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Avaliação da qualidade de sedação na colangiopancreatografia endoscópica retrógrada comparando dexmedetomidina com propofol associado a fentanilMüller, Suzana January 2008 (has links)
Propofol é amplamente utilizado para sedação consciente durante a colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER) e a dexmedetomidina tem potenciais propriedades sedativas de eficácia equivalente. O objetivo deste estudo foi examinar a hipótese de que dexmedetomidina é tão eficaz quanto propofol combinado com fentanil para promover sedação consciente durante a CPER. Trata-se de um ensaio clínico, randomizado, cego, double-dummy, que abrangeu 26 pacientes adultos, estado físico I-III de acordo com a Sociedade Americana de Anestesiologia. Os pacientes foram randomizados para receber propofol (n = 14) (concentração plasmática alvo de 2 a 4 μg. ml-1) associado a fentanil (1 μg. kg-1) ou dexmedetomidina (n = 12) (1 μg.kg-1 por 10 minutos), seguida de infusão de 0,2 a 0,5 μg.kg-1.min. Sedativos adicionais foram utilizados se não fosse alcançada sedação adequada com a dose máxima permitida. Os desfechos primários foram o nível de sedação mensurado através da Escala Richmond de Agitação-Sedação e a necessidade de sedativos adicionais. Os desfechos secundários foram as variações hemodinâmicas e respiratórias aferidas pela freqüência cardíaca, pressão arterial, saturação de oxigênio, pressão parcial exalada de dióxido de carbono e freqüência respiratória. Quanto à sedação, o risco relativo (RR) foi de 2,71 (IC 95%, 1,31 a 5,61) e o número de pacientes que foi necessário tratar (NNT) foi de 1,85 (IC95%, 1,19 a 4,21) para observar um paciente adicional apenas sonolento, 15 minutos após o início da sedação no grupo dexmedetomidina. Também o RR foi de 9,42 (IC95%, 1,41 a 62,80), e o NNT, de 1,42 (IC 95%, 1,0 a 2,29) para requerer analgesia adicional. Entretanto, no pós-operatório, o grupo dexmedetomidina apresentou maior redução na pressão arterial e na freqüência cardíaca e sobretudo, maior nível de sedação. Dexmedetomidina isolada não foi tão eficaz quanto propofol combinado a fentanil para promover sedação consciente durante a CPER. Além disso, foi associada com maior instabilidade hemodinâmica e tempo de recuperação prolongado. / Propofol is a wildly used therapeutic for conscious sedation during endoscopic retrograde cholangiopancreatography (ERCP), and dexmedetomidine has sedative properties of equivalent efficacy. The aim of this study was to examine the hypothesis that dexmedetomidine is as effective as propofol combined with fentanyl for providing conscious sedation during ERCP. A randomized clinical trial, blind and double-dummy, was conducted where twenty-six adults with physical status I-III according to the American Society of Anesthesiology were studied. Patients were randomized to receive propofol (n= 14) (target plasma concentration ranged from 2 to 4 μg/ mL) combined with fentanyl (1 μg/kg) or dexmedetomidine (n=12) (1 μg/kg over 10 min), followed by 0.2 to 0.5 μg/kg/min. Additional sedatives were used if adequate sedation was not achieved at the maximum dose allowed. The main outcomes were sedation level that was assessed by the Richmond Agitation-Sedation Scale and the demand for additional sedatives. The secondary outcomes were the effects on hemodynamic and respiratory parameters, which included heart rate, blood pressure, oxygen saturation, partial pressure of exhaled carbon dioxide and respiratory rate. In sedation, the relative risk (RR) was 2.71 (95% CI, 1.31 to 5.61) and number of patients needed to treat (NNT) was 1.85 (95% CI, 1.19 to 4.21) to observe one additional patient only drowsiness 15 minutes after beginning of sedation in the dexmedetomidine group. Also, the RR was 9.42 (95% CI, 1.41 to 62.80) and NNT 1.42 (95% CI, 1.0 to 2.29) to require additional analgesic. However, in the postoperative period, the dexmedetomidine group had a greater reduction in blood pressure and heart rate, and especially greater sedation level. Dexmedetomidine alone was not as effective as propofol combined with fentanyl for providing conscious sedation during ERCP. Furthermore, it was associated with more hemodynamic instability and prolonged recovery.
