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O que pode a educação - uma perspectiva clínica / What can education do - a clinical perspective

Chieffi, Paula 12 May 2017 (has links)
Pode a escuta forjada na prática clínica interceder por proposições educacionais singulares? A partir dessa pergunta a tese se desdobra em exercícios conceituais e práticos na busca de abertura de interfaces entre clínica e educação, atenta às interpelações do fora e ao movimento da vida. Nessa composição, ganha relevância o conceito de ressonância, como uma abertura para o mundo que produz, simultaneamente, uma experiência de si. A partir da proposição de um estado de escuta, ou de um posicionamento orientado pela escuta clínica, a escrita se faz no acompanhamento de experiências escolares, conversas com alunos e um processo de formação de formadores. Essa conversa serve para precisar o funcionamento dessa escuta ao mesmo tempo em que abre um campo de questões entre a clínica e a educação. / How can an active clinical listening mediate an unique education based on singular experiences? In attempting to answer this central question, the thesis does an interchange between clinic and education. This dynamic was composed by the developed of concepts and practical activities. The mediation created in this thesis has grounded by the author\'s experiences of being in school environment; the conversations with students and the process of training school\'s leaders who train others school staff. It is important to say that the inputs from outside and the movement of life were taken on board. The configuration of the thesis, the concept of Resonance developed by Jean Luc Nancy became deep-seated. The thesis specifies and clarifies the function of the clinical listening in an education setting. It also inevitably opens relevant concerns between clinic and education.
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O que pode a educação - uma perspectiva clínica / What can education do - a clinical perspective

Paula Chieffi 12 May 2017 (has links)
Pode a escuta forjada na prática clínica interceder por proposições educacionais singulares? A partir dessa pergunta a tese se desdobra em exercícios conceituais e práticos na busca de abertura de interfaces entre clínica e educação, atenta às interpelações do fora e ao movimento da vida. Nessa composição, ganha relevância o conceito de ressonância, como uma abertura para o mundo que produz, simultaneamente, uma experiência de si. A partir da proposição de um estado de escuta, ou de um posicionamento orientado pela escuta clínica, a escrita se faz no acompanhamento de experiências escolares, conversas com alunos e um processo de formação de formadores. Essa conversa serve para precisar o funcionamento dessa escuta ao mesmo tempo em que abre um campo de questões entre a clínica e a educação. / How can an active clinical listening mediate an unique education based on singular experiences? In attempting to answer this central question, the thesis does an interchange between clinic and education. This dynamic was composed by the developed of concepts and practical activities. The mediation created in this thesis has grounded by the author\'s experiences of being in school environment; the conversations with students and the process of training school\'s leaders who train others school staff. It is important to say that the inputs from outside and the movement of life were taken on board. The configuration of the thesis, the concept of Resonance developed by Jean Luc Nancy became deep-seated. The thesis specifies and clarifies the function of the clinical listening in an education setting. It also inevitably opens relevant concerns between clinic and education.
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Três notas sobre a clínica com moradores de rua, ou aquilo que a clínica desvela a respeito do laço / Three notes about the clinic with homeless people, or what the clinic reveals about the bond

Barbosa, Bárbara Cristina Souza 26 June 2019 (has links)
A partir de três notas, desenvolveu-se neste trabalho a investigação do laço social, ou daquilo que se desvela do laço social, na escuta clínica com sujeitos que moram na rua. O trabalho abordou a contextualização da população em situação de rua articulada ao sistema capitalista. Depois, foi-se diferenciando terminologias e feita à escolha da expressão moradores de rua para apresentar algo no que tange a clínica psicanalítica com esses sujeitos. As notas são modos de grifar, ressaltar, colocar em relevo algo da experiência clínica com esses sujeitos, com todos os adendos, impasses, construções, direções e descobertas envolvidas nessa travessia. A metodologia deste trabalho foi realizada a partir da escuta de cenas e fragmentos clínicos vividos em cotidianos de serviços, tanto do Sistema Único de Saúde (SUS), como no Sistema Único da Assistência Social (SUAS). Além da revisão da literatura e da análise dessas cenas, optou-se por uma escrita que trouxesse a dimensão da narrativa na construção do trabalho. São três notas que disparam à temática: 1) O testemunho da barbárie; 2) A aposta teimosa no direito de desejar e 3) A vivência da rua articulada à dimensão do inumano. Visou-se o exercício de honestidade na construção de um trabalho que é atravessado por questões complexas: escuta clínica e dimensão política; efeitos da barbárie na experiência analítica/naquele (a) que ocupa a função analítica; exploração da noção de desejo desatrelando-se da vontade individual; exploração do laço social, proposto por Freud e por Lacan e assunção de um laço em que considere o território brasileiro como digno de ser acentuado, já que a escuta se deu num país, chamado Brasil / From three notes, it was developed in this work the investigation of the social bond or what the social bond reveals in clinical listening with subjects who live in the streets. The work approached the contextualization of the street population articulated to the capitalist system. Later, we differentiated terminologies and made a choice of using the expression \"homeless people\" to present something about the psychoanalytic clinic with these subjects. The notes are ways to underline, emphasize and highlight the clinical experience with these subjects, with all addendums, impasses, constructions, directions and discoveries involved in this crossing. The methodology of this work was based on the listening of scenes and clinical