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Prevalência de infecção de sítio cirúrgico em pacientes adultos num hospital geral do interior paulista / Prevalence of surgical site infection among adult patients in a general hospital in the interior of São Paulo

Fabrício Ribeiro de Campos 22 August 2016 (has links)
Introdução: As Infecções Relacionadas à Assistência á Saúde (IRAS) são consideradas um problema de saúde pública com implicações sociais e econômicas graves que geram sobrecarga nas instituições de saúde, aumentando o período de internação e elevando consideravelmente a morbimortalidade em pacientes hospitalizados. A infecção do sítio cirúrgico (ISC) se constitui como uma das mais temidas complicações decorrentes dos procedimentos cirúrgicos No Brasil, são escassos os estudos epidemiológicos sobre as infecções em pacientes submetidos à procedimentos anestésico cirúrgico. Objetivo: Identificar a prevalência de infecção de sítio cirúrgico em pacientes adultos submetidos à cirurgia num hospital geral privado filantrópico, de nível terciário do interior paulista, segundo o potencial de contaminação da ferida operatória. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal, com abordagem retrospectiva e quantitativa, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. A população do estudo foi constituída 58 prontuários médicos de pacientes submetidos à cirurgia no referido hospital exceto nas especialidades de ortopedia e ginecologia, no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2014 e que apresentaram infecção do sítio cirúrgico. Os dados foram coletados por meio de consulta aos prontuários e analisados por meio de estatística descritiva utilizando-se o programa Statistical Package for the Social Sciences, version 17.0 para Windows. Resultados: A taxa global de infecção do sítio cirúrgico foi de 1,9% (57/3.064), as especialidades com maiores taxas foram a neurocirurgia (3,5%), seguida pela cirurgia geral (2,0%). Ao se analisar a taxa de infecção por potencial de contaminação, nas cirurgias limpas foi de 1,0%, nas potencialmente contaminadas 1,8%, nas contaminadas 5,4% e nas infectadas 7,2%. Nas cirurgias limpas a maior taxa foi na neurocirurgia, na potencialmente contaminada foi na cirurgia torácica, na contaminada e infectada foi na cirurgia geral. E ressalta-se que 46,6% tiveram infecção de órgão ou cavidade. Conclusão: O presente estudo permitiu identificar as taxas globais de infecção do sítio cirúrgico e também, por especialidades e por potencial de contaminação, dados esses que podem contribuir para o planejamento das ações de prevenção e controle de Infecção do sítio cirúrgico no referido hospital / Introduction: Healthcare-associated infections (HAI) are considered to be a public health problem with serious social and economic implications that overload health institutions, extend hospital length of stay and considerably increase morbidity- mortality among hospitalized patients. Surgical site infections (SSI) are one of the most feared complications from surgical procedures. There are few epidemiological studies in Brazil on infections among patients submitted to anesthetic-surgical procedures. Objective: To identify the prevalence of surgical site infection among adult patients submitted to surgery in a tertiary philantropic private general hospital in the interior of the state of São Paulo, according to the potential of contamination of the operative wound. Materials and Methods: This is a cross-sectional study, using a retrospective and quantitative approach, approved by the Research Ethics Committee of the Ribeirão Preto College of Nursing, at the University of São Paulo. The study sample was made up of 58 medical records of patients submitted to surgery in this hospital, except for the orthopedics and gynecology specialties, from January to December 2014, who presented surgical site infection. Data were collected from the medical records and analyzed by means of descriptive statistics, using the Statistical Package for the Social Sciences software, version 17.0 for Windows. Results: Overall surgical site infection rate was 1.9% (57/3,064), and specialties with higher rates were neurosurgery (3.5%) and general surgery (2.0%). Regarding the infection rate by potential contamination, in clean surgeries it was 1.0%; in potentially contaminated surgeries, it was 1.8%; in contaminated surgeries, it was 5.4%; and in infected surgeries, it was 7.2%. Neurosurgery presented the highest rate in clean surgeries; thoracic surgery in potentially contaminated surgeries; whereas general surgery had the highest rate in contaminated and infected surgeries. It is worth highlighting that 46.6% reported organ or cavity infection. Conclusion: This study allowed to identify overall rates of surgical site infection, also by specialty and potential of contamination. These data can contribute to the planning of actions to prevent and control surgical site infection in the studied hospital
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Infecções hospitalares em pacientes cardiopatas sob procedimento hemodialítico em unidade de terapia intensiva / Nosocomial infections in cardiac patients under hemodialysis procedure in an intensive care unit

Daiane Patricia Cais 06 July 2009 (has links)
Introdução: Os procedimentos hemodialíticos para a correção da lesão renal têm a infecção como principal complicação. Em pacientes com lesão renal crônica (LRC), submetidos à hemodiálise em centros especializados, a infecção da corrente sanguínea (ICS) comprovadamente é a mais importante. Para pacientes críticos, com lesão renal aguda (LRA), internados em unidades de terapia intensiva (UTI), a literatura é escassa. Nesta população, as infecções relacionadas ao procedimento são de difícil avaliação devido à gravidade do paciente e aos inúmeros procedimentos invasivos a que são submetidos. Objetivos: analisar as infecções hospitalares em cardiopatas com LRA ou LRC agudizada submetidos a procedimento hemodialítico, em uma UTI, verificar se a ICS é a principal topografia infecciosa e identificar fatores de risco para o desenvolvimento de ICS associados ao procedimento hemodialítico. Métodos: Estudo de coorte prospectivo (12 meses), envolvendo 101 pacientes internados em uma UTI do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, submetidos a procedimento hemodialítico por meio do cateter temporário, sem cuff, para hemodiálise. Utilizou-se o critério proposto pelos Centers for Disease Control and Prevention para definição de ICS e das demais infecções hospitalares. Os dados coletados foram digitados no programa Statistical Package for Social Sciences e o nível de significância adotado para os testes estatísticos foi de 5%. Aplicou-se o teste de Mann-Whitney para comparar os pacientes com e sem ICS, o teste do Qui-quadrado para verificar associações da ICS com fatores de risco relacionados ao procedimento e a Distribuição de Poisson para a comparação das taxas de infecção entre os pacientes do estudo e a população geral da UTI. Resultados: Não houve diferença entre os grupos com e sem ICS em relação a sexo, idade, tempo de internação, diabetes, hipertensão, presença de outro cateter central, tipo de lesão renal, gravidade e infecção no início do procedimento. A ICS foi a topografia mais frequente, acometendo 13 (12,9%) pacientes, com densidade de incidência (DI) de 11,4 por mil pacientes-dia. O principal microrganismo isolado foi o Staphylococcus aureus resistente à oxacilina. Não foi encontrada associação entre ICS e tipo de procedimento, anticoagulação, solução preparada na beira do leito, número e tempo de conexão à máquina, embora a maior proporção de pacientes com ICS tenha sido submetida a mais de quatro conexões e tempo de conexão à máquina > 48 horas. As DI de ICS, pneumonia, infecção urinária e traqueobronquite foram maiores nos pacientes submetidos a procedimento hemodialítico quando comparados aos outros pacientes da UTI, embora a diferença não tenha sido significativa. Conclusão: A ICS foi a topografia mais frequente nesta população e não esteve associada ao procedimento hemodialítico. O pequeno número de pacientes com ICS pode ter comprometido a identificação de fatores de risco associados ao procedimento. Os resultados encontrados indicam que as principais estratégias para prevenção da ICS nesta população continuam a ser aquelas direcionadas à qualidade do cuidado com o acesso e com o procedimento / Introduction: Infection is a major concern