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Prevalência de polineuropatia diabética e suas associações entre pacientes diabéticos tipo 2Tres, Glaucia Sarturi January 2004 (has links)
Resumo não disponível.
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Raça, etnia e as complicações crônicas do diabetes melito tipo 2Gerchman, Fernando January 2006 (has links)
Fatores genéticos e ambientais são apontados como fatores causais para explicar as diferenças no desenvolvimento de problemas de saúde entre grupos étnicos. O conceito de raça/etnia é definido, assim como as indicações de seu uso. Diabetes melito (DM) como um estado de doença com uma marcada variabilidade étnico-racial é utilizado como exemplo de análise. Através de estudo transversal avaliou-se a prevalência das complicações vasculares em uma amostra de pacientes com DM tipo 2. Um total de 864 pacientes, incluindo 656 brancos, 104 mulatos e 104 pretos, classificados por auto-definição, foram avaliados através de protocolo padrão para doença arterial coronariana (DAC), doença vascular periférica (DVP), acidente vascular cerebral (AVC), retinopatia diabética (RD), nefropatia diabética (ND) e neuropatia diabética sensório-motora distal (NSMD). Pacientes brancos e mulatos eram mais velhos que os pacientes pretos (61,0 ± 9,3 vs. 60,1 ± 10,3 vs. 56,0 ± 10,3 anos; P <0,001), embora o tempo de duração do DM fosse semelhante entre os grupos (14,8 ± 8,2 vs. 14,2 ± 6,7 vs. 13,3 ± 7,0 anos; P = 0,169). Parâmetros antropométricos (índice de massa corporal e medida da cintura), prevalência de síndrome metabólica, hipertensão arterial sistêmica, níveis de hemoglobina glicada, também foram similares entre os grupos. Em relação às complicações crônicas do DM, brancos, mulatos e pretos apresentaram-se com uma prevalência similar de DVP, AVC e NSMD. Mulatos e pretos, quando comparados com brancos, apresentaram uma maior prevalência de DAC (45,4% vs. 60,4% vs. 39,2% ; P=0,004). As prevalências de microalbuminúria (22,4%, 21,2 e 22,1%; P= 0,906) e macroalbuminuria (16,2%, 19,2% and 13,5%; P= 0,915) foram similares entre os grupos. Doença renal avançada (diálise) (9% vs. 8,7% vs. 18,3%; P=0,012) e RDP (21,5% vs. 15,4% vs. 34,6%; P=0,005) foram mais freqüentes em pretos. Estas diferenças se mantiveram após ajustes para possíveis fatores de confusão. Concluindo, em pacientes com DM tipo 2 com o mesmo tipo de assistência médica, controle pressórico e metabólico, foi observada uma prevalência maior de DAC, RDP e doença renal avançada em pacientes pretos. Os mecanismos pelos quais estas diferenças ocorrem não são claros e componentes genéticos e/ou ambientais devem ser melhor explorados. Entretanto, até que este melhor entendimento seja disponível, uma abordagem mais agressiva na avaliação e manejo dos fatores de risco para as complicações do DM nos indivíduos pretos deve ser pensada.
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Agregação familiar de retinopatia diabética em pacientes com diabete melito tipo 2Gross, Paula Blasco January 2006 (has links)
A retinopatia diabética (RD) é a mais freqüente complicação crônica do diabete melito (DM). Existe uma variação considerável na presença e gravidade da RD que não é totalmente explicada pelos principais fatores de risco conhecidos, como o tempo de duração de DM e controles glicêmico e pressórico inadequados. O objetivo deste manuscrito é revisar aspectos genéticos relacionados à RD. O papel dos fatores genéticos na RD é sugerido pela presença de diferentes prevalências de RD em diferentes etnias e pela ocorrência de agregação familiar de RD. A presença de RD em um familiar aumenta de forma significativa a chance de outro familiar também apresentar esta complicação. Finalmente, a identificação de possíveis genes associados à RD (genes candidatos), a maioria deles relacionados à sua patogênese, tem sido avaliada através de estudos de polimorfismos genéticos. Os principais polimorfismos associados ao risco para RD são os ligados aos genes da aldose redutase, VEGF, PPAR-gama e ICAM-1. A identificação dos genes associados à RD deverá proporcionar novas opções para prevenção e tratamento desta complicação em pacientes portadores de DM. / Diabetic retinopathy (DR) is the most frequent chronic complication of Diabetes Mellitus (DM). There is a great variation in the presence and severity of DR in patients with DM that is not fully explained by the main known risk factors, such as duration of DM and poor glycemic and blood pressure control. The aim of this manuscript is to review genetic aspects associated with DR. The role of genetic factors on DR is suggested by different prevalences of DR in different ethnic groups, and also by the occurrence of familial aggregation of this diabetic complication. The presence of DR in one family member increases the chance of other family member also having DR. Finally, several studies on genetic polymorphisms have been performed in order to identify genes possibly related with DR (candidate genes). These genes are mostly connected to DR pathogenesis. The genetic polymorphisms of aldose reductase, VEGF, PPAR-gama and ICAM-1 are associated to increased risk of DR. The identification of the genes associated with DR will provide new prevention and treatment options of this complication in DM patients.
