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A família escrava no sertão pernambucano (1850-1888)

De' Carli, Caetano 27 April 2007 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, 2007. / Submitted by Luis Felipe Souza (luis_felas@globo.com) on 2008-11-20T17:42:49Z No. of bitstreams: 1 Dissertacao_2007_CaetanoDeCarli.pdf: 897894 bytes, checksum: 2690c437381915161705c5d765cfcdb9 (MD5) / Approved for entry into archive by Georgia Fernandes(georgia@bce.unb.br) on 2009-02-04T16:57:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertacao_2007_CaetanoDeCarli.pdf: 897894 bytes, checksum: 2690c437381915161705c5d765cfcdb9 (MD5) / Made available in DSpace on 2009-02-04T16:57:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao_2007_CaetanoDeCarli.pdf: 897894 bytes, checksum: 2690c437381915161705c5d765cfcdb9 (MD5) / A presente pesquisa de mestrado projetou a família escrava sertaneja, tendo como perspectiva a teoria antropológica do parentesco. Buscou-se, para esses fins, a análise quantitativa e qualitativa nos inventários, livros de casamento, livros de memórias, relatos de viajantes e levantamentos populacionais. O Sertão Pernambucano desenvolveu, na segunda metade do século XIX, um sistema escravista que se abastecia via reprodução escrava. A ocorrência de famílias escravas, pelo menos em sua estrutura mais básica (mãe e filhos), foi freqüente e natural nessa região. As escravas, por desempenharem uma maior quantidade de atividades que exigiam mais habilidade do que esforço, em comparação às atividades comumente desempenhadas pelos escravos, acabavam conseguindo, na maioria dos casos, agregar mais vantagens ao seu campo doméstico no seu papel de mãe-esposa, do que os homens cativos no seu papel de paimarido. A escrava – no seu status de mãe – tendia a ser usualmente a líder de fato do seu campo doméstico, e inversamente, o escravo no seu papel de pai-marido (se presente) tendia a ser marginalizado na complexa rede de relações internas do grupo. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This master’s thesis represented the sertanejo (backwoods) slave family according to the anthropologic relationship theory. For this purpose it was used a quantitative and qualitative analysis of the inventories, wedding books, memoirs, travelers’ reports and populational studies. Pernambuco’s Sertão (backwoods) developed, in the second half of the nineteenth century, a slavery system that was supplied by slave reproduction. The occurrence of slave families, at least in its most basic structure (mother and offspring), was frequent and natural in this region. Female slaves performed activities that demanded more skills than strength compared to the usual male activities. Therefore, they achieved in most cases more domestic advantages to perform their role as motherwife than the captive men in their father-husband role. The female slave, in her motherly status, tended to be the actual dominant figure of their private space. Inversely, the male slave in its fatherly role (if present) tended to be marginalized of the group’s internal complex relationship network.
