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Interleucina-6 na endometriose : concentrações no fluído peritoneal e expressão proteica no tecido endometrial

Ortiz, Karine Silveira January 2017 (has links)
A endometriose é uma doença ginecológica crônica que afeta pelo menos 10% das mulheres em idade reprodutiva. É caracterizada pelo crescimento de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Embora sua etiologia permaneça controversa, estudos propõem que alterações imunológicas e inflamatórias estão correlacionadas com a causa da endometriose e podem contribuir para o crescimento e sobrevida de implantes ectópicos. Como parte integrante desse processo, um microambiente peritoneal anormal pode ser constituído por níveis aumentados de células imunológicas. Dentre estas, a elevação de citocinas pró-inflamatórias no ambiente peritoneal e sistêmico participariam desse processo. Citocinas incluindo a interleucina-6 (IL-6), uma glicoproteína com atuação na resposta imune e considerada como um marcador de inflamação tem sido proposta na patogênese da endometriose. Recentemente, demonstramos que as concentrações de IL-6 no fluído peritoneal (FP) apresentam-se elevadas em mulheres com endometriose em comparação com mulheres hígidas (Andrade et al., 2017, in press). No entanto, a fonte do aumento de IL-6 no FP ainda não foi totalmente elucidada e seu potencial envolvimento com a endometriose merece maior investigação. No presente estudo, avaliamos a expressão proteica de IL-6 no tecido endometrial e sua concentração no FP de mulheres com endometriose pélvica e comparamos com mulheres hígidas. Um total de 18 pacientes com endometriose e 12 mulheres com pelve normal foram incluídas neste estudo caso-controle. Foram realizadas avaliações clínicas e laboratoriais. Os níveis de IL-6 no FP e a expressão proteica no tecido endometrial foram determinados utilizando ensaio imunoenzimático (ELISA) e imuno-histoquímica respectivamente. A concentração de IL-6 no FP foi significativamente mais elevada no grupo endometriose em comparação com o grupo controle [48,2 (36,7 - 89,9) ng/ml versus 23,1 (11,8 - 35,3) ng/ml, P = 0,002]. A expressão proteica de IL-6 foi positiva na maior parte das amostras de ambos os grupos sendo significativamente mais intensa no tecido endometriótico em comparação com a expressão no endométrio de mulheres com pelve normal (P < 0,05). Os resultados do presente estudo sugerem que a fonte da IL6 no FP de pacientes com endometriose possa ser, pelo menos em parte, proveniente dos focos endometrióticos. / Endometriosis is a chronic gynecological disease that affects at least 10% of women of reproductive age. It is characterized by growth of endometrial tissue outside the uterine cavity. Although its etiology remains controversial, studies suggest that immunological and inflammatory changes are associated with endometriosis and may contribute to the growth and survival of ectopic implants. As part of this process, an abnormal peritoneal microenvironment may be constituted by increased levels of immune cells. Among these, the elevation of proinflammatory cytokines in the peritoneal and systemic environment would participate in this process. Cytokines including interleukin-6 (IL-6), a glycoprotein that acts on the immune response and is considered as a marker of inflammation has been proposed to play a role in the pathogenesis of endometriosis. Recently, we have shown that IL-6 concentrations in the peritoneal fluid (PF) were higher in women with endometriosis compared to healthy women (Andrade et al., 2017, in press). However, the source of IL-6 in PF has not yet been fully elucidated and its potential involvement with endometriosis warrants further investigation. In the present study, we evaluated the protein expression of IL-6 in endometrial tissue and its concentration in PF of women with pelvic endometriosis and compared them with healthy women. A total of 18 patients with endometriosis and 12 women with normal pelvis were included in this case-control study. Clinical and laboratory evaluations were performed. IL-6 levels in PF and protein expression in endometrial tissue were determined using enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) and immunohistochemistry respectively. The concentrations of IL-6 in PF were significantly higher in the endometriosis group compared to the control group [48.2 (36.7-89.9) ng / ml versus 23.1 (11.8-35, 3) ng / ml, P = 0.002]. Protein expression of IL-6 was positive in most samples from both groups being significantly more intense in the endometriotic tissue of patients with endometriosis compared to the endometrial expression in women with normal pelvis (P < 0.05). The results of the present study suggest that the source of IL6 in the PF of patients with endometriosis may come, at least in part, from the endometriotic focus.