when using hemodialysis procedures for the healing of the renal failure. Bloodstream infection (BSI) is the most important infection among patients with chronic renal failure (CRF), who are undergoing hemodialysis in specialized centers. The literature that focuses on patients with acute renal failure (ARF) in intensive care units (ICU) is limited. Infections due to hemodialysis in this population are difficult to evaluate since the patients conditions often require undergoing several invasive procedures. Objectives: to analyze nosocomial infections in cardiac patients with ARF or acute CRF submitted to hemodialysis in an ICU, determine if BSI is the main infection and identify the risk factors to the BSI development associated with hemodialysis. Methods: This prospective cohort study of twelve months included 101 patients admitted to an ICU of the Heart Institute - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, who underwent hemodialysis through uncuffed, temporary central venous catheter. BSI was defined by Centers for Disease Control and Prevention criteria, as were other nosocomial infections. Collected data were analyzed by Statistical Package for Social Sciences program and 5% was the significance level adopted. The Mann-Whitney test was used to compare the patients with or without BSI, the Chi-square test to verify the associations between BSI and risk factors related to the procedure and the Poisson Distribution to compare infection rates between patients of the study and the general population of the ICU. Results: There were no differences between the groups with or without BSI, regarding sex, age, length of stay, diabetes, hypertension, presence of another central venous catheter, type of renal failure, severity and infection at the beginning of the procedure. BSI was the most frequent infection, occurring in 13 (12.9%) of the patients, with rate of 11.4/1,000 patient-days. The most common pathogen was methicilin-resistant Staphylococcus aureus. There were no associations between BSI and the type of procedure, anticoagulation and solution prepared next to the bed. Furthermore, there were no associations between BSI and the numbers and times of connection to the machine, although the highest proportion of patients with BSI had submitted to more than four connections and with time of connection to the machine higher than 48 hours. The rate of BSI, pneumonia, urinary tract infection and tracheobronchitis were higher in the patients who underwent hemodialysis when compared to other patients in the ICU, although the difference was not statistically significant. Conclusion: BSI was the most frequent infection in this population and was not associated with hemodialysis. The small number of patients with BSI may have compromised the identification of risk factors associated with the procedure. The results indicate that the most important strategies to prevent BSI in this population are still related to the care with the venous access and the hemodialysis
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Avaliação da segurança microbiológica das luvas de látex para procedimento em uma unidade de terapia intensiva / Evaluation of the microbiological safety of latex gloves for procedures in an Intensive Therapy Unit

Adriano Menis Ferreira 19 October 2007 (has links)
Introdução: a utilização de luvas de látex para procedimentos é essencial nas atividades que envolvem risco biológico no cuidado à saúde, no entanto ainda é controversa a segurança microbiológica das luvas de procedimento, considerando sua exposição ambiental. Objetivos: quantificar as Unidades Formadoras de Colônias (UFC) das luvas de látex para procedimentos em momentos distintos (início, meio e fim das caixas) na situação real e controle de enluvamento; avaliar a contaminação das luvas conforme o tempo de exposição ambiental das caixas; isolar o microrganismo mais freqüente e determinar o perfil de sensibilidade aos antibióticos. Material e Método: trata-se de um estudo comparativo e prospectivo realizado em uma unidade de terapia intensiva de um hospital-escola. Após aprovação do comitê de ética em pesquisa, procedeu-se à coleta das amostras microbiológicas das luvas de látex por meio da digito-pressão em placas de Petri, preparadas com meio de cultura Mueller Hinton (MH). Esse procedimento foi realizado em 31 caixas de luvas de látex para procedimentos em diferentes momentos (início, meio e fim das caixas) e em situação real de enluvamento e controle. O Etest® foi utilizado na determinação do perfil de sensibilidade aos antibióticos (Ciprofloxacina®, Oxacilina®, Cefepime®, Gentamicina®, Amicacina® e Vancomicina®). Os dados foram submetidos a análise estatística por meio do Teste de Cochran e Spearman, considerando nível de significância de a=0,05. Para comparação do número de UFC, realizou-se análise de variância (ANOVA) com medidas repetidas. Resultados: totalizaram-se 372 placas de Petri, das quais 186 foram obtidas na situação real de enluvamento e 186 no controle. A média de UFC foi de 4,7, na situação controle, e de 6,2 na situação real de enluvamento, não demonstrando diferenças estatisticamente significantes (p=0,601). Em relação à avaliação dos pares de luvas no início, meio e fim da caixa na situação real de enluvamento e controle, não foram evidenciadas diferenças significantes no crescimento microbiano (UFC). Na associação entre o tempo de abertura ao término da caixa de luvas e o número de UFC, tanto na situação real de enluvamento quanto no controle, não houve correlação (p=0,63). Quanto aos microrganismos, a bactéria Staphylococcus spp. foi a mais freqüente. Com relação ao perfil de sensibilidade, 13 cepas (24,8%) apresentaram resistência a pelo menos 2 antibióticos; destas, 3 (5,5%) tiveram resistência a vancomicina. Conclusão: os resultados corroboraram a hipótese inicial da pesquisa quanto à segurança microbiológica das luvas de látex para procedimentos considerando os baixos valores de UFC. / Introduction: the use of latex gloves is essential and unquestionable in activities that involve biological risk in the health care. However, it is still controversial the microbiological safety of gloves for procedures considering their environmental exposition. Objectives: quantify the Colony-Forming Units (CFU) of latex gloves for procedures in different moments (beginning, middle and end of boxes) in real situation and gloving control; evaluate the contamination of gloves regarding the boxes time of environmental exposition; isolate the most frequent microorganism and determine the sensibility profile to antibiotics. Material and Method: It is a comparative and prospective study performed in an intensive therapy unit of a school hospital. After approval of the committee of ethics in research the collection of microbiological sample of latex gloves through digital pressure in Petri plaques prepared with culture media Mueller Hinton (MH) was initiated. This procedure was performed in 31 latex gloves boxes for procedures in different moments (beginning, middle and end of boxes) and, in real gloving and control situations. The Etest® was used to determine the sensibility profile of antibiotics (Ciprofloxacin®, Oxacillin®, Cefepime®, Gentamicin®, Amikacin® e Vancomycin®). The data was statistically analyzed through the Cochran and Spearman test considering a level of significance of a=0,05. Analysis of variance (ANOVA) with repetitive measures was used for the comparison of number of UFC. Results: a total of 372 Petri plaques were obtained, 186 in real gloving situation and 186 in the control situation. The CFU average was 4,7 in the control situation, and 6,2 in the real gloving situation, with no statistically significant differences (p=0,601). There was no evidence of significant differences in the microbial growth (UFC) in the evaluation of gloves pairs in the beginning, middle and end of boxes in both the real and control situations. There was no correlation (p=0.63) in the association between time of opening and finishing the box of gloves with the number of CFU, both in the real and control situations. The Staphylococcus spp. was the most frequent microorganism. Regarding the sensibility profile, 13 strains (24.8%) were resistant to at least two antibiotics; from these three (5.5%) resisted Vancomycin®. Conclusion: The results obtained support the initial hypothesis regarding the microbiological safety of latex gloves for procedures considering the low levels of CFU.
