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Em busca de uma poética da vozNeumann, Daiane January 2016 (has links)
Dans la présente thèse, je propose de penser une poétique de la voix. Pour ce faire, j’ai entrepris par réfléchir sur diverses études de la voix dans différents domaines du savoir : la philosophie, les études du langage, la littérature, l’anthropologie. Basée sur une sélection d’ouvrages qui en traitent, cette discussion offre la vision du langage qui les imprègne et, par conséquent, la conception du sujet, de la subjectivité, de l’intersubjectivité, du rapport entre le langage et l’homme, entre le langage et la société, le langage et la culture, et finalement la manière dont la construction de la signification est conçue par chacun. Ces questions s’avèrent pertinentes pour la constitution de ce que je nomme une anthropologie historique de la voix. Néanmois, la construction de celle-ci est également rendue possible par l’enjeu d’une anthropologie historique du langage et celui de l’oralité, proposés par Henri Meschonnic. La voix conçue à partir de l’anthropologie historique du langage n’est plus indissociable du langage ; la voix et le langage sont comme le signifiant et signifié du signe, ce qui rend indissociables le langage, la voix et la subjectivité. La voix devient donc le lieu privilégié de la constitution de subjectivités, interrogeant la conception de la voix en tant que simple son. Problématiser la question de la voix nous amène à accorder beaucoup plus d’importance aux aspects prosodiques et accentuels du langage, généralement exclus de la recherche sur le sens telle qu’assumée par les linguistes. Pour concevoir le suprasegmental du langage, je propose de revenir à la notion du rythme chez Émile Benveniste et à son actualisation par Meschonnic, considérant certaines questions d’analyse du rythme de la langue française, de façon à réfléchir sur l’analyse du rythme de la langue portugaise puis aux aspects prosodiques et accentuels, notamment du portugais. L’activité d’écoute de l’énonciation nous conduit à considérer le rythme, les rimes, les échos prosodiques qui construisent la signification d’un texte, d’une oeuvre, ainsi que sa syntaxe, sa morphologie, son lexique. Enfin, concevant la littérature comme un défi constant pour le linguiste et son savoir, j’offre ici une analyse de la voix d’une oeuvre littéraire et écrite, Memórias Inventadas: a Infância, de Manoel de Barros, afin de réfléchir sur la construction de la signifiance à partir de la voix de cette oeuvre, et sur ce que cette oeuvre dit de la voix. / Neste trabalho de tese, me proponho a pensar acerca de uma poética da voz. Para isso, inicio refletindo sobre estudos da voz em diferentes domínios do conhecimento: na filosofia, nos estudos da linguagem, na literatura, na antropologia. Tal discussão destaca a visão de linguagem que perpassa as diferentes obras que tratam sobre a voz. Consequentemente, coloca-se em relevo, em cada abordagem, a concepção de sujeito, de subjetividade, de intersubjetividade; a forma como se concebe a relação entre a linguagem e o homem, a linguagem e a sociedade, a linguagem e a cultura; e a forma como se concebe a construção da significação. Tais questões se tornam pertinentes para a constituição do que chamo aqui de uma antropologia histórica da voz. No entanto, a construção dessa antropologia histórica da voz só se torna possível, também, a partir da problemática de uma antropologia histórica da linguagem e da oralidade, conforme propostas por Henri Meschonnic. A voz concebida a partir de uma antropologia histórica da linguagem não pode mais ser dissociada da linguagem; a voz e a linguagem são como o significante e o significado do signo, o que torna a linguagem, a voz e a subjetividade, indissociáveis. A voz se torna, portanto, o lugar privilegiado da constituição de subjetividades, constatação que questiona a sua consideração simplesmente enquanto som. Problematizar a questão da voz nos leva a atribuir mais importância aos aspectos prosódicos e acentuais da linguagem, geralmente excluídos da investigação do sentido pelos linguistas. Para pensar sobre o suprassegmental da linguagem, proponho que se revisite a noção de ritmo em Émile Benveniste, bem como sua atualização por Meschonnic, considerando as questões de análise do ritmo da língua francesa, a fim de refletir sobre a análise do ritmo da língua portuguesa e, consequentemente, sobre os aspectos prosódicos e acentuais especificamente do português. A atividade de escuta da enunciação nos leva a considerar o ritmo, as rimas, os ecos prosódicos que constroem a significação de um texto, de uma obra, tanto quanto sua sintaxe, sua morfologia, seu léxico. Ao final deste trabalho, considerando que a literatura se apresenta como um desafio constante ao linguista e a seus conhecimentos, apresento uma análise da voz de uma obra literária e escrita, Memórias Inventadas: a Infância, de Manoel de Barros, com o objetivo de refletir sobre a construção da significância a partir da voz desta obra, e sobre o que tal obra diz acerca da voz.
