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Identidades de gênero emergentes na fala-em-interação em negociação da esterilização

Sell, Mariléia 03 December 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-05T18:11:56Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 3 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A concepção de identidade pós-estruturalista, não mais entendida como estática, pré-discursiva e natural, e não mais centrada nos argumentos do déficit, dominância e diferença, postula que existem inúmeras possibilidades identitárias que emergem em contextos socioculturais situados e de forma negociada (BUCHOLTZ e HALL, 2005; WENGER, 1998; ECKERT e McCONNELL-GINET, 1992; OSTERMANN, 2003, 2006; BUTLER, 1999, 2003; SPEER, 2005). As pessoas aprendem a fazer parte de um grupo social dentro das comunidades de prática (WENGER, 1998; LAVE e WENGER, 1991), através das práticas compartilhadas e negociadas, principalmente na fala-em-interação, aprendendo, portanto, a ser homem e mulher, o que é um processo contínuo e por toda a vida. Trancar a pessoa em categorias fixas e binárias acaba por retirar-lhe a agentividade no mundo (BUTLER, 1990 e 1993), limitando-a às determinações biológicas e culturais. A grande narrativa (CAMERON, 2005) que posiciona homens e mulheres como categorias universais, sofre, na perspectiva pós / The poststructuralist conception of identity, no longer seen as static, pre-discursive and natural, nor centered in the arguments of deficit, dominance and difference, proposes that there are several identities negotiated in situated sociocultural contexts (BUCHOLTZ and HALL, 2005; WENGER, 1998; ECKERT and McCONNELL-GINET, 1992; OSTERMANN, 2003, 2006; BUTLER, 1999, 2003; SPEER, 2005). People learn to be part of a social group within communities of practices (WENGER, 1998; LAVE and WENGER, 1991), through shared and negotiated practices, mainly in interaction, thus learning to be females and males within a continuous and life-long process. Locking up a person in fixed and binary categories ends up removing their agency in the world (BUTLER, 1990, 1993), restricting them to biological and cultural determinations. The big narrative (CAMERON, 2005) that positions men and women as universal categories suffers a shift within the poststructuralist perspective, since there is no ontological essence in gender identitie
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A linguagem da periferia: construção de identidade por alunos de EJA de uma escola pública / The language from periphery: Identity construction by students of an adult education program at a public school

Aniceto, Erica Alessandra Fernandes 02 March 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-26T13:44:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 2476431 bytes, checksum: c677c5ea763b4c6c6871b352e0389ae9 (MD5) Previous issue date: 2011-03-02 / Starting from the premise that language is a form of social action, the main aim of this study is to examine how students of an Adults Education Program (AEP), from a public school located in a peripheral neighborhood of a city in Minas Gerais, build and take their social identities. Grounded in theories of Ethnomethodological Conversation Analysis (ECA) and in Interactional Sociolinguistics (IS), we analyze the linguistic and discursive choices of these students, observed from the talk-in-interaction in a focus groups, to identify how these students demonstrate membership in certain social categories. To collect the data, we used a focus group, through which students narrated their experiences of living in a peripheral neighborhood. After a detailed transcript of the data generated in the meetings with students, which was done according to the proposal from ECA, we analyzed it based on the concept of Sacks‟ Membership categorization (1992). Since the categorization processes are in use and in constant negotiations, we revealed, thus, students' discursive action, during interactions with one another, to build their identities through self-categorization and categorization. The results of this research indicate participants‟ orientation throughout the interaction, building, through speech, the identity of outsiders, ratifying the label assigned to them by those who occupy prestigious positions of power and by those who recognize themselves as the "good society", as Elias e Scotson (2000). By categorizing themselves as deviant, the participants seem to perceive their place in the city surveyed, but, they do not often accept this label passively: this generates reports of a conflictual relationship between these young people and the members of the so-called "good society". Thus, we conclude that through membership categorization, students build and assume the identity of outsiders, and that a description and categorization work is quite relevant to the study of the construction of social identities. / Partindo da premissa básica de que a linguagem é uma forma de ação social, o objetivo central deste estudo é analisar como alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de uma escola pública localizada em um bairro periférico de uma cidade do interior de Minas Gerais constroem e assumem as suas identidades sociais. Embasados em teorias da Análise da Conversa Etnometodológica (ACE) e da Sociolinguística Interacional (SI), analisamos as escolhas linguístico-discursivas desses alunos, observadas a partir da fala-em-interação em grupos focais, para verificar como esses estudantes demonstram pertencimento a determinadas categorias sociais. Para coleta de dados, utilizamos a técnica do grupo focal, através da qual os discentes narram a experiência de morar em um bairro periférico. Após uma minuciosa transcrição dos dados gerados nos encontros com os estudantes, feita de acordo com a proposta da ACE, fizemos uma análise baseada no conceito de Categorização de Membros, de Sacks (1992). Uma vez que os processos de categorização estão em uso e negociações constantes, revelamos, assim, a ação discursiva dos estudantes, durante interações entre si, para a construção de suas identidades por meio de autocategorização e categorização. Os resultados desta pesquisa apontam a orientação dos participantes durante a interação, os quais constroem, através da fala, a identidade de outsiders, ratificando o rótulo que lhes é atribuído por aqueles que ocupam posições de prestígio e poder e que se reconhecem como a boa sociedade , os quais chamaremos de estabelecidos, assim como Elias e Scotson (2000). Ao se categorizarem como desviantes, os estudantes de EJA demonstram perceber o lugar deles na cidade pesquisada, mas, muitas vezes, não aceitam passivamente tal rótulo, o que gera relatos de uma relação conflituosa entre esses jovens e os estabelecidos. Assim, ao concluir que, através da categorização de membros, os estudantes constroem e assumem a identidade de outsiders, demonstramos que o trabalho de descrição e de categorização de membros é bastante pertinente para o estudo da construção de identidades sociais.