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Estudo clínico controlado não-randomizado para avaliação da efetividade clínica e endoscópica na Doença de Crohn: Infliximabe versus Adalimumabe / Non-randomized controlled clinical study to evaluate clinical and endoscopic effectiveness in Crohn's disease: Infliximab versus AdalimumabBaima, Júlio Pinheiro [UNESP] 27 February 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-02-27 / Introdução: Com o advento da terapia biológica, o foco de resposta na Doença de Crohn (DC) ampliou-se, sendo essenciais a remissão clínica e endoscópica. Estudos prospectivos comparando os representantes dessa classe terapêutica mais utilizados, o Infliximabe (IFX) e o Adalimumabe (ADA), são escassos. O objetivo do estudo foi comparar a efetividade clínica e endoscópica do IFX versus ADA em pacientes com DC naïves terapia biológica, na semana 54 de tratamento. Metodologia: Foi realizado um estudo clínico, não-randomizado, no qual pacientes com DC que receberam IFX ou ADA, foram avaliados nas semanas 0, 14, 30 e 54 de tratamento. Utilizou-se o Índice de Atividade da Doença de Crohn (CDAI) para avaliação da atividade clínica da doença. Entre 6 e 12 meses, foi avaliada a atividade endoscópica através do Simplified Endoscopic Score for Crohn’s Disease (SES-CD). As variáveis foram resposta clínica (queda do CDAI > 70 pontos) e remissão clínica (CDAI < 150 pontos), avaliados nas semanas 14, 30 e 54, e resposta endoscópica (queda do SES-CD de pelo menos 50% em relação à pontuação inicial), remissão endoscópica (controle endoscópico com SES-CD ≤ 2 pontos), e taxas de internação, cirurgia, óbito e perda de resposta, analisados na semana 54. A análise estatística foi estatística descritiva, teste de ANOVA com medidas repetidas no tempo considerando a interação medicamento x tempo, seguida do teste de comparação múltipla de Tukey ajustado, com nível de significância de 5% ou o p-valor correspondente. Resultados: Foram incluídos 85 pacientes, 45 submetidos ao tratamento com ADA e 40 com IFX. O uso concomitante de Azatioprina foi mais frequente no grupo que recebeu IFX (p=0,0001). As taxas de resposta clínica foram de 86,67% na semana 14, 82,22% na semana 30 e 82,22% na semana 54 no grupo ADA. No grupo IFX, as taxas de resposta foram 70%, 72,5% e 75%, respectivamente, sem diferença entre os tratamentos (p>0,05 em todas as semanas). As taxas de remissão clínica no grupo ADA foram de 86,67% na semana 14, 80% na semana 30 e 82,22% na Resumo 3 semana 54. No grupo IFX, 65%, 62,5% e 65% respectivamente, com diferença significativa apenas na semana 14 (p=0,02). Resposta endoscópica foi atingida em 60,61% dos pacientes do grupo ADA e 85,71% no grupo IFX (p=0,02). As taxas de remissão endoscópica foram de 45,45% e 60%, respectivamente (p=0,23). Internações, cirurgia, óbitos e perda de resposta ocorreram com frequência sem diferença significativa entre os grupos. Conclusões: Não houve diferença nas taxas de resposta clínica entre os tratamentos. Houve maiores taxas de remissão clínica na semana 14 no grupo ADA, não mantidas nas semanas seguintes. Taxas de resposta endoscópica foram melhores no grupo IFX. Não houve diferença nas taxas de remissão endoscópica. Não houve diferença nas taxas de internações, cirurgias e óbitos, assim como na perda de resposta. / Introduction: With the advent of biological therapy, the focus of the Crohn's Disease (CD) response has changed and clinical and endoscopic remission are essential. Prospective studies comparing the most used biological drugs, Infliximab (IFX) and Adalimumab (ADA), are scarce. Our aim was compare the clinical and endoscopic effectiveness of IFX versus ADA in CD patients naïve to biological therapy at the 54th week of treatment. Methods: An open, non-randomized, clinical study with CD patients receiving IFX or ADA was performed at treatment weeks 0, 14, 30 and 54. The Crohn's Disease Activity Index (CDAI) was used to evaluate the disease clinical activity. Between 6 