fragments lived in daily services, from both United Health System (Sistema Único de Saúde - SUS) and United Social Assistance System (Sistema Único da Assistência Social - SUAS). In addition to the literature review and the analysis of the scenes, it was chosen a writing that would bring the narrative dimension in the work construction. There are three notes that permeate the theme: 1) The testimony of barbarism; 2) The insistence on the right to desire; 3) The street life articulated to the inhuman dimension. The aim was to exercise honesty constructing a work that is crossed by complex issues: clinical listening and political dimension; barbarity effects on the analytical experience on that one which occupies the analytic function; exploring the notion of desire unattached to the \"individual will\"; exploring the social bond, proposed by Freud and Lacan; assumption of a bond that considers the Brazilian territory as worthy of being marked, since the listening took place in Brazil
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Línguas ventantes : uma cartografia da expressão sonora / Winding meaning: a mapping of sound expression

Vargas, Felipe Nunes January 2011 (has links)
Buscando explorar os potenciais semióticos que o som e a música têm produzido em seu encontro com a saúde, este trabalho intenta acompanhar a produção de sentido em torno das expressões sonoras no contexto da clínica em saúde mental. Tomando o corpo e o sentido a partir de Spinoza e Deleuze, situamos a experiência estética diante da cognição humana, decompondo procedimentos e relações expressivas que ocorrem em torno do som e seus trajetos sensíveis no corpo e na consciência. Como método, utilizamos o “diário do imaginário”, uma cartografia de imagens da consciência que mapeia de modo estético a complexidade da experiência sonora. Através de pequenas ficções, orquestramos relações expressivas inspiradas na prática clínica e sonoro-musical do autor, buscando envolver na linguagem a textura vibrátil da experiência. / Trying to explore the semiotic potential that sound and music bring to mental health attention, this research intent to follow closely the sound experience on that clinical context. Taking the concept of “body” through Spinoza and Deleuze´s philosophy, we build a connection between aesthetic experience and human cognition, decomposing the process that makes sound affect and develop through the conscious body. As a method, a few sound experiences are fictionally presented as the “Imaginary Diary”, where some expressions between sound and sense are created to express the aesthetic complexity between sound and the cognitive body. Trying to reach the closest approach, the thinking and writing make a poetical effort to express the feelings and sensorial waves that sound experience evocates.
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Línguas ventantes : uma cartografia da expressão sonora / Winding meaning: a mapping of sound expression

Vargas, Felipe Nunes January 2011 (has links)
Buscando explorar os potenciais semióticos que o som e a música têm produzido em seu encontro com a saúde, este trabalho intenta acompanhar a produção de sentido em torno das expressões sonoras no contexto da clínica em saúde mental. Tomando o corpo e o sentido a partir de Spinoza e Deleuze, situamos a experiência estética diante da cognição humana, decompondo procedimentos e relações expressivas que ocorrem em torno do som e seus trajetos sensíveis no corpo e na consciência. Como método, utilizamos o “diário do imaginário”, uma cartografia de imagens da consciência que mapeia de modo estético a complexidade da experiência sonora. Através de pequenas ficções, orquestramos relações expressivas inspiradas na prática clínica e sonoro-musical do autor, buscando envolver na linguagem a textura vibrátil da experiência. / Trying to explore the semiotic potential that sound and music bring to mental health attention, this research intent to follow closely the sound experience on that clinical context. Taking the concept of “body” through Spinoza and Deleuze´s philosophy, we build a connection between aesthetic experience and human cognition, decomposing the process that makes sound affect and develop through the conscious body. As a method, a few sound experiences are fictionally presented as the “Imaginary Diary”, where some expressions between sound and sense are created to express the aesthetic complexity between sound and the cognitive body. Trying to reach the closest approach, the thinking and writing make a poetical effort to express the feelings and sensorial waves that sound experience evocates.
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Línguas ventantes : uma cartografia da expressão sonora / Winding meaning: a mapping of sound expression

Vargas, Felipe Nunes January 2011 (has links)
Buscando explorar os potenciais semióticos que o som e a música têm produzido em seu encontro com a saúde, este trabalho intenta acompanhar a produção de sentido em torno das expressões sonoras no contexto da clínica em saúde mental. Tomando o corpo e o sentido a partir de Spinoza e Deleuze, situamos a experiência estética diante da cognição humana, decompondo procedimentos e relações expressivas que ocorrem em torno do som e seus trajetos sensíveis no corpo e na consciência. Como método, utilizamos o “diário do imaginário”, uma cartografia de imagens da consciência que mapeia de modo estético a complexidade da experiência sonora. Através de pequenas ficções, orquestramos relações expressivas inspiradas na prática clínica e sonoro-musical do autor, buscando envolver na linguagem a textura vibrátil da experiência. / Trying to explore the semiotic potential that sound and music bring to mental health attention, this research intent to follow closely the sound experience on that clinical context. Taking the concept of “body” through Spinoza and Deleuze´s philosophy, we build a connection between aesthetic experience and human cognition, decomposing the process that makes sound affect and develop through the conscious body. As a method, a few sound experiences are fictionally presented as the “Imaginary Diary”, where some expressions between sound and sense are created to express the aesthetic complexity between sound and the cognitive body. Trying to reach the closest approach, the thinking and writing make a poetical effort to express the feelings and sensorial waves that sound experience evocates.
