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Avaliação dos resultados do atendimento de pacientes em parada cardiorrespiratória no ambiente pré-hospitalar pelo Serviço de Atemdimento Móvel de Urgência (SAMU) de Porto Alegre

Semensato, Gladis Mari January 2012 (has links)
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil, principalmente por doença cardíaca isquêmica. Parcela expressiva desses óbitos ocorrerá na comunidade, de forma súbita e silenciosa. Estima-se que de cada cem pacientes que recebam ressuscitação cardiopulmonar em ambiente não hospitalar, seis tem alta hospitalar. A cada minuto de retardo para o tratamento a probabilidade de sobreviver diminui de 7 a 10%. A sistematização do atendimento através dos conceitos de Corrente da Sobrevivência, Suporte Básico e Suporte Avançado de Vida em Cardiologia têm contribuído para melhora dos desfechos. O rápido inicio de ressuscitação cardiopulmonar e o fornecimento de choque desfibrilatório são fatores fundamentais para o sucesso do atendimento. O "International Liaison Committee on Resuscitation" (ILCOR), entidade que congrega os principais comitês de ressuscitação do mundo, propôs diretrizes para o tratamento e definiu os principais indicadores a serem monitorados para avaliação e aperfeiçoamento dos resultados em ressuscitação pré-hospitalar. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi implementado no Brasil em 2002. Os resultados imediatos deste tipo de atendimento em nosso meio são pouco conhecidos. O presente estudo tem como objetivo avaliar a sobrevida dos pacientes em parada cardiorrespiratória (PCR) no ambiente não-hospitalar atendidos pelo SAMU de Porto Alegre e seus preditores clínicos. Realizamos estudo observacional prospectivo com pacientes em parada cardiorrespiratória (PCR) não traumática atendidos pelo SAMU na cidade de Porto Alegre. Foram incluídos atendimentos consecutivos primários para PCR avaliados pela equipe SAMU Porto Alegre (15 unidades de atendimento sendo 3 avançadas, uma de apoio rápido e as demais unidades básicas). O desfecho primário do presente estudo foi a sobrevida dos pacientes até a alta hospitalar e os desfechos secundários a sobrevida em trinta dias e a sobrevida neurologicamente favorável com escore do Cerebral Performance Category (CPC) I ou II na alta hospitalar. No período em estudo (Janeiro a Outubro de 2008), foram realizados 593 atendimentos por parada cardíaca não traumática com 260 pacientes sendo submetidos à ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Dos pacientes inicialmente submetidos à RCP, em 52 (20%) houve sucesso inicial da reanimação, com 16 pacientes vivos no trigésimo dia (6%) e 10 tendo alta hospitalar (3,5%). A avaliação neurológica funcional realizada na alta verificou escore CPC 1 ou 2 em 6 pacientes (2,3% do grupo que recebeu RCP). A ocorrência da parada cardíaca no domicilio associou-se inversamente com a sobrevida tanto no trigésimo dia (p = 0,001) quanto na alta hospitalar (p = 0,02). A presença de ritmo “chocável” mostrou-se associada à sobrevida aos 30 dias (p = 0,008), mas não na alta hospitalar. Aos 30 dias, tanto o intervalo tempo resposta, quanto tempo do colapso até o início da RCP foram significativamente menores em sobreviventes. Na alta hospitalar, apenas o tempo do colapso até o início da RCP esteve associado com sobrevida. Em análise multivariada, permaneceram como preditores independentes de mortalidade em 30 dias a presença de ritmo cardíaco inicial que permitisse choque elétrico (razão de chance [RC] de 0,28 e intervalo de confiança [IC] de 95% de 0,10 a 0,81; p = 0,02) e PCR no domicílio (RC de 3,0 e IC 95% 1,04 a 8,7; p = 0,04). Nossos dados permitem concluir que o atendimento pré-hospitalar de paciente em PCR na comunidade atendidos pelo SAMU de Porto Alegre tem resultados limitados, porém equiparáveis a muitas outras localidades internacionais. A monitoração destes resultados é passo inicial fundamental para o aprimoramento deste sistema de atendimento. / Cardiovascular diseases are the main cause of death in Brazil, mainly due to the isquemic heart disease. A significant part of these deaths occur abruptly and silently inside the community. It is estimated that every 6 patients in a hundred – who received out-of-hospital cardiopulmonary resuscitation – have the chance to survive to hospital discharge. Each minute retarding treatment will decrease the probability of survival from 7 to 10%. Systematization of treatment through the concepts of Chain of Survival, Basic Life Support and Advanced Life Support have contributed to improvement of survival. A fast initial cardiopulmonary resuscitation and defibrillatory shocks are essential factors to the success of treatment. The "International Liaison Committee on Resuscitation" (ILCOR), an entity which congregates the main comities