworthy for being place of belonging to Africans. / Choriro consiste em uma das obras mais expressivas de Ungulani Ba Ka Khosa. Nela, o
autor remonta a história africana através da literatura, parodiando discursos históricos
produzidos pelos europeus ao longo de séculos de colonização. Para isso, Ungulani traz
à tona conflitos sociais entre as comunidades moçambicanas, mostrando o papel da
mulher na sociedade africana, bem como o abalo sofrido pelas culturas e tradições do
continente quando tocadas pelo europeu. Essa construção se dá através do
questionamento do conhecimento histórico construído através de uma narrativa
paródica, evidenciada por ironias que pontuam, através de suas arestas, o cerceamento
das identidades africanas e o enaltecimento da cultura, língua e identidade portuguesas.
Esta pesquisa mostrará como Ungulani apresenta aos leitores uma nova versão histórica,
que não nega o conhecimento já construído, mas demonstra que há aspectos que foram
suprimidos e merecem destaque por serem lugar de pertença dos africanos.
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Por uma modernidade própria: o transcultural nas obras Hibisco roxo, de Chimamanda Ngozi Adichie, e O Sétimo Juramento, de Paulina Chiziane.Teotônio, Rafaella Cristina Alves 19 April 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-04-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In recent times, the African literature starts to shift from its previous nationalist function as
to conceive modernity. The search for what Édouard Glissant (2005) discusses concerning a
specific modernity is observed. This literature, when understanding how consuming is the
attempt to conquer an identity proper to African nations, reflects the impossibility of return to
a pre-colonial past and that the hibridity of its cultures is not only the result of the European
colonization, but also an existing reality before the colonization. The current attempt is to
search for a modernity that is not the homogenizing, imposed by the globalization, in which
the identities form easily commerciable patterns and the minorities are subordinated. The
specific modernity" that is searched for, starting with the communication of the African
literature and its societies, is a modernity with rhizomatic that tries to give voice to subjects
previously hidden. In this search, the feminine authorship shows a particularized movement
introduced in contemporary African literature. Women, before and after the colonization were
seen as subjects stigmatized and violated by patriarchy, establishing with the literary
expression a relationship that reveals and has the need to talk about their conditions as a
minority and the condition of of other minorities. This work proposes to study two
contemporary African female writers in whose works one can read the search and
problematization of the modernity of their nations. The study analyzes the works The seventh
oath (2000), written by the Mozambican writer Paulina Chiziane and Purple hibiscus (2011),
by the Nigerian, Chimamanda Ngozi Adichie. Using the comparative method, the works are
analysed by examining the way the authors communicate literally, producing in their
narratives, updates of the African values, previously held forth by writers of other
generations. Both narratives establish debates that distance themselves from the anterior
perspective of African literatures when creating a face for the nation, in an attempt to invent a
specific identity for them, because the narratives in The seventh oath and Purple
hibiscus show an African identity that tries not to be fixed, imobile ou unique, however it is
different due to its diversity of identities that relate to each other in the contemporainity. / Na atualidade, as literaturas africanas se deslocam da antiga função nacionalista para conceber
a modernidade. Observa-se a busca do que Édouard Glissant (2005) diz a respeito de uma
modernidade própria . Essas literaturas, ao entenderem o desgaste produzido pela tentativa
de conquistar uma identidade própria às nações africanas, refletem a impossibilidade de volta
a um passado pré-colonial, e que a hibridez de suas culturas não é somente resultado do
encontro com a colonização europeia, mas uma realidade existente antes da colonização. A
atual tentativa é de buscar uma modernidade que não seja a homogeneizante, imposta pela
globalização, em que as identidades formam padrões facilmente comercializados e as
minorias são subalternizadas. A modernidade própria procurada, a partir da comunicação das
literaturas africanas com suas sociedades, é uma modernidade com identidades rizomáticas
que tenta dar voz a sujeitos antes ocultados. Nessa busca, a autoria feminina demonstra uma
visão particularizada do movimento instaurado nas literaturas africanas contemporâneas. As
mulheres, antes e depois da colonização foram vistas como sujeitos estigmatizados e
violentados pelo patriarcalismo, estabelecendo com a expressão literária uma relação que
revela e tem a necessidade de dizer sobre sua condição minoritária e sobre a condição de
outras minorias. O trabalho propõe estudar obras de duas escritoras africanas contemporâneas
em cujas obras se leem a busca e problematização da modernidade de suas nações. O estudo
analisa as obras O sétimo juramento (2000), da escritora moçambicana Paulina Chiziane, e
Hibisco roxo (2011), da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. Utilizando o método
comparativo, realiza-se a análise das obras examinando o modo como as escritoras se
comunicam literariamente, produzindo, em suas narrativas, atualizações dos valores africanos
antes pregados por escritores de outras gerações. As narrativas de O sétimo juramento e
Hibisco roxo mostram uma identidade africana que não se quer fixa, imóvel ou única, mas
que se diferencia pela diversidade de identidades que se relacionam na contemporaneidade.