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Cativeiro e cura: experiências religiosas da escravidão atlântica nos calundus de Luzia Pinta, séculos XVII-XVIII / Captivity and cure: religious experiences of Atlantic slavery on Luzia Pintas calundus, 17th-18th centuries

Marcussi, Alexandre Almeida 07 August 2015 (has links)
Este trabalho consiste em uma análise das práticas religiosas de origem africana conhecidas como calundus, denominação aplicada a cerimônias bastante disseminadas na América portuguesa entre os séculos XVII e XVIII, frequentadas por africanos, afrodescendentes e brancos. Os calundus possuíam funções eminentemente divinatórias e terapêuticas, e suas origens culturais remontavam às práticas religiosas das sociedades ambundas e bacongas da África Centro-Ocidental. Partindo da análise de um processo movido pela Inquisição de Lisboa contra Luzia Pinta, praticante de calundus na região de Sabará, Minas Gerais, em meados do século XVIII, esta pesquisa intenta esclarecer os sentidos sociais e simbólicos dessa prática terapêutica afro-luso-americana. O caso de Luzia Pinta é abordado de forma mais verticalizada, mas também é comparado a outras ocorrências de calundus registradas nos territórios da Bahia e de Minas Gerais entre os séculos XVII e XVIII, com o intuito de compor uma análise mais abrangente a respeito dessa prática devocional. A descrição morfológica dos calundus procura ressaltar sua heterogeneidade formal e a fluidez de suas fronteiras em relação a outras práticas religiosas do universo cultural luso-americano. A análise de sua simbologia subjacente evidencia que a categoria cosmológica que fundamentava essa prática devocional era a ancestralidade, na medida em que o rito consistia em uma tentativa de reatar os laços espirituais entre os africanos e seus antepassados, rompidos pelas dinâmicas do comércio de escravos. A tese empreende também uma discussão a respeito dos papéis ocupados por essa prática religiosa na sociedade imperial portuguesa, abordando as relações que os calundus e seus praticantes mantinham com alguns dos principais fenômenos e instituições que estruturavam a sociedade luso-americana, como a religião católica e a escravidão. Pretende-se evidenciar como, entre os séculos XVII e XVIII, os calundus codificaram uma complexa visão de mundo elaborada pelos centro-africanos na América, por meio da qual eles manifestaram sua perspectiva a respeito da escravidão e elaboraram projetos políticos alternativos ancorados em uma consciência histórica utópica. A perspectiva africana sobre o cativeiro, representada pela terapêutica dos calundus, configurou uma importante ameaça simbólica contra a ideologia que legitimava moralmente a existência da escravidão na América portuguesa a partir de um discurso construído usando as categorias da teologia católica. A tese pretende analisar os embates entre calunduzeiros e instituições de repressão religiosa como aspectos de um debate político, intelectual e ideológico, travado no idioma da religião, que dizia respeito à existência e à legitimidade do cativeiro no mundo imperial português. / This study focuses African-American religious practices known as calundus, which existed in many parts of Brazil during the 17th and 18th centuries and were attended by Africans, American-born black people and the white population alike. The aims of the calundus were mainly divinatory and therapeutical, and their origins lie in Mbundu and Bakongo religious pratices from West Central Africa. This research is based on the analyses of the inquisitorial process of Luzia Pinta, a practitioner of calundus in the region of Sabará (Minas Gerais) during the 18th century, and it intends to clarify the social and symbolic meanings associated to this form of African-Brazilian therepeutical practice. Luzia Pintas case is analysed thoroughly, but it is also compared to further occurrences of calundus registered by ecclesiastical authorities in Bahia and Minas Gerais during the 17th and 18th centuries. Such a comparison aims to broaden the scope and applicability of the conclusions of this study beyond the particular case of Luzia Pinta. The morphological description of the calundus aims to show the diversity of its manifestations e the fluid boundaries between them and other religious practices in the Brazilian culture of the time. The analysis of its symbolical dimensions reveals ancestrality as the fundamental cosmological notion underlying this devotional practice, as the ritual attempted to reforge spiritual links between Africans and their ancestors, broken by the dynamics of the slave trade. The thesis also discusses the roles played by this religious practice in Brazilian colonial society, investigating how the calundus and their devotees related themselves to some of the most relevant aspects and institutions of Brazilian colonial society, such as the catholic religion and slavery. Between the 17th and 18th centuries in Brazil, calundus have become a ritual language through which West Central Africans in America manifested a complex worldview, elaborated their perspectives and thoughts regarding slavery, and were able to put together alternative political projects anchored on an utopian historical conscience. The African perspective on captivity, represented by the calundus, was an important symbolical threat to the ideology which used theological concepts and ideas to give slavery its moral legitimacy in Brazil. This study aims to analyse the conflicts between practitioners of calundus and institutions of religious repression as aspects of a broader political, intellectual and ideological debate over the existance and legitimacy of slavery in the Portuguese Atlantic territories, a debate which manifested itself in a religious language.