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Aspectos relacionados a pressão arterial e complicações crônicas micro- e macro vasculares em pacientes com diabetes mellitus tipo 2Dellaméa, Bruno Schmidt January 2015 (has links)
A prevalência de diabetes mellitus (DM) tem aumentado progressivamente no mundo. O controle da glicemia é a base do tratamento do DM, sendo importante para a prevenção das complicações crônicas. No entanto, pode ser insuficiente em alguns casos, visto que controle glicêmico intensivo falhou em mostrar evidências na redução da progressão da doença macrovascular, trazendo a necessidade de uma avaliação complementar além da glicemia. A hipertensão arterial sistêmica tem sido considerada um dos principais fatores relacionado a complicações crônicas do DM. Fatores pressóricos não identificados na verificação da pressão arterial no consultório podem explicar parte destes achados, como hipertensão do avental branco, hipertensão mascarada, alteração cicardiana da variabilidade da pressão arterial e avaliação do descenso noturno. A ausência do descenso noturno da pressão arterial tem sido associado a nefropatia e neuropatia diabética. O endotélio promove o tônus vasomotor e regula a inflamação e coagulabilidade. Quanto maior o tempo de diabetes, maior a disfunção endotelial secundário ao estresse oxidativo. Neste contexto, resolvemos avaliar a ausência do descenso noturno da pressão arteiral e o gene candidato óxido nítrico sintase endotelial como fatores de risco para complicações do DM macrovasculares e microvasculares, respectivamente. Em um coorte do ambulatório de endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre com 361 pacientes, avaliamos a ausência de descenso noturno como fator de risco cardiovascular. Os pacientes não apresentavam histórico prévio de doença cardiovascular e realizaram a monitorização ambulatorial da pressão arterial basal sem medicamentos antihipertensivo, sendo avaliados posteriormente desfechos cardiorrenais. No acompanhamento, após 54±39 meses, 297 pacientes foram reavaliados, dos quais 72% mostraram ausência do descenso noturno da pressão arterial na avaliação basal. Estes apresentaram 32% mais risco de apresentar desfechos que os pacientes com descenso normal da pressão arteiral. Após uma revisão sistemática e meta-análise, analisamos nossos dados em conjunto com outros estudos, e demonstramos um aumento de 1,7 vezes no risco de desfechos micro- e macrovasculares em pacientes com ausência do descenso da pressão arterial quando comparados a pacientes com descenso. Afim de avaliar o papel da disfunção endotelial no desenvolvimento das complicações crônicas do DM, estudamos a relação do óxido nítrico com a nefropatia do DM (ND). O óxido nítrico é fundamental para a atuação normal do endotélio, onde é produzido pela óxido nítrico sintase endotelial. Este gene tem sido considerado um gene candidato para a ND, e alguns polimorfismos foram estudados quanto a progressão da ND, como G894T, 4 b/a, T786C; porém, os resultados apresentados na literatura são contraditórios. Portanto, conduzimos uma revisão sistemática e meta-análise sobre os polimorfismos citados, considerando todos os modelos genéticos, quanto a associação com a ND, que demonstrou resultados estatisticamente significativos com os polimorfismos 4 b/a e T786C, e concluímos que o gene candidato estudado pode contribuir para o desenvolvimento de ND. Desta maneira, a utilização da monitorização ambulatorial da pressão arterial acrescenta dados que não obtidos pela medida da pressão arterial na consulta médica. A constatação da ausência do descenso noturno confere ao paciente com DM tipo 2 aumento de risco do desenvolvimento de complicações micro- e macrovasculares. Por outro lado, o estresse oxidativo está relacionado a disfunção endotelial, por alterações no óxido nítrico, e polimorfismos no gene candidato óxido nítrico sintase endotelial podem estar relacionados ao desenvolvimento de ND. O desenvolvimento das complicações crônicas do DM tipo 2 então estão intimamente ligados ao continuum resistência insulínica, estresse oxidativo, hipertensão arterial e disfunção endotelial.
