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Automedicação em comunidades ribeirinhas na região do Médio Solimões Amazonas / Self-medication in riverside communities in the middle portion of the Solimões River Amazonas

Abel Santiago Muri Gama 19 October 2016 (has links)
Introdução: A automedicação é uma prática frequente em diferentes culturas, que pode ser usada como estratégia para resolução de pequenos problemas de saúde, especialmente em populações cujo acesso a serviços de saúde é restrito. No entanto, essa prática pode, também, ocasionar reações adversas graves, resistência microbiana, interações medicamentosas e gastos desnecessários, especialmente em grupos economicamente desfavorecidos e socialmente excluídos como ocorre com os povos ribeirinhos. Objetivo: Analisar a prática de automedicação e fatores associados entre ribeirinhos da região do Médio Solimões - Amazonas. Método: Estudo transversal de base populacional realizado nas comunidades ribeirinhas do município de Coari - Amazonas. A amostra probabilística foi composta por 492 ribeirinhos adultos. A coleta de dados foi realizada nas comunidades por meio de um questionário composto por variáveis independentes: socioeconômicas, demográficas, de acesso aos serviços de saúde, consumo de drogas lícitas, enfermidades autorrelatadas e informações sobre o consumo de medicamentos. A variável dependente automedicação foi avaliada pelo uso de pelo menos um medicamento sem prescrição médica ou de dentista, nos últimos 30 dias. Na análise dos dados utilizou-se testes do Qui-quadrado ou exato de Fischer, teste t de Student ou de Wilcoxon-Mann-Whitney e regressão logística binária hierarquizada. Resultados: A prevalência da automedicação foi de 76,3%. Dor de diferentes origens (58,1%) foi o principal motivo que levou à automedicação. Analgésicos (57,5%) e antimicrobianos (13,0%) foram os medicamentos mais utilizados. Os fatores associados à automedicação foram sexo masculino (OR=2,20; IC=1,21-4,01), faixa etária entre 18 a 39 anos (OR=2,50; IC=1,06-5,91), não procura por serviços de saúde (OR=2,90; IC=1,66-5,09), tempo de deslocamento da comunidade à zona urbana entre 1 a 4 horas (OR=2,84; IC=1,26-6,41) e maior que 4 horas (OR=5,27; IC=2,18-12,74), ter o hábito de consumo de medicamentos alopáticos por conta própria (OR=3,14; IC=1,49-6,61). Conclusões: Na população ribeirinha, a prática elevada da automedicação reflete a necessidade de busca de autocuidado pelas pessoas, sobretudo decorrente do restrito acesso aos serviços de saúde. / Introduction: Self-medication is a frequent practice in different cultures, and it can be used as a strategy to solve minor health problems, especially among populations with restricted access to health care services. However, such a practice may cause serious adverse reactions, microbial resistance, drug interactions and unnecessary expenses, mainly for economically disadvantaged and socially excluded groups like the riverside communities. Objective: To analyze the self-medication practice and its related factors among riverside communities in the region of the Middle portion of the Solimões River Amazonas State, Brazil. Method: Cross-sectional, population-based study carried out among riverside communities in the municipality of Coari Amazonas State, Brazil. The probability sampling comprised 492 adult riverside dwellers. Data collection was held in the communities by means of a questionnaire including independent variables: socioeconomic, demographic ones, access to health care services, drug therapy, self-reported illnesses, and information on medication use. Medication dependent variable was assessed by the use of at least one drug without medical or dentists prescription in the past 30 days. For the data analysis, Chi-square test or Fischers exact test, Students t or Wilcoxon-Mann-Whitney tests, and hierarchical binary logistic regression were used. Results: Self-medication prevalence was 76.3%. Pain from different origins (58.1%) was the main reason for self-medication. Painkillers (57.5%) and antimicrobial medication (13.0%) were the most used drugs. Self-medication related factors were males (OR=2.20; CI=1.21-4.01), age range between 18 and 39 years (OR=2.50; CI=1.06-5.91), not search for health care services (OR=2.90; IC=1.66-5.09), travel time from the community to the urban center between 1 and 4 hours (OR=2.84; CI=1.26-6.41), and over 4 hours (OR=5.27; CI=2.18-12.74), habit of self-medication for allopathic drugs (OR=3.14; CI=1.49-6.61). Conclusions: High self-medication practice among the riverside population reflects the need for turning to self-medication, mainly due to the restricted access to health care services.
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Problemas relacionados a medicamentos e intervenções farmacêuticas em idosos internados na clínica médica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. / Drug related problems and pharmaceutical interventions in elderly hospitalized in the University of São Paulo Teaching Hospital\'s medical ward.

Mário Henrique Tomassi 19 September 2012 (has links)
Problemas relacionados a medicamentos (PRMs) compreendem erros de medicação (EMs) e reações adversas a medicamentos (RAMs). Este estudo teve por objetivo analisar, classificar, quantificar e intervir nos PRMs ocorridos em pacientes idosos internados. Este estudo prospectivo descritivo de uma série de casos clínicos abrangeu 28 pacientes e 100 prescrições aleatórias a eles destinadas. A identificação dos PRMs se deu por métodos de farmacovigilância ativa e as intervenções farmacêuticas (IFs) foram realizadas diretamente junto à equipe médica. Medicamentos de uso potencialmente inapropriado para idosos foram utilizados por 21,4% dos pacientes; 19% das prescrições possuíam rasuras. Foram encontrados 924 PRMs, sendo 920 EMs e 4 possíveis RAMs, sendo uma delas confirmada. A maioria dos EMs foi classificada como sem prejuízo ao paciente. Foram realizadas 143 IFs em 73 prescrições de 92,9% dos pacientes, sendo a maioria (77,6%) acatada pela equipe médica. Apesar das limitações, demonstrou-se a importância do farmacêutico na investigação, prevenção e solução de PRMs. / Drug related problems (DRPs) include medication errors (MEs) and adverse drug reactions (ADRs). The objective of this study was to analyze, classify, quantify and intervene in DRPs occurred in hospitalized elderly patients. This prospective descriptive study of a case series included 28 patients and 100 random prescriptions to them addressed. The identification of DRPs was carry out by methods of active pharmacovigilance and the pharmaceutical interventions (PIs) were performed directly with the medical staff. Drugs potentially inappropriate for the elderly were used by 21.4% of the patients; 19% of the prescriptions had rasures. There were 924 DRPs, with 920 MEs and 4 possible ADRs 4, one of which confirmed. The majority of MEs was classified as \"without harm to the patient\". Were carried out 143 PIs on 73 prescriptions of 92.9% of the patients, being the majority (77.6%) fully embraced by the medical staff. Despite the limitations, it was possible to demonstrate the pharmacist importance in research, prevention and resolution of DRPs.
