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Incidência e fatores associados à ocorrência de infecção de sítio cirúrgico nas fraturas diafisárias do fêmur e da tíbia tratadas com haste intramedular: estudo prospectivo / Incidence and factors associated with the occurrence of surgical site infection in femoral and tibial diaphyseal fractures treated with intramedullary nailing: prospective study

Priscila Rosalba Domingos de Oliveira 27 June 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: As fraturas diafisárias do fêmur e da tíbia encontram-se em destaque devido a sua elevada incidência e alto impacto econômico e social. A osteossíntese com uso da haste intramedular (HIM) é o procedimento cirúrgico de escolha. A infecção de sítio cirúrgico (ISC) relacionada a HIM é considerada uma complicação grave e de difícil tratamento. OBJETIVOS: 1. Determinar a incidência de ISC após a implantação de HIM para fixação de fraturas diafisárias de fêmur e tíbia. 2. Avaliar os possíveis fatores associados. MÉTODOS: Estudo prospectivo observacional do tipo coorte. Para definição de ISC, foram utilizados os critérios do CDC-NHSN. A incidência de ISC foi calculada como a relação entre o número de pacientes com ISC em relação ao número total de pacientes. Para avaliação dos potenciais fatores associados, foram analisados aqueles relacionados aos pacientes (idade, gênero, índice de massa corpórea, presença de focos ativos de infecção à distância, presença condições imunossupressoras, avaliação de estado físico segundo escore ASA, etilismo, tabagismo, uso de drogas ilícitas, politrauma, etiologia do trauma, tipo de fratura quanto à exposição óssea, classificação da fratura segundo Müller AO, classificação segundo Tcherne para as fraturas fechadas, classificação segundo Gustilo-Anderson para as fraturas expostas, permanência em outro serviço de saúde, uso prévio de fixador externo, antecedente de manipulação cirúrgica na topografia da fratura, uso de hemoderivados); dos fatores relacionados ao ambiente cirúrgico e ao ato operatório (classificação da ferida quanto ao potencial de contaminação, duração da cirurgia, tricotomia, possível contaminação intraoperatória, uso de antimicrobianos relacionados ao procedimento cirúrgico, uso de drenos, ocorrência de hipotermia ou hipóxia no período perioperatório, tipo de HIM utilizada, fresagem, necessidade de necessidade de reparo do revestimento cutâneo associado à topografia da fratura, uso de terapia por pressão negativa) e dos fatores relacionados à microbiota (colonização por S. aureus ou A. baumannii). RESULTADOS: 221 pacientes foram incluídos e completaram o período de 12 meses de seguimento. A incidência de ISC associada à osteossíntese com HIM foi de 11,8%. Na análise inicial por regressão logística não ajustada, os seguintes fatores apresentaram associação com ISC: etiologia do trauma relacionada a acidentes de carro e bicicleta, classificação Müller AO do traço da fratura 2 ou 3, uso prévio de fixador externo, cirurgias com maiores tempos de duração, uso de drenos, uso de terapia por pressão negativa e necessidade de reparo do revestimento cutâneo na topografia da fratura. Na análise ajustada por regressão logística múltipla, contudo, apenas o uso prévio de fixador externo e a necessidade de reparo do revestimento cutâneo mantiveram-se associados à ocorrência de ISC. CONCLUSÕES: A incidência de ISC associada à fixação de fraturas diafisárias de fêmur e tíbia com HIM foi de 11,8%. O uso prévio de fixadores externos e a necessidade de reparo do revestimento cutâneo na topografia da fratura foram fatores associados à ocorrência de infecção / BACKGROUND: Diaphyseal fractures of femur and tibia are prominent due to its high incidence and high economic and social impact. Intramedullary nailing (IN) is the surgical procedure of choice. Surgical site infection (SSI) related to this procedure is considered a difficult to treat complication. OBJECTIVES: Determine the incidence of SSI after IM in femoral and tibial diaphyseal fractures and evaluate possible risk factors. METHODS: Prospective observational cohort study. SSI was defined according to CDC-NHSN criteria. Incidence of SSI was calculated as the ratio between the number of patients with SSI and total number of patients. Analysis of potential risk factors included patients-related factors (age, gender, body mass index, active foci of infection, immunosuppressive conditions, ASA score, alcohol or illicit drug abuse, smoking, polytrauma, etiology of fracture, type of fracture if closed or open, classification of fracture according to Müller AO, Tcherne classification for closed fractures, to Gustilo-Anderson classification for open fractures, previous surgical manipulation, use of blood products); environmental and surgical-related factors (surgical wound classification, duration of surgery, hair removal, intraoperative contamination, antimicrobial use, presence of drains, hypothermia or hypoxia in the perioperative period, type of IN used, reaming, need for muscle or skin flap repair, use of negative pressure therapy) and microbiotarelated factors (S. aureus and A. baumannii colonization). RESULTS: 221 patients were included and completed the 12-month follow-up period. Incidence of SSI was 11.8%. In the initial analysis by unadjusted logistic regression, following factors were associated SSI: trauma etiology related to car and bicycle accidents, Müller AO classification of the fracture morphology groups 2 or 3, previous use of external fixator, surgeries with larger length of time, presence of drains, use of negative pressure therapy and need for muscle or skin flap repair. In the multiple logistic regression-adjusted analysis, previous use of external fixator and need for muscle or skin flap repair remained associated with SSI. CONCLUSIONS: Incidence of SSI associated with IN for femoral and tibial diaphyseal fractures was 11.8%. Previous use of external fixators and need for muscle or skin flap repair were factors associated with occurrence of infection
