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Práticas de enfermeiras da USF Jardim Boa Vista: em pauta a participação social / Nurses practices at the Jd. Boa Vista family health unit: addressing social participation

Silva, Barbara Ribeiro Buffette 19 December 2012 (has links)
O objeto deste estudo são as práticas que favorecem a participação social, realizadas por enfermeiros na Atenção Básica, em Unidade de Saúde da Família (USF). As práticas dos enfermeiros na Atenção Básica têm sido orientadas pelas diretrizes das políticas públicas de saúde, por isso devem adotar a concepção do processo-saúde doença sancionada no Sistema de Saúde brasileiro, a de que esse processo tem determinantes e condicionantes associados às formas de vida dos indivíduos e grupos sociais. Portanto, as práticas devem ser planejadas para responder necessidades de saúde ampliadas. Contudo, os protocolos que orientam práticas de enfermeiros privilegiam o enfoque da clínica médica, limitando o objeto dessas práticas a agravos e doenças. A literatura registra a descrição de práticas preponderantemente ancoradas nos saberes da clínica médica, centradas em agravos, doenças, processos característicos de determinadas fases da vida; ou seja, práticas que respondem principalmente necessidades de preservação da vida. Defende-se que a inclusão da participação social como uma das finalidades das práticas de saúde permite respostas a necessidades de saúde ampliadas, considerando-se que essa participação está nas raízes das necessidades de saúde, na medida em que possibilita o aprimoramento das condições de reprodução social. Referencial teórico: necessidades de saúde são reconhecidas como necessidades de reprodução social, portanto, determinadas pela inserção social dos indivíduos e grupos sociais, e se conformarão de forma distinta nas diferentes classes sociais. Portanto, necessidades de saúde não são respondidas apenas em serviços de saúde. Para respondê-las é necessário que se considere as necessidades de reprodução social - originadas nas formas de trabalhar e de viver, que estão na base dos processos saúde-doença; a necessidade da presença do Estado, que garante direitos para viabilizar respostas a necessidades de reprodução social e as necessidades de participação social, que possibilitam colocar em jogo necessidades acima de interesses, possibilitando o aprimoramento das necessidades de reprodução social. Participação neste estudo é compreendida como processos de lutas sociais voltadas para a transformação de condições da realidade social, de carência econômica e/ou opressão sociopolítica e cultural. Objetivo geral: apreender características das práticas operacionalizadas por enfermeiros, na AB, que tenham como uma das finalidades o estímulo à participação social de usuários do serviço e de grupos sociais. Objetivos específicos: identificar as práticas realizadas por enfermeiros de uma USF; identificar e analisar as práticas realizadas por enfermeiros que favorecem mobilização e participação social; analisar as práticas que efetivam a participação social, realizadas por enfermeiros. Finalidade: subsidiar as práticas de saúde na AB, com ênfase nas do enfermeiro, para que sejam operacionalizadas como respostas a necessidades de saúde ampliadas. Procedimentos metodológicos: estudo qualitativo, do tipo estudo de caso, realizado em uma USF da Supervisão de Saúde do Butantã com todos os enfermeiros que atuavam na Estratégia de Saúde da Família. Primeiro foram realizadas entrevistas e depois observação participante de práticas que favoreciam a participação social. Necessidades de saúde e participação social foram as categorias analíticas. O projeto foi aprovado por Comitês de Ética em Pesquisa e respeitou os preceitos éticos recomendados. Resultados: Foram identificadas, nos processos de trabalho de enfermeiras da USF, práticas pautadas na concepção dos determinantes sociais do processo saúde-doença; portanto, práticas ampliadas, tanto voltadas a atendimento individual ao usuário quanto ao coletivo, a grupos sociais. Essas práticas incorporavam a associação entre condições de reprodução social e processos saúde-doença; ou seja, respondiam a necessidades de saúde ampliadas, para além daquelas concretizadas no corpo bio-psíquico. Ao construir com os sujeitos do cuidado a compreensão desse nexo, essas práticas possibilitavam a mobilização, inerente à participação social, com vistas ao aprimoramento das condições de trabalho e vida e, consequentemente, de saúde. Portanto, os espaços de respostas a necessidades de saúde ampliadas não eram restritos ao cuidado individual e os de mobilização para a participação social não eram restritos, nem exclusivos do Conselho Gestor. Essas práticas participativas estavam incorporadas nos processos de trabalho das enfermeiras da USF; portanto, legitimadas pela gerente da USF, também enfermeira, em sintonia com características de gestão democrática dessa USF. Considerações finais: para que as práticas de saúde respondam a necessidades de saúde, a participação social deve ser incorporada às finalidades dos processos de trabalho de todos os trabalhadores de saúde. Acredita-se que essa é a forma de garantir que as necessidades de saúde dos moradores sejam reconhecidas e possam ser tomadas como objeto, não só dos processos de trabalho da USF, mas também dos processos de participação social, uma vez que essa participação possibilita a modificação da realidade concreta dos grupos sociais, pela via do aprimoramento das condições de reprodução social que estão, por sua vez, nas raízes das necessidades de saúde. No entanto, esse processo deve ser reconhecido pelos trabalhadores, a começar pela gerência dos serviços, para não serem esporádicos, eventuais. / The objects of the present study are the practices that favor social participation, performed by primary health care nurses working in Family Health Units (FHU). Primary health nurses practices have been guided by public health policies, and should, therefore, adopt the concept of the health-diseases process as sanctioned by the national health system, which states that there are determining and conditioning factors associated with the life styles of individuals