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Avaliação do efeito da Estratégia de Saúde da Família com e sem apoio matricial na prevalência e gravidade de transtornos mentais no município paulista de Ribeirão Preto: um estudo transversal / Evaluation of the impact of the Family Health Strategy with and without matrix support on the prevalence and severity of mental disorders in the city of Ribeirão Preto, state of São Paulo: a cross-sectional studyLeonardo Moscovici 10 November 2017 (has links)
Objetivos: Avaliar o efeito da Estratégia de Saúde da Família (ESF) na atenção primária, com e sem apoio matricial (AM), na prevalência e gravidade de transtornos mentais (TM). Casuística e Métodos: O estudo foi dividido em duas fases. Na primeira fase (Fase 1), 20 estudantes de medicina foram capacitados em três encontros para aplicação do instrumento \"Mini - screening mental disorders (Mini-SMD)\" e para a coleta de dados sociodemográficos. Em seguida, eles receberam, após sorteio eletrônico, endereços residenciais aleatórios das três áreas do estudo - i.e., uma área com cobertura de saúde pela ESF com AM em Saúde Mental (SM), uma área com cobertura pela ESF sem AM e uma terceira área com cobertura pelo modelo de Unidade Básica de Saúde (UBS) tradicional. Na segunda fase (Fase 2), realizou-se um sorteio simples de 50% dos sujeitos da Fase 1 para confirmação diagnóstica e avaliação de gravidade de sintomas. Cinco profissionais de saúde com nível superior foram submetidas a treinamento de 20 horas para utilização dos instrumentos Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI), MINI-TRACKING, Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9), General Anxiety Disorder-7 (GAD-7), Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) e Brief Psychiatric Rating Scale (BPRS). Essas profissionais de saúde, então, receberam os endereços e agendamentos dos pacientes para aplicação da entrevista MINI. Os pacientes com resultado positivo para algum diagnóstico no MINI foram, em seguida, submetidos à aplicação do(s) módulo(s) específico(s) do MINI-TRACKING e do PHQ-9 e/ou GAD-7 e/ou AUDIT e/ou BPRS. Resultados: Durante a Fase 1, 1.545 pessoas foram entrevistadas. As avaliações Mini-SMD positivas nas áreas de ESF sem AM, ESF com AM e UBS tradicional foram de 33,9%, 34,6% e 40,3%, respectivamente. O Odds ratio (OR) bruto dos resultados na comparação entre a ESF sem AM e UBS tradicional foi 0,76 (p=0,037). O OR foi ajustado para área, idade, escolaridade e nível socioeconômico (variáveis que apresentaram OR significativo), com resultado de 0,752 (p=0,042). A comparação entre o conjunto ESF com e sem AM versus UBS tradicional também mostrou tendência à menor número de TM nas áreas de ESF (OR Bruto=1,294; p=0,021; OR Ajustado=1,257; p=0,048). Na Fase 2 do estudo, 773 sujeitos foram aleatoriamente selecionados, e desses, 538 concordaram em participar. Nas áreas de ESF sem AM, ESF com AM e UBS tradicional, a avaliação MINI positiva se deu em 39,1%, 35,1% e 48,3%, respectivamente. O OR bruto dos resultados na comparação entre o conjunto ESF com e sem AM versus UBS tradicional foi 1,602 (p=0,012) e o OR ajustado para sexo, escolaridade e estado civil (variáveis com OR significativo) foi 1,523 (p=0,028). Na avaliação da influência da área de residência em função do tipo de cobertura de saúde sobre a gravidade dos TM diagnosticados, não foram observadas diferenças significativas. Conclusões: O presente estudo mostrou que o modelo específico de ESF avaliado (com e sem AM) associou-se significativamente com menor prevalência de TM quando comparado a uma área com assistência realizada por UBS tradicional. No tocante à gravidade de sintomas, não foram encontradas diferenças significativas entre as três áreas estudadas. / Objectives: To evaluate the impact of the Family Health Strategy (FHS) on primary care, with and without matrix support, on the prevalence and severity of mental disorders (MD). Casuistic and Methods: The study was divided into two phases. In the first phase (Phase 1) 20 medical students were trained in three meetings to apply the Mini - screening mental disorders (Mini - SMD) instrument and to collect sociodemographic data. Next, they received random home addresses from the three study areas - i.e., an area with health coverage by the FHS with Matrix Support (MS) in Mental Health (MH), an area covered by the FHS without MS and a third area covered by the traditional Basic Health Unit (BHU) model. In the second phase (Phase 2), a random sample of 50% of Phase 1 subjects was selected for diagnostic confirmation and symptom severity assessment. Five graduated health professionals underwent 20-hour training to apply the Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI), MINI-TRACKING, Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9), General Anxiety Disorder-7 (GAD-7 ), Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) and Brief Psychiatric Rating Scale (BPRS). These health professionals then received the addresses and schedules of the patients for application of the MINI interview. Patients who had tested positive for a diagnosis in the MINI were then submitted to the application of the specific MINI-TRACKING module and PHQ-9 and/or GAD-7 and/or AUDIT and/or BPRS. Results: During Phase 1, a total of 1,545 people were interviewed. The Mini-SMD positive evaluations in the areas of FHS without MS, FHS with MS and traditional BHU were 33.9%, 34.6% and 40.3%, respectively. The crude Odds Ratio (OR) of the results in the comparison between FHS without MS and traditional BHU was 0.76 (p=0.037). The OR was adjusted for area, age, schooling and socioeconomic level (variables that presented significant OR), with a result of 0.752 (p=0.042). The comparison between the FHS set with and without MS versus traditional BHU also showed a trend towards a lower number of MD in the FHS areas (Gross OR=1.294, p=0.021, adjusted OR=1.257, p=0.048). In the Phase 2 of the study, 773 subjects were randomly selected, and of these, 538 agreed to participate. In the areas of FHS without MS, FHS with MS and traditional BHU, the MINI positive evaluation occurred in 39.1%, 35.1% e 48.3%, respectively. The crude OR of the results in the comparison between FHS with and without MS versus traditional BHU was 1.602 (p=0.012) and the adjusted OR for gender, schooling and marital status (variables with significant OR) was 1.523 (p=0.028). No significant differences were observed on the severity of symptoms in the evaluation of the influence of the area according to the type of health service delivered. Conclusions: The present study showed that the specific model of FHS evaluated (with and without MS) was significantly associated with a lower prevalence of MD when compared to an area with care performed by traditional BHU. Regarding severity of symptoms, no significant differences were found between the three areas studied.