of resuscitation in the world, suggested guidelines for the treatment and defined the principal indicators to be monitored for the evaluation and improvement of results in pre-hospital resuscitation. The out-of-hospital emergency medical service (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU) was implemented in Brazil in 2002. The immediate results of this type of service in our society are scarcely known. The present study’s objective is to evaluate the survival of patients in cardiac arrest in an out-of-hospital environment who were attended by SAMU in Porto Alegre, and their clinical predictors. We performed prospective a cohort study with patients in non-traumatic cardiac arrest (CPR) treated by SAMU in the city of Porto Alegre. We have included primary consecutive CPRs evaluated by the SAMUs teams (15 treatment units, 3 of which with capability of advanced life support and the others with basic life support). The primary outcome of the present study was patients’ survival to hospital discharge and the secondary outcome was the 30 days survival and the neurological outcome at discharge from hospital (cerebral performance category [CPC] score I or II). In the studied period (from January to October 2008), 593 cardiac arrests were evaluated, 260 patients underwent CPR and were studied. The initial reanimation procedures succeed in 52 (20%) patients, 16 (6%) of whom were alive in the 30th day, 10 (3.5%) being discharged from hospital. The functional neurological evaluation at hospital discharge was CPC score I or II in 6 patients (2.3% of the group who received CPR). The occurrence of cardiac arrest at home was inversely associated to 30th day survival (p=0.001) and to hospital discharge (p=0.02). The presence of a cardiac rhythm amenable to shock was associated to survival at the 30th day (p=0.008), but not to hospital discharge. The response time and the collapse time until beginning of CPR was significantly reduced in survivors at the 30th day. Only the collapse time until CPR was associated to the survival at hospital discharge. In multivariate analysis, the presence of an initial cardiac rhythm amenable to shock remained as independent predictors of 30 day mortality (OR 0.28, CI 95% from 0.10 to 0.81; p=0.02) and CPR at home (OR 3.0, CI 95% 1.04 to 8.7; p= 0.04). Based on our data we conclude that the pre-hospital treatment of PCR patients in the community treated by SAMU Porto Alegre has limited results, though comparable to many other international localities. Monitoring of these results is a fundamental initial step for the improvement of the out-of-hospital emergency service system.
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Adaptação transcultural e validação do Dietary Sodium Restriction Questionnaire para uso no Brasil

D'Almeida, Karina Sanches Machado January 2012 (has links)
Resumo não disponível
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Efeitos sub-agudos de uma única sessão de exercício sobre o fluxo sanguíneo, modulação autonômica e pressão arterial na insuficiência cardíaca

Moraes, Daniel Umpierre de January 2007 (has links)
Resumo não disponível.
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A relevância do remodelamento atrioventricular esquerdo na avaliação da função diastólica do ventrículo esquerdo em pacientes com insuficiência cardíaca : um estudo de ecocardiografia com Doppler

Danzmann, Luiz Cláudio January 2006 (has links)
Resumo não disponível
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Avaliação do controle autonômico da pressão e frequência cardíaca e do estresse oxidativo de ratos espontaneamente hipertensos submetidos a tratamento com inibidor da enzima conversora da angiotensina

Casali, Karina Rabello January 2009 (has links)
Este trabalho testa a hipótese de que a inibição da enzima conversora da angiotensina (ECA), mesmo em doses baixas que não causam alteração de pressão, é capaz de influenciar nos processos de hipertrofia cardíaca, estresse oxidativo e controle autonômico em animais espontaneamente hipertensos (SHR). Os animais foram tratados com um inibidor da enzima conversora da angiotensina (iECA) e foram quantificados a hipertrofia e o estresse oxidativo cardíacos. Também foi avaliado o controle autonômico através da análise espectral de séries temporais de pressão arterial sistólica e freqüência cardíaca. Além disso, foram investigadas as características não-lineares das series de freqüência cardíaca envolvidas na hipertensão arterial sistemica e o efeito do tratamento sobre estes parâmetros através de um teste de irreversibilidade desenvolvido para detectar dinâmicas não-lineares independentemente da escala temporal de ação. Neste contexto, o primeiro estudo (artigo 1) objetivou o desenvolvimento do novo método para análise de irreversibilidade