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Pensar as Vozes - Vocalizar o Logos: das possibilidades de emergência de outras vocalidades / Thinking Voices - Vocalizing Logos: the possibilities of emergence of other vocalities.

Holderbaum, Flora Ferreira 23 May 2019 (has links)
Este trabalho trata da voz enquanto relação entre um corpus de composições e performances para voz, uma revisão de literatura sobre algumas noções discursivas sobre voz e um diário vocal pessoal que desenvolvi, o qual articula esses campos analíticos e práticos. Problematizo as noções de voz e vocalidade através da análise das formações discursivas dentro dos estudos da voz e analiso a relação destas formações com as vozes e vocalidades propostas em algumas composições e performances, com ênfase em obras de Valéria Bonafé, Lílian Campesato e Inés Terra. Questiono como os silenciamentos históricos da voz, enquanto evidência de corporalidade, foram entronizados no modo como compreendemos a voz e criamos com ela. Além da análise documental/textual e das análises das obras, o método aqui escolhido articula a problematização e a conceituação da voz enquanto uma prática vocal. Isso é feito a partir de um processo duplo que chamei de diário vocal, que consiste da realização e gravação de conversas com as compositoras e performers e de minha própria voz gravada em meus estudos e leituras diários, bem como da subsequente escuta e transcrição destes registros. Essa prática de documentação possibilitou um processo de análise musical/sonora que não se deu previamente sobre as peças abordadas, em forma de prognóstico, mas demandou uma escuta ativa da voz gravada e uma recepção da modulação sonora da minha voz e da voz das artistas em foco, caso a caso, entre pensamento, som, fala, escuta, conversa, discussão e escrita. Assim, o processo se constituiu como uma geografia afetiva de vozes e vocalidades, no cruzamento dos âmbitos da performance/composição musicais, dos estudos da voz e do método de voz, através do diário vocal. Deste modo, considero o diário vocal um método de cartografia da voz, pois é a ele que é endereçado o desvio metodológico entre prática (práxis) e discurso (lexis), a fim de analisar a problemática vocal na criação atual ao mesmo tempo em que \'se faz\' o que se pesquisa: pensar os limites do logos vocal atual é escutar/\'performar\' o grão radical da voz e vice-versa. / This work includes a discussion on voice as a relation between a corpus of vocal compositions and performances, a literature review on discursive notions about voice, and a personal vocal diary developed within this thesis to articulate these analytical and practical fields. I posit notions of voice and vocality by analysing discursive formations within studies of voice, and scrutinizing the relation of such discursive formations with the voices and vocalities proposed in selected compositions and performances, with emphasis on works by Valéria Bonafé, Lílian Campesato and Inés Terra. I question how historical silencings of voice, as evidence of corporeality, have been ingrained in the way we understand voice and create with it. Beyond the documentary/textual analysis and analyses of selected works, the method articulates the postulation and conceptualization of voice as vocal praxis. This is achieved by means of a dualprocess that I named vocal diary, which consists of the performance and recording of conversations with composers and performers, and of my own voice in my daily studies and readings, as well as of the subsequent listening and transcription of these records. Such documentation practice enabled a process of musical/sound analysis that was not previously given over the selected works in form of prognosis, demanding an active listening of the recorded voice, a reception of the sonorous modulation of my own voice and of the artists in focus, case by case, between thought, sound, speech, listening, conversation, discussion and writing. Thus, the process is constituted as a affective geography of voices and vocalities, located in the intersection between performance and musical composition, studies of voice, and the voice method consisting in the vocal diary. Ergo, I consider the vocal diary a new method of voice cartography-because it is towards it that the methodological deviation between practice (praxis) and discourse (lexis) is directed, in order to analyze the vocal matter in the actual creation and at the same time,\'do\' what we research: to think the limits of the current vocal logos is to listen/perform the radical grain of voice...and vice versa.