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Em busca de uma poética da vozNeumann, Daiane January 2016 (has links)
Dans la présente thèse, je propose de penser une poétique de la voix. Pour ce faire, j’ai entrepris par réfléchir sur diverses études de la voix dans différents domaines du savoir : la philosophie, les études du langage, la littérature, l’anthropologie. Basée sur une sélection d’ouvrages qui en traitent, cette discussion offre la vision du langage qui les imprègne et, par conséquent, la conception du sujet, de la subjectivité, de l’intersubjectivité, du rapport entre le langage et l’homme, entre le langage et la société, le langage et la culture, et finalement la manière dont la construction de la signification est conçue par chacun. Ces questions s’avèrent pertinentes pour la constitution de ce que je nomme une anthropologie historique de la voix. Néanmois, la construction de celle-ci est également rendue possible par l’enjeu d’une anthropologie historique du langage et celui de l’oralité, proposés par Henri Meschonnic. La voix conçue à partir de l’anthropologie historique du langage n’est plus indissociable du langage ; la voix et le langage sont comme le signifiant et signifié du signe, ce qui rend indissociables le langage, la voix et la subjectivité. La voix devient donc le lieu privilégié de la constitution de subjectivités, interrogeant la conception de la voix en tant que simple son. Problématiser la question de la voix nous amène à accorder beaucoup plus d’importance aux aspects prosodiques et accentuels du langage, généralement exclus de la recherche sur le sens telle qu’assumée par les linguistes. Pour concevoir le suprasegmental du langage, je propose de revenir à la notion du rythme chez Émile Benveniste et à son actualisation par Meschonnic, considérant certaines questions d’analyse du rythme de la langue française, de façon à réfléchir sur l’analyse du rythme de la langue portugaise puis aux aspects prosodiques et accentuels, notamment du portugais. L’activité d’écoute de l’énonciation nous conduit à considérer le rythme, les rimes, les échos prosodiques qui construisent la signification d’un texte, d’une oeuvre, ainsi que sa syntaxe, sa morphologie, son lexique. Enfin, concevant la littérature comme un défi constant pour le linguiste et son savoir, j’offre ici une analyse de la voix d’une oeuvre littéraire et écrite, Memórias Inventadas: a Infância, de Manoel de Barros, afin de réfléchir sur la construction de la signifiance à partir de la voix de cette oeuvre, et sur ce que cette oeuvre dit de la voix. / Neste trabalho de tese, me proponho a pensar acerca de uma poética da voz. Para isso, inicio refletindo sobre estudos da voz em diferentes domínios do conhecimento: na filosofia, nos estudos da linguagem, na literatura, na antropologia. Tal discussão destaca a visão de linguagem que perpassa as diferentes obras que tratam sobre a voz. Consequentemente, coloca-se em relevo, em cada abordagem, a concepção de sujeito, de subjetividade, de intersubjetividade; a forma como se concebe a relação entre a linguagem e o homem, a linguagem e a sociedade, a linguagem e a cultura; e a forma como se concebe a construção da significação. Tais questões se tornam pertinentes para a constituição do que chamo aqui de uma antropologia histórica da voz. No entanto, a construção dessa antropologia histórica da voz só se torna possível, também, a partir da problemática de uma antropologia histórica da linguagem e da oralidade, conforme propostas por Henri Meschonnic. A voz concebida a partir de uma