estatística (IE) capaz de detectar inclusive a presença de dinâmicas não-lineares mais lentas das observadas pelos métodos tradicionais. A nova técnica, denominada irreversibilidade bidimensional múltipla (IBM), foi validada e mostrouse útil quando aplicada a séries fisiológicas exibindo um padrão de não-linearidade aumentado em situações de predominância simpática. No segundo momento (artigo 2) o novo método foi aplicado a séries temporais de freqüência cardíaca em situações em que a ativação simpática foi provocada. Após demonstrar a associação entre a irreversibilidade e a modulação simpática em situação fisiológica, usando um protocolo de estimulação simpática gradual, o método também foi aplicado a uma situação patológica, caracterizada pela hipertensão espontânea em ratos. Nesta situação, houve um aumento da IE e o mecanismo não-linear envolvido na referida patologia possui ação mais lenta, sendo possível de ser detectado apenas com o uso de técnicas de alta dimensionalidade, como a irreversibilidade bidimensional múltipla. Além disso, foi verificado o efeito do tratamento com iECA, que reduziu a modulação simpática e restaurou o padrão de irreversibilidade a percentuais semelhantes aos do grupo controle. O terceiro estudo (artigo 3) teve como objetivo avaliar o efeito da inibição da ECA sobre a hipertrofia cardíaca, estresse oxidativo e controle autonômico em doses não anti-hipertensivas. Os resultados demonstraram uma redução da hipertrofia cardíaca, do estresse oxidativo cardíaco, mesmo sem alterar a pressão arterial. Apesar de não alterar a modulação simpática vascular ou atuar na sensibilidade baroreflexa, o tratamento em baixa dose melhorou o balanço autonômico, em favor da modulação vagal. Tais resultados podem indicar uma ação central que busca restabelecer o equilíbrio cardiovascular, precedente à alteração de pressão. Assim sendo, o presente estudo poderá contribuir no desenvolvimento de novas estratégias que, num futuro próximo, permitirão não só avaliar os efeitos do tratamento, mas principalmente, prevenir o estabelecimento de novos quadros hipertensivos e de insuficiência cardíaca. / This work presents the hypothesis that inhibition of the angiotensin converting enzyme (ACE), even in low doses that do not cause decrease of pressure, is able to alter the cardiac hypertrophy, the oxidative stress and the autonomic control in spontaneously hypertensive rats (SHR). To evaluate cardiac oxidative stress and its hypertrophy, animals were treated with an angiotensin converting enzyme inhibitor (ACEi). Also the autonomic control was analyzed by the spectral analysis of systolic arterial pressure and heart rate series. Besides, non-linear characteristics present in hypertension and the ACEi treatment effect were also evaluated by an irreversibility test developed to detect non-linear dynamics independently of their temporal scale. The first study (article 1) aimed at developing a new method for analysis of statistical irreversibility (SI) which was able to detect the presence of non linear dynamic including those that were slower than the ones observed by traditional methods. The new technique, called multiple bi-dimensional irreversibility (MBI), was validated and showed to be useful when applied to physiological series, presenting an increased non linear pattern increased in situations with sympathetic predominance. This new method was also applied to time series of heart rate in situations of sympathetic activation (article 2). After the demonstration of an association between irreversibility and sympathetic modulation in a physiological condition, the method was applied to a pathological situation, in SHR. SHR data showed that there was an increase of SI. Furthermore, the non-linear mechanism wrapped in this pathology has slower action, which can be detected only with the use of multidimensional techniques, as MBI. Besides, the ACEi treatment resulted in a reduction of the sympathetic modulation and restored the irreversibility pattern to those similar to control. Finally, the third study (article 3) evaluates the effect of ACEi on the cardiac hypertrophy, oxidative stress and autonomic control in no anti-hypertensive doses. The results demonstrated a cardiac hypertrophy and cardiac oxidative stress reduction, with no alteration of blood pressure. In spite of producing no alteration in the sympathetic vascular modulation or no action in the baroreflex sensibility, the low dose of ACEi treatment improved the autonomic balance, in favour of vagal modulation. Such results can indicate a central action to re-establishing the cardiovascular balance, preceding to the pressure alterations. Thus, the present study may help to the new strategies development to treat and, mainly, to prevent the establishment of hypertension and of heart failure.
