Spelling suggestions: "subject:"fatores dde risco"" "subject:"fatores dee risco""
41 |
Fatores de risco de doenças crônicas não transmissíveis em uma comunidade universitária do Sul do Brasil (UFRGS)Daudt, Carmen Vera Giacobbo January 2013 (has links)
As doenças crônicas de maior impacto mundial quanto a morbidade e mortalidade (doenças do aparelho circulatório, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas) têm em comum quatro fatores de risco que são o tabaco, a alimentação não saudável, a inatividade física e o consumo de álcool. Somando-se à hipertensão arterial (responsável por 13% do total de mortes), este pequeno conjunto de fatores risco é responsável por quase 50% da mortalidade global (tabagismo 9%, glicemia elevada 6%, inatividade física 6%, sobrepeso e obesidade 5%, álcool 4%). (WHO, 2002; 2003) Tais evidências mostram que a prevenção das doenças crônicas é possível e urgente. Com o conhecimento atual, ações de promoção de saúde podem empoderar indivíduos e comunidades sobre os benefícios de comportamentos saudáveis e a importância do estilo de vida na redução de risco das doenças crônicas. Embora pouco estudadas nesse sentido, as instituições universitárias são exemplos de comunidades diferenciadas passíveis de abordagens de comunicação integrada quanto à promoção de saúde. Devido a suas características essenciais, que incluem o aprimoramento e aplicação do conhecimento científico e a clara delimitação da sua população-alvo, as universidades parecem ser mais suscetíveis à criação e prática de políticas e programas voltados à prevenção e à promoção de saúde de seus indivíduos, sejam acadêmicos, técnicos ou docentes. Modelos bem sucedidos podem ser aplicados à comunidade externa. Para tanto, uma universidade promotora de saúde precisa incorporar ações de saúde aos seus objetivos, ressaltando sua importância e desenvolvendo parcerias afim de criar ambientes de trabalho, aprendizagem e vivências saudáveis, e propiciar uma melhor qualidade de vida àqueles que ali estudam e trabalham. Com essa missão, foi criado em 2002 um programa de qualidade de vida , o VIVA MAIS, pelo Departamento de Atenção à Saúde (DAS-PROGESP) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Essencialmente, a partir da avaliação dos comportamentos de risco da comunidade universitária, o programa visa contribuir, através de uma persuasão positiva, para a conscientização e motivação pessoal a favor de hábitos de vida saudáveis. Com o intuito de identificar e orientar prioridades do programa, foi realizado um estudo transversal com acadêmicos, funcionários técnico-administrativos e docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no segundo semestre de 2010. Participaram da coleta de dados 400 indivíduos de cada categoria (n= 1200) que responderam a um questionário autopreenchível baseado em parte em um instrumento, o Behavioral Risk Factor Surveillance System Questionnaire do Centers for Disease Control and Prevention- CDC, E.U.A. Foram coletadas informações de características demográficas e socioeconômicas, nível de atividade física praticada, peso e altura autorreferidos, consumo de cigarros e de bebidas alcoólicas, presença de hipertensão arterial sistêmica, diabetes, hipercolesterolemia e adesão a exames de rastreamento de câncer. Foi realizado rastreamento de transtornos mentais comuns e depressão, além de investigação de estresse no trabalho. Quantos aos resultados encontrados, tabagismo foi relatado por 10,9% (127) dos entrevistados e 29,7% (317) responderam que nos últimos 30 dias consumiram 5 ou mais drinques na mesma ocasião (beber pesado episódico). Excesso de peso foi identificado em 36,3% dos indivíduos, apenas 26,8% (321) são fisicamente ativos, 16,3% e 4,8% relataram hipertensão e diabetes, respectivamente. Foram investigados fatores associados à hipertensão em funcionários técnico-administrativos e docentes. Excesso de peso, teste CAGE positivo, hipercolesterolemia e idade entre 40 e 49 anos tiveram associação estatisticamente significativa com hipertensão, na análise multivariada. Referente à realização de exames para rastreamento de câncer, chama atenção que 43,5% dos indivíduos não realizaram nenhum exame para detecção de câncer de cólon e reto nos últimos 5 anos e 34,3% das acadêmicas nunca realizou rastreamento de câncer de colo de útero. Quanto à saúde mental, a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) em nossa amostra foi de 8,7% e rastreamento de depressão positivo foi identificado em 20,4%. Em relação ao estresse no trabalho em funcionários técnicoadministrativos e docentes, 44,8% da nossa amostra foi categorizada no grupo "passivo" e 30,6% no grupo de "alta exigência". Referente ao apoio social, 52,4% foram classificados como tendo "baixo apoio social". Os fatores associados aos transtornos mentais comuns, na análise multivariada foram apoio social "baixo" (RP de 5,11; IC 95% 1,58-16,52; p=0,006) e rastreamento de depressão positivo (RP de 13,45; IC 95% 5,55-32,61; p=0,000). Especificamente quanto ao uso de álcool em acadêmicos, 56,3% responderam positivamente à questão de beber pesado episódico (binge) e destes, 50,5% relataram esta prática mais de 3 vezes nos últimos 30 dias. O teste CAGE foi positivo em 9,7% e 4,2% relatou já ter tido problemas relacionados ao álcool. No rastreamento de transtornos mentais comuns (TMC) e depressão, verificamos a prevalência de 15,5% e 35,7%, respectivamente. Na análise multivariada, verificamos associação entre beber pesado episódico (binge) e tabagismo (RP=1,56; IC 95% 1,33-1,83; p 0,000), teste CAGE positivo (RP=1,38; IC 95% 1,14-1,68; p 0,001) e sexo masculino (RP=1,27; IC 95% 1,05-1,53); p 0,010). Na medida que os fatores de risco encontrados são semelhantes aos da população em geral, as instituições universitárias são exemplos de comunidades diferenciadas passíveis de abordagens quanto a promoção de saúde. O conhecimento da prevalência e das principais variáveis associadas nos dão uma base para dimensionar o problema, planejar e implementar ações de promoção à saúde e prevenção de agravos. As universidades, como centros geradores de conhecimento e formação, desempenham papel fundamental na identificação e intervenção de agravos à saúde. Promoção de saúde e ações preventivas podem se disseminar e trazer benefícios para toda a sociedade, não apenas para a comunidade universitária. / Chronic diseases of highest global impact, when considering morbidity and mortality (cardiovascular