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Interleucina-6 na endometriose : concentrações no fluído peritoneal e expressão proteica no tecido endometrial

Ortiz, Karine Silveira January 2017 (has links)
A endometriose é uma doença ginecológica crônica que afeta pelo menos 10% das mulheres em idade reprodutiva. É caracterizada pelo crescimento de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Embora sua etiologia permaneça controversa, estudos propõem que alterações imunológicas e inflamatórias estão correlacionadas com a causa da endometriose e podem contribuir para o crescimento e sobrevida de implantes ectópicos. Como parte integrante desse processo, um microambiente peritoneal anormal pode ser constituído por níveis aumentados de células imunológicas. Dentre estas, a elevação de citocinas pró-inflamatórias no ambiente peritoneal e sistêmico participariam desse processo. Citocinas incluindo a interleucina-6 (IL-6), uma glicoproteína com atuação na resposta imune e considerada como um marcador de inflamação tem sido proposta na patogênese da endometriose. Recentemente, demonstramos que as concentrações de IL-6 no fluído peritoneal (FP) apresentam-se elevadas em mulheres com endometriose em comparação com mulheres hígidas (Andrade et al., 2017, in press). No entanto, a fonte do aumento de IL-6 no FP ainda não foi totalmente elucidada e seu potencial envolvimento com a endometriose merece maior investigação. No presente estudo, avaliamos a expressão proteica de IL-6 no tecido endometrial e sua concentração no FP de mulheres com endometriose pélvica e comparamos com mulheres hígidas. Um total de 18 pacientes com endometriose e 12 mulheres com pelve normal foram incluídas neste estudo caso-controle. Foram realizadas avaliações clínicas e laboratoriais. Os níveis de IL-6 no FP e a expressão proteica no tecido endometrial foram determinados utilizando ensaio imunoenzimático (ELISA) e imuno-histoquímica respectivamente. A concentração de IL-6 no FP foi significativamente mais elevada no grupo endometriose em comparação com o grupo controle [48,2 (36,7 - 89,9) ng/ml versus 23,1 (11,8 - 35,3) ng/ml, P = 0,002]. A expressão proteica de IL-6 foi positiva na maior parte das amostras de ambos os grupos sendo significativamente mais intensa no tecido endometriótico em comparação com a expressão no endométrio de mulheres com pelve normal (P < 0,05). Os resultados do presente estudo sugerem que a fonte da IL6 no FP de pacientes com endometriose possa ser, pelo menos em parte, proveniente dos focos endometrióticos. / Endometriosis is a chronic gynecological disease that affects at least 10% of women of reproductive age. It is characterized by growth of endometrial tissue outside the uterine cavity. Although its etiology remains controversial, studies suggest that immunological and inflammatory changes are associated with endometriosis and may contribute to the growth and survival of ectopic implants. As part of this process, an abnormal peritoneal microenvironment may be constituted by increased levels of immune cells. Among these, the elevation of proinflammatory cytokines in the peritoneal and systemic environment would participate in this process. Cytokines including interleukin-6 (IL-6), a glycoprotein that acts on the immune response and is considered as a marker of inflammation has been proposed to play a role in the pathogenesis of endometriosis. Recently, we have shown that IL-6 concentrations in the peritoneal fluid (PF) were higher in women with endometriosis compared to healthy women (Andrade et al., 2017, in press). However, the source of IL-6 in PF has not yet been fully elucidated and its potential involvement with endometriosis warrants further investigation. In the present study, we evaluated the protein expression of IL-6 in endometrial tissue and its concentration in PF of women with pelvic endometriosis and compared them with healthy women. A total of 18 patients with endometriosis and 12 women with normal pelvis were included in this case-control study. Clinical and laboratory evaluations were performed. IL-6 levels in PF and protein expression in endometrial tissue were determined using enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) and immunohistochemistry respectively. The concentrations of IL-6 in PF were significantly higher in the endometriosis group compared to the control group [48.2 (36.7-89.9) ng / ml versus 23.1 (11.8-35, 3) ng / ml, P = 0.002]. Protein expression of IL-6 was positive in most samples from both groups being significantly more intense in the endometriotic tissue of patients with endometriosis compared to the endometrial expression in women with normal pelvis (P < 0.05). The results of the present study suggest that the source of IL6 in the PF of patients with endometriosis may come, at least in part, from the endometriotic focus.
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Interleucina-6 na endometriose : concentrações no fluído peritoneal e expressão proteica no tecido endometrial

Ortiz, Karine Silveira January 2017 (has links)
A endometriose é uma doença ginecológica crônica que afeta pelo menos 10% das mulheres em idade reprodutiva. É caracterizada pelo crescimento de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Embora sua etiologia permaneça controversa, estudos propõem que alterações imunológicas e inflamatórias estão correlacionadas com a causa da endometriose e podem contribuir para o crescimento e sobrevida de implantes ectópicos. Como parte integrante desse processo, um microambiente peritoneal anormal pode ser constituído por níveis aumentados de células imunológicas. Dentre estas, a elevação de citocinas pró-inflamatórias no ambiente peritoneal e sistêmico participariam desse processo. Citocinas incluindo a interleucina-6 (IL-6), uma glicoproteína com atuação na resposta imune e considerada como um marcador de inflamação tem sido proposta na patogênese da endometriose. Recentemente, demonstramos que as concentrações de IL-6 no fluído peritoneal (FP) apresentam-se elevadas em mulheres com endometriose em comparação com mulheres hígidas (Andrade et al., 2017, in press). No entanto, a fonte do aumento de IL-6 no FP ainda não foi totalmente elucidada e seu potencial envolvimento com a endometriose merece maior investigação. No presente estudo, avaliamos a expressão proteica de IL-6 no tecido endometrial e sua concentração no FP de mulheres com endometriose pélvica e comparamos com mulheres hígidas. Um total de 18 pacientes com endometriose e 12 mulheres com pelve normal foram incluídas neste estudo caso-controle. Foram realizadas avaliações clínicas e laboratoriais. Os níveis de IL-6 no FP e a expressão proteica no tecido endometrial foram determinados utilizando ensaio imunoenzimático (ELISA) e imuno-histoquímica respectivamente. A concentração de IL-6 no FP foi significativamente mais elevada no grupo endometriose em comparação com o grupo controle [48,2 (36,7 - 89,9) ng/ml versus 23,1 (11,8 - 35,3) ng/ml, P = 0,002]. A expressão proteica de IL-6 foi positiva na maior parte das amostras de ambos os grupos sendo significativamente mais intensa no tecido endometriótico em comparação com a expressão no endométrio de mulheres com pelve normal (P < 0,05). Os resultados do presente estudo sugerem que a fonte da IL6 no FP de pacientes com endometriose possa ser, pelo menos em parte, proveniente dos focos endometrióticos. / Endometriosis is a chronic gynecological disease that affects at least 10% of women of reproductive age. It is characterized by growth of endometrial tissue outside the uterine cavity. Although its etiology remains controversial, studies suggest that immunological and inflammatory changes are associated with endometriosis and may contribute to the growth and survival of ectopic implants. As part of this process, an abnormal peritoneal microenvironment may be constituted by increased levels of immune cells. Among these, the elevation of proinflammatory cytokines in the peritoneal and systemic environment would participate in this process. Cytokines including interleukin-6 (IL-6), a glycoprotein that acts on the immune response and is considered as a marker of inflammation has been proposed to play a role in the pathogenesis of endometriosis. Recently, we have shown that IL-6 concentrations in the peritoneal fluid (PF) were higher in women with endometriosis compared to healthy women (Andrade et al., 2017, in press). However, the source of IL-6 in PF has not yet been fully elucidated and its potential involvement with endometriosis warrants further investigation. In the present study, we evaluated the protein expression of IL-6 in endometrial tissue and its concentration in PF of women with pelvic endometriosis and compared them with healthy women. A total of 18 patients with endometriosis and 12 women with normal pelvis were included in this case-control study. Clinical and laboratory evaluations were performed. IL-6 levels in PF and protein expression in endometrial tissue were determined using enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) and immunohistochemistry respectively. The concentrations of IL-6 in PF were significantly higher in the endometriosis group compared to the control group [48.2 (36.7-89.9) ng / ml versus 23.1 (11.8-35, 3) ng / ml, P = 0.002]. Protein expression of IL-6 was positive in most samples from both groups being significantly more intense in the endometriotic tissue of patients with endometriosis compared to the endometrial expression in women with normal pelvis (P < 0.05). The results of the present study suggest that the source of IL6 in the PF of patients with endometriosis may come, at least in part, from the endometriotic focus.