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Cativeiro e cura: experiências religiosas da escravidão atlântica nos calundus de Luzia Pinta, séculos XVII-XVIII / Captivity and cure: religious experiences of Atlantic slavery on Luzia Pintas calundus, 17th-18th centuries

Alexandre Almeida Marcussi 07 August 2015 (has links)
Este trabalho consiste em uma análise das práticas religiosas de origem africana conhecidas como calundus, denominação aplicada a cerimônias bastante disseminadas na América portuguesa entre os séculos XVII e XVIII, frequentadas por africanos, afrodescendentes e brancos. Os calundus possuíam funções eminentemente divinatórias e terapêuticas, e suas origens culturais remontavam às práticas religiosas das sociedades ambundas e bacongas da África Centro-Ocidental. Partindo da análise de um processo movido pela Inquisição de Lisboa contra Luzia Pinta, praticante de calundus na região de Sabará, Minas Gerais, em meados do século XVIII, esta pesquisa intenta esclarecer os sentidos sociais e simbólicos dessa prática terapêutica afro-luso-americana. O caso de Luzia Pinta é abordado de forma mais verticalizada, mas também é comparado a outras ocorrências de calundus registradas nos territórios da Bahia e de Minas Gerais entre os séculos XVII e XVIII, com o intuito de compor uma análise mais abrangente a respeito dessa prática devocional. A descrição morfológica dos calundus procura ressaltar sua heterogeneidade formal e a fluidez de suas fronteiras em relação a outras práticas religiosas do universo cultural luso-americano. A análise de sua simbologia subjacente evidencia que a categoria cosmológica que fundamentava essa prática devocional era a ancestralidade, na medida em que o rito consistia em uma tentativa de reatar os laços espirituais entre os africanos e seus antepassados, rompidos pelas dinâmicas do comércio de escravos. A tese empreende também uma discussão a respeito dos papéis ocupados por essa prática religiosa na sociedade imperial portuguesa, abordando as relações que os calundus e seus praticantes mantinham com alguns dos principais fenômenos e instituições que estruturavam a sociedade luso-americana, como a religião católica e a escravidão. Pretende-se evidenciar como, entre os séculos XVII e XVIII, os calundus codificaram uma complexa visão de mundo elaborada pelos centro-africanos na América, por meio da qual eles manifestaram sua perspectiva a respeito da escravidão e elaboraram projetos políticos alternativos ancorados em uma consciência histórica utópica. A perspectiva africana sobre o cativeiro, representada pela terapêutica dos calundus, configurou uma importante ameaça simbólica contra a ideologia que legitimava moralmente a existência da escravidão na América portuguesa a partir de um discurso construído usando as categorias da teologia católica. A tese pretende analisar os embates entre calunduzeiros e instituições de repressão religiosa como aspectos de um debate político, intelectual e ideológico, travado no idioma da religião, que dizia respeito à existência e à legitimidade do cativeiro no mundo imperial português. / This study focuses African-American religious practices known as calundus, which existed in many parts of Brazil during the 17th and 18th centuries and were attended by Africans, American-born black people and the white population alike. The aims of the calundus were mainly divinatory and therapeutical, and their origins lie in Mbundu and Bakongo religious pratices from West Central Africa. This research is based on the analyses of the inquisitorial process of Luzia Pinta, a practitioner of calundus in the region of Sabará (Minas Gerais) during the 18th century, and it intends to clarify the social and symbolic meanings associated to this form of African-Brazilian therepeutical practice. Luzia Pintas case is analysed thoroughly, but it is also compared to further occurrences of calundus registered by ecclesiastical authorities in Bahia and Minas Gerais during the 17th and 18th centuries. Such a comparison aims to broaden the scope and applicability of the conclusions of this study beyond the particular case of Luzia Pinta. The morphological description of the calundus aims to show the diversity of its manifestations e the fluid boundaries between them and other religious practices in the Brazilian culture of the time. The analysis of its symbolical dimensions reveals ancestrality as the fundamental cosmological notion underlying this devotional practice, as the ritual attempted to reforge spiritual links between Africans and their ancestors, broken by the dynamics of the slave trade. The thesis also discusses the roles played by this religious practice in Brazilian colonial society, investigating how the calundus and their devotees related themselves to some of the most relevant aspects and institutions of Brazilian colonial society, such as the catholic religion and slavery. Between the 17th and 18th centuries in Brazil, calundus have become a ritual language through which West Central Africans in America manifested a complex worldview, elaborated their perspectives and thoughts regarding slavery, and were able to put together alternative political projects anchored on an utopian historical conscience. The African perspective on captivity, represented by the calundus, was an important symbolical threat to the ideology which used theological concepts and ideas to give slavery its moral legitimacy in Brazil. This study aims to analyse the conflicts between practitioners of calundus and institutions of religious repression as aspects of a broader political, intellectual and ideological debate over the existance and legitimacy of slavery in the Portuguese Atlantic territories, a debate which manifested itself in a religious language.