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Influência dos níveis séricos de bilirrubina sobre a ocorrência e a evolução da sepse neonatal em recém-nascidos pré-termo com idade gestacional menor que 36 semanas / Influence of serum bilirubin levels on the occurrence and course of neonatal sepsis in preterm infants younger than 36 gestational age weeks

Claudio Ribeiro Aguiar 04 July 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: nos recém-nascidos, diversos componentes das defesas antioxidantes têm se mostrado deficientes. A bilirrubina possui potente ação antioxidante podendo compensar a deficiência dos demais componentes. Essa ação é potencializada pela biliverdina redutase. Esse estudo teve como objetivo identificar o efeito protetor da bilirrubina sobre a sepse neonatal em recém nascidos prematuros. MÉTODOS: estudo de coorte realizado em duas UTI neonatais. Participaram recém-nascidos com idade gestacional inferior a 36 semanas e peso de nascimento entre 750 e 1750 g. As determinações da bilirrubina e da carbonil proteína fizeram-se: a) ao nascimento b) com três dias c) com sete dias e d) com 14 dias de vida. Utilizou-se o teste t de Student nas comparações entre médias. Com as medidas de bilirrubina com três dias foi construída curva ROC. O ponto de inflexão dessa curva separou um grupo exposto a níveis altos de outro (controle) com níveis baixos de bilirrubina. Determinou-se Risco Relativo e intervalo de confiança de 95%. Para variáveis categóricas, utilizou-se o teste do Qui quadrado. A significância estatística foi α=5%. RESULTADOS: o estudo incluiu 53 pacientes. Sepse foi confirmada por hemocultura em 24 pacientes (45,3%). Foram 12 (22,6%) os pacientes com sepse clínica perfazendo 36 (67,9%) pacientes com todas formas de sepse. Sepse grave foi diagnosticada em 21 pacientes (39,6%). Nas comparações entre os valores de bilirrubina nos pacientes que apresentaram cada uma das três formas de sepse e nos pacientes sem sepse houve diferença significante na maioria das situações. Não houve diferença significante nas medidas ao nascimento em todas as formas de sepse e nas medidas aos 14 dias para os pacientes com sepse grave. Ótimos resultados estatísticos ocorreram nas comparações com três dias de vida entre pacientes com sepse comprovada e pacientes sem sepse com p= 0,0009. O ponto de inflexão da curva ROC, com bilirrubina em 9,8mg% separou os pacientes em grupo exposto e não exposto. Comparação quanto à presença ou não de sepse entre os grupos mostrou diferença estatisticamente significante, considerando-se cada uma das formas de sepse analisadas. Para sepse confirmada encontrou-se RR=0,39 (IC95% 0,22- 0,71) e p=0,0008. Nas curvas padrão para bilirrubina, houve diferença significante entre as áreas das duas curvas, com os pacientes sem sepse apresentando área maior. A correlação entre os valores máximos de bilirrubina e os valores máximos da carbonil proteína foi inversa e estatisticamente significante (p=0,016). A diferença entre os valores da carbonil proteína nos pacientes com cada uma das formas de sepse analisadas e os dos pacientes sem sepse, não atingiu significância estatística. O conjunto dos resultados do estudo mostra uma relação estatisticamente significante entre níveis mais elevados de bilirrubina e menor incidência e gravidade da sepse neonatal e uma correlação significante entre bilirrubina e carbonil proteína. CONCLUSÃO: maiores níveis séricos de bilirrubina protegem os prematuros da ocorrência e gravidade da sepse devido as suas propriedades antioxidantes. / INTRODUCTION: several components of the antioxidative defenses are deficient in the newborn. Bilirubin is a potent antioxidant and can counterbalance the deficiency of those components. This antioxidant action is potencialized by biliverdin reductase. The present study aimed at identifying the protective effect of bilirubin on neonatal sepsis in premature babies. METHODS: cohort study, carried out in two neonatal intensive care unities. Newborns younger than 36 gestational age weeks and birth weight between 750 and 1750g were included in the study. Bilirubin and protein carbonyl measurements were performed: a) at birth, b) at day three, c) at day seven, d) at day fourteen. Student t test was used for mean comparisons. Bilirubin measurements at day three were used to build a ROC curve. The inflection point of this curve separated the high bilirubin from the low bilirubin group. Relative risk and 95% confidence interval were determined. Chi-square test was applied for categorical variables and the significance level was set at α=5%. RESULTS: fifty-three patients were included in the study. Twenty-four patients (45.3%) had proven sepsis, twelve (22.6%) had clinical sepsis, totaling 36 (67.9%) patients with all forms of sepsis and 21 (39.6%) patients with severe sepsis. Comparisons between bilirubin values in patients with each form of sepsis and patients without sepsis showed significant differences in most of the situations. There was no statistically significant difference in birth measures in all forms of sepsis as well as in day 14 measurements for severe sepsis. Very good statistical results were found on day three comparisons between proven sepsis and no sepsis patients p=0.0009. The ROC curve inflection point, with bilirubin level at 9.8 mg%, identified an exposed and a non-exposed group. Comparisons regarding the presence of sepsis between groups showed a statistically significant difference, considering each of the analyzed sepsis forms. For proven sepsis RR=0.39 (95%CI 0.22-0.71) p=0.0008. Bilirubin curves showed a significant difference between the areas of the two curves, with patients without sepsis displaying a larger area. The correlation between bilirubin maximum values and protein carbonyl maximum values was inverse and significant (p=0.016). The difference regarding protein carbonyl values between patients with each form of sepsis and patients without sepsis did not reach statistical significance. These results show a statistical significant relation between higher bilirubin levels and a lower incidence and severity of neonatal sepsis and a significant correlation between bilirubin and protein carbonyl. CONCLUSION: higher bilirubin levels protect premature babies from the occurrence and severity of sepsis due to its antioxidative properties.