and social groups. For this reason, nurses must plan their practices aiming to meet broader health needs. However, the protocols guiding nurses practices focus mainly on clinical medicine, thus limiting the objects of these practices to illness and disease. Literature records the description of practices based predominantly on clinical medicine knowledge, centered on illness, disease, and processes characteristic of specific life phases; i.e., practices that meet mainly the needs for the preservation of life. It is believed that including social participation as one of the goals of health care would allow achieving responses for the broader health needs, since that participation stands in the roots of health needs, as it permits to enhance the conditions of social reproduction. Theoretical framework: health needs are recognized as the needs of social reproduction, hence, they are determined by the social insertion of individuals and social groups, and will emerge in different ways in the different social classes. Therefore, health needs are not met exclusively at health services. In order to meet health needs, it is necessary to consider the needs of social reproduction which originate in the different ways of working and living, and stand at the basis of health-diseases processes; the need for the presence of the State, which assures the rights to meeting the needs of social reproduction and of social participation, which permit to attend to needs before interests, thus allowing an enhancement of the social reproduction needs. Participating in this study is understood as the processes of social battles aimed at transforming the conditions of social reality, economic needs and/or sociopolitical and cultural oppression. Overall objective: to identify the characteristics of the practices conducted by primary health care nurses, which aim to encourage the social participations of patients and social groups. Specific objectives: to identify the practices conducted by the nurses of a FHU; identify and analyze the nurses practices that benefit mobilization and social participation; analyze the nurses practices that make social participation effective. Purpose: to support primary health care practices, focused on nurses practices, so they are conducted as responded to broader health needs. Methodological procedures: qualitative case study, performed with all nurses working with Family Health Strategy at the FHU of the Butantã Health Division. First, interviews were conducted. After, were made the participant observation of practices that favor social participation. Health needs and social participation were the analytical categories. The project was approved by Research Ethics Committees and complied with all ethical principles. Results: It was identified, in the FHU nurses working processes, practices based on the concept of the social determinants of the health-disease process; hence, broader practices, aiming at the health care to individuals as well as to social groups. Those practices incorporated the association between the conditions of social reproduction and health-disease processes; in other words, they answered broader health needs, beyond those of the bio-psyche-body. By achieving an understanding of that nexus with the subjects of care, those practices allowed for mobilization, inherent to social participation, with a view to improving ones work, life, and, thus, health conditions. Therefore, the spaces for answering broader health needs were not restricted to individual care, and those of mobilization for social participation were not restricted nor exclusive of the Administration Committee. These participative practices were incorporated in the working processes of FHU nurses; however, legitimated by the FHU manager, who was also a nurse, in harmony with the characteristics of the democratic administration of the referred FHU. Final remarks: in order for health practices to meet health needs, social participation must be incorporated to the purposes of the working processes of all health care workers. This is the way of assuring that the health needs of the local population will be recognized and made the object not only of the work at the FHU, but also of processes of social participation, as the latter allows making a change in the concrete reality of the social groups, by improving the conditions of social reproduction, which, on their hand, stand within the roots of the health needs. Nevertheless, workers, particularly and firstly the management, must acknowledge that process, so it does not become periodic, sporadic.
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Retardo do diagnóstico da tuberculose em pessoas idosas: discursos de enfermeiros assistenciais

Trigueiro , Janaína Von Söhsten 12 December 2016 (has links)
Submitted by Fernando Souza (fernandoafsou@gmail.com) on 2017-09-18T10:58:59Z No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1862028 bytes, checksum: e864cca28dbb462f7062ad7499a82262 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-18T10:58:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1862028 bytes, checksum: e864cca28dbb462f7062ad7499a82262 (MD5) Previous issue date: 2016-12-12 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Introduction: The permanence of tuberculosis (TB) is continuous, and the early detection of cases is essential for the successful reach of its control. However, it is noted that the lack of agility in the diagnosis stands out as one of the great challenges of management as well as for health workers in reducing the incidence of the disease in Brazil. Among the most vulnerable demands, it is imperative to think of elderly users, because the diversity of factors that are inherent to them is even more important to be considered, as the problem of delayed diagnosis is aggravated when associated with patients at more advanced ages. Objective: To analyse the causes of delayed diagnosis of TB in the elderly, based on the effects of senses contained in the speeches of nursing assistants in João Pessoa-PB. Method: A qualitative study that had as theoretical-methodological contribution the Discourse Analysis of French slope, focusing