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A ética da escuta clínica em tempos de biopoder / The Ethics of the Clinical Listening in Times of Biopower / La Ética de la Escucha Clínica en Tiempos de Biopoder

Londero, Mário Francis Petry January 2018 (has links)
Esta tese trata de pensar a ética da escuta clínica em tempos de biopoder. Baseado sobretudo na filosofia esquizoanalítica como intercessora da clínica psicanalítica e na poética de Fernando Pessoa, o estudo definiu como campo problemático a Rede de Atenção Psicossocial brasileira, a partir de variados serviços e intervenções de cuidado que percorreram a atenção à saúde mental, como: Consultório na Rua, Centros de Atenção Psicossocial, Unidades Básica de Saúde, Estratégias de Saúde da Família e Pesquisa na Atenção Básica. Em um contexto de biopoder, produtor de uma subjetividade mínima, entende-se que a escuta volta-se ao corpo como organismo biológico, sem mediação com o desejo. Nesta lógica, a medicalização da vida e o anestesiamento do sofrer, tornam-se as principais práticas de cuidado. No contraponto a este controle capitalístico característico do biopoder, a tese propõe pensar o ato da escuta clínica que se passa na interação junto à potência da desrazão, da loucura e do inconsciente. O ato da escuta clínica emerge aí como dispositivo que se pretende sensibilizador para os acontecimentos inventivos da vida, apoiando cada sujeito, coletivo ou serviço que possui uma angústia a enfrentá-la de maneira inventiva. Trata-se, pois, da criação de dispositivos que lancem cada sujeito a um obrar de si e do mundo. A pesquisa indica que a clínica e o clínico que conduzem o escutar a partir do inconsciente, em sua maquinaria desejante, se posicionam, na acolhida do outro que chega para ser cuidado, em um plano intensivo de dessubjetivação de si e do mundo no que tange à formatação moral exercida pelos mecanismos de controle do biopoder: a anatomopolítica, a biopolítica e a tanatopolítica O ato da escuta clínica implica a ética de questionar um viver conservador, moral e não reflexivo, para disso desviar, inventando outros mundos. Evoca, pois, um devir artista, despersonalização que o plano da arte coloca em jogo quando assombra o mundo com suas novidades que ainda não tomaram forma petrificada. Pautada pelo método cartográfico, a pesquisa se desenrola entrecruzando escritas que se confundem, se misturam, confluem e desfluem à medida que o texto vai ganhando delineamentos. Da escrita dissertativa e acadêmica às narrativas de um conto e de crônicas, que insistem em restar, há um íntimo agenciamento que maquina o escrever sobre a clínica. Tal maquinação inicia-se em um percurso afectivo-experimentativo vivenciado pelo autor que instala um campo problemático a partir do cotidiano das práticas clínicas pelas quais exercitou o escutar. Após este anúncio, é apresentada uma análise sobre os mecanismos do biopoder e a decorrente produção de uma subjetividade mínima, subscrita por um modo narcisista de ser e pela morte do desejo, que invade o cotidiano clínico. Deste pano de fundo passa-se a uma exploração textual que envolve diários de campo sobre intervenções do autor entre seu escutar clínico e uma escuta pesquisante viabilizada pela investigação sobre o cuidado em saúde mental na atenção básica. Por fim, faz-se uma aproximação da clínica com o plano da arte, articulando uma escuta do inconsciente ao ato inventivo que se movimenta na direção de um obrar-se. / This thesis deals with the ethics of clinical listening in times of biopower. The study defined the Brazilian Psychosocial Attention Network as a problematic field based,especially, on the schizoanalytic philosophy, as an intercessor of the psychoanalytic clinics, and in the poetics of Fernando Pessoa. For this purpose, it is considering several services and care interventions that covered mental health care, as:Consultation Offices in the Street, Psychosocial Care Centers, Basic Health Units, Family Health Strategies, and Primary Care Research. In a context of biopower, a producer of a minimal subjectivity, it is understood that the listening turns to the body as a biological organism without mediation with desire. In this logic, the medicalization of life and the anaesthetization of suffering become the main practices of care. In contrast to this capitalistic control characteristic of biopower, the thesis proposes to think of the act of clinical listening that takes place in the interaction with the power of unreason, madness, and the unconscious. The act of clinical listening emerges as a device that is intended to sensitizer to the inventive events of life, supporting each subject, collective or service that has an anguish to face it in an inventive way.It is, therefore, the creation of devices that launch each subject to work on himself and on the world.The research indicates that the clinical and the clinician who lead the listening from the unconscious, in their desiring machinery, are positioned in the reception of the other that arrives to be taken care of in an intensive plan of desubjectivation of oneself and