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Farmacovigilância de pacientes portadores de mieloma múltiplo em tratamento com bortezomibe e/ou talidomida

Castro, Tiago Baesso Monteiro de 05 November 2015 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-05-17T12:24:07Z No. of bitstreams: 1 tiagobaessomonteirodecastro.pdf: 1669524 bytes, checksum: 9a14116f51037cbccac895a4f9c011a8 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-06-28T14:04:30Z (GMT) No. of bitstreams: 1 tiagobaessomonteirodecastro.pdf: 1669524 bytes, checksum: 9a14116f51037cbccac895a4f9c011a8 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-28T14:04:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tiagobaessomonteirodecastro.pdf: 1669524 bytes, checksum: 9a14116f51037cbccac895a4f9c011a8 (MD5) Previous issue date: 2015-11-05 / Introdução: A maioria dos protocolos para o tratamento do mieloma múltiplo (MM) é composto pelo bortezomibe e/ou talidomida, associados a outras drogas, como agentes alquilantes e corticóides. A farmacovigilância mostra-se uma importante ferramenta durante o tratamento, pois é grande a chance dos pacientes apresentarem algum tipo de efeito adverso (EA). Objetivo: Avaliar as principais toxicidades dos protocolos que utilizam bortezomibe e/ou talidomida para o tratamento do MM. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo de farmacovigilância, em que esta foi exercida através de entrevistas realizadas a cada retorno do paciente, observação clínica e consultas aos exames laboratoriais e prontuários. Os critérios National Cancer Institute versão 4.0 foram utilizados para identificação e graduação de EA. Os dados foram coletados em 3 instituições, no período de 28 meses. Resultados: Foram incluídos no estudo 59 pacientes (tendo sido avaliados 62 tratamentos). Houve uma predominância do sexo feminino, 36 (61%), versus 23 (39%) do sexo masculino, e de brancos, 49 (83,1%) versus 10 (16,9%) da raça negra. A idade dos pacientes variou de 40 a 94 anos, com mediana de 65 anos de idade (DP = 11,6). Em relação ao estadiamento ao diagnóstico, 27 (45,7%) pacientes se encontravam no estádio III-A, sendo 12 (20,3%) pacientes com creatinina ≥ 2. Os principais EA do grupo tratado com bortezomibe (n = 40) foram: neutropenia (42,5%), diarreia (47,5%) e neuropatia periférica (NP) em 60% dos casos, sem diferença (p = 0,343) da administração endovenosa do bortezomibe (n = 26) em relação a utilizacao subcutânea (n = 14). No grupo tratado com talidomida (n = 19), 31,6% apresentaram neutropenia, 47,4% constipação e 68,4% NP. A neutropenia esteve associada ao uso de alquilantes (p = 0,038). Dos 3 pacientes que receberam bortezomibe associado a talidomida apenas 1 apresentou NP (33,3%). Conclusão: A NP foi o principal EA dos protocolos que utilizaram bortezomibe ou talidomida, com maior risco de neutropenia naqueles que utilizaram agentes alquilantes. Aprimorar a identificação de EA é fundamental para o cuidado com o paciente portador de MM que apresenta melhoras progressivas no tratamento e requer um uso racional e seguro dos medicamentos. / Introduction: Most protocols for the treatment of multiple myeloma (MM) consist of bortezomib and/or thalidomide, combined with other drugs such as alkylating agents and corticosteroids. Pharmacovigilance proves to be an important tool during treatment, as there is a high likelihood of patients having some type of adverse effect (AE). Objective: To assess the major adverse effects of the protocols that use bortezomib and/or thalidomide for the treatment of MM. Materials and methods: A prospective study of pharmacovigilance, carried out through interviews at each appointment with the patient, clinical observation, and by consulting laboratory tests and medical records. The National Cancer Institute criteria, version 4.0, were used for the identification and grading of AEs. Data were collected at three institutions, over 28 months. Results: A total of 59 patients (with 62 treatments being evaluated) were included in the study. There was a predominance of females, 36 (61%), versus 23 (39%) males, and Whites, 49 (83.1%), versus Blacks, 10 (16.9%). Patient age ranged from 40 to 94 years, with a median of 65 years (SD = 11.6). Regarding staging at diagnosis, 27 (45.7%) of the patients were in stage III-A, with 12 (20.3%) patients having creatinine ≥ 2. The main AEs for the bortezomib treatment group (n = 40) were: neutropenia (42.5%), diarrhea (47.5%), and peripheral neuropathy (PN) in 60% of cases, with no difference (p = 0.343) between intravenous administration of bortezomib (n = 26) and subcutaneous use (n = 14). In the group treated with thalidomide (n = 19), 31.6% had neutropenia, 47.4% constipation, and 68.4% PN. Neutropenia was associated with the use of alkylating agents (p = .038). Of the 3 patients who received bortezomib combined with thalidomide, only 1 presented NP (33.3%). Conclusion: NP was the main AE of the protocols that used bortezomib or thalidomide, with increased risk of neutropenia in those using alkylating agents. Improving the identification AEs is critical in caring for the patient with MM, which shows progressive improvements in treatment, and requires a rational and safe use of medicines.