on the principle of integrality and the thought of the Levinasian Alterity. Held between October 2015 and February 2016, it had as collaborators 17 assisting nurses working in the Family Health Strategy of the city of João Pessoa-PB and in the Clementino Fraga Hospital Complex. The project was submitted and approved by the Research Ethics Committee of the Centro de Ciências da Saúde of Universidade Federal da Paraíba under protocol number 0461/13 and CAAE nº 15845613.1.0000.5188. Results: The effects of mobilized senses explained the integral care that the biomedical model prevails, but there is an attempt to break its hegemony, based on humanized actions. Regarding the causes of delayed diagnosis of TB in the elderly, the subjects evidenced a diversity of factors that directly and indirectly influence the diagnostic slowness. Among them, the biological issues of the elderly, the socio-historical prejudice of the disease and the frailties of the work process developed in the three levels of attention to health were highlighted. Conclusion: Based on the plurality of meanings that involve the elderly with TB as well as their inexhaustible subjectivity, it is imperative that RAS offers a structure that meets the diversity of needs that are peculiar to them. The care must be simultaneously individual and collective, having as pillar the union of the integrality and the Alterity. / Introducción: La persistencia de la tuberculosis (TB) es continua, y la detección precoz de los casos esenciales para la exitosa gama de su control. Sin embargo, se observa que la falta de agilidad en el diagnóstico se destaca como uno de los grandes retos de la gestión y los trabajadores de la salud en la reducción de la incidencia de la enfermedad en Brasil. Entre las demandas más vulnerables, es imperativo pensar en los usuarios de edad avanzada, debido a la diversidad de factores que son inherentes a ellos es aún más importante a considerar, ya que el retraso de diagnóstico problema se agrava cuando se asocia a los pacientes en edades más avanzadas. Objetivo: Analizar las causas del retraso del diagnóstico de tuberculosis en personas de edad avanzada de los efectos de significados contenidos en los discursos de las enfermeras clínicas de João Pessoa-PB. Método: Este estudio cualitativo tuvo como soporte teórico y metodológico de la parte francesa de Análisis del Discurso, apoyándose en el principio de la integralidad y el pensamiento de Levinas Otredad. Celebrado entre los meses de octubre 2015-febrero 2016, hemos tenido como colaboradores 17 enfermeras clínicas que trabajan en la Estrategia Salud de la Familia en la ciudad de João Pessoa-PB y Clementino Fraga Complejo Hospitalario. El proyecto fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación de la Universidad Federal de Paraíba Centro de Ciencias de la Salud bajo el protocolo nº 0461/13 y CAAE Sin 15845613.1.0000.5188. Resultados: Los efectos de los sentidos movilizados hicieron explícito en cuanto a la atención integral, el modelo biomédico que predomina, pero no romper el intento de su hegemonía de acciones humanizadas. En cuanto a las causas del retraso en el diagnóstico de la tuberculosis en los sujetos de edad avanzada mostraron una variedad de factores que influyen directa e indirectamente en los retrasos de diagnóstico. Entre ellos se destacaban los aspectos biológicos de las personas mayores, el sesgo histórico-social de la enfermedad y las debilidades del proceso de trabajo desarrollado en tres niveles de atención de la salud. Conclusión: En base a la pluralidad de significados que implican pacientes de edad avanzada con la tuberculosis, así inagotable en su subjetividad, es imperativo que el RAS oferte una estructura que satisface las diversas necesidades que le son propias. La precaución debe ser a la vez individual y colectiva, y como elemento clave de la integridad y la unión Otredad. / Introdução: A permanência da tuberculose (TB) é contínua, sendo a detecção precoce dos casos essencial para o alcance exitoso do seu controle. Contudo, nota-se que a falta de agilidade no diagnóstico se sobressai como um dos grandes desafios da gestão bem como dos trabalhadores de saúde na redução da incidência da doença no Brasil. Dentre as demandas mais vulneráveis, é imperativo pensar nos usuários idosos, pois a diversidade de fatores que lhes são inerentes é ainda mais importante ser considerada, já que o problema do retardo ao diagnóstico se agrava quando associado aos doentes em idades mais avançadas. Objetivo: Analisar as causas do retardo do diagnóstico da TB em pessoas idosas a partir dos efeitos de sentidos contidos nos discursos dos enfermeiros assistenciais de João Pessoa-PB. Método: Estudo qualitativo que teve como aporte teórico-metodológico a Análise de Discurso de vertente francesa, debruçando-se no princípio da integralidade e no pensamento da Alteridade levinasiana. Realizado entre os meses de outubro de 2015 a fevereiro de 2016, teve como colaboradores 17 enfermeiros assistenciais atuantes na Estratégia de Saúde da Família do município de João Pessoa-PB e no Complexo Hospitalar Clementino Fraga. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba sob o nº de protocolo 0461/13 e CAAE nº 15845613.1.0000.5188. Resultados: Os efeitos de sentidos mobilizados explicitaram quanto ao cuidado integral, que o modelo biomédico predomina, porém há a tentativa de quebra da sua hegemonia, a partir de ações humanizadas. Em relação às causas do atraso do diagnóstico da TB nos idosos, os sujeitos evidenciaram uma diversidade de fatores que influenciam direta e indiretamente na morosidade diagnóstica. Dentre eles, destacaram-se as questões biológicas do idoso, o preconceito sócio-histórico da doença e as fragilidades do processo de trabalho desenvolvido nos três níveis de atenção à saúde. Conclusão: Baseando-se na pluralidade de sentidos que envolvem o idoso com TB bem como na sua subjetividade inesgotável, é imperativo que a RAS oferte dispositivos estruturais e processuais a fim de atender a diversidade de necessidades que lhes são peculiares. O cuidado deve ser simultaneamente, individual e coletivo, tendo como pilar a união da integralidade e a Alteridade.