of the world with regard to the formatting morality exerted by the mechanisms of control of biopower: anatomo-politics, biopolitics, and thanatopolitics The act of clinical listening causes the ethics to question a conservative, moral, and nonreflective life, to divert it, inventing other worlds. It evokes, then, a becoming artist, a depersonalization that the plane of art puts at stake when it haunts the world with its novelties that have not yet taken on petrified form. Guided by the cartographic method, the research is carried out by crisscrossing writings that merge, mingle, conjoin, and no longer converge as the text gains its outlines. From dissertation and academic writing to narratives of a short story and chronicles, that insist on remaining, there is an intimate agency that machinates writing about the clinical practice. Such machination begins in an affective-experiential path experienced by the author thatsettles a problematic field based on the daily routine of the clinical practices through which he exercised the listening. After this announcement, it is presented an analysis on the mechanisms of biopower and the resulting production of a minimal subjectivity, underwrote by a narcissistic way of being and by the death of desire, which are common on clinical routine. From this background, there is a textual exploration that involves field journals about the author's interventions from his clinical listening and hisresearcher's listening, enabled by the research on mental health care in basic care. Finally, the clinical practice is approached with the plan of art, articulating a listening from the unconscious to the inventive act that moves in the direction of a work on itself. / Esta tesis trata de pensar la ética de la escucha clínica en tiempo de biopoder. Embasado sobretodo en la filosofía esquizoanalítica como intercesora de la clínica psicoanalítica y en la poética de Fernando Pessoa, el estudio determinó como campo problemático la Red de Atención Psicosocial brasileña, a partir de variados servicios e intervenciones de cuidado que recorrieron la atención a la salud mental, como: Consultorio de Calle, Centros de atención Psicosocial, Unidades básicas de Salud, Estrategias de Salud de la Familia y Pesquisa en la Atención Básica. En un contexto de biopoder, productor de una subjetividad mínima, se entiende que la escucha se vuelve hacia cuerpo como organismo biológico, sin mediación con el deseo. En esa lógica, la medicalización de la vida y el anestesiamiento del sufrir se convierten en las principales prácticas de cuidado. En el contrapunto a ese control capitalístico característico del biopoder, la tesis propone pensar el acto de la escucha clínica que se pasa en la interacción junto a la potencia de la desrazón, de la locura y del inconsciente. El acto de la escucha clínica emerge ahí como dispositivo que se pretende sensibilizador para los acontecimientos inventivos de la vida, apoyando cada sujeto, colectivo o servicio que posee una angustia a enfrentarla de manera inventiva. Se trata, pues, de la creación de dispositivos que impulsen cada sujeto a un obrar de sí y del mundo. La pesquisa indica que la clínica y el clínico que conducen el escuchar a partir del inconsciente, en su maquinaria deseante, se posicionan, en la acogida del otro que llega para ser cuidado, en un plan intensivo de desubjetivación de sí mismo y del mundo en lo que respeta al formateo moral ejercido por los mecanismos de control del biopoder: la anatomopolítica, la biopolítica y la tanatopolítica El acto de la escucha clínica implica la ética de cuestionar un vivir conservador, moral y no reflexivo, para de eso desviar, creando otros mundos. Evoca, pues, un devenir artista, despersonalización que el plan del arte pone en juego cuando asombra el mundo con sus novedades que todavía no se volvieron petrificadas. Pautada por el método cartográfico, la pesquisa se desarrolla entrecruzando escritas que se confunden, se mesclan, confluyen y desfluyen a medida que el texto gana delineamientos. De la escritura discursiva y académica a las narrativas de un cuento y de crónicas, que insisten en restar, hay un íntimo agenciamiento que maquina el escribir a respeto de la clínica. Tal maquinación tiene inicio en un trayecto afectivo-experimentante vivido por el autor que instala un campo problemático a partir del cotidiano de las prácticas clínicas por las que ejercitó el escuchar. Posteriormente a este anuncio, es presentado un análisis sobre los mecanismos del bipoder y la decurrente producción de una subjetividad mínima, subscrita por un modo narcisista de ser y por la muerte del deseo, que invade el cotidiano clínico. De ese contexto se pasa a una exploración textual que involucra diarios de campo sobre intervenciones del autor entre su escuchar clínico y una escucha pesquisante viabilizada por la investigación sobre el cuidado en salud mental en la atención básica. Por fin, se realiza un acercamiento de la clínica con el plan del arte, articulando una escucha del inconsciente hacia el acto inventivo que se mueve en la dirección de un obrarse.