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Literatura e política : a representação das elites pós-coloniais africanas em Chinua Achebe e Pepetela / Littérature et politique : la représentation des élites post-coloniales africaines dans l’oeuvre de Chinua Achebe et Pepetele / Literature and Politics : the representation of the African postcolonial elites in Chinua Achebe and PepetelaPereira, Fernanda Alencar 03 August 2012 (has links)
Il s’agit de présenter une étude critique et comparative des romans No Longer at Ease (1960) et A Man of the People (1966), de l’écrivain Nigérian Chinua Achebe, et de A geração da utopia (1992) et Predadores (2005), de l’Angolais Pepetela. Par l’analyse des contextes historique, géographique, politique et littéraire qui tournent autour et quitraversent la tessiture des romans étudiés, l’on propose de montrer comment les deux écrivains africains s’approprient du roman, genre cosmopolite par excellence, pour l’adapter aux conditions locales de production du roman dans l’Afrique postcoloniale, de façon à exprimer littérairement la (dis)jonction entre métropole et postcolonie et le processus de (re)construction de la nouvelle nation. Notre intérêt dans l’analyse de ces romans est de réfléchir sur les types de négociations et concessions que les narrateurs ont besoin de faire pour raconter leurs récits. Pour ce faire, nous étudions le statut du narrateur, la configuration des personnages, la transformation du processus social en forme littéraire, la représentation de la nation et le langage mis en pratique par les auteurs pour représenter cette réalité. Les personnages évoqués sont ceux qui représentent la nouvelle « bourgeoisie » du moment postcolonial du Nigéria et de l’Angola, lesquels font partie de cette nouvelle classe sociale, responsable par la sphère bureaucratique qui surgit dans les pays africains après les processus d’indépendance, à partir des années 1960. La mise en dialogue des écrivains Pepetela et Achebe se fonde dans la proximité de style littéraire présentée par eux et par le rapprochement démontré par l’élection des sujets traités dans leurs ouvrages. Il faut encore préciser qu’ils sont tous les deux des observateurs perspicaces de la réalité de leurs pays et qu’ils se servent d’un langage acéré, rempli d’une ironie subtile. L’on propose, donc, dans cette étude, devérifier la thèse de l’existence d’une articulation entre le thème de l’ascension des personnages corrompus, membres des nouvelles élites bourgeoises, et les modifications progressives des récits analysés, dans la mesure où l’on passe de la lecture des romans dont les trames narratives représentent des moments antérieurs aux mouvements d’indépendances vers la lecture de romans qui mettent en scène des contextes postérieurs aux indépendances. Partant de l’analyse des composantes identitaires et linguistiques, nous examinons les points de confluence et diffluence entre les oeuvres deAchebe et Pepetela dans la représentation des élites postcoloniales / This dissertation presents a critical and comparative study of the novels entitled No Longer at Ease (1960) and A man of the People 1966), by the Nigerian writer Chinua Achebe, and the novels A geração da utopia (1992) and Predadores (2005), by the Angolan writer Pepetela. By means of the analysis of historical, geographical, political and literary contexts that surround and permeate the fabric of the novels mentioned above, we demonstrate how both African writers appropriate the novel – a cosmopolitan genre par excellence – to adapt it to local conditions of novel production in postcolonial Africa, so to literarily express the (mis)match between metropolis and postcolony and the process of (re)construction of the new nation. What interests us in these novels is to reflect on the types of negotiations and concessions that the narrators need to do to tell their stories. To do so, we study the status of the narrator, the