and 12 months, colonoscopy was performed and the Simplified Endoscopic Score for Crohn's Disease (SES-CD) was used. Clinical response (CDAI decrease>70 points) and clinical remission (CDAI<150 points) were assessed at weeks 14, 30 and 54; endoscopic response (decrease of at least 50% in SES-CD), endoscopic remission (endoscopic control with SES-CD ≤ 2 points), and hospitalization rates, surgeries, deaths and loss of response, were analyzed at week 54. A statistical analysis was descriptive with ANOVA test with repeated measures considering drug interaction x time, followed by Tukey multiple comparison test adjusted, with a significance level of 5% or the corresponding p-value. Results: A total of 85 patients were included, 45 patients underwent treatment with ADA and 40 with IFX, with difference between groups only in concomitant use of azathioprine, more frequent in the IFX group (p=0.0001). Clinical response rates were 86.67% at week 14, 82.22% at week 30 and 82.22% at week 54 in ADA group. In IFX group, 70%, 72.5% and 75%, respectively (p> 0.05 on all weeks). Clinical remission rates were 86.67% at week 14, 80% at week 30 and 82.22% at week 54 in ADA group. In IFX group, 65%, 62.5% and 65%, respectively, with significate difference only at week 14 (p = 0.02). Endoscopic response rate was 60.61% in patients from ADA group and 85.71% in the IFX group (p = 0.02). Rates of Abstract 6 endoscopic remission were 45.45% and 60%, respectively (p = 0.23). Hospitalizations, surgery, deaths and loss of lost response occurred without significant difference between groups. Conclusions: There were no difference in the clinical response rates between treatments. There was higher rate of clinical remission at week 14 in the ADA group, not sustained in the subsequent weeks. Endoscopic response rate was better in the IFX group. There was no difference in endoscopic remission rate. There were no difference in hospitalization rates, surgeries and deaths, as well as loss of response.
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Diferenciação entre os seios etmoide posterior e esfenoide usando o assoalho medial da órbita como referência : estudo tomográficoMeotti, Camila Degen January 2013 (has links)
Objetivos: Avaliar a diferença de altura entre os assoalhos dos seios etmoide posterior e esfenoide em relação ao assoalho medial da órbita (AMO), com intuito de confirmar esta diferença como ponto de referência para a identificação dos seios posteriores. Além disso, descrever esta diferença em relação ao tipo de pneumatização do seio esfenoide (conchal, pré-selar e selar). Desenho: Estudo transversal. Local de realização: Serviço de Radiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Materiais e Métodos: Análise padronizada e computadorizada de 100 tomografias de seios da face (200 lados), em pacientes maiores de 18 anos. Resultados: A distância vertical (altura) média do AMO até o assoalho do seio etmoide posterior e esfenoide foi de 0,72 ± 1,85mm e 9,48 ± 3,81mm, respectivamente. Não houve diferença estatisticamente significativa quando comparadas em relação ao sexo e ao lado. A pneumatização do seio esfenoide foi do tipo conchal em 1,5% (n = 3), pré-selar em 13,5% (n = 27) e selar em 85% (n = 170), sendo que a distância vertical do AMO até o assoalho do seio esfenoide foi de 2,04 ± 0,81 nos seios conchais, 5,71 ± 2,49 nos pré-selares e 10,21 ± 3,52 nos selares. Nenhum seio esfenoide apresentou seu assoalho acima do AMO, independente do tipo de pneumatização. Discussão e Conclusão: O presente estudo demonstra a diferença entre o assoalho dos seios esfenoidais e etmoidais posteriores em adultos, o que é mais evidente quando o seio esfenoidal é bem pneumatizado. Estes dados sugerem que a diferença de altura entre o assoalho dos seios em questão pode ser considerada durante a cirurgia endoscópica para orientar a localização adequada, mas o cirurgião deve estar ciente do tipo de pneumatização do seio esfenoidal ao usar este ponto de referência.