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Práticas de enfermeiras da USF Jardim Boa Vista: em pauta a participação social / Nurses practices at the Jd. Boa Vista family health unit: addressing social participation

Barbara Ribeiro Buffette Silva 19 December 2012 (has links)
O objeto deste estudo são as práticas que favorecem a participação social, realizadas por enfermeiros na Atenção Básica, em Unidade de Saúde da Família (USF). As práticas dos enfermeiros na Atenção Básica têm sido orientadas pelas diretrizes das políticas públicas de saúde, por isso devem adotar a concepção do processo-saúde doença sancionada no Sistema de Saúde brasileiro, a de que esse processo tem determinantes e condicionantes associados às formas de vida dos indivíduos e grupos sociais. Portanto, as práticas devem ser planejadas para responder necessidades de saúde ampliadas. Contudo, os protocolos que orientam práticas de enfermeiros privilegiam o enfoque da clínica médica, limitando o objeto dessas práticas a agravos e doenças. A literatura registra a descrição de práticas preponderantemente ancoradas nos saberes da clínica médica, centradas em agravos, doenças, processos característicos de determinadas fases da vida; ou seja, práticas que respondem principalmente necessidades de preservação da vida. Defende-se que a inclusão da participação social como uma das finalidades das práticas de saúde permite respostas a necessidades de saúde ampliadas, considerando-se que essa participação está nas raízes das necessidades de saúde, na medida em que possibilita o aprimoramento das condições de reprodução social. Referencial teórico: necessidades de saúde são reconhecidas como necessidades de reprodução social, portanto, determinadas pela inserção social dos indivíduos e grupos sociais, e se conformarão de forma distinta nas diferentes classes sociais. Portanto, necessidades de saúde não são respondidas apenas em serviços de saúde. Para respondê-las é necessário que se considere as necessidades de reprodução social - originadas nas formas de trabalhar e de viver, que estão na base dos processos saúde-doença; a necessidade da presença do Estado, que garante direitos para viabilizar respostas a necessidades de reprodução social e as necessidades de participação social, que possibilitam colocar em jogo necessidades acima de interesses, possibilitando o aprimoramento das necessidades de reprodução social. Participação neste estudo é compreendida como processos de lutas sociais voltadas para a transformação de condições da realidade social, de carência econômica e/ou opressão sociopolítica e cultural. Objetivo geral: apreender características das práticas operacionalizadas por enfermeiros, na AB, que tenham como uma das finalidades o estímulo à participação social de usuários do serviço e de grupos sociais. Objetivos específicos: identificar as práticas realizadas por enfermeiros de uma USF; identificar e analisar as práticas realizadas por enfermeiros que favorecem mobilização e participação social; analisar as práticas que efetivam a participação social, realizadas por enfermeiros. Finalidade: subsidiar as práticas de saúde na AB, com ênfase nas do enfermeiro, para que sejam operacionalizadas como respostas a necessidades de saúde ampliadas. Procedimentos metodológicos: estudo qualitativo, do tipo estudo de caso, realizado em uma USF da Supervisão de Saúde do Butantã com todos os enfermeiros que atuavam na Estratégia de Saúde da Família. Primeiro foram realizadas entrevistas e depois observação participante de práticas que favoreciam a participação social. Necessidades de saúde e participação social foram as categorias analíticas. O projeto foi aprovado por Comitês de Ética em Pesquisa e respeitou os preceitos éticos recomendados. Resultados: Foram identificadas, nos processos de trabalho de enfermeiras da USF, práticas pautadas na concepção dos determinantes sociais do processo saúde-doença; portanto, práticas ampliadas, tanto voltadas a atendimento individual ao usuário quanto ao coletivo, a grupos sociais. Essas práticas incorporavam a associação entre condições de reprodução social e processos saúde-doença; ou seja, respondiam a necessidades de saúde ampliadas, para além daquelas concretizadas no corpo bio-psíquico. Ao construir com os sujeitos do cuidado a compreensão desse nexo, essas práticas possibilitavam a mobilização, inerente à participação social, com vistas ao aprimoramento das condições de trabalho e vida e, consequentemente, de saúde. Portanto, os espaços de respostas a necessidades de saúde ampliadas não eram restritos ao cuidado individual e os de mobilização para a participação social não eram restritos, nem exclusivos do Conselho Gestor. Essas práticas participativas estavam incorporadas nos processos de trabalho das enfermeiras da USF; portanto, legitimadas pela gerente da USF, também enfermeira, em sintonia com características de gestão democrática dessa USF. Considerações finais: para que as práticas de saúde respondam a necessidades de saúde, a participação social deve ser incorporada às finalidades dos processos de trabalho de todos os trabalhadores de saúde. Acredita-se que essa é a forma de garantir que as necessidades de saúde dos moradores sejam reconhecidas e possam ser tomadas como objeto, não só dos processos de trabalho da USF, mas também dos processos de participação social, uma vez que essa participação