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Identidades evidenciadas na fala-em-interação em aulas de alfabetização de jovens e adultos

Santos, Cleusa Maria Denz dos 19 September 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-05T18:10:47Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 19 / Nenhuma / Nesta dissertação, investiga-se, a partir da fala-em-interação, a co-construção de identidades (BUCHOLTZ e HALL, 2003, 2005; ZIMMERMAN, 1998) evidenciadas no decorrer de interações em aulas de alfabetização de jovens e adultos da modalidade EJA. Para melhor compreensão do cenário e dos participantes, faz-se um breve histórico da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil, refletindo-se sobre o processo de escolarização de pessoas jovens e adultas. Além disso, apresentam-se os conceitos de letramento e de alfabetização que permeiam esta investigação. A perspectiva deste trabalho de que a fala é ação suscita que, ao estudar as falas, estudem-se as ações dos participantes a partir das quais se co-constroem identidades. Com o aporte da Sociolingüística Interacional (GUMPERZ, 1982, 2002; GOFFMAN, 1975, 1981, 1999, 2002, entre outros), da Análise da Conversa (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974; POMERANTZ; FEHR, 1997, entre outros) e de métodos como a Etnografia e a Microetnografia, destacam-se as identidades que / This study aims at investigating the co-construction of identities in talk-in-interaction (BUCHOLTZ and HALL, 2003, 2005; ZIMMERMAN, 1998) as evidenced in interactions in adult literacy classrooms. In order to provide a better understanding of the setting and participants, a brief history of adult education in Brazil is presented, particularly focusing on the process of formal schooling of adult students. The concepts of literacy and language learning, which are relevant for the current investigation, are also discussed. Based on the assumption that talking is acting, the analysis of turns at talk provides for the investigation of actions by which interactants co-construct their identities. Based on the frameworks of Interactional Sociolinguistics (GUMPERZ, 1982, 2002; GOFFMAN, 1975, 1981, 1999, 2002, among others), of Conversation Analysis (SACKS, SCHEGLOFF, JEFFERSON, 1974; POMERANTZ, FEHR, 1997, among others) and of ethnographic and microethnographic methods, identities emically oriented to by participants
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A construção da normalidade em consultas pediátricas

Seger, Karen 24 April 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-05T18:10:49Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 24 / Nenhuma / Nesta pesquisa, investigam-se interações em consultas médicas em postos de saúde públicos de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. O estudo qualitativo, que utiliza as ferramentas analíticas da Análise da Conversa (SACKS, SCHEGLOFF, JEFFERSON, 1974), deriva de um estudo maior (OSTERMANN, 2005), tem como objetivo fundamental investigar interações entre médica e mãe com seu(sua) filho(a) recém-nascido(a) no período do puerpério, analisando como se dá a construção e a negociação do conceito de normalidade. Quer-se ver quais as estratégias usadas pelas médicas para comunicar seu conhecimento e opinião, o que as mães falam e fazem nos consultórios pediátricos e como as participantes fazem para lidar com eventuais dificuldades de compreensão nas interações. Por isso, um estudo aprofundado das interações gravadas e transcritas foi realizado a fim de que tais questionamentos possam ser respondidos, e um pouco mais da comunicação entre médicos(as) e pacientes seja entendida. Como apontado por renomados estudios / This qualitative investigation, which uses the analytical tools of Conversation Analysis (SACKS, SCHEGLOFF, JEFFERSON, 1974), derives from a larger research study (OSTERMANN, 2005) and aims to investigate interactions between doctors and mothers during the puerperal time in public healthcare settings, analyzing how the concept of normality is built and negotiated. The idea is to bring new perspectives and questionings about these institutions, contribute to the traditional sociological analysis and provide a broader understanding about how people build and negotiate the concept of normality during medical consultations. This research is also an attempt to explore what is conceived as normal in relations to babies. This study aims at seeing which strategies are used by the doctors and what the mothers do and say at the doctor’s office. The transcribed and analyzed interactions in this study help raise questions and answers that enable us to understand doctor-patient interactions better. As some researchers po
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O universo do 190 pela perspectiva da fala-em-interação

Corona, Márcia de Oliveira Del 19 December 2011 (has links)
Submitted by William Justo Figueiro (williamjf) on 2015-06-13T12:07:18Z No. of bitstreams: 1 9.pdf: 10943937 bytes, checksum: 80b5f4f166aef1f41cf8270b9c1def07 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-06-13T12:07:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 9.pdf: 10943937 bytes, checksum: 80b5f4f166aef1f41cf8270b9c1def07 (MD5) Previous issue date: 2011-12-19 / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos / Esse estudo, de cunho etnográfico (O’REILLY, 2009) e fundamentado pelo arcabouço teórico-metodológico da Análise da Conversa Etnometodológica (GARFINKEL, 1967; SACKS, 1992) e da Análise de Categorias de Pertença (SACKS, 1992; SCHEGLOFF, 1972; SELL; OSTERMANN, 2009)), analisa duzentas interações telefônicas entre comunicantes e atendentes do serviço de emergência “190” da Brigada Militar de Porto Alegre. Os resultados da pesquisa mostram que as interações apresentam uma macroorganização estruturada em cinco atividades chave (ZIMMERMAN, 1984; 1992), sequencialmente negociadas: 1) abertura/identificação/alinhamento; 2) solicitação; 3) sequência interrogativa; 