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Preditores de remissão e recidiva de Diabetes Mellitus tipo 2 após bypass gástrico em pacientes gravemente obesosOliveira, Vanessa Lopes Preto de January 2015 (has links)
Introdução: A cirurgia bariátrica, em especial o bypass gástrico, tem se mostrado uma ferramenta importante no tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2) em pacientes obesos. No entanto, não é em todos os pacientes com DM2 que se observa remissão do diabetes após a cirurgia bariátrica e, em alguns dos pacientes onde se vê a remissão, seguese uma recidiva após algum tempo. Nós investigamos os fatores preditores para remissão e recidiva do diabetes mellitus tipo 2, em pacientes gravemente obesos, após bypass gástrico. Método: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo em pacientes obesos graves, previamente diabéticos que foram submetidos a bypass gástrico em Y de Roux, com acompanhamento pós-operatório maior ou igual a três anos. Conforme os critérios atuais, foram considerados pacientes com remissão total do DM2 aqueles com glicemia de jejum (GJ) < 100mg/dl e hemoglobina glicada (A1C) < 6,0% na ausência de medicações para o diabetes. Foram considerados em remissão parcial aqueles pacientes com GJ < 126mg/dl e A1C < 6,5% na ausência de agentes antidiabéticos. Recidiva foi definida como reinício das medicações e/ou GJ ≥ 126mg/dl e A1C ≥ 6,5%. Resultados: Foram identificados 354 pacientes com DM2 submetidos à cirurgia bariátrica no Hospital São Lucas da PUCRS (Porto Alegre, Brasil), entre maio de 2000 e novembro de 2011. Foram excluídos 100 pacientes com seguimento inferior a 3 anos ou com falta de dados pré-operatórios para as análises, permanecendo 254 pacientes na amostra. A maioria dos pacientes era do sexo feminino (75,6%). A idade pré-operatória dos pacientes era de 45,1 ± 10,1 anos e o IMC pré-operatório 47,6 ± 9,1 kg/m². A mediana de duração do diabetes pré-operatório foi de 1,0 (0,1-0,6) ano. O tempo de seguimento pós-operatório foi de 6,3 (3,3 - 14,7) anos. Dos 254 pacientes, 177 (81,9%) tiveram alguma remissão, sendo remissão total em 177 (69,7%) e parcial em 31 (12,2%) pacientes. Vinte e cinco pacientes (12%) apresentaram recidiva durante o período de seguimento. Preditores significativos de remissão total foram menor idade [HR 1,5; IC95% (1,1-2,1); p=0,02], melhor controle glicêmico pré-operatório [HR 2,43; IC95% (1,18-5,04); p=0,017] e menor duração conhecida do diabetes [HR 4,15; IC95% (1,65-10,40); p=0,002]. O uso de insulina no pré-operatório se associou com risco 9 vezes maior de recidiva [HR 9,15 (IC95% 3,3-25,4); p<0,001] e o uso de dois antidiabéticos orais aumentou o risco de recidiva em 6 vezes [HR 6,10 (IC95% 1,8- 20,6);p=0,004]. Conclusões: O bypass gástrico é eficaz na indução de remissão do DM 2 em 81,9% dos pacientes com obesidade mórbida. Ainda assim, há risco de recidiva em 12% dos pacientes em que ocorre remissão inicial. Idade, duração do DM 2, grau de controle e regime terapêutico prévio foram variáveis preditoras de remissão de DM2.