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Avaliação do efeito da Estratégia de Saúde da Família com e sem apoio matricial na prevalência e gravidade de transtornos mentais no município paulista de Ribeirão Preto: um estudo transversal / Evaluation of the impact of the Family Health Strategy with and without matrix support on the prevalence and severity of mental disorders in the city of Ribeirão Preto, state of São Paulo: a cross-sectional studyMoscovici, Leonardo 10 November 2017 (has links)
Objetivos: Avaliar o efeito da Estratégia de Saúde da Família (ESF) na atenção primária, com e sem apoio matricial (AM), na prevalência e gravidade de transtornos mentais (TM). Casuística e Métodos: O estudo foi dividido em duas fases. Na primeira fase (Fase 1), 20 estudantes de medicina foram capacitados em três encontros para aplicação do instrumento \"Mini - screening mental disorders (Mini-SMD)\" e para a coleta de dados sociodemográficos. Em seguida, eles receberam, após sorteio eletrônico, endereços residenciais aleatórios das três áreas do estudo - i.e., uma área com cobertura de saúde pela ESF com AM em Saúde Mental (SM), uma área com cobertura pela ESF sem AM e uma terceira área com cobertura pelo modelo de Unidade Básica de Saúde (UBS) tradicional. Na segunda fase (Fase 2), realizou-se um sorteio simples de 50% dos sujeitos da Fase 1 para confirmação diagnóstica e avaliação de gravidade de sintomas. Cinco profissionais de saúde com nível superior foram submetidas a treinamento de 20 horas para utilização dos instrumentos Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI), MINI-TRACKING, Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9), General Anxiety Disorder-7 (GAD-7), Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) e Brief Psychiatric Rating Scale (BPRS). Essas profissionais de saúde, então, receberam os endereços e agendamentos dos pacientes para aplicação da entrevista MINI. Os pacientes com resultado positivo para algum diagnóstico no MINI foram, em seguida, submetidos à aplicação do(s) módulo(s) específico(s) do MINI-TRACKING e do PHQ-9 e/ou GAD-7 e/ou AUDIT e/ou BPRS. Resultados: Durante a Fase 1, 1.545 pessoas foram entrevistadas. As avaliações Mini-SMD positivas nas áreas de ESF sem AM, ESF com AM e UBS tradicional foram de 33,9%, 34,6% e 40,3%, respectivamente. O Odds ratio (OR) bruto dos resultados na comparação entre a ESF sem AM e UBS tradicional foi 0,76 (p=0,037). O OR foi ajustado para área, idade, escolaridade e nível socioeconômico (variáveis que apresentaram OR significativo), com resultado de 0,752 (p=0,042). A comparação entre o conjunto ESF com e sem AM versus UBS tradicional também mostrou tendência à menor número de TM nas áreas de ESF (OR Bruto=1,294; p=0,021; OR Ajustado=1,257; p=0,048). Na Fase 2 do estudo, 773 sujeitos foram aleatoriamente selecionados, e desses, 538 concordaram em participar. Nas áreas de ESF sem AM, ESF com AM e UBS tradicional, a avaliação MINI positiva se deu em 39,1%, 35,1% e 48,3%, respectivamente. O OR bruto dos resultados na comparação entre o conjunto ESF com e sem AM versus UBS tradicional foi 1,602 (p=0,012) e o OR ajustado para sexo, escolaridade e estado civil (variáveis com OR significativo) foi 1,523 (p=0,028). Na avaliação da influência da área de residência em função do tipo de cobertura de saúde sobre a gravidade dos TM diagnosticados, não foram observadas diferenças significativas. Conclusões: O presente estudo mostrou que o modelo específico de ESF avaliado (com e sem AM) associou-se significativamente com menor prevalência de TM quando comparado a uma área com assistência realizada por UBS tradicional. No tocante à gravidade de sintomas, não foram encontradas diferenças significativas entre as três áreas estudadas. / Objectives: To evaluate the impact of the Family Health Strategy (FHS) on primary care, with and without matrix support, on the prevalence and severity of mental disorders (MD). Casuistic and Methods: The study was divided into two phases. In the first phase (Phase 1) 20 medical students were trained in three meetings to apply the Mini - screening mental disorders (Mini - SMD) instrument and to collect sociodemographic data. Next, they received random home addresses from the three study areas - i.e., an area with health coverage by the FHS with Matrix Support (MS) in Mental Health (MH), an area covered by the FHS without MS and a third area covered by the traditional Basic Health Unit (BHU) model. In the second phase (Phase 2), a random sample of 50% of Phase 1 subjects was selected for diagnostic confirmation and symptom severity assessment. Five graduated health professionals underwent 20-hour training to apply the Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI), MINI-TRACKING, Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9), General Anxiety Disorder-7 (GAD-7 ), Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) and Brief Psychiatric Rating Scale (BPRS). These health professionals then received the addresses and schedules of the patients for application of the MINI interview. Patients who had tested positive for a diagnosis in the MINI were then submitted to the application of the specific MINI-TRACKING module and PHQ-9 and/or GAD-7 and/or AUDIT and/or BPRS. Results: During Phase 1, a total of 1,545 people were interviewed. The Mini-SMD positive evaluations in the areas of FHS without MS, FHS with MS and traditional BHU were 33.9%, 34.6% and 40.3%, respectively. The crude Odds Ratio (OR) of the results in the comparison between FHS without MS and traditional BHU was 0.76 (p=0.037). The OR was adjusted for area, age, schooling and socioeconomic level (variables that presented significant OR), with a result of 0.752 (p=0.042). The comparison between the FHS set with and without MS versus traditional BHU also showed a trend towards a lower number of MD in the FHS areas (Gross OR=1.294, p=0.021, adjusted OR=1.257, p=0.048). In the Phase 2 of the study, 773 subjects were randomly selected, and of these, 538 agreed to participate. In the areas of FHS without MS, FHS with MS and traditional BHU, the MINI positive evaluation occurred in 39.1%, 35.1% e 48.3%, respectively. The crude OR of the results in the comparison between FHS with and without MS versus traditional BHU was 1.602 (p=0.012) and the adjusted OR for gender, schooling and marital status (variables with significant OR) was 1.523 (p=0.028). No significant differences were observed on the severity of symptoms in the evaluation of the influence of the area according to the type of health service delivered. Conclusions: The present study showed that the specific model of FHS evaluated (with and without MS) was significantly associated with a lower prevalence of MD when compared to an area with care performed by traditional BHU. Regarding severity of symptoms, no significant differences were found between the three areas studied.