4) resposta; e 5) fechamento, em que o grande par adjacente solicitação/resposta se constitui na sequência central do evento. Percebe-se, também, uma forte orientação dos comunicantes para a solicitação de uma viatura, e dos atendentes, para o envio de uma viatura como o produto final desse par adjacente central e da prestação de serviço dos atendimentos do 190. Quando a necessidade do envio de uma viatura é posta em dúvida, a rotina das práticas de atender é desestabilizada, e o mandato institucional desse serviço é questionado, gerando consequências interacionais para a conversa em andamento. A análise dos dados revela a orientação dos comunicantes para suas Categorias de Pertença (SACKS, 1992; SCHEGLOFF, 1972; SELL; OSTERMANN, 2009) na produção de accounts narrativos (DE FINA, 2009) que buscam convencer os atendentes da legitimidade de sua solicitação de ajuda. Orientados pelo conhecimento socialmente compartilhado do que se constituem em eventos moralmente sancionáveis, ao mesmo tempo em que vitimizam o comunicante, os accounts narrativos produzidos pelos comunicantes constroem uma relação de antagonismo entre ele e o seu agressor, o qual é responsabilizado pelos fatos reportados. A orientação dos participantes para determinadas Categorias de Pertença também é revelada na formulação do local para onde a viatura deve ser enviada. O engessamento provocado pelas limitações do formulário eletrônico de solicitação de serviço é materializado, por exemplo, na necessidade de informação do nome de um logradouro e de um numeral previamente cadastrados no software utilizado. Esse tipo de restrição impõe limitações quanto à inserção de outros formatos de endereço – vigentes na organização social atual, principalmente das camadas sociais menos favorecidas – e que divergem do formato padrão, dificultando, assim, o acesso dessas pessoas à segurança pública. Verificou-se também que, para a manutenção da intersubjetividade no atendimento telefônico do 190, tanto o atendente, quanto o comunicante, precisam estar orientados para o atendimento das demandas impostas pelo software operacional, o que tornou possível compreender que a investigação da intersubjetividade nos novos contextos tecnologizados demanda que o pesquisador alargue os campos semióticos (C.GOODWIN, 2000) investigados. Da mesma forma, os recursos linguístico-interacionais mobilizados pelos comunicantes, ao formularem o local para onde a viatura deve ser enviada, demonstra a sua falta de letramento quanto às práticas sociais em questão. Esse estudo resultou em um curso de capacitação de 50 horas/aula para a qualificação dos atendimentos telefônicos desse serviço de emergência e na implementação de um processo seletivo interno para o ingresso na função de atendente, que também são discutidos no texto. / This study analyzes two hundred telephone emergency calls between callers and call takers at Brigada Militar (190), in Porto Alegre, from an ethnographic (O’REILLY, 2009) perspective and based on Ethnomethodological Conversation Analysis (GARFINKEL, 1967; SACKS, 1992) and Membership Categorization Analysis principles (SACKS, 1992; SCHEGLOFF, 1972; SELL; OSTERMANN, 2009). The results of this research study show that the interactions present a macrostructure organized into five key activities that are sequentially negotiated (ZIMMERMAN, 1984; 1992): 1) opening/identification/alignment; 2) request; 3) interrogative sequence; 4) response; and 5) closing, in which the adjacency pair request/response consists of the main sequence of the event. Callers’ strong orientation to the request for a police car and call takers’ orientation to the dispatch of a police car are also identified as the final product of this adjacency pair and of the provision of the service. When the need for the dispatch of a police car is questioned by a caller, the routine of the practices involved in the processing of the call is destabilized and the institutional mandate of 190 is questioned, and this fact brings in interactional consequences to the flow of the interactions. The analysis of the data reveals callers’ orientation to certain Membership Categories (SACKS, 1992; SCHEGLOFF, 1972; SELL; OSTERMANN, 2009) in the production of narrative accounts (DE FINA, 2009), which aim at convincing call takers of the legitimacy of their requests. Based on the socially shared knowledge of morally loaded events, at the same time that these narrative accounts victimize the caller, they also build an antagonistic relationship between caller and aggressor – with the latter being allegedly responsible for the facts being reported. Participants’ orientations to certain Membership Categories can also be seen in their formulation of the place to where the police car must be dispatched. The limitations imposed by the electronic form is materialized, for instance, in the need to insert the name of a street and a number, which can be retrieved from the database, in the address slot. This restriction limits the insertion of other formats of address – which can be found in the current social organization (especially in the less privileged social classes) – and which restricts the access of those people to public safety. It was also possible to notice that, the maintenance of intersubjectivity in emergency calls depends on callers’ and call takers’ orientation to meet the demands of the software, and this fact shows that the study of intersubjectity in new, technologized contexts demands that the researcher considers other semiotic fields (C.GOODWIN, 2000) in the investigation. At the same time, the linguistic resources mobilized by the callers when formulating the place where the police car must be sent to displays their illiteracy concerning the social practices of the modern world. This research resulted in a fifty-hour training program to qualify the call-taking services and in the implementation of an internal recruitment process for the position of call taker, which are also discussed in this work.