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A fala-em-interação e o desacordo sob a perspectiva da linguística sistêmico-funcional

Parise, Silmara Souza 25 June 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T18:23:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Silmara Souza Parise.pdf: 1535689 bytes, checksum: 4df8d44cbcedcd57c50322b6360ff037 (MD5) Previous issue date: 2015-06-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objective of this research is the examination of disagreement in an informal casual talk-in-interaction between a man and a woman to verify the lexicogrammatical choices that highlight the occurrence of disagreements, and the circumstances surrounding these events. The study of the act of disagreeing in daily conversation has been associated to both, Conversation Analysis studies, based on the notion of preference, and to the concept of model of Politeness. There are notable points of convergence in the preference setting and politeness. More specifically, both see disagreement as socially disruptive and, thus, considered as the second dispreferred part or face-threatening-acts. Both approaches emphasize the fact that disagreements should be mitigated or postponed: between, within and across speech turns. Thus, conversational disagreements tend to be temporarily postponed and structurally complex and generally preceded by partial agreements, hesitations, requests for clarification, repetitions of the question, among others. In fact, the degree and the type of strategy used to mitigate face-threatening-acts or dispreferred acts cannot be postulated a priori, but must be supported by empirical data analysis, which are situationally and contextually sensitive of the event of speech in which the act occurs. The critical nature of the analysis carried out is supported by the Systemic Functional Linguistics, which allows the relationship between the microstructure of lexicogrammatical choices with the macrostructure of disagreement and their implications. Following the trend of this research area trend, I adopt an eclectic theoretical base, extracting insights of different approaches, but with special focus on Conversation Analysis, Systemic Functional Linguistics and Critical Linguistics. This research aims to answer the following questions: (a) How are disagreement and mitigation characterized linguistically? (b) Which roles do causality, concession and adversativity perform in this process? (c) What is the function of Appraisal and Modality in relation to these issues? / O objetivo desta pesquisa é o exame do desacordo em um diálogo informal entre um homem e uma mulher para verificar as escolhas léxico-gramaticais que marcam a ocorrência de desacordos, bem como as circunstâncias que cercam essas ocorrências. O estudo do ato de discordar na conversa diária tem sido associado de um lado ao trabalho de Análise da Conversa, com base na noção de preferência, e, de outro lado, ao conceito de face no modelo de polidez. Há notáveis pontos de convergência na definição de preferência e de polidez. Mais especificamente, ambas veem o desacordo como socialmente disruptivo, sendo assim, considerado como segunda parte despreferida ou atos-ameaçadores-de-face. Ambas as abordagens enfatizam o fato de que os desacordos devem ser mitigados ou adiados: entre, dentro e através de turnos. Assim, os desacordos conversacionais tendem a ser temporariamente postergados e estruturalmente complexos e, em geral, prefaciados por acordos parciais, hesitações, pedidos de esclarecimento, repetição da pergunta, entre outros. Na realidade, o grau e o tipo de estratégia usados para mitigar as ameaças-de-face ou os atos despreferidos não podem ser postulados a priori, mas precisam ser apoiados em análises de dados empíricos, sensíveis ao contexto tanto situacional quanto cultural - do evento da fala em que o ato ocorre. A análise de cunho crítico tem o apoio da Linguística Sistêmico-Funcional, que permite fazer a relação entre a microestrutura das escolhas léxico-gramaticais com a macroestrutura do desacordo e suas implicações. Seguindo tendência dessa área de pesquisa, adoto uma base teórica eclética, extraindo as intravisões de diferentes abordagens, mas com referência especial para a Análise da Conversa, a Linguística Sistêmico-Funcional e a Linguística Crítica. A pesquisa deve responder às seguintes perguntas: (a) Como se caracteriza linguisticamente o desacordo ou a sua mitigação? (b) Que papéis exercem, nesse processo, a causalidade, a concessividade e a adversatividade? (c) Qual é a função da Avaliatividade e da Modalidade em relação a essas questões?
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Identidades evidenciadas na fala-em-interação em aulas de alfabetização de jovens e adultos

Santos, Cleusa Maria Denz dos 19 September 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-05T18:10:47Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 19 / Nenhuma / Nesta dissertação, investiga-se, a partir da fala-em-interação, a co-construção de identidades (BUCHOLTZ e HALL, 2003, 2005; ZIMMERMAN, 1998) evidenciadas no decorrer de interações em aulas de alfabetização de jovens e adultos da modalidade EJA. Para melhor compreensão do cenário e dos participantes, faz-se um breve histórico da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil, refletindo-se sobre o processo de escolarização de pessoas jovens e adultas. Além disso, apresentam-se os conceitos de letramento e de alfabetização que permeiam esta investigação. A perspectiva deste trabalho de que a fala é ação suscita que, ao estudar as falas, estudem-se as ações dos participantes a partir das quais se co-constroem identidades. Com o aporte da Sociolingüística Interacional (GUMPERZ, 1982, 2002; GOFFMAN, 1975, 1981, 1999, 2002, entre outros), da Análise da Conversa (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974; POMERANTZ; FEHR, 1997, entre outros) e de métodos como a Etnografia e a Microetnografia, destacam-se as identidades que / This study aims at investigating the co-construction of identities in talk-in-interaction (BUCHOLTZ and HALL, 2003, 2005; ZIMMERMAN, 1998) as evidenced in interactions in adult literacy classrooms. In order to provide a better understanding of the setting and participants, a brief history of adult education in Brazil is presented, particularly focusing on the process of formal schooling of adult students. The concepts of literacy and language learning, which are relevant for the current investigation, are also discussed. Based on the assumption that talking is acting, the analysis of turns at talk provides for the investigation of actions by which interactants co-construct their identities. Based on the frameworks of Interactional Sociolinguistics (GUMPERZ, 1982, 2002; GOFFMAN, 1975, 1981, 1999, 2002, among others), of Conversation Analysis (SACKS, SCHEGLOFF, JEFFERSON, 1974; POMERANTZ, FEHR, 1997, among others) and of ethnographic and microethnographic methods, identities emically oriented to by participants
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A construção da normalidade em consultas pediátricas