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Relação entre a dilatação mediada pelo fluxo da artéria braquial medida através da ultrassonografia com Doppler e risco cardiovascular em pacientes com Diabetes tipo 2Kasmirscki, Cristine January 2015 (has links)
A disfunção endotelial refere-se à alteração da vasodilatação dependente do endotélio e à má regulação da interação endotélio - células sanguíneas, o que gera uma inflamação localizada e, posteriormente, lesões vasculares graves e trombose. Geralmente ocorre antes das manifestações estruturais e a sua avaliação clínica pode servir como preditor de eventos cardiovasculares futuros, sendo um marcador precoce da atividade da doença aterosclerótica. O objetivo do presente manuscrito foi revisar aspectos relacionados à fisiopatologia da disfunção endotelial, os métodos empregados na sua avaliação e a relação com os desfechos cardiovasculares. Trata-se de uma revisão bibliográfica, para a qual foram selecionados artigos publicados em inglês e português na base de dados Pubmed utilizando termos de indexação relacionados ao tema de interesse: disfunção endotelial. A partir desta busca a revisão foi estruturada em quatro partes: 1. Fisiopatologia da disfunção endotelial; 2. Métodos de avaliação da função endotelial; 3. Relação entre Disfunção Endotelial e Desfechos Cardiovasculares; 4. Avaliação da função endotelial na prática clínica. Com este estudo, conclui-se que a aplicabilidade da avaliação da função endotelial na prática clínica carece da padronização de um método que seja prático, de baixo custo e que apresente boa reprodutibilidade, além do estabelecimento de pontos de corte específicos para as diferentes populações. As evidências científicas sugerem que a alteração na função endotelial ocorre bem antes das manifestações clínicas e das alterações vasculares e sua avaliação clínica pode servir como preditor de eventos cardiovasculares.
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Avaliação do impacto de um modelo de educação estruturada em grupo para pacientes com diabetes tipo 2 em atenção primáriaGrillo, Maria de Fátima Ferreira January 2011 (has links)
A educação é parte importante do tratamento do diabetes melito (DM) e é por meio dela que os pacientes são capacitados para realizar o gerenciamento da sua doença. Este estudo teve por objetivos: (1) revisar a literatura disponível no que diz respeito ao efeito da educação na HbA1c de pacientes com DM tipo 2 e (2) avaliar o efeito de um programa de educação estruturado em grupo, aplicado por enfermeira generalista em uma Unidade de Atenção Primária, no controle metabólico de pacientes com DM tipo 2. A revisão da literatura demonstra que a educação em DM reduz a HbA1c em aproximadamente 0,5 % e o maior efeito é observado em pacientes com HbA1c >8%, sendo custo-efetiva mesmo quando não produz efeitos diretos na HbA1c. A educação individual e em grupos reduzem a HbA1c de forma semelhante. O efeito da educação diminui com o tempo e é proporcional ao tempo de exposição com o educador, logo, reforços e maior tempo de contato com o educador devem ser incluídos no planejamento de um programa educativo. A adaptação cultural e a utilização de tecnologia, como exemplo, o telefone móvel devem ser incorporadas ao processo, mas o tipo de profissional responsável por fornecer a educação não parece influenciar nos resultados obtidos. Por fim, técnicas de empowering, com desenvolvimento das capacidades do indivíduo, parecem ser particularmente efetivas. O ensaio clínico incluiu 137 pacientes randomizados em dois grupos: grupo de Intervenção, que participou de um curso estruturado de cinco semanas (10 h), com reforços de 2 horas a cada 4 meses, durante um ano, e o grupo Controle, que foi atendido de forma usual na unidade básica de saúde. O escore de conhecimento aumentou em ambos os grupos, e um maior incremento foi observado no grupo Intervenção (basal: 12±4.0 vs. após curso: 15±3 vs. após 12 meses: 16±3) em comparação ao Controle (basal: 12±3 vs. após curso: 13±3 vs. após 12 meses: 12±4; P < 0,001). Nenhuma diferença entre os grupos foi observado na HbA1c em quatro, oito ou doze meses quando comparado ao basal (Intervenção: 8.9±1.9 vs. 8.7±1.8 vs. 8.5±2.0 vs. 8.7±1.7; Controle: 9.2±2.1 vs. 9.2±2.1 vs. 9.4±2.3 vs. 9.1±2.2, P entre os grupos = 0,062). O benefício da educação só foi evidenciado após ajustes para a HbA1c basal e dose de insulina no final do estudo (P = 0,044). A pressão sistólica, diastólica e o índice de massa corporal diminuíram em ambos os grupos. O escore de estresse associado ao DM foi reduzido de forma mais importante no grupo Intervenção (-34±22) quando comparado com o grupo Controle (-26±18, P = 0,017). Concluindo, um curso educacional estruturado em grupos é uma ferramenta útil para evitar o aumento progressivo de HbA1c em pacientes com DM tipo 2 em atendimento em uma unidade de cuidados primários. O processo de aprendizagem é complexo e sua efetividade dependerá de fatores subjetivos além dos descritos acima, que incluem comprometimento do paciente para o autocuidado, vontade de aprender, apoio familiar, vínculo com a equipe, situação financeira, influências culturais, além de crenças e atitudes em relação à saúde.
