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Realidade aumentada para redução de estigma relacionado à esquizofrenia / AUGMENTED REALITY FOR REDUCING STIGMA RELATED TO SCHIZOPHRENIA (Inglês)Silva, Rafael Domingos de Carvalho 14 November 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-11-14 / Schizophrenia is considered a chronic mental disease that usually manifests with psychotic symptoms and damage in the individual's functionality. The stigma related to this disease shows up as an important obstacle for an adequate approach to this condition, being related, for example, delay the start of treatment and difficulties in interpersonal and professional relationships. To reduce the stigma related to schizophrenia, is proposed in this work, the development of an tool based on augmented reality capable to simulate the psychotic symptoms typical of schizophrenia, being simulated sensoperceptivas changes in order to create an immersive experience capable of generating pathological experiences of a patient with schizophrenia. The integration of the proposed environment with medicine students occurs by immersion glasses and embedded camera having the function of transmitting the real environment for screens inside the glasses with the appropriate virtual objects, being possible to incorporate audio and visual effects implemented in real time. To validate the proposed environment, medicine students were submitted to use the virtual environment, and then answered three questionnaires to assess: (i) stigmas related to schizophrenia, (ii) the efficiency and effectiveness of the tool, and, finally (iii) stigma after simulation. From the analysis of the questionnaires, it can be concluded that the proposed model is a robust tool, quite realistic and, thus, very promising for reducing the stigma associated to schizophrenia, making it occurs a greater comprehension of any person during an outbreak schizophrenic of any person, whether a patient or a family member, for example.
Keywords: Environment Virtual. Virtual Reality. Schizophrenia. Stigma. / A esquizofrenia é considerada uma doença mental crônica, que geralmente se manifesta com sintomas psicóticos e prejuízo na funcionalidade do indivíduo. O estigma relacionado a essa doença mostra-se como um importante obstáculo para uma abordagem adequada dessa condição, estando relacionado, por exemplo, a retardo no início do tratamento e a dificuldades em relações interpessoais e profissionais. Para diminuir o estigma relacionado a esquizofrenia, é proposto, neste trabalho, o desenvolvimento de uma ferramenta baseada em realidade aumentada capaz de simular os sintomas psicóticos típicos da esquizofrenia, sendo simuladas alterações sensoperceptivas com objetivo de criar uma experiência imersiva capaz de gerar vivências patológicas de um portador de esquizofrenia. A integração do ambiente proposto com estudantes de medicina ocorre através de óculos de imersão e uma câmera embutida, tendo a função de transmitir o ambiente real para telas no interior dos óculos com os devidos objetos virtuais, sendo possível incorporar efeitos auditivos e visuais, executados em tempo real. Para validar o ambiente proposto, estudantes de medicina foram submetidos a utilização do ambiente virtual, e, em seguida, responderam a três questionários para avaliar: (i) estigmas relacionados à esquizofrenia, (ii) eficiência e eficácia da ferramenta desenvolvida, e, finalmente, (iii) estigma após simulação. A partir da análise dos questionários, pode-se concluir que o modelo proposto é uma ferramenta robusta, bastante realista e, consequentemente, muito promissora para reduzir o estigma relacionado à esquizofrenia, fazendo com que ocorra uma maior compreensão de qualquer pessoa durante um surto esquizofrênico de qualquer pessoa, seja ela um paciente ou um familiar, por exemplo.
Palavras-chave: Ambiente Virtual. Realidade aumentada. Esquizofrenia. Estigma.
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A vivência estigmatizada do envelhecimento na contemporaneidade : do indesejável ao inevitável / The experience of aging in contemporary stigmatized: of the inevitable undesired (Inglês)Nogueira, Fernanda Nícia Nunes 09 December 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-12-09 / The present study aims at understanding the experience of the aging process in Western contemporaneity from a worldly perspective, that is, from the notion that human life is embedded in the sensitive world, in history, in culture. In order to achieve such aim, a phenomenological research was carried out, employing phenomenological interviews and observations in an esthetic center, where emerged fifteen collaborating subjects who were in the life stage of maturity (i.e., within an age between 40 and 60 years old). The results show that the experience of aging is ambiguous: conveying multiple senses, valuating, as well as devaluating and ambivalent, the reactions to this phenomenon contemplate denial, resistance, acceptance and some specific fears. Such results also provide elements that point towards the understanding of aging as a stigmatized experience in a scenario marked by the cult of youth, of beauty, and which imposes an esthetic pattern as an ideal to be accomplished by everyone, being understood that as a biological phenomenon it is 'inevitable' but as a cultural phenomenon it is 'undesirable'. It is confirmed, through this study, the perception of a traditional conception of elderliness, which associates aging to negative attributes at the same time that the identification of the collaborating subjects with a model of elderliness that is more active and dynamic is revealed. Esthetic centers arise as a privileged locus which offer the possibility of attaining a young, beautiful and perfect body, where the alliance between the discourse of science and the discourse of market is carried on, reinforcing the belief that aging can be fought or retarded through various medical and esthetical techniques which provide people with a variety of treatments aimed at the attainment of a younger appearance.