possibilita a modificação da realidade concreta dos grupos sociais, pela via do aprimoramento das condições de reprodução social que estão, por sua vez, nas raízes das necessidades de saúde. No entanto, esse processo deve ser reconhecido pelos trabalhadores, a começar pela gerência dos serviços, para não serem esporádicos, eventuais. / The objects of the present study are the practices that favor social participation, performed by primary health care nurses working in Family Health Units (FHU). Primary health nurses practices have been guided by public health policies, and should, therefore, adopt the concept of the health-diseases process as sanctioned by the national health system, which states that there are determining and conditioning factors associated with the life styles of individuals and social groups. For this reason, nurses must plan their practices aiming to meet broader health needs. However, the protocols guiding nurses practices focus mainly on clinical medicine, thus limiting the objects of these practices to illness and disease. Literature records the description of practices based predominantly on clinical medicine knowledge, centered on illness, disease, and processes characteristic of specific life phases; i.e., practices that meet mainly the needs for the preservation of life. It is believed that including social participation as one of the goals of health care would allow achieving responses for the broader health needs, since that participation stands in the roots of health needs, as it permits to enhance the conditions of social reproduction. Theoretical framework: health needs are recognized as the needs of social reproduction, hence, they are determined by the social insertion of individuals and social groups, and will emerge in different ways in the different social classes. Therefore, health needs are not met exclusively at health services. In order to meet health needs, it is necessary to consider the needs of social reproduction which originate in the different ways of working and living, and stand at the basis of health-diseases processes; the need for the presence of the State, which assures the rights to meeting the needs of social reproduction and of social participation, which permit to attend to needs before interests, thus allowing an enhancement of the social reproduction needs. Participating in this study is understood as the processes of social battles aimed at transforming the conditions of social reality, economic needs and/or sociopolitical and cultural oppression. Overall objective: to identify the characteristics of the practices conducted by primary health care nurses, which aim to encourage the social participations of patients and social groups. Specific objectives: to identify the practices conducted by the nurses of a FHU; identify and analyze the nurses practices that benefit mobilization and social participation; analyze the nurses practices that make social participation effective. Purpose: to support primary health care practices, focused on nurses practices, so they are conducted as responded to broader health needs. Methodological procedures: qualitative case study, performed with all nurses working with Family Health Strategy at the FHU of the Butantã Health Division. First, interviews were conducted. After, were made the participant observation of practices that favor social participation. Health needs and social participation were the analytical categories. The project was approved by Research Ethics Committees and complied with all ethical principles. Results: It was identified, in the FHU nurses working processes, practices based on the concept of the social determinants of the health-disease process; hence, broader practices, aiming at the health care to individuals as well as to social groups. Those practices incorporated the association between the conditions of social reproduction and health-disease processes; in other words, they answered broader health needs, beyond those of the bio-psyche-body. By achieving an understanding of that nexus with the subjects of care, those practices allowed for mobilization, inherent to social participation, with a view to improving ones work, life, and, thus, health conditions. Therefore, the spaces for answering broader health needs were not restricted to individual care, and those of mobilization for social participation were not restricted nor exclusive of the Administration Committee. These participative practices were incorporated in the working processes of FHU nurses; however, legitimated by the FHU manager, who was also a nurse, in harmony with the characteristics of the democratic administration of the referred FHU. Final remarks: in order for health practices to meet health needs, social participation must be incorporated to the purposes of the working processes of all health care workers. This is the way of assuring that the health needs of the local population will be recognized and made the object not only of the work at the FHU, but also of processes of social participation, as the latter allows making a change in the concrete reality of the social groups, by improving the conditions of social reproduction, which, on their hand, stand within the roots of the health needs. Nevertheless, workers, particularly and firstly the management, must acknowledge that process, so it does not become periodic, sporadic.