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Análise da segurança e da imunogenicidade da vacina influenza sazonal trivalente (fragmentada e inativada) integralmente produzida pelo Instituto Butantan em 2013, 2014 e 2015 / Safety and immunogenicity of a seasonal trivalent inactivated influenza vaccine produced by Butantan Institute in 2013, 2014 e 2015

Gabriella Mondini 17 July 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: A vacinação anual é recomendada como a medida mais efetiva contra a influenza sazonal. O Instituto Butantan (IB) realizou, anualmente, estudos clínicos das vacinas influenza sazonais trivalentes (fragmentada e inativada), produzidas em2013, 2014 e 2015. MÉTODO: Estudos de coorte prospectivos para descrever a imunogenicidade e a segurança da vacina influenza produzida pelo IB nos anos de 2013, 2014 e 2015 em participantes adultos saudáveis e idosos. Após assinatura do TCLE os participantes foram submetidos à coleta de sangue e receberam uma dose da vacina. Nos dias 1, 2 e 3 após a vacinação foram contatados para avaliação da segurança (reações adversas solicitadas locais e sistêmicas e não solicitadas). No dia 21(+7) pósvacinação retornaram ao centro de pesquisa para nova checagem da segurança e para a coleta de sangue para a avaliação da imunogenicidade pós-vacinação. As análises de imunogenicidade foram feitas através do método inibição de hemaglutinação (IH). Os desfechos de imunogenicidade foram: porcentagem de soroconversão (SC), porcentagem de soroproteção (SP) e razão da média geométrica dos títulos (RMGT) de anticorpos inibidores da hemaglutinação. O estudo de 2013 foi conduzido no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e no Centro de Pesquisa Clínica do Instituto da Criança, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, os estudos de 2014 e 2015 foram realizados apenas no CRIE. As composições das vacinas utilizadas nos estudos em 2013, 2014 e 2015 seguiram as recomendações da OMS para vacina influenza sazonal do hemisfério sul. RESULTADOS: No ano de 2013, foram incluídos no estudo 47 adultos e 13 idosos, em 2014, 60 adultos e 60 idosos e em 2015, 62 adultos e 57 idosos. Nos estudos de 2013, 2014 e 2015, dor foi a reação adversa local mais frequente e cefaleia a sistêmica mais relatada. Todas as reações adversas observadas foram classificadas como leves ou moderadas e nenhuma como grave. Porcentagens de SP > 70% e >60% foram demonstradas para adultos e idosos, respectivamente, para os três vírus vacinais, nos estudos de 2013, 2014 e 2015. Porcentagem de SC > 40% foi demonstrada para os adultos, para os três vírus vacinais, apenas no estudo de 2014 e porcentagem de SC >30% foi demonstrada nos idosos, para os três vírus vacinais, apenas nos estudos de 2013 e 2014. RMGT > 2.5 nos adultos para os três vírus vacinais foi demonstrada apenas no estudo de 2013 e RMGT > 2 nos idosos, para os três vírus vacinais, foi demonstrada nos estudos de 2013, 2014 e 2015. CONCLUSÃO: As vacinas influenza sazonal de 2013, 2014 e 2015, produzidas integralmente pelo Instituto Butantan, foram seguras e imunogênicas segundo os parâmetros de imunogenicidade definidos pela EMA / INTRODUCTION: Annual vaccination is most effective way to prevent seasonal influenza illness. Instituto Butantan (IB) performed clinical studies with its 2013, 2014 and 2015 seasonal trivalent influenza vaccines (split-virion and inactivated) METHODS: Prospective cohort studies to describe the safety and immunogenicity of Instituto Butantan influenza vaccine, in healthy adults and elderly, from 2013 to 2015. Soon after the informed consent was signed, participants underwent blood collection followed by vaccination. On study days 1, 2 and 3 post vaccination participants were contacted by the stuffy to evaluate the occurrence of solicited (local and systemic) and non-solicited adverse reactions. On study day 21(+7) subjects returned to the clinical site for final safety assessments and blood collection for the immunogenicity evaluation post vaccination. The immunogenicity analyses were performed by means of haemagglutination inhibition assay (HI). The immunogenicity endpoints were: seroprotection (SPR) and seroconversion (SCR) rates and the geometric mean HI antibody titer ratio (GMTR). The 2013 study The Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) and at the Centro de Pesquisa Clínica do Instituto da Criança, Hospital das Clínicas of Medical School of University of São Paulo and the 2014 and 2015 studies were conducted at CRIE. The vaccine composition followed the WHO recommendation for the southern hemisphere seasonal influenza vaccine RESULTS: 47 healthy adults and 13 elderly participated in the 2013 study, 60 healthy adults and 60 elderly in the 2014 study, and 62 healthy adults and 57 elderly in the 2015 study. In the 2013, 2014 and 2015 studies, pain was the most frequent local adverse reaction and headache the most frequent systemic adverse reaction. All observed adverse reactions were classified as mild or moderate and none as severe. SPR > 70% and SPR > 60% were observed in adults and elderly, respectively, for the three vaccine viruses, in the 2013, 2014 and 2015 studies. SCR > 40% was observed in adults, for the three vaccine viruses, only in the 2014 study and SCR > 30% was observed in elderly, for the three vaccine viruses, only in the 2013 and 2014 studies. GMTR >2.5 among adults, for the three vaccine viruses was only observed in the 2013 study and GMTR > 2.0 was observed among elderly, for the three vaccine viruses, in the 2013, 2014 and 2015 studies. CONCLUSION: The 2013, 2014 and 2015 seasonal influenza vaccines produced by Instituto Butantan were safe and immunogenic according to the immunogenicity criteria defined by EMA
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Associação entre hiperhidratação e infecção em crianças com queimadura extensa / Association between hiperhidratation and infection in extensive burn children