diseases, diabetes, cancer and chronic respiratory diseases) have four risk factors in common, which are tobacco, unhealthy diet, physical inactivity and alcohol consumption. Adding to the high blood pressure (responsible for 13% of total deaths), this small set of factors is responsible for nearly 50% of global mortality (9% smoking, high blood glucose 6%, 6 % physical inactivity, overweight and obesity 5% and alcohol consumption 4%). (WHO, 2002;2003) Such evidences show that prevention of chronic diseases is possible and urgent. With today’s knowledge, actions of health promotion can empower both the community and the individuals about the benefits of a healthy behavior and the importance of the kind of lifestyle in the reduction of the risk of chronic diseases. Though little studied in that aspect, universities are examples of communities that are subject to different approaches to integrated communication regarding health promotion. Due to its essential characteristics, which include the improvement and application of scientific knowledge and the clear delimitation of its target population, universities seem to be more prone to the creation and practice of policies and programs aimed at prevention and promotion of health of its individuals – whether they are academics, technicians or professors. Successful models can be implemented in the external community. Therefore, a university that promotes health needs to incorporate health actions to its goals, emphasizing its importance and developing partnerships in order to create work environments, learning and living healthy experiences with the purpose of bringing a better quality of life to those who study and work there. With this mission, it was created in 2002 a program of life quality, called VIVA MAIS, by the Departamento de Atenção à Saúde (DAS-PROGESP) of Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Basically, from the evaluations of the risk behaviors of the community within the university, the program aims to contribute, through positive persuasion to raise awareness and personal motivations in favor of healthier life habits. With the purpose of identifying and guiding the priorities of the program, it has been conducted a cross-sectional study with academics, technical-administrative staff as well as lecturers of Universidade Federal do Rio Grande do Sul, in the second semester of 2010. 400 individuals of each category (n=1200) have participated and filled a self-administered questionnaire based partly on an instrument, the Behavioral Risk Factor Surveillance System Questionnaire of Centers for Disease Control and Prevention – CDC, USA. It has been gathered information on demographic and socioeconomic characteristics, level of physical activity, self-reported height and weight, smoking and alcohol use, presence of hypertension, diabetes, hypercholesterolemia and adherence to cancer screening tests. It has been conducted the tracking of common mental disorders and depressions, alongside an investigation on work burnout. Univariate and bivariate analysis were used. As a measure of association, the prevalence ratios (PR) and their unadjusted and adjusted confidence intervals was estimated (CI) of 95% by Poisson regression with robust variance. For multivariate analysis, we selected the variables associated with both the exposure and the outcome that showed statistical significance (p <0.10) associations. Later, it was kept in the model variables that showed statistically significant association with the outcome (p<.05). Statistical analyzes were held using SPSS version 20. As to results encountered, smoking was reported by 10.9% (127) of the respondents and 29.7% (317) responded that in the last 30 days they consumed 5 or more drinks on the same occasion (heavy episodic drinking). Overweight has been identified in 36.3% of the subjects, only 26.8% (321) are physically active, 16.3% and 4.8% reported hypertension and diabetes, respectively. Factors relating hypertension and diabetes were related to administrative personnel and lecturers. Overweight, CAGE positive, hypercholesterolemia and age between 40 and 49 years were significantly associated with hypertension in the multivariate analysis. Regarding the examinations for cancer screening, calls attention that 43.5% of the subjects did not perform any examination for detection of colorectal cancer in the past 5 years and 34.3% of the academic female population never held cancer screening for cervical cancer. Regarding mental health, the prevalence of common mental disorders (CMD) in the sample was of 8,7%, and the positive tracking for depression was of 20,4%. As for the work burnout on administrative personnel and professors, 44.8% of the sample has been categorized in the group “passive” and 30.6% in the “high strain” group. Concerning the social support, 52.4% were classified as having “low social support”. The factors associated with common mental disorders, in the multivariate analysis were “low social support” (PR 5.11, 95% CI 1.58 to 16.52, p = 0.006) and depression screening positive (PR of 13.45 95% CI 5.55 to 32.61, p = 0.000). Specifically minding the use of alcohol amongst academics, 56.3% responded positively to heavy episodic drinking (binge drinking) and of which, 50.5% related this habit of over 3 times in the past 30 days. The CAGE test was positive in 9.7% and 4.2% have already reported having problems related to alcohol. In the screening for common mental disorders (CMD) and depression, it was verified the prevalence of 15.5% and 35.7%, respectively. On the multivariate analysis, it has been verified the association with heavy episodic drinking (binge drinking) and smoking (PR-1.56; CI 95% 1.33-1.83; p 0.000), positive CAGE test (PR=1.38; CI 95% 1.14-1.68; p 0.001) and male sex (PR= 1.27; CI 95% 1.05- 1.53; p 0.010). In so far as the risk factors are similar to those found in the general population, the universities are examples of suitable communities subject to different approaches of health promotion. Knowledge of the prevalence and the associated main variables give us a basis to measure the problem, to plan and implement actions to promote health and disease prevention. Universities as centers of knowledge and learning play a key role in the identification and intervention of health problems. Health promotion and preventive actions can be spread and bring benefits to the whole society, not only for the university community.