configuration of the characters, the transformation of the social process in literary form, the representation of the nation and the language summoned by the authors to represent such reality. We focus primarily on the characters that represent the new “bourgeois” of the postcolonial periods in Nigeria and Angola, who belong to these new social class, responsible for the burocratic domain which emerges in African countries after the processes for independence in the 60’s. We chose Pepetela to dialogue with Achebe because they have similar literary style and because their thematic choices are very similar. Both are keen observers of their countries’ realities and they use sharp language, full of subtle irony. Thus, we propose to investigate the thesis that there is an articulation between the theme of the rising of corrupted characters, members of new bourgeois elites, and the progressive modifications in the narratives analysed, as we move from the reading of novels which enact moments previous to the independences, to the reading of novels which portray the contexts after them. From the analysis of the identity and linguistic components, we investigated the points of confluence and detachment between Achebe’s and Pepetela’s works in representing postcolonialrealities / Esta tese apresenta um estudo crítico e comparativo dos romances No Longer at Ease (1960) e A Man of the People (1966), do escritor nigeriano Chinua Achebe, e de A geração da utopia (1992) e Predadores (2005), do angolano Pepetela. Por meio da análise dos contextos histórico, geográfico, político e literário que circundam e perpassam a tessitura dos referidos romances, propomos mostrar como ambos os escritores africanos apropriam-se do romance, gênero cosmopolita por excelência, para adaptá-lo às condições locais de produção do romance na África pós-colonial, de modoa expressar literariamente o (des)encontro entre metrópole e pós-colônia e o processo de (re)construção da nova nação. O que nos interessa nesses romances é refletir sobre que tipos de negociações e concessões os narradores precisam fazer para contar suas histórias. Para isso, estudamos o estatuto do narrador, a configuração dos personagens, atransformação do processo social em forma literária, a representação da nação e a linguagem convocada pelos autores para representar tal realidade. Enfocamos primordialmente os personagens que representam os novos “burgueses” da fase póscolonial da Nigéria e de Angola, os quais fazem parte da nova classe social, responsável pela esfera burocrática que surge nos países africanos depois dos processos de independência, a partir dos anos 1960. A escolha de Pepetela para dialogar com Achebe fundamenta-se na proximidade de estilo literário apresentado pelos dois autores e pelaafinidade que demonstram na eleição dos temas tratados em suas obras. Ambos são observadores perspicazes das realidades de seus países e utilizam linguagem afiada, repleta de sutil ironia. Propomos, portanto, averiguar a tese de que existe uma articulação entre o tema da ascensão dos personagens corruptos, membros das novas elites burguesas, e as modificações progressivas das narrativas analisadas, na medida em que passamos da leitura dos romances cujos enredos representam momentos anteriores às independências para a leitura dos romances que encenam contextosposteriores a elas. Partindo da análise dos componentes identitários e linguísticos, investigamos os pontos de confluência e de distanciamento entre as obras de Achebe e Pepetela, na representação das realidades pós-coloniai
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Folia de Reis em Leopoldina: uma encruzilhada religiosa, artística e culturalNeder, Andiara Barbosa 24 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-24 / Esta pesquisa visa demonstrar que a Folia de Reis, enquanto uma manifestação
devocional católica, compreende em seu interior influências tanto lusitanas como africanas.