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Avaliação da secreção e resistência à insulina em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 com e sem hepatite viral COliveira, Beatriz Regina Rainho de January 2007 (has links)
Objetivo: Diabetes tipo 2 (DM 2) e hepatite C são doenças altamente prevalentes. A associação entre DM2 e infecção pelo vírus C tem sido evidenciada em diversos estudos, porém os mecanismos envolvidos na associação dessas patologias não estão completamente estabelecidos. O objetivo deste estudo é avaliar o nível de resistência e de secreção de insulina em pacientes com DM2 apresentando ou não infecção pelo vírus da hepatite C (HCV). Métodos: Quinze pacientes com diagnóstico de DM2, HCV positivos, e quinze pacientes DM2, HCV negativos (controles) pareados para a idade, sexo e índice de massa corporal (IMC), foram avaliados quanto à história familiar de DM2, uso de tiazídicos, pressão arterial, circunferência da cintura abdominal, glicemia de jejum, insulinemia, perfil lipídico, alanina aminotransferase (ALT), proteína C ultra-sensível (proteína C US) e hemoglobina glicada (HbA1c). O uso de hipoglicemiantes orais e a presença ou não de síndrome metabólica (SM) segundo os critérios da National Cholesterol Education Program’ Adult Treatment Panel III (NCEP-ATPIII), foram considerados em ambos os grupos. A avaliação da resistência à insulina foi realizada pelo HOMA-RI e HOMA peptídeo C. A função da célula beta foi avaliada pela insulinemia e peptídeo C basal e HOMA-B. A relação peptídeo C/insulina em todos os pacientes foi realizada para descartar hiperinsulinemia devido à disfunção hepática. Resultados: Os pacientes de ambos os grupos não apresentaram diferenças estatisticamente significativas quanto à pressão arterial, história familiar de DM2, uso de tiazídicos, circunferência da cintura abdominal, glicemia de jejum, perfil lipídico, hemoglobina glicada, uso de hipoglicemiantes orais, e ao diagnóstico de SM. As médias dos HOMA-RI e HOMA peptídeo-C foram significativamente maiores no grupo dos pacientes com hepatite C (p=0,038 e p=0,017 respectivamente), assim como as dosagens da ALT (p=0,05), insulinemia basal (p=0,029) e as dosagens de peptídeo C (p=0,031). As medidas do HOMA-B (p=0,19), não apresentaram diferenças significativas entre os dois grupos, assim como a relação peptídeo C/ insulina. A proteína C US (p=0,73), mostrou uma correlação positiva com o log-HOMA-RI, mas não foi encontrada diferença significativa entre os grupos. 12 Conclusões: Os resultados do presente estudo são compatíveis com um maior grau de resistência à insulina nos pacientes com DM2, anti-HCV reagentes, quando comparados com os pacientes DM2, anti-HCV não reagentes. Os pacientes com DM2, anti-HCV reagentes não apresentaram deficiência de secreção de insulina, quando comparados ao grupo-controle. A hiperinsulinemia observada no grupo com HCV foi devida mais a um aumento de secreção do que pela diminuição de degradação hepática. O grau de inflamação sistêmica se correlaciona com o grau de resistência à insulina independente da presença do vírus C.