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Formas de participar: responsabilidade (com)partilhada entre escola e família na fala-em-interação social em contexto doméstico-familiar

Schnack, Cristiane Maria 14 January 2013 (has links)
Submitted by Maicon Juliano Schmidt (maicons) on 2015-07-03T19:09:00Z No. of bitstreams: 1 Cristiane Maria Schnack.pdf: 2108632 bytes, checksum: 27b1e6c3331c1825c8a06e247078ac77 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-03T19:09:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Cristiane Maria Schnack.pdf: 2108632 bytes, checksum: 27b1e6c3331c1825c8a06e247078ac77 (MD5) Previous issue date: 2013-01-14 / Nenhuma / Valendo-se do arcabouço teórico da análise da fala-em-interação (SACKS, 1992; SACKS; et al., 1974; C.GOODWIN, 1984) e da etnometodologia (GARFINKEL, 1967), este estudo etnográfico (O´REILLY, 2009) objetivou compreender como duas famílias, nomeadas como família de Catarina e família de Mila, e pertencentes a classes sociais distintas, significam suas responsabilidades vinculadas ao domínio escolar dentro de casa ao participar da rotina escolar das crinanças. Responsabilidade origina-se do caráter responsivo de nossas ações (HILL; IRVINE, 1992), que a qualifica, portanto, como intersubjetiva (OCHS; IZQUIERDO, 2009). Os resultados apontam orientações distintas em cada família, as quais nomeio como de responsabilidade compartilhada e de responsabilidade partilhada. Na responsabilidade compartilhada, evidencia-se a centralidade da criança e de seu universo escolar cotidiano, na conarração das experiências escolares da criança, na coconstrução do entendimento sobre o mundo escrito, e na oferta de roteiros (EMMISON et al., 2011) de ação futura pelos adultos. Além disso, adultos compartilham com a escola os fazeres pedagógicos de mediar o conhecimento, através de sequências IRA (COULTHARD; SINCLAIR, 1975; GARCEZ, 2006), constituindo escola e família como extensão uma da outra (CARVALHO, 2004). Responsabilidade partilhada, por outro lado, aponta para busca pela autonomia da criança com relação aos seus afazeres escolares e para a distinção entre a natureza social da escola e da família através da distribuição e manutenção das responsabilidades de cada membro familiar no que tange à escola, na negociação explícita de responsabilidade (FINCH; MASON, 2006) e na fulcral distinção entre narradora e plateia nos eventos narrativos da experiência escolar. As análises também evidenciam o constituição generificada da responsabilidade paternal pelo trabalho invisível de organização das tarefas escolares domésticas (REAY, 2005) na família de Catarina, e da mãe como gatekeeper (GOTTZÉN, 2011) da participação paterna na família de Mila. Esse trabalho generificado desestabiliza discursos normativizados sobre a participação paterna, especialmente em classes sociais menos privilegiadas, nas quais os pais são vistos como gerentes da rotina familiar apesar do número crescente de famílias chefiadas, financeiramente, por mulheres (FONSECA, 2004). O estudo contribui com os estudos sobre a participação familiar na trajetória escolar das crianças propondo que participação é intrínseca à noção familiar de responsabilidade, posicionando a escola como uma tarefa a ser cumprida ou como um direito a ser garantido à criança. / Based on the theoretical and analytcal framework of the analysis of talk-in-interaction (SACKS, 1992; SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974; C. GOODWIN, 1984) and of ethnomethodology (GRAFINKEL, 1967), this ethnographic study (O ́REILLY, 2009) aimed at understanding how two families, named as Catarina ́s family and Mila ́s family, which belong to different social classes, give meaning to their responsibilities concerning the school within the household environment while participanting in the child ́s school rotine. Responsibility originates from the responsive character of our actions (HILL; IRVINE, 1992), which thus qualifies it as intersubjective (OCHS; IZQUIERDO, 2009). The results point to distinct orientations in each family, named here as shared responsibility and divided responsibility. Shared responsibility evidences the centrality of the child and her school universe through the conarration of the child ́s school experiences, the coconstruction of a mutual understanding of the written world and script proposals (EMMISON et al., 2011) by the adults. They also share with school its pedagogical doings of mediating knowledge, through IRF sequences (COULTHARD; SINCLAIR, 1975; GARCEZ, 2006), constituting school and family as an extension of each other (CARVALHO, 2004). Divided responsibility, on the other hand, points to the pursuit of the child ́s autonomy concerning her school tasks and to the distinction between the school and the family ́s social nature, achieved through distribution, maintenance and the explicit negotiation of members ́s responsibilities (FINCH; MASON, 2006), and the crucial distinction between narrator and audience in narratives of school experience. Analyses also evidence the gendered constitution of fatherhood as encompassing the invisible work of organizing school at home (REAY, 2005) in Catarina ́s family, and motherhood as gatekeeper (GOTTZÉN, 2011) of the father ́s participation in Mila ́s family. This gendered work destabilizes normative discourses on paternal participation, especially in low income social classes, in which fathers are seen as managers of the household despite the fact that these households are, increasingly, being financially afforded by women (FONSECA, 2004). This study contributes to the understanding of family participation in the child ́s school trajectory as it proposes that participation is constitutive of the understanding families hold of their responsibilities towards the school, which ends up positioning the school either as a task to be performed or as a right to be offered to the child.