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Ovariectomia laparoscópica com extração ovariana por N.O.T.E.S transvaginal em éguas hígidas / Laparoscopic ovariectomy with ovarian extraction through transvaginal N.O.T.E.S. in healthy maresMoraes, Bárbara Alibio January 2017 (has links)
Nos últimos anos a técnica de laparoscopia vem ganhando espaço na espécie equina. Recentemente a Cirurgia Endoscópica Transluminal por Orifícios Naturais (NOTES) também vem sendo adaptada para uso em equinos. A técnica de NOTES transvaginal inclui benefícios como acesso a ambos os lados da cavidade por incisão única, menor trauma cirúrgico e retorno precoce ao exercício. Este trabalho tem como objetivo avaliar a viabilidade do acesso laparoscópico pelos flancos associado ao acesso NOTES transvaginal e de pinça de apreensão bipolar de 6 cm de extremidade na realização de ovariectomias em éguas hígidas. Foram utilizadas 6 éguas, com idade entre 7 e 20 anos e peso médio de 300kg. Nas três primeiras éguas foi utilizada a pinça de 2 cm de extremidade para cauterização do mesovário e nas últimas três éguas, a pinça de 6 cm de extremidade. Todas submetidas a jejum alimentar de 24h a 30h, com água ad libitum. Foram sedadas com cloridrato de detomidina (0,02 mg/kg) por via intravenosa, com suplementação, quando necessária, com metade da dose inicial (0,01 mg/kg). O bloqueio da região paralombar foi realizado com cloridrato de lidocaína 2% nos pontos de acesso dos portais. Todas receberam bloqueio epidural com lidocaína 2%. Uma colpotomia foi realizada 1 cm dorsal à cérvix, para introdução do endoscópio flexível. O acesso laparoscópico, nas primeiras três éguas foi através de três portais de trabalho pelo flanco, já nas três últimas foram apenas dois. Os ovários foram removidos pelo acesso NOTES transvaginal auxiliado pela mão de um cirurgião. As éguas tiveram boa recuperação, sem problemas pós-operatórios significativos. A pinça desenvolvida para o experimento mostrou-se alternativa excelente para a coagulação do mesovário e o acesso laparoscópico pelo flanco associado ao acesso NOTES transvaginal mostrou-se viável para realização das ovariectomias em éguas hígidas. / In the past years, laparoscopic technique has been gaining ground in equine species. Recently, Natural Orifice Transluminal Endoscopic Surgery (NOTES) has also being adapted to be used in horses. Transvaginal NOTEs technique includes benefits, such as access to both sides of the cavity through a single incision, less surgical trauma and early return to exercise. This study has the purpose to assess the laparoscopic access feasibility through the flanks associated with transvaginal NOTES and 6 cm end bipolar grasping tweezers when performing ovariectomies in healthy mares. We used 6 mares, aged between 7 and 20 years and average weight of 300 kg. Two-centimeter end tweezers were used in the first three mares to cauterize the mesovarium and the 6-cm end tweezers were used in the last three mares. All mares were subjected to fastening of 24-30 h, with water ad libitum. They were sedated with detomidine hydrochloride (0.02 mg/kg) intravenously, with supplementation, when required, with half of the initial dose (0.01 mg/kg). The paralumbar region block was performed with lidocaine hydrochloride 2% on portal access points. All of them received epidural blocks with lidocaine 2%. A colpotomy was performed 1 cm dorsal to the cervix to insert a flexible endoscope. The laparoscopic access, in the first 3 mares, was performed through 3 working portals through the flank; now in the last 3 mares only 2 working portals were performed. The ovaries were removed through transvaginal NOTES access assisted by the hand of a surgeon. The mares recovered well, without significant post-operatory issues. The tweezers designed for the experiment have shown to be an excellent alternative for mesovarium coagulation and laparoscopic access through the flank and combined with transvaginal NOTES access it was showed to be feasible to perform ovariectomies in healthy mares.