|
42 |
Gênero e psicologia clínica : risco e proteção na saúde mental de mulheresSantos, Cristina Vianna Moreira dos 25 May 2012 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2012. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2012-09-13T16:17:40Z
No. of bitstreams: 1
2012_CristinaViannaMoreiraSantos.pdf: 1989648 bytes, checksum: 7ae30906f106370aca5e487bc512bbb8 (MD5) / Approved for entry into archive by Patrícia Nunes da Silva(patricia@bce.unb.br) on 2012-09-13T18:46:37Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2012_CristinaViannaMoreiraSantos.pdf: 1989648 bytes, checksum: 7ae30906f106370aca5e487bc512bbb8 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-09-13T18:46:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2012_CristinaViannaMoreiraSantos.pdf: 1989648 bytes, checksum: 7ae30906f106370aca5e487bc512bbb8 (MD5) / A presente tese de doutorado discute dimensões da saúde mental de mulheres em uma perspectiva de gênero e feminista. O objetivo geral foi desenvolver uma pesquisa-intervenção na forma de atendimento grupal e investigar fatores de risco e de proteção, na saúde mental de mulheres adultas jovens e maduras, usuárias e funcionárias do serviço público de atenção básica a saúde e a saúde mental na região metropolitana de Goiânia-GO. A partir do desenvolvimento de grupos de conversação voltados para a promoção da saúde mental de mulheres, foram construídos três estudos em contextos de prevenção e tratamento. Apresentada em forma de artigos, esta tese se inicia com um artigo que discute o marco teórico-metodológico do trabalho, seguido de três artigos empíricos que correspondem aos estudos qualitativos e descritivos desenvolvidos no processo de pesquisa-intervenção. Os dados apontaram a presença de fatores de risco graves como depressão, ansiedade, experiências de violência doméstica e sexual, abuso ou dependência de álcool e outras drogas, comportamento e ideação suicida na vida de mulheres. Apontaram também a presença de fatores de proteção como casamento, trabalho, gravidez, rede de apoio familiar e social, e presença de religiosidade. A discussão dos três estudos pretendeu dar visibilidade a experiências no campo da saúde mental de mulheres, e problematizar sua condição clínica e psicossocial a partir de uma ótica de gênero e feminista. Esta tese almejou, portanto, debater dimensões da interação entre gênero-psicologia clínica-saúde mental como um tópico de relevância social e acadêmica. Visou também contribuir para o fortalecimento de serviços e políticas públicas voltadas para a promoção da saúde mental e dos direitos das mulheres. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This doctoral dissertation discusses dimensions of the mental health of women in a gender and feminist perspective. The general objective was to develop a research-intervention project using the format of women’s groups and to investigate risk and protective factors in the mental health of young adult and mature women that were patients and staff of a public primary health and mental health service in the metropolitan area of Goiânia-GO. The development of conversation groups geared towards the promotion of women’s mental health, served as the basis for the three studies that were constructed in a context of prevention and treatment. Presented in the format of articles, this dissertation begins with an article that discusses the theoretical and methodological perspective adopted in the work, followed by three empirical articles that correspond to the descriptive and qualitative studies developed in the process of the research-intervention. The data collected indicated the presence of risk factors such as depression, anxiety, experiences of domestic and sexual violence, abuse or dependence of alcohol and other drugs, suicidal ideation and behavior. It also identified protective factors such as marriage, work, pregnancy, family, religiosity and the presence of a social support network. The discussion of the three studies was constructed to give visibility to experiences in the field of women’s mental health and to discuss their clinical and psychosocial condition from a gender and feminist perspective. This dissertation aimed, therefore, to discuss the interaction between gender-clinical psychology-mental health, perceived here as a topic of social and academic relevance. The intention was to contribute to the strengthening of services and public policies geared towards the promotion of women’s mental health and women's rights.