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Incidência e caracterização de eventos adversos aos medicamentos (EAM) na unidade de emergência referenciada pediátrica do Hospital de Clínicas da UNICAMP / Incidence and characterization of adverse drug events in the referenced pediatric emergency unit of Clinical Hospital of UNICAMP

Carvalho, Indira Valadê, 1988- 23 August 2018 (has links)
Orientador: Patrícia Moriel / Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-23T03:57:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carvalho_IndiraValade_M.pdf: 1267534 bytes, checksum: de03a91e0914a3ff437fe44fca10a9e9 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: A segurança na utilização de medicamentos tornou-se um tema altamente discutido nas políticas de saúde, em parte devido a pesquisas que demonstram a ocorrência de importantes eventos adversos aos medicamentos (EAM) causados por fármacos comumente utilizados. Poucos estudos em pediatria quantificam os EAM, o que demonstra a necessidade da condução de mais estudos com esta faixa etária. O objetivo deste trabalho foi realizar uma análise prospectiva sobre a incidência de EAM e estabelecer o perfil de adesão à farmacoterapia de uso contínuo em pacientes pediátricos admitidos em uma unidade de emergência. Trata-se, portanto, de um estudo transversal, com duração de um ano (julho/2011 a junho/2012), conduzido na Unidade de Emergência Referenciada Pediátrica do Hospital de Clínicas da (HC) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Os EAM foram identificados, quantificados e caracterizados em 7 categorias (reação adversa ao medicamento; não adesão; inefetividade terapêutica; uso inadequado do medicamento; interação medicamentosa; intoxicação e queixa técnica) e classificados segundo a gravidade obedecendo aos critérios do CTCAE (Common Terminology Criteria for Adverse Events). As reações adversas aos medicamentos foram classificadas pela causalidade, segundo Algoritmo de Naranjo. Para os pacientes em tratamento medicamentoso em regime contínuo, foi avaliado o grau de adesão à terapia proposta utilizando o Teste de Morisky-Green. No período de estudo foram admitidos na unidade de emergência 20.441 pacientes e 1723 (8,4%) foram atendidos pela farmacêutica responsável pelo projeto. Destes, 199 (11,5%) foram admitidos em decorrência de pelo menos um EAM e fazem parte da "População EAM" e 226 (13,2%) relataram o uso de pelo menos um medicamento em regime contínuo e por isso foram incluídos na "População Adesão". O evento de maior frequência foi uso inadequado do medicamento, identificado em 39,3% dos casos. O principal medicamento envolvido nos casos de reação adversa ao medicamento, não adesão e uso inadequado foi a Amoxicilina (26,0%). Nos casos em que mais de um medicamento estava envolvido em um ou mais eventos, notou-se que a maioria dos medicamentos causadores dos EAM provinha de medicamentos prescritos (85,8%). Foi observada maior ocorrência de EAM de gravidade leve (62,9%) e, ao estudo da causalidade das reações adversas, apenas 1 caso foi classificado como definido (2,4%). Quanto às características do perfil de adesão à farmacoterapia prescrita, houve predomínio de alta adesão (62,2%) principalmente entre crianças de 0 a 9 anos. Este trabalho demonstra uma alta incidência de EAM relacionados à admissão de pacientes pediátricos em unidade de emergência. A carência de informações e de estudos publicados na área demonstra a necessidade de estímulo a pesquisas nos grandes pólos de saúde no Brasil os quais poderão demonstrar o real problema de eventos adversos aos medicamentos na pediatria, podendo com isso estabelecer propostas de ações mais efetivas para o uso racional de medicamentos nesta faixa etária o que ressalta a importância da atuação do farmacêutico clínico através da atenção farmacêutica, para orientar e intervir no uso correto dos medicamentos / Abstract: The safety drug utilization has became a highly visible topic in health politics, due in part to research suggesting that there are important adverse drug events (ADE) caused by commonly used medications. Few pediatric studies quantify the ADE; this fact demonstrates the necessity of conducting further research with this age group. The objective of this study was to realize a prospective analysis on the incidence of ADE and to establish the profile of adherence to pharmacotherapy of continuous use in pediatric patients admitted to an emergency unit. This study was transversal with lasting one year (July/2011 to June/2012), conducted at the Emergency Pediatric Unit, Hospital de Clinicas (HC), State University of Campinas (UNICAMP). The ADE were identified, quantified and characterized in seven categories: (adverse drug reaction, non-compliance, and treatment ineffectiveness, inappropriate use of medication, drug interactions, toxicity, and technical defect) and classified by severity according to the criteria of the CTCAE (Common Terminology Criteria for Adverse Events). The adverse drug reactions were classified by causality, second to Naranjo algorithm, and type (organ involved). For patients under treatment in continuous, the degree of adherence to therapy proposal was evaluated using the Morisky-Green test. During the study period 20,441 patients were admitted and 1,723 (8.4%) were attended by the pharmaceutical responsible for the project. Of these, 199 (11.5%) were admitted with at least one ADE and form part of the "Population ADE"; and 226 (13.2%) were evaluated because of administering at least one drug in continuous and so were included in the "Population Adherence". The most frequent event was inappropriate use of the drug, identified in 39.3% of cases. The main drug involved in cases of adverse reaction to medication, non-compliance and inappropriate use was Amoxicillin (26.0%). In cases where more than one drug was involved in one or more events, it was noted that most of the drugs that cause ADE came from prescription drugs (85.8%). There was higher occurrence of ADE mild severity (62.9%), and the study of causality of adverse events, only 1 case was classified as definite (2.4%). Regarding the characteristics of the profile of adherence to pharmacotherapy prescribed, were higher in adherence (62.2%) mainly children aged 0 to 9 years. This work demonstrates a high incidence of ADE related to admission of pediatric patients in emergency unit. The lack of information and studies published in the area demonstrates the need to stimulate research in major health centers in Brazil which will demonstrate the real problem of adverse drug events in pediatric, and this may establish proposals for more effective actions for rational drug use in this age group which emphasizes the importance of the role of the clinical pharmacist through pharmaceutical care to guide and intervene in the correct use of medicines / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestra em Ciências Médicas