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Perfil dos laboratórios de microbiologia de hospitais brasileiros com pelo menos dez leitos de UTI / Profile of the microbiology laboratories of Brazilian hospitals with at least ten beds in intensive care

Consuelo Gonçalves Ferreira 16 March 2009 (has links)
Analisaram-se os serviços laboratoriais com o objetivo de caracterizar o perfil dos laboratórios de microbiologia que realizam exames para hospitais com dez ou mais leitos de UTI e hospitais da rede sentinela, com ênfase na funcionalidade, recursos humanos e métodos de trabalho.. Estudo transversal analisou dados secundários de um levantamento realizado em 464 laboratórios de microbiologia de todos os hospitais com pelo menos dez leitos de UTI de quinze unidades federadas selecionadas. Os dados foram coletados entre abril de 2002 a dezembro de 2005. A análise descritiva foi realizada por distribuição de freqüências. As variáveis selecionadas compuseram um conjunto para descrever três dimensões dos laboratórios: organização geral (administrativa, informação e comunicação, qualidade e gestão de risco), estrutura (formação e atualização profissionais; condições físicas gerais; equipamentos, materiais de consumo e de referência) e métodos de trabalho em todas as fases do processo analítico (pré, inter e pós). Os resultados encontrados indicaram principalmente que: uma minoria dos laboratórios possui administração profissionalizada e conhece os custos dos exames; pequena adesão aos aspectos do sistema da qualidade e de biossegurança; pequeno grau de institucionalização dos laboratórios com a atualização dos seus profissionais e apenas um terço de um subconjunto dos laboratórios possuía pós-graduação na área de bacteriologia; existência de quadro potencial para ocorrência de erros na fase préanalítica do processo; há laboratórios dos hospitais com pelo menos dez leitos de UTI e os da rede sentinela que não isolam microorganismos de importância clínica e cometem erros graves no antibiograma por não seguirem recomendações técnicas atualizadas; a participação na comissão de controle de infecção hospitalar é inadequada / Laboratory services were analyzed with the objective of characterizing the profile of microbiology laboratories which perform exams for hospitals with ten or more beds of intensive care and hospitals of the sentinel network, with emphasis in functionality, human resources and method of work. Data from a survey carried out in 464 microbiology laboratories of all hospitals with ten or more beds of intensive care of fifteen selected Brazilian states were analyzed. Data were collected from April 2002 to December 2005. Descriptive analyses were done using frequency distributions. The variables were selected to describe three dimensions of the laboratories: general organization (administrative, information and communication, quality and risk management), structure (professional formation and modernization, general physical conditions, equipment, supplies and references) and methods of work in all phases of the analytical process (pre-, inter- and post-). The main results indicate that: the minority of the laboratories has professional administration and know the costs of the exams; low adherence to the aspects of the quality system; low level of institutionalization of the laboratories with the modernization of their professionals and only one third of a subset of laboratories had post-graduated professionals in the area of bacteriology; existence of a potential for occurrence of errors in the pre-analytical phase of the process; there are laboratories with ten or more beds of intensive care and hospitals of the sentinel network which do not isolate microorganisms of clinical importance and make serious mistakes in the antibiogram due to lack of adherence to the current technical recommendations; the participation in the nosocomial infection control committee is inadequate
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Análise dos dados obtidos em um inquérito para avaliar a qualidade de 467 laboratórios de microbiologia no Brasil / Analysis of the data obtained in a national survey to evaluate the quality of 467 microbiology laboratories in Brazil

Luciano Bello Costa 08 November 2010 (has links)
A resistência aos antimicrobianos é um problema global. O planejamento de estratégias preventivas depende da acurácia das informações sobre sensibilidade aos antimicrobianos e, portanto, da qualidade dos laboratórios de microbiologia. O objetivo deste estudo foi avaliar a proporção dos laboratórios que apresentavam condições mínimas de funcionamento, executavam rotina básica, executavam procedimentos relacionados a qualidade, interagiam com a Comissão de Controle de infecção Hospitalar e possuíam recursos avançados; avaliar as características associadas com condições mínimas de funcionamento, execução da rotina básica, execução de procedimentos relacionados a qualidade, interação com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e possuir recursos avançados; classificar os laboratórios em níveis de qualidade. Um estudo foi realizado para avaliar os laboratórios de microbiologia que serviam todos os hospitais brasileiros com mais de 10 leitos de terapia intensiva ou os hospitais sentinela. Os coordenadores dos laboratórios foram entrevistados entre abril de 2002 e dezembro de 2005 e responderam sobre fontes de financiamento, infraestrutura, recursos humanos equipamentos, procedimentos, controle de qualidade e biossegurança. Quinhentos e trinta hospitais foram identificados e 467 laboratórios foram visitados pelos entrevistadores. Os laboratórios foram classificados como: nível 0: ausência de condições mínimas de funcionamento; nível 1: condições mínimas de funcionamento, mas execução inadequada da rotina básica; nível 2: condições mínimas de funcionamento e execução adequada da rotina básica; nível 3: condições mínimas de funcionamento, execução adequada da rotina básica e execução de procedimentos relacionados a qualidade hospitalar; nível 4: condições mínimas de funcionamento, execução adequada dos procedimentos de rotina básicos, execução dos procedimentos relacionados a qualidade, interação com a Comissão de Controle de Infecção hospitalar, mas ausência de recursos avançados; nível 5: condições mínimas de funcionamento, execução adequada dos procedimentos de rotina básicos, execução de procedimentos relacionados a qualidade hospitalar, interação com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e presença de recursos avançados. Oitenta e cinco porcento dos laboratórios foram considerados nível 0, 7% nível 1, 6% nível 2, 1% nível 3, 1% nível 5. Nenhum laboratório foi considerados nível 4. Vinte laboratórios não realizavam coloração de Ziehl-Neelsen; 21 não tinham bico de Bunsen; 271 não tinham uma cabine de segurança biológica; 81 não tinam um formulário de