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Modulação por PGE Ind.3 no perfil de subpopulações celulares e citocinas na evolução do Tumor Ascítico de Ehrlich (TAE)

Gentile, Luciana Boffoni [UNESP] January 2001 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:27:57Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2001Bitstream added on 2014-06-13T20:36:40Z : No. of bitstreams: 1 gentile_lb_me_botfm.pdf: 247842 bytes, checksum: 63ea41194545ec6eec4411a86ab5ea15 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / O presente trabalho objetivou avaliar o envolvimento das prostaglandinas no crescimento tumoral, influxo inflamatório e secreação de citocinas durante a evolução do Tumor Ascítico de Ehrlich (TAE). Para tanto, camundongos foram inoculados com 1 x 103 células tumorais (ip) e tratados com indometacina (1mg/Kg,1x/dia,ip) ou com diluente (0,1 ml,1x/dia,ip). Decorridos 1, 3, 6, 10 e 13 dias os animais foram sacrificados e avaliados quanto ao influxo inflamatório diferencial, secreção de TNF-a, IL1-a, IL-2, IL- 4, IL-6, IL-10 e IL-13 e níveis de PGE2 no lavado peritoneal.. Dois grupos controle adicionais foram constituídos de animais não portadores de TAE tratados com indometacina ou diluente, seguindo o mesmo protocolo. Os resultados obtidos demonstraram que o implante do TAE induz produção de PGE2 durante toda sua evolução; aumento do número de células neoplásicas a partir do 10o dia e diminuição do influxo de células mesoteliais no 10º dia e de basófilos no 10º e 13º dia pós implante neoplásico. Em relação as citocinas o TAE induziu produção de IL-6 no 10º e 13º dia e de IL 2 no 13º dia, não alterando de modo significativo o perfil das outras citocinas estudadas. O tratamento de animais portadores de TAE com indometacina, foi eficaz em inibir o crescimento tumoral e a síntese de PGE2 a partir do 10o dia de crescimento neopásico, e promoveu aumento significativo no influxo de neutrófilos segmentados e de células nucleadas, apenas em tempos iniciais da evolução tumoral. Ainda, o tratamento com indometacina promoveu síntese de IL-13 e inibição significativa de IL-6 no 13o dia de crescimento tumoral, não alterando as outras citocinas analisadas. No grupo não portador de tumor tratado com indometacina observamos aumento no influxo de neutrófilos segmentados no 1º dia... . / The aim of the present study was investigate the prostaglandin involvement during the growth of Ehrlich Ascites Tumor (EAT), using as parameters: tumoral growth, inflammatory influx and cytokine profile. Mice were inoculated with 1 x 103 tumor cells (ip) and treated with indomehacin (1mg/Kg,1x/day,ip) or diluent (0,1ml,1x/day,ip). After 1, 3, 6, 10 and 13 days the animals were sacrificed and evaluated in relation to inflammatory influx, secretion of TNF -a , IL1-a, IL-2, IL-4, IL-6, IL-10 and IL-13 and PGE2 level, in peritoneal cavity. Two groups no bearing EAT were treated with indomethacina or diluent as control ,following the same protocol. The results demonstrated that EAT implant induces PGE2 production during all evolution; increases tumoral cells number from the 10th day and decreases the mesotelial cells on 10th day and basophils cells on 10th and 13rd day.The cytokine profile showed EAT induces production of IL 6 from 10th day and of IL 2 on 13rd day, the other studied cytokines were not affected in a significant way. The indomethacin treatment of EAT bearing mice inhibited the tumoral growth and PGE2 synthesis from the 10th day and promoted significant increase on the neutrophils influx and total inflammatory cells, just in initial times of the tumoral evolution. Indomethacin treatment also promoted IL-13 synthesis and significant inhibition of IL-6 on 13rd day of EAT growth, but did not altered the others cytokines. The indomethacin treatment of animals do not bearing EAT increases neutrophils influx on the 1st day, lymphocytes on the 3rd day, eosinophils on 10th day; and no detected alteration was detected on cytokine profile Taken together, the results suggest that EAT growth is modulate by PGE2 and the inhibition of the tumoral growth could be partly related with suppression of IL-6 and liberation of IL-13.