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Avaliação prognóstica de polimorfismos genéticos dos receptores beta-adrenérgicos em coorte de pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca / Prognosis Evaluation Based on Aggregated Genetic Polymorphisms of Beta-receptors in a Cohort of Heart Failure Outpatients

Salvaro, Roberto Gabriel January 2009 (has links)
Resumo não disponível
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Hipertrofia cardíaca induzida pelo hipertireoidismo experimental : papel do estado redox sobre proteínas envolvidas em vias de sinalização intracelular para crescimento, sobrevivência e morte celular / Cardiac hypertrophy induced by experimental hyperthyroidism: role of redox status under proteins involved with signaling pathways for cell growth/survival and cell death

Fernandes, Rafael Oliveira January 2010 (has links)
Esse estudo foi conduzido para testar a influência do estado redox sobre a modulação de proteínas envolvidas em vias de sinalização intracelular, associadas à sobrevivência/crescimento e morte celular, na hipertrofia cardíaca compensada induzida pelo hipertireoidismo experimental. Os hormônios da tireóide induzem crescimento cardíaco fisiológico e, a ativação das vias de sinalização da Akt e das MAPKs, parece contribuir na ação desses hormônios sobre o coração. Estresse oxidativo está envolvido nas respostas cardíacas em diversas situações fisiológicas e patológicas, assim como pode atuar na modulação de proteínas envolvidas em processos de sinalização. Glutationa e tiorredoxina são os principais sistemas mantenedores do ambiente intracelular reduzido, através do controle dos níveis de tiós (-SH), consequentemente, podem contribuir na regulação dos sistemas de sinalização. Ratos Wistar foram divididos em 4 grupos (n=6-7/grupo): controle, vitamina E (20 mg/Kg/dia, s.c., 14 dias), L-tiroxina (T4) (12 mg/L na água de beber por 14 dias) e T4+vitamina E. Materiais e Métodos: Parâmetros morfométricos (índice de hipertrofia cardíaca (IHC = mg coração/g corporal); índice de congestão hepática e pulmonar), glutationa reduzida (GSH, μmol/g), glutationa oxidada (GSSG, μmol/g), estado redox (razão GSH/GSSG), atividade da tiorredoxina redutase (TrxR, nmol/min, mg prot) e níveis de peróxido de hidrogênio (H2O2, nmol/g) foram mensurados no tecido cardíaco. A expressão das proteínas tiorredoxina-1 (Trx-1), Akt, ERK1/2 e JNK (MAPKs), Bax (pró-apoptotica), Bcl-2 (pró-sobrevivência), caspase-3, AIF (fator indutor de apoptose) e do fator de transcrição Nrf-2, foram quantificados por Western blot. Resultados: O tratamento com o ʟ-tiroxina foi efetivo no desenvolvimento do hipertireoidismo. Níveis plasmáticos de T4 (μg/dl) e T3 (ng/dl) aumentaram nos grupos hipertireoideos comparados aos controles. Depois dos 14 dias de tratamento, o grupo T4 apresentou hipertrofia cardíaca (4,06 ± 0,38 mg/g) comparado ao controle (2,41 ± 0,15 mg/g) e essa resposta foi reduzida significativamente no grupo T4+vitamina E (3,65 ± 0,27 mg/g). Sinais da congestão de órgãos não apresentaram diferença entre os grupos. Níveis de GSSG e H2O2 aumentaram significativamente (33% e 43%, respectivamente) no grupo T4 em comparação ao controle, sendo significativamente atenuados pela administração de vitamina E no grupo T4. A razão GSH/GSSG foi reduzida significativamente (28%) no grupo T4 em comparação ao controle. Nenhuma alteração foi observada nos níveis de GSH, na atividade da TrxR e na expressão da Trx-1 e Nrf-2. A expressão da Akt total reduziu nos grupos hipertireoideos em comparação aos seus controles e, a expressão da fosfo-Akt reduziu nos grupos vitamina E, T4 e T4+vitamina E quando comparados ao controle. Foi observado aumento significativo da expressão da fosfo-ERK1/2, assim como da razão fosfo-ERK/ERK total nos grupos hipertireoideos em comparação aos controles. Nenhuma alteração foi encontrada na expressão da JNK, fosfo-JNK, AIF e na razão da Bax/Bcl-2, por outro lado, observou-se aumento (53%) da caspase-3 nos T4 em comparação ao controle. Conclusão: Com base nos resultados obtidos, ao final dos 14 dias de tratamento com L-tiroxina, pode-se concluir que a resposta hipertrófica cardíaca parece estar com sua função compensada, uma vez que não foram observados sinais de insuficiência cardíaca. A redução de GSSG e H2O2 promovida pela administração de vitamina E se mostrou associada à diminuição do crescimento da massa cardíaca nos animais hipertireoideos. O sistema tiorredoxina não se mostrou fundamental para a manutenção do estado redox nesta fase. A Akt parece não contribuir significativamente para a resposta hipertrófica nesse período de tratamento. O aumento da fosforilação da ERK1/2, associado a