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“Nascidos no Grêmio da Sociedade”: racialização e mestiçagem entre os trabalhadores na Província do Amazonas (1850-1889)

Abreu, Tenner Inauhiny de 17 December 2012 (has links)
Submitted by Elaine Lucia (lucia.elaine@live.com) on 2015-05-28T19:37:46Z No. of bitstreams: 1 Dissertação - Tenner Inauhiny de Abreu.pdf: 976748 bytes, checksum: 0b659f35316b35cbec72cd199ae36239 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2015-05-29T20:19:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação - Tenner Inauhiny de Abreu.pdf: 976748 bytes, checksum: 0b659f35316b35cbec72cd199ae36239 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2015-05-29T20:34:10Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação - Tenner Inauhiny de Abreu.pdf: 976748 bytes, checksum: 0b659f35316b35cbec72cd199ae36239 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-29T20:34:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação - Tenner Inauhiny de Abreu.pdf: 976748 bytes, checksum: 0b659f35316b35cbec72cd199ae36239 (MD5) Previous issue date: 2012-12-17 / FAPEAM / "Born in the Bosom of Society": Racialization and interbreeding among workers in the Province of Amazonas is an attempt from the key concepts of racialization and mestizaje, dialoguing with theoretical contributions of social history, the world of work and slavery, understand how the workers of Amazonas Province (1850-1889) built survival strategies, relationships, social tensions and rising over the eighteen hundreds. / "Nascidos no Grêmio da Sociedade”: Racialização e mestiçagem entre os trabalhadores na Província do Amazonas é uma tentativa de a partir dos conceitos chaves de racialização e mestiçagem, dialogando com aportes teóricos da História social, compreender através do mundo do trabalho e da escravidão, de que maneira os trabalhadores e trabalhadoras da Província do Amazonas (1850-1889) construiram estratégias de sobrevivência, relações, tensões e ascensão social ao longo dos oitocentos
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O cativeiro rural colonial : reconstituição arqueológica da senzala da fazenda de São Bento de Jaguaribe Município de Abreu e Lima, Pernambuco

SILVA, Fabíola Amaral Jansen da January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:03:51Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo2325_1.pdf: 3276460 bytes, checksum: 8e5fd301d31cb38c9148555e7cfb6ac6 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2006 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O objetivo deste trabalho é o estudo da hipotética setoriação da Senzala da Fazenda de São Bento de Jaguaribe, antiga propriedade dos Monges beneditinos, que se desenvolveu na remota área da Sesmaria Jaguaribe, hoje zona rural do Município de Abreu e Lima, litoral norte do Estado de Pernambuco. Procura-se verificar se o espaço investigado apresenta homologias com os conhecidos modelos morfo-tipológicos construtivos dos edifícios que funcionavam como alojamento para os escravos durante o Período Colonial. Para tanto, a documentação de base utilizada abrange, paralelamente às informações historiográficas levantadas, os dados referentes à Arqueologia Histórica, priorizando, além da interdisciplinaridade, o enfoque na Arqueologia da Arquitetura. O espaço foi, então, conceituado como uma das categorias fundamentais para a compreensão dos sistemas sociais e do complexo cultural dinâmico que os envolvia. Assim, a sua recomposição aqui foi projetiva, tratando constantemente da relação entre o atual e o possível, e levando-se em conta a continuidade do ambiente como um todo. A partir dos subsídios oferecidos pelos métodos de sondagens arqueológicas e dos efeitos das observações científicas subseqüentes, constatamos ser admissível a afirmação de que os remanescentes das estruturas arquitetônicas superficiais encontradas no sítio condizem com os exemplares das Senzalas/pavilhão erguidas nos Engenhos e Fazendas dos séculos XVIII e XIX, e que o entendimento da função social do edifício como habitação para os cativos, em determinada época, pode ter sido correta