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Efeito antineoplásico do extrato aquoso do Plectranthus amboinicus na forma ascítica do carcinoma de Ehrlich

BRANDÃO, Eduardo Miranda 28 March 2012 (has links)
Submitted by Heitor Rapela Medeiros (heitor.rapela@ufpe.br) on 2015-03-05T11:56:01Z No. of bitstreams: 2 TESE EDUARDO MIRANDA.pdf: 2611440 bytes, checksum: 384523bdcce6e6522c15f4327ec24b72 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-05T11:56:01Z (GMT). No. of bitstreams: 2 TESE EDUARDO MIRANDA.pdf: 2611440 bytes, checksum: 384523bdcce6e6522c15f4327ec24b72 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012-03-28 / casos novos por ano nos EUA e, em 2012, 17.700 casos novos no Brasil. Foi ressaltada a necessidade de estudos experimentais e novas abordagens com uso de quimioterápicos e agentes biológicos. A Peritonectomia com Quimioterapia Hipertérmica Intraperitoneal e Citoredução (HIPEC) tem sido usada como recurso de tratamento atual. O Brasil tem a maior biodiversidade do planeta e o Departamento de Antibióticos (DA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) acumula considerável experiência científica com o uso experimental de derivados de plantas no tratamento de tumores. A partir de estudo experimental prévio do DA, quando se avaliou o efeito antineoplásico do Extrato Alcoólico da planta Plectranthus amboinicus (Pa), foi feito o presente estudo em camundongos Albinos Suiços da espécie Mus Musculus , nos quais foi realizada indução da forma ascítica do carcinoma de Ehrlich (CEA) a partir da injeção intraperitoneal (ip) . O experimento compreendeu um grupo tratado de 6 animais (G1) e outro controle (G2) de igual número avaliados num período de 9 dias . No dia 1 (D1) foi feita a injeção ip, em G1 e G2, de 0,3 ml de líquido ascítico com CEA. A partir desta data foi feita avaliação de parâmetros clínicos , como peso, piloereção, mobilidade e medições abdominais longitudinais e transversas. Do D3 até o D9 foi feita injeção diária ip de 200 mg/kg de Extrato Aquoso de Pa (EAPa) no G1. No G2 foi feita, no mesmo período, injeção ip de 0,5 ml de solução fisiológica a 0.9 %. No D9 os animais foram sacrificados e analisados: volume da ascite, presença de implante tumoral na parede abdominal, aspecto da ascite. Foram encaminhadas amostras, de G1 e G2, para estudo citométrico e citomorfológico. Foram avaliados na citometria o número de leucócitos totais, mononucleares e polimorfonucleares, além da contagem das células de CEA. Na citologia foram avaliados aumento do volume nuclear, hipercromasia, alterações da relação núcleo-citoplasma, irregularidades do contorno nuclear, cromatina com distribuição irregular, nucléolos anormais ou múltiplos e mitoses atípicas. Observou-se aumento significativo de peso no G2, que todos os animais do G1 apresentaram piloereção e a mobilidade foi igual em G1 e G2. Constatado maior medição abdominal transversal no G2. Foi observado significante menor volume de ascite no G1 e que 66% dos animais do G2 tiveram implantes tumorais na parede abdominal contra nenhum no G1. Foi observado um maior número de leucócitos e de células tumorais no G2. Os aspectos citomorfológicos foram iguais em ambos os grupos. Conclui-se que o EAPa promoveu menor aumento do peso dos animais, toxidade tolerável, e não causou alterações da mobilidade. No G1 houve menor aumento de uma medição abdominal e não houve implantes na parede abdominal. Também constatou-se que o EAPa promoveu melhor controle da ascite e menor contagem de celular tumorais no líquido ascítico. Não houve diferenças citomorfológicas entre os dois grupos. Conclue-se que o EAPa produz efeito antineoplásico na forma ascítica do carcinoma de Ehrlich.
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Investigação da mielotoxicidade e do potencial indutor de morte celular de Synadenium umbellatum Pax. em células do tumor ascítico de Ehrlich / Investigation of myelotoxicity and potential inducer cell death of Synadenium umbellatum Pax. cell Ehrlich ascites tumor

MOTA, Mariana Flávia da 03 March 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T16:11:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 mariana mota.pdf: 5250493 bytes, checksum: f500835835d88733c77f12bd10fa8a80 (MD5) Previous issue date: 2010-03-03 / In search of new antineoplasic agents natural products have played an important role, given that about 40% of available medicines in current treatments have been developed from natural sources, 25% approximately of plants. Synadenium umbellatum belongs to Euphorbiaceae family and is popularly known as "cola-nota", "avelós," "milagrosa", "cancerola", and the latex is empirically used in Brazil for the treatment of cancer. Preliminary studies have shown that the crude extract of the leaves of S. umbellatum has significant antitumor and antiangiogenic activity in vivo. In this study, we investigated the cytotoxicity and the mechanisms of apoptosis induction of S. umbellatum in Ehrlich ascitic tumor (EAT) cells, and the myelotoxic potential of this plant. The cytotoxicity studies were carried out by trypan blue exclusion and reduction of tetrazolium (MTT) tests. The mechanisms of apoptosis induction were investigated by light and fluorescence microscopy, immunocytochemistry and flow cytometry. Investigation of the myelotoxic potential was performed by clonogenic assay of colony forming units of granulocyte-macrophage (CFU-GM). The data were analyzed by analysis of variance (ANOVA) and a posteriori Tukey test (myelotoxicity) and by t test for all other assays. The means were considered statistically significant when P < 0.05. S. umbellatum was cytotoxic to EAT cells and the morphological analysis of these cells indicated that the plant extract treatment induced cell death by apoptosis. Apoptosis was also observed by increase on reactive oxygen species generation and in the concentration of intracellular Ca2+, alterations in mitochondrial membrane potential, phosphatydylserine externalization and activation of caspases 3, 8, and 9. S. umbellatum presented myelotoxicity to normal bone marrow cells in a concentrationdependent fashion. However, this toxicity was 8-fold lower than to tumor cells. The presented data showed that S. umbellatum had cytotoxic activity to EAT cells and induced these cells to apoptosis. / Na busca de novos agentes antineoplásicos os produtos de origem natural têm desempenhado um papel de destaque, uma vez que cerca de 40% dos medicamentos disponíveis na terapêutica atual foram desenvolvidos de fontes naturais, sendo 25%, aproximadamente, de plantas. Synadenium umbellatum pertence à família Euphorbiaceae e é conhecido popularmente como cola-nota , avelós , milagrosa , cancerola , sendo o látex empiricamente utilizado no Brasil para o tratamento do câncer. Estudos preliminares demonstraram que o extrato bruto das folhas de S. umbellatum possui importante atividade antitumoral e antiangiogênica in vivo. Neste trabalho foram investigados a citotoxicidade e os mecanismos de indução de apoptose de S. umbellatum sobre células do Tumor Ascítico de Ehrlich (TAE), bem como o potencial mielotóxico da planta. Os estudos de citotoxicidade foram realizados por meio dos ensaios de exclusão do azul de tripano e redução do tetrazolium (MTT). Os mecanismos de indução de apoptose celular foram investigados por microscopia de luz e de fluorescência, imunocitoquímica e citometria de fluxo e a investigação do potencial mielotóxico foi feita por ensaio clonogênico de unidades formadoras de colônias de granulócitos e macrófagos (CFU-GM). Os dados foram analisados por Análise de Variância (ANOVA) e teste a posteriori de Tukey (mielotoxicidade) e teste de t para os demais ensaios. As médias foram consideradas estatisticamente significativas quando P < 0,05. S. umbellatum foi citotóxico para as células do TAE e a análise morfológica destas células indicou que o tratamento com o extrato da planta induziu morte celular por apoptose. A apoptose foi constatada também pelo aumento na geração de espécies de oxigênio reativas e da concentração de Ca2+ intracelular, pela alteração no potencial de membrana mitocondrial, pela externalização da fosfatidilserina e pela ativação das caspases 3, 8 e 9. Os dados obtidos permitiram concluir que S. umbellatum apresentou mielotoxicidade para células normais de medula óssea de forma concentraçãodependente. Porém, essa toxicidade foi 8 vezes menor que para as células tumorais. A partir da análise dos resultados foi possível concluir que S. umbellatum apresenta atividade citotóxica e indutora de apoptose em células de TAE.