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A motivação do enfermeiro para a realização do mestrado e sua relação com o desenvolvimento profissional

Ferreira, Rejane Eleuterio January 2015 (has links)
Submitted by Fabiana Gonçalves Pinto (benf@ndc.uff.br) on 2016-10-24T17:13:05Z No. of bitstreams: 1 Rejane Eleuterio Ferreira.pdf: 2327614 bytes, checksum: 3ff8450c1903bcfdfd6a66f0c7cca86b (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-24T17:13:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rejane Eleuterio Ferreira.pdf: 2327614 bytes, checksum: 3ff8450c1903bcfdfd6a66f0c7cca86b (MD5) Previous issue date: 2015 / Mestrado Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde / O mestrado é o primeiro nível de acesso do profissional à formação acadêmica stricto sensu. Por esta razão, consideramos fundamental estudar as motivações pessoais dos profissionais de enfermagem nos processos condutores à pós-graduação. São muitos os fatores que podem motivar o enfermeiro a cursar a pós-graduação e conhecê-los permitirá avançar a qualificação desses profissionais. O presente estudo buscou descrever as motivações dos enfermeiros para realizar o curso de mestrado acadêmico/ profissional e sua relação com a ascensão/ autonomia profissional. Objetivos: Identificar as motivações do enfermeiro para realizar o curso de mestrado acadêmico/profissional; Relacionar as motivações do enfermeiro para realizar o mestrado acadêmico/profissional com a ascensão/autonomia profissional, o reconhecimento social, o compromisso social e a cientificidade da profissão; Comparar as motivações para realizar o curso de mestrado entre os enfermeiros que realizam Mestrado Acadêmico e os que realizam Mestrado Profissional; Discutir as motivações do enfermeiro para realizar o mestrado acadêmico/profissional à luz da perspectiva crítica-humanística. Metodologia: foi utilizado o método descritivo-exploratório, de abordagem quantitativa e qualitativa. Realizado em quatro universidades públicas que oferecem curso de Mestrado Acadêmico e ou Profissional em Enfermagem, do Rio de Janeiro, sendo estas a Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade do Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Os sujeitos deste estudo foram os enfermeiros que cursam o mestrado nas quatro universidades. Os aspectos referentes a coletas de dados envolveram os seguintes instrumentos: questionário de caracterização socioeconômica e grupo focal. Foram aplicados 126 questionários em alunos do Mestrado Acadêmico e 50 questionários em alunos do Mestrado Profissional, perfazendo um total de 176 questionários, superando o erro amostral de 0,08 (8%), com 95% de confiança. O grupo focal contou com 12 mestrandos da EEAAC-UFF, sendo que 8 (oito) eram alunos do Mestrado Profissional e 4 (quatro) do Mestrado Acadêmico. A análise dos dados quantitativos foi feita no programa estatístico BioEstart 5.3, utilizando o Teste Qui-quadrado de tendência linear, ao nível de significância estatística de 5% (p ≤ 0.05). Os dados qualitativos, coletados no grupo focal, foram descritos e os discursos dos participantes foram transcritos e processados no software IRAMUTEQ. Dentre os tipos de análises viabilizadas pelo programa, foram utilizadas a análise de similitude, nuvem de palavras e a classificação hierárquica descendente (CDH). A análise e a discussão dos dados na abordagem quantitativa foram realizadas em 6 (seis) categorias, já a análise e a discussão dos dados na abordagem qualitativa foi feita em 4 (quatro) categorias. Resultado: Os resultados quantitativos possibilitou conhecer o perfil dos alunos, no qual revelou a forte presença das mulheres no mestrado. Observou-se que os profissionais mais jovens de idade e mais jovens na profissão, optam pelo mestrado acadêmico, enquanto no mestrado profissional o perfil dos alunos é o oposto. Verificou-se que o incentivo do aluno ainda no inicio da graduação a atividades acadêmicas ligada a investigações científicas é um potencial motivador para o aluno ingressar no mestrado, confirmando estudos anteriores que ja haviam revelado esse dado. A principal motivação dos enfermeiros para ingressar no mestrado esta na busca por novos conhecimentos. Os resultados qualitativos confirmaram o que o interesse pelos novos conhecimento foi que mais motivou esses alunos. A realização do mestrado representa um sonho idealizado por esses alunos, sendo representado com uma conquista profissional. Fatores relacionados ao capitalismos foram entendidos como consequência advindas do das conquistas referente aos saberes desenvolvidos no mestrado, sendo os interesses críticos humanísticos os principais valores que os mestrandos desejam obter com o mestrado dentre eles a valorização da profissão através da cientificidade, da qualidade, humanização e sistematização da assistência de enfermagem oferecida nos serviço de saúde. Conclusão: Verificou-se que existem enfermeiros interessados em mudar a realidade do serviço de saúde, que desejam, através da pesquisa, encontrar subsídios para o avanço da ciência, da profissão, atendendo às necessidades da população usuária dos serviços de saúde. / The Masters is the first professional level of access to academic strictly training. For this reason, we consider essential to study the personal motivations of nursing professionals in the conductors processes to graduate. There are many factors that can motivate nurses to attend graduate school and meet them will advance the qualification of these professionals. The study aims to describe the motivations of nurses to perform the academic / professional master's degree program and its relationship with the rise / professional autonomy. Objectives: To identify the nurses' motivations to take the course of academic / professional master; Relate the nurse's motivations to make the academic / professional master with the rise / professional autonomy, social recognition, social commitment and the scientific profession; Compare the motivations to do the Master's degree among nurses who perform Academic Master and performing Professional Master; Discuss the nurse's motivations to make the academic / professional master the light of critical-humanistic perspective. Methods: We used the descriptive-exploratory method, quantitative and qualitative approach. Conducted in four public universities that offer Master's course and Academic or Professional Nursing, the Rio de Janeiro, which are the Federal Fluminense University (UFF), Federal University of the Rio de Janeiro (UFRJ), State University of Rio de Janeiro (UERJ) and the Federal University of the State of Rio de Janeiro (UNIRIO). The study subjects were nurses who attend the Masters in four universities. The aspects related to data collection involved the following instruments: socioeconomic characterization questionnaire and focus group. 