|
43 |
Fatores de risco operatório em cirurgia torácicaFernandes, Eduardo de Oliveira January 1998 (has links)
Material e Métodos - Foram avaliados 230 pacientes candidatos a cirurgia torácica dos quais 189 foram efetivamente operados. Destes, 140 submetidos a cirurgia de ressecção parenquimatosa de médio ou grande portes foram estudados para a determinação de risco operatório. Resultados - Idade, sexo, tabagismo, reduzido consumo máximo de oxigênio ou arritmias graves ao exercício e tempo prolongado de UTI associaram-se com complicações e óbito. Quando complicações respiratórias, cardiovasculares e infecciosas estão presentes há definido risco de óbito. A par dos fatores acima verificou-se que variáveis espirométricas como VEF1 e CVF baixos, baixas taxas de hemoglobina, tempo de protrombina prolongado e obstrução brônquica grave são fatores de risco para complicações respiratórias, cardiovasculares e/ou infecciosas. Baixa pressão arterial de oxigênio e transfusão transoperatória de grande volume sangüíneo associaram-se com óbito. Conclusões – Os principais fatores de risco para complicações e óbito são aqueles que resultam, finalmente, em comprometimento funcional respiratório ou cardiovascular. A objetivação deste comprometimento se verifica mediante exame clínico e testes simples como espirometria, gasometria arterial e tolerância ao esforço físico. / Material and Methods – Two hundred and thirty patients who were candidates for chest surgery were evaluated; 189 of them were submitted to surgery. Of these, 140 – submitted to medium or major surgery for parenchymal resection – were studied to determine surgical risk. Results – Age, Sex, smoking, reduced maximum oxygen consumption or major arrhythmias at exercise and prolonged ICU time were associated with complications and death. When there are complications – respiratory, cardiovascular or infectious – there is a definite risk of death. Together with the factors above, it was found that spirometric variables, such as low FEV1 and FVC, low hemoglobin rates, prolonged prothrombin time and severe bronchial obstruction are risk factors for respiratory and/or cardiovascular complications. Low oxygen arterial pressure and the transfusion of a large volume of blood during surgery were associated with death. Conclusions: The main risk factors for complications and death were those which eventually resulted in respiratory or cardiovascular functional involvement. This involvement can be objectively looked at by clinical examination and simples tests such as spirometry, arterial gasometry and tolerance to physical exertion.
|
44 |
Encefalopatia induzida por cefepima : incidência e fatores de riscoSilva, Daiandy da January 2010 (has links)
Introdução: Cefepima (CFP) é um antimicrobiano de uso parenteral amplamente usado no meio hospitalar. É classificado como cefalosporina de quarta geração, usado para o tratamento inicial de infecções graves, sepse grave/choque séptico e no tratamento empírico para neutropenia febril. O CFP é eliminado de forma inalterada na urina e apresenta meia vida plasmática (t½) de 2 horas em pacientes com função renal normal, podendo chegar até 13,5 horas (t½) em pacientes com comprometimento da função renal, havendo boa correlação entre a depuração plasmática de CFP e função renal. No entanto, pacientes em uso do medicamento podem desenvolver encefalopatia, especialmente aqueles com algum grau de insuficiência renal. Objetivos: Verificar a incidência de encefalopatia associada ao uso de CFP e avaliar os fatores de risco relacionados ao desenvolvimento da encefalopatia. Delineamento: Estudo de coorte prospectivo, com caso-controle aninhado. Métodos: Foram incluídos pacientes hospitalizados maiores de 18 anos em uso de CFP de maio/2008 a agosto/2009. Todos os pacientes foram avaliados clinicamente durante o uso de CFP a fim de identificar alterações neurológicas diagnósticas de encefalopatia atribuída ao medicamento. A creatinina sérica foi utilizada para calcular a taxa de filtração glomerular (TFG). Os pacientes com alterações do sensório fizeram um eletroencefalograma (EEG) no momento do diagnóstico e 48 horas após a suspensão do fármaco. As doses de CFP foram avaliadas quanto à sua adequação em relação à indicação e função renal. Compararam-se os casos de encefalopatia com uma amostra dos controles sem a complicação, emparelhados por idade e sexo. Níveis séricos de CFP foram determinados antes da administração (vale) e uma hora após (pico), por cromatografia líquida de alto desempenho. Resultados: Na população de 1035 pacientes seguidos, a incidência cumulativa de encefalopatia induzida por CFP foi de 1,9%, variando de 1% nos indivíduos com TFG ≥ 60mL/min. a 2,7%, 5,4% e 7,5%, naqueles com TFG entre 30 e 59, entre 15 e 29 e abaixo de 15 ml/min, respectivamente. Os fatores de risco associados a encefalopatia por CFP foram idade, creatinina sérica e TFG, dose inadequada do antibiótico e seus níveis séricos tanto no pico como no vale. Conclusão: Observamos uma alta incidência de encefalopatia por CFP (1,9%), especialmente nos pacientes com insuficiência renal, idosos, particularmente, naqueles que receberam doses inadequadas. Pacientes com encefalopatia apresentaram níveis séricos mais elevados de CFP.