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A influência da convivência com um parceiro doente sobre a resposta inflamatória alérgica pulmonar em camundongos / The influence of cohabitation with sick partner on pulmonary allergic inflammatory response in mice

Hamasato, Eduardo Kenji 26 April 2016 (has links)
As relações bidirecionais entre o Sistema Nervoso e o Sistema Imune são relevantes para a manutenção da homeostase do organismo. Estudos realizados em nosso laboratório mostraram que 14 dias de coabitação com um conspecífico doente (injetado com células do tumor de Ehrlich-TAE) produziu mudanças comportamentais, endócrinas e imunológicas. Este estudo analisa os efeitos da convivência com um animal portador de tumor de Ehrlich em camundongos OVA sensibilizados e desafiados sobre a resposta alérgica pulmonar. Pares de camundongos machos foram separados em três grupos: naïve, controle e experimental. Os animais do grupo naïve não foram manipulados sendo utilizados para a avaliação de parâmetros basais. Um animal de cada par dos grupos experimental e controle foi imunizado com OVA. No dia D(0), os animais imunizados receberam uma dose reforço de OVA. No dia D(0) os camundongos do grupo experimental que não foram manipulados foram inoculados com 5x106 células de tumor de Ehrlich; seus companheiros de gaiola moradia foram designados CAD (companheiro do animal doente). Os camundongos não perturbados de cada par do grupo controle foram tratados (i.p.) em D(0) com 0,9% de NaCl, sendo designados CAS (companheiro do animal saudável). O desafio intranasal com OVA foi realizado nos camundongos CAS e CAD nos dias D(12) e D(13); colheram-se o sangue e os tecidos no dia D(14). Em comparação com o grupo CAS, os camundongos do grupo CAD apresentaram 14 dias após a coabitação: (1) aumento do número de eosinófilos e neutrófilos no LBA, (2) diminuição na contagem de células da medula óssea, (3) aumento do níveis de IL-4 e IL-5 e diminuição de IL-10 e INF-&#978; no sobrenadante do LBA, (4) aumento dos níveis de IgG1-OVA, diminuição dos níveis de IgG2a-OVA e nenhuma alteração na IgE-OVA no sangue periférico, (5) aumento na expressão de ICAM-1, VCAM-1 e L-selectina em granulócitos do LBA, (6) diminuição da reatividade da traquéia à metacolina in vitro, (7) aumento da desgranulação de mastócitos, (8) nenhuma alteração nos níveis plasmáticos de corticosterona, (9) aumento dos níveis de adrenalina e noradrenalina plasmáticas, (10) diminuição no tempo de permanência e entradas nos braços abertos do labirinto em cruz elevado, (11) diminuição da expressão de IL-6 no PVN e (12) diminuição da expressão de C-fos no PFC. Estes resultados mostram que a convivência forçada com um animal portador de um tumor ascitico de Ehrlich exacerba a inflamação alérgica pulmonar de camundongos. Eles foram discutidos como decorrentes da estimulação do Sistema Nervoso Autônomo Simpático (SNS) pelo estresse psicológico gerado pela coabitação com o parceiro doente, via liberação de adrenalina e noradrenalina e consequente mudança no perfil de citocinas Th1/Th2 para uma resposta do tipo Th2. Esta alteração seria, provavelmente, um dos mecanismos responsáveis pelo aumento do recrutamento celular para as vias aéreas dos camundongos do grupo CAD. / The bidirectional relationship between the nervous system and the imune system is relevant for homeostatic organism maintenance. Studies from our laboratory showed that 14 days of cohabitation with a sick conspecific (injected with Ehrlich tumor cells-TAE) produced behavioral, endocrinological and immunological changes. This study analyzes the effects of cohabitation with an Ehrlich tumor-bearing animal on ovalbumin (OVA)-induced lung inflammatory response in mice. Pairs of male mice were separate into three groups: naïve, control and experimental. Animals of the naïve group were kept undisturbed being used for assessment of basal parameters. One animal of each experimental and control pair of mice was immunized with OVA. On D(0), these OVA-immunized animals received an OVA booster. At this day (D(0)) the experimental mice that were kept undisturbed were inoculated with 5x106 Ehrlich tumor cells; their immunized cage-mates were then referred as to CSP(companion of sick partner). The undisturbed mice of each control pair were i.p. treated on D(0) with 0.9% NaCl; their sensitized cage-mate were subsequently referred as CHP (companion of health partner). The intranasal OVA challenge was performed on CSP and CHP mice on D(12) and D(13); blood and tissue collection were performed on D (14). Fourteen days after cohabitation, in comparison to the CHP mice, the CSP mice displayed the following: (1) an increased number of eosinophils and neutrophils in the BAL, (2) a decreased bone marrow cell count, (3) increased levels of IL-4 and IL-5 and decreased levels of IL-10 and INF-&#978; in the BAL supernatant, (4) increased levels of IgG1-OVA, decreased levels of IgG2a-OVA and no changes in OVA-specific IgE in the peripheral blood, (5) increased expression of ICAM-1, VCAM-1 and L-selectin in the BAL granulocytes, (6) decreased tracheal reactivity to metacholine measured in vitro , (7) increased mast cell degranulation, (8) no changes in plasma corticosterone levels (9) increased levels of plasmatic adrenaline and noradrenaline, (10) decreased time and % of entries on open arms of elevated plus maze, (11) decreased expression of IL-6 on PVN and (12) decreased expression of C-fos on PFC. These results suggest that cohabitation with an Ehrlich tumor bearing mice exacerbates allergic lung inflammatory response in mice. Most probably, the changes observed in CSP mice are a consequence of the psychological stress induced by forced cohabitation with the sick partner. Strong involvement of the sympathetic nervous system through adrenaline and noradrenaline release and a shift of the Th1/Th2 cytokine profile toward a Th2 response were considered to be the mechanisms underlying the cell recruitment to the animal´s airways.