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Disfunção endotelial na insuficiência renal terminal e no diabetes tipo 2 / Endothelial dysfunction in end-stage renal disease and type 2 diabetesSilva, Antônio Marcos Vargas da January 2008 (has links)
Vários estudos envolvendo a avaliação da função endotelial em pacientes com insuficiência renal terminal (IRT) e em pacientes com diabetes tipo 2 (DM2) têm sido apresentados objetivando um melhor entendimento dos mecanismos fisiopatológicos e das condições que cercam essas patologias. As sessões de hemodiálise (HD) em pacientes com IRT e a microalbuminúria em pacientes com DM2 influenciam as respostas endoteliais e, diante disso, este trabalho constitui-se de dois estudos independentes com ambas as populações, sendo: o Estudo 1 objetivou avaliar a influência de uma sessão de HD na função endotelial venosa e no estresse oxidativo de nove pacientes com IRT comparados a um grupo controle (n=10). A função endotelial foi avaliada pela técnica de Dorsal Hand Vein e o estresse oxidativo pelas medidas de capacidade antioxidante total (TRAP) e de dano oxidativo à proteínas (Carbonilas). Antes da HD, os pacientes apresentaram reduzida venodilatação dependente do endotélio (VDE) na comparação com o controle (65,6 ± 10,5% vs. 109,6 ± 10,8%; P = 0,010). Após a HD houve um aumento na VDE (106,6 ± 15,7%; P = 0,045). A venodilatação independente do endotélio foi similar em todas as comparações realizadas. A HD reduziu o TRAP (402,0 ± 53,5 vs 157,1 ± 28,3 U of Trolox/μL plasma; P = 0,001) e não alterou as carbonilas (P = 0,389). O delta de VDE foi negativamente correlacionado com o delta de TRAP (r = -0,70; P = 0,037). Esses resultados sugerem que a sessão de HD melhora a função endotelial venosa associada a menor redução de antioxidantes. No Estudo 2 foram avaliados 28 pacientes com DM2, subdivididos em grupo normoalbuminúrico (n=16) e microalbuminúrico (n=12), com o objetivo de comparar entre os grupos a função endotelial no leito venoso e arterial. As funções endotelial venosa e arterial foram avaliadas pela técnica de Dorsal Hand Vein (venodilatação) e pela dilatação mediada pelo fluxo (FMD) da artéria braquial através de ultrasonografia de alta resolução, respectivamente. Pacientes microalbuminúricos apresentaram reduzida venodilatação (32,9 ± 17,4% vs. 59,3 ± 26,5%, respectivamente; P = 0,004) e FMD (1,8 ± 0,9% vs. 5,1 ± 2,4, respectivamente; P < 0,001), quando comparados a normoalbuminúricos. A venodilatação se correlacionou negativamente com albuminúria (r = -0,53; P = 0,004) e com HbA1c (r = -0,41; P = 0,032). O mesmo foi observado entre FMD e albuminúria (r = -0,49; P = 0,007) e HbA1c (r = -0,44; P = 0,019). Foi observada uma correlação positiva entre venodilatação e FMD (r = 0,50; P = 0,007). Assim, a função endotelial em ambos os leitos vasculares está prejudicada em pacientes com DM2 e microalbuminúria. Os dois métodos utilizados para avaliação da função endotelial se correlacionaram positivamente. Mesmo em um grupo de pacientes com bom controle metabólico, as respostas de vasodilatação se correlacionaram negativamente com HbA1c. / Several studies were shown, involving endothelial function assessment in patients with endstage renal disease (ESRD) and in patients with type 2 diabetes (T2D), aiming a better understanding of physiopathological mechanisms and conditions surrounding these pathologies. Hemodialysis (HD) sessions in patients with ESRD and microalbuminuria in patients with T2D influence the endothelial responses and, therefore, this work was based on two independent studies, namely: Study 1 aimed at evaluating the influence of an HD session in venous endothelial function and oxidative stress of nine patients with ESRD compared to a control group (n=10). Endothelial function was assessed by dorsal hand vein technique and oxidative stress by total radical trapping antioxidant potential (TRAP) and protein oxidative damage (carbonyls). Before HD, the patients showed a reduced endothelium-dependent venodilation (EDV) compared