|
45 |
Fatores de risco de doenças crônicas não transmissíveis em uma comunidade universitária do Sul do Brasil (UFRGS)Daudt, Carmen Vera Giacobbo January 2013 (has links)
As doenças crônicas de maior impacto mundial quanto a morbidade e mortalidade (doenças do aparelho circulatório, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas) têm em comum quatro fatores de risco que são o tabaco, a alimentação não saudável, a inatividade física e o consumo de álcool. Somando-se à hipertensão arterial (responsável por 13% do total de mortes), este pequeno conjunto de fatores risco é responsável por quase 50% da mortalidade global (tabagismo 9%, glicemia elevada 6%, inatividade física 6%, sobrepeso e obesidade 5%, álcool 4%). (WHO, 2002; 2003) Tais evidências mostram que a prevenção das doenças crônicas é possível e urgente. Com o conhecimento atual, ações de promoção de saúde podem empoderar indivíduos e comunidades sobre os benefícios de comportamentos saudáveis e a importância do estilo de vida na redução de risco das doenças crônicas. Embora pouco estudadas nesse sentido, as instituições universitárias são exemplos de comunidades diferenciadas passíveis de abordagens de comunicação integrada quanto à promoção de saúde. Devido a suas características essenciais, que incluem o aprimoramento e aplicação do conhecimento científico e a clara delimitação da sua população-alvo, as universidades parecem ser mais suscetíveis à criação e prática de políticas e programas voltados à prevenção e à promoção de saúde de seus indivíduos, sejam acadêmicos, técnicos ou docentes. Modelos bem sucedidos podem ser aplicados à comunidade externa. Para tanto, uma universidade promotora de saúde precisa incorporar ações de saúde aos seus objetivos, ressaltando sua importância e desenvolvendo parcerias afim de criar ambientes de trabalho, aprendizagem e vivências saudáveis, e propiciar uma melhor qualidade de vida àqueles que ali estudam e trabalham. Com essa missão, foi criado em 2002 um programa de qualidade de vida , o VIVA MAIS, pelo Departamento de Atenção à Saúde (DAS-PROGESP) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Essencialmente, a partir da avaliação dos comportamentos de risco da comunidade universitária, o programa visa contribuir, através de uma persuasão positiva, para a conscientização e motivação pessoal a favor de hábitos de vida saudáveis. Com o intuito de identificar e orientar prioridades do programa, foi realizado um estudo transversal com acadêmicos, funcionários técnico-administrativos e docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no segundo semestre de 2010. Participaram da coleta de dados 400 indivíduos de cada categoria (n= 1200) que responderam a um questionário autopreenchível baseado em parte em um instrumento, o Behavioral Risk Factor Surveillance System Questionnaire do Centers for Disease Control and Prevention- CDC, E.U.A. Foram coletadas informações de características demográficas e socioeconômicas, nível de atividade física praticada, peso e altura autorreferidos, consumo de cigarros e de bebidas alcoólicas, presença de hipertensão arterial sistêmica, diabetes, hipercolesterolemia e adesão a exames de rastreamento de câncer. Foi realizado rastreamento de transtornos mentais comuns e depressão, além de investigação de estresse no trabalho. Quantos aos resultados encontrados, tabagismo foi relatado por 10,9% (127) dos entrevistados e 29,7% (317) responderam que nos últimos 30 dias consumiram 5 ou mais drinques na mesma ocasião (beber pesado episódico). Excesso de peso foi identificado em 36,3% dos indivíduos, apenas 26,8% (321) são fisicamente ativos, 16,3% e 4,8% relataram hipertensão e diabetes, respectivamente. Foram investigados fatores associados à hipertensão em funcionários técnico-administrativos e docentes. Excesso de peso, teste CAGE positivo, hipercolesterolemia e idade entre 40 e 49 anos tiveram associação estatisticamente significativa com hipertensão, na análise multivariada. Referente à realização de exames para rastreamento de câncer, chama atenção que 43,5% dos indivíduos não realizaram nenhum exame para detecção de câncer de cólon e reto nos últimos 5 anos e 34,3% das acadêmicas nunca realizou rastreamento de câncer de colo de útero. Quanto à saúde mental, a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) em nossa amostra foi de 8,7% e rastreamento de depressão positivo foi identificado em 20,4%. Em relação ao estresse no trabalho em funcionários técnicoadministrativos e docentes, 44,8% da nossa amostra foi categorizada no grupo "passivo" e 30,6% no grupo de "alta exigência". Referente ao apoio social, 52,4% foram classificados como tendo "baixo apoio social". Os fatores associados aos transtornos mentais comuns, na análise multivariada foram apoio social "baixo" (RP de 5,11; IC 95% 1,58-16,52; p=0,006) e rastreamento de depressão positivo (RP de 13,45; IC 95% 5,55-32,61; p=0,000). Especificamente quanto ao uso de álcool em acadêmicos, 56,3% responderam positivamente à questão de beber pesado episódico (binge) e destes, 50,5% relataram esta prática mais de 3 vezes nos últimos 30 dias. O teste CAGE foi positivo em 9,7% e 4,2% relatou já ter tido problemas relacionados ao álcool. No rastreamento de transtornos mentais comuns (TMC) e depressão, verificamos a prevalência de 15,5% e 35,7%, respectivamente. Na análise multivariada, verificamos associação entre beber pesado episódico (binge) e tabagismo (RP=1,56; IC 95% 1,33-1,83; p 0,000), teste CAGE positivo (RP=1,38; IC 95% 1,14-1,68; p 0,001) e sexo masculino (RP=1,27; IC 95% 1,05-1,53); p 0,010). Na medida que os fatores de risco encontrados são semelhantes aos da população em geral, as instituições universitárias são exemplos de comunidades diferenciadas passíveis de abordagens quanto a promoção de saúde. O conhecimento da prevalência e das principais variáveis associadas nos dão uma base para dimensionar o problema, planejar e implementar ações de promoção à saúde e prevenção de agravos. As universidades, como centros geradores de conhecimento e formação, desempenham papel fundamental na identificação e intervenção de agravos à saúde. Promoção de saúde e ações preventivas podem se disseminar e trazer benefícios para toda a sociedade, não apenas para a comunidade universitária. / Chronic diseases of highest global impact, when considering morbidity and mortality (cardiovascular diseases, diabetes, cancer and chronic