Dittrich, Maria Helena Müller 10 October 2018 (has links)
Introdução: A ressuscitação fluídica agressiva, com volume superior ao preconizado por Baxter, com objetivo de evitar a hipoperfusão de órgãos e restabelecer a volemia rapidamente, se tornou uma tendência nos últimos anos. Esta prática vem sendo discutida mais recentemente após a caracterização do fenômeno fluid creep e pode ser causa de aumento da morbidade e mortalidade em crianças queimadas. A hiperhidratação impacta negativamente a evolução desses pacientes e já se estabeleceram associações do fenômeno fluid creep com diversas complicações, como, por exemplo, a síndrome compartimental abdominal. Pacientes queimados estão sob alto risco para infecção e sepse devido à perda da integridade da pele e à exposição prolongada ao ambiente nosocomial. A principal causa de óbito, se o paciente sobreviver à fase inicial do choque do queimado é a disfunção de múltiplos órgãos e sistemas secundária a sepse. Objetivos: Avaliar a associação entre o fluid creep e episódios infecciosos em crianças queimadas submetidas a duas estratégias diferentes de reanimação hídrica envolvendo albumina. Realizar análises de curvas de probabilidade livre de infecção, além de comparar o tempo de internação e número de procedimentos cirúrgicos realizados nestes grupos de pacientes. Metodologia: Estudo de coorte histórica envolvendo 46 crianças queimadas admitidas no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Universitário de Londrina entre junho de 2012 e janeiro de 2014 e que incluiu casos oriundos de um ensaio clínico randomizado controlado realizado no mesmo período. Foram incluídas crianças entre 1 e 12 anos, com queimaduras entre 15% e 45% de Superfície Corporal Queimada (SCQ) e profundidade de 2º e 3º graus, admitidas até a 12ª hora após o acidente. Todos os pacientes receberam reanimação fluídica com Ringer Lactato (RL), nas primeiras 24 horas, segundo a Fórmula de Parkland modificada (3ml/kg/%SCQ) ajustada de acordo com o débito urinário (DU). Os pacientes do grupo A = Exposto (n=23) receberam albumina 5% entre 8 e 12 horas do momento do acidente, e os do Grupo B= Não Exposto (n=23) receberam albumina 5% partir da 24a hora do acidente. Os grupos foram comparados quanto ao surgimento do fenômeno fluid creep, tempo de internação, número de procedimentos cirúrgicos realizados e infecção até a alta hospitalar. Resultados: Os pacientes do grupo A tiveram menos dias de internação comparadamente ao grupo B (p=0,007). O surgimento do fenômeno fluid creep foi maior em crianças no grupo B (p < 0,001). O tempo de internação maior de 14 dias assim como a presença de fluid creep foi associado com a presença de infecção, respectivamente p=0,002 e p=0,020. O tempo de internação bem como a presença de fluid creep apresentaram diferenças nas curvas de probabilidade livre de infecção (p < 0,05). Todas as crianças do grupo B receberam debridamento comparado com 73,9% daquelas incluídas no grupo A (p=0,022), assim como os enxertos foram mais frequentes no grupo B (p=0,032). Conclusões: Crianças queimadas que receberam albumina entre 8 e 12 horas após o acidente apresentaram significativamente menos fluid creep, menor tempo de internação e menor número de procedimentos cirúrgicos (debridamentos e enxertos) comparativamente ao grupo que recebeu albumina após 24 horas. A presença do fluid creep e o tempo de internação superior a 14 dias apresentaram diferenças nas curvas de probabilidade livre de infecção, demonstrando pior prognóstico infeccioso / Introduction: Aggressive fluid resuscitation, defined as the administration of a superior volume to the parameters recommended by Baxter, intend to rapidly set the euvolemia and avoid organ hypoperfusion in burn individuals. The practice became a trend during the last years and has been extensively discussed after the establishment of the fluid creep phenomenon and has been considered as a possible mortality and morbidity factor in burn children. A strong association of fluid creep development has already been established with many conditions, as abdominal compartment syndrome. Burn patients are at high risk of infection and subsequent progression to sepsis due to the loss of skin integrity and long-term exposure to hospital environment. If those patients survive to the burn shock, their main cause of death is the multiple organ failure secondary to sepsis, what highlights the importance of comprehensive knowledge of infectious complications in burn children. Objectives: Assess the association between fluid creep and infection episodes in burn children that were exposed to two different fluid resuscitation strategies with the use of albumin. Analyze the patients infection-free probability curves, length of stay and number of surgery procedures needed. Methods: We developed a historic cohort of 46 burn children admitted at the Burn Treatment Center, State University of Londrina. The same patients were simultaneously enrolled in a parallel clinical trial. In this study, were included patients from 1 to 12 years old, with 15% to 45% of the body surface area (BSA) compromised, second or third-degree burns, admitted up to 12 hours after the accident. Both groups were compared according to the exposure. All the patients received fluid resuscitation with Ringer Lactate (RL) in the first 24 hours, respecting the modified Parkland formula (3 ml/kg/% TBSA) adjusted according to the urine output (UO). Patients from group A were exposed to 5% albumin between 8 and 12 hours from the accident moment and the patients from group B received 5% albumin after 24 hours from the accident. The outcomes observed were development of fluid creep phenomenon, length of stay, number of surgery procedures needed and infection until the hospital discharge. Results: Compared to the group B, the group A had a shorter median length of stay (p=0,007). Fluid creep development had higher rates on