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Estudo dos tipos de inserção superior do processo uncinado do osso etmoidal por tomografia computadorizadaNetto, Bruno January 2013 (has links)
Objetivo: a inserção superior do processo uncinado (ISPU) é um ponto de referência importante no recesso nasofrontal, mas seu padrão anatômico de distribuição ainda não foi bem estabelecido. O objetivo deste estudo é avaliar os tipos de ISPU por meio da tomografia computadorizada e avaliar a associação entre a drenagem do seio frontal e os tipos de ISPU. Metodologia: estudo transversal retrospectivo realizado no Serviço de Radiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram analisadas tomografias de seios paranasais de pacientes maiores de 18 anos, sem história de cirurgia nassosinusal, fratura craniofacial, neoplasia maligna ou malformação craniofacial Resultados: foram avaliados 152 exames, totalizando 304 lados analisados. A ISPU foi adequadamente identificada em 292 lados (96%). Foram evidenciados 6 tipos de ISPU: em lâmina papirácea ou célula etmoidal anterior (193; 63,48%); na concha média (19; 6,25%); na base do crânio (19; 6,25%); na lâmina papirácea e na concha média (29; 9,53%); na lâmina papirácea e na base do crânio (29; 9,53%); na base do crânio e na concha média (3; 0,98%). Conclusão: a ISPU apresenta grande variabilidade, mas está em contato direto ou indireto com a lâmina papirácea em 82,5% dos casos. Este padrão anatômico é determinante na drenagem do seio frontal.
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Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica versus ecoendoscopia no diagnóstico anatomopatológico da estenose biliar com suspeita de origem maligna: estudo comparativo prospectivo / Endoscopic retrograde cholangiopancreatography versus endoscopic ultrasound for tissue diagnosis of malignant biliary stricture: a prospective comparative studyDiogo Turiani Hourneaux de Moura 18 September 2017 (has links)
Introdução: As estenoses biliares são sempre desafiadoras, tanto no diagnóstico como na conduta terapêutica aplicada, seja ela curativa ou paliativa. A obtenção de espécimes se faz necessária uma vez que muitas doenças benignas mimetizam as neoplasias biliopancreáticas, tornando o diagnóstico anatomopatológico fundamental. Apesar da baixa acurácia, a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é o método tradicionalmente utilizado para diagnosticar estenoses biliares por meio do escovado citológico e da biópsia transpapilar. Por outro lado, diversos estudos têm reportado acurácia satisfatória da ecoendoscopia com punção aspirativa com agulha fina (EE-PAAF). Este estudo propõe comparar prospectivamente esses métodos no diagnóstico anatomopatológico da estenose biliar com suspeita de origem maligna. Métodos: Após a realização do cálculo amostral, 50 pacientes com estenoses biliares com suspeita maligna foram submetidos à CPRE com escovado citológico e biópsia transpapilar e à EE-PAAF durante a mesma sedação ou com intervalo máximo de sete dias. O padrão-ouro do resultado anatomopatológico dos métodos foram a cirurgia e o seguimento clínico por pelo menos seis meses. Foram avaliados os índices de acurácia (sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo, razão de verossimilhança positiva e negativa e acurácia), de concordância e as complicações entre os métodos, além da realização de subanálises, incluindo avaliação de técnicas, localização anatômica e tamanho da lesão. Resultados: O diagnóstico anatomopatológico obtido na associação dos dois métodos nos 50 pacientes (26 mulheres e 24 homens, com média de idade de 63,08 anos) foram: 47 malignos, um suspeito para malignidade e dois benignos. O diagnóstico definitivo definido pelo padrão-ouro demonstrou 48 estenoses malignas e duas benignas. O tamanho médio das lesões foi 3,48 cm, sendo 31 lesões extraductais e 19 intraductais, bem como 35 distais e 15 proximais. Na análise por intenção de tratamento, sensibilidade, especificidade e acurácia da EE foram superiores aos resultados da CPRE (93,8%, 100% e 94% contra 60,4%, 100% e 62%, respectivamente) (p = 0,034) com índices de complicações semelhantes. Não houve concordância entre os métodos e a combinação deles aumentou a sensibilidade e acurácia para 97,9% e 98%, respectivamente. Nas subanálises, a EE foi superior à CPRE tanto nas lesões extraductais