requisição padrão e 3 não tinham meio ágar sangue. Mais de 20% dos laboratórios que não possuíam uma cabine de segurança biológica tinham sistemas automatizados. Hospitais sentinela (p<0,001); hospitais públicos (p:0,01); hospitais universitários (p<0,001) e localização em capitais (p:0,001) foram as características associadas com presença de condições mínimas de funcionamento. Hospitais sentinela (p:0,002), universitários (p:0,019), localizados em capitais (0,039), região geográfica (p:0,039) e laboratórios que serviam mais de um hospital (p<0,001) foram as características associadas com execução adequada da rotina básica. Hospitais sentinela (p:0,01) e localizados em capitais (p<0,001) foram as características associadas com execução de procedimentos relacionados a qualidade hospitalar. Hospitais públicos (p:0,01), localizados em cidades do interior (p:0,008), não terceirizados (p:0,01) e a região geográfica (p<0,001) foram as características associados com presença de interação com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Hospitais sentinela (p:0,03), públicos (p:0,04), universitários (p:0,01), localizados em capitais (p<0,001) e laboratórios que servem mais de um hospital (p:0,01) foram associados com presença de recursos avançados. Em conclusão, a maioria dos laboratórios não tinha condições mínimas de funcionamento. Esta avaliação de qualidade pode direcionar investimentos e projetos educacionais no país / Antimicrobial resistance is a global problem. To plan preventive strategies, the accuracy of the information on infections and antimicrobial susceptibility is very important, requiring quality in microbiology laboratories. The objective of this study was to evaluate the proportion of laboratories that have minimal functioning conditions, execute basic routine, execute procedures related to quality, collaborate in Department of Hospital Infection Control and have advanced resources; evaluate the characteristics associated with minimal functioning conditions, basic routine execution, execution of procedures related to quality, collaboration in Department of Hospital Infection Control and advanced resources; classification of laboratories according to quality level. A survey was carried out to evaluate microbiology laboratories that served all Brazilian hospitals with at least 10 intensive care beds or that served hospitals involved in the government program of adverse event notification related to healthcare products. From April 2002 through December 2005 laboratory coordinators were interviewed about financing; infrastructure; human resources; equipment; procedures; quality control and safety. 530 hospitals were identified and 467 laboratories were visited by the interviewers. Laboratories were classified as: Level 0: no minimal functioning conditions; Level 1: minimal functioning conditions, but no execution of basic routine; Level 2: minimal functioning conditions and execution of basic routine; Level 3: minimal functioning conditions, execution of basic routine and execution of quality procedures; Level 4: minimal functioning conditions, execution of basic routine, execution of quality procedures and collaboration with the Department of Hospital Infection Control, but no advanced resources; Level 5: minimal functioning conditions, execution of basic routine, execution of procedures related to quality, collaboration with the Department of Hospital Infection Control and advanced resources. Findings: 85% of laboratories were considered Level 0; 7% Level 1; 6% were Level 2; 1% were Level 3 and 1% were Level 5. None were Level 4. Twelve laboratories did not perform Ziehl-Neelsen staining; 21 did not have Bunsen burners; 271did not have biological safety cabinets; 81 did not have standardized requisition forms and 3 did not have blood agar medium. More than 20% of laboratories without safety cabinets had automated systems. Hospitals part of the government adverse event notification program (p<0.001); public hospitals (p:0.01); teaching hospitals (p<0.001) and location in state capitals (p:0.001) were associated with having minimal conditions. Hospitals part of the government adverse event notification program (p:0.002), teaching hospitals (p:0.019), location in state capitals (p:0.039), laboratories serving more than one hospital (p<0.001) and geographic region (p:0.039) were associated with basic routine execution. Hospitals part of the government adverse event notification program (p:0.01) and location in state capitals (p<0.001) were associated with quality procedures execution. Public hospitals (p:0.01), location outside state capitals (p:0.008), serving hospitals that doesn\'t contract third part microbiology services (p:0.01) and geographic region (p<0.001) were associated with collaboration in Department of Hospital Infection Control. Hospitals part of the government adverse event notification program (p:0.03), public (p:0.04), teaching hospitals (p:0.01), location in state capitals (p<0.001) and serving more than one hospital (p:0.01) were associated with advanced resources. In conclusion, most laboratories did not have minimal functioning conditions. This quality assessment should guide investments and educational projects in the country
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Perfil microbiológico da cavidade nasal de trabalhadores dos setores de emergência e atendimento móvel de urgência do município de Jataí-GO / Microbiological profile of nasal cavity workers emergency

Paula, Cacia Regia de 28 February 2013 (has links)
Submitted by Cássia Santos (cassia.bcufg@gmail.com) on 2014-11-05T11:56:37Z No. of bitstreams: 2 Dissertacao Cacia Regia de Paula - 2013.pdf: 1265896 bytes, checksum: 08caf2c5f13a3184c14cad740a239082 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2014-11-06T10:45:49Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertacao Cacia Regia de Paula - 2013.pdf: 1265896 bytes, checksum: 08caf2c5f13a3184c14cad740a239082 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-11-06T10:45:49Z (GMT). 