antropologia histórica da linguagem não pode mais ser dissociada da linguagem; a voz e a linguagem são como o significante e o significado do signo, o que torna a linguagem, a voz e a subjetividade, indissociáveis. A voz se torna, portanto, o lugar privilegiado da constituição de subjetividades, constatação que questiona a sua consideração simplesmente enquanto som. Problematizar a questão da voz nos leva a atribuir mais importância aos aspectos prosódicos e acentuais da linguagem, geralmente excluídos da investigação do sentido pelos linguistas. Para pensar sobre o suprassegmental da linguagem, proponho que se revisite a noção de ritmo em Émile Benveniste, bem como sua atualização por Meschonnic, considerando as questões de análise do ritmo da língua francesa, a fim de refletir sobre a análise do ritmo da língua portuguesa e, consequentemente, sobre os aspectos prosódicos e acentuais especificamente do português. A atividade de escuta da enunciação nos leva a considerar o ritmo, as rimas, os ecos prosódicos que constroem a significação de um texto, de uma obra, tanto quanto sua sintaxe, sua morfologia, seu léxico. Ao final deste trabalho, considerando que a literatura se apresenta como um desafio constante ao linguista e a seus conhecimentos, apresento uma análise da voz de uma obra literária e escrita, Memórias Inventadas: a Infância, de Manoel de Barros, com o objetivo de refletir sobre a construção da significância a partir da voz desta obra, e sobre o que tal obra diz acerca da voz.
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Em busca de uma poética da vozNeumann, Daiane January 2016 (has links)
Dans la présente thèse, je propose de penser une poétique de la voix. Pour ce faire, j’ai entrepris par réfléchir sur diverses études de la voix dans différents domaines du savoir : la philosophie, les études du langage, la littérature, l’anthropologie. Basée sur une sélection d’ouvrages qui en traitent, cette discussion offre la vision du langage qui les imprègne et, par conséquent, la conception du sujet, de la subjectivité, de l’intersubjectivité, du rapport entre le langage et l’homme, entre le langage et la société, le langage et la culture, et finalement la manière dont la construction de la signification est conçue par chacun. Ces questions s’avèrent pertinentes pour la constitution de ce que je nomme une anthropologie historique de la voix. Néanmois, la construction de celle-ci est également rendue possible par l’enjeu d’une anthropologie historique du langage et celui de l’oralité, proposés par Henri Meschonnic. La voix conçue à partir de l’anthropologie historique du langage n’est plus indissociable du langage ; la voix et le langage sont comme le signifiant et signifié du signe, ce qui rend indissociables le langage, la voix et la subjectivité. La voix devient donc le lieu privilégié de la constitution de subjectivités, interrogeant la conception de la voix en tant que simple son. Problématiser la question de la voix nous amène à accorder beaucoup plus d’importance aux aspects prosodiques et accentuels du langage, généralement exclus de la recherche sur le sens telle qu’assumée par les linguistes. Pour concevoir le suprasegmental du langage, je propose de revenir à la notion du rythme chez Émile Benveniste et à son actualisation par Meschonnic, considérant certaines questions d’analyse du rythme de la langue française, de façon à réfléchir sur l’analyse du rythme de la langue portugaise puis aux aspects prosodiques et accentuels, notamment du portugais. L’activité d’écoute de l’énonciation nous conduit