Ela faz parte de uma religião plástica e fagocitária, o Catolicismo Santorial, fruto do encontro
cultural ocorrido no Brasil. Apesar de a Folia ser uma expressão popular de grande relevância
no cenário da Zona da Mata Mineira, de maneira especial em Leopoldina, existem poucos
trabalhos que se debruçam sobre uma discussão crítica que se baliza pela influência de
heranças africanas sobre essa manifestação popular. Ao realizar uma análise baseada em um
passado marcado pela presença expressiva dos negros, percebe-se principalmente na figura do
palhaço traços das heranças africanas, assim como a crença no sobrenatural e no poder dos
terreiros revelados nas palavras dos foliões. Esta pesquisa busca a compreensão de como se
articulam nesse contexto crenças, práticas, devoções, lógicas e preceitos, no sentido de mover
foliões e devotos a dinâmica da reprodução e recriação contínua da tradição. Para tal, analiso
três grupos leopoldinenses: Folia da Serra, Folia dos Colodinos, e Folia da Maú. Esta pesquisa
se baliza pela busca da produção de um conhecimento que possa contribuir para o
enriquecimento teórico-disciplinar, não se limitando a apenas descrições, mas também
elencando problematizações acerca do tema. Dessa forma, podendo ser um auxílio no
preenchimento de uma lacuna no interior de uma literatura deficiente no que tange o estudo da
expressividade da Folia de Reis no município de Leopoldina, como uma prática religiosa e
cultural do Catolicismo Santorial permeada por influências das culturas africanas. Portanto, à
luz dessas análises a tradição será tratada como um elemento vivo em Leopoldina, em
constante mutação e resignificação, que trilha um caminho coerente com a modernidade e não
em oposição a ela. / This research aims to demonstrate that the Revelry of Kings, as a Catholic devotional
manifestation, comprises inside it both Lusitanian and African influences. It is part of a plastic
and phagocytic religion, the Catholicism focused on the saints, called “Santorial”
Catholicism, result of the cultural meeting held in Brazil. Although the Revelry be a popular
expression of great relevance in the scenario of Zona da Mata at Minas Gerais, especially in
Leopoldina, there are few studies that focus on a critical discussion marked out by the
influence of African heritage on this popular manifestation. When performing an analysis
based on a past marked by the significant presence of blacks, it is noticed mainly in the figure
of the clown traits of African heritage as well as the belief in the supernatural and in the
power of the yards revealed in the words of the revelers. This research seeks to understand
how beliefs, practices, devotions, logical and precepts are articulated in this context, in order
to move revelers and devotees the dynamics of reproduction and continuous recreation of the
tradition. For this purpose, I analyze three groups from Leopoldina: Revelry of Serra, Revelry
of Colodinos, and Revelry of Maú. This research is marked out by the pursuance of producing
a knowledge that can contribute to the theoretical-disciplinary enrichment, not limited to only
descriptions, but also specifying problematizations concerning to the subject. Thereby, it can
be an aid in filling a gap within a deficient literature regarding the study of the expressiveness
of the Revelry of Kings in Leopoldina’s city, as a religious and cultural practice of “Santorial”
Catholicism permeated by African cultures’ influences. Therefore, in light of these analyses
the tradition will be treated as a living element in Leopoldina, constantly changing and
reframing, which makes a coherent path with modernity, not in opposition to it.
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Desde la esclavitud de mujeres negro africanas a la prostitución nigeriana en Alicante. Una geografía feminista (ss. XVI-XXI)Delicado-Moratalla, Lydia 19 May 2017 (has links)
En esta tesis doctoral desvelamos las causas que provocan la trata con fines de explotación sexual en las mujeres nigerianas, desde un ámbito internacional al particular, en Alicante. Es por ello que la disertación se estructura como un recorrido que profundiza en los factores históricos y geopolíticos que evidencian y explican la situación actual en la prostitución nigeriana. El texto, se muestra como un estudio comparativo entre el pasado y el presente y analiza los nexos comunes, espaciales, simbólicos y culturales, entre la trata negrera esclavista de mujeres en la época moderna hispánica y el tráfico actual de nigerianas. Todo ello sucede y se justifica desde el marco teórico de partida de las geografías feministas y antirracistas, un estudio que se acomete desde la interseccionalidad. Este trabajo explota la industrialización del sexo y la trata sexual como mecanismo que la sustenta, así como las relaciones entre el racismo patriarcal, el presente colonial y los procesos de feminización de la supervivencia como contexto en el que se desarrollan grandes reacciones patriarcales. La tesis investiga la repercusión de la industria extractivista en las vidas de las mujeres y el proceso de deshumanización que sufren las féminas como una dinámica de alto impacto, enmarcada en las desiguales relaciones de poder en el mundo globalizado.