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This concern is due, among others, to alert the World Health Organization, with the launch of the World Alliance for Patient Safety and greatly not forget the workers. This assumption, some concerns emerged regarding the colonization of workers SE / SAMU, to unveil indicators within the colonization of these micro-organisms resistant to antibiotics which could compromise patient safety and worker himself. Workers SE / SAMU / SMS / Jatai-Goiás are carriers of micro-organisms resistant to antimicrobials in the nasal cavity? Faced with this question outlined the following Objectives: to analyze the microbiological profile of the nasal cavity sector workers and emergency mobile service emergency department Jataí - Goiás; isolate multiresistant micro-organisms in the nasal cavity of these workers; determine the profile Antimicrobial susceptibility of the isolates; estimate the prevalence of workers colonized with resistant microorganisms; verify the compliance of workers with hand hygiene during labor; raise the predictors related to colonization of these workers by resistant microorganisms; draft a care about the safety of the worker of Emergency Services and the Mobile Emergency Care Health System in Goiás, aiming at the prevention of occupational hazards in the workplace. Methods: Cross-sectional study of epidemiological, developed in the emergency services and Mobile Emergency Care Service Jataí-Goiás. We applied an interview form to collect demographic data, knowledge and attitude of the worker in relation to aspects of colonization by multiresistant microorganisms. Then, we collected a sample specimen of the nasal cavity through swab of 51 employees, including 12 doctors, 08 nurses, 01 pharmacists / biochemists, 20 nursing staff, 01 technical radiologist, 01 biomedical, 01 biotechnologist, 01 social workers and 06 firefighters / drivers / paramedics. The tubes of BHI broth containing the swabs were incubated at 35 ° C for 18/24 hours and then the samples were plated on selective culture media and processed by automation. The colonies that developed in any of the culture media were previously identified by their macroscopic characteristics and morphological / staining and subjected to screening for the selection of the identification evidence. Results: It was found that 38 (55.9%) of workers were carriers of S. epidermidis, followed by S. aureus, S. hyicus and Proteus mirabilis, 14 (20.6%) 2 (3.0%) and 3 (4.4%) respectively. As for the resistance profile of 38 isolates, 89.4% of S. epidermidis showed ampicillin resistance, 76.3% clindamycin, erythromycin 86.8%, 86.8% and 2.6% penicillin vancomycin. Proteus Mirabilis had resistance profile of 100% to sulfametazol / trimethoprim, tetracycline 66.6% and 33.3% to ampicillin, piperacillin and gentamicin. Conclusion: The colonization by resistant antimicrobial agents in the nasal cavity of 51 (100%) workers is reality. These results indicate challenges for municipal management, to point out flaws and loopholes in the context of patient safety and worker inherent in the working environment. Therefore, the evidence presented by this research will impact the operation of a project host aimed at quality of life and safety of the worker within the service and emergency. / Introdução: O interesse pelo tema segurança do trabalhador do setor de emergência (SE) e Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), focado na colonização e eventual infecção relacionada à assistência em saúde (IrAS), aflorou durante a formação acadêmica. Atuando como enfermeira desses serviços, tive a oportunidade de observar trabalhadores atuando de forma insegura durante as atividades laborais, contribuindo para a exposição ocupacional por agentes biológicos. Tais observações, associadas à vivência nessa área, motivaram a realização do estudo. Apesar dessa problemática estar elucidada em nível hospitalar, o mesmo não ocorre nos serviços de SE/SAMU, em especial atenção à segurança dos trabalhadores, motivo que despertou o interesse pela temática. Tal preocupação se deve, entre outros, ao alerta da Organização Mundial da Saúde, com o lançamento da Aliança Mundial para a segurança do paciente e de sobremaneira não esquecer os trabalhadores. Desse pressuposto, emergiram algumas inquietações relativas à colonização dos trabalhadores do SE/SAMU, no sentido de desvelar indicadores no âmbito da colonização destes a micro-organismos resistentes aos antimicrobianos os quais poderiam comprometer a segurança do paciente e do próprio trabalhador. Os trabalhadores do SE/SAMU/SMS/Jatai-Goiás são portadores de micro-organismos resistentes aos antimicrobianos na cavidade nasal? Perante essa indagação delinearam-se os seguintes Objetivos: analisar o perfil microbiológico da cavidade nasal de trabalhadores do setor de emergência e atendimento móvel de urgência do município de Jataí – Goiás; isolar micro-organismos multirresistentes da cavidade nasal desses trabalhadores; determinar o perfil de suscetibilidade dos isolados aos antimicrobianos; estimar a prevalência de trabalhadores colonizados por micro-organismos resistentes; verificar a adesão dos trabalhadores à higienização das mãos durante o período laboral; levantar os preditores relacionados à colonização desses trabalhadores por micro-organismos resistentes; elaborar um projeto de acolhimento sobre a segurança do trabalhador dos Serviços de emergência e Atendimento Móvel de Urgência do Sistema Único de Saúde do interior de Goiás, visando à prevenção dos riscos ocupacionais no ambiente laboral. Material e Método: Estudo transversal de natureza epidemiológica, desenvolvido nos serviços de emergência e Atendimento Serviço Móvel de Urgência de Jataí-Goiás. Aplicou-se um formulário de entrevista para a coleta dos dados demográficos, conhecimento e atitude do trabalhador em relação aos aspectos da colonização por micro-organismos multirresistentes. Em seguida, coletou-se uma amostra de espécime da cavidade nasal, por meio de swab de 51 trabalhadores, sendo 12 médicos, 08 enfermeiros, 01 farmacêutico/bioquímico, 20 técnicos de enfermagem, 01 técnico em radiologista, 01 biomédico, 01 biotecnológo, 01 assistente social e 06 bombeiros/condutores/socorristas. Os tubos de caldo BHI contendo os swabs foram incubados a 35ºC por 18/24 horas e, em seguida, as amostras foram semeadas em meios de cultura seletivos e processados por automação. As colônias que se desenvolveram em qualquer um dos meios de cultura foram, previamente identificadas segundo as suas características macroscópicas e morfológicas/ tintoriais e submetidas à triagem para a seleção das provas de identificação. Resultados: Identificou-se que 38 (55,9%) dos trabalhadores eram portadores de S. epidermidis, seguido por S. aureus, S. hyicus e Proteus Mirabilis, com 14 (20,6%), 2 ( 3,0%) e 3 (4,4%) respectivamente. Quanto ao perfil de resistência de 38 isolados, 89,4% dos S. epidermidis demonstraram resistência à ampicilina, 76,3% à clindamicina, 86,8% à eritromicina, 86,8% à penicilina e 2,6% à vancomicina. O Proteus Mirabilis teve perfil de resistência de 100% ao sulfametazol/trimetropina, 66,6% a tetraciclina e 33,3% a ampicilina, piperaciclina e gentamicina. Conclusão: A colonização por agentes resistentes aos antimicrobianos na cavidade nasal dos 51 (100%) trabalhadores é realidade. Esses resultados sinalizam desafios para a gestão municipal, ao apontar falhas e lacunas no âmbito da segurança do paciente e do trabalhador inerentes ao ambiente laboral. Logo, as evidências apontadas por essa pesquisa impactarão na operacionalização de um projeto de acolhimento, visando à qualidade de vida e segurança do trabalhador no âmbito do serviço de urgência e emergência.