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Significando o abuso sexual infantil na fala-em-interação: estratégias interacionais acionadas por conselheiro tutelar e crianças na reconstrução da narrativa do abuso

Sell, Mariléia 08 January 2013 (has links)
Submitted by Maicon Juliano Schmidt (maicons) on 2015-07-07T13:01:20Z No. of bitstreams: 1 Mariléia Sell.pdf: 1122792 bytes, checksum: 687ff98e6813436b89c8dbc94201193e (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-07T13:01:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mariléia Sell.pdf: 1122792 bytes, checksum: 687ff98e6813436b89c8dbc94201193e (MD5) Previous issue date: 2013-01-08 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta pesquisa, inserida nos marcos teóricos da Etnometodologia (GARFINKEL, 1967) e da Análise da Conversa (SACKS, 1992; SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974) analisa qualitativamente interações entre um conselheiro tutelar e crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual. Os resultados analíticos mostram que as interações se organizam em uma macroestrutura de cinco "pacotes interacionais" (JEFFERSON, 1988) sequencialmente negociados: a) saudações iniciais; b) justificativa da visita; c) reconstrução do evento do abuso; d) aconselhamento e e) despedida. Para os propósitos desta pesquisa, analiso o terceiro pacote interacional, que é o momento em que os/as interagentes reconstroem o evento do abuso sexual, através da estrutura da narrativa (SCHEGLOFF, 1997; SACKS, 1992; OCHS; CAPPS, 1996; 1997). Durante a empreitada interacional de reconstruir o evento, é possível identificar que o conselheiro tutelar se orienta para a sua meta de construir um relatório convincente e reportável para o sistema judiciário (i.e. Promotoria da Infância e da Juventude; Ministério Público), conduzindo a atividade de modo a contemplar os itens que ele julga necessários. Os contornos da narrativa são, então, construídos de acordo com a ação que ela desempenha na interação (i.e. garantir medida de proteção para a vítima e punição para o/a agressor/a). O conselheiro se envolve ativamente na ação de significar a experiência com a vítima, acionando diversas estratégias interacionais, dentre as quais a oferta de itens lexicais, para descrever os sentimentos da criança. O engajamento do conselheiro na ação de significar a experiência assume um valor prescritivo de significação da experiência do abuso e de performance da identidade de vítima (EHRLICH, 2002; TRINCH, no prelo). Ao realizar a atividade de significar as experiências das vítimas, o conselheiro traz para a superfície da fala os valores morais que permeiam o discurso jurídico, que são também elementos de socialização das crianças e dos/as adolescentes sobre como sentir e falar sobre a violência sofrida. A análise das interações mostra que as crianças maiores (i.e. acima de 12 anos) realizam trabalho moral defensivo de forma mais ativa (DREW, 1988; BERGMANN, 1998; 2002), enquanto as crianças menores (i.e. menores de 12 anos) se engajam menos neste tipo de atividade. Esse dado indica que as crianças maiores se orientam para o paradoxo da vitimização e da culpabilização das vítimas de abuso sexual (SANTOS, 2002), demonstrando maior socialização sobre a performance da vítima "ideal" (TRINCH, no prelo). Esta pesquisa se propõe a refletir sobre o uso situado da fala e as práticas narrativas com as crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, considerando que as práticas interacionais, se inadequadas, podem resultar em revitimização (CÉZAR, 2007). Ainda, a fala é o principal meio de efetivar, na concretude das ações cotidianas, a garantia dos direitos assegurados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que é uma legislação de vanguarda no mundo todo. Estudos com a interface linguagem e violência sexual contribuem também para equacionar o dilema da necessidade de construir narrativas reportáveis ao sistema judiciário sem retirar a agentividade da vítima em significar a sua experiência. / This research, based on the theoretical approaches of Ethnomethodology (GARFINKEL, 1967) and Conversation Analysis (SACKS, 1992; SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974), offers qualitative analyses of interactions between an officer of the Child Protective Services and children and adolescents victims of sexual abuse. The analytical results show that interactions are organized in a macrostructure of five “interactional packages” (JEFFERSON, 1988) sequentially negotiated: a) greetings; b) reason of the visit; c) reconstruction of the event of abuse; d) advisement, and e) farewell. For the objectives of this study, I have analyzed the third interactional package, which is the moment the interactants reconstruct the event of the sexual abuse using a narrative structure (SCHEGLOFF, 1997; SACKS, 1992; OCHS; CAPPS, 1996; 1997). During the interactional event of reconstructing the fact, it’s possible to identify that the officer orients to his goal of building a convincing and clear report for the Judiciary (i.e. Public Prosecutor’s Office), leading the activity in a way to approach the items he regards more necessary. The outlines of the narrative are, then, built according to the action it performs in the interaction (that is, ensure protection measures for the victim and punishment to the abuser). The officer gets actively involved in the action of providing meaning to the experience along with the victim, activating several interactional strategies, including lexical options, to describe the child’s feelings. The engagement of the worker in the action of providing meaning to the experience takes on a prescriptive value of signification of the experience of the abuse and of performance of the victim’s identity (EHRLICH, 2002; TRINCH, forthcoming). When he performs the activity of providing meaning to the victim’s experiences, the officer brings up on his speech the moral values that permeate the legal discourse, which are also elements of socialization of kids and of adolescents about how to feel and talk about the violence they have suffered. The