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As competências do Serviço Social no apoio matricial em saúde mentalSilveira, Cláudia Winter da January 2018 (has links)
O presente estudo orientado pelo método dialético-crítico aborda o Serviço Social no Apoio Matricial em Saúde Mental e teve como objetivo geral analisar a ação profissional do assistente social junto às equipes de apoio matricial nos municípios da 10ª Região de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, na direção da garantia do acesso ao direito à Saúde Mental, no intuito de contribuir na construção do conhecimento e intervenção do Serviço Social na Saúde Mental. O apoio matricial é uma tecnologia de suporte técnico-pedagógico e retaguarda assistencial à Atenção Básica previsto no Sistema Único de Saúde (SUS), que se instituiu na problematização da ordem organizacional tradicional de atenção à saúde e o modelo técnico-assistencial hegemônico, visando melhorar a articulação entre as equipes e entre os setores com vistas à integralidade e resolutividade assistencial. Esta pesquisa fundamenta-se na teoria social crítica, que instiga a apreensão da Política de Saúde e do Serviço Social em seu movimento contraditório, tornando-se relevante a discussão sobre as ações dos assistentes sociais diante das novas demandas postas à profissão no âmbito do SUS, num contexto permeado por contradições que ora são traduzidos pela precariedade das ofertas, limitando a inserção da categoria profissional, ora engendrando um campo de trabalho com possibilidade de ser ocupado pelos profissionais de forma madura e qualificada. Os sujeitos participantes do estudo compreenderam seis profissionais de Serviço Social e cinco gestores imediatos das equipes matriciadoras, num total de onze profissionais das equipes de apoio matricial em saúde mental dos municípios da 10ª Região de Saúde. A coleta de dados foi através de entrevista semiestruturada, submetidos à análise de conteúdo com base em Moraes (1999). Como principais resultados, esta pesquisa revelou a existência de variadas aplicações do Apoio Matricial e formas de atuação profissional, não havendo uma padronização quanto à metodologia empregada. Apesar de tímidas produções teóricas sobre o Apoio Matricial, a categoria profissional demonstrou conhecimento e intervenção afinados à metodologia proposta. Percebe-se o entendimento de saúde mental na lógica dos direitos sociais pelos profissionais, bem como seu reconhecimento e legitimidade estão ligados à ―expertise‖ do assistente social na tradução da realidade social, ao mesmo tempo que aparecem elementos da persistência da tradição conservadora. Cabe inferir que as ações profissionais do Serviço Social nas equipes de Apoio Matricial em Saúde Mental são historicamente construídas e legitimadas pela categoria no campo das políticas públicas. Os assistentes sociais e os gestores concordam que o assistente social traduz a realidade social, atua na perspectiva da interdisciplinaridade e intersetorialidade, permitindo concretude, direcionalidade e visibilidade à profissão, fazendo parte do conjunto de ações profissionais no SUS. / The present study oriented by the dialectical-critical method approaches the Social Service in Matrix Support in Mental Health and had as general objective to analyze the professional action of the social worker with the teams of matrix support in the municipalities of the 10th Region of Health of the state of Rio Grande do Sul, towards the guarantee of access to the right to Mental Health, in order to contribute to the construction of knowledge and intervention of Social Service in Mental Health. The matrix support is a technology of technical and pedagogical support and rearguard assistance to Basic Care provided in the Unified Health System (SUS), which was instituted in the problematization of the traditional organizational order of health care and the hegemonic technical-assistance model, aiming to improve the articulation between the teams and between the sectors with a view to completeness and assistance resolution. This research is based on critical social theory, which instigates the apprehension of Health and Social Service Policy in its contradictory movement, becoming relevant the discussion about the actions of social workers in the face of new demands placed on the profession within the scope of the SUS , in a context permeated by contradictions that sometimes are translated by the precariousness of the offers, limiting the insertion of the professional category, sometimes engendering a field of work with the possibility of being occupied by professionals in a mature and qualified way. The subjects included in the study comprised six Social Service professionals and five immediate managers of the training teams, in a total of eleven professionals of the mental health matrix support teams of the municipalities of the 10th Region of Health. Data collection was through a semi-structured interview, submitted to content analysis based on Moraes (1999). As main results, this research revealed the existence of various applications of the Matrix Support and forms of professional performance, not having a standardization regarding the methodology used. Despite timid theoretical productions on Matrix Support, the professional category demonstrated knowledge and intervention in tune with the proposed methodology. The understanding of mental health in the logic of social rights by professionals, as well as their recognition and legitimacy, are linked to the social worker's "expertise" in the translation of social reality, while elements of the persistence of the conservative tradition appear. It is possible to infer that the professional actions of the Social Service in the Matrix Support in Mental Health teams are historically built and legitimized by the category in the field of public policies. Social workers and managers agree that the social worker translates social reality, acts in the perspective of interdisciplinarity and intersectoriality, allowing concreteness, directionality and visibility to the profession, being part of the set of professional actions in the SUS.
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Discutindo a proposta de apoio matricial nos n?cleos de apoio a sa?de da fam?liaFigueiredo, Maria Clara de Oliveira 29 September 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-09-29 / O Apoio Matricial (AM) foi pensado pelo professor e pesquisador Gast?o Wagner de
Souza Campos no ano de 1999 com o intuito de sugerir uma reforma na organiza??o
do trabalho em sa?de. A proposta parte de uma perspectiva explorat?ria que indica
modelos assistenciais que superem as incapacidades do modelo hegem?nico de
car?ter tecnicista, hospitaloc?ntrico e m?dico-centrado, o chamado Modelo Biom?dico.
A proposta em foco emerge de uma das alternativas gestadas no campo de Sa?de
Coletiva: o Modelo em Defesa da Vida (MDV). Este modelo resulta dos estudos e
trabalhos de um grupo de profissionais que fundaram o Laborat?rio de Planejamento e
Administra??o em sa?de (LAPA) no final da d?cada de 80 e prop?e a cria??o de
metodologias e instrumentos de gest?o e organiza??o dos servi?os que construam
novas rela??es entre os sujeitos. No n?vel operacional, capturando as contribui??es e
as bases do MDV, o AM se completa com o processo de trabalho das Equipes de
Refer?ncia (ER), configurando-se como uma proposta centrada no trabalho
interdisciplinar e na Clinica Ampliada. A partir de 2008, o Minist?rio da Sa?de
incorpora essa metodologia, na Estrat?gia de Sa?de da Fam?lia (ESF) como um dos
componentes centrais da proposta dos N?cleos de Apoio a Sa?de da Fam?lia (NASF).