Seger, Karen 24 April 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-05T18:10:49Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 24 / Nenhuma / Nesta pesquisa, investigam-se interações em consultas médicas em postos de saúde públicos de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. O estudo qualitativo, que utiliza as ferramentas analíticas da Análise da Conversa (SACKS, SCHEGLOFF, JEFFERSON, 1974), deriva de um estudo maior (OSTERMANN, 2005), tem como objetivo fundamental investigar interações entre médica e mãe com seu(sua) filho(a) recém-nascido(a) no período do puerpério, analisando como se dá a construção e a negociação do conceito de normalidade. Quer-se ver quais as estratégias usadas pelas médicas para comunicar seu conhecimento e opinião, o que as mães falam e fazem nos consultórios pediátricos e como as participantes fazem para lidar com eventuais dificuldades de compreensão nas interações. Por isso, um estudo aprofundado das interações gravadas e transcritas foi realizado a fim de que tais questionamentos possam ser respondidos, e um pouco mais da comunicação entre médicos(as) e pacientes seja entendida. Como apontado por renomados estudios / This qualitative investigation, which uses the analytical tools of Conversation Analysis (SACKS, SCHEGLOFF, JEFFERSON, 1974), derives from a larger research study (OSTERMANN, 2005) and aims to investigate interactions between doctors and mothers during the puerperal time in public healthcare settings, analyzing how the concept of normality is built and negotiated. The idea is to bring new perspectives and questionings about these institutions, contribute to the traditional sociological analysis and provide a broader understanding about how people build and negotiate the concept of normality during medical consultations. This research is also an attempt to explore what is conceived as normal in relations to babies. This study aims at seeing which strategies are used by the doctors and what the mothers do and say at the doctor’s office. The transcribed and analyzed interactions in this study help raise questions and answers that enable us to understand doctor-patient interactions better. As some researchers po
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Respostas não-conformativas em interações entre médicos/as e gestantes de médio e alto risco: um olhar sobre as ações e implicações dessas respostas

Dexheimer, Tatiana Dilly 19 June 2018 (has links)
Submitted by JOSIANE SANTOS DE OLIVEIRA (josianeso) on 2018-09-24T12:37:05Z No. of bitstreams: 1 Tatiana Dilly Dexheimer_.pdf: 564022 bytes, checksum: dc30c0b4e680aa78777ee81a76700bb5 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-24T12:37:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tatiana Dilly Dexheimer_.pdf: 564022 bytes, checksum: dc30c0b4e680aa78777ee81a76700bb5 (MD5) Previous issue date: 2018-06-19 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta dissertação de mestrado é um subprojeto de um projeto maior, intitulado “A mobilização do saber e do fazer: episteme e deonticidade na fala-em-interação institucional e na conversa cotidiana”. (OSTERMANN, 2016). Investigamos o tema de respostas não-conformativas no português brasileiro como resposta a perguntas polares e perguntas abertas do tipo específicas. O contexto de pesquisa é um hospital do SUS, localizado no sul do Brasil, e as interações gravadas consistem em aconselhamentos genéticos, ecografias obstétricas e morfológicas e ecocardiografias. A análise dos dados é realizada com base no aparato teórico-metodológico da Análise da Conversa. (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974). O objetivo desta dissertação é analisar e descrever as ações e implicações das respostas não-conformativas fornecidas por médicos/as a gestantes de médio e alto risco. Os resultados da investigação mostram que, no contexto investigado, as respostas não-conformativas apresentam características similares as respostas não-conformativas transformativas, indiretas e oracionais descritas em estudos anteriores em outras línguas. (STIVERS, HAYASHI, 2010; WALKER; DREW; LOCAL, 2011; FOX; THOMSPON, 2011). Evidenciamos, contudo, que as respostas transformativas de especificação e substituição geram trabalho interacional maior por parte do respondente, assim como as respostas transformativas de foco e pressuposição. Além disso, identificamos um tipo de resposta não-conformativa não descrita anteriormente na literatura: respostas transformativas que postergam o provimento da informação. Esse tipo de resposta foi identificado tanto como resposta para perguntas polares quanto para perguntas abertas do tipo específicas. Observamos que esse tipo de resposta ocorre em momentos que se revelam como interacionalmente ‘delicados’, tais como, comunicação de más notícias, de risco de morte fetal e de riscos decorrentes de procedimentos. Concluímos que as respostas transformativas que postergam o provimento da informação são uma forma de ajustar a fala levando em consideração o interlocutor e a potencial delicadeza das ações envolvidas naquela sequência interacional. Por fim, entendemos que as respostas transformativas permitem ao interagente resistir às imposições da pergunta e controlar, também, a pauta da interação. / This master’s dissertation consists of a subproject of a larger study, entitled “A mobilização do saber e do fazer: episteme e deonticidade na fala-em-interação institucional e na conversa cotidiana”. (OSTERMANN, 2016). It investigates non-conformative answers in Brazilian Portuguese to polar questions and wh-questions, more specifically, specifying questions. All the consultations audio recorded were held at a public health system hospital located in southern Brazil and the interactions consist of genetic counseling, morphological and fetal ultrasound and echocardiography. The data analysis is based on a conversational analytical perspective. (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974). The objective of this dissertation is to analyze and describe the actions and implications of non-conformative answers provided by doctors to moderate and high pregnancy women. The results indicate that non-conformative answers and transformative, indirect and clausal responses present similar characteristics. (STIVERS, HAYASHI, 2010; WALKER; DREW; LOCAL, 2011; FOX; THOMSPON, 2011). However, transformative answers of specification and replacement engender greater interactive work for the respondent, as well as transformative answers of focus and presupposition. Additionally, we have identified a kind of transformative answer that has not been described in the literature yet: transformative answers that postpone the provision of the information. These kind of answers have been identified as answers to polar questions as well as wh-questions on the kind of specifying questions. We have observed that these answers occur in moments that reveal to be interactionally delicate, for instance, delivery of bad news, fetal death risk, and risks arising from medical procedures. We have concluded that transformative answers that postpone the provision of the information are a way to adjust the talk taking into consideration the interlocutor and the potential delicacy of the actions involved in that interactional sequence. Finally, we understand that transformative answers allow the interlocutor to resist to the constraints of the questions and also control the agenda of the interaction.