analysis of the interactions show that older kids (i.e. above 12 years old) perform a more active defensive moral job (DREW, 1988; BERGMANN, 1998; 2002), while younger kids (i.e. below 12 years old) engage less in this type of activity. This data indicates that older kids orient to the paradox of feeling a victim and feeling guilty, common on victims of sexual abuse (SANTOS, 2002), showing greater socialization about the performance of the “ideal” victim (TRINCH, forthcoming). This research aims to reflect on the situated use of speech and of narrative practices with kids and adolescents victims of sexual abuse, considering that the interactional practices, if inappropriate, may result in re-victimization (CÉZAR, 2007). Also, speech is the main way to accomplish, in the concreteness of everyday actions, the assurance of rights ensured by the Statute of Child and Adolescent, which is forefront legislation in the whole world. Studies that relate language and sexual violence contribute also to balance the dilemma of the need to build narratives that are reportable to the judiciary and preserve the victim’s agentivity in providing meaning to their experience.
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O trabalho interacional de provimento de justificativas no Disque Saúde (AIDS)

Carvalho, Tatiane Rosa January 2012 (has links)
Submitted by William Justo Figueiro (williamjf) on 2015-07-27T23:17:33Z No. of bitstreams: 1 20d.pdf: 572250 bytes, checksum: 6652f90cf32d54eeb4e3d35af46fb164 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-27T23:17:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 20d.pdf: 572250 bytes, checksum: 6652f90cf32d54eeb4e3d35af46fb164 (MD5) Previous issue date: 2012 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente estudo vincula-se a um projeto de pesquisa maior (OSTERMANN, 2010) que visa a compreender como moralidade e momentos delicados na saúde da mulher são construídos na e pela interação. Essa dissertação analisa interações gravadas em uma central de teleatendimento do Ministério da Saúde, o Disque Saúde. Os dados analisados consistem especificamente em ligações de usuárias mulheres, cujas dúvidas circunscrevem-se à Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida (AIDS). Os dados foram transcritos de acordo com as convenções propostas por Jefferson (1984) e analisados através da abordagem teóricometodológica da Análise da Conversa (SACKS, 1992) e da Análise de Categorias de Pertença (SACKS, 1992). Analisamos como e quando as usuárias prestam contas de suas ações, em particular, oferecendo justificativas às/aos atendentes. Propomos uma nova classificação para o estudo desse fenômeno, qual seja justificativas sequencialmente relevantes e justificativas não sequencialmente relevantes. Ambos os tipos de justificativas parecem relacionadas a questões morais; no entanto, realizam ações distintas nas interações. Enquanto as justificativas sequencialmente relevantes prestam contas acerca de: 1) motivo(s) da ligação; 2) dúvidas; e 3) recusas a ofertas de informação feitas pela/o atendente, as não sequencialmente relevantes prestam contas de: 1) meio de contaminação da usuária pelo vírus HIV ou exposição a fatores de risco de contaminação; 2) comportamento sexual da usuária; e 3) estado emocional da usuária. As justificativas não sequencialmente relevantes apontam para moralidade(s) não explicáveis a partir da análise sequencial proposta pela Análise da Conversa; também sugere a realização de “trabalho moral” (DREW, 1998) , bem como negociação de pertencimento a categorias como mulher e esposa e a associação a predicados usualmente associados a essas categorias. Nossos dados tornam evidente que a vulnerabilidade da mulher ao HIV não é apenas biológica (visto que a infecção da mulher pelo homem é mais provável que o oposto), mas também social. Embora a AIDS tenha afetado todas as classes sociais, as mulheres mais pobres são as que têm menos condições de mudar as situações que as colocam sob risco de contágio. / This study is associated to a larger research project interested in understanding how morality and delicacy emerge and are dealt with in and through interaction. In the current study, we analyze recorded interactions at a Brazilian governmental toll free health helpline: Disque Saúde. The data analyzed consist specifically of calls made by females whose questions revolve around Acquired Immune Deficiency Syndrome (AIDS). The data was transcribed according to the conventions proposed by Jefferson (1984) and analyzed by means of Conversation Analysis (SACKS, 1992) and Membership Categorization Analysis (SACKS, 1992; KITZINGER, 2011) approaches. We analyze when and how the callers account for their actions, in particular, when they offer call takers justifications. We propose a new classification for the study of this phenomenon in sequentially relevant and non-sequentially relevant. Even though both types of justifications seem to be related to morality, they perform different actions in the interactions. Whereas the sequentially relevant justifications mostly account for: 1) the reason(s) for the call; 2) doubts; and 3) refusals to information offers made by the call takers, the non-sequentially relevant justifications account for: 1) callers’s means of contamination with HIV virus or exposure to risk factors of contamination; and 2) callers’ sexually related behavior. The nonsequentially relevantant justifications point to morality issues that cannot be explained by the sequential analysis proposed by conversational analytic methods; it also suggests “moral work” (DREW, 1998), as well as a negotiation of belonging to categories such as mother and wife, and the association with predicates which are usually associated to those categories. Our data indicate that the vulnerability of females to HIV is not only biological (as the infection of females by males is more probable than the opposite), but also social. Although AIDS has affected all social classes, the poorest females are those who have less conditions of changing the situations which put them at risk of contamination.