respiratory diseases) have four risk factors in common, which are tobacco, unhealthy diet, physical inactivity and alcohol consumption. Adding to the high blood pressure (responsible for 13% of total deaths), this small set of factors is responsible for nearly 50% of global mortality (9% smoking, high blood glucose 6%, 6 % physical inactivity, overweight and obesity 5% and alcohol consumption 4%). (WHO, 2002;2003) Such evidences show that prevention of chronic diseases is possible and urgent. With today’s knowledge, actions of health promotion can empower both the community and the individuals about the benefits of a healthy behavior and the importance of the kind of lifestyle in the reduction of the risk of chronic diseases. Though little studied in that aspect, universities are examples of communities that are subject to different approaches to integrated communication regarding health promotion. Due to its essential characteristics, which include the improvement and application of scientific knowledge and the clear delimitation of its target population, universities seem to be more prone to the creation and practice of policies and programs aimed at prevention and promotion of health of its individuals – whether they are academics, technicians or professors. Successful models can be implemented in the external community. Therefore, a university that promotes health needs to incorporate health actions to its goals, emphasizing its importance and developing partnerships in order to create work environments, learning and living healthy experiences with the purpose of bringing a better quality of life to those who study and work there. With this mission, it was created in 2002 a program of life quality, called VIVA MAIS, by the Departamento de Atenção à Saúde (DAS-PROGESP) of Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Basically, from the evaluations of the risk behaviors of the community within the university, the program aims to contribute, through positive persuasion to raise awareness and personal motivations in favor of healthier life habits. With the purpose of identifying and guiding the priorities of the program, it has been conducted a cross-sectional study with academics, technical-administrative staff as well as lecturers of Universidade Federal do Rio Grande do Sul, in the second semester of 2010. 400 individuals of each category (n=1200) have participated and filled a self-administered questionnaire based partly on an instrument, the Behavioral Risk Factor Surveillance System Questionnaire of Centers for Disease Control and Prevention – CDC, USA. It has been gathered information on demographic and socioeconomic characteristics, level of physical activity, self-reported height and weight, smoking and alcohol use, presence of hypertension, diabetes, hypercholesterolemia and adherence to cancer screening tests. It has been conducted the tracking of common mental disorders and depressions, alongside an investigation on work burnout. Univariate and bivariate analysis were used. As a measure of association, the prevalence ratios (PR) and their unadjusted and adjusted confidence intervals was estimated (CI) of 95% by Poisson regression with robust variance. For multivariate analysis, we selected the variables associated with both the exposure and the outcome that showed statistical significance (p <0.10) associations. Later, it was kept in the model variables that showed statistically significant association with the outcome (p<.05). Statistical analyzes were held using SPSS version 20. As to results encountered, smoking was reported by 10.9% (127) of the respondents and 29.7% (317) responded that in the last 30 days they consumed 5 or more drinks on the same occasion (heavy episodic drinking). Overweight has been identified in 36.3% of the subjects, only 26.8% (321) are physically active, 16.3% and 4.8% reported hypertension and diabetes, respectively. Factors relating hypertension and diabetes were related to administrative personnel and lecturers. Overweight, CAGE positive, hypercholesterolemia and age between 40 and 49 years were significantly associated with hypertension in the multivariate analysis. Regarding the examinations for cancer screening, calls attention that 43.5% of the subjects did not perform any examination for detection of colorectal cancer in the past 5 years and 34.3% of the academic female population never held cancer screening for cervical cancer. Regarding mental health, the prevalence of common mental disorders (CMD) in the sample was of 8,7%, and the positive tracking for depression was of 20,4%. As for the work burnout on administrative personnel and professors, 44.8% of the sample has been categorized in the group “passive” and 30.6% in the “high strain” group. Concerning the social support, 52.4% were classified as having “low social support”. The factors associated with common mental disorders, in the multivariate analysis were “low social support” (PR 5.11, 95% CI 1.58 to 16.52, p = 0.006) and depression screening positive (PR of 13.45 95% CI 5.55 to 32.61, p = 0.000). Specifically minding the use of alcohol amongst academics, 56.3% responded positively to heavy episodic drinking (binge drinking) and of which, 50.5% related this habit of over 3 times in the past 30 days. The CAGE test was positive in 9.7% and 4.2% have already reported having problems related to alcohol. In the screening for common mental disorders (CMD) and depression, it was verified the prevalence of 15.5% and 35.7%, respectively. On the multivariate analysis, it has been verified the association with heavy episodic drinking (binge drinking) and smoking (PR-1.56; CI 95% 1.33-1.83; p 0.000), positive CAGE test (PR=1.38; CI 95% 1.14-1.68; p 0.001) and male sex (PR= 1.27; CI 95% 1.05- 1.53; p 0.010). In so far as the risk factors are similar to those found in the general population, the universities are examples of suitable communities subject to different approaches of health promotion. Knowledge of the prevalence and the associated main variables give us a basis to measure the problem, to plan and implement actions to promote health and disease prevention. Universities as centers of knowledge and learning play a key role in the identification and intervention of health problems. Health promotion and preventive actions can be spread and bring benefits to the whole society, not only for the university community.