group B compared to group A (p < 0,001). The length of stay for more than 14 days, as the fluid creep arising, was associated with infection (respectively, p=0,002 and p=0,02). Both the length of stay and the fluid creep presence showed difference at the infection-free probability curves (p < 0,05). All the patients from group B were submitted to debridement compared to 73,9 from group A (p=0,022). The need of skin graft procedure was also more frequent in patients from group A (p=0,032). Conclusion: Burn children that received albumin between 8 and 12 hours from the accident moment presented significant less fluid creep, shorter length of stay, and smaller number of surgery procedures (as debridement and skin graft) compared to the group that received albumin after 24 hours from the accident. Fluid creep development and length of stay superior to 14 days presented differences at the infection-free probability curves, providing a negative infectious prognosis
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Influência dos níveis séricos de bilirrubina sobre a ocorrência e a evolução da sepse neonatal em recém-nascidos pré-termo com idade gestacional menor que 36 semanas / Influence of serum bilirubin levels on the occurrence and course of neonatal sepsis in preterm infants younger than 36 gestational age weeks

Aguiar, Claudio Ribeiro 04 July 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: nos recém-nascidos, diversos componentes das defesas antioxidantes têm se mostrado deficientes. A bilirrubina possui potente ação antioxidante podendo compensar a deficiência dos demais componentes. Essa ação é potencializada pela biliverdina redutase. Esse estudo teve como objetivo identificar o efeito protetor da bilirrubina sobre a sepse neonatal em recém nascidos prematuros. MÉTODOS: estudo de coorte realizado em duas UTI neonatais. Participaram recém-nascidos com idade gestacional inferior a 36 semanas e peso de nascimento entre 750 e 1750 g. As determinações da bilirrubina e da carbonil proteína fizeram-se: a) ao nascimento b) com três dias c) com sete dias e d) com 14 dias de vida. Utilizou-se o teste t de Student nas comparações entre médias. Com as medidas de bilirrubina com três dias foi construída curva ROC. O ponto de inflexão dessa curva separou um grupo exposto a níveis altos de outro (controle) com níveis baixos de bilirrubina. Determinou-se Risco Relativo e intervalo de confiança de 95%. Para variáveis categóricas, utilizou-se o teste do Qui quadrado. A significância estatística foi &#945;=5%. RESULTADOS: o estudo incluiu 53 pacientes. Sepse foi confirmada por hemocultura em 24 pacientes (45,3%). Foram 12 (22,6%) os pacientes com sepse clínica perfazendo 36 (67,9%) pacientes com todas formas de sepse. Sepse grave foi diagnosticada em 21 pacientes (39,6%). Nas comparações entre os valores de bilirrubina nos pacientes que apresentaram cada uma das três formas de sepse e nos pacientes sem sepse houve diferença significante na maioria das situações. Não houve diferença significante nas medidas ao nascimento em todas as formas de sepse e nas medidas aos 14 dias para os pacientes com sepse grave. Ótimos resultados estatísticos ocorreram nas comparações com três dias de vida entre pacientes com sepse comprovada e pacientes sem sepse com p= 0,0009. O ponto de inflexão da curva ROC, com bilirrubina em 9,8mg% separou os pacientes em grupo exposto e não exposto. Comparação quanto à presença ou não de sepse entre os grupos mostrou diferença estatisticamente significante, considerando-se cada uma das formas de sepse analisadas. Para sepse confirmada encontrou-se RR=0,39 (IC95% 0,22- 0,71) e p=0,0008. Nas curvas padrão para bilirrubina, houve diferença significante entre as áreas das duas curvas, com os pacientes sem sepse apresentando área maior. A correlação entre os valores máximos de bilirrubina e os valores máximos da carbonil proteína foi inversa e estatisticamente significante (p=0,016). A diferença entre os valores da carbonil proteína nos pacientes com cada uma das formas de sepse analisadas e os dos pacientes sem sepse, não atingiu significância estatística. O conjunto dos resultados do estudo mostra uma relação estatisticamente significante entre níveis mais elevados de bilirrubina e menor incidência e gravidade da sepse neonatal e uma correlação significante entre bilirrubina e carbonil proteína. CONCLUSÃO: maiores níveis séricos de bilirrubina protegem os prematuros da ocorrência e gravidade da sepse devido as suas propriedades antioxidantes. / INTRODUCTION: several components of the antioxidative defenses are deficient in the newborn. Bilirubin is a potent antioxidant and can counterbalance the deficiency of those components. This antioxidant action is potencialized by biliverdin reductase. The present study aimed at identifying the protective effect of bilirubin on neonatal sepsis in premature babies. METHODS: cohort study, carried out in two neonatal intensive care unities. Newborns younger than 36 gestational age weeks and birth weight between 750 and 1750g were included in the study. Bilirubin and protein carbonyl measurements were performed: a) at birth, b) at day three, c) at day seven, d) at day fourteen. Student t test was used for mean comparisons. Bilirubin measurements at day three were used to build a ROC curve. The inflection point of this curve separated the high bilirubin from the low bilirubin group. Relative risk and 95% confidence interval were determined. Chi-square test was applied for categorical variables and the significance level was set at &#945;=5%. RESULTS: fifty-three patients were included in the study. Twenty-four patients (45.3%) had proven sepsis, twelve (22.6%) had clinical sepsis, totaling 36 (67.9%) patients with all forms of sepsis and 21 (39.6%) patients with severe sepsis. Comparisons between bilirubin values in patients with each form of sepsis and patients without sepsis showed significant differences