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Busca ativa de eventos adversos a medicamentos em recém-nascidos hospitalizados / Active surveillance of adverse drug events in hospitalized newborns

Fabretti, Sandra de Carvalho 25 May 2016 (has links)
Introdução - Os recém-nascidos são considerados vulneráveis a eventos adversos a medicamentos pela imaturidade fisiológica, pela necessidade de se considerar as proporções corporais ao determinar dosagens de fármacos, pelas limitações práticas durante a administração medicamentosa e pela alta proporção de medicamentos utilizados para o seu tratamento quando em cuidados hospitalares. Além disso, a população de recém-nascidos geralmente não é incluída nos estudos clínicos de utilização de medicamentos. Neste contexto, a terapêutica farmacológica em recémnascidos termina na extrapolação das informações que levam à aprovação do registro de medicamentos para uso em adultos ou em crianças mais velhas. Apesar da relevância do tema, a identificação dos eventos adversos relacionados a medicamentos em hospitais ainda é realizada por meio da notificação voluntária. Estima-se que este método detecte apenas de 5 a 10 por cento dos eventos adversos por medicamentos ocorridos em uma instituição de cuidado à saúde. Uma ferramenta conhecida como trigger foi demonstrada como uma técnica mais efetiva em relação ao convencional sistema de notificação voluntária em pacientes hospitalizados. Um trigger é definido como um rastreador encontrado a partir da revisão de prontuários de pacientes, permitindo selecionar os registros nos prontuários os quais existe maior probabilidade de ter ocorrido um evento adverso a medicamento. Objetivo - Utilizar rastreadores para a identificação de eventos adversos a medicamentos (EAM) em recém-nascidos hospitalizados. Métodos Trata-se de um estudo de coorte prospectivo observacional. A pesquisa foi realizada no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, nas unidades de cuidados intermediários neonatal convencional e terapia intensiva neonatal, durante o período de março a setembro de 2015. Foram incluídos os recém-nascidos hospitalizados que utilizaram medicamentos durante a internação. Uma lista de rastreadores foi desenvolvida para ser utilizada na identificação de EAM nesta população. Os prontuários dos recémnascidos eram avaliados, a fim de detectar primeiramente a existência de um rastreador. Se o rastreador fosse encontrado, era registrado e seguia-se com uma revisão mais detalhada à procura de possíveis EAM relacionados. Os recém-nascidos foram acompanhados até a sua alta ou até completarem 29 dias de vida. O desempenho de cada um dos rastreadores para identificar EAM foi calculado. As frequências dos EAM foram determinadas. As características dos eventos adversos e dos medicamentos relacionados foram descritas. Resultados O estudo incluiu 125 recém-nascidos. Foram encontrados 925 rastreadores, que foram positivos 208 vezes para identificar suspeitas de eventos adversos a medicamentos e que corresponderam ao número final de 115 EAM. A taxa de rendimento geral dos rastreadores foi 22,5 por cento. A incidência geral de EAM foi 46,4 por cento (IC 37,6; 55,1). A taxa geral de EAM por 1000 pacientes-dia foi 81,6 (IC 67,4; 98,0). Os EAM mais frequentes foram: diarreia (29,6 por cento), vômito (23,5 por cento), hipersedação (7,0 por cento) e hiperglicemia (5,2 por cento). Os medicamentos mais frequentes associados aos EAM foram: antibióticos (39,4 por cento), analgésicos (13 por cento), vitaminas (12,5 por cento), cafeína (11,1 por cento) e psicolépticos (8,7 por cento). Entre os rastreadores de alto desempenho destacam-se: hipersedação, prescrição de metadona/lorazepam e prescrição de flumazenil. Estes rastreadores identificaram EAM relacionados aos analgésicos e psicolépticos, duas das classes terapêuticas mais implicadas em EAM neste estudo. Conclusões - Os EAM mais frequentes identificados pelos rastreadores foram: diarreia, vômito, hipersedação e hiperglicemia. Os medicamentos mais frequentes associados a EAM foram: antibióticos, analgésicos, vitaminas, cafeína e psicolépticos. A incidência geral de EAM de 46,4 por cento e a taxa de incidência foi 81,6 EAM por 1000 pacientes-dia. A busca ativa de EAM por rastreadores permite uma análise focada de elementos específicos nos prontuários de pacientes. Este tipo de pesquisa permite a identificação de um maior número de EAM que podem passar despercebidos em simples revisão de prontuários. / Introduction - Newborns are considered vulnerable to adverse drug events because of their physiological immaturity, to consider the body proportions to determine dosages of drugs, the practical limitations during drug administration and the high proportion of drugs used for their treatment while in hospital care. Furthermore, the population of newborns is usually not included in clinical trials for the approval of new drugs. In this context, drug therapy in children is based on extrapolation of information that lead to the approval of the drug for use in adults or in older children. Despite the relevance of the subject, the identification of adverse drug events in hospitals is still carried out through voluntary reporting. It is estimated that this method detects only 5 to 10 per cent of the adverse events occurred by medications in a health care institution. A tool known as \"trigger\" is shown as a superior method compared to the conventional voluntary reporting system in hospitalized patients. A \"trigger\" is defined as a \"flag\" found from the patient chart review, allowing to select the records in the charts that are most likely to have experienced an adverse drug event. Aim - Use triggers to identify adverse drug events (ADE) in hospitalized newborns. Methodology - This is an observational prospective cohort study. The study was conducted at the University Hospital of the University of São Paulo, in the neonatal conventional intermediate care unit and in the neonatal intensive care unit, from March to September 2015. Hospitalized newborns were included using medications during hospitalization. A trigger list was made to identify ADE in this population. The triggers on this list were actively sought in medical charts of newborns. If a trigger was found, it was registered and followed up with a more detailed search for potential ADEs that occurred. Newborns were followed until their discharge or until completing 29 days of life. The performance of each trigger to identify ADE was calculated. The frequencies of ADE were determined. The characteristics of adverse events and related drugs have been described. Results - The study included 125 newborns. 