à considérer le rythme, les rimes, les échos prosodiques qui construisent la signification d’un texte, d’une oeuvre, ainsi que sa syntaxe, sa morphologie, son lexique. Enfin, concevant la littérature comme un défi constant pour le linguiste et son savoir, j’offre ici une analyse de la voix d’une oeuvre littéraire et écrite, Memórias Inventadas: a Infância, de Manoel de Barros, afin de réfléchir sur la construction de la signifiance à partir de la voix de cette oeuvre, et sur ce que cette oeuvre dit de la voix. / Neste trabalho de tese, me proponho a pensar acerca de uma poética da voz. Para isso, inicio refletindo sobre estudos da voz em diferentes domínios do conhecimento: na filosofia, nos estudos da linguagem, na literatura, na antropologia. Tal discussão destaca a visão de linguagem que perpassa as diferentes obras que tratam sobre a voz. Consequentemente, coloca-se em relevo, em cada abordagem, a concepção de sujeito, de subjetividade, de intersubjetividade; a forma como se concebe a relação entre a linguagem e o homem, a linguagem e a sociedade, a linguagem e a cultura; e a forma como se concebe a construção da significação. Tais questões se tornam pertinentes para a constituição do que chamo aqui de uma antropologia histórica da voz. No entanto, a construção dessa antropologia histórica da voz só se torna possível, também, a partir da problemática de uma antropologia histórica da linguagem e da oralidade, conforme propostas por Henri Meschonnic. A voz concebida a partir de uma antropologia histórica da linguagem não pode mais ser dissociada da linguagem; a voz e a linguagem são como o significante e o significado do signo, o que torna a linguagem, a voz e a subjetividade, indissociáveis. A voz se torna, portanto, o lugar privilegiado da constituição de subjetividades, constatação que questiona a sua consideração simplesmente enquanto som. Problematizar a questão da voz nos leva a atribuir mais importância aos aspectos prosódicos e acentuais da linguagem, geralmente excluídos da investigação do sentido pelos linguistas. Para pensar sobre o suprassegmental da linguagem, proponho que se revisite a noção de ritmo em Émile Benveniste, bem como sua atualização por Meschonnic, considerando as questões de análise do ritmo da língua francesa, a fim de refletir sobre a análise do ritmo da língua portuguesa e, consequentemente, sobre os aspectos prosódicos e acentuais especificamente do português. A atividade de escuta da enunciação nos leva a considerar o ritmo, as rimas, os ecos prosódicos que constroem a significação de um texto, de uma obra, tanto quanto sua sintaxe, sua morfologia, seu léxico. Ao final deste trabalho, considerando que a literatura se apresenta como um desafio constante ao linguista e a seus conhecimentos, apresento uma análise da voz de uma obra literária e escrita, Memórias Inventadas: a Infância, de Manoel de Barros, com o objetivo de refletir sobre a construção da significância a partir da voz desta obra, e sobre o que tal obra diz acerca da voz.
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Thukydides und die hippokratische Medizin : naturwissenschaftliche Methodik als Modell für Geschichtsdeutung /Rechenauer, Georg. January 1991 (has links)
Texte remanié de: Diss.--Philosophische Fakultäten--München--Ludwig-Maximilians-Universität, 1986.
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En ø i historien : Korsika historisk antropologi 1730-1914 /Knudsen, Anne, January 1900 (has links)
Afhandling--Filosofiske doktorgrad--København, 1989. / Résumé en anglais. Bibliogr. p. 265-295.