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O uso de referentes pessoal e de lugar e o uso de formulações em interrogatórios na corte

Andrade, Daniela Negraes Pinheiro 12 January 2010 (has links)
Submitted by Mariana Dornelles Vargas (marianadv) on 2015-05-28T14:47:11Z No. of bitstreams: 1 uso_referentes.pdf: 801699 bytes, checksum: 1a406fd46380fa9fe03f3d86e61e0ea2 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-28T14:47:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 uso_referentes.pdf: 801699 bytes, checksum: 1a406fd46380fa9fe03f3d86e61e0ea2 (MD5) Previous issue date: 2010-01-12 / Nenhuma / Este estudo, amparado pela abordagem teórico-analítica oferecida pela Análise da Conversa (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974) de perspectiva etnometodológica (GARFINKEL, 1967), em combinação com métodos etnográficos (O?REILLY, 2009), focaliza a descrição do uso de referentes pessoais (STIVERS, 2007; STIVERS et al., 2007) e de lugar (SACKS, 1992; SCHEGLOFF, 1972; PSATHAS, 1991) e o uso de formulações (SACKS; GARFINKEL, 1970; HERITAGE, 1995; WALKER, 1995; HERITAGE; WATSON, 1979; DREW, 2003; GAFARANGA; BRITEN, 2004; HUTCHBY, 2005; ANTAKI et al., 2005) por profissionais do Direito em interações face-a-face com réus/rés,vítimas e testemunhas em interrogatórios na corte. Profissionais do Direito, nesse caso, são um juiz, uma juíza, três promotores e nove advogados de defesa. Os dados constituem 59 interrogatórios gravados em áudio realizados no fórum de uma cidade da região metropolitana de Porto Alegre. A coleta foi conduzida entre agosto e novembro de 2008. Dos interrogatórios analisados, 31 foram presididos por um juiz e 28 por uma juíza. Dos interrogatórios presididos pelo juiz, 27 aconteceram em audiências de instrução e quatro em audiências do Tribunal do Júri. Todos os interrogatórios presididos pela juíza aconteceram em audiências de instrução. A discussão possui dois focos analíticos. O primeiro foco analítico debruça-se sobre as ações interacionais que os profissionais do Direito realizaram por meio do uso de referentes pessoais e de lugar, a saber: a) cruzar as versões providas por diferentes depoentes acerca do mesmo crime; b) retroalimentar o interrogatório por meio de perguntas que demandam a identificação de terceiras pessoas; c) lidar com a intersubjetividade (HERITAGE, 1984) dos coparticipantes em situações nas quais a base comum de reconhecimento acerca de "quem é quem" e de "como é o local" mostra-se comprometida. O segundo foco analítico concentra-se nas ações interacionais empreendidas pelos participantes profissionais via formulação, quais sejam: a) checar entendimento de forma a atender a agenda institucional que prevê o registro das informações providas pelos depoentes; b) gerenciar a agenda profissional por meio do movimento interacional de fechar um tópico e abrir outro de forma a cobrir os assuntos relevantes para o interrogatório em curso; c) confrontar as versões providas pelos depoentes; d) incitar o depoente a vocalizar alguma informação que se mostra relevante para o processo de forma que o dito se torne documentável de acordo com os procedimentos requeridos pela instituição; e) preencher o termo referencial mencionado, mas não explicitado, pelo depoente. Ainda com relação ao uso de formulações, a análise das interações revela que os participantes profissionais distribuem as formulações ao longo do interrogatório em dois formatos, a saber: a) uma série de formulações que desencadeia uma formulação "ulterior" e b) uma formulação disposta após uma "suposta" satisfação dada pelo participante profissional. O estudo evidencia que tanto o uso de referentes pessoais e de lugar quanto a prática de formular exercem papéis importantes nas interações de natureza jurídica e se mostram, em algumas ocasiões, essenciais para o andamento do interrogatório e, consequentemente, para o processo jurídico como um todo. / This study, supported by Ethnomethodological (GARFINKEL, 1967) Conversation Analysis theoretical-analytical approach (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974) combined with ethnographic methods (O’REILLY, 2009), focuses on the description of person reference (STIVERS, 2007; STIVERS et al., 2007), place reference (SACKS, 1992; SCHEGLOFF, 1972; PSATHAS, 1991), and formulation usage (SACKS ; GARFINKEL, 1970; HERITAGE, 1995; WALKER, 1995; HERITAGE; WATSON, 1979; DREW, 2003; GAFARANGA; BRITEN, 2004, HUTCHBY, 2005; ANTAKI et al., 2005) b y Law professionals in face-to-face interactions with defendants, victims, and wit nesses in court interrogations. The law professionals who participated in this study are two judges (one male one female), three prosecutors, and nine defense lawyers. The data comprise 59 audio-recorded interrogations which took place in a criminal court located in a metropolitan area in Southern Brazil. Data collection was carried out between August and November of 2008. Of the analyzed interrogations, 31 were chaired by the male judge and 28 were chaired by the female judge. Of the interrogatories presided by the male judge, 27 took place in examining hearings and four in Jury Trials. All of the interrogatories chaired by the female judge took place in examining hearings. The discussion has two analytical focuses. The first one deals with the interactional actions Law professionals achieved through the use of person and place references, which are: a) to cross-examine the versions provided by different deponents related to the same crime; b) to feedback the interrogatory through questions which demand third person identification; c) to deal with coparticipants' intersubjectivity (HERITAGE, 1984) when the shared recognition concerning “who is who” and “what place we are talking about” seems jeopardized. The second analytical focus concentrates on the interactional actions implemented by professional participants via formulation, which are: a) to check understanding as to attend the institutional agenda requirement of recording the pieces of information provided by the deponents; b) to