|
46 |
Desenvolvimento e Validação de Uma Equação Preditiva da Excreção Urinária de Albumina em DiabéticosSANTOS, Eduila Maria Couto 31 January 2012 (has links)
Submitted by Lucelia Lucena (lucelia.lucena@ufpe.br) on 2015-03-11T17:24:53Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
EDUILA MARIA COUTO SANTOS.pdf: 2133943 bytes, checksum: 4bf99b8b8fefa15efa1c6148c2a161d2 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-11T17:24:53Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
EDUILA MARIA COUTO SANTOS.pdf: 2133943 bytes, checksum: 4bf99b8b8fefa15efa1c6148c2a161d2 (MD5)
Previous issue date: 2012 / FACEPE / Objetivo: Determinar os fatores associados à excreção urinária de albumina-EUA e assim, desenvolver e validar equação preditiva da albuminúria em diabéticos. Métodos: Estudo transversal com 210 adultos/idosos realizado entre junho-agosto/2011 que avaliou a possível associação entre EUA e variáveis sócio-demográficas, clínicas (pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD)), antropométricas (Índice de massa corpórea (IMC), circunferência da cintura (CC), relação cintura/estatura (RCE), relação cintura/quadril (RCQ), índice de conicidade (ICn)) e bioquímicas (glicemia de jejum (GJ), ureia, creatinina e proteína Creativa(PCR)). Para elaboração do modelo matemático, aplicou-se regressão logística binária, adotando a EUA como variável dependente. Para a validação da equação, utilizou-se teste de Student para amostras pareadas. Resultados: A prevalência de albuminúria foi de 18,6% (5,7% macro e 12,9% microalbuminúria). As variáveis que se associaram com a ocorrência da
albuminúria foram faixa etária 60 anos, tempo de diabetes (TDM) 10 anos, pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) elevadas. Na análise ajustada, a faixa etária (Odds Ratio OR)) = 2,42, IC95%1,06-5,50), o TDM (OR =2,94, IC95%1,47-5,87) e a PAS (OR)= 2,65, IC95%1,29-5,41) se mostraram significativamente associados. Os pacientes foram divididos em dois grupos: desenvolvimento (n=143) e validação (n=67). Foram propostas e validadas duas equações: Equação 1, independente do sexo: EUA= -(1,90*idade) +(2061,08*RCE) +(27,19*PAS) +(61,48*PAD) +(0,73*TDM) -(1417,62*CC) – 675,54; Equação 3, para o sexo feminino: EUA= -(5,07*idade) +(3525,75*RCE) +(34,37*PAS) +(65,31*PAD) +(0,96*TDM) –(2344,09*CC) –691,46, com poder preditivo de 15% e 20%, respectivamente. Conclusões: Idosos, com PAS elevada e TDM 10 anos representaram os fatores de risco para albuminúria. As equações propostas podem ser utilizadas para cálculo da EUA em diabéticos, como forma de triagem na atenção primária, a fim de identificar indivíduos de alto risco para desenvolvimento de doenças vasculares.
|
47 |
Sífilis congênita: fatores de risco em gestantes admitidas nas maternidades de Maceió/AL e área Metropolitana e avaliação dos critérios diagnósticos adotados no BrasilPEDROSA, Linda Délia Carvalho de Oliveira 01 March 2010 (has links)
Submitted by Haroudo Xavier Filho (haroudo.xavierfo@ufpe.br) on 2016-02-26T17:32:06Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
TESE 09agol2015 (1).pdf: 1340528 bytes, checksum: 52150952d443a0f0d5f1de06dc168fe7 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-26T17:32:06Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
TESE 09agol2015 (1).pdf: 1340528 bytes, checksum: 52150952d443a0f0d5f1de06dc168fe7 (MD5)
Previous issue date: 2010-03-01 / O estudo objetiva avaliar os critérios diagnósticos da sífilis congênita (SC) adotados pelo
Ministério da Saúde/Brasil (MS) determinando, entre neonatos considerados positivos pelos
critérios do MS, o percentual infectado e fatores de risco associados à transmissão vertical.