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Marquage corporel et signation religieuse dans l'AntiquitéRenaut, Luc 06 December 2004 (has links) (PDF)
<p>Cette étude remet en question la signification “religieuse” souvent prêtée sans précaution aux pratiques de marquage corporel dans le monde ancien, en analysant la plupart des documents aujourd'hui disponibles sur ces pratiques.</p><p>Une première partie s'attache à inventorier et à localiser dans le temps et dans l'espace les différentes pratiques de marquage corporel indélébile (tatouage, scarifications, cautérisations), et à dégager leurs trois fonctions principales ou “ordinaires” : 1) fonction ornementale ; 2) fonction thérapeutique-prophylactique ; 3) marquage d'appartenance et stigmatisation pénale.</p><p>Dans une seconde partie, après avoir signalé quelques rares cas de marquages provisoires à destination religieuse certaine ou probable (en Égypte ancienne en particulier), sont analysées plusieurs notices anciennes où l'historiographie a voulu reconnaître la mention de marquage rituels indélébiles. Il est montré qu'aucune source ne permet en réalité d'associer les cultes grecs et romains à des pratiques de marquage de ce type.</p><p>Cette seconde partie reprend également le problème de la dénomination baptismale <I>sphragis</I> (sceau). Contrairement à ce qu'ont cru F. J. Dölger et d'autres savants, cette dénomination baptismale n'impliquait au départ aucun rite tangible de marquage corporel. Chez les chrétiens orientaux, les pratiques de marquage corporel encore observables aujourd'hui (tatouage essentiellement), ne proviennent pas du christianisme primitif ; elles perpétuent et adaptent des procédés prophylactiques plus anciens qui sont le propre de certaines populations méditerranéennes restées en marge de la culture gréco-romaine.</p><p>Cette thèse a reçu en 2005 le <I>prix John Jaffé de la Chancellerie des Universités de Paris</I>
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Goûter le monde. Pour une Histoire culturelle du Goût à l'époque moderne.Von Hoffmann, Viktoria 07 May 2010 (has links)
La thèse souvre par le constat dune absence détudes véritablement consacrées à lhistoire du goût. La remarque peut surprendre, car les intitulés de la riche bibliographie des Food Studies laissent croire que les études gustatives foisonnent dans les bibliothèques, notamment depuis les travaux de Jean-Louis Flandrin qui, parmi les premiers, a contribué à faire de lalimentation un sujet digne dhistoire. Une analyse plus attentive du contenu révèle cependant une tendance massive des chercheurs à réduire le goût au seul registre culinaire, laissant dans lombre les autres dimensions quil pourrait prendre.
Depuis peu cependant, un nouveau champ de recherches paraît émerger des Food Studies, majoritairement représenté par des ouvrages anglo-saxons, centré non sur ce qui se mange, mais sur ce qui se dit et se pense du goût, dans la mesure où ce qui se dit et se pense traduit une expérience collective et son intériorisation culturelle. Refusant de cantonner létude du goût au seul registre culinaire, létude proposée sinscrit dans cette perspective nouvelle, se situant au croisement de lhistoire culturelle des sensibilités, des Food Studies et de lanthropologie historique, utilisant notamment les réflexions fécondes de Philippe Descola. Plus que lhistoire de la cuisine, elle propose de mettre en lumière lhistoire dun sens, révélant dans son sillage lévolution dun rapport au monde des hommes dAncien Régime. Elle interroge notamment les raisons historiques qui ont permis lémergence de la gastronomie au XIXe siècle, témoignage dune valorisation inédite du goût sur la scène sociale.
Consacrée à létude des représentations du goût dans l'aire culturelle française des XVIIe et XVIIIe siècles, la thèse se base sur lexploitation dun corpus documentaire large composé de sources de natures variées. Les discours philosophiques, religieux, culinaires et médicaux constituent les quatre registres principaux de cette étude.
Explorant la genèse et la construction dune culture gustative moderne, elle révèle dabord la dévalorisation séculaire du goût. Situé traditionnellement au bas de la hiérarchie des sens, le goût est longtemps perçu comme un sens inférieur, matériel, corporel et animal. Il se réduit à la seule dimension de lextériorité, révélant la porosité des frontières entre lhomme et lanimal, que lhomme classique voudrait oublier. Considéré comme inutile au développement de la connaissance par rapport à un sens éminent comme la vue et dangereux pour la vertu avec la gourmandise , le goût est pendant longtemps laissé à la marge du savoir.