126 questionnaires were applied to students of the Academic Master and 50 questionnaires in the Professional Master students, a total of 176 questionnaires, exceeding the sampling error of 0.08 (8%), with 95% confidence. The focus group included 12 masters of EEAAC-UFF, and eight (8) were students of the Professional Masters and four (4) of the Academic Master. The analysis of quantitative data was performed using the statistical program BioEstart 5.3, using the chi-square test for linear trend, the level of statistical significance of 5% (p ≤ 0.05). Qualitative data collected in the focus group were described and the speeches of the participants were transcribed and processed in IRAMUTEQ software. Among the types of analyzes made possible by the program, we used the similarity analysis, word cloud and descending hierarchical classification (HRC). The analysis and discussion of the data in quantitative approach were performed in six (6) categories, as the analysis and discussion of the data on the qualitative approach was made in four (4) categories. Result: The quantitative results helped understand the students' profile, which revealed a strong presence of women in the Masters. It was observed that younger professionals of age and younger in the profession, opt for the academic master, while the professional master's student profile is the opposite. It was found that the encouragement of student still at the beginning of the undergraduate academic activities linked to scientific research is a motivating potential for the student to enter the Master, confirming previous studies that had already revealed this information. The main motivation of nurses to enter the master is in the search for new knowledge. The qualitative results confirmed that the interest in new knowledge that was more motivated these students. The completion of the master is a dream conceived by these students, being represented with a professional achievement. Factors related to capitalisms were understood as a consequence arising from the achievements regarding the knowledge developed in the master, with the critical interests humanistic core values that the masters wish to master graduates among them the appreciation of the profession through scientific, quality, and humanization systematization of nursing care offered by the health service. Conclusion: It was found that there are nurses interested in changing the reality of health service they want, through research, find grants for the advancement of science, profession, serving the needs of the user population of health services.
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Violência de gênero contra mulheres profissionais de enfermagem de um hospital geral do município de São Paulo / Gender-violence against female members of the nursing staff in a general hospital in the municipality of São Paulo, Brazil

Oliveira, Ane Rodrigues de 21 September 2007 (has links)
Introdução: Esse estudo investigou a violência de gênero contra mulheres profissionais de enfermagem perpetrada por parceiros íntimos (VPI), familiares e outros agressores. Objetivos: Estimar a ocorrência de violência psicológica, física, sexual; caracterizar os agressores, a busca de ajuda e locais procurados; analisar as diferenças entre enfermeiras e auxiliares/técnicas de enfermagem quanto à freqüência da violência de gênero e verificar a nomeação de violência aos atos de agressão identificados. Métodos: Nesse estudo transversal foram entrevistadas 179 profissionais de 20 a 59 anos (50 enfermeiras e 129 auxiliares/técnicas de enfermagem), utilizando-se um questionário validado e aplicado face a face por entrevistadoras treinadas. Resultados: A VPI foi a mais freqüente (63,7%; IC95%:55,7-70,4) seguida pela violência por outros (45,8%; IC95%:38,3-53,4) perpetrada por pacientes/acompanhantes, colegas de trabalho da área da saúde, estranhos, chefia de enfermagem e conhecidos. A violência por familiares ocupou o terceiro lugar (41,3%; IC95%: 34,0-48,9) e foi cometida, principalmente, por pai, irmãos (homens), tios e primos. Houve importante sobreposição dos tipos de VPI, sendo a forma exclusiva de violência psicológica a mais comum (19,2%), seguida pelas três formas (17,5%) e violência psicológica conjugada à física (14,7%). Auxiliares/técnicas de enfermagem referiram mais VPI que enfermeiras (p<0,05). As profissionais de enfermagem, de forma geral, buscaram pouca ajuda: 20,3% para a violência por outros, 29,3% para a violência por familiares e 29,7% para a VPI. Não perceberam o vivido como violento, 31,9% das entrevistadas. Conclusões: Os elevados índices de violência de gênero identificados evidenciam a presença dessa forma de violência também entre mulheres profissionais de saúde de alta escolaridade. Propõe-se que essa temática seja foco de atenção das equipes supervisoras nos locais de trabalho, através de uma abordagem acolhedora e ética. Sugere-se que o tema seja abordado para a proteção da saúde das profissionais e para uma melhor prática assistencial. / Background: This study investigated gender violence against female nursing staff perpetrated by male intimate partners (IPV), family members and other aggressors. Objectives: To estimate the occurrence of psychological, physical and sexual violence; characterize the aggressors, as well as the attempt to seek help and where it was sought; analyze the differences between nurses and nursing aides/technicians as to the frequency of gender violence and to verify if the acts of aggression are designated as violence. Methods: In this cross sectional study, 179 professionals, aged 20 to 59 years old, were interviewed (50 nurses and 129 nursing aides / nurse technicians). A validated questionnaire was applied in face to face interviews conducted by trained interviewers. Results: IPV was the most frequent form of violence (63.7%; IC95%:55.7-70.4), followed by violence perpetrated by others (45.8% IC95%: 38.3-53.4) including patients and people accompanying them, colleagues within the field of health, chiefs of the nursing staffs, acquaintances and strangers. Family members occupied the third place as aggressors, (41.3%; IC95%:34.0-48.9), and the majority of these were fathers, brothers, uncles and cousins. There was an important amount of overlap of the types of IPV, being that the most common exclusive form was psychological violence (19.2%), followed by psychological, physical and sexual violence in conjunction (17.5%) and then by both psychological and physical violence (14.7%). Nursing aides/ technicians mentioned the occurrence of IPV more frequently than did the nurses (p<0.05). In general, the nursing staff did not seek help frequently: only 20.3% of those who suffered violence from other aggressors, 29.3% from family members and 29.7% from IPV sought help. Those who did not perceive their experience as a form of violence represented 31.9% of the subjects interviewed. Conclusions: The high rates of gender violence identified in this study are evidence of the occurrence of this form of violence among female health professionals with high levels of education. It is suggested that team supervisors be encouraged to focus on this theme in the workplace, addressing it by means of an ethical and supportive approach. By contributing towards the protection of health professional\'s well being, this could also help improve the quality of assistance for which they are responsible.