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A ética da escuta clínica em tempos de biopoder / The Ethics of the Clinical Listening in Times of Biopower / La Ética de la Escucha Clínica en Tiempos de Biopoder

Londero, Mário Francis Petry January 2018 (has links)
Esta tese trata de pensar a ética da escuta clínica em tempos de biopoder. Baseado sobretudo na filosofia esquizoanalítica como intercessora da clínica psicanalítica e na poética de Fernando Pessoa, o estudo definiu como campo problemático a Rede de Atenção Psicossocial brasileira, a partir de variados serviços e intervenções de cuidado que percorreram a atenção à saúde mental, como: Consultório na Rua, Centros de Atenção Psicossocial, Unidades Básica de Saúde, Estratégias de Saúde da Família e Pesquisa na Atenção Básica. Em um contexto de biopoder, produtor de uma subjetividade mínima, entende-se que a escuta volta-se ao corpo como organismo biológico, sem mediação com o desejo. Nesta lógica, a medicalização da vida e o anestesiamento do sofrer, tornam-se as principais práticas de cuidado. No contraponto a este controle capitalístico característico do biopoder, a tese propõe pensar o ato da escuta clínica que se passa na interação junto à potência da desrazão, da loucura e do inconsciente. O ato da escuta clínica emerge aí como dispositivo que se pretende sensibilizador para os acontecimentos inventivos da vida, apoiando cada sujeito, coletivo ou serviço que possui uma angústia a enfrentá-la de maneira inventiva. Trata-se, pois, da criação de dispositivos que lancem cada sujeito a um obrar de si e do mundo. A pesquisa indica que a clínica e o clínico que conduzem o escutar a partir do inconsciente, em sua maquinaria desejante, se posicionam, na acolhida do outro que chega para ser cuidado, em um plano intensivo de dessubjetivação de si e do mundo no que tange à formatação moral exercida pelos mecanismos de controle do biopoder: a anatomopolítica, a biopolítica e a tanatopolítica O ato da escuta clínica implica a ética de questionar um viver conservador, moral e não reflexivo, para disso desviar, inventando outros mundos. Evoca, pois, um devir artista, despersonalização que o plano da arte coloca em jogo quando assombra o mundo com suas novidades que ainda não tomaram forma petrificada. Pautada pelo método cartográfico, a pesquisa se desenrola entrecruzando escritas que se confundem, se misturam, confluem e desfluem à medida que o texto vai ganhando delineamentos. Da escrita dissertativa e acadêmica às narrativas de um conto e de crônicas, que insistem em restar, há um íntimo agenciamento que maquina o escrever sobre a clínica. Tal maquinação inicia-se em um percurso afectivo-experimentativo vivenciado pelo autor que instala um campo problemático a partir do cotidiano das práticas clínicas pelas quais exercitou o escutar. Após este anúncio, é apresentada uma análise sobre os mecanismos do biopoder e a decorrente produção de uma subjetividade mínima, subscrita por um modo narcisista de ser e pela morte do desejo, que invade o cotidiano clínico. Deste pano de fundo passa-se a uma exploração textual que envolve diários de campo sobre intervenções do autor entre seu escutar clínico e uma escuta pesquisante viabilizada pela investigação sobre o cuidado em saúde mental na atenção básica. Por fim, faz-se uma aproximação da clínica com o plano da arte, articulando uma escuta do inconsciente ao ato inventivo que se movimenta na direção de um obrar-se. / This thesis deals with the ethics of clinical listening in times of biopower. The study defined the Brazilian Psychosocial Attention Network as a problematic field based,especially, on the schizoanalytic philosophy, as an intercessor of the psychoanalytic clinics, and in the poetics of Fernando Pessoa. For this purpose, it is considering several services and care interventions that covered mental health care, as:Consultation Offices in the Street, Psychosocial Care Centers, Basic Health Units, Family Health Strategies, and Primary Care Research. In a context of biopower, a producer of a minimal subjectivity, it is understood that the listening turns to the body as a biological organism without mediation with desire. In this logic, the medicalization of life and the anaesthetization of suffering become the main practices of care. In contrast to this capitalistic control characteristic of biopower, the thesis proposes to think of the act of clinical listening that takes place in the interaction with the power of unreason, madness, and the unconscious. The act of clinical listening emerges as a device that is intended to sensitizer to the inventive events of life, supporting each subject, collective or service that has an anguish to face it in an inventive way.It is, therefore, the creation of devices that launch each subject to work on himself and on the world.The research indicates that the clinical and the clinician who lead the listening from the unconscious, in their desiring machinery, are positioned in the reception of the other that arrives to be taken care of in an intensive plan of desubjectivation of oneself and of the world with regard to the formatting morality exerted by the mechanisms of control of biopower: anatomo-politics, biopolitics, and thanatopolitics The act of clinical listening causes the ethics to question a conservative, moral, and nonreflective life, to divert it, inventing other worlds. It evokes, then, a becoming artist, a depersonalization that the plane of art puts at stake when it haunts the world with its novelties that have not yet taken on petrified form. Guided by the cartographic method, the research is carried out by crisscrossing writings that merge, mingle, conjoin, and no longer converge as the text gains its outlines. From dissertation and academic writing to narratives of a short story and chronicles, that insist on remaining, there is an intimate agency that machinates writing about the clinical practice. Such machination begins in an affective-experiential path