925 triggers were found, which were positive 208 times to identify suspected ADE. That corresponded to the final number of 115 ADE. The overall triggers rate was 22.5 per cent . The overall incidence of ADE was 46.4 per cent (CI 37.6; 55.1). The overall frequency of ADEs per 1,000 patient-days was 81.6 (CI 67.4; 98.0). The most common ADE were diarrhea (29.6 per cent), vomiting (23.5 per cent), oversedation (7.0 per cent) and hyperglycemia (5.2 per cent). The most common medications associated with ADEs were antibiotics (39.4 per cent), analgesics (13 per cent), vitamins (12.5 per cent), caffeine (11.1 per cent) and psycholeptics (8.7 per cent). Among the highperformance trigger, it stand out: \"oversedation,\" \"prescription of methadone / lorazepam\" and \"prescription of flumazenil.\" These triggers identified ADE related to analgesics and psycholeptics, two of the therapeutic classes more involved in ADE in this study. Conclusions Frequent EAM identified by triggers were diarrhea , vomiting, hyperglycemia and oversedation . The most common medications associated with ADE were antibiotics, analgesics, vitamins, caffeine and psycholeptics. The overall incidence of EAM 46.4 per cent and the incidence rate was 81.6 EAM per 1000 patient-days. The active search for ADE by triggers allows a focused review of specific elements in the patient records. This kind of search allows the identification of a greater number of ADE that could go unnoticed in simple review of medical records.
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Erros de dispensação de medicamentos em hospital universitário no Paraná / Medication dispensing errors in hospital university in Paraná

Rissato, Maria de Almeida Rocha 14 May 2012 (has links)
Introdução - Os medicamentos contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas, mas não são isentos de riscos. Os erros envolvendo medicamentos têm recebido atenção dos profissionais, das instituições e das autoridades sanitárias no mundo todo. Em hospitais, a farmácia é elo importante no complexo processo de utilização de medicamentos interligando várias ações desenvolvidas em diferentes setores. Sua estrutura física, recursos humanos e tecnológicos e sua organização são fundamentais na prevenção dos erros com medicamentos. Objetivo - Avaliar erros de dispensação de medicamentos em hospital e os fatores envolvidos. Métodos A pesquisa foi realizada em um hospital universitário no Paraná, utilizando-se de três estratégias. 1ª Foram conferidos, de acordo com a prescrição, os medicamentos dispensados pela farmácia para as clínicas médica e cirúrgica no período de 4 a 19 de janeiro de 2010. Os medicamentos analisados eram separados utilizando-se a cópia carbonada da prescrição e dispensados de forma individualizada por paciente ou coletiva, em embalagem plástica (caixas ou sacos), separados por horário de administração, para 24 horas de atendimento. 2 a - Foram entrevistados 19 funcionários da farmácia envolvidos no processo de dispensação sobre erros nesse processo. 3ª Foram avaliados dezenove relatos voluntários de erros de dispensação de medicamentos ocorridos no hospital, entre outubro de 2006 a janeiro de 2010. Resultados Foram analisadas 259 dispensações, 1.963 medicamentos e 4.099 doses. Durante a observação, houve 61 erros de dispensação em 48 prescrições. Os erros ocorreram em 3,2 por cento dos medicamentos e em 1,71 por cento das doses dispensadas. Os erros de dispensação mais freqüentes foram: omissão de medicamento prescrito (23 por cento ); dispensação de medicamento não prescrito (14,8 por cento ); medicamento dispensado na ausência de informação ou contendo informação duvidosa ou ilegível (14,8 por cento ); concentração incorreta (9,8 por cento ); horário incorreto (9,8 por cento ) e medicamento incorreto (6,6 por cento ). Os erros estiveram associados ao número de medicamentos por prescrição e 33 por cento dos erros envolveram medicamentos potencialmente perigosos. Nas entrevistas, foram relatados, como fatores contribuintes para a ocorrência de erros de dispensação, problemas relacionados à comunicação, como: legibilidade da grafia dos prescritores; prescrições ambíguas, incompletas ou confusas e similaridade dos nomes de medicamentos. Em relação às condições de trabalho destacaram-se: pouco tempo para dispensação, sobrecarga de trabalho, nível de ruído, interrupções e distrações. Quanto às questões pessoais, 50 por cento relataram falta de conhecimento sobre medicamentos, estresse e cansaço. Os tipos de erros e os fatores envolvidos foram similares aos de pesquisas semelhantes. Conclusões Os dados sugerem baixa frequencia de erros quando comparados a outros estudos nacionais, o que pode ter ocorrido pela organização do processo de dispensação, dividido em etapas (triagem da prescrição, fracionamento e reembalagem, separação e fechamento das embalagens). A conferência dos medicamentos pela enfermagem e a notificação voluntária mostraram-se importantes na identificação de erros de dispensação. A investigação das circunstâncias de ocorrência dos erros pode oferecer informações importantes para desenvolver estratégias de prevenção / Introduction - Drugs make a significant contribution to improving people\'s quality of life, but are not without risks. Errors involving medications have attracted attention of health professionals, institutions and authorities worldwide. In hospitals, the pharmacy is an important link in the complex drug use process, as it interconnects various actions carried out in different areas. Its physical structure, human and technological resources, and its organization are critical in drug error prevention. Objective - Evaluate drug dispensing errors in hospitals and the factors involved. Methods - The survey was conducted at a university hospital in the state of Paraná, using three strategies. 