Key words: Aging, Contemporaneity, Stigma. / O presente estudo propõe-se a compreender a vivência do processo de envelhecimento na contemporaneidade ocidental, a partir de uma visão mundana, isto é, da noção de que a vida humana encontra-se envolvida no mundo sensível, na história, na cultura. Para tanto, foi realizada uma pesquisa fenomenológica, utilizando-se de entrevistas fenomenológicas e observações em uma clínica de estética, de onde emergiram quinze sujeitos colaboradores que se encontravam na maturidade, fase da vida compreendida entre 40 e 60 anos. Os resultados mostram a experiência de envelhecer como ambígua: dotada de múltiplos sentidos, tanto valorativos, como desvalorativos e ambivalentes, sendo que as reações a este fenômeno contemplam a negação, a resistência, a aceitação e alguns medos específicos. Tais resultados fornecem ainda elementos que apontam para a compreensão do envelhecimento como uma experiência estigmatizada em um cenário marcado pelo culto à juventude, à beleza e que impõe um padrão estético como ideal a ser conquistado por todos, entendendo-se que como fenômeno biológico ele é "inevitável", mas como fenômeno cultural ele é "indesejável". Ratifica-se, com este estudo, a percepção de uma concepção tradicional de velhice, associando-a a atributos negativos, ao mesmo tempo, em que se revela a identificação dos colaboradores com um modelo de velhice mais ativa e dinâmica. As clínicas de estética despontam como lócus privilegiado que acena com a possibilidade de se obter um corpo jovem, belo e perfeito, onde se operacionaliza a aliança entre o discurso da ciência e o do mercado, reforçando a crença de que o envelhecimento pode ser combatido ou retardado, através de várias técnicas médicas e estéticas que proporcionam às pessoas uma variedade de tratamentos voltados para a aquisição de uma aparência jovem.
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Estigma experimentado en personas diagnosticadas con esquizofrenia internadas en un hospital psiquiátricoMaza Rivera, Carol Miluska 14 December 2015 (has links)
La presente investigación tuvo como objetivo conocer las situaciones de estigma experimentado que
ha vivenciado un grupo de personas con diagnóstico de esquizofrenia durante su primer internamiento
en un hospital psiquiátrico de Lima, para lo cual se realizaron entrevistas semi-estructuradas a 12
usuarios de dicha institución. Se encontró que los participantes habían tenido diversas experiencias de
estigma tanto en el ámbito individual como social, las cuales estaban mayormente relacionadas con el
personal de salud (psiquiatras y enfermeros). Entre las principales experiencias recogidas se
encuentran situaciones en donde han recibido comentarios ofensivos o calificativos, han presenciado o
vivenciado situaciones de opresión y sujeción mecánica, o han experimentado distanciamiento o
abandono de parte de sus familiares. Así mismo, estas experiencias habrían generado algún impacto o
repercusión en sus vidas, muchas de las cuales los habían llevado a reflexionar acerca de sí mismos, de
su conducta, de sus planes en el futuro y su posible reingreso a la sociedad. / The aim of this study was to know situations of experienced stigma in a group of people diagnosed
with schizophrenia during his first hospitalization in a psychiatric institution in Lima, for which, a
group of 12 users of the institution were asked for a semi-structured interview. Different experiences
of stigma were found both at the individual and social and mostly were related to health professionals
(psychiatrists and nurses). Among the main experiences are situations where they have received
offensive comments or adjectives, have witnessed or experienced situations of oppression and
mechanical fastening, have been experienced social distancing or been abandoned by their families.