experienced by the author thatsettles a problematic field based on the daily routine of the clinical practices through which he exercised the listening. After this announcement, it is presented an analysis on the mechanisms of biopower and the resulting production of a minimal subjectivity, underwrote by a narcissistic way of being and by the death of desire, which are common on clinical routine. From this background, there is a textual exploration that involves field journals about the author's interventions from his clinical listening and hisresearcher's listening, enabled by the research on mental health care in basic care. Finally, the clinical practice is approached with the plan of art, articulating a listening from the unconscious to the inventive act that moves in the direction of a work on itself. / Esta tesis trata de pensar la ética de la escucha clínica en tiempo de biopoder. Embasado sobretodo en la filosofía esquizoanalítica como intercesora de la clínica psicoanalítica y en la poética de Fernando Pessoa, el estudio determinó como campo problemático la Red de Atención Psicosocial brasileña, a partir de variados servicios e intervenciones de cuidado que recorrieron la atención a la salud mental, como: Consultorio de Calle, Centros de atención Psicosocial, Unidades básicas de Salud, Estrategias de Salud de la Familia y Pesquisa en la Atención Básica. En un contexto de biopoder, productor de una subjetividad mínima, se entiende que la escucha se vuelve hacia cuerpo como organismo biológico, sin mediación con el deseo. En esa lógica, la medicalización de la vida y el anestesiamiento del sufrir se convierten en las principales prácticas de cuidado. En el contrapunto a ese control capitalístico característico del biopoder, la tesis propone pensar el acto de la escucha clínica que se pasa en la interacción junto a la potencia de la desrazón, de la locura y del inconsciente. El acto de la escucha clínica emerge ahí como dispositivo que se pretende sensibilizador para los acontecimientos inventivos de la vida, apoyando cada sujeto, colectivo o servicio que posee una angustia a enfrentarla de manera inventiva. Se trata, pues, de la creación de dispositivos que impulsen cada sujeto a un obrar de sí y del mundo. La pesquisa indica que la clínica y el clínico que conducen el escuchar a partir del inconsciente, en su maquinaria deseante, se posicionan, en la acogida del otro que llega para ser cuidado, en un plan intensivo de desubjetivación de sí mismo y del mundo en lo que respeta al formateo moral ejercido por los mecanismos de control del biopoder: la anatomopolítica, la biopolítica y la tanatopolítica El acto de la escucha clínica implica la ética de cuestionar un vivir conservador, moral y no reflexivo, para de eso desviar, creando otros mundos. Evoca, pues, un devenir artista, despersonalización que el plan del arte pone en juego cuando asombra el mundo con sus novedades que todavía no se volvieron petrificadas. Pautada por el método cartográfico, la pesquisa se desarrolla entrecruzando escritas que se confunden, se mesclan, confluyen y desfluyen a medida que el texto gana delineamientos. De la escritura discursiva y académica a las narrativas de un cuento y de crónicas, que insisten en restar, hay un íntimo agenciamiento que maquina el escribir a respeto de la clínica. Tal maquinación tiene inicio en un trayecto afectivo-experimentante vivido por el autor que instala un campo problemático a partir del cotidiano de las prácticas clínicas por las que ejercitó el escuchar. Posteriormente a este anuncio, es presentado un análisis sobre los mecanismos del bipoder y la decurrente producción de una subjetividad mínima, subscrita por un modo narcisista de ser y por la muerte del deseo, que invade el cotidiano clínico. De ese contexto se pasa a una exploración textual que involucra diarios de campo sobre intervenciones del autor entre su escuchar clínico y una escucha pesquisante viabilizada por la investigación sobre el cuidado en salud mental en la atención básica. Por fin, se realiza un acercamiento de la clínica con el plan del arte, articulando una escucha del inconsciente hacia el acto inventivo que se mueve en la dirección de un obrarse.
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A ética da escuta clínica em tempos de biopoder / The Ethics of the Clinical Listening in Times of Biopower / La Ética de la Escucha Clínica en Tiempos de Biopoder

Londero, Mário Francis Petry January 2018 (has links)
Esta tese trata de pensar a ética da escuta clínica em tempos de biopoder. Baseado sobretudo na filosofia esquizoanalítica como intercessora da clínica psicanalítica e na poética de Fernando Pessoa, o estudo definiu como campo problemático a Rede de Atenção Psicossocial brasileira, a partir de variados serviços e intervenções de cuidado que percorreram a atenção à saúde mental, como: Consultório na Rua, Centros de Atenção Psicossocial, Unidades Básica de Saúde, Estratégias de Saúde da Família e Pesquisa na Atenção Básica. Em um contexto de biopoder, produtor de uma subjetividade mínima, entende-se que a escuta volta-se ao corpo como organismo biológico, sem mediação com o desejo. Nesta lógica, a medicalização da vida e o anestesiamento do sofrer, tornam-se as principais práticas de cuidado. No contraponto a este controle capitalístico característico do biopoder, a tese propõe pensar o ato da escuta clínica que se passa na interação junto à potência da desrazão, da loucura e do inconsciente. O ato da escuta clínica emerge aí como dispositivo que se pretende sensibilizador para os acontecimentos inventivos da vida, apoiando cada sujeito, coletivo ou serviço que possui uma angústia a enfrentá-la de maneira inventiva. Trata-se, pois, da criação de dispositivos que lancem cada sujeito a um obrar de si e do mundo. A pesquisa indica que a clínica e o clínico que conduzem o escutar a partir do inconsciente, em sua maquinaria desejante, se posicionam, na acolhida do outro que chega para ser cuidado, em um plano intensivo