with controls (65.6 ± 10.5% vs. 109.6 ± 10.8%; P = 0.010). After HD there was an increase in EDV (106.6 ± 15.7%; P = 0.045). The endotheliumindependent venodilation was similar in all comparisons performed. HD decreased TRAP (402.0 ± 53.5 vs 157.1 ± 28.3 U of Trolox/μL plasma; P = 0.001) and did not change the carbonyls (P = 0.389). The delta in EDV was negatively correlated with the delta in TRAP (r = -0.70; P = 0.037). These results suggest that an HD session improves endothelial venous function, in association with an antioxidant effect. In Study 2 28 patients with T2D were evaluated, subdivided into normoalbuminuric (n=16) and microalbuminuric group (n=12), aiming to compare the endothelial function in venous and arterial bed between the groups. Venous and arterial endothelial function were assessed by the dorsal hand vein technique (venodilation) and brachial artery flow-mediated vasodilation (FMD) by high-resolution ultrasonography, respectively. Microalbuminuric patients presented impaired venodilation (32.9 ± 17.4% vs. 59.3 ± 26.5%, respectively; P = 0.004) and FMD (1.8 ± 0.9% vs. 5.1 ± 2.4, respectively; P < 0.001), as compared to normoalbuminuric patients. Venodilation was negatively correlated with microalbuminuria (r = -0.53; P = 0.004) and HbA1c (r = -0.41; P = 0.032). The same was observed between FMD and albuminuria (r = -0.49; P = 0.007) and HbA1c (r = -0.44; P = 0.019). Venodilation was positively correlated with FMD (r = 0.50; P = 0.007). Thus, both venous and arterial endothelial function are impaired in patients with T2D and microalbuminuria. The two methods used for endothelial function evaluation were positively correlated. Even though patients had good metabolic control as a group, vasodilation responses were negatively correlated with HbA1c.
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Impacto de um plano de alta hospitalar administrado a pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e cardiopatia isquêmicaKuchenbecker, Ricardo de Souza January 2005 (has links)
O presente estudo objetivou avaliar o impacto clínico e econômico de um plano estruturado de alta hospitalar em pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2 e cardiopatia isquêmica atendidos em hospital público universitário brasileiro. Para tal, foi delineado ensaio clínico randomizado aberto, no qual 57 pacientes foram arrolados para receber a intervenção em estudo ou o tratamento usualmente dispensado pelo hospital. A intervenção consistiu em quatro sessões de orientação dos pacientes realizadas por enfermeiras treinadas pela equipe de pesquisa. As sessões tiveram duração de 60 minutos cada uma e foram acompanhadas de consulta ambulatorial dez dias após a alta hospitalar. O desfecho principal do estudo foram as reinternações hospitalares não planejadas em 180 dias. O estudo envolveu ainda o desenvolvimento e a implantação de metodologia de análise dos custos da assistência hospitalar prestada aos pacientes incluídos na amostra. Para tal, técnica mista de apropriação dos custos envolvendo a metodologia de custeio baseado em atividades e métodos tradicionais de rateio por centro de custos. Os pacientes foram acompanhados por 180 dias e tiveram seus desfechos clínicos, o padrão de utilização de serviços de saúde, os respectivos custos e a qualidade de vida aferidos. O ensaio clínico foi interrompido a partir de análise de ínterim, uma vez constatada a ausência de eficácia da intervenção em estudo. Não houve diferenças significativas em relação ao desfecho principal e demais desfechos clínicos avaliados. Os pacientes estudados não diferiram na qualidade de vida aferida através do instrumento Short Form 36. Foram estimados os custos das internações clínicas e cirúrgicas bem como os componentes de custos implicados na assistência hospitalar aos pacientes. O autor tece considerações acerca das características do contexto sócio-sanitário brasileiro que podem ter contribuído para a ineficácia da intervenção em estudo.
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