Also, these experiences have generated an impact in their lives, many of which have led them to
reflect on themselves, their behavior, their future plans and their possible re-entry to society. / Tesis
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Mulheres negras adolescentes : projetos de vida e suporte familiar /Salvador, Maria Nazaré. January 2006 (has links)
Orientador: José dos Reis Santos Filho / Banca: Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva / Banca: Henrique Antunes Cunha Júnior / Resumo: Esta dissertação buscou interpretar as experiências de um grupo de mulheres negras adolescentes no que diz respeito ao preconceito, a discriminação e ao racismo que cotidianamente permeiam suas relações sociais, e o papel desempenhado pela família na construção de suas identidades. Foi uma tentativa de apreender como essas mulheres adquirem condições não somente para desconstruir os estigmas e estereótipos presentes no imaginário social, mas também para ressignificar o ser negro e fazer planos para o futuro procurando expressar uma identidade étnico-racial. Os recursos da história oral foram importantes para captar e interpretar os aspectos significativos de suas vivências e experiências em contextos sociais que as subestimam e em outros nos quais se sentem valorizadas e que contribuem para o fortalecimento da auto-estima e auto-confiança. / Abstract: This dissertation aimed to interpret the experiences of a group of black adolescent women regarding the daily prejudice, discrimination and racism that permeate their social relationships, and the role performed by the family in the construction of their identities. It was an attempt at learning how these women acquired means not only to desconstruct stigmas and stereotypes present in a social imagination, but also to redefine the black being and make plans for the future looking to express an ethno-racial identity. The oral history resources were important in capturing and interpreting the significant aspects of their experiences in social contexts that underestimate them and in others where they feel valued, and that contribute to the strengthening of self- esteem and self-confidence of these adolescents. / Mestre
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Mulheres negras adolescentes: projetos de vida e suporte familiarSalvador, Maria Nazaré [UNESP] January 2006 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2006Bitstream added on 2014-06-13T18:59:33Z : No. of bitstreams: 1
salvador_mn_dr_arafcl.pdf: 480108 bytes, checksum: 24ece87324cb7456d54eb1d9bf3c1b0a (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Esta dissertação buscou interpretar as experiências de um grupo de mulheres negras adolescentes no que diz respeito ao preconceito, a discriminação e ao racismo que cotidianamente permeiam suas relações sociais, e o papel desempenhado pela família na construção de suas identidades. Foi uma tentativa de apreender como essas mulheres adquirem condições não somente para desconstruir os estigmas e estereótipos presentes no imaginário social, mas também para ressignificar o ser negro e fazer planos para o futuro procurando expressar uma identidade étnico-racial. Os recursos da história oral foram importantes para captar e interpretar os aspectos significativos de suas vivências e experiências em contextos sociais que as subestimam e em outros nos quais se sentem valorizadas e que contribuem para o fortalecimento da auto-estima e auto-confiança. / This dissertation aimed to interpret the experiences of a group of black adolescent women regarding the daily prejudice, discrimination and racism that permeate their social relationships, and the role performed by the family in the construction of their identities. It was an attempt at learning how these women acquired means not only to desconstruct stigmas and stereotypes present in a social imagination, but also to redefine the black being and make plans for the future looking to express an ethno-racial identity. The oral history resources were important in capturing and interpreting the significant aspects of their experiences in social contexts that underestimate them and in others where they feel valued, and that contribute to the strengthening of self- esteem and self-confidence of these adolescents.
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De lepra à hanseníase : mais que um nome, novos discursos sobre a doença e o doente 1950-1970Oliveira, Carolina Pinheiro Mendes Cahu de 31 January 2012 (has links)
Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-06T11:56:49Z
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Previous issue date: 2012 / Esta tese analisa, a partir da inserção das sulfonas no tratamento médico
contra a lepra e da verificação das primeiras altas dos leprosários - na década
de 1950, como foi construído um novo olhar sobre a doença e os doentes, que
resultou na criação da hanseníase nos anos de 1970. Se antes a segregação
dos doentes era a principal arma contra a doença, na década de 1950 ela
começa a ser questionada: além de não ter reduzido o número de doentes
existentes no país, dificultou a notificação de novos casos, uma vez que, com
medo do isolamento, muitos doentes fugiam e se escondiam das autoridades
de saúde; aumentou ainda mais o estigma e o pavor em relação à lepra;
destruiu milhares de famílias e a vida de muitos doentes que nunca aceitaram o
isolamento. Ao mesmo tempo em que não justificava o alto custo de
manutenção dos Hospitais-Colônia para o isolamento dos doentes. Como
então convencer a sociedade de que era preciso aceitar esses leprosos, que
deveriam se tratar em dispensários de saúde, fora do isolamento, convivendo
normalmente entre os “sãos”? Principalmente, após a verificação da
impossibilidade de cura para os casos mais graves da doença – os contagiosos
– e do surgimento do fenômeno da sulfono-resistência? Estes dois fatores
colocarão em evidência o estigma da doença, pois, os contagiosos e os
sulfono-resistentes deveriam permanecer em tratamento pelo resto de suas
vidas. Ao mesmo tempo, como convencer estes leprosos de que deveriam
permanecer em tratamento, sob a vigilância regular dos serviços de saúde? O
controle da lepra dependia do combate ao estigma da doença, que fazia com
que estes pacientes se omitissem, deixassem de comparecer aos dispensários
médicos, aumentando as estatísticas sobre a doença. Diante disso, tornou-se
urgente formar um novo olhar sobre a doença, pois, era preciso aprender a
conviver com a lepra. Somente o combate ao estigma poderia impor um
controle sobre a doença. Dessa forma, cria-se a hanseníase, uma doença que
se pretendia livre dos estigmas de sua antecessora.