1 st - The drugs the pharmacies dispensed to the medical clinics and to surgery were compared to the prescriptions in the period ranging from January 4 to 19, 2010. The drugs under analysis were segregated using the carbon copy of the prescription and dispensed individually, per patient, or collectively, in plastic packaging (boxes or bags), separated by time of administration for 24 hours of care. 2 nd - Nineteen employees involved in the pharmacy dispensing process were interviewed concerning errors in this process. 3 rd - Nineteen voluntary reports of medication dispensing errors occurring in the hospital between October 2006 and January 2010 were evaluated. Results - 259 dispensations, 1,963 drugs and 4,099 doses were analyzed. During the observation period, there were 61 dispensing errors in 48 prescriptions. The errors occurred in 3.2 per cent of the drugs and in 1.71 per cent of doses dispensed. The most common dispensing errors were: omission of a prescribed drug (23 per cent ); dispensing of a drug that had not been prescribed (14.8 per cent ); drug dispensed in the absence of information or containing questionable or unreadable information (14.8 per cent ); improper concentration (9.8 per cent ); wrong time (9.8 per cent ); and wrong drug (6.6 per cent ). The errors were associated with the number of drugs per prescription, and 33 per cent of the errors involved potentially dangerous drugs. During the interviews, issues related to communications were reported as contributing factors to dispensing errors and included readability of the prescriber\'s spelling, ambiguous, incomplete, and confusing prescriptions, in addition to drug name similarity. Insofar as working conditions were concerned, the following matters stand out: little time for dispensing, work overload, noise levels, interruptions and distractions. As for personal issues, 50 per cent reported a lack of knowledge about drugs, stress and fatigue. The types of errors and the factors involved were similar to those of similar surveys. Conclusions - The data suggest a low frequency of errors when compared to other national studies, which may have occurred on account of the organization of the dispensing process, divided into steps (screening prescription, fractioning and repackaging, sorting and closing of packages). Drug checking by the nurses and voluntary reporting were important in identifying dispensing errors. The investigation of the circumstances under which errors occurred can provide important information to develop prevention strategies
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Reações adversas a medicamentos: coorte de pacientes ortopédicos / Adverse drug reactions: cohort of orthopedic patients

Martins, Tathiana Silva de Souza 08 September 2015 (has links)
Introdução: Reação Adversa a Medicamento (RAM) é qualquer resposta prejudicial ou indesejável e não intencional que ocorre com medicamentos em doses normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico, tratamento de doença ou para modificação de funções fisiológicas. Atualmente, representa uma das principais causas de morbidade e mortalidade na área da saúde. Objetivo: Analisar as reações adversas a medicamentos e fatores associados em pacientes ortopédicos tratados com antibióticos. Método: Coorte prospectiva conduzida com 273 pacientes ortopédicos internados no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, Rio de Janeiro, Brasil. A coleta de dados ocorreu nos anos de 2012 e 2013, por meio de instrumento composto por variáveis demográficas-clínicas e terapia medicamentosa. Para identificação das RAMs realizou-se o monitoramento ativo, composto de: entrevista, análise de prontuários e exames laboratoriais. As RAMs consideradas graves foram analisadas por meio do formulário do Instituto Catalão de Farmacologia, Espanha. Na análise dos dados utilizaram-se os testes Mann-Whitney, Qui-Quadrado, exato de Fisher e regressão logística, com significância de p 0,05. Resultados: A incidência de RAM foi de 41%. O grupo com RAM apresentou maior média de idade (43,3; DP 10,9), tempo de internação (72,7; DP 40,9) e número de medicamentos concomitantes (13,2; DP 4,1). Os fatores associados foram número de medicamentos, uso de antimicobacteriano (OR 2,44; IC 1,3944,270) e carbapenêmicos (OR 2,38; IC 1,167 4,872). Identificaram-se 466 RAM, cuja maioria (67,1%) foi classificada como leve. No grupo de pacientes com RAMs graves identificaram-se leucopenia (46,6%), insuficiência renal aguda (40%) e hepatite medicamentosa (26,6%). Os antibióticos foram os principais medicamentos suspeitos de causar as RAMs graves (76,4%), sendo os mais frequentes (23,5%) formados pela tríade: amicacina + vancomicina + piperacilina com tazobactam. Conclusão: A incidência de RAM é maior quando se incorpora ao serviço de farmacovigilância a técnica de monitoramento contínuo dos pacientes hospitalizados e se utiliza a analise de exames laboratoriais como preditores para suspeitas de RAMs potencialmente graves / Introduction: Adverse Drug Reaction (ADR) is any noxious, undesired or unintended response which occurs in the use of normal dosages of drugs for prophylaxis, diagnosis, treatments or for modifying physiologic functions. Nowadays, ADR represents one of the main causes of morbidity and mortality in the health service area. Objective: To analyze the occurrence of adverse reaction to drugs and factors related to orthopedic patients treated with antibiotics. Method: The prospective cohort study was conducted in 273 orthopedic patients hospitalized at the Brazilian Institute of Traumatology and Orthopedics in Rio de Janeiro. The data collection was made during the years 2012 and 2013, using instruments composed by demographic-clinical variables and drug therapies. With the purpose of identifying occurrences of ADRs, during active monitoring, interviews were conducted, medical charts and exams were analyzed. In addition, the occurrence of ADRs considered harmful was analyzed by using a form provided by the Catalan