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Avaliação farmacológica e toxicológica de novos candidatos a protótipos de fármacos antitumorais / Pharmacological and toxicological evaluation of new drug candidates for prototypes antitumor

Carvalho, Flávio Silva de 02 March 2011 (has links)
Submitted by Jaqueline Silva (jtas29@gmail.com) on 2014-10-03T21:14:43Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Flávio Silva de Carvalho - 2011.pdf: 2542668 bytes, checksum: 8b150260143e835293c132099b3cbf68 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Jaqueline Silva (jtas29@gmail.com) on 2014-10-03T21:14:50Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Flávio Silva de Carvalho - 2011.pdf: 2542668 bytes, checksum: 8b150260143e835293c132099b3cbf68 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-10-03T21:14:50Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Flávio Silva de Carvalho - 2011.pdf: 2542668 bytes, checksum: 8b150260143e835293c132099b3cbf68 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2011-03-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / As part of a line of research aimed at the pharmacological and toxicological evaluation of new candidates for antitumor drug prototypes, this work was conducted to evaluate pharmacological and toxicological compounds LQFM030, and LQFM031 LQFL032, drawn from nutlins prototypes. Additionally, we also evaluated whether the compounds LQFM004, LQFM005, and LQFM028 LQFM029 initially envisioned as candidates for prototypes of antipsychotic drugs, drawn from LASSBio579. Initially there was a cytotoxic screening all candidates, using the cytotoxicity test of exclusion of Trypan Blue in K-562 cells. Given this, it was observed that the best IC50 values were obtained with the candidates and LQFM030 LQFM029 (0.55 and 0.56 mM, respectively) and from then on had as starting point for these two molecules to a more detailed and thorough cytotoxicity, where it was observed that the molecule had the best LQFM030 cytotoxic profile in the test of exclusion of Trypan blue and the MTT reduction test, at intervals of 24, 48 and 72, compared with LQFM029 the molecule, using the cell line K-562. Given this, the candidate LQFM030 was the target of other studies conducted to study the survival, safety tests (Capture the Neutral Red dye, Acute Toxicity Oral), cell cycle, cell death mechanism of apoptosis and antioxidant activity. The data showed that the molecule LQFM030 increased life expectancy of the animals, and an IC50 value commensurate with the value of Nutlins found in literature, on the evaluation of acute toxicity, according to OECD 423, the molecule was rated 5 or non- classified according to the classification GSH, the cell cycle was observed an increase in G2 / M phase (73%) and sub-G1 phase (73.6%), and a decrease in S phase (40.9%) ; to assess the mechanism of cell death was characterized increased expression of Bax (8 times compared to untreated group), and a decrease of Bcl-2 (84%) as well as an increase in membrane potential and a decrease of ROS (reactive oxygen species), where there was not a change in protein expression of TNF and NFκβ; antioxidant activity did not show a significant effect, and before the candidate cyclic voltammetry showed only the presence of peak oxidation, not being characterized as a good redox system. When tested for safety in basal cell 3T3, the candidate presented a cytotoxicity with IC50 value of approximately 0.14 mM Thus, the candidate prototype antitumor drug LQFM030 presented as a good candidate for antitumor prototype with important data for such purpose, and the need for further detailed studies to better conceptualization. / No âmbito de uma linha de pesquisa que visa a avaliação farmacológica e toxicológica de novos candidatos a protótipos de fármacos antitumorais, foi realizado neste trabalho a avaliação farmacológica e toxicológica dos compostos LQFM030, LQFM031 e LQFL032, desenhados a partir dos protótipos nutlins. Adicionalmente, também avaliou-se os compostos LQFM004, LQFM005, LQFM028 e LQFM029, inicialmente idealizados como candidatos a protótipos de fármacos antipsicóticos, desenhados a partir do LASSBio579. Inicialmente realizou-se uma triagem citotóxica com todos os candidatos, utilizando o teste de citotoxicidade de Exclusão do Azul de Tripano, em células K-562. Diante disto, observou-se que os melhores valores de IC50 foram obtidos com os candidatos LQFM030 e LQFM029 (0,55 e 0,56 mM, respectivamente) e a partir de então teve-se como ponto de partida essas duas moléculas para um estudo mais detalhado e aprofundado da citotoxicidade, onde observou-se que a molécula LQFM030 apresentou o melhor perfil citotóxico no teste de Exclusão do Azul de Tripano e para o teste de Redução do MTT, no intervalos de tempo de 24, 48 e 72h, quando comparado com a molécula LQFM029, utilizando a linhagem celular K-562. Frente a isso, o candidato LQFM030 foi alvo dos demais estudos realizados visando estudo de sobrevida, ensaios de segurança (Captura do Corante Vermelho Neutro, Toxicidade Aguda Oral), ciclo celular, mecanismo de morte celular por apoptose e atividade antioxidante. Os dados mostraram que a molécula LQFM030 aumentou a expectativa de vida dos animais, e um valor de IC50 compatível com o valor dos Nutlins encontrado na literatura; diante da avaliação da toxicidade aguda, segundo a OECD 423, a molécula teve classificação 5 ou não-classificada de acordo com a classificação GSH; no ciclo celular observou-se um aumento da fase G2/M (73%) e da fase sub-G1 (73,6%), e uma diminuição da fase S (40,9%); para a avaliação do mecanismo de morte celular foi caracterizado um aumento da expressão da proteína Bax (8 vezes em relação ao grupo não-tratado), e uma diminuição de Bcl-2 (84%), assim como um aumento do potencial de membrana e uma diminuição de ROS (espécie reativa de oxigênio), onde não observou-se uma variação na expressão das proteínas TNF e NFκβ; porém um aumento da modulação da proteína citocromo-c de 85%; a atividade antioxidante não apresentou um efeito significativo, e perante a voltametria ciclica o candidato mostrou apenas a presença do pico de oxidação, não sendo caracterizado como um bom sistema de oxirredução. Para o ensaio de segurança, em célula basal 3T3, o candidato apresentou uma citotoxicidade com o valor de IC50 de 0,14 mM aproximadamente. Assim, o candidato a protótipo a fármaco antitumoral LQFM030 apresentou como um bom candidato a protótipo antitumoral com dados importantes para tal finalidade, e a necessidade de estudos ainda mais aprofundados para uma melhor conceituação.