não ativação da JNK, pode ser o responsável pela resposta trófica cardíaca compensada nos animais hipertireoideos. O aumento da caspase-3, efetora de morte, indica que pode esse período possuir início da ativação apoptótica. Os dados em conjunto reforçam a ideia de que, nessa fase, há moderado desbalanço redox cardíaco, sem haver início de sinalização que favoreça a hipertrofia cardíaca patológica, porém com provável início de sinalização pró-apoptótica, a qual pode contribuir para o desenvolvimento da disfunção cardíaca. / This study was conducted to test the redox status influence in the modulation of some proteins involved in pro-survival and pro-apoptotic intracellular signaling pathways in the compensate cardiac hypertrophy induced by hyperthyroidism. Thyroid hormones (T4 and T3) induce physiological cardiac growth and activation of Akt and MAPKs signaling pathways. Those may contribute to these hormones effects on the heart. Oxidative stress is involved in cardiac responses under several physiological and pathological situations, as well as can act in the modulation of proteins involved in the signaling process. Glutathione and thioredoxin are the main antioxidant systems in the intracellular environment that can contribute to the regulation of signaling redox-sensible. Material and Methods: Male Wistar rats were divided into four groups (n= 6-7/group): control, vitamin E (20mg/Kg/day s.c. 14 days), ʟ-thyroxine (T4) (12mg/L in drinking water for 14 days) and T4+vitamin E. Morphometric parameters [cardiac hypertrophy index (mg heart/g body weight), liver and lung congestion index (wet/dry weight)], reduced glutathione (GSH, μmol/g) and glutathione dissulfide (GSSG, μmol/g), redox status (GSH/GSSG ratio), the activity of thioredoxin reductase (TrxR, in nmol/min/mg protein) and hydrogen peroxide steady-state concentration (H2O2, nmol/g) were measured in cardiac tissue. Thioredoxin-1 (Trx-1), NF-E2-related factor-2 (Nrf-2), Protein Kinase B (PKB or Akt), Extracellular Signal-Regulated Kinase 1/2 (ERK1/2), c-Jun n-Terminal Kinase (JNK), Bax (pro-apoptotic)/Bcl-2 (pro-survival) ratio (Bcl-2 family proteins, respectively), Caspase-3 (proteases involved in apoptotic process) and Apoptotic-Inducing Factor (AIF) myocardial protein expression were quantified by western blot. Results: The hormone treatment was effective in the development of hyperthyroidism. The serum T4 (in μg/dL) and T3 (in ng/dL) increased significantly in hyperthyroid groups when compared to control groups, at the end of treatment. After 14 days, T4 group presented cardiac hypertrophy (4.06 ± 0.38 mg/g) when compared to control (2.41 ± 0.15 mg/g) and, this response was significantly reduced in T4+vitamin E (3.65 ± 0.27 mg/g). Congestion signs were not observed. Levels of GSSG and H2O2 increased significantly (33% and 43%, respectively) in the T4 group compared to control and this was reduced by vitamin E administration to the T4 group. The GSH/GSSG ratio was significantly reduced in the group T4 (28%) when compared to control. Any change in the levels of GSH, TrxR activity and the Trx-1 and Nrf-2 expression was observed. Total Akt expression was reduced in the hyperthyroid groups when compared to their respective controls and the p-Akt expression was significantly reduced in vitamin E, T4 and T4+vitamin E compared to control. The p-ERK1/2 expression and p-ERK/Total ERK were significantly increased in the hyperthyroid groups compared to controls. No changes were observed in the JNK, p-JNK, AIF and Bax/Bcl-2 ratio expression, but Caspase-3 increased 53% in T4 group compared to control. Conclusion: We concluded that after 14 days of treatment with L-thyroxine, cardiac hypertrophy response would have a compensated function, since no signs of congestive heart failure were seen. It was observed association between GSSG and H2O2 reduction, by vitamin E administration, and cardiac mass decreased in the hyperthyroid animals. The thioredoxin system appears to be not primordial to redox environment maintenance in this phase. The Akt seems not to contribute significantly to the hypertrophyc response in these period of treatment. The increase in p-ERK1/2, associated with an inalteration of JNK, could be responsible for a compensate cardiac hypertrophy phenotype in the hyperthyroid animals.Caspase-3 increase indicates that this period may represent the beginning of apoptotic activation. The overall results reinforce the idea that, in this period, there is moderate cardiac redox imbalance, with no signals that favors the pathological cardiac hypertrophy, although with probable onset of proapoptotic signaling, which may contribute to the development of cardiac dysfunction.