Institute of Pharmacology, Spain. In the study of the data collected, was made use of Mann-Whitney tests, Chi-Squared test, Fishers exact test and logist regression, with p-value 0,05. Results: The occurrence of ADRs was of 41%. This group was composed by individuals with major age rage (43,3, SD 10,9), major time spent hospitalized (72,7; SD 40,9), and quantity of concurrent drugs used (13,2; SD 4,1). Also, the related factors were the number of drugs, the usage of Antimicobacterial agents (OR 2,44, CI 1,394-4,270) and Carbapenemases (OR 2,38; CI 1,167 4,872). During the study, there were identified 466 ADRs, and the majority (67,1%) was classified as low-grade. Additionally, in the group of patients with harm adverse reactions, it was possible to identify leukopenia (46,6%), acute kidney failure (40%) and drug-induced hepatitis (26,6%). The antibiotics were the main drugs suspected to be the cause of potentially harmful ADRs (76,4%), being the most frequent (23,5%) formed by the triad: amikacin + vancomycin + piperacillin-tazobactam. Conclusion: The occurrence of ADRs is higher when the practice of continuous monitoring of hospitalized patients is incorporated to the pharmacovigilance service, and the analyzes of lab exams are used as predictors for the suspicion of potentially harmful ADRs
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Eventos adversos medicamentosos em unidade de terapia intensiva pediátrica / Adverse drug events in pediatric intensive care unit

Silva, Dafne Cardoso Bourguignon da 13 December 2012 (has links)
Objetivos: descrever incidência de eventos adversos medicamentosos em crianças sob terapia intensiva, avaliar fatores de riscos e métodos de detecção. Métodos: busca ativa em registros eletrônicos e em papel, utilizando parâmetros indicativos (gatilhos). A estatística envolveu modelos de regressão linear e logística. Resultados: Foram estudados 239 pacientes, com média de idade de 67,5 meses, em 1818 dias de internação. A média de internação foi de 7,6 dias. Houve 110 eventos adversos medicamentosos provados, prováveis e possíveis, em 84 pacientes (35,1%). Observamos 138 ocorrências de gatilhos. As principais classes de medicamentos envolvidas foram: antibióticos (n = 41), diuréticos (n = 24), anticonvulsivantes (n = 23), sedativos e analgésicos (n = 17) e corticóides (n = 18). O número de drogas foi a variável mais relacionada à ocorrência de EAM. Esta última também se correlacionou com o tempo de internação (P < 0,001). A ocorrência do evento pode estar implicada no aumento de 1,5 dia de internação para cada evento. A idade inferior a 48 meses mostrou ser um risco significativo para eventos, com OR de 1,84 (intervalo de confiança IC 95% - 1,07 - 3,15, P = 0,025). O número de drogas recebidas apresentou correlação com o número de eventos (P < 0,0001). A chance de apresentar pelo menos 1 evento elevou-se linearmente à medida que o paciente recebia mais drogas. Conclusões: o uso de múltiplas drogas e a baixa idade favorecem a ocorrência de EAM, que, por sua vez, podem estar implicados no aumento do tempo de internação em UTI. A busca ativa sistematiza a abordagem do problema / Objectives: To describe incidence of adverse drug events (ADE) in children under intensive care, to avaliate risk factors and detection methods. Methods: Active search of charts and electronic patient records using indicative parameters (\"triggers\"). The statistical analysis involved linear and logistic regression. Results: 239 patients with a mean age of 67.5 months representing 1818 days of PICU hospitalization were studied. The average PICU stay was 7.6 days. There were 110 proven, probable, and possible ADEs in 84 patients (35.1%). We observed 138 instances of triggers. The major classes of drugs associated with events were: antibiotics (n = 41), diuretics (n = 24), antiseizures (n = 23), sedatives and analgesics (n = 17), and steroids (n = 18). The number of drugs administered was most related to the occurrence of ADEs. This was also related to the length of stay (p < 0.001). The occurrence of an ADE may result in an increase in the length of stay by 1.5 days per event. Patient aged less than 48 months also proved to be at significant risk for ADEs, with an odds ratio of 1.84 (confidence interval - 95% CI - 1.07 to 3.15, p = 0.025). The number of drugs administered also correlated with the number of ADEs (p < 0.0001). The chance of having at least one ADE increased linearly as the patient was administered more drugs. Conclusions: The use of multiple drugs as well as lower patient age favor the occurrence of ADEs, which in turn may result in increasing the length of PICU hospitalization. Our active search provides a systematic approach to the problem
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SIHSUS como fonte para o estudo de morbi-mortalidade por medicamentos no Estado do Rio de Janeiro / SIH SUS as a source for the study of morbidity and mortality for drugs in the State of Rio de Janeiro

Isabel Galdino da Silva 19 May 2009 (has links)
A despeito de suas limitações, os dados do SIHSUS são os mais sistemáticos e abrangentes sobre as Reações Adversas e Intoxicações a medicamentos que provocam hospitalização. Eles demonstram a importância das ações de educação e investigação de casos do Programa Nacional de Farmacovigilância para possibilitar o diagnóstico mais acurado e superação do quadro atual de ocorrência desses agravos, além da possibilidade de o SIH/SUS ser utilizado sistematicamente como fonte de dados na detecção e análise dos problemas relacionados a medicamentos. No período de 1999 a 2007, foram emitidas 6.670.609 AIH (tipo 1), entre as quais 3.611 foram classificadas como internações devidas a RAM e 4.675 como Intoxicações, correspondendo, respectivamente, às taxas médias de 5,41 casos por 104 AIH e 7,2 casos por 104 AIH. Ocorreram 137 óbitos (3,79% das AIH) por RAM e 207 (4,43% das AIH) por Intoxicações na população internada. Tanto as RAM como as Intoxicações tiveram menor chance de levar ao óbito quando comparados às outras causas. Uma característica da distribuição dos RAM foi concentrar 62% das AIH nas faixas etárias de 20 a 59 anos de idade (grupo adulto). Nas Intoxicações merece destaque a elevada proporção de AIH na faixa etária de 0-4 anos (14,29%). As AIH registradas com causas básicas relacionados a RAM foram principalmente de