in most of the situations. There was no statistically significant difference in birth measures in all forms of sepsis as well as in day 14 measurements for severe sepsis. Very good statistical results were found on day three comparisons between proven sepsis and no sepsis patients p=0.0009. The ROC curve inflection point, with bilirubin level at 9.8 mg%, identified an exposed and a non-exposed group. Comparisons regarding the presence of sepsis between groups showed a statistically significant difference, considering each of the analyzed sepsis forms. For proven sepsis RR=0.39 (95%CI 0.22-0.71) p=0.0008. Bilirubin curves showed a significant difference between the areas of the two curves, with patients without sepsis displaying a larger area. The correlation between bilirubin maximum values and protein carbonyl maximum values was inverse and significant (p=0.016). The difference regarding protein carbonyl values between patients with each form of sepsis and patients without sepsis did not reach statistical significance. These results show a statistical significant relation between higher bilirubin levels and a lower incidence and severity of neonatal sepsis and a significant correlation between bilirubin and protein carbonyl. CONCLUSION: higher bilirubin levels protect premature babies from the occurrence and severity of sepsis due to its antioxidative properties.
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Desigualdades sociais na sobrevida de câncer de boca e orofaringe em São Paulo / Social inequalities in the oral and oropharyngeal cancer survival in São Paulo

Soares, Felipe Fagundes 13 April 2018 (has links)
Introdução. Há evidências de que a desigualdade social pode influenciar o prognóstico do câncer quando foram comparadas as taxas de sobrevida segundo o status socioeconômico, entretanto isso ainda não foi estudado no Brasil. Objetivo. Analisar a desigualdade social na determinação da sobrevida específica em um, três e cinco anos, de pacientes diagnosticados com câncer de boca e orofaringe em São Paulo. Metodologia. Utilizou-se a coorte de base hospitalar do grupo de pesquisa Genoma Clínico do Câncer de Cabeça e Pescoço (GENCAPO), à qual foram aplicados novos critérios de exclusão. Assim, foram analisados dados demográficos, socioeconômicos, comportamentais, sintomas autorreferidos e de condições clínicas de 1.154 pacientes, com diagnóstico de malignidade nas regiões de boca (C00.3-C06) e orofaringe (C09-C10), arrolados de 2001 a 2009 e acompanhados por cinco anos. A desigualdade social foi aferida pela escolaridade e a ocupação. As probabilidades acumuladas de sobrevida específica em um, três e cinco anos foram calculadas pelo método de Kaplan-Meier e as diferenças entre as curvas de sobrevida, pelo teste de Log-rank. A regressão de Cox univariada e múltipla possibilitou a análise dos fatores associados à sobrevida - Hazard Ratio (HR) com IC95%. Resultados. As probabilidades acumuladas de sobrevida específica em um, três e cinco anos para câncer de boca e orofaringe, foram de 74,72%, 49,86 e 42,46%, respectivamente. Baixa escolaridade (HR=1,25; IC95%=1,03-1,51) e realização de trabalhos manuais (HR=1,37; IC95%=1,05-1,78) foram associados à menor probabilidade de sobrevivência em cinco anos na análise não ajustada. A cor da pele preta/parda, tumor de tamanho T3 ou T4 e comprometimento de linfonodos foram fatores independentemente associados à menor sobrevida específica por câncer de boca e orofaringe em um, três e cinco anos. Disfagia e dificuldade respiratória foram associados à menor sobrevida específica em um ano. Em três anos, observou-se também a otalgia e em cinco anos, a dificuldade de deglutição. Conclusões. Foi identificada associação entre a desigualdade social, menor escolaridade e trabalho manual, à menor sobrevida em 5 anos. Esses fatores, na análise ajustada pelas características demográficas, tiveram sua associação potencialmente explicada pela cor da pele preta/parda. / Introduction. There is evidence that social inequality may influence the prognosis of cancer when comparing survival rates according to socioeconomic status, but this has not been studied in Brazil. Aim. To evaluate social inequality in the determination of one, three and five years specific survival of patients diagnosed with oral and oropharyngeal cancer in São Paulo. Methodology. A hospital-based cohort of the research group \"Clinical Genome of Head and Neck Cancer\" (GENCAPO) was used, applying new exclusion criteria. Demographic, socioeconomic, behavioral, selfreported symptoms and clinical conditions characteristics of 1,154 patients, diagnosed with malignancy in the mouth (C00.3-C06) and oropharynx (C09-C10) regions, included from 2001 to 2009 and followed up for five years, were analyzed. Social inequality was measured by schooling and occupation. The cumulative probabilities of one, three, and five years specific survival were calculated by the Kaplan-Meier method and differences between the survival curves by the log-rank test. Univariate and Multiple Cox Regression allowed to analyze the factors associated with survival - Hazard Ratio (HR) with 95% CI. Results. The accumulated probabilities of one, three and five years specific survival for oral and oropharyngeal cancer were 74.72%, 49.86 and 42.46%, respectively. Low schooling (HR = 1.25, 95% CI = 1.03-1.51) and manual work (HR = 1.37, 95% CI = 1.05-1.78) were associated with a lower survival probability at five years in the unadjusted analysis. Dysphagia and breathing difficulties were associated with lower one year specific survival. At three years, it was also observed earache, and at five years, swallowing difficulty. Conclusions. An association among social inequality, lower schooling and manual labor, with the lowest survival at 5 years, was identified. These results were potentially explained by black/brown skin color in the adjusted analysis for demographic characteristics.