manage the professional agenda through the interactional move of closing a topic and opening other as to cover the relevant subjects for the current interrogatory; c) to confront the deponents’ versions; d) to invite the deponent to vocalize some piece of information which appears relevant to the process in such a way that what has been said becomes recordable according to the procedures required by the institution; e) to fill in the referential term alluded to but not made explicit by the deponent. The interactional analysis also reveals that the distribution format of formulations during the interrogatory takes two different formats: a) a sequence of formulations that culminates in an “ulterior” formulation and b) a formulation displayed after an “alleged” accountability provided by the professional participant. The study makes clear that both the person and place reference usage and the formulation practice play important roles in juridical-type interactions and shows them, on some occasions, to be essential for the interrogatory development and, consequently, for the juridical process as a whole
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O trabalho interacional de provimento de justificativas no Disque Saúde (AIDS)

Carvalho, Tatiane Rosa January 2012 (has links)
Submitted by William Justo Figueiro (williamjf) on 2015-07-27T23:17:33Z No. of bitstreams: 1 20d.pdf: 572250 bytes, checksum: 6652f90cf32d54eeb4e3d35af46fb164 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-27T23:17:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 20d.pdf: 572250 bytes, checksum: 6652f90cf32d54eeb4e3d35af46fb164 (MD5) Previous issue date: 2012 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente estudo vincula-se a um projeto de pesquisa maior (OSTERMANN, 2010) que visa a compreender como moralidade e momentos delicados na saúde da mulher são construídos na e pela interação. Essa dissertação analisa interações gravadas em uma central de teleatendimento do Ministério da Saúde, o Disque Saúde. Os dados analisados consistem especificamente em ligações de usuárias mulheres, cujas dúvidas circunscrevem-se à Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida (AIDS). Os dados foram transcritos de acordo com as convenções propostas por Jefferson (1984) e analisados através da abordagem teóricometodológica da Análise da Conversa (SACKS, 1992) e da Análise de Categorias de Pertença (SACKS, 1992). Analisamos como e quando as usuárias prestam contas de suas ações, em particular, oferecendo justificativas às/aos atendentes. Propomos uma nova classificação para o estudo desse fenômeno, qual seja justificativas sequencialmente relevantes e justificativas não sequencialmente relevantes. Ambos os tipos de justificativas parecem relacionadas a questões morais; no entanto, realizam ações distintas nas interações. Enquanto as justificativas sequencialmente relevantes prestam contas acerca de: 1) motivo(s) da ligação; 2) dúvidas; e 3) recusas a ofertas de informação feitas pela/o atendente, as não sequencialmente relevantes prestam contas de: 1) meio de contaminação da usuária pelo vírus HIV ou exposição a fatores de risco de contaminação; 2) comportamento sexual da usuária; e 3) estado emocional da usuária. As justificativas não sequencialmente relevantes apontam para moralidade(s) não explicáveis a partir da análise sequencial proposta pela Análise da Conversa; também sugere a realização de “trabalho moral” (DREW, 1998) , bem como negociação de pertencimento a categorias como mulher e esposa e a associação a predicados usualmente associados a essas categorias. Nossos dados tornam evidente que a vulnerabilidade da mulher ao HIV não é apenas biológica (visto que a infecção da mulher pelo homem é mais provável que o oposto), mas também social. Embora a AIDS tenha afetado todas as classes sociais, as mulheres mais pobres são as que têm menos condições de mudar as situações que as colocam sob risco de contágio. / This study is associated to a larger research project interested in understanding how morality and delicacy emerge and are dealt with in and through interaction. In the current study, we analyze recorded interactions at a Brazilian governmental toll free health helpline: Disque Saúde. The data analyzed consist specifically of calls made by females whose questions revolve around Acquired Immune Deficiency Syndrome (AIDS). The data was transcribed according to the conventions proposed by Jefferson (1984) and analyzed by means of Conversation Analysis (SACKS, 1992) and Membership Categorization Analysis (SACKS, 1992; KITZINGER, 2011) approaches. We analyze when and how the callers account for their actions, in particular, when they offer call takers justifications. We propose a new classification for the study of this phenomenon in sequentially relevant and non-sequentially relevant. Even though both types of justifications seem to be related to morality, they perform different actions in the interactions. Whereas the sequentially relevant justifications mostly account for: 1) the reason(s) for the call; 2) doubts; and 3) refusals to information offers made by the call takers, the non-sequentially relevant justifications account for: 1) callers’s means of contamination with HIV virus or exposure to risk factors of contamination; and 2) callers’ sexually related behavior. The nonsequentially relevantant justifications point to morality issues that cannot be explained by the sequential analysis proposed by conversational analytic methods; it also suggests “moral work” (DREW, 1998), as well as a negotiation of belonging to categories such as mother and wife, and the association with predicates which are usually associated to those categories. Our data indicate that the vulnerability of females to HIV is not only biological (as the infection of females by males is more probable than the opposite), but also social. Although AIDS has affected all social classes, the poorest females are those who have less conditions of changing the situations which put them at risk of contamination.