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Cinzas do passado: riqueza e cultura material no vale do Paraopeba/MG (1840/1914) / Ashes of the past: wealth and material culture in the Paraopeba valley in Minas Gerais - Brazil, 1840/1914

Martinez, Claudia Eliane Parreiras Marques 15 December 2006 (has links)
Esta tese busca compreender a transformação da riqueza e da cultura material dos diferentes grupos sociais na transição do sistema escravista, em Minas Gerais. O vale do Paraopeba constitui o cenário principal da pesquisa realizada em 761 inventários postmortem. Outras fontes foram estudadas, como as listas nominativas de habitantes de 1831/32, o Censo Provincial de 1872, os relatórios de Presidentes de Províncias e os jornais contemporâneos. Um conjunto de fotografias referentes aos sobrados, fazendas, armazéns e utensílios de trabalho (rodas de fiar algodão, os teares e o carro-de-bois) também foi contemplado. Cabe ressaltar que a fiação e tecelagem desempenharam um papel fundamental, possibilitando à região um forte dinamismo no período escravista. Em função da presença expressiva de mulheres na indústria têxtil artesanal, a economia configura um diferencial que singularizou o tipo de produção e de mercado encontrados naquelas localidades. No entanto, outros ritmos e nuanças marcaram o final do século XIX brasileiro, em especial aqueles encontrados no Paraopeba. A mudança no sistema de mão de- obra, a dispersão da riqueza e, conseqüentemente, a alteração da cultura material constituem a problemática central que permeou toda a tese. Várias questões relacionadas à posse de escravos, à valorização das terras, ao fracionamento das propriedades, à dispersão das grandes fortunas depois de 1888, bem como alterações significativas no espaço interno e externo das moradias dos diferentes estratos sociais caracterizam as principais questões desenvolvidas neste trabalho. Para análise da cultura material considerou-se uma série de categorias, tais como o valor de uso, de troca, de posse e de seleção. Esses atributos permitiram perceber a representação cultural dos artefatos, a prática social, a simbologia, assim como permanências e alterações no padrão de conduta e no estilo de vida da sociedade paraopebana. Todas as análises desenvolvidas para o vale foram confrontadas com outras regiões, como a zona da mata mineira, as províncias (e depois estados) de São Paulo, do Rio de Janeiro, da Bahia, de Goiás e de Pernambuco. O estudo comparativo revelou singularidades e semelhanças que se estabeleceram na realidade mineira e brasileira antes e depois da Abolição dos escravos. / This thesis aims at understanding the transformation in wealth and material culture of different social groups during the transition of the slave system in Minas Gerais. The Paraopeba valley constitutes the main scenery of this research based on 761 post mortem inventories. Further sources such as the 1831/32 nominative lists of habitants, the Provincial Census, Province Presidents\' reports and contemporary newspapers have been addressed. A set of photographs of residencies, fazendas, storehouses and work tools (spinning wheels, looms and the oxcart) have also been considered. It should be highlighted that spinning and weaving played an essential role allowing the region to develop high dynamism in the period of slavery. Due to the significant presence of women in the textile handicraft industry the economy of the region presented a differential that distinguished the kind of production and market. However, other rhythms and nuances marked the end of the 19th century in Brazil, especially those found in the Paraopeba valley. The change in the labour system, the dispersion of wealth and the consequent change in material culture constitute the central issue of this thesis. Several questions related to the ownership of slaves, valorisation of land, subdivision of properties, dispersion of great fortunes after 1888, as well as the significant changes in the internal and external space of the residencies of the different social classes characterize