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Comparação da eficácia antibacteriana do álcool 70% (p/v) sobre superfície da câmara escura portátil com e sem limpeza prévia: um estudo experimental laboratorial / Comparison of the antibacterial efficacy of the alcohol 70% (w/v) over portable darkroom surfaces through rubbing, with and without previous cleaning processes: a laboratorial and experimental study

Maurício Uchikawa Graziano 09 August 2011 (has links)
No contexto da prevenção da infecção cruzada na radiologia odontológica, superfícies que entram em contato direto com as mãos dos profissionais, como as superfícies da câmara escura portátil, devem ser descontaminadas. A recomendação clássica da descontaminação com álcool 70% p/v após limpeza prévia, nem sempre é seguida justificada pela não praticidade, acrescida do tempo curto disponível entre um atendimento e outro, limitando-se à aplicação direta do álcool o que, a priori, contraria as Boas Práticas de Controle de Infecção. A presente investigação, de caráter experimental laboratorial, controlado, randomizado e unicegado, teve como objetivo avaliar comparativamente a eficácia desinfetante do álcool 70% (p/v) sob fricção, com e sem limpeza prévia nas superfícies de câmaras escuras portáteis como procedimento de limpeza/desinfecção concorrente em radiologia odontológica. Três grupos de estudo foram constituídos: Grupo controle: superfícies previamente contaminadas com desafio (micro-organismo teste Serratia marcescens ATCC 14756, acrescido de 10% de saliva humana), submetidas à limpeza clássica por meio de água e detergente sob fricção, e posterior enxágue e consecutivamente, desinfecção com aplicação do álcool 70% p/v. Grupo experimental: superfícies previamente contaminadas com desafio, à semelhança do grupo controle, submetidas à aplicação direta do álcool 70% p/v sob fricção, SEM limpeza prévia. Grupo controle positivo: superfícies contaminadas com desafio. O tamanho amostral para os grupos experimental e controle foi de 85 unidades. Os experimentos foram realizados no Laboratório de Ensaios Microbiológicos do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Após o procedimento de contaminação, desafio da área superior da câmara escura portátil e sua posterior secagem, no grupo experimental a superfície foi diretamente friccionada com álcool 70% (p/v) durante 30 segundos. No grupo controle, o mesmo procedimento foi realizado, após a limpeza prévia. Imediatamente, após a evaporação do álcool da superfície, foi realizada a coleta microbiológica por meio da fricção com swab. Em seguida, a ponta do swab foi quebrada e mergulhada em um tubo de ensaio esterilizado com 1 mL de SF e agitado em Votex® por 30 segundos, intermitente e todo o conteúdo do tubo de ensaio foi vertido no centro de uma placa de Petri e, sobre ele, derramados 15 a 20 mL do meio Trypticase Soy Agar à temperatura aproximada de 30ºC. As placas foram deixadas na posição invertida, em ambiente à temperatura aproximada de 22ºC por 72 horas, com leitura diária da recuperação das UFC da Serratia marcescens. O controle positivo foi colhido da mesma forma que o dos Grupos Controle e Experimental, porém sem a aplicação de métodos para descontaminação. As médias das UFC foram comparadas entre os grupos experimental e controle, por meio do teste estatístico t de Student. Os resultados permitiram concluir que o álcool 70% p/v, quando aplicado diretamente sobre a superfície contaminada com matéria orgânica sob fricção, é um desinfetante eficaz, comprovado pela redução de seis logaritmos da população microbiana intencionalmente desafiada nos experimentos, não diferindo da redução observada no grupo controle (p=0,440). Estes achados permitiram atestar a segurança desta prática na limpeza/desinfecção concorrente durante as práticas de radiologia odontológica. / Aiming to avoid cross infection in the context of dental radiology, surfaces that get in direct contact with the hands of the professionals involved in dental procedures are ought to be decontaminated, such as the portable darkroom surfaces. The classical recommendation for the alcohol 70% w/v decontamination (which requires previous cleaning process) is not always applied due to its lack of practicality in addition to the short amount of time between dental procedures; so the decontamination is restricted only to the application of alcohol contradicting then, a priori, the good Practices of Infection Control. This investigation, which was conducted following laboratorial and experimental character, controlled, randomized and blinded, has had as its aim: evaluating comparatively the disinfecting efficacy of rubbing the surfaces of portable darkrooms with 70% w/v alcohol, with and without previous cleaning processes, as an alternative procedure for cleaning/disinfection in dental radiology. Three study groups were established: Control Group: previously contaminated surfaces with the worst case contaminant (test microorganism Serratia marcescens ATCC 14756 added to 10% of human saliva) firstly, traditionally cleaned by rubbing with water and detergent, rinsed afterwards then decontaminated using alcohol 70% w/v; Experimental Group: previously contaminated surfaces with the worst case contaminant similarly to Control Groups sample, however submitted straight away to the decontamination by rubbing with alcohol 70% w/v, with NO previous cleaning processes; Positive control Group: surfaces contaminated with the worst case contaminant. The sampling for both, the experimental and control groups, was 85 units. The experiments were conducted at the Microbiology Laboratory of the Medical-Surgical Nursing Department of the University of Sao Paulos Nursing School. After the worst case contamination procedure of the portable darkrooms upper area and drying, at the experimental group: the surface was directly rubbed with alcohol 70% w/v for thirty seconds. At the control group, the same procedure was performed, however, with previous cleaning following the traditional processes. Immediately after the alcohols evaporation from the surface, a microbiological collection was performed by swab friction. Afterwards, the swabs tip was broken and put in a sterile test-tube with 1mL of sterile saline solution and shaken in Vortex® for thirty seconds, and all its content poured into a Petri dish. Fifteen to 20 mL of Trypticase Soy Agar at approximately 30ºC was poured over the Petri dish. The dishes were left inverted, in an acclimatized environment (approximately at 22ºC) for 72 hours, with daily assessment of the Serratia marcescens CFUs (Colony-forming unit) growths. The positive control was collected following the same procedure as the other groups (control and experimental), with no decontamination methods applied. The CFU levels were compared between the Control and Experimental groups, regarding the statistic test of the t test of Student. The results allowed concluding that the alcohol 70% w/v rubbing, when applied straight to the contaminated surface, is an efficient disinfection method, proved by the 6 logs reduction of the worst case bacterial population; no different from the reduction observed at the control group (p=0,440 test t of Student). These results allow attesting and ratifying the safety of this alternative cleaning/disinfection processes in the context of dental radiology.