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A prática de perguntar com partículas negativas

Egewarth, Caroline Inês 21 March 2016 (has links)
Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2016-05-11T15:16:49Z No. of bitstreams: 1 Caroline Inês Egewarth_.pdf: 1550541 bytes, checksum: ba614daa815c2ccac84b739acc533bd1 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-11T15:16:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Caroline Inês Egewarth_.pdf: 1550541 bytes, checksum: ba614daa815c2ccac84b739acc533bd1 (MD5) Previous issue date: 2016-03-21 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Diese Masterarbeit handelt von einer Analyse der Übung des Fragens mit negativen Partikeln. Wir verstehen die Übung des Fragens als ein Fragenformat, mit dem verschiedene soziale Handlungen durchgeführt werden können (um etwas bitten, einladen, bieten etc.). Die Studie von Heritage (2002) über die Übung des Fragens mit negativen Partikeln bei der Handlung um Information zu bitten ergab, dass diese Übung des Fragens als mehr durchsetzend von den Sprechern angenommen wird, und Zustimmung oder Ablehnung sucht, nicht die Antworten "Ja" oder "Nein" . Informationsanfragen wurden auch von Park (2008) beschrieben und sie zeigte, dass das Wissen des Sprechers, der die Handlung erzeugt, ist fast auf einem gleichen Niveau als das Wissen des anderen Sprechers. Da diese Studien mit der englischen und koreanischen Sprache gemacht wurden, fragen wir: Welchen Sinn geben die Sprechern der Übung des Fragens mit negativen Partikeln in brasilianischem Portugiesisch? Diese Forschung wird auf diese Lücke basiert. Unser Ziel ist zu beschreiben, welche Handlungen durch die Übung des Fragens mit negativen Partikeln durchgeführt werden, auβerdem werden Präferenzorganisation (POMERANTZ, 1984; POMERANTZ; HERITAGE, 2013) und cross-cutting preference (SCHEGLOFF, 2007) beschrieben. Die theoretische und methodische Grundlage dieser Arbeit ist die ethnomethodologische Gesprächsanalyse (Sacks; Schegloff; Jefferson, 1974). Wir analysierten 20 Übungen des Fragens bei Gespräche, die mit Ton und Video aufgenommen wurden, während geburtshilflichen und morphologischen Ultraschalluntersuchungen, Echokardiographien und genetische Beratungen. Die Untersuchungen und Beratungen finden in einem Sektor statt, in dem Frauen in der Schwangerschaft mittleren oder hohen Risiko eines Mutterschafts betreut werden, durch Sistema Único de Saúde (SUS) in Südbrasilien. Die Forschungsergebnisse weisen auf zwei verschiedenen Ebenen, für die die negativen Partikeln relevant sind: die Ebene des Satzes und die Ebene der Handlung. Wenn es um die Ebene des Satzes geht, bestreitet die negative Patikel der runde Satz, das heißt, alle Tatsachen oder Situationen werden verweigert. In diesen Fällen, zeigt der Sprecher einen höheren epistemischen Grad. Die Ebene der Handlung, andererseits, verneint keine Situation, sondern spielt eine Rolle bei der produzierten Handlung und bei der Sequenzialität des Gesprächs. Es ist nicht die Negation vom Satz. In diesen Exzerpten wurde weniger Kenntnisse des Fragenden beobachtet. Wir analysieren auch die Übung des Fragens mit dem Ausdruck „Eu não vou“ („Ich werde nicht“), in dem eine negative Antwort die Präferenz bekommt und der eine Beziehung zu zukünftigen Situationen der Schwangere hat. In den Übungen des Fragens, welche Handlung um etwas zu bitten ist, sind Legitimation und Kontingenz wichtig bei der Ausübung der Handlung. Wir schließen beim Fazit, die Negation kann bei der Übung des Fragens eine wichtige Interaktionsstrategie sein. Deshalb, ist es wichtig diese Strategien zu kennen, um Verständigung zu erreichen, nicht nur zwischen Patienten und Ärzten. / Esta dissertação de mestrado analisa a prática de perguntar com partículas negativas. Entendemos a prática de perguntar como um formato de pergunta com o qual se pode desempenhar diversas ações (pedir, convidar, oferecer etc.). O estudo realizado por Heritage (2002) sobre a prática de perguntar com partículas negativas na ação de solicitar informação revelou que essa prática é tratada pelos interagentes como mais assertiva, além de buscar concordância ou discordância, não as respostas ‘sim’ ou ‘não’. Descrevendo solicitações de informação também, Park (2008) evidenciou que o conhecimento de quem produz a ação está quase no mesmo patamar que o conhecimento demonstrado pelo interagente para quem se solicita a informação. Tendo em vista que esses estudos foram produzidos com o olhar para a língua inglesa e coreana, questionamos: qual sentido os interagentes atribuem para a prática de perguntar com partículas negativas no português brasileiro? É com base nessa lacuna que esta pesquisa é desenvolvida. Objetivamos descrever quais ações são desempenhadas através da prática de perguntar com partículas negativas, além de investigar a organização de preferência (POMERANTZ, 1984; POMERANTZ; HERITAGE, 2013) e cross-cutting preference (SCHEGLOFF, 2007) nas ações descritas. O aparato teórico-metodológico utilizado nesta dissertação é a Análise da Conversa de base etnometodológica (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974). Analisamos 20 práticas de perguntar de interações gravadas em áudio e vídeo durante exames de ecografia obstétrica e morfológica, ecocardiografia e consultas de aconselhamento genético. Os exames e consultas ocorrem em um setor que atende mulheres em gestação de médio ou alto risco de um hospital materno infantil do Sistema Único de Saúde (SUS), localizado no sul do Brasil. Os resultados da investigação apontam para dois níveis distintos em que a partícula negativa é relevante: o nível da proposição do turno de fala e o nível da ação da pergunta. Quando se trata do nível da proposição, a partícula negativa nega a proposição do turno, ou seja, nega algum fato ou situação. Nessas ocorrências, o interagente que produz a pergunta demonstra alto grau epistêmico. O nível de ação, por outro lado, está envolvido com a relevância da partícula negativa no curso da ação realizada e com a sequencialidade da interação, não é a negação de alguma proposição. Nesses excertos foi observado um conhecimento menor por parte de quem faz a pergunta. Também analisamos a prática de perguntar com a expressão “eu não vou”, em que se observou a preferência por uma segunda parte do par em formato negativo e a relação com alguma situação do futuro de quem produz o turno. Nas práticas de perguntar cuja ação é produzir um pedido, tornam-se relevantes a legitimidade em realizar o pedido e as contingências envolvidas em sua execução. Concluímos que a negação na prática de perguntar pode ser uma estratégia interacional importante, portanto ter conhecimento sobre essa estratégia pode servir para alcançar entendimento nas interações, não somente entre pacientes e médicos.