O objetivo geral desse trabalho foi analisar o AM como estrat?gia organizacional e
assistencial na sa?de, especificamente no contexto da ESF/NASF. O estudo se
utilizou da pesquisa bibliogr?fica como forma de apreender o movimento do objeto de
investiga??o. Para tanto, foi necess?rio discutir te?rico-conceitualmente o AM com o
intuito de identificar suas bases e propor uma reflex?o cr?tica sobre as mesmas,
identificar como est? situada nos NASF e, por fim, identificar e analisar seus limites e
potencialidades. Constatamos que nessa busca pela supera??o ao modelo vigente e
de questionamentos ?s suas prerrogativas e investidas v?-se, al?m dos avan?os,
alguns retrocessos e desafios. Suas bases te?ricas nos mostram uma busca de
estabelecer uma l?gica mais humanit?ria nos servi?os, quando n?o nega que os
indiv?duos s?o imbu?dos de desejos e afetos e os considera part?cipes no modo de
pensar e agir em sa?de. Acaba por partir de uma constru??o te?rica ecl?tica e finda
por propor um resgate do sujeito, indicando em alguns momentos, solu??es individuais
para problemas coletivos, quando secundariza problemas estruturais e focaliza em
medidas que buscam modifica??es na subjetividade. Por outro lado, ? uma proposta
que busca criticar a heran?a Taylorista e tenta superar o saber disciplinar e
fragmentado da? decorrente, buscando desenvolver mecanismos para valorizar com
mais equil?brio os diversos profissionais, dando corpo ? l?gica de interdisciplinaridade
nos servi?os de sa?de. No ?mbito dos NASF apesar da clara vincula??o com o AM a
metodologia ? pouco conhecida e na pr?tica percebemos equivocadas interpreta??es
e modos peculiares de desenvolver essa proposta nos munic?pios. A consequ?ncia
disso est? sendo uma heterogeneidade de NASF no Brasil muitas vezes atuando de
modo funcional ao modelo biom?dico. Assim, em meio ?s diversas estrat?gias e
modelos em suas potencialidades, limites e inflex?es, s?o ineg?veis as contribui??es
da ferramenta de AM na pol?tica de sa?de no Brasil, por?m a proposta n?o passa
imune ?s invas?es conservadoras na SC e demarca alguns desafios oriundos do
pr?prio modo capitalista de conduzir a pol?tica de sa?de.
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Projeto terap?utico singular como ferramenta de gest?o do cuidado na estrat?gia sa?de da fam?lia do RN: desafios e possibilidadesChaves, Rafael Soares 19 December 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-12-19 / No Brasil, o uso e o desenvolvimento de instrumentos e tecnologias em sa?de para a garantia do acesso ? sa?de como direito de todos bem como a resolubilidade das diferentes e complexas demandas observadas nos territ?rios representam ponto-chave para o desenvolvimento do SUS em seus princ?pios fundamentais nas diferentes regi?es brasileiras. O Projeto Terap?utico Singular (PTS) ?, atualmente, uma pr?tica ainda n?o incorporada na rotina da maioria das equipes de sa?de na aten??o b?sica e ainda pouco difundida e desenvolvida, apesar de seu grande potencial na produ??o de novas realidades, sobretudo no que diz respeito aos casos complexos. Em virtude disso, justificam-se estudos no sentido de lan?ar luz sobre as realidades das equipes em rela??o ao uso do PTS como ferramenta de gest?o do cuidado em sa?de no ?mbito da ESF. Nesse sentido, o presente trabalho trata de uma pesquisa qualitativa explorat?ria a qual buscou investigar como uma equipe da ESF e uma equipe do NASF que a apoia utilizam o PTS no seu territ?rio, tendo como objetivos espec?ficos: conhecer os sentidos atribu?dos pelos profissionais (das equipes NASF e ESF) ?s no??es de Cl?nica Ampliada, de Apoio Matricial e de Projeto Terap?utico Singular; identificar como as equipes se comunicam e se vinculam para a constru??o do PTS e a realiza??o do apoio matricial; e identificar as potencialidades e dificuldades vividas pelas equipes para o uso do PTS como ferramenta de gest?o do cuidado. Para tanto, a abordagem metodol?gica foi desenvolvida atrav?s de entrevistas individuais semiestruturadas e Grupos Focais com os profissionais das equipes de um munic?pio de pequeno porte do RN. Os dados produzidos pelas entrevistas e pelos Grupos Focais foram organizados e categorizados mediante a an?lise de conte?do proposta por Bardin. Os tr?s eixos de an?lise foram: 1) multiprofissionalidade, corresponsabilidade e resolutividade; 2) concep??es de PTS, dificuldades, falta de experi?ncia e desconhecimento sobre PTS; e 3) articula??o e planejamento das a??es. De modo geral, o estudo apontou a constru??o de PTS como uma pr?tica pontual, sendo uma ferramenta que pouco comp?e o cotidiano das equipes e dos servi?os de sa?de na aten??o b?sica, apesar de ser reconhecidamente importante para a amplia??o das a??es e resolutividade dos problemas dos usu?rios. Al?m disso, o PTS, mesmo n?o sendo uma ferramenta de uso cotidiano, ? desconhecido por muitos e as equipes s?o carentes de experi?ncias que potencializem o seu uso de forma sistem?tica e compartilhada nos espa?os de produ??o do cuidado em sa?de. Desse modo, coloca-se como importante que a??es de qualifica??o da aten??o sejam desenvolvidas junto ?s equipes para o uso do PTS entre outras ferramentas para gest?o do cuidado de forma integral e compartilhada. / In Brazil, the use and development of health instruments and technologies to guarantee the access to health as a right for all its citizens, as well as the solvability of the different and complex demands observed in the territories represent a key point for the development of Sistema ?nico de Sa?de (SUS) in its fundamental principles in different Brazilian regions. The Singular Therapeutic Project (STP) is a not yet currently incorporated practice into the routine of most health care teams in the basic health attention and it is still poorly widespread and developed, despite its great potential in the construction of new realities, especially with regard to complex cases. Taking this context into consideration, studies in this area are justified in order to shed some light on the realities of these teams in relation to the use of STP as a health care management tool within the Family Health Strategy (FHS). In this sense, this study presents an exploratory qualitative research that sought to investigate how a team of FHS and another one of a Family Health Support Nucleus (FHSN), which supports the team of FHS investigated, use the STP in its territory, with specific objectives of: getting to know the meanings assigned to the notions of Expanded Clinic, Matrix Support and Singular Therapeutic Project by the FHSN and FHS teams? professionals; identifying how teams communicate and team up for the construction of the STP and for the execution of matrix support; and identifying the potentialities and difficulties experienced by the teams in using STP as a care management tool. For this, the research methodological approach was developed through semi-structured individual interviews and focus groups with the professionals of the teams of a small city of the state Rio Grande do Norte. The data produced by the interviews and the focus groups were organized and categorized based on the content analysis proposed by Bardin (2011). The three axes of analysis were: 1) multiprofessionality, co-responsibility and resolvability; 2) conceptions of STP, difficulties, lack of experience and knowledge about STP; and 3) articulation and planning of actions. In general, the study pointed to the construction of STP as not being a regular practice, being a tool that does not take part in the daily life of the health teams and services in basic health attention, although it is recognized as important for the expansion of actions and solution of the users? problems. In addition to that, besides the STP is not seen as a tool of daily use, it is unknown by many professionals and the health teams lack experiences that potentialize STP use in a systematic and shared way in the health care production spaces. In this way, it is important that actions towards qualification on health attention for the use of STP are developed together with the teams, among other tools for care management in an integral and shared way.