the main issues addressed in this study. In order to analyze material culture, a series of categories have been considered, such as the values of use, exchange, ownership and selection. These attributes allow of perceiving the cultural representation of artefacts, social practice, symbology, as well as constancies and changes in behaviour patterns and life style in the Paraopeba valley. All the analyses with respect to the valley have been confronted with other regions, such as Minas Gerais\' wood zone and the (former) provinces of São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Goiás and Pernambuco. This comparative study has revealed singularities and similarities established in Brazil\'s and Minas Gerais\' reality before and after Abolition.
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O fio das travessias: a perspectiva histórica em Os tambores de São Luís, de Josué Montello e A gloriosa família - o tempo dos flamengos, de Pepetela / The river of croddings: the historical perspective in Os tambores de São Luís, by Josué Montello and A gloriosa família - o tempo dos flamengos, by Pepetela

Rabecchi, Ana Lucia Gomes da Silva 20 August 2009 (has links)
Os romances Os tambores de São Luís (1975), do brasileiro Josué Montello, e A gloriosa família do angolano Pepetela, mantêm um diálogo com a história maranhense e angolana respectivamente, estreitando as fronteiras entre Literatura e História. Mais que estreitar fronteiras, eles investigam um lugar narrativo em que a forma e o conteúdo interagem fora de suas margens de origem: literatura e história são desvirtuadas/deslocadas em busca de outras verdades que, separadas, nem uma nem outra poderiam conceber. É certo, no entanto, que a perspectiva histórica de cada romance os diferencia significativamente, tendendo à função sacralizadora em Montello e dessacralizadora em Pepetela. Enquanto a história faz parte do pano de fundo da narrativa montelliana, ela é parte orgânica da narrativa pepeteliana, através de uma projeção temporal contrária: em Montello se dá no sentido retrospectivo e em Pepetela, no sentido prospectivo, o que de saída singulariza qualitativamente os romances. A partir da visão peculiar que preside a organização de cada narrativa, a experiência histórica compartilhada pela trágica herança colonial e escravista toma um viés diferente, onde se vislumbra, já de começo, como cada romancista relê a sua própria história. Assim, longe de se alinharem plenamente pela perspectiva histórica, os romances são diferenciados a partir dela e este trabalho comparativo se ocupa justamente em demonstrar como isso acontece. / The novels called Os tambores de São Luís (1975) by the brazilian Josué Montello, and A gloriosa família - o tempo dos flamengos (1997), by the angolan Pepetela, maintain a dialogue with the Angolan history and the Maranhão history respectively, closing the borders between literature and history. More than to narrow borders, they investigate a narrative place where the form and content interact outside their margins of origin: literature and history are displaced looking for other truths that once separated, neither one of them could conceive. Certainly, however, that the historical perspective of each novel make them seem different tending to the sacramental function in Montello and to the desacramental one in Pepetela. While the story is part of the background of the montellian narrative, it is an organic part of the pepetelian narrative through a temporal contrary projection: in Montello there is a retrospective meaning and in Pepetela a prospective one that comes out the unique quality of the novels. From the peculiar vision that governs the organization of each narrative, the historical experience shared by the tragic colonial legacy and slavery takes a different bias where since the beginning it is possible to wonder how each novelist re-read his own history. Thus, far from having a fully alignment by the historical perspective, the novels are differentiated from it and this comparative work is concerned to demonstrate precisely how this happens.