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Conversational competence in english as a second language : a study of pragmatic markers

Corsetti, Cristiane Ruzicki 08 January 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:39:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 466239.pdf: 2683021 bytes, checksum: dda0bf8225e2d205c6459bc2e3ebb85f (MD5) Previous issue date: 2015-01-08 / Conversation is one of the most fundamental activities in verbal communication. When people engage in conversational exchanges, they transmit information, perform actions, establish and maintain social relationships, among other acts. Conversation is often unplanned, takes place in real time and involves reciprocity. This thesis presents the foundations of Discourse Analysis, Pragmatics and Conversation Analysis and details discourse, pragmatic and interactional phenomena which seem to be intertwined during face-to-face conversations. It then focuses on the second language learner by addressing Interlanguage Pragmatics and by critically revisiting communicative competence frameworks and definitions of conversational competence. It justifies and proposes a conversational competence model in L2 within a pragmatic domain, comprising three facets: the management of discourse, the negotiation of illocutionary meaning and the deployment of conversational practices. It includes corpus-based investigations of pragmatic markers which are prototypical of the proposed facets of conversational competence. A small specialised corpus of Brazilian learners? oral production at CEFR B1 had been previously built for the purposes of this thesis. Spoken sub-corpora derived from The BNC Sampler and The Diachronic Corpus of Present-Day Spoken English were selected as British English benchmark corpora. The empirical chapters of this thesis examined the most common discourse marking adverbs used to mediate segments of discourse in conversations, the most common explicit and implicit adverbial hedges used to mitigate representative speech acts and the most common minimal response tokens used to express good listenership. The pragmatic markers chosen for investigation were well , really , actually , maybe , probably , just , yeah and uhuh . It was concluded that the subjects of this study would benefit from pedagogical assistance for the acquisition of discourse markers in general, for the pragmatic functions of the adjuster just and for more varied forms to express good listenership. The markers really and yeah were employed, in their discourse and pragmatic functions, with adequate relative frequencies by the Brazilian learners. The adverb maybe was overused, signalling a tendency to use adverbial forms to express epistemic stance instead of modal verbs. / A conversa ? uma das atividades mais b?sicas da comunica??o verbal. Indiv?duos transmitem informa??es, realizam a??es, estabelecem e mant?m rela??es sociais, entre outros atos, ao engajarem-se em trocas conversacionais. A conversa geralmente n?o ? planejada, ocorre em tempo real e envolve reciprocidade. Esta tese apresenta os fundamentos da An?lise do Discurso, da Pragm?tica e da An?lise da Conversa, detalhando fen?menos discursivos, pragm?ticos e interacionais que entrela?am-se durante conversas presenciais. A seguir, foca no aprendiz de l?nguas, abordando a Pragm?tica da Interl?ngua e discutindo modelos de compet?ncia comunicativa e defini??es de compet?ncia conversacional. Esta tese justifica e prop?e um modelo de compet?ncia conversational em segunda l?ngua, no escopo da Pragm?tica, que constitui-se de tr?s componentes: o gerenciamento do discurso, a negocia??o do significado ilocucion?rio e a implementa??o de pr?ticas conversacionais. Este estudo inclui investiga??es, baseadas na Lingu?stica de Corpus, de marcadores pragm?ticos caracter?sticos dos componentes propostos. Visando os objetivos desta tese, criou-se um pequeno corpus especializado, com a produ??o oral de aprendizes brasileiros no n?vel CEFR B1. Subcorpora orais oriundos do The BNC Sampler e The Diachronic Corpus of Present-Day Spoken English foram empregados como corpora de refer?ncia de ingl?s brit?nico. Os cap?tulos emp?ricos desta tese analisaram os adv?rbios mais comuns utilizados para mediar segmentos de discurso em conversas, os "hedges" adverbiais expl?citos e impl?citos mais comuns utilizados para mitigar atos de fala representativos e as part?culas de resposta m?nimas utilizadas pelo interlocutor para expressar uma boa receptividade. As investiga??es enfocaram os marcadores pragm?ticos well, really, actually, maybe, probably, just, yeah e uhuh. Concluiu-se que os sujeitos deste estudo se beneficiariam de pr?ticas pedag?gicas visando a aquisi??o de marcadores de discurso em geral, das fun??es pragm?ticas do ajustador "just" e de formas mais variadas para expressar uma boa receptividade. Os marcadores really e yeah foram empregados, em suas fun??es discursivas e pragm?ticas, com frequ?ncias adequadas pelos aprendizes brasileiros. O adv?rbio "maybe" foi sobre-utilizado, sinalizando uma tend?ncia para a utiliza??o de formas adverbiais para expressar epistemicidade, ao inv?s de verbos modais.