com acurácia de 100% contra 54,8%, p=0,019, quanto nas lesões maiores que 1,5 cm (95,8% contra 61,9%, p=0,031). Entretanto os resultados foram semelhantes nas lesões intraductais e nas menores que 1,5 cm. Não houve diferença significativa entre os métodos nas análises de lesões proximais, distais e pancreáticas. Nas subanálises das técnicas empregadas, o escovado citológico e a biópsia transpapilar apresentaram resultados semelhantes entre si, tal como as técnicas de capilaridade e vácuo. Conclusão: A EE-PAAF é superior à CPRE associada ao escovado citológico e à biópsia transpapilar, com índices de complicações semelhantes. Não há concordância entre os métodos e a associação deles aumenta os índices de acurácia. A EE-PAAF é superior à CPRE com obtenção de espécimes na avaliação de lesões extraductais e nas maiores que 1,5 cm e é semelhante nas intraductais e nas menores que 1,5 cm. O escovado citológico e a biópsia transpapilar apresentam resultados semelhantes entre si, tal como as técnicas de capilaridade e vácuo. Não há diferença entre os métodos nas análises individuais de lesões distais, proximais e pancreáticas / Background and Aims: Biliary strictures are always a challenging clinical scenario and the anatomopathological diagnosis is essential in the therapeutic management, whether for curative or palliative purposes. The acquisition of specimens is necessary since many benign diseases mimic biliopancreatic neoplasms. Endoscopic retrograde cholangiopancreatography (ERCP) is the traditionally used method, despite its low accuracy based on biliary brush cytology and forceps biopsy. On the other hand, several studies reported good accuracy rates using endoscopic ultrasound guided-fine needle aspiration (EUS-FNA). The aim of this prospective study is to compare the accuracy of EUS and ERCP for tissue sampling of biliary strictures. Methods: After performing the sample calculation, fifty consecutive patients with indeterminate biliary strictures were included to undergo ERCP and EUS procedures on the same sedation or with a maximum interval of 7 days. The gold standard method was surgery or six months\' follow-up. Evaluation of the accuracy indices (sensitivity, specificity, positive and negative predictive value, positive and negative likelihood ratio and accuracy), concordance and adverse events among the methods were performed. Also, subtype analyses of the techniques evaluation, anatomical localization and size of the lesion were included. Results: The final diagnosis reported in 50 patients (26 Female and 24 Male with a mean age of 63.08 years old) was 47 malignant, one suspicious for malignance and two benign lesions. Thirty-one lesions were extraductal and 19 intraductal, 35 were distal and 15 proximal strictures. The mean size of the lesion was 3.48 cm. In the intention-to-treat analysis, the sensibility and accuracy of EUS-FNA were superior than ERCP tissue sampling with biliary brush cytology and intraductal forceps biopsy (93.8%, 94% vs. 60.4%, 62%, respectively) (p=0.034), with similar adverse events. There was no concordance between the methods and combining both methods improved the sensitivity and accuracy for 97.9% and 98%, respectively. In the subtype analyses, the EUS-FNA was superior, with a higher accuracy than ERCP tissue sampling in evaluating extraductal lesions (100% vs. 54.8%, p=0.019) and in those larger than 1.5 cm (95.8% vs. 61.9%, p=0.031), but were similar in evaluating intraductal lesions and lesions smaller than 1.5 cm. There was no significant difference between the methods in the analyses of proximal, distal and pancreatic lesions. In the subtype analyses of the techniques employed, the brush cytology and the intraductal transpapillary biopsy presented similar results, as well as capillary and suction techniques. Conclusion: EUS-FNA is better than ERCP tissue sampling with biliary brush cytology and intraductal forceps biopsy with similar adverse events. There is no concordance between the methods and their association increases the accuracy. EUS-FNA is superior to ERCP tissue sampling in the assessment of extraductal lesions and in those larger than 1.5 cm and similar in the intraductal and in the lesions smaller than 1.5 cm. The brush cytology and intraductal transpapillary biopsy present similar results as well as capillary and suction techniques. There are no differences between methods in individual analyses of distal, proximal and pancreatic lesions