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A fronteira escravista entre o açúcar e o café: Campinas, 1790-1850 / The slaver frontier between sugar and coffee: Campinas, 1790-1850

Alfonso, Felipe Rodrigues 08 December 2017 (has links)
A presente investigação tem por objetivo central compreender as causas da formação da lavoura cafeeira nos engenhos do Oeste Paulista. Optou-se por concentrar os esforços analíticos na região de Campinas, que se considera ter sido a porta de entrada para o restante do interior paulista, em que a nova cultura pôde estabelecer-se, ainda que de maneira incipiente, a partir já da segunda metade da década de 1820. Especificamente, adotou-se como unidade de observação o produtor pertencente às famílias mais distintas da região, sobretudo que em algum momento de sua trajetória produtiva tenha sido possuidor de ao menos 50 escravos. / The present investigation aims to comprehend the causes for the making of coffee plantations in the West Paulista. It has been decided to concentrate the analytical efforts in the region of Campinas, considered to be the gateway for the rest of the interior of São Paulo, where the new culture could establish, even if incipiently, since the second half of the 1820s. Specifically, it was adopted as a unit of observation the producer belonging to the wealthiest families of the region, especially the one that at some point in his trajectory owned at least 50 slaves.
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Política de abastecimento e economia mercantil: celeiro público da Bahia (1785-1866)

Simões Filho, Afrânio Mário 25 March 2011 (has links)
Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2015-05-05T17:55:23Z No. of bitstreams: 1 Tese de Afrânio Mário Simões Filho.pdf: 4818346 bytes, checksum: 7ce4ddcc829847664e2c81dba4a5a9eb (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Portela (anapoli@ufba.br) on 2015-05-06T13:33:47Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese de Afrânio Mário Simões Filho.pdf: 4818346 bytes, checksum: 7ce4ddcc829847664e2c81dba4a5a9eb (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-06T13:33:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese de Afrânio Mário Simões Filho.pdf: 4818346 bytes, checksum: 7ce4ddcc829847664e2c81dba4a5a9eb (MD5) / CAPES / O Celeiro Público da Bahia, concebido pelo governo colonial para solucionar as crises constantes que abalavam o concorrido mercado de abastecimento da cidade de Salvador, foi instrumento para regular a ampla rede de distribuição de farinha de mandioca, elemento essencial ao funcionamento da empresa colonial. Instituído em 1785, apesar de inúmeras críticas, funcionou em um armazém do Arsenal da Marinha até 1870: depois de 1822, administrado pelo governo provincial, e, com poderes reduzidos, foi assumido pela Câmara Câmara Municipal, de 1856 em diante. Cobrava um vintém por cada alqueire de farinha, arroz, feijão e milho que entrava pelo mar, e, com o seu lucro líquido sustentava o lazareto. O exame da documentação relativa ao Celeiro Público da Bahia permite identificar as relações entre o mercado de farinha de mandioca da cidade de Salvador e os interesses da economia mercantil escravista. Designed by the colonial government as a solution to the constant crises that shook the competitive market to supply the city of Salvador, the Public Granary of Bahia was the regulatory instrument of an extensive distribution network of cassava flour, an essential element for the operation of the colonial enterprise. Established in 1785 despite widespread criticism, the granary functioned in a warehouse of the Navy Arsenal until 1870: after 1822, administrated by the provincial government and with reduced powers, it was assumed by the City Council from 1856 onwards. The Granary charged a penny for every bushel of flour, rice, beans and corn that entered by sea, and its net income supported the leper hospital. The exam of documentation relating to the Public Granary of Bahia allows to identify the relationship between the market of cassava flour in the city of Salvador and the interests of slavery mercantile economy.