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Efeitos da visibilidade/invisibilidades das pessoas vivendo com HIV/AIDSBravo, Paulo Roberto 02 1900 (has links)
Submitted by Haia Cristina Rebouças de Almeida (haia.almeida@uniceub.br) on 2015-05-06T12:09:35Z
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61200926.pdf: 771040 bytes, checksum: dd3fb31e73ea4f61382c2d4ad0454274 (MD5) / Dada à importância da adesão ao tratamento para a sobrevida, e considerando o estigma associado à condição de pessoas vivendo com o HIV/AIDS compromete não apenas a sua qualidade de vida, mas também a qualidade da assistência à saúde. O objetivo geral desta pesquisa foi analisar os efeitos dos processos subjetivos da visibilidade e da invisibilidade em pessoas soropositivas. A metodologia realizada é uma investigação qualitativa por meio de entrevistas semi-estruturadas individuais e com grupo focal em dois segmentos: instituição de saúde pública e ONG. Os resultados responderam que os efeitos subjetivos da visibilidade/invisibilidade para o HIV/AIDS comprometem o tratamento, a adesão e o modo de vida dos pacientes. A atuação política das ONGs é a principal rede legítima de apoio fundamental para os pacientes de HIV/AIDS, que trabalha para diminuir o preconceito, o estigma e o medo, fortalecendo os laços e a vivência de pertencimento à comunidade. Foi possível verificar nestes grupos que a doença na maior parte das vezes foi detectada através de outras doenças sintomáticas. Na visibilidade ainda permanecem as limitações subjetivas do medo da doença e da revelação da soropositividade, pois a visibilidade leva a danos associados aos direitos sociais e nas relações interpessoais. Faz-se necessário qualificar a assistência levando em consideração os aspectos subjetivos, sejam estes individuais e sociais, associados à vivência do HIV/AIDS. Espera-se com este estudo contribuir para a sensibilização do poder público e de profissionais de psicologia para a importância de sua participação no processo de cuidado, de modo a garantir melhoria na qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV/AIDS.
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A relação entre a percepção de controle de crises e qualidade de vida de adultos com epilepsiaSalgado, Priscila Camile Barioni 23 May 2003 (has links)
Orientador: Elisabete Abib Pedroso de Souza / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-03T17:08:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: A epilepsia, de um modo geral, por ser uma desordem neurológica crônica, afeta o comportamento e o bem-estar da pessoa. O seu diagnóstico revela uma alta incidência de dificuldades psicossociais que influenciam no ajustamento social e na qualidade de vida (QV) das pessoas com epilepsia. As conseqüências psicossociais da epilepsia são geralmente inúmeras e interferem na vida do sujeito no aspecto profissional, familiar, emocional e social. Portanto, o enfoque nas conseqüências psicossociais da epilepsia acaba sendo tão importante quanto o tratamento clínico voltado para a redução da freqüência de crises. A maneira como o sujeito percebe suas crises é uma medida subjetiva relacionada com a percepção do sujeito com relação ao controle de crises. Mesmo que as crises estejam sob controle, se o paciente ainda se preocupa em tê-las, sua QV é afetada da mesma forma. O que importa é como o indivíduo se percebe, como avalia a influência da doença em sua vida. Este estudo prevê analisar a dimensão do impacto de cada fator na vida do paciente: aspectos físicos, emocionais e sociais, enfatizando as variáveis do próprio sujeito, mais especificamente, a percepção de controle de crises. O questionário de qualidade de vida (QQV-65) foi aplicado em 140 pacientes que eram frequentemente atendidos no ambulatório de epilepsia da FCM/Unicamp. O escore total de QV variou de 28,00 a 93,24. A saúde foi o aspecto de QV considerado mais afetado, seguido do aspecto emocional, social, auto-conceito, lócus de controle, e aspectos físico e cognitivo. Não houve associação significativa entre a pontuação final de QV e os dados de idade, sexo, escolaridade, estado civil e religião. Em relação aos dados clínicos da epilepsia, tanto sua duração como a freqüência de crises não foram associadas à QV, no entanto a presença de crises no período da entrevista foi altamente significativa para todos os aspectos da QV. Houve relação significativa entre a percepção de controle de crises e todos os aspectos de QV. A avaliação de QV revela como pessoas com epilepsia percebem a si e aos outros ao seu redor em relação a sua doença. Essa percepção é extremamente importante porque é a partir dela que a pessoa vai lidar com os eventos cotidianos e com os limites impostos pela sociedade e pela doença em si. A maneira como a pessoa percebe a influência da doença em sua vida, é fundamental para sua avaliação de QV e seu contato com o mundo / Abstract: Epilepsy for being a chronic neurological disorder, affects the behavior and the person's well-being. In several aspects its diagnosis reveals