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O percurso do agir interacional no trabalho docente: do projeto de ensino às participações contingentes em sala de aula de língua inglesa

Malabarba, Taiane 15 April 2015 (has links)
Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2015-10-26T15:04:43Z No. of bitstreams: 1 Taiane Malabarba_.pdf: 3059781 bytes, checksum: 6e2f88e38751f63f9402334673090aa4 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-10-26T15:04:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Taiane Malabarba_.pdf: 3059781 bytes, checksum: 6e2f88e38751f63f9402334673090aa4 (MD5) Previous issue date: 2015-04-15 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta pesquisa investiga a prática docente em sala de aula, entendida aqui como trabalho real-concretizado. Tem-se por objetivo geral descrever como, do ponto de vista linguístico-interacional, um projeto de ensino é pilotado em face às contingências interacionais. Os dados foram gerados em uma escola de idiomas do interior do Rio Grande do Sul a partir de 10 horas-aula gravadas em vídeo com uma turma de alunos adultos no seu primeiro semestre do curso de língua inglesa. Focou-se nos momentos em que o curso do agir é alterado a partir da participação contingente de um ou mais alunos. Por participação contingente, entende-se tanto as tomadas de turno espontâneas por parte dos alunos quanto os turnos alocados previamente, mas que, de certa forma, não atendem à expectativa projetada por uma ação antecedente. Conceitos advindos do Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 1999) e da Análise da Conversa (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974) de forma mais ampla, abarcando os campos semióticos da fala-em-interação (GOODWIN, 2013), servem de referência teórico-metodológica para a análise. Os resultados revelam um percurso recorrente no que tange à fala-em-interação em curso durante o trabalho docente: 1) projeto de ensino; 2) participação contingente; 3) alinhamento; 4) intraexpansão do projeto de ensino; 5) fechamento; e 6) projeto de ensino – entre percursos identificados em menor escala. Em conjunto, o olhar empreendido durante a análise permite compreender também o entrelaçamento constante entre o que é da ordem da fala cotidiana e o que é da ordem da fala institucional. Quanto à primeira, observou-se a presença de riso, orientações posturais mais relaxadas e traços prosódicos específicos, que parecem estar ligados ao estabelecimento de laços entre os participantes. Quanto à segunda, chamam a atenção a postura corporal mais ereta, acompanhada pela mudança significativa no volume e/ou tom de voz e aparente relutância em empregar a língua portuguesa. Esses resultados podem contribuir com as pesquisas sobre sala de aula de línguas ao desvelar as ações que envolvem momentos em que o projeto de ensino é alterado em virtude de contingências interacionais e ao propor a construção de uma linguagem que permita falar sobre o agir docente na prática. Igualmente, eles podem ser usados pelos programas de formação docente para promover reflexão e fomentar a elaboração de um repertório de práticas interacionais que possa orientar principalmente os professores em início de carreira. / This research investigates classroom teaching as a practice understood here as real-concrete work. The main objective is to describe how, from the linguistic-interactional point of view, a teaching project is enacted in face of interactional contingencies. The study draws upon transcriptions of 10 (classroom) hours of video recordings generated with a group of elementary students in a private language school setting in the Southern region of Brazil. The focus of analysis were the moments when the course of actions changes due to unexpected student participations, so understood either because they were not pre-allocated by the teacher or because they fail to meet the expectations projected by a previous action. Concepts derived from Sociodiscursive Interactionism (BRONCKART, 1999) and Conversation Analysis (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974) in a broader perspective, which views talk-in-interaction as created through several semiotic fields (GOODWIN, 2013), were used as theoretical and methodological reference in the analysis. The findings reveal a pervasive route concerning talk-in-interaction observed in the accomplishment of the work of teaching: 1) teaching project; 2) unexpected participation; 3) alignment; 4) inner-expansion of the teaching project; 5) closing; and 6) teaching project among other less frequent routes. Altogether, the analysis accomplished reveal the constant interweaving movement between ordinary and institutional talk. Concerning the former, the presence of laughter, more relaxed body postures and specific prosodic features, which seem to be linked to the establishment of rapport with the students, is noticeable. Concerning the latter, attention is drawn to more straight body posture accompanied by a significant change in voice volume and/or pitch and an apparent reluctance in using Portuguese to interact with students. Such findings may contribute to the body of language classroom research by unveiling the actions that involve moments when the teaching project is reshaped due to interactional contingencies and by proposing the construction of a language for talking about teaching practice. Likewise, they may be used in teacher education programs in order to promote reflection and support the creation of a sustainable repertoire of interactional teaching practices to be used principally by novice teachers.