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A influência da convivência com um parceiro doente sobre a resposta inflamatória alérgica pulmonar em camundongos / The influence of cohabitation with sick partner on pulmonary allergic inflammatory response in mice

Eduardo Kenji Hamasato 26 April 2016 (has links)
As relações bidirecionais entre o Sistema Nervoso e o Sistema Imune são relevantes para a manutenção da homeostase do organismo. Estudos realizados em nosso laboratório mostraram que 14 dias de coabitação com um conspecífico doente (injetado com células do tumor de Ehrlich-TAE) produziu mudanças comportamentais, endócrinas e imunológicas. Este estudo analisa os efeitos da convivência com um animal portador de tumor de Ehrlich em camundongos OVA sensibilizados e desafiados sobre a resposta alérgica pulmonar. Pares de camundongos machos foram separados em três grupos: naïve, controle e experimental. Os animais do grupo naïve não foram manipulados sendo utilizados para a avaliação de parâmetros basais. Um animal de cada par dos grupos experimental e controle foi imunizado com OVA. No dia D(0), os animais imunizados receberam uma dose reforço de OVA. No dia D(0) os camundongos do grupo experimental que não foram manipulados foram inoculados com 5x106 células de tumor de Ehrlich; seus companheiros de gaiola moradia foram designados CAD (companheiro do animal doente). Os camundongos não perturbados de cada par do grupo controle foram tratados (i.p.) em D(0) com 0,9% de NaCl, sendo designados CAS (companheiro do animal saudável). O desafio intranasal com OVA foi realizado nos camundongos CAS e CAD nos dias D(12) e D(13); colheram-se o sangue e os tecidos no dia D(14). Em comparação com o grupo CAS, os camundongos do grupo CAD apresentaram 14 dias após a coabitação: (1) aumento do número de eosinófilos e neutrófilos no LBA, (2) diminuição na contagem de células da medula óssea, (3) aumento do níveis de IL-4 e IL-5 e diminuição de IL-10 e INF-&#978; no sobrenadante do LBA, (4) aumento dos níveis de IgG1-OVA, diminuição dos níveis de IgG2a-OVA e nenhuma alteração na IgE-OVA no sangue periférico, (5) aumento na expressão de ICAM-1, VCAM-1 e L-selectina em granulócitos do LBA, (6) diminuição da reatividade da traquéia à metacolina in vitro, (7) aumento da desgranulação de mastócitos, (8) nenhuma alteração nos níveis plasmáticos de corticosterona, (9) aumento dos níveis de adrenalina e noradrenalina plasmáticas, (10) diminuição no tempo de permanência e entradas nos braços abertos do labirinto em cruz elevado, (11) diminuição da expressão de IL-6 no PVN e (12) diminuição da expressão de C-fos no PFC. Estes resultados mostram que a convivência forçada com um animal portador de um tumor ascitico de Ehrlich exacerba a inflamação alérgica pulmonar de camundongos. Eles foram discutidos como decorrentes da estimulação do Sistema Nervoso Autônomo Simpático (SNS) pelo estresse psicológico gerado pela coabitação com o parceiro doente, via liberação de adrenalina e noradrenalina e consequente mudança no perfil de citocinas Th1/Th2 para uma resposta do tipo Th2. Esta alteração seria, provavelmente, um dos mecanismos responsáveis pelo aumento do recrutamento celular para as vias aéreas dos camundongos do grupo CAD. / The bidirectional relationship between the nervous system and the imune system is relevant for homeostatic organism maintenance. Studies from our laboratory showed that 14 days of cohabitation with a sick conspecific (injected with Ehrlich tumor cells-TAE) produced behavioral, endocrinological and immunological changes. This study analyzes the effects of cohabitation with an Ehrlich tumor-bearing animal on ovalbumin (OVA)-induced lung inflammatory response in mice. Pairs of male mice were separate into three groups: naïve, control and experimental. Animals of the naïve group were kept undisturbed being used for assessment of basal parameters. One animal of each experimental and control pair of mice was immunized with OVA. On D(0), these OVA-immunized animals received an OVA booster. At this day (D(0)) the experimental mice that were kept undisturbed were inoculated with 5x106 Ehrlich tumor cells; their immunized cage-mates were then referred as to CSP(companion of sick partner). The undisturbed mice of each control pair were i.p. treated on D(0) with 0.9% NaCl; their sensitized cage-mate were subsequently referred as CHP (companion of health partner). The intranasal OVA challenge was performed on CSP and CHP mice on D(12) and D(13); blood and tissue collection were performed on D (14). Fourteen days after cohabitation, in comparison to the CHP mice, the CSP mice displayed the following: (1) an increased number of eosinophils and neutrophils in the BAL, (2) a decreased bone marrow cell count, (3) increased levels of IL-4 and IL-5 and decreased levels of IL-10 and INF-&#978; in the BAL supernatant, (4) increased levels of IgG1-OVA, decreased levels of IgG2a-OVA and no changes in OVA-specific IgE in the peripheral blood, (5) increased expression of ICAM-1, VCAM-1 and L-selectin in the BAL granulocytes, (6) decreased tracheal reactivity to metacholine measured in vitro , (7) increased mast cell degranulation, (8) no changes in plasma corticosterone levels (9) increased levels of plasmatic adrenaline and noradrenaline, (10) decreased time and % of entries on open arms of elevated plus maze, (11) decreased expression of IL-6 on PVN and (12) decreased expression of C-fos on PFC. These results suggest that cohabitation with an Ehrlich tumor bearing mice exacerbates allergic lung inflammatory response in mice. Most probably, the changes observed in CSP mice are a consequence of the psychological stress induced by forced cohabitation with the sick partner. Strong involvement of the sympathetic nervous system through adrenaline and noradrenaline release and a shift of the Th1/Th2 cytokine profile toward a Th2 response were considered to be the mechanisms underlying the cell recruitment to the animal´s airways.