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As competências do Serviço Social no apoio matricial em saúde mentalSilveira, Cláudia Winter da January 2018 (has links)
O presente estudo orientado pelo método dialético-crítico aborda o Serviço Social no Apoio Matricial em Saúde Mental e teve como objetivo geral analisar a ação profissional do assistente social junto às equipes de apoio matricial nos municípios da 10ª Região de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, na direção da garantia do acesso ao direito à Saúde Mental, no intuito de contribuir na construção do conhecimento e intervenção do Serviço Social na Saúde Mental. O apoio matricial é uma tecnologia de suporte técnico-pedagógico e retaguarda assistencial à Atenção Básica previsto no Sistema Único de Saúde (SUS), que se instituiu na problematização da ordem organizacional tradicional de atenção à saúde e o modelo técnico-assistencial hegemônico, visando melhorar a articulação entre as equipes e entre os setores com vistas à integralidade e resolutividade assistencial. Esta pesquisa fundamenta-se na teoria social crítica, que instiga a apreensão da Política de Saúde e do Serviço Social em seu movimento contraditório, tornando-se relevante a discussão sobre as ações dos assistentes sociais diante das novas demandas postas à profissão no âmbito do SUS, num contexto permeado por contradições que ora são traduzidos pela precariedade das ofertas, limitando a inserção da categoria profissional, ora engendrando um campo de trabalho com possibilidade de ser ocupado pelos profissionais de forma madura e qualificada. Os sujeitos participantes do estudo compreenderam seis profissionais de Serviço Social e cinco gestores imediatos das equipes matriciadoras, num total de onze profissionais das equipes de apoio matricial em saúde mental dos municípios da 10ª Região de Saúde. A coleta de dados foi através de entrevista semiestruturada, submetidos à análise de conteúdo com base em Moraes (1999). Como principais resultados, esta pesquisa revelou a existência de variadas aplicações do Apoio Matricial e formas de atuação profissional, não havendo uma padronização quanto à metodologia empregada. Apesar de tímidas produções teóricas sobre o Apoio Matricial, a categoria profissional demonstrou conhecimento e intervenção afinados à metodologia proposta. Percebe-se o entendimento de saúde mental na lógica dos direitos sociais pelos profissionais, bem como seu reconhecimento e legitimidade estão ligados à ―expertise‖ do assistente social na tradução da realidade social, ao mesmo tempo que aparecem elementos da persistência da tradição conservadora. Cabe inferir que as ações profissionais do Serviço Social nas equipes de Apoio Matricial em Saúde Mental são historicamente construídas e legitimadas pela categoria no campo das políticas públicas. Os assistentes sociais e os gestores concordam que o assistente social traduz a realidade social, atua na perspectiva da interdisciplinaridade e intersetorialidade, permitindo concretude, direcionalidade e visibilidade à profissão, fazendo parte do conjunto de ações profissionais no SUS. / The present study oriented by the dialectical-critical method approaches the Social Service in Matrix Support in Mental Health and had as general objective to analyze the professional action of the social worker with the teams of matrix support in the municipalities of the 10th Region of Health of the state of Rio Grande do Sul, towards the guarantee of access to the right to Mental Health, in order to contribute to the construction of knowledge and intervention of Social Service in Mental Health. The matrix support is a technology of technical and pedagogical support and rearguard assistance to Basic Care provided in the Unified Health System (SUS), which was instituted in the problematization of the traditional organizational order of health care and the hegemonic technical-assistance model, aiming to improve the articulation between the teams and between the sectors with a view to completeness and assistance resolution. This research is based on critical social theory, which instigates the apprehension of Health and Social Service Policy in its contradictory movement, becoming relevant the discussion about the actions of social workers in the face of new demands placed on the profession within the scope of the SUS , in a context permeated by contradictions that sometimes are translated by the precariousness of the offers, limiting the insertion of the professional category, sometimes engendering a field of work with the possibility of being occupied by professionals in a mature and qualified way. The subjects included in the study comprised six Social Service professionals and five immediate managers of the training teams, in a total of eleven professionals of the mental health matrix support teams of the municipalities of the 10th Region of Health. Data collection was through a semi-structured interview, submitted to content analysis based on Moraes (1999). As main results, this research revealed the existence of various applications of the Matrix Support and forms of professional performance, not having a standardization regarding the methodology used. Despite timid theoretical productions on Matrix Support, the professional category demonstrated knowledge and intervention in tune with the proposed methodology. The understanding of mental health in the logic of social rights by professionals, as well as their recognition and legitimacy, are linked to the social worker's "expertise" in the translation of social reality, while elements of the persistence of the conservative tradition appear. It is possible to infer that the professional actions of the Social Service in the Matrix Support in Mental Health teams are historically built and legitimized by the category in the field of public policies. Social workers and managers agree that the social worker translates social reality, acts in the perspective of interdisciplinarity and intersectoriality, allowing concreteness, directionality and visibility to the profession, being part of the set of professional actions in the SUS.