de dessubjetivação de si e do mundo no que tange à formatação moral exercida pelos mecanismos de controle do biopoder: a anatomopolítica, a biopolítica e a tanatopolítica O ato da escuta clínica implica a ética de questionar um viver conservador, moral e não reflexivo, para disso desviar, inventando outros mundos. Evoca, pois, um devir artista, despersonalização que o plano da arte coloca em jogo quando assombra o mundo com suas novidades que ainda não tomaram forma petrificada. Pautada pelo método cartográfico, a pesquisa se desenrola entrecruzando escritas que se confundem, se misturam, confluem e desfluem à medida que o texto vai ganhando delineamentos. Da escrita dissertativa e acadêmica às narrativas de um conto e de crônicas, que insistem em restar, há um íntimo agenciamento que maquina o escrever sobre a clínica. Tal maquinação inicia-se em um percurso afectivo-experimentativo vivenciado pelo autor que instala um campo problemático a partir do cotidiano das práticas clínicas pelas quais exercitou o escutar. Após este anúncio, é apresentada uma análise sobre os mecanismos do biopoder e a decorrente produção de uma subjetividade mínima, subscrita por um modo narcisista de ser e pela morte do desejo, que invade o cotidiano clínico. Deste pano de fundo passa-se a uma exploração textual que envolve diários de campo sobre intervenções do autor entre seu escutar clínico e uma escuta pesquisante viabilizada pela investigação sobre o cuidado em saúde mental na atenção básica. Por fim, faz-se uma aproximação da clínica com o plano da arte, articulando uma escuta do inconsciente ao ato inventivo que se movimenta na direção de um obrar-se. / This thesis deals with the ethics of clinical listening in times of biopower. The study defined the Brazilian Psychosocial Attention Network as a problematic field based,especially, on the schizoanalytic philosophy, as an intercessor of the psychoanalytic clinics, and in the poetics of Fernando Pessoa. For this purpose, it is considering several services and care interventions that covered mental health care, as:Consultation Offices in the Street, Psychosocial Care Centers, Basic Health Units, Family Health Strategies, and Primary Care Research. In a context of biopower, a producer of a minimal subjectivity, it is understood that the listening turns to the body as a biological organism without mediation with desire. In this logic, the medicalization of life and the anaesthetization of suffering become the main practices of care. In contrast to this capitalistic control characteristic of biopower, the thesis proposes to think of the act of clinical listening that takes place in the interaction with the power of unreason, madness, and the unconscious. The act of clinical listening emerges as a device that is intended to sensitizer to the inventive events of life, supporting each subject, collective or service that has an anguish to face it in an inventive way.It is, therefore, the creation of devices that launch each subject to work on himself and on the world.The research indicates that the clinical and the clinician who lead the listening from the unconscious, in their desiring machinery, are positioned in the reception of the other that arrives to be taken care of in an intensive plan of desubjectivation of oneself and of the world with regard to the formatting morality exerted by the mechanisms of control of biopower: anatomo-politics, biopolitics, and thanatopolitics The act of clinical listening causes the ethics to question a conservative, moral, and nonreflective life, to divert it, inventing other worlds. It evokes, then, a becoming artist, a depersonalization that the plane of art puts at stake when it haunts the world with its novelties that have not yet taken on petrified form. Guided by the cartographic method, the research is carried out by crisscrossing writings that merge, mingle, conjoin, and no longer converge as the text gains its outlines. From dissertation and academic writing to narratives of a short story and chronicles, that insist on remaining, there is an intimate agency that machinates writing about the clinical practice. Such machination begins in an affective-experiential path experienced by the author thatsettles a problematic field based on the daily routine of the clinical practices through which he exercised the listening. After this announcement, it is presented an analysis on the mechanisms of biopower and the resulting production of a minimal subjectivity, underwrote by a narcissistic way of being and by the death of desire, which are common on clinical routine. From this background, there is a textual exploration that involves field journals about the author's interventions from his clinical listening and hisresearcher's listening, enabled by the research on mental health care in basic care. Finally, the clinical practice is approached with the plan of art, articulating a listening from the unconscious to the inventive act that moves in the direction of a work on itself. / Esta tesis trata de pensar la ética de la escucha clínica en tiempo de biopoder. Embasado sobretodo en la filosofía esquizoanalítica como intercesora de la clínica psicoanalítica y en la poética de Fernando Pessoa, el estudio determinó como campo problemático la Red de Atención Psicosocial brasileña, a partir de variados servicios e intervenciones de cuidado que recorrieron la atención a la salud mental, como: Consultorio de Calle, Centros de atención Psicosocial, Unidades básicas de Salud, Estrategias de Salud de la Familia y Pesquisa en la Atención Básica. En un contexto de biopoder, productor de una subjetividad mínima, se entiende que la escucha se vuelve hacia cuerpo como organismo biológico, sin mediación con el deseo. En esa lógica, la medicalización de la vida y el anestesiamiento del sufrir se convierten en las principales prácticas de cuidado. En el contrapunto a ese control capitalístico característico del biopoder, la tesis propone pensar el acto de la escucha