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Fonologia segmental e supra-segmental do Quimbundo: variedades de Luanda, Bengo, Quanza Norte e Malange / Segmental and supra-segmental phonology of Kimbundu: Regiolects of Luanda, Bengo, Cuanza Norte and MalangeXavier, Francisco da Silva 16 August 2010 (has links)
Desde os primeiros trabalhos lingüísticos efetuados sobre o quimbundo, língua banta H20 na classificação de Guthrie (1948), nota-se uma ausência de informações detalhadas e confiáveis a respeito de elementos sua estrutura prosódica e de sua fonologia como um todo. Essa lacuna me instigou a realizar, seguindo o quadro de pesquisas sobre as línguas africanas estabelecido pelo Departamento de Lingüística da Universidade de São Paulo, um estudo descritivo da fonologia segmental e supra-segmental do quimbundo, cujos resultados se organizam nesta tese de doutorado. O presente trabalho, tomando como base de investigação quatro variedades regionais representadas por cinco falantes nativos do quimbundo, abrange, no bojo da descrição lingüística, fenômenos verificáveis na estrutura segmental e prosódica da língua, tais como a harmonia vocálica, alterações de natureza fonética na configuração da estrutura silábica, casos de mudança de timbre vocálico, apagamento de segmentos, direção e extensão do espraiamento de traços consonantais e de tons fonológicos. Finalmente, a observação e a análise do fenômeno de sândi ao nível dos suprasegmentos permitem afirmar que o quimbundo utiliza variações de altura com valor distintivo apenas numa perspectiva paradigmática, o que comprova, portanto, seu estatuto de língua tonal. Acredito que a descrição aqui realizada é uma forma de lançar visibilidade ao quimbundo nas pesquisas sobre as línguas africanas e de atualizar as perspectivas de estudo da língua dentro das teorias lingüísticas. / From the first linguistic works on Kimbundu, a Bantu language coded as H20 according to Guthries zone classification (1948), there has been a lack of detailed and reliable information about the elements comprising its prosodic structure, and its phonology altogether. This gap has instigated my conducting a detailed description of both segmental and prosodic phonology of Kimbundu within the research framework for African languages set forth by the Linguistics Department of the University of São Paulo, and whose results make up this Ph.D. dissertation. Based on four regiolects represented by five native Kimbundu speakers, this descriptive study covers phenomena which can be found in the segmental and prosodic structure of this language, such as vowel harmony, phonetic alternations in the setup of the syllable structure, vowel quality changes, segment deletion, and the direction and range of consonantal feature and phonological tone spreading. Finally, the study of prosodic sandhi corroborates that Kimbundu makes use of different distinctive pitches only on a paradigmatic perspective, which proves true the claim that this is a tonal language. I strongly believe that this description work can be used to shed light upon Kimbundu on further research on African languages, in addition to updating the prospect studies of this language within linguistic theories.