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A organização do processo de trabalho do núcleo de apoio à saúde da família: potencialidades e desafios / The organization of the work process of the support center for family health: potentials and challengesDias, Leidiane Fabrisia 14 October 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-10-14 / The Support Center for Family Health (SCFH) was created by the Ministry of Health in 2008 to expand the coverage and the scope of the actions of primary care and its solvability. For this, it uses tools such as the matrix support, based on flatter and dialogical relations that allow exchange of knowledge, training and mutual responsibility for all professionals involved. However, this new organizational arrangement is a process still under construction, poses changes in professional practices and reviews in its implementation. Thus, this study aimed to evaluate the understanding and satisfaction of professional teams of the Family Health Strategy (FHS) and the SCFH the work process. An exploratory study, developed, descriptive quantitative and qualitative in 61 FHS teams receiving support from SCFH distributed in 13 municipalities that make up the Regional Health Southwest I of Goiás state. The subjects were nurses, members and coordinators of FHS teams, totaling 61 participants. Data were collected through a semi-structured questionnaire containing 05 open questions and 27 closed. The quantitative data analysis was done with software support Sphinx Lexical followed by descriptive analysis of data, and qualitative data was used to support the webQDA software and content analysis technique. In general, the results show that the professionals of the FHS teams are satisfied with the support received by professionals SCFH although difficult to understand and develop the methodological proposal of matrix support. It appears that the functioning and organization of NASF the work process still reflect difficulties in overcoming the health care model, fragmentation of care, and weaknesses for the development of joint work. So many challenges need to be overcome so that the professionals of the FHS and SCFH teams ownership is of the matrix support tool, expand the clinical and practices of comprehensive health care. / O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) foi criado pelo Ministério da Saúde em 2008 para ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade. Para isso, utiliza-se de ferramentas como o apoio matricial, pautado em relações horizontalizadas e dialógicas que permitem troca de saberes, capacitação e responsabilidades mútuas para todos os profissionais envolvidos. No entanto, esse novo arranjo organizacional é um processo ainda em construção, suscita mudanças de práticas profissionais e avaliações em sua implementação. Sendo assim, este estudo teve como objetivo avaliar a compreensão e satisfação dos profissionais das equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) quanto ao processo de trabalho do NASF. Desenvolveu-se, para isso, um estudo exploratório descritivo, do tipo quanti-qualitativo, em 61 equipes de ESF que recebem apoio do NASF, distribuídas em 13 municípios que compõem a Regional de Saúde Sudoeste I do estado de Goiás. Os sujeitos foram os profissionais enfermeiros, integrantes e coordenadores das equipes de ESF, totalizando 61 participantes. Os dados foram coletados por meio de um questionário semiestruturado contendo 5 questões abertas e 27 fechadas. A análise dos dados quantitativos foi feita com apoio do software Sphinx Léxica, seguida da análise descritiva dos dados. Para os dados qualitativos foi utilizado como apoio o software webQDA e a técnica de Análise de Conteúdo. De uma forma geral, os resultados demonstram que os profissionais das equipes de ESF estão satisfeitos com o apoio recebido pelos profissionais do NASF, embora tenham dificuldades em compreender e desenvolver a proposta metodológica do apoio matricial. Verifica-se que o funcionamento e a organização do processo de trabalho do NASF ainda refletem dificuldades na superação do modelo assistencial, fragmentação da atenção e fragilidade para o desenvolvimento do trabalho conjunto. Portanto, muitos desafios precisam ser superados para que os profissionais das equipes de ESF e NASF apropriem-se da ferramenta do apoio matricial, ampliem a clínica e as práticas de atenção integral à saúde.
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Apoio matricial em saÃde mental na estratÃgia de saÃde da famÃlia em Fortaleza: ouro que nÃo boia. / Matrix Support in Mental Health in Family Health Strategy in Fortaleza-CE: gold does not floatÃris Guilherme Bonfim 20 August 2012 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O presente estudo tem como objetivo compreender o Apoio Matricial em SaÃde Mental na EstratÃgia de SaÃde da FamÃlia a partir do seu funcionamento e dos sentidos construÃdos sobre este Apoio por apoiadores matriciais, profissionais e gestores de Centros de SaÃde da FamÃlia. A organizaÃÃo do Apoio Matricial à complexa e exige a superaÃÃo de vÃrios desafios para efetivar a sua execuÃÃo. Tal Apoio contribui para favorecer o diÃlogo e a troca de conhecimentos e experiÃncias entre os profissionais de diferentes Ãreas da saÃde, a fim de ampliar a integralidade da atenÃÃo. Segundo Vygotsky e Paulo Freire, hà uma relaÃÃo indissociÃvel no ser humano entre cogniÃÃo e afetividade. Assim como tambÃm entre a realidade social e cultural do sujeito, o desenvolvimento da sua consciÃncia e a sua construÃÃo de sentidos sobre a realidade. Partindo desses autores, entende-se que a formaÃÃo da compreensÃo pessoal dos profissionais sobre o Apoio Matricial està permeada tambÃm pela dimensÃo da realidade objetiva vivenciada por eles no cotidiano do trabalho em saÃde. Nessa perspectiva, a construÃÃo dos dados foi realizada dentro do referencial teÃrico da pesquisa qualitativa, em trÃs Centros de SaÃde da FamÃlia de diferentes Regionais de Fortaleza, atravÃs dos seguintes instrumentos: entrevista individual semi-estruturada com coordenadores; dois grupos focais com profissionais; e anotaÃÃes de campo. Para a discussÃo e anÃlise dos dados foi utilizada a tÃcnica de anÃlise de conteÃdo. Os resultados da pesquisa foram organizados a partir de duas dimensÃes de anÃlise: OrganizaÃÃo e funcionamento do Apoio Matricial em SaÃde Mental nos Centros de SaÃde da FamÃlia e Sentidos construÃdos sobre o Apoio Matricial em SaÃde Mental pelos profissionais. A primeira dimensÃo possui uma categoria, que descreve sobre a organizaÃÃo e o funcionamento do Apoio em cada Centro de SaÃde estudado. Jà a segunda dimensÃo foi subdividida em duas: uma para os sentidos dos profissionais da EstratÃgia de SaÃde da FamÃlia e outra para os dos apoiadores matriciais. Cada uma dessas dimensÃes foi subdividida em categorias que surgiram a partir da anÃlise do material dos grupos focais. Os resultados mostram que Apoio Matricial em SaÃde Mental com um real envolvimento dos profissionais da EstratÃgia de SaÃde da FamÃlia acontece de forma esporÃdica nas trÃs Regionais estudadas e muitos desafios precisam ser enfrentados para sua realizaÃÃo. Na Regional com menor oferta de serviÃos de SaÃde Mental, proporcional a sua populaÃÃo, verificou-se um desafio maior para a realizaÃÃo desse Apoio. Os profissionais e gestores apontaram que os processos de educaÃÃo permanente contribuem para a organizaÃÃo e qualificaÃÃo do Apoio Matricial, bem como para um maior envolvimento dos profissionais da AtenÃÃo PrimÃria nesse Apoio em dois Centros de