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Sinalização autofágica e níveis de miostatina em modelo de hipertrofia cardíaca fisiológica em camundongos

Pinto, Graziela Hünning January 2014 (has links)
A hipertrofia cardíaca é caracterizada pelo aumento do músculo cardíaco devido aumento das dimensões dos cardiomiócitos. Em condições fisiológicas ou patológicas a hipertrofia está relacionada com o aumento da força do coração, provocando alterações nas células miocárdicas. O exercício ativa a via da proteína Akt relacionada à sobrevivência celular em resposta ao exercício e atua sobre a proteína quinase mTOR, ocasionando síntese proteica e hipertrofia. A mTOR participa da proliferação e crescimento celular através da regulação da tradução da proteína. Além disso, a mTOR também controla outros processos celulares como autofagia e parece estar relacionada com a sinalização de miostatina. Portanto, quando miostatina aumentada, inibe o crescimento muscular provavelmente através da inibição de mTOR. A autofagia é um mecanismo homeostático com a finalidade de degradação e reciclagem através da ação lisossomal reciclando organelas citoplasmáticas e proteínas a fim de remover esses materiais intracelulares. A ativação da autofagia ocorre em duas situações: uma em baixo nível de fluxo autofágico, devido uma baixa energética a fim de manter a sobrevivência celular e em outra situação há ativação pronunciada a fim de esgotar os elementos celulares culminando em morte celular. Esses dois extremos nas ações autofágicas são mecanismos potenciais pró ou anti-sobrevivência. Estudos mostram uma ativação da autofagia durante o exercício agudo e parece estar relacionado com a repressão da via AKT/mTOR. Por outro lado, no exercício crônico a autofagia é ativada em músculo esquelético através de aumento das proteínas autofágicas. Tal evento é explicado pela mudança do perfil muscular esquelético pós-exercício gerando maior quantidade de metabólitos que são reciclados pelo sistema, porém em músculo cardíaco ainda está sendo estudado. A miostatina é um regulador negativo do crescimento muscular esquelético. Em doenças seu aumento resulta em perda muscular, contudo, na hipertrofia fisiológica a miostatina está reduzida no músculo esquelético e no cardíaco. A miostatina aumentada bloqueia não só Akt, mas também mTOR, favorecendo a via de degradação proteica através da maquinaria autofágica. Assim, a miostatina tem ação na autofagia durante o exercício e essas vias podem estar relacionadas com o desenvolvimento da hipertrofia cardíaca.