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Ventilação não invasiva na prática clínica de um hospital terciário de grande porte: características demográficas, clínicas de fatores relacionados ao desfecho de pacientes internados em UTI / Non invasive ventilation in clinical pratice in a large tertiary hospital: demographical characteristics, clinics, and factors related to the outcome of patients in ICU

Travaglia, Teresa Cristina Francischetto 15 April 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: A ventilação não invasiva (VNI) tem sido amplamente utilizada na prática clínica para o tratamento de insuficiência respiratória aguda (IRpA) e crônica. OBJETIVO: Observar longitudinalmente a rotina da utilização da VNI e estimar o seu impacto sobre os desfechos dos pacientes internados em UTI. METODOS: Estudo de coorte prospectivo de pacientes admitidos consecutivamente em 10 UTIs de um grande hospital público universitário. Durante 9 meses, foram estudados todos os pacientes com idade >= 18 anos, submetidos a VNI durante a permanência na UTI. RESULTADOS: Um total de 392 pacientes foram incluídos. A média (DP) de idade foi 56 (19) anos e 55% eram do sexo masculino. A média (DP) escore SAPS II foi de 36 (14). As indicações de VNI foram: pós-extubação (44%), IRpA (27%), fisioterapia respiratória(18%). A média do IPAP e do EPAP no último dia da VNI foi de 14 cmH2O e 8,8 cmH2O, respectivamente. A máscara facial foi utilizada em 93% dos casos e a máscara facial total em apenas 6%. A incidência de pneumonia foi de 5%. No desfecho do estudo, foi observado falência da VNI em 35% dos casos, taxa de mortalidade em 25% e o tempo de internação na UTI com uma mediana de 10 dias. CONCLUSÕES: A VNI pode ser bem sucedida se usada em pacientes selecionados. Muitos fatores foram associadas ao fracasso NIV: idade, SAPS II, IPAP, EPAP e valores FiO2 no último dia da VNI e presença de tosse e da necessidade de aspiração traqueal. A taxa de mortalidade e tempo de UTI foi maior no grupo que fracassou na VNI. / CONTEXT: Noninvasive ventilation (NIV) has been widely used in clinical practice in order to treat acute or chronic respiratory failure. OBJECTIVE: To observe the routine use of NIV and estimate the outcomes of this population. METHODS: A prospective cohort study of consecutively admitted patients in 10 ICUs of a large public university affiliated hospital. Over a 9 months period, we studied all patients with age >= 18 years, submitted to NIV during ICU stay. RESULTS: A total of 392 patients were included in this study. The mean (SD) age was 56(19) years, and 55% were males. The mean (SD) SAPS II Score was 36 (14). NIV indications were: post extubation (44%), acute respiratory failure (ARF)(27%), and chest physiotherapy (18%). The mean IPAP and EPAP at the last day of NIV was 14 cmH2O and 8.8 cmH2O respectively. The full face mask was used in 93% of cases, only 6% used total face mask. The incidence of pneumonia was 5%. The NIV failure rate was 35%, ICU mortality rate 25% and the median ICU stay 10 days. CONCLUSIONS: NIV can be successful in selected patients. Many factors were associated to NIV failure: age, and SAPS II, IPAP, EPAP and FiO2 values at the last day of NIV and presence of cough and the need for tracheal aspiration. Mortality rate and ICU length of stay were higher in NIV failure group.