Mais entre lépoque classique et celle des Lumières, des indices de représentations nouvelles apparaissent, témoins dun déplacement des significations culturelles du goût. Les premiers à le suggérer sont les cuisiniers qui, au milieu du XVIIe siècle, décident de consacrer les préfaces de leurs livres de recettes à des propos plus généraux sur le goût ou la cuisine, premières tribunes dune célébration des plaisirs gourmands. Les intellectuels trouvent par ailleurs désormais utile de consacrer de larges débats au goût, dès lors quil est doté dun sens figuré, propice à lémergence dun faisceau de métaphores les plus variées « goût de Dieu » des mystiques, « bon goût » de lhonnête homme et « Goût » esthétique. Toutes cependant, malgré leurs différences intrinsèques, se rejoignent pour révéler lémergence dune nouvelle modalité sensorielle, qui se caractérise par limmédiateté de son action et lémotion quelle occasionne. Mais surtout, le goût se caractérise par lindicible dun sens profondément individuel. Longtemps laissé à la périphérie des discours, le goût, désormais devenu une entité duelle, à la croisée du corps et de lesprit, se déploie dans lespace dune intériorité proprement humaine, ce qui lui permet dêtre pensé et discuté par les savants, les philosophes et le monde cultivé dans son ensemble.
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"Te reverrai-je?" Le lien conjugal pendant la Grande GuerreVidal-Naquet, Clémentine 06 December 2013 (has links) (PDF)
Cette thèse étudie la transformation du lien conjugal pendant la Grande Guerre, du fait de la séparation imposée par la mobilisation générale. Elle interroge les répercussions de la guerre dans la sphère intime en prenant les couples, mariés ou non, comme objets d'étude. En effet, à la seule échelle de la France, cadre choisi pour l'étude, pendant les quatre années de guerre, la séparation est vécue par au moins cinq millions de couples. Il s'agit donc d'analyser une expérience éminemment intime mais largement partagée au plan collectif. Si, dans l'objectif de rendre compte à la fois des aspects collectifs et singuliers, de nombreuses sources sont convoquées (presse quotidienne, documents législatifs, iconographiques, littérature), la thèse s'appuie essentiellement sur les correspondances conjugales qui, dans la distance, matérialisent le lien entre les conjoints. La première partie de la thèse est consacrée à l'analyse de la désorganisation conjugale provoquée par l'entrée en guerre. L'étude aborde les bouleversements liés à la séparation des couples dans trois domaines : démographique, juridique (avec le vote de la loi autorisant les mariages par procuration) et social. La mise en place du rituel épistolaire, la recherche par la correspondance d'une quotidienneté perdue, tout comme le partage des émotions, l'expression de l'amour et du désir, construisent le " pacte épistolaire ", qui fait l'objet de la seconde partie de la thèse. Enfin, la dernière partie interroge la transformation du lien conjugal sous l'effet de la menace omniprésente de la mort.
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L’usage du thème apocryphe de la diuisio apostolorum dans la construction des représentations chrétiennes du temps et de l’espace (Ier-IXe siècles) / Use of the Apocryphal Theme of diuisioapostolorum in the Development of the Christian Representations of Time and Space (1st-9th Century AD)Levillayer, Amaury 26 January 2012 (has links)
La diuisioapostolorum (« dispersion apostolique ») est un thème apocryphe qui traverse l’ensemble des lettres et des arts chrétiens de l’Antiquité et du Moyen Âge. Dans sa plus large acception, il désigne tout ce qui se rapporte au partage du monde entre les apôtres (réunion, tirage au sort), à son évangélisation (envoi et réalisation de la mission), à la fondation de sanctuaires ainsi qu’à la mort et au tombeau de ces prestigieuses figures, amiciDei. En se plaçant au niveau des représentations chrétiennes du temps et de l’espace, l’analyse de la documentation textuelle grecque et latine entre le Ier et le IXe siècle – en particulier des catalogues d’apôtres et de disciples – nous a permis de montrer que l’usage de ce thème par les lettrés témoigne à la fois de la diffusion universelle du projet chrétien de société et d’un processus double de spatialisation et de temporalisation du sacré, en ce qu’il promeut un certain nombre de loci en rapport avec la mémoire d’une communauté. Par l’établissement de parallèles entre les catalogues et d’autres genres de textes (acta, historia, gesta episcoporum), nous avons souligné que ce processus, du fait qu’il bénéficie d’abord à l’autorité dont dépend le locus valorisé, est potentiellement soutenu par elle : on a donc traité également la question de l’accaparement de l’identité civique par l’évêque. / Diuisioapostolorum (« Apostles’ dispersion ») is a recurrent apocryphal theme throughout ancient and medieval Christian humanities and arts. In the widest sense, it refers to everything concerning the division of the world between the Apostles (reunions, draws), the evangelization of the world (sending and mission), and the foundation of sanctuaries, as well as the death and tombs of these prestigious figures: amici Dei. With a focus on Christian representations of time and space, our analysis of 1st-9th Century Greek and Latin Textual documentation – in particular, lists of Apostles and disciples – has enabled us to show that the use of this theme is a testimony to both the universal dissemination of the Christian vision of society, and a dual process of spatialization and temporalization of the sacred, as it promotes a number of loci linked to the memory of a community. Paralleling the lists with other types of written works (acta, historia, gestaepiscoporum), we have highlighted the fact that this process, by benefiting in the first place the authority under which the locus is placed, was potentially supported by said authority. For this reason, we have also dealt with the question of the monopolizing of civil identity by the bishops.