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Qualidade assistencial de pacientes com insuficiência cardíaca em hospital público terciário no Brasil

Wajner, André January 2013 (has links)
Fundamento: Insuficiência cardíaca (IC) representa a maior causa cardiovascular de morbidade hospitalar no Brasil. Embora sociedades médicas internacionais recomendem o monitoramento de indicadores de qualidade assistencial na prática clínica, sua adesão tem sido controversa, limitada e seus resultados não estão adequadamente estudados em diversos contextos. Objetivos: Aferir parâmetros de qualidade assistencial em pacientes hospitalizados com IC e analisar a relação entre a adesão a estas medidas e as taxas de visitas ao serviço de emergência e reinternações em 30 dias pós-alta no cenário hospitalar público brasileiro. Métodos: Realizou-se estudo de coorte histórico com utilização de dados secundários em 2070 pacientes que internaram com identificação de IC no Índice de Comorbidade de Charlson (ICCharlson) no período de 2009-2010. Foram coletados dados demográficos, assistenciais e indicadores hospitalares. Avaliou-se qualidade assistencial através da prescrição de Beta-bloqueador, IECA e/ou BRA e orientações na nota de alta. Resultados: Houve, em toda amostra, significativas medianas de ICCharlson (5,0) e tempo de internação (14 dias), constatando-se 13% de óbitos hospitalares. Doença cerebrovascular, um ICCharlson elevado e um menor tempo de permanência foram preditores de reinternação. Em relação aos indicadores assistenciais, as instruções na nota de alta foram adequadas em apenas 13% dos casos e, em pacientes com FE reduzida, 87% tinham prescrição de IECA/BRA e 66% de beta-bloqueadores na alta. Não houve impacto dessas medidas na taxa de reinternação e/ou visita a emergência, independente da FE. Conclusões: Pacientes internados com IC em hospital público terciário brasileiro apresentam elevada morbimortalidade. Apesar de abaixo das metas, esses parâmetros de qualidade assistencial não foram associados com reinternação ou consulta precoce à emergência. / Background: Heart failure (HF) is a major cause of cardiovascular hospital morbidity in Brazil. Although international medical societies recommend monitoring quality of care in clinical practice, its adherence has been controversial and limited and their results have not yet been adequately studied in several contexts. Objectives: To assess quality of care parameters in hospitalized patients with HF and to analyze the relationship between adherence to these measures and 30-day postdischarge readmission rates and emergency room visits in Brazilian public hospital setting. Methods: We conducted a historic cohort study using secondary data, which included 2070 hospitalized patients with HF identified by Charlson Comorbidity Index (CCI) in 2009 and 2010. We collected demographic data, performance measures and hospital outcomes. Quality of care was assessed by measuring beta-blocker, ACEI/ARB prescriptions and appropriate medical instructions at discharge. Results: There was, on the whole sample, a high median CCI (5.0) and a long hospital stay (14 days), with 13% of hospital death rate. Cerebrovascular disease, a higher CCI and a shorter length of stay were predictors of rehospitalization. Regarding health care indicators, there was a low rate of appropriate discharge instructions (13%) and, in patients with reduced ejection fraction (EF), there was 87% of ACEI/ARB and 66% of beta-blockers prescriptions at discharge. These measures had no impact on readmission and/or emergency room visit rate, regardless of EF. Conclusions: Hospitalized patients with HF in Brazilian public hospital setting have higher morbidity and mortality rates. Although being below the targets, these performance measures were not associated with early readmission or emergency room visit rate.
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Uma equação nacional para predição do consumo máximo de oxigênio

Stefani, Charles de Moraes January 2014 (has links)
Fundamento: As equações que predizem o consumo máximo de oxigênio (VO2máx) atualmente utilizadas em softwares de Teste Cardiopulmonar de Exercício (TCPE) no Brasil não foram adequadamente validadas e as mesmas têm importância fundamental no algoritmo diagnóstico para esse método propedêutico. Objetivo: Construir e validar uma Equação Nacional para predição do VO2máx, comparando-a com a equação citada por Jones e com o algoritmo de Wasserman. Métodos: Foram avaliados 3.319 indivíduos através de TCPE respiração a respiração em esteira. Destes, 2.495 eram normais e pertenceram ao grupo de construção (GC) da equação e 624, de forma aleatória, foram alocados para o grupo de validação externa (GV). Na Equação Nacional (derivada de modelo de regressão multivariado), considerou-se faixa etária, gênero, índice de massa corporal (IMC) e nível de atividade física, sendo a mesma posteriormente testada no GV. Gráficos de dispersão e análise de Bland-Altman foram realizados. Resultados: No GC, a média de idade foi de 42,6 anos (DP:15), 51,5% eram homens, o IMC médio foi de 27,2 (DP:5), sendo a distribuição quanto ao nível de atividade física: 51,3% sedentários, 44,4% ativos e 4,3% atletas. Observou-se correlação ótima entre a Equação Nacional e o VO2máx mensurado pelo TCPE (0,807). Por outro lado, ocorreu diferença entre o valor médio do VO2máx previsto pelas Equações de Jones e Wasserman e o VO2máx obtido pelo TCPE, assim como na Equação Nacional (p = 0,001). Conclusão: A Equação Nacional apresenta valores do VO2máx próximos do valor medido através do TCPE, enquanto que as Equações de Jones e Wasserman diferem significativamente do VO2máx real. Sendo assim, tais Equações não devem ser empregadas na população nacional devido à sua baixa acurácia.

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