SaÃde estudados. Houve uma polissemia de sentidos construÃdos sobre o Apoio Matricial pelos profissionais que traduziu tanto a potencialidade desse Apoio, como os desafios para a sua realizaÃÃo em Fortaleza. Verificou-se a necessidade de um posicionamento mais claro e coeso da gestÃo sobre a realizaÃÃo do Apoio Matricial para a integraÃÃo das redes assistenciais de SaÃde Mental e de AtenÃÃo PrimÃria na cidade. / The present study aims to understand the Matrix Support in Mental Health with Family Health Strategy from its operation and senses constructed on this support by matrix supporters, professionals and managers of the Family Health Centers. The organization of the Matrix Support is complex and requires overcoming several challenges to enforce its implementation. This support contributes to promoting dialogue, exchanging knowledge and experiences among professionals from different areas of health, in order to extend the integrality of care. According to Vygotsky and Paulo Freire, there is an inseparable relationship in human beings between cognition and affectivity. Also between the social and cultural reality of the subject, the development of their consciousness and their construction of meanings about reality. Starting from these authors, it is understood that the formation of personal understanding of professionals about the Matrix Support is also permeated by the size of the objective reality experienced by them in their daily work in health. In this perspective, a construction of the data was performed within the theoretical framework of qualitative research, at three Family Health Centers in different areas of Fortaleza, with the following instruments: semi-structured individual interviews with coordinators, two focus groups with professionals and field notes. For discussion and data analysis we used the technique of content analysis. The survey results were organized from two dimensions of analysis: organization and operation of the Matrix Support in Mental Health at the Health Centers for Family and Senses built on the Matrix Support in Mental Health by practitioners. The first dimension has one category, describe about the organization and operation of Supporting in each Health Centre studied. The second dimension was subdivided into two: one for the senses of Family Health Strategy professionals and another for matrix supporters. Each of these dimensions has been subdivided into categories that emerged based on analysis of the material from focus groups. The results show that Matrix Support in Mental Health with a real involvement of professionals from the Family Health Strategy occurs sporadically at the three areas studied and many challenges must be faced in its implementation. In an area with a lower provision of Mental Health, proportional to its population, there was a greater challenge to achieve this Supporting. Professionals and managers indicated that the permanent education processes contribute to the organization and qualification of the Matrix Support, as well as greater involvement of Primary Care professionals with this support in two health centers. There was a polysemy of meanings built on the Matrix Support by practitioners that translated the potentiality of this support and the challenges to their achievement in Fortaleza. There is a need for a clearer and cohesive positioning of the management about the realization of Matrix Support to the integration of care networks for Mental Health and Primary Care in the city.
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Matriciamento na atenção primária à saúde: o trabalho do psicólogo no NASF no município de São Paulo / Matrix support in primary health care: the psychologists working in NASF in São PauloAna Paula Klein 30 November 2015 (has links)
Com o intuito de fortalecer a Estratégia Saúde da Família e aumentar sua resolutividade, foi criado o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Essa proposta privilegia a metodologia de trabalho do Apoio Matricial, que possibilita a troca de saberes entre diferentes profissionais. O presente estudo teve como objetivo analisar a concepção e a prática da atividade de matriciamento realizada por psicólogos que trabalham no NASF no município de São Paulo para as Equipes da Estratégia Saúde da Família (EqSF). Foi utilizada a metodologia qualitativa e a análise dos dados foi de conteúdo do tipo temática. Foram realizadas quinze entrevistas semiestruturadas em profundidade com psicólogos que atuam em diferentes regiões do município. A troca de saberes e a capacitação apareceram como os principais significados da concepção de matriciamento. A prática revelou dificuldades, como a divisão desigual de tarefas, em que as EqSF devem se responsabilizar pela assistência direta à população enquanto o NASF ocupa o lugar daquele que capacita e supervisiona, gerando uma grande tensão sobre de quem é a responsabilidade da assistência, e assimetrias de poder dos especialistas em relação aos profissionais da EqSF. Há desvalorização do núcleo de competência em detrimento ao campo, falta de estabelecimento de parâmetros do que é comum a todos e o que é específico a cada profissional, ocasionando dificuldades de trabalho conjunto, organização do trabalho com divisão de profissionais não escolhidos de acordo com os casos e necessidades de saúde do território, falta de recursos na Atenção Primária à Saúde (APS), sobrecarregada com o excesso de demanda para o contingente de profissionais disponíveis, e uma gestão percebida pelos profissionais como fraca, fragmentada e pouco acolhedora. Apesar das dificuldades encontradas, os psicólogos contribuem com o matriciamento com uma ampliação do olhar para o reconhecimento da subjetividade implicada nos processos de saúde-doença nas dinâmicas pessoais e familiares, na identificação dos aspectos emocionais, na qualificação da escuta sem julgamento e na desmitificação de transtornos mentais. O Apoio Matricial necessita, para efetivar-se, do reconhecimento de quais aspectos dizem respeito ao campo da APS, e que são comuns a todos, e quais são as especificidades dos núcleos de competência que cabem aos profissionais do apoio se responsabilizar, propiciando encontros mais horizontais e divisão de trabalho mais democrática e colaborativa, em conjunto com a ampliação de recursos para a construção de uma APS abrangente e integral / In order to strengthen Family Health Program and increase its effectiveness, the Family Health Team Supporter (NASF) was created. This team uses the Matrix Support methods which allow the exchange of knowledge between different kinds of professional. This study aimed to analyze the establishment and practice of the mental health Matrix Support activities to the teams from the Family Health Teams (EqSF), which was conducted by psychologists working in the NASF in the city São Paulo in Brazil. Qualitative methodology was used, and content analysis was done in thematic style. Fifteen semi-structured interviews were conducted with psychologists who work in different regions of the city of São Paulo. The exchange of knowledge and training appeared as the main takeaways regarding the concept of Matrix Support. The practice revealed a number of difficulties. There was a significant tension over who was responsible for the assistance, teamwork difficulties, imbalance of power between specialists and Family Health professionals, unequal division of labor. With respect to this last point, EqSF is responsible for direct assistance to the population with NASF being responsible for