a high incidence of psychossocial difficulties that influence in the social adjustment and in the quality of life (QoL) of the people with epilepsy. The psychossocial consequences of epilepsy are usually countless and interfere in the professional, family, emotional and social aspect of people¿s life. Therefore, the focus in the psychossocial consequences of epilepsy ends up being as important as the clinical treatment, which aims the reduction of seizures' frequency. The way the subject notices his seizures is a subjective measure related with the perception of the subject about the seizures' control. When seizures are controlled, but the patient still worries about having a seizure, his Qol is affected in the same way. What matters is how the individual perceives himself and how he evaluates the influence of the disease in his life. This study foresees to analyze the dimension of the impact of each factor in the patient's life: physical, emotional and social aspects, emphasizing the variables of the own subject, more specifically, the perception of seizures' control. The questionnaire of quality of life (QQV-65) was applied in 140 patients who were frequently assisted in the outpatient clinic of epilepsy of FCM/UNICAMP. The total score of QoL varied from 28.00 to 93.24. Health was the aspect considered to be most affected by epilepsy, followed by the emotional and social aspect, self-concept, locus of control, physical and cognitive aspects. There was no significant association between the final score of QoL and the age, sex, school level, civil status and religion. In relation to the epilepsy' clinical data, the duration of epilepsy and the frequency of seizures were not associated to QoL, however the presence of seizures in the period of the interview was highly significant for all the aspects of QoL. There was a significant relationship between the perception of seizures' control and all the aspects of QoL. The evaluation of QoL reveals how people with epilepsy perceive themselves and the others in relation to the disease. That perception is extremely important because it will be the starting point from which the person will work with the daily events and with the limits imposed by the society and the disease itself. The way in which the person perceives the influence of the disease in his life is fundamental for his evaluation of QoL and his contact with the world / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestre em Ciências Médicas
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Entre a regulação e a subversão: o assumir-se enquanto um paradoxo da identidade homossexualSantana, Roberta Valesca Mota 30 June 2014 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-04T13:28:02Z
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Previous issue date: 2014-06-30 / O presente trabalho analisa fragmentos de histórias de vida de homens jovens com práticas homossexuais, na perspectiva de compreender o modo como constroem suas subjetividades na interface com o estigma às homossexualidades, ainda bastante eloquente na sociedade brasileira. Para isso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com enfoque biográfico, onde se solicitou a reconstrução da história de vida sexual dos interlocutores. Para fazer falar os dados, nos utilizamos da análise do discurso. Fundamentado no campo teórico construcionista de apreensão da sexualidade, da identidade e da subjetivação, buscamos compreender os sentidos atribuídos às experiências de desejar e/ou ter práticas sexuais com pessoas do mesmo sexo; conhecer os percursos nos circuitos de sociabilidade homossexual; e compreender como a estigmatização às homossexualidades tem afetado homens com práticas homossexuais. O estudo aponta que a sexualidade é constituída pelas interações estabelecidas nos diversos contextos de desenvolvimento e que a identificação do homossexual se dá em função de outros critérios para além da prática sexual com pessoas do mesmo sexo. Neste processo de identificação, a rede de amigos, fundada em novos sentidos atribuídos homossexualidade, ajuda aos sujeitos individuais a lidar com o não canônico da homossexualidade. A análise dos dados também sugere que os discursos da ciência e da religião, fortemente marcados em nossa cultura, de essencialização do biológico e situando a homossexualidade como um desvio, têm contribuído bastante para propagação de atitudes intolerantes. Porém, identificamos que estes jovens são capazes de atualizar estratégias para lidar com o sofrimento causado pela estigmatização das homossexualidades na família, na religião e na sociedade. Estes jovens conseguem compreender, na práxis, o jogo da estigmatização e assim diminuem a necessidade de se dizer homossexuais. Neste sentido, assumir-se deixa de ser uma imposição para tornar-se uma opção. Estas estratégias de manipulação e ocultamento da orientação sexual ocorrem de modo descontínuo e incompleto e se mostram necessárias perante os diversos círculos de sociabilidade, nos quais estes jovens transitam regularmente.