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Infecção hospitalar no Centro de Tratamento Intensivo Geral de um hospital escola da Região Sul do Brasil

Barbosa, Gilberto da Luz January 2002 (has links)
Objetivos Avaliamos a incidência de infecção hospitalar no CTI clínico-cirúrgico de um hospital escola no sul do Brasil. Foram utilizadas taxas ajustadas para o tempo de permanência dos pacientes e para o tempo de exposição aos procedimentos invasivos. Também investigamos a influência da causa básica de internação (trauma, neurológico e clínico-cirúrgico) nas taxas de infecções. Material e Métodos Os pacientes internados no CTI Clínico-cirúrgico de março a dezembro de 1999, foram prospectivamente seguidos para a detecção de infecção hospitalar. Para o diagnóstico de infecção hospitalar utilizou-se as definições do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) e as taxas foram calculadas de acordo com a metodologia NNIS (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica). Resultados Foram acompanhados 686 pacientes (4201 pacientes-dia). Ocorreram 125 infecções hospitalares, sendo que a incidência global foi de 18,2% ou 29,8 infecções por 1000 pacientes-dia. Os sítios de infecção mais freqüente foram: pneumonia (40%), infecção urinária (24%) e septicemia primária (12,8%). As taxas de infecções hospitalares, associadas aos procedimentos invasivos, foram as seguintes: 32,2 pneumonias por 1000 ventiladores mecânico-dia, 9,7 infecções urinárias por 1000 sondas vesicais-dia e 7 septicemias por 1000 cateteres venosos centrais-dia. A incidência global de infecção nos pacientes com trauma (26,8) e neurológicos (20,7%) foi superior quando comparada com o grupo clínico-cirúrgico (12,2%), p < 0,001. Conclusões Encontramos altas taxas de infecções relacionadas com os procedimentos invasivos neste CTI. A causa básica de internação influenciou as taxas de infecção, sugerindo a necessidade de analisar-se estratificadamente os pacientes em CTI clínico-cirúrgico. / Objectives The incidence of nosocomial infections in the General ICU of the Hospital São Vicente de Paulo was evaluated using adjusted rates for patients’ lenght of stay and time of device exposure. We also determined the differences in the rates of infections according basic reason for admission (trauma, neurological, and medical-surgical). Material and Methods From March 1 to December 31 1999, patients in the General ICU were prospectively followed for detection of nosocomial infection during their stay. Diagnosis of nosocomial infection was made according to the Centers for Disease Control e Prevention (CDC) definitions and the rates were calculated according to the methods of the National Nosocomial Infections Surveillance (NNIS) System. Results Six hundred eighty-six patients (4,201 patient-days) were followed. One hundred twenty-five nosocomial infections occurred and the overall rate was 18.2% or 29.8 infections per 1,000 patient-days. The most commonly found infection sites were: pneumonia (40%), urinary tract infection (24%), and primary bloodstream infections (12.8%). Device-associated nosocomial infection rates were as follows: 32.2 pneumonias per 1,000 ventilator-days, 9.7 urinary infections per 1,000 indwelling urinary catheter-days, and 7 bloodstream infection per 1,000 central venous catheter-days. Overall incidence of infection in trauma (26.8) and neurological (20.7%) groups was higher than in the medical-surgical group (12.2%), p<0.001. Conclusions Our study found a high incidence of pneumonia and high rates of nosocomial infections associated with use of an invasive device in this ICU. The basic cause for admission affected infection rates, suggesting the need for a stratified analysis of patients in the General ICU by basic reason for admission.
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Fatores de risco para colonização de recém-nascidos durante surto de Klebsiella pneumoniae produtora de beta-lactamase de espectro estendido em unidade neonatal de risco intermediário / Risk factors for colonisation of newborn infants during an outbreak of extended-spectrum beta-lactamase-producing Klebsiella pneumoniae in an intermediate-risk neonatal unit

Valéria Cassettari Chiaratto 25 September 2009 (has links)
Realizamos um estudo de corte transversal para investigar os fatores de risco para colonização de recém-nascidos por Klebsiella pneumoniae produtora de betalactamase de espectro estendido durante surto em unidade neonatal de risco intermediário. O surto se deveu à colonização crônica de profissional de saúde portadora de onicomicose. Cento e vinte recém-nascidos internados na unidade neonatal durante um período de três meses foram rastreados para colonização por Klebsiella pneumoniae produtora de ESBL através de cultura de swab retal, sendo detectados 27 colonizados. A análise multivariada mostrou que a colonização se associou de forma independente ao uso prévio de antimicrobianos e à ausência de aleitamento materno. Os antimicrobianos mais utilizados foram penicilina e amicacina. Uso prévio de antimicrobianos apresentou odds ratio (OR) igual a 12,3 [intervalo de 95% de confiança (IC): 3,66-41,2, P<0,001]. Aleitamento materno foi associado à redução do risco de colonização (OR: 0,22; IC95%: 0,05-0,99; P=0,049). Nove isolados recuperados no primeiro estágio do surto e 27 isolados de culturas de rastreamento foram posteriormente tipadas por eletroforese em gel de campo pulsado, revelando seis apresentações distintas (A a F). No primeiro estágio do surto ocorreram os clones A, C e E, enquanto entre os 27 isolados das culturas de rastreamento os seis clones foram identificados. O clone A também foi identificado nas mãos de técnica de enfermagem portadora de onicomicose. Pudemos concluir que uso prévio de antimicrobianos predispôs à colonização. O possível efeito do aleitamento materno como fator protetor deve ser mais bem investigado. A detecção de diferentes genótipos de K. pneumoniae sugere que a disseminação de elementos móveis portando o gene ESBL tenha se superposto à simples disseminação de um clone durante o surto / We describe a cross-sectional survey to identify risk factors for colonisation of neonates by extended-spectrum beta-lactamase producing Klebsiella pneumoniae. This occurred following exposure to a colonised healthcare worker during an outbreak in an intermediate-risk neonatal unit. In total, 120 neonates admitted consecutively during a three-month period were screened for ESBL-producing K. pneumoniae by rectal swabbing and 27 were identified as colonised. Multivariate analysis showed colonisation to be independently associated with use of antibiotics and absence of breastfeeding. Previous use of antibiotics presented an odds ratio (OR) of 12,3 [95% confidence interval (CI): 3,66-41,2, P<0,001]. The most commonly used antibiotics were penicillin and amikacin. Breastfeeding was associated with reduced risk for colonisation (OR: 0,22; 95% CI: 0,05-0,99; P=0,049). Nine isolates recovered during the first stage of the outbreak and 27 isolates from surveillance cultures were typed thereafter by pulsed-field gel electrophoresis, revealing six different profiles (A - F). Clones A, C, and E were implicated in the first stage of the outbreak, whereas among the 27 strains recovered from surveillance cultures, all six clones were identified. Clone A was also found on the hand of a nursing auxiliary with onychomycosis. We concluded that prior antimicrobial use predisposed to colonisation. The possible role of breastfeeding as a protective factor needs to be further elucidated. Detection of different genotypes of ESBL-producing K. pneumoniae suggests that dissemination of mobile genetic elements bearing the ESBL gene may have been superimposed on the simple dissemination of a clone during the outbreak