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Morfologia verbal do Lembaama / Morphology of lembaama verbal systemOkoudowa, Bruno 17 August 2010 (has links)
Este trabalho propõe a análise da morfologia verbal do lembaama, que é uma língua do subgrupo banto (da floresta), B.62 (Guthrie, 1971), do grupo Benuê-Congo, do tronco Nigero-congolês. Como esta língua não apresenta nenhum estudo deste gênero, espera-se que esta primeira análise possibilite estudos posteriores neste e em outros campos linguísticos. A análise morfológica dos verbos revelou, primeiramente, que a estrutura verbal dessa língua é composta dos seguintes elementos: sujeito, índice do sujeito, negação1, marca de Tempo, raiz do verbo, extensão, vogal final ou marca de Aspecto, objeto(s) ou índice do objeto, negação2 que se seguem numa ordem fixa na oração. Constatamos que o índice do objeto, que é geralmente anteposto à raiz do verbo na maioria das línguas bantas, é posposto ao verbo em lembaama. A negação, por sua vez, é representada pelo morfema descontínuo composto por dois elementos: ka- (negação1) e -ní (negação2). Sendo que na estrutura verbal, ka- aparece depois do índice do sujeito (à esquerda da raiz do verbo) e -ni aparece depois do índice do objeto (à direita da raiz do verbo), é o último elemento da estrutura do verbo. Ao estudar a derivação verbal em lembaama, constatamos que a estrutura das extensões desta língua difere daquela encontrada nas outras línguas bantas pelo fato do lembaama ter acrescentado à estrutura -VC- preexistente no protobanto, estruturas do tipo -C-, -CV- e -CVC-. A extensão mais comum e mais fácil de ser reconhecida nessa língua é aquela que marca o habitual, tanto no presente (-ag-) como no passado (-ig-). O estudo dos sufixos derivativos do lembaama revelou também a existência de uma correlação entre o valor gramatical e o valor semântico das extensões. Vimos que seres humanos e animados são envolvidos em orações que apresentam uma transitividade alta. O estudo da transitividade mostrou-se, ainda, como uma noção fundamental nessa língua porque distingue ações e estados, por exemplo. Quanto à análise das categorias Tempo, Aspecto e Modo (TAM), essa língua evidenciou três tempos: um presente que não tem marcas e que se confunde com o presente pontual, o progressivo e o futuro. Dois futuros: um mais próximo, sem marcas, que se confunde com o presente pontual e o progressivo; outro, mais distante, marcado pelo verbo auxiliar odze \"ir\". Três passados: um recente, marcado pelo morfema mí- de tom alto e anteposto ao radical do verbo; um distante, marcado pelo morfema máá- de tom alto e anteposto ao radical do verbo; um remoto, expresso pela junção do verbo auxiliar -ki \"estar\" e o morfema do passado mí-. Assim, contrariamente aos morfemas de Aspectos, os morfemas de Tempo são sempre antepostos ao radical do verbo. É o caso dos dois morfemas que marcam os passados recente e distante. Há dois aspectos: o perfectivo, marcado pela vogal final -í; o imperfectivo, sem marca específica. A análise dos tempos e dos aspectos revelou que o Aspecto é mais fundamental em lembaama. O estudo dos modos permitiu identificar três: o imperativo, o condicional e o indicativo. / This work proposes an analysis of the verbal morphology of Lembaama (B62) according to Guthrie (1971). Officially called Obamba in Gabon, Lembaama is a Bantu language of the forest, from the Benue-Congo group and Niger-Congo phylum. As far as we know, this language has yet to receive a detailed study. It should be noted that Lembaama shows some interesting features. Indeed, the verbal morphology analysis shows that a single inflected verb contains the following elements: subject, subject marker, negative1, Tense marker, root, extension, Final Vowel or Aspect marker, negative2 occurring in a fix order in a sentence. The object marker comes after the root. Negation consists of a discontinuous morpheme: kaní. Ka- is placed before the root (by the left) and -ní occurs after the root (by the right) being the last element of this structure. The verbal derivation study reveals the following structure of Lembaama extensions: -C-, -CV-, -VC- and -CVC-.The habitual marker -ag- being the commonest extension. This study also highlights the existence of a correlation between the grammatical value and the semantic value of extensions. Hence, human and animate beings are evoked in clauses with higher transitivity than things. Therefore, transitivity is fundamental in Lembaama, as it can distinguish actions from states, for example. Tense, Aspect and Mood study defines three Tenses. First, there is a present that, because it is used without tense marker, can be merged with near future or with progressive. Then, we note two future tenses: a near future (F1) occurring without mark and a distant future (F2) marked by the auxiliary verb odze go. Finally, we count three past tenses: a recent (P1) marked by mí- with a high tone; a distant (P2) marked by máá- with a high tone too, and a remote past (P3) marked by kí be, an auxiliary verb with high tone and mí-, the recent past marker, both coming before the root (by the left). Thus, Tense marker morphemes are always placed before the root (by the left) and Aspect markers occur after the root (by the right). This analysis highlighted two Aspects: a perfective marked by the Final Vowel -í; an imperfective without a specific mark. Tense and Aspect analysis allows to conclude that Aspect is more fundamental than Tense in this language. Concerning Mood, the analysis revealed three: imperative, conditional and indicative.
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