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A competência interacional de aprendizes de língua estrangeira (italiano) durante a produção oral espontânea em sala de aula: uma análise da conversa / The interactional competence of foreign language (italian) learners during spontaneous oral production in the classroom: a conversation analysis

Corrias, Vinicio 22 January 2015 (has links)
A presente dissertação analisa como se configura a Competência Interacional (He; Young, 1998) de aprendizes adultos brasileiros durante um curso de italiano durante conversa espontânea. Os dados foram coletados durante um semestre, com foco em conversas livres, isto é, em interações imprevisíveis, sem duração definida e cujos temas nasciam a partir de algum acontecimento em sala de aula, sem planejamento prévio. A análise dos dados teve dois focos principais: a análise do sistema de turnos e dos reparos, procurando verificar de que forma a construção desses recursos determina aspectos da interação e do desempenho de papeis de professor e de aluno em sala de aula. Os dados foram analisados com base na disciplina, fortemente empírica, da Análise da Conversa; de modo mais específico, foram utilizadas as categorias encontradas por Sacks, Schegloff e Jefferson (1974) e por Schegloff, Jefferson e Sacks (1977), para análise do sistema de turnos e dos reparos, respectivamente. A análise dos dados indicou que os aprendizes utilizaram o sistema de turnos de forma parecida com o da conversa fora da sala de aula, já que na maioria dos casos se auto-selecionam como próximos falantes, o que nos levou a identificar uma postura autônoma e a percepção, por parte dos aprendizes, de um ambiente mais próximo ao genuíno de comunicação. Por outro lado, nota-se que os turnos dos aprendizes têm, quase sempre, menor duração do que os do professor, possivelmente, por causa de uma menor competência linguístico-comunicativa. Os dados evidenciam ainda, que os alunos utilizam pouco, muito menos que o professor, a seleção de um outro falante. Quanto à análise do sistema de reparos, verificaram-se duas tendências principais. Em primeiro lugar, os alunos, frequentemente, pedem para ser corrigidos, mas, ao mesmo tempo, há muitas ocorrências em que eles não esperam que alguém responda a esses pedidos e continuam a conversa. Em segundo lugar, o professor, na maioria dos casos, não corrige os desvios linguísticos dos alunos e, quando o faz, não parece existir uma lógica que guie essas ações. Se olharmos com mais atenção para os dados analisados, configura-se uma situação complexa, em que os alunos, por exemplo, corrigem outros alunos, ou em que eles interrompem o professor. Em conclusão, a detalhada análise das interações evidencia que, em vários momentos, os papeis de professor e alunos estão bem marcados, mas estão longe de ser os papeis tradicionais em que o professor é quem avaliava e distribui os turnos, e os alunos estão em posição mais passiva. Isso nos permite afirmar que a conversa é uma atividade de sala de aula em que os participantes têm liberdade de ação e na qual os recursos interacionais são aspectos essenciais não apenas na configuração da interação, como também na construção da competência interacional dos aprendizes e na compreensão do processo de ensino-aprendizagem de línguas em sala de aula. / This study analyzes the nature of Interactional Competence (He; Young, 1998) of adult Brazilian learners, attending a Italian language course, during spontaneous conversation. The data, collected during a semester, focused on unplanned conversations, which had no defined duration and whose topics emerged from anything occurring in the classroom. The analysis of the data consists of two main foci: speaker selection and repairs. They were analyzed in order to verify how their construction could determine aspects of interaction and how it influences the roles that the professor and the learners play in the classroom. The data were analyzed based on the, strictly empirical, discipline of Conversation Analysis; in particular, were used the categories found by Sacks, Schegloff e Jefferson (1974), and Schegloff, Jefferson e Sacks (1977), for speaker selection and repair, respectively. The analysis of the data revealed that the learners use speaker selection in a way that similar to that outside classroom, that is to say, they mainly selected themselves in order to take the floor. This learners skill is viewed as evidence of autonomous stance; furthermore, it indicates that they perceive the classroom as characterized by genuine communication. On the other hand, it can be noticed that learners turns are mainly shorter than professors, probably due to their lesser linguistic-communicative competence. In addition, the data show that the learners select the other participants fewer times than the teacher. Examination of the system of repairs revealed two main trends. Firstly, in spite of the fact that the learners frequently ask for a linguistic repair, they frequently do not wait for somebody to realize that repair and keep on speaking. Secondly, the teacher, in most of the cases, does not repair the learners linguistic problems and when it occurs, the fact does not seem to be supported by any underlying logic. At a closer look, the data show a complex situation in which the learners use the other-repair resource or interrupt the teacher. Finally, the detailed conversation analysis shows that even though many times the roles teacher and learners play are well defined, they are not even close to the traditional ones in which the teacher used to evaluate and distribute the turns, and the learners had a passive attitude. The analysis serve as evidence to affirm that conversation is a classroom activity in which students can perform freely and in which the interactional resources are aspects essential, not only to better understand and categorize the interaction, but also to the construction of the learners interactional competence and for the understanding of the foreign language classroom teaching process.

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