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Violência de gênero contra mulheres profissionais de enfermagem de um hospital geral do município de São Paulo / Gender-violence against female members of the nursing staff in a general hospital in the municipality of São Paulo, Brazil

Ane Rodrigues de Oliveira 21 September 2007 (has links)
Introdução: Esse estudo investigou a violência de gênero contra mulheres profissionais de enfermagem perpetrada por parceiros íntimos (VPI), familiares e outros agressores. Objetivos: Estimar a ocorrência de violência psicológica, física, sexual; caracterizar os agressores, a busca de ajuda e locais procurados; analisar as diferenças entre enfermeiras e auxiliares/técnicas de enfermagem quanto à freqüência da violência de gênero e verificar a nomeação de violência aos atos de agressão identificados. Métodos: Nesse estudo transversal foram entrevistadas 179 profissionais de 20 a 59 anos (50 enfermeiras e 129 auxiliares/técnicas de enfermagem), utilizando-se um questionário validado e aplicado face a face por entrevistadoras treinadas. Resultados: A VPI foi a mais freqüente (63,7%; IC95%:55,7-70,4) seguida pela violência por outros (45,8%; IC95%:38,3-53,4) perpetrada por pacientes/acompanhantes, colegas de trabalho da área da saúde, estranhos, chefia de enfermagem e conhecidos. A violência por familiares ocupou o terceiro lugar (41,3%; IC95%: 34,0-48,9) e foi cometida, principalmente, por pai, irmãos (homens), tios e primos. Houve importante sobreposição dos tipos de VPI, sendo a forma exclusiva de violência psicológica a mais comum (19,2%), seguida pelas três formas (17,5%) e violência psicológica conjugada à física (14,7%). Auxiliares/técnicas de enfermagem referiram mais VPI que enfermeiras (p<0,05). As profissionais de enfermagem, de forma geral, buscaram pouca ajuda: 20,3% para a violência por outros, 29,3% para a violência por familiares e 29,7% para a VPI. Não perceberam o vivido como violento, 31,9% das entrevistadas. Conclusões: Os elevados índices de violência de gênero identificados evidenciam a presença dessa forma de violência também entre mulheres profissionais de saúde de alta escolaridade. Propõe-se que essa temática seja foco de atenção das equipes supervisoras nos locais de trabalho, através de uma abordagem acolhedora e ética. Sugere-se que o tema seja abordado para a proteção da saúde das profissionais e para uma melhor prática assistencial. / Background: This study investigated gender violence against female nursing staff perpetrated by male intimate partners (IPV), family members and other aggressors. Objectives: To estimate the occurrence of psychological, physical and sexual violence; characterize the aggressors, as well as the attempt to seek help and where it was sought; analyze the differences between nurses and nursing aides/technicians as to the frequency of gender violence and to verify if the acts of aggression are designated as violence. Methods: In this cross sectional study, 179 professionals, aged 20 to 59 years old, were interviewed (50 nurses and 129 nursing aides / nurse technicians). A validated questionnaire was applied in face to face interviews conducted by trained interviewers. Results: IPV was the most frequent form of violence (63.7%; IC95%:55.7-70.4), followed by violence perpetrated by others (45.8% IC95%: 38.3-53.4) including patients and people accompanying them, colleagues within the field of health, chiefs of the nursing staffs, acquaintances and strangers. Family members occupied the third place as aggressors, (41.3%; IC95%:34.0-48.9), and the majority of these were fathers, brothers, uncles and cousins. There was an important amount of overlap of the types of IPV, being that the most common exclusive form was psychological violence (19.2%), followed by psychological, physical and sexual violence in conjunction (17.5%) and then by both psychological and physical violence (14.7%). Nursing aides/ technicians mentioned the occurrence of IPV more frequently than did the nurses (p<0.05). In general, the nursing staff did not seek help frequently: only 20.3% of those who suffered violence from other aggressors, 29.3% from family members and 29.7% from IPV sought help. Those who did not perceive their experience as a form of violence represented 31.9% of the subjects interviewed. Conclusions: The high rates of gender violence identified in this study are evidence of the occurrence of this form of violence among female health professionals with high levels of education. It is suggested that team supervisors be encouraged to focus on this theme in the workplace, addressing it by means of an ethical and supportive approach. By contributing towards the protection of health professional\'s well being, this could also help improve the quality of assistance for which they are responsible.

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