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Do cativeiro reformado à contestação da escravidão no Mundo Luso-Brasileiro (1781-1834) / From the reformed bondage to the contestation of slavery in the Luso-Brazilian World (1781-1834)

Bispo, Diego Andrade [UNESP] 11 November 2016 (has links)
Submitted by Diego Andrade Bispo null (andradedgo@gmail.com) on 2016-12-15T00:24:10Z No. of bitstreams: 1 Dissertação - Diego Andrade Bispo.pdf: 1137199 bytes, checksum: c0727ef28a07c5807be96246d4620fb5 (MD5) / Approved for entry into archive by Felipe Augusto Arakaki (arakaki@reitoria.unesp.br) on 2016-12-20T16:01:43Z (GMT) No. of bitstreams: 1 bispo_da_me_fran.pdf: 1137199 bytes, checksum: c0727ef28a07c5807be96246d4620fb5 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-12-20T16:01:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 bispo_da_me_fran.pdf: 1137199 bytes, checksum: c0727ef28a07c5807be96246d4620fb5 (MD5) Previous issue date: 2016-11-11 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / No final do século XVIII, em Portugal e no Brasil, foi recorrente nos escritos de observadores coetâneos o interesse pela reorganização da agricultura e de diversos elementos a ela ligados. Além de argumentar sobre a utilidade de se revisar as práticas empregadas no âmbito do cultivo propriamente dito, os letrados setecentistas convencionaram advertir aos proprietários rurais sobre a premente necessidade de se melhorar o trato cotidiano e de bem conduzir o trabalho da escravaria em benefício de uma maior eficiência produtiva da colônia portuguesa da América. Anos mais tarde, em princípios do século XIX, outros analistas do regime de cativeiro, ao apresentarem uma leitura distinta sobre o emprego desta força de trabalho, passaram a considerá-la injusta, ofensiva aos valores da fé católica e danosa ao progresso material dos setores agrícola e industrial do país. Tendo em vista a variância dos posicionamentos assumidos por esses letrados coevos – egressos de universidades europeias, sócios de agremiações científicas e membros da burocracia governamental –, a presente dissertação tem como objetivo inquirir, por meio da análise de memórias, ensaios econômicos, missivas dentre outros textos, quais argumentos foram manejados para o estabelecimento de diferentes avaliações sobre a instituição da escravidão africana, tal como era praticada no Brasil no período compreendido entre 1781 – quando da concentração das falas reformistas sobre o governo dos cativos, falas essas mantidas até o início do oitocentos, quando o uso do trabalho compulsório começa a ser qualificado como contraproducente – e 1834 – momento em que a tópica do bom exercício da gestão escravista reassume uma posição privilegiada entre os assuntos abordados nos manuais agronômicos da época. / In the late eighteenth century, in Portugal and in Brazil, it was recurrent in many writings an interest on the reorganization of agriculture and the various elements connected to it. Besides the considerations on the cultivation itself, the eighteenth-century scholars begun to advert the farmers about the urgent need to improve the daily treatment of slaves, for the benefit and efficiency of a larger production in the Americas’ Portuguese colony. Years later, in the early nineteenth century, other analysts of the captivity regime started to present a different reading on the employment of the workforce, considering it as unfair, offensive to the values of the Catholic faith and harmful to the material progress of the country’s agricultural and industrial segments. Given the variance of the positions taken by these coeval scholars - graduated from European universities, scientific associations members and members of the government bureaucracy - this thesis aims to inquire, through the analysis of memories, economic trials, missives, among others texts, which arguments were managed to establish different reviews of the institution of African slavery. This work focuses on the period between 1781 and 1834: 1781, when the reformist speech on the government of the captives gets stronger, up to the early XVIIIth century, when the use of compulsory labour begins to be described as counterproductive; and 1834, a time when the topic of good practice of slave management reassumes a privileged position among the issues presented in agronomical manuals of the time.

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