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Avaliação da qualidade de sedação na colangiopancreatografia endoscópica retrógrada comparando dexmedetomidina com propofol associado a fentanilMüller, Suzana January 2008 (has links)
Propofol é amplamente utilizado para sedação consciente durante a colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER) e a dexmedetomidina tem potenciais propriedades sedativas de eficácia equivalente. O objetivo deste estudo foi examinar a hipótese de que dexmedetomidina é tão eficaz quanto propofol combinado com fentanil para promover sedação consciente durante a CPER. Trata-se de um ensaio clínico, randomizado, cego, double-dummy, que abrangeu 26 pacientes adultos, estado físico I-III de acordo com a Sociedade Americana de Anestesiologia. Os pacientes foram randomizados para receber propofol (n = 14) (concentração plasmática alvo de 2 a 4 μg. ml-1) associado a fentanil (1 μg. kg-1) ou dexmedetomidina (n = 12) (1 μg.kg-1 por 10 minutos), seguida de infusão de 0,2 a 0,5 μg.kg-1.min. Sedativos adicionais foram utilizados se não fosse alcançada sedação adequada com a dose máxima permitida. Os desfechos primários foram o nível de sedação mensurado através da Escala Richmond de Agitação-Sedação e a necessidade de sedativos adicionais. Os desfechos secundários foram as variações hemodinâmicas e respiratórias aferidas pela freqüência cardíaca, pressão arterial, saturação de oxigênio, pressão parcial exalada de dióxido de carbono e freqüência respiratória. Quanto à sedação, o risco relativo (RR) foi de 2,71 (IC 95%, 1,31 a 5,61) e o número de pacientes que foi necessário tratar (NNT) foi de 1,85 (IC95%, 1,19 a 4,21) para observar um paciente adicional apenas sonolento, 15 minutos após o início da sedação no grupo dexmedetomidina. Também o RR foi de 9,42 (IC95%, 1,41 a 62,80), e o NNT, de 1,42 (IC 95%, 1,0 a 2,29) para requerer analgesia adicional. Entretanto, no pós-operatório, o grupo dexmedetomidina apresentou maior redução na pressão arterial e na freqüência cardíaca e sobretudo, maior nível de sedação. Dexmedetomidina isolada não foi tão eficaz quanto propofol combinado a fentanil para promover sedação consciente durante a CPER. Além disso, foi associada com maior instabilidade hemodinâmica e tempo de recuperação prolongado. / Propofol is a wildly used therapeutic for conscious sedation during endoscopic retrograde cholangiopancreatography (ERCP), and dexmedetomidine has sedative properties of equivalent efficacy. The aim of this study was to examine the hypothesis that dexmedetomidine is as effective as propofol combined with fentanyl for providing conscious sedation during ERCP. A randomized clinical trial, blind and double-dummy, was conducted where twenty-six adults with physical status I-III according to the American Society of Anesthesiology were studied. Patients were randomized to receive propofol (n= 14) (target plasma concentration ranged from 2 to 4 μg/ mL) combined with fentanyl (1 μg/kg) or dexmedetomidine (n=12) (1 μg/kg over 10 min), followed by 0.2 to 0.5 μg/kg/min. Additional sedatives were used if adequate sedation was not achieved at the maximum dose allowed. The main outcomes were sedation level that was assessed by the Richmond Agitation-Sedation Scale and the demand for additional sedatives. The secondary outcomes were the effects on hemodynamic and respiratory parameters, which included heart rate, blood pressure, oxygen saturation, partial pressure of exhaled carbon dioxide and respiratory rate. In sedation, the relative risk (RR) was 2.71 (95% CI, 1.31 to 5.61) and number of patients needed to treat (NNT) was 1.85 (95% CI, 1.19 to 4.21) to observe one additional patient only drowsiness 15 minutes after beginning of sedation in the dexmedetomidine group. Also, the RR was 9.42 (95% CI, 1.41 to 62.80) and NNT 1.42 (95% CI, 1.0 to 2.29) to require additional analgesic. However, in the postoperative period, the dexmedetomidine group had a greater reduction in blood pressure and heart rate, and especially greater sedation level. Dexmedetomidine alone was not as effective as propofol combined with fentanyl for providing conscious sedation during ERCP. Furthermore, it was associated with more hemodynamic instability and prolonged recovery.