pacientes do sexo masculino, já as Intoxicações foram principalmente de pacientes do sexo feminino. Em ambos tipos de agravos estes pacientes foram internados em hospitais que não faziam parte da Rede de Hospitais Sentinelas do Programa Nacional de Farmacovigilância. No entanto, a probabilidade destes hospitais registrarem as AIH com códigos CID-10 referentes às RAM é maior, o que ocorre provavelmente por estarem mais capacitados em diagnosticar este tipo de agravo. Porém este fato não foi observado para as Intoxicações. Os fármacos que causaram os agravos estudados são psicoativos. Este estudo apresentou algumas evidências sobre a distribuição da morbi-mortalidade provocada por medicamentos entre pacientes internados em hospitais conveniados ao SUS no período de 1999-2007, baseadas nas informações das AIH, que podem ser úteis ao Programa de Farmacovigilância no Estado do Rio de Janeiro. / Despite its limitations, the data SIHSUS are the most systematic and comprehensive on Adverse Reactions and Drug Poisonings causing hospitalization. They demonstrate the importance of these actions and investigation of cases of National Pharmacovigilance Programme to enable the most accurate and overcoming the current frame of event occurrences diagnosis, beyond the possibility of SIH / SUS be systematically used as a data source in the detection and analysis of drug-related problems. In the period 1999-2007, were issued 6,670,609 AIH (type 1), among which 3,611 were classified as hospitalizations due to poisoning as RAM and 4675, corresponding, respectively, at average rates of 5.41 cases per 104 AIH and 7.2 cases per 104 AIH. There were 137 deaths (3.79% of AIH) by RAM and 207 (4.43% of AIH) by poisoning in hospitalized population. Both the RAM as poisoning were less likely to cause death when compared to other causes. A characteristic distribution of RAM was concentrating 62% of AIH in the age groups 20-59 years of age (adult group). In Poisoning deserves the high proportion of AIH aged 0-4 years (14.29%). The AIH registered root causes related ADRs were mostly male patients, since the poisoning were mainly female patients. In both types of injuries these patients were admitted to hospitals that were not part of the Network of Sentinel Hospitals of the National Pharmacovigilance Programme. However, the likelihood of these hospitals register the AIH with ICD-10 codes related to RAM is higher, which is probably because they are better able to diagnose this type of offense. However this was not observed for the poisoning. The drugs that caused the diseases studied are psychoactive. This study presented some evidence on the distribution of morbidity and mortality caused by drugs among patients admitted to the SUS hospitals during the period 1999-2007, based on the information of AIH, which may be useful to Pharmacovigilance Programme in the State of Rio de Janeiro .
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Eventos adversos medicamentosos em unidade de terapia intensiva pediátrica / Adverse drug events in pediatric intensive care unit

Dafne Cardoso Bourguignon da Silva 13 December 2012 (has links)
Objetivos: descrever incidência de eventos adversos medicamentosos em crianças sob terapia intensiva, avaliar fatores de riscos e métodos de detecção. Métodos: busca ativa em registros eletrônicos e em papel, utilizando parâmetros indicativos (gatilhos). A estatística envolveu modelos de regressão linear e logística. Resultados: Foram estudados 239 pacientes, com média de idade de 67,5 meses, em 1818 dias de internação. A média de internação foi de 7,6 dias. Houve 110 eventos adversos medicamentosos provados, prováveis e possíveis, em 84 pacientes (35,1%). Observamos 138 ocorrências de gatilhos. As principais classes de medicamentos envolvidas foram: antibióticos (n = 41), diuréticos (n = 24), anticonvulsivantes (n = 23), sedativos e analgésicos (n = 17) e corticóides (n = 18). O número de drogas foi a variável mais relacionada à ocorrência de EAM. Esta última também se correlacionou com o tempo de internação (P < 0,001). A ocorrência do evento pode estar implicada no aumento de 1,5 dia de internação para cada evento. A idade inferior a 48 meses mostrou ser um risco significativo para eventos, com OR de 1,84 (intervalo de confiança IC 95% - 1,07 - 3,15, P = 0,025). O número de drogas recebidas apresentou correlação com o número de eventos (P < 0,0001). A chance de apresentar pelo menos 1 evento elevou-se linearmente à medida que o paciente recebia mais drogas. Conclusões: o uso de múltiplas drogas e a baixa idade favorecem a ocorrência de EAM, que, por sua vez, podem estar implicados no aumento do tempo de internação em UTI. A busca ativa sistematiza a abordagem do problema / Objectives: To describe incidence of adverse drug events (ADE) in children under intensive care, to avaliate risk factors and detection methods. Methods: Active search of charts and electronic patient records using indicative parameters (\"triggers\"). The statistical analysis involved linear and logistic regression. Results: 239 patients with a mean age of 67.5 months representing 1818 days of PICU hospitalization were studied. The average PICU stay was 7.6 days. There were 110 proven, probable, and possible ADEs in 84 patients (35.1%). We observed 138 instances of triggers. The major classes of drugs associated with events were: antibiotics (n = 41), diuretics (n = 24), antiseizures (n = 23), sedatives and analgesics (n = 17), and steroids (n = 18). The number of drugs administered was most related to the occurrence of ADEs. This was also related to the length of stay (p < 0.001). The occurrence of an ADE may result in an increase in the length of stay by 1.5 days per event. Patient aged less than 48 months also proved to be at significant risk for ADEs, with an odds ratio of 1.84 (confidence interval - 95% CI - 1.07 to 3.15, p = 0.025). The number of drugs administered also correlated with the number of ADEs (p < 0.0001). The chance of having at least one ADE increased linearly as the patient was administered more drugs. Conclusions: The use of multiple drugs as well as lower patient age favor the occurrence of ADEs, which in turn may result in increasing the length of PICU hospitalization. Our active search provides a systematic approach to the problem

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