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Desenvolvimento de um modelo de predição clínica para infecção-colonização por bactérias multidroga resistentes em um hospital geral / Development of a clinical prediction model for infection or colonization with multidrug-resistant bacteria in a general hospital

Nascimento, Paulo Victor Fernandes Souza, 1964- 20 February 2013 (has links)
Orientador: Paulo Roberto de Madureira / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-22T21:12:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Nascimento_PauloVictorFernandesSouza_D.pdf: 2007565 bytes, checksum: e01eda41bcffc893c044e9ae75f35532 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: As infecções relacionadas à assistência à saúde são responsáveis pela elevação do custo assistencial, aumento da morbimortalidade hospitalar e aumento do tempo de internação. Uma característica peculiar dessas infecções diz respeito à resistência dos microrganismos envolvidos. Protocolos de tratamento de infecções graves, como pneumonia e sepse, indicam o uso inicial de associações antimicrobianas de largo espectro, caso o paciente apresente fatores de risco para resistência. Posteriormente, com o resultado das culturas, o esquema terapêutico inicial seria readequado. Entretanto, esse processo conhecido como "descalonamento" ocorre de forma infrequente. Assim, no momento da escolha inicial dos antimicrobianos para o tratamento de síndromes infecciosas graves, os profissionais se deparam com um dilema: Utilizar um esquema de amplo espectro para a maior proteção do paciente, mas que raramente será revisto e contribuir para o aumento da resistência da microbiota hospitalar, ou tentar o uso de esquemas menos abrangentes? Com o objetivo de auxiliar o médico nesse momento da prescrição, procurou-se identificar possíveis características dos pacientes que pudessem servir como fatores preditores para infecção ou colonização para microrganismos multirresistentes. Em um hospital geral de 90 leitos, na cidade de São José dos Campos, no Estado de São Paulo, Brasil, foi conduzido um estudo de caso-coorte, entre junho de 2009 e junho de 2011, em que todos os pacientes que realizaram pelo menos um exame de cultura foram incluídos (753 pacientes). Os casos foram definidos como todos os pacientes que apresentaram culturas clínicas com o isolamento de pelo menos um microrganismo multirresistente (146 pacientes). A multirresistência foi definida conforme o consenso do Centro de Controle de Infecções e Doenças dos Estados Unidos da América em associação com o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças. Os controles foram todos os pacientes que se submeteram a culturas as quais não demonstraram crescimento de um agente multirresistente. Foram avaliadas quatorze variáveis demográficas e clínicas, comumente identificadas como fatores de risco. Foram construídos três modelos de predição clínica: regressão logística, árvore de classificação e floresta aleatória. No modelo de regressão logística, em função de intensa colinearidade, optou-se pela eliminação das variáveis pelo método backward. Na validação interna deste modelo, foi utilizada a técnica de reamostragem por bootstrap. O novo modelo foi calibrado com um fator de shrinkage de 0,91. Os modelos de árvore de classificação e floresta aleatória identificaram, de maneira semelhante, as variáveis mais importantes para predição que foram: história de internação nos últimos 180 dias, tempo de internação até a realização da cultura, Índice de comorbidades de Charlson, presença de cateter nasoentérico, traqueostomia e cateter venoso central. Foi realizada a validação externa temporal com uma nova amostra coletada entre julho e dezembro de 2011, num total de 342 pacientes. As acurácias dos modelos de regressão logística, árvore de classificação e floresta aleatória foram avaliadas por curvas ROC (Receiver operating characteristic). As áreas sobre a curva foram respectivamente: 72,4%, 66,2% e 69,2%. O modelo final da regressão logística com o total de pacientes estudados (1092) apresentou uma área sob a curva ROC corrigida do otimismo de 77,1% / Abstract: Healthcare-associated infections are responsible for rising health care costs, increasing morbidity, mortality, and longer hospital stays. A peculiar characteristic of such infections is the resistance of the involved microorganisms. The presence of infectious agents resistant to multiple classes of antimicrobials is increasing in such infections. Thus, multidrug resistance brings a real challenge to everyday clinical practice. Protocols for treatment of severe infections such as pneumonia and sepsis indicate the use of broad-spectrum antimicrobial associations as the initial therapy if the patient has a risk factor for resistance. Later, with the result of cultures, an adjustment of the initial therapeutic regimen would be expected. However, this process, known as de-escalation, occurs infrequently. Thus, at the moment of choosing the initial antibiotics for treating serious infectious syndromes, physicians are challenged with a dilemma: either to prescribe broad-spectrum antibiotics and contribute to increasing antibiotic resistance or to use a narrow spectrum of antimicrobials and put patients' prognosis at risk. The aim of this study was to identify potential predictors for the harboring of multidrug-resistant bacteria and to build a clinical prediction model that could help physicians to recognize patients with different risks for infection or colonization by these microorganisms. We conducted a case-cohort study in a 90-bed general hospital, at São José dos Campos, São Paulo State, Brazil, with all patients that performed at least one culture (753 patients). Cases were defined as patients that had had a culture demonstrating a multi-resistant agent (146 patients). Controls were all other patients that had had at least one culture. The consensus definition from the Center for Disease Control and the European Centre for Disease Prevention and Control was used to describe antibiotic multi-resistance. Fourteen traditional risk factors were evaluated as predictors. We constructed three clinical prediction models: logistical regression, classification tree, and random forest. In the logistical regression model, due to severe collinearity, we chose to eliminate variables by the backward method. In this model, for internal validation, we used the bootstrap resampling procedure. The new model was calibrated with the use of a shrinkage factor of 0.91. Similarly, the classification tree and random forest models identified that the most important variables for prediction were: admission history of 180 days, tube feeding, and length of hospital stay before culture, Charlson comorbidity index, central venous catheter, and tracheostomy. A temporal external validation was performed with a new sample collected between July and December 2011, with 342 patients. The accuracies of logistic regression, classification tree and random forest models were evaluated by ROC (Receiver operating characteristic) curves. The areas under the curve were 72.4%, 66.2% and 69.2%, respectively. The final logistical regression model with the overall study population (1092 patients) is described and shows an optimism-corrected area under the ROC curve of 77.1% / Doutorado / Epidemiologia / Doutor em Saude Coletiva

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