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As representações sociais sobre portadores do HIV/AIDS e os reflexos na cultura organizacional de uma casa de apoio / The Social Representations about the Users Holders of HIV/AIDS and Reflections on the Organizational Culture of a House Support in Fortaleza (Inglês)Loureiro, Cristiane Maria Santiago 06 November 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-11-06 / This study aimed to understand how the social representations accompanying stigmatized people living with HIV interfere in the relationship and practices of members of an organization. The survey was conducted through qualitative method, observation techniques, field diary and semi-structured interview, a House of Support for HIV / AIDS, located in Fortaleza, Ceará. Analyses were divided into three categories, which, in turn, were directed to perceptions of research subjects. The first category relates to people management processes and especially the conflicts between subjects (welcomed, employees and managers) in the institution, broke the question: Ready or not? The second category relates to the sources of conflicts involved in social representations stigmatized interfering with the organizational routine, directing the perception of stigma, addressed to employees and managers Support House, was developed from the question: Able or Unable to rehabilitation? Finally, the third category describes how the social representations stigmatized form the organizational culture of the institution investigated. Regarding welcomed, representations about his own condition in the House of support they were categorized as forms of perception of space, contained in the question: House or Prison? It appears the objectification when some received HIV carriers are drug users and experience the withdrawal within the Support House, where it has the mission to serve people living with HIV/AIDS. It can be seen anchoring the process at the time that the person with HIV has developed welcomed the arrest of feeling under the Support House for desposto is not sticking to the rules and standards required for coordination.
Keywords: Social Representations. Stigma. Institution Total. / Este trabalho teve como propósito compreender como as representações sociais estigmatizadas que acompanham os portadores de HIV interferem no relacionamento e nas práticas de membros de uma organização. A pesquisa foi realizada por meio do método qualitativo, técnicas de observação, diário de campo e entrevista semi estruturadas, numa Casa de Apoio para portadores de HIV/AIDS, localizada em Fortaleza, Ceará. As análises foram divididas em três categorias, as quais, por sua vez, foram direcionadas às percepções dos sujeitos de pesquisa. A primeira categoria se relaciona aos processos de gestão de pessoas e, principalmente, aos conflitos entre os sujeitos (acolhidos, funcionários e gestores) na instituição, partiu-se do questionamento: Preparado ou Não? A segunda categoria relaciona às fontes de conflitos envolvidas nas representações sociais estigmatizadas interferindo no cotidiano organizacional, direcionando à percepção do estigma, dirigida aos funcionários e gestores da Casa de Apoio, foi elaborada a partir do questionamento: Capaz ou Incapaz a ressocialização? Por último, a terceira categoria descreve como as representações sociais estigmatizadas dão forma à cultura organizacional da instituição pesquisada. Em relação aos acolhidos, as representações a respeito da sua própria condição na Casa de Apoio foram categorizadas quanto às formas de percepção do espaço, contidas no questionamento: Casa ou Prisão? Constata-se a objetivação quando alguns dos acolhidos portadores de HIV são usuários de drogas e vivenciam a abstinência no interior da Casa de Apoio, onde a mesma tem a missão de atender os portadores de HIV/AIDS. Percebe-se o processo da ancoragem no momento que o acolhido portador de HIV desenvolveu o sentimento de prisão no âmbito da Casa de Apoio por não está desposto ao cumprimento de regras e normas solicitadas pela coordenação.
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