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Avaliação da toxicidade e atividade antitumoral de nanopartículas de óxido de cério associados ao óxido de zinco

Xavier, Aline Lira 26 February 2015 (has links)
Submitted by Viviane Lima da Cunha (viviane@biblioteca.ufpb.br) on 2016-03-29T14:51:59Z No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2889280 bytes, checksum: 9c7ca34cb774b831c8a33f50c09aee7f (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-29T14:51:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2889280 bytes, checksum: 9c7ca34cb774b831c8a33f50c09aee7f (MD5) Previous issue date: 2015-02-26 / Nanomedicine is the use of nanomaterials in developing new therapeutic and diagnostic procedures. However, despite the advantages and different applications of nanoparticles, they also have potential toxic effects that should be properly assessed before use. Metal oxides and, in particular, metal oxide nanoparticles have many applications. Among them, cerium oxide nanoparticles and zinc oxide have shown different pharmacological activities, both alone, and in combination with each other. Cancer is a complex genetic disease which is a major public health problem worldwide, one of the leading causes of death in Brazil. This study aimed to evaluate the toxicity and antitumor activity in vivo of cerium oxide nanoparticles and zinc oxide association (NCZ). Initially it was evaluated the acute preclinical toxicity orally with estimated NCZ LD50 above 2000 mg/kg, therefore, the sample is considered to have low toxicity in our experimental conditions. Subsequently it was performed the evaluation of repeated doses toxicity study (28 days) of NCZ by oral route. The treatment resulted in a significant decrease in the consumption of water and feed, significant increase in enzyme activity of ALT and AST, significant decrease of urea, significant increase in the total white blood cell count, significant decrease in thymus index, significantly increased of ambulation and a decrease in time of self-cleaning and withdrawals. The study of acute toxicity by intraperitoneal route, the LD50 of NCZ was estimated at about 300 mg/kg enabling the choice of doses to be used in the study of antitumor activity. NCZ showed significant antitumor activity in Ehrlich ascites carcinoma model (EAC) at doses of 10, 20 and 40 mg/kg, considering the mass, tumor volume and total cell parameters. In the investigation of its mechanism of action was observed that NCZ increased the percentage of cells in sub-G1 phase, decreased microvessel peritoneal vascular, as well promoted an increased in the concentration of IL-1, IL-10, TNF- and IFN-. It was also evaluated the toxicity of NCZ in animals with EAC submitted to antitumor treatment for nine days. It was observed a significant decrease in feed intake, significant increase in ALT activity, significant decrease in serum urea concentration, significant increase in serum creatinine and significant increase in the mean corpuscular hemoglobin. According to the results, we can infer that NCZ has low toxicity and significant antitumor activity in vivo with mechanism of action probably related to interference with the progression of the cell cycle, inducing apoptosis, increased immune response and antiangiogenic action. / A nanomedicina consiste na utilização de nanomateriais no desenvolvimento de novas modalidades terapêuticas e de diagnóstico. Todavia, apesar das vantagens e diferentes aplicações das nanopartículas, estas também possuem potenciais efeitos tóxicos que devem ser devidamente avaliados antes de sua utilização. Óxidos de metais e, em especial, nanopartículas de óxido de metais possuem várias aplicações. Dentre eles o óxido de zinco e nanopartículas de óxido de cério já demonstraram diversas atividades farmacológicas tanto de forma isolada, quanto em associação entre si. Especialmente para nanopartículas de óxido de cério, vários estudos mostram seu potencial antitumoral. O câncer é uma doença genética complexa que constitui um importante problema de saúde pública em todo mundo, sendo uma das principais causas de morte no Brasil. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade e atividade antitumoral in vivo de nanopartículas de óxido de cério associadas ao óxido de zinco (NCZ). Inicialmente foi avaliada a toxicidade pré-clínica aguda, por via oral, com estimativa de DL50 para NCZ acima de 2000 mg/kg sendo, portanto, a amostra considerada de baixa toxicidade nas condições experimentais avaliadas. Em seguida foi realizada a avaliação da toxicidade pré-clínica de doses repetidas (28 dias) de NCZ, por via oral. O tratamento resultou em diminuição significativa no consumo de água e ração, ureia, índice do timo e tempo de auto-limpeza e levantamentos, assim como resultou em um aumento significativo na atividade enzimática de ALT e AST, contagem total de leucócitos e ambulação. No estudo de toxicidade aguda por via intraperitoneal de NCZ a DL50 foi estimada em torno de 300 mg/kg possibilitando a escolha das doses a serem utilizadas no estudo de atividade antitumoral. NCZ apresentou significante atividade antitumoral em modelo de Carcinoma Ascítico de Ehrlich (CAE) nas doses de 10, 20 e 40 mg/kg, considerando os parâmetros massa e volume tumoral, bem como total celular. Na investigação de seu mecanismo de ação foi observado que NCZ aumentou a percentagem de células na fase sub-G1, reduziu a microdensidade vascular peritoneal, bem como aumentou a concentração de IL-1, IL-10, TNF- e IFN-. Foi avaliada ainda, a toxicidade de NCZ nos animais com CAE submetidos ao tratamento antitumoral de nove dias, sendo observada uma diminuição significativa no consumo de ração e na concentração sérica de ureia, assim como resultou em aumento significativo na atividade da ALT, concentração sérica de creatinina e hemoglobina corpuscular média. De acordo com os resultados obtidos, é possível inferir que NCZ apresenta baixa toxicidade e significante atividade antitumoral in vivo com mecanismo de ação provavelmente relacionado a uma interferência na progressão do ciclo celular com indução de apoptose, aumento da resposta imune antitumoral e ação antiangiogênica.

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