clínica que se pasa en la interacción junto a la potencia de la desrazón, de la locura y del inconsciente. El acto de la escucha clínica emerge ahí como dispositivo que se pretende sensibilizador para los acontecimientos inventivos de la vida, apoyando cada sujeto, colectivo o servicio que posee una angustia a enfrentarla de manera inventiva. Se trata, pues, de la creación de dispositivos que impulsen cada sujeto a un obrar de sí y del mundo. La pesquisa indica que la clínica y el clínico que conducen el escuchar a partir del inconsciente, en su maquinaria deseante, se posicionan, en la acogida del otro que llega para ser cuidado, en un plan intensivo de desubjetivación de sí mismo y del mundo en lo que respeta al formateo moral ejercido por los mecanismos de control del biopoder: la anatomopolítica, la biopolítica y la tanatopolítica El acto de la escucha clínica implica la ética de cuestionar un vivir conservador, moral y no reflexivo, para de eso desviar, creando otros mundos. Evoca, pues, un devenir artista, despersonalización que el plan del arte pone en juego cuando asombra el mundo con sus novedades que todavía no se volvieron petrificadas. Pautada por el método cartográfico, la pesquisa se desarrolla entrecruzando escritas que se confunden, se mesclan, confluyen y desfluyen a medida que el texto gana delineamientos. De la escritura discursiva y académica a las narrativas de un cuento y de crónicas, que insisten en restar, hay un íntimo agenciamiento que maquina el escribir a respeto de la clínica. Tal maquinación tiene inicio en un trayecto afectivo-experimentante vivido por el autor que instala un campo problemático a partir del cotidiano de las prácticas clínicas por las que ejercitó el escuchar. Posteriormente a este anuncio, es presentado un análisis sobre los mecanismos del bipoder y la decurrente producción de una subjetividad mínima, subscrita por un modo narcisista de ser y por la muerte del deseo, que invade el cotidiano clínico. De ese contexto se pasa a una exploración textual que involucra diarios de campo sobre intervenciones del autor entre su escuchar clínico y una escucha pesquisante viabilizada por la investigación sobre el cuidado en salud mental en la atención básica. Por fin, se realiza un acercamiento de la clínica con el plan del arte, articulando una escucha del inconsciente hacia el acto inventivo que se mueve en la dirección de un obrarse.
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Experiências desalojadoras do eu e escuta clínica / Decentralized self's experiences and clinical lintening

Iaraci Fernandes Advíncula 02 March 2001 (has links)
O objetivo desta Dissertação é explicitar o que são as experiências desalojadoras e em que medida elas ajudam na constituição da escuta clínica. O seu eixo gira em torno da experiência pessoal da autora nos Grandes Grupos Centrados na Pessoa inspirados nos trabalhos desenvolvidos por Carl Rogers e colaboradores. Pensador do Século XX, Rogers é filho dos ideais da Modernidade que colocam o homem no centro do universo como senhor absoluto, sem limites à pretensão de tudo conhecer. Na última década da sua vida, ao partir para os trabalhos com grandes grupos, Rogers começou a descortinar um mundo de múltiplos e complexos fenômenos. Não se sabe, se seria possível, para Rogers, sair das idéias metafísicas da sua concepção de natureza humana e compreender o descentramento que as vivências grupais estavam demandando. Esta pesquisa vai questionar as lógicas representacionais e as identidades impermeáveis que compõem os ideais da Idade Moderna. Apresenta a análise de personagens literários e de casos clínicos no enfrentamento de situações desalojadoras. Produz dados empíricos, através de depoimentos de cinco terapeutas que tiveram experiências em grupos. Terminado o processo investigativo, se conclui que o desenvolvimento da escuta clínica implica em sermos afetados por experiências desalojadoras. É necessária a transformação para podermos possibilitar o processo existencial na sua força criadora. A organização grupal oferece um campo propício para experiências complexas e múltiplas que, de forma contundente, levam ao confronto com experiências incontornáveis e fundamentais para o devir humano, no contraponto do reconhecimento do limite do viver / This study aims both to clarify what routine life disturbing experiences are in fact and to analyse to what extent they help to the formation of the clinical listening itself.This work focuses on this authors personal experience in the Large Groups Centered in the Person which were based on the research developed by Carl Rogers and co-authors. Carl Rogers, a twentieth century thinker, is a son of the Modernity Ideals that consider man in the center of the universe, as the Almighty and having no limits to all possible knowledge. Rogers, in the last decade of his life, when working with large groups, started to discover a world of multiple and complex phenomena. One doesnt know if it would be possible for Rogers, to abandon the metaphysical ideas of what human nature means to him and then understand the decentralization demanded by group experiences. This research questions both the representational logic and the impermeable identities that make up the Modern Era ideals. It reports the analysis of literary characters and in-session patients who have to deal with routine life disturbing situations. This study also presents empirical data based on reports from five therapists who engaged in group experiences. This author concludes that the professional therapist own development implies that he himself experiences life disturbing situations. This will enable him to better understand his patients problems and in this way be able to help them more effectively. Group organization does offer an opportunity for complex and multiple experiences that make the individual face helpless situations which are fundamental for the own persons growing as a human being

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