training and supervision. Additionally, another difficulty was that the organizing of work was not chosen according to the regional health needs and specific cases in that territory. Next, there was devaluation of the core knowledge over the field. There were a failure to establish parameters of what knowledge and practice is common to all, and what is specific to each professional. Lack of resources overburdened the primary health care (APS) with an excess of demand for the contingent of professionals available. In addition, the study identified a weak and poorly coordinated management. Despite the difficulties encountered, psychologists contributed to the Matrix Support with an amplified vision of the following: recognition of subjectivity implied in the process of health and sickness, intrapersonal and family dynamics, identification of emotional aspects, importance of listening without judgment and decrease stigma of mental disorders. To be effective, Matrix Support needs to recognize which aspects concern the field of APS that are common to all and which are the specific competencies under the responsibility of the cores team of the support professionals, contributing to more horizontal encounters and a more democratic and collaborative division of labour, in addition to the expansion of resources to build a comprehensive and integral APS
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As competências do Serviço Social no apoio matricial em saúde mentalSilveira, Cláudia Winter da January 2018 (has links)
O presente estudo orientado pelo método dialético-crítico aborda o Serviço Social no Apoio Matricial em Saúde Mental e teve como objetivo geral analisar a ação profissional do assistente social junto às equipes de apoio matricial nos municípios da 10ª Região de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, na direção da garantia do acesso ao direito à Saúde Mental, no intuito de contribuir na construção do conhecimento e intervenção do Serviço Social na Saúde Mental. O apoio matricial é uma tecnologia de suporte técnico-pedagógico e retaguarda assistencial à Atenção Básica previsto no Sistema Único de Saúde (SUS), que se instituiu na problematização da ordem organizacional tradicional de atenção à saúde e o modelo técnico-assistencial hegemônico, visando melhorar a articulação entre as equipes e entre os setores com vistas à integralidade e resolutividade assistencial. Esta pesquisa fundamenta-se na teoria social crítica, que instiga a apreensão da Política de Saúde e do Serviço Social em seu movimento contraditório, tornando-se relevante a discussão sobre as ações dos assistentes sociais diante das novas demandas postas à profissão no âmbito do SUS, num contexto permeado por contradições que ora são traduzidos pela precariedade das ofertas, limitando a inserção da categoria profissional, ora engendrando um campo de trabalho com possibilidade de ser ocupado pelos profissionais de forma madura e qualificada. Os sujeitos participantes do estudo compreenderam seis profissionais de Serviço Social e cinco gestores imediatos das equipes matriciadoras, num total de onze profissionais das equipes de apoio matricial em saúde mental dos municípios da 10ª Região de Saúde. A coleta de dados foi através de entrevista semiestruturada, submetidos à análise de conteúdo com base em Moraes (1999). Como principais resultados, esta pesquisa revelou a existência de variadas aplicações do Apoio Matricial e formas de atuação profissional, não havendo uma padronização quanto à metodologia empregada. Apesar de tímidas produções teóricas sobre o Apoio Matricial, a categoria profissional demonstrou conhecimento e intervenção afinados à metodologia proposta. Percebe-se o entendimento de saúde mental na lógica dos direitos sociais pelos profissionais, bem como seu reconhecimento e legitimidade estão ligados à ―expertise‖ do assistente social na tradução da realidade social, ao mesmo tempo que aparecem elementos da persistência da tradição conservadora. Cabe inferir que as ações profissionais do Serviço Social nas equipes de Apoio Matricial em Saúde Mental são historicamente construídas e legitimadas pela categoria no campo das políticas públicas. Os assistentes sociais e os gestores concordam que o assistente social traduz a realidade social, atua na perspectiva da interdisciplinaridade e intersetorialidade, permitindo concretude, direcionalidade e visibilidade à profissão, fazendo parte do conjunto de ações profissionais no SUS. / The present study oriented by the dialectical-critical method approaches the Social Service in Matrix Support in Mental Health and had as general objective to analyze the professional action of the social worker with the teams of matrix support in the municipalities of the 10th Region of Health of the state of Rio Grande do Sul, towards the guarantee of access to the right to Mental Health, in order to contribute to the construction of knowledge and intervention of Social Service in Mental Health. The matrix support is a technology of technical and pedagogical support and rearguard assistance to Basic Care provided in the Unified Health System (SUS), which was instituted in the problematization of the traditional organizational order of health care and the hegemonic technical-assistance model, aiming to improve the articulation between the teams and between the sectors with a view to completeness and assistance resolution. This research is based on critical social theory, which instigates the apprehension of Health and Social Service Policy in its contradictory movement, becoming relevant the discussion about the actions of social workers in the face of new demands placed on the profession within the scope of the SUS , in a context permeated by contradictions that sometimes are translated by the precariousness of the offers, limiting the insertion of the professional category, sometimes engendering a field of work with the possibility of being occupied by professionals in a mature and qualified way. The subjects included in the study comprised six Social Service professionals and five immediate managers of the training teams, in a total of eleven professionals of the mental health matrix support teams of the municipalities of the 10th Region of Health. Data collection was through a semi-structured interview, submitted to content analysis based on Moraes (1999). As main results, this research revealed the existence of various applications of the Matrix Support and forms of professional performance, not having a standardization regarding the methodology used. Despite timid theoretical productions on Matrix Support, the professional category demonstrated knowledge and intervention in tune with the proposed methodology. The understanding of mental health in the logic of social rights by professionals, as well as their recognition and legitimacy, are linked to the social worker's "expertise" in the translation of social reality, while elements of the persistence of the conservative tradition appear. It is possible to infer that the professional actions of the Social Service in the Matrix Support in Mental Health teams are historically built and legitimized by the category in the field of public policies. Social workers and managers agree that the social worker translates social reality, acts in the perspective of interdisciplinarity and intersectoriality, allowing concreteness, directionality and visibility to the profession, being part of the set of professional actions in the SUS.
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