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La maison en Lorraine, du Moyen Âge à la Renaissance (XIIIe-XVIe siècles) / Buildings and building research in the Lorraine region (eastern France) from the Middle Ages to the Renaissance period (13th – 16th c. AD)Ferraresso, Ivan 17 June 2015 (has links)
La maison des XIIIe-XVIe siècles n’avait jamais fait l’objet d’une enquête approfondie en Lorraine. Jusqu'ici, seule l'architecture civile de la ville de Metz a manifestement attiré l'attention. Dans le reste du territoire régional, le bâti domestique hérité du Bas Moyen Âge n'a pas acquis la même notoriété. Il n'a apparemment pas laissé de traces suffisamment prégnantes dans le paysage architectural pour engendrer des recherches significatives. Cet état de conservation a priori constitue un verrou méthodologique qui nous invite à changer de paradigme. Différents concepts, hérités de la sociologie, de la sémiologie architecturale et des logiques de temporalité permettent d'appréhender le sujet sous un angle anthropo-historique. L'examen de la bibliographie régionale souligne que les travaux antérieurs, même ponctuels, suivaient déjà cette orientation. Aujourd'hui, la recherche profite d'une documentation qui s'est très largement enrichie. Elle s'appuie sur un recensement approfondi, des études architecturales et diverses interventions archéologiques. L’ensemble de ces traces matérielles constitue un répertoire inédit dont la spatialisation semble refléter, pour partie, les évolutions de l’écoumène lorrain des XIIIe-XVIe siècles. Pour mieux entrevoir sa résonance socioculturelle, l’architecture a été interrogée selon trois orientations : sa survivance patrimoniale, ses formes délaissées et les savoir‑faire locaux. Ce biais microhistorique participe à la définition d'un archétype de la maison des XIIIe-XVIe siècles tout en démontrant sa part d'héritage en Lorraine. / Until now the buildings of the 13th-16th centuries in the Lorraine region have not yet been investigated systematically by modern building research. Only the profane architecture of the city of Metz has been studied occasionally. In the rest of the study region, the domestic building constructed during the late Middle Age is remaining still largely unknown, without any doubt resulting from a lack of its visibility. It is evident that the bad state of conservation is remarkably hampering modern methodological building research. This has forced us to modify our scientific approach by integrating sociological concepts, the architectural language and the evidence of important chrono-historical developments. The regional bibliography dealing with this subject is evidencing that the anthropo-historical approach has largely influenced former studies and analysis. Today, modern research is taking profit from a much more developed scientific documentation, which is based on a systematic inventory, architectural studies and results from archaeological excavations. The stock of the inventoried buildings is without any doubt reflecting the socio-political developments of the Lorraine region between the 13th and the 16th c. AD. In this work the building’s architecture was studied from three different viewpoints to understand their today’s socio-cultural value: the surviving and persisting elements deriving from older architectural practices, the abandonment of practices and techniques and, not to forget, the local architectural and technical Know-how. This approach has allowed identifying the archetype of the domestic building in the Lorraine region between the 13th and 16th centuries and its heritage within the known historical building stock.
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