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Mudanças no hábito de fumar e ganho de peso gestacional : um estudo de coorte em capitais brasileiras / Smoking cessation and prenatal weight gain

Favaretto, Ana Lenise Ferreira January 2001 (has links)
Objetivo: Avaliar a influência de mudanças no hábito de fumar sobre o ganho de peso gravídico materno. Métodos: Foram entrevistadas 5.564 gestantes com 20 anos ou mais, sem diabetes mellitus prévio em serviços de pré-natal geral de seis capitais brasileiras, entre 1991 e 1995, e acompanhamos, através de revisão de prontuários, as gestações até o parto, identificando 4.000 gestantes com peso pré-gravídico relatado, peso medido no terceiro trimestre, hábito de fumar e época de sua eventual modificação, quando disponíveis. Resultados: Entre as gestantes ex-fumantes (915, 23% do total), 240 (26%) pararam de fumar durante a gravidez. A mediana de cigarros/dia das que continuaram fumantes (717, 18%) foi reduzida de 10 para 5 após o início da gravidez. Após ajustar para idade, escolaridade, cor da pele, IMC pré-gravídico, paridade e centro clínico, as ex-fumantes ganharam 1.030 g (IC95% 590 a 1.460) a mais que as nunca fumantes, sendo maior a diferença (1.540, IC95% 780 a 2.300 g) nas que pararam após a concepção. O ganho do peso na gravidez se correlacionou, tanto em fumantes quanto em ex-fumantes, com o número de cigarros diminuídos na gravidez. Conclusão: Diminuir ou parar de fumar na gravidez, embora importante para uma gestação saudável, é fator de risco para ganho de peso materno. / Objective: Evaluate the association of changes in smoking habit with maternal weight gain. Methods: We interviewed 5564 pregnant women > 20 years, without prior diabetes mellitus, during a second trimester pre-natal visit in general prenatal care clinics in 6 Brazilian cities, from 1991 to 1995, and followed them, through chart review, to term. We now report associations in the 4000 women who had complete information concerning pre-pregnancy and 3rd trimester weight, smoking status and its eventual changes during pregnancy. Results: Of women who stopped smoking (915, 23% do total), 240 (26,2%) stopped during pregnancy. The median number of cigarettes smoked/day among those who continued (717, 18%) decreased from 10 to 5 with pregnancy. In linear regression models adjusting for age, educational level, ethnicity, pre-pregnancy body mass index, parity and clinical center, exsmokers gained 1030 (95%CI 590 – 1460) grams more than never smokers, this difference being greater – 1540 (95%CI 780 – 2300) grams – in those who quit while pregnant. The size of weight gain in both smokers and ex-smokers was proportional to the quantitative reduction in daily number of cigarettes smoked during pregnancy (p=0.007). Conclusion: Stopping to smoke or decreasing the quantity of cigarettes smoked in pregnancy, although important for maternal and child health, is a risk factor for maternal weight gain.
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Terapia de reposição hormonal não altera a variabilidade da frequência cardíaca em mulheres pós-menopáusicas

Fernandes, Eney Oliveira January 2002 (has links)
INTRODUÇÃO. Mulheres pós-menopáusicas apresentam maior risco de desenvolvimento de doença arterial coronariana. Estudos observacionais demonstraram que a terapia de reposição hormonal produz efeitos benéficos no perfil lipídico e na modulação autonômica cardíaca. O aumento da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC), até então atribuído à reposição hormonal, não foi testado em estudos randomizados, placebo-controlados, delineados para permitir a comparação entre as duas formas mais utilizadas de reposição hormonal. A VFC de 24 horas calculada pelo método não linear Mapa de Retorno Tridimensional permite avaliar tanto a modulação vagal como a simpática. OBJETIVOS Avaliar a modulação autonômica cardíaca de mulheres pósmenopáusicas através da análise da VFC no domínio do tempo e dos índices do Mapa de Retorno Tridimensional no ECG de 24 horas. Testar a hipótese de que a reposição hormonal contínua, seja com estradiol isolado (TRE), seja com estradiol associado à noretisterona (TRH), por um período de três meses, aumenta a VFC nessas mulheres. MÉTODOS Quarenta mulheres pós-menopáusicas (46 a 63 anos; média = 54,6 ± 4,2) foram randomizadas para um dos três tratamentos, de forma contínua: TRH, estrogenioterapia (TRE) ou placebo, por três meses consecutivos. Previamente, todas as mulheres foram submetidas a exames clínico, ginecológico e laboratorial (glicose, estradiol, HDL, LDL, triglicerídios; mamografia e ultrassonografia transvaginal). O ECG de 24 horas foi gravado em cada paciente, antes e após o tratamento, para calcular os índices da VFC. RESULTADOS Não houve diferença estatisticamente significativa entre os três grupos, após 3 meses de tratamento, nos índices da VFC e do Mapa de Retorno Tridimensional. A TRH diferiu da TRE apenas quanto ao perfil lipídico. A associação com a noretisterona provocou uma redução de 12,4 % no HDL (p = 0,008). CONCLUSÃO Em mulheres pós-menopáusicas, a terapia de reposição hormonal contínua com estradiol, ou com estradiol associado à noretisterona, por um período de 3 meses, não altera a modulação autonômica cardíaca avaliada pela VFC. / Background: Postmenopausal women are at greater risk of coronary heart disease. Observational studies have demonstrated that hormone replacement therapy (HRT) improves lipid profile and cardiac autonomic modulation. The cardioprotective effect attributed to HRT has not been tested in randomized, placebo-controlled trials to compare the two most frequently used regimens. This study evaluates cardiac autonomic modulation in postmenopausal women using time domain indices of heart rate variability (HRV) and indices derived from the three-dimensional return map, and investigates whether continuous HRT for three months, either with estradiol alone (ERT) or with estradiol and norethisterone (HRT), increases HRV in postmenopausal women. Methods: Forty postmenopausal women aged 46 to 63 years were consecutively and randomly assigned to one of three treatment groups: HRT, ERT, or placebo. For all women, clinical, gynecological and laboratory data (glucose, estradiol, HDL, LDL, triglycerides, mammography and transvaginal sonography) were collected. Patients underwent 24-h ECG before and after the treatment to evaluate HRV indices. Results: Time domain indices of HRV as well as indices derived from the threedimensional return map presented no significant changes after interventions. The only significant difference between HRT and ERT groups was in lipid profile. HDL cholesterol levels decreased 12.4% (p = 0.008) for women who used HRT. Conclusion: In postmenopausal women, continuous hormone replacement therapy with estradiol or estradiol with norethisterone for 3 months does not affect cardiac autonomic modulation evaluated by HRV.
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Avaliação da resposta fetal à estimulação auditiva a partir da 13° semana de gestação: estimativa temporal da viabilidade neurológica fetal

Luz, Sérgio Hecker January 2005 (has links)
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