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A realização interacional de atividades pedagógicas em uma sala de aula de língua adicional pautada por projetos : reflexões para o planejamento de tarefas pedagógicas além do enunciado

Salimen, Paola Guimaraens January 2016 (has links)
O objetivo desta tese é relacionar análises de segmentos transcritos de fala-em-interação de sala de aula de língua adicional e orientações acerca de metodologia de ensino. Em especial, esta pesquisa propõe colocar em discussão as orientações presentes em manuais de metodologia de ensino de línguas adicionais (Brown, 2007; Hall, 2001a; Harmer, 2009; Schlatter & Garcez, 2012; Scrivener, 2012) acerca do planejamento de tarefas pedagógicas e do gerenciamento interacional da participação dos alunos durante a realização de atividades pedagógicas. Para a realização do estudo, foram geradas 20 horas de registros audiovisuais em uma sala de aula de nível básico 2 de português como língua adicional que adota pedagogia de projetos em um curso em extensão de uma instituição federal de ensino superior. A partir do enquadre teórico-metodológico da Análise da Conversa, analiso neste relatório cinco ocorrências transcritas (de um total de dezoito) de fala-em-interação de sala de aula em que o status epistêmico de conhecedor da língua adicional de algum participante é posto em risco durante a realização de atividades pedagógicas. A realização de atividades pedagógicas foi analisada como constituída de três etapas: convite à participação (Ramos, 2010), produção e continuidade. Observou-se que as ações realizadas na etapa de continuidade da realização da atividade pedagógica foram centrais para a concretização de diferentes objetivos pedagógicos. Quando essas ações estavam implicadas sequencialmente em relação ao que fora feito imediatamente antes na etapa de produção da atividade pedagógica, o objetivo concretizado se relacionava ao uso da língua adicional para a realização de ações. Por outro lado, quando essas ações não exibiam essa implicatividade sequencial, o objetivo realizado dizia respeito à produção de elocuções com acurácia. Verificou-se que as ações realizadas pela professora que rebaixavam o outro participante epistemicamente com relação à língua adicional foram ofertas de reelaboração de elocuções. Já as práticas e ações mobilizadas pela professora que trabalhavam no sentido de assegurar o status epistêmico dos demais participantes como conhecedores da língua adicional foram a formulação (Garfinkel & Sacks, 1970) e a verificação de entendimento (Schegloff, Jefferson, & Sacks, 1977, pp. 379). Tais achados recomendam que manuais de metodologia de ensino de línguas atentem para a importância de a) antever, quando do planejamento de tarefas, a interação projetada na etapa de continuidade da tarefa de modo a maximizar a chance de que os objetivos projetados se concretizem e b) considerar as ações de formulação e verificação de entendimento como centrais para a materialização da atribuição do professor como ratificador do conhecimento produzido pelo aluno. / This thesis is aimed at relating classroom talk-in-interaction transcripts to guidelines on teaching methodology. This research discusses guidelines from additional languague teaching methodology handbooks (Brown, 2007; Hall, 2001a; Harmer, 2009; Schlatter & Garcez, 2012; Scrivener, 2012) on task planning and interactional management of students’ participation while carrying out pedagogical activities. Twenty hours of audiovisual data were generated in a Portuguese-as-an-additional language extension program at a Higher Education institution. The classes registered were a basic 2 level group, whose curriculum followed a progect-based methodology. Following Conversation Analysis framework, I analyse five transcribed segments (from a corpus of eighteen occurances) that portray participants’ epistemic status K+ concerning the additional language at risk during the accomplishment of pedagogical activities. The accomplishment of the pedagogical activity was constituted in three stages: invite for participation (Ramos, 2010), production and follow up. The actions co-constructed during the follow up stage were crucial to reach different pedagogical goals. When such actions were sequentially implied in relation to the action previously done in the production stage of the pedagogical activity, the goal reached was connected to a concept of language as doing social actions. On the other hand, when these actions did not display such sequential implication, the pedagogical goal was connected to accurate language production. The actions produced by the instructor that downgraded the other participant epistemic status in relation to the additional language were offers of reformulated utterances. The practices and actions that ratified the other participants’ epistemic status as K+ in relation to the additional langauge were formulations (Garfinkel & Sacks, 1970) and comprehension checks (Schegloff, Jefferson, & Sacks, 1977, pp. 379). Such findings suggest that additional language teaching handbooks take notice of a) the importance of predicting and projecting the actions to be done during the follow up stage so as to maximize the chances of reaching the pedagogical goals previously planned and b) the actions of formulating and checking understanding as central resources to enable the additional language instructor to ratify others’ production (and knowledge) in the additional language at hand.

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