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Diferenciação entre os seios etmoide posterior e esfenoide usando o assoalho medial da órbita como referência : estudo tomográficoMeotti, Camila Degen January 2013 (has links)
Objetivos: Avaliar a diferença de altura entre os assoalhos dos seios etmoide posterior e esfenoide em relação ao assoalho medial da órbita (AMO), com intuito de confirmar esta diferença como ponto de referência para a identificação dos seios posteriores. Além disso, descrever esta diferença em relação ao tipo de pneumatização do seio esfenoide (conchal, pré-selar e selar). Desenho: Estudo transversal. Local de realização: Serviço de Radiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Materiais e Métodos: Análise padronizada e computadorizada de 100 tomografias de seios da face (200 lados), em pacientes maiores de 18 anos. Resultados: A distância vertical (altura) média do AMO até o assoalho do seio etmoide posterior e esfenoide foi de 0,72 ± 1,85mm e 9,48 ± 3,81mm, respectivamente. Não houve diferença estatisticamente significativa quando comparadas em relação ao sexo e ao lado. A pneumatização do seio esfenoide foi do tipo conchal em 1,5% (n = 3), pré-selar em 13,5% (n = 27) e selar em 85% (n = 170), sendo que a distância vertical do AMO até o assoalho do seio esfenoide foi de 2,04 ± 0,81 nos seios conchais, 5,71 ± 2,49 nos pré-selares e 10,21 ± 3,52 nos selares. Nenhum seio esfenoide apresentou seu assoalho acima do AMO, independente do tipo de pneumatização. Discussão e Conclusão: O presente estudo demonstra a diferença entre o assoalho dos seios esfenoidais e etmoidais posteriores em adultos, o que é mais evidente quando o seio esfenoidal é bem pneumatizado. Estes dados sugerem que a diferença de altura entre o assoalho dos seios em questão pode ser considerada durante a cirurgia endoscópica para orientar a localização adequada, mas o cirurgião deve estar ciente do tipo de pneumatização do seio esfenoidal ao usar este ponto de referência.
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Estudo dos tipos de inserção superior do processo uncinado do osso etmoidal por tomografia computadorizadaNetto, Bruno January 2013 (has links)
Objetivo: a inserção superior do processo uncinado (ISPU) é um ponto de referência importante no recesso nasofrontal, mas seu padrão anatômico de distribuição ainda não foi bem estabelecido. O objetivo deste estudo é avaliar os tipos de ISPU por meio da tomografia computadorizada e avaliar a associação entre a drenagem do seio frontal e os tipos de ISPU. Metodologia: estudo transversal retrospectivo realizado no Serviço de Radiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram analisadas tomografias de seios paranasais de pacientes maiores de 18 anos, sem história de cirurgia nassosinusal, fratura craniofacial, neoplasia maligna ou malformação craniofacial Resultados: foram avaliados 152 exames, totalizando 304 lados analisados. A ISPU foi adequadamente identificada em 292 lados (96%). Foram evidenciados 6 tipos de ISPU: em lâmina papirácea ou célula etmoidal anterior (193; 63,48%); na concha média (19; 6,25%); na base do crânio (19; 6,25%); na lâmina papirácea e na concha média (29; 9,53%); na lâmina papirácea e na base do crânio (29; 9,53%); na base do crânio e na concha média (3; 0,98%). Conclusão: a ISPU apresenta grande variabilidade, mas está em contato direto ou indireto com a lâmina papirácea em 82,5% dos casos. Este padrão anatômico é determinante na drenagem do seio frontal.
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Laparoscopia diagnóstica y quirúrgica en el dolor pélvico crónico en el Hospital de EsSalud Angamos 2001-2005Camayo Malpartida, Jorge Luis January 2006 (has links)
El estudio determina las principales causas de dolor pélvico crónico en mujeres intervenidas laparoscopicamente en el Hospital EsSalud Angamos en el período comprendido entre enero 2001 - diciembre 2005. Para ello, se revisó 236 historias clínicas de los cuales 218 cumplieron con los criterios de inclusión. Entre los resultados se encontró que los diagnósticos laparoscópicos mas frecuentes encontrados fueron el síndrome adherencial y la endometriosis. Asimismo, la adhesiolisis fue el procedimiento quirúrgico mas frecuente. El dolor pélvico crónico puede ocurrir en pacientes en edad promedio de 33 años y la evolución del dolor en seis meses va en disminución en comparación a la evaluación del dolor al mes del procedimiento. / Tesis
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