Entre maio/2007 e setembro/2008, realizou-se um estudo de validação fase III de Sackett, a
partir dos casos diagnosticados como SC pelos critérios do MS, avaliando o valor preditivo
positivo (VPP) e um estudo caso-controle, a partir de mães VDRL positivo. Incluiu gestantes
admitidas em 15 maternidades de Maceió/região metropolitana/AL (09 municípios) e seus
conceptos nativivos, natimortos e abortos tardios. No caso-controle, definiu-se CASO:
neonato, aborto ou natimorto definido pelos critérios do MS e diagnóstico comprovado por
FTA-ABs IgM ou histopatológico do cordão umbilical; CONTROLES: nascimentos
subsequentes ao caso, mesmo hospital, aborto, neonato ou natimorto, VDRL negativo,
inclusive na gestação. À admissão, as gestantes realizavam VDRL e teste rápido de HIV, e
os neonatos de mães VDRL positivas, exames clínicos e complementares, incluindo exames
PADRÃO DE REFERÊNCIA para confirmação: histopatológico do cordão umbilical e
FTA-ABS-IGM. A amostra para análise, casos selecionados pelos critérios do MS,
confirmados pelo padrão-referência, correspondeu a 80 casos SC confirmados, dentre 195
casos presumidos e 696 controles. Foram admitidas (partos/curetagens) 35.156 gestantes,
390 (11,1/1.000 gestantes) VDRL positivo e 195 (5,5/1.000 gestantes) preencheram pelo
menos um dos critérios do MS; 83,1% gestantes positivas (162/195) enquadraram-se no
critério epidemiológico (critério 1). Investigando neonatos usando evidencias sorológica +
evidência clinica ou radiológica ou liquórica (critério 3) detectou-se 81/195 (41,5%)
neonatos com SC; 20/195 abortos ou natimortos enquadraram-se no critério 4. O critério 1
apresentou VPP de 47,5% (IC 95% 34,8-60,6). Aumentando para 51,3% (IC 95% 41,9-60,6)
ao excluir gestantes FTA-Abs negativo. Para o critério 3, o VPP foi 53,1%, (IC 95% 41,7-
64,1), aumentando para 64,2% (IC95% 51,5-75,3) para as gestantes FTA-Abs positivo. O
VPP para o critério 4 foi 73,7% (IC 95% 48,6-89,9). Das 245 gestantes admitidas, com
VDRL positivo, 18 (7,3%) excluídas, 02 (0,8%) recusas, 30 (12,2%) receberam alta
hospitalar antes do resultado dos exames e não localizadas. Dos 195 (79,6%) casos
investigados: 10 (5,1%) abortos, 10 (5,1%) natimortos, 175 (89,8%) nativivos; 81/175
(46,3%) VDRL positivo e alteração clínica e/ou liquórica e/ou radiológica de SC; 50/168
(29,6%) confirmados pelo FTA-ABs IgM, e 50/180 (27,8%) pelo histopatológico do cordão,
80/195 casos (41%) com um destes positivo. Realizou-se analise univariada por blocos de
variáveis e análise multivariada. O modelo final da associação entre exposição materna a
sífilis e SC no neonato contemplou: perda de neonato (OR 4,18 p=0, 000), perda de filho ao
final da gestação (OR 4,15 p=0, 000), uso de drogas pelo parceiro (OR 3,49 p=0, 000), ter
mais de um parceiro no último ano (1,96 p=0, 058) solteira/viúva/separada (OR 1,70 p= 0,
047). O baixo VPP desses critérios permite questionar sua utilidade no cenário atual da
doença, principalmente em regiões de baixa prevalência. Gestantes com perda de neonatos
ou filhos ao final da gestação e com mais de um parceiro no último ano apresentaram maior
chance de ter filhos com SC. / This study aimed to evaluate the diagnostic criteria of Congenital Syphilis (CS) adopted by the
Ministry of Health/Brazil (MH), by determining the percentage of infected neonates amongst
those considered positive by the MH criteria, and to identify the factors associated with vertical
transmission. A validation (Phase III) and a case-control design were used to investigate the
former and the latter objective, respectively. In the case-control study, a CASE was defined as:
neonate, abortion or stillborn who met the MH criteria for CS and had the diagnostic confirmed
by FTA-ABs IgM or by the histopathological examination of the umbilical cord. CONTROLS
were: neonate, abortion or stillborn of the consecutive birth (in the same hospital) following that
of the case, with negative VDRL. In the validation study the Positive predictive value (PPV) of
CS diagnosed with the MH criteria was estimated. Data was collected between May/2007 and
September/2008. Pregnant women admitted in 15 maternity hospitals in Maceió/Metropolitan
area/AL (09 cities) and their living child, abortion or stillborn were included in the study. After
admission all pregnant women were tested for VDRL and HIV, and the neonates of mothers
VDRL positive underwent physical examination and diagnostic testing including those
considered as REFERENCE STANDARD for confirmation of CS: histopathology of the
umbilical cord and FTA-ABS-IGM. The sample was composed of 80 confirmed cases of CS
(cases selected by the MH criteria and confirmed by the standard reference), out of 195 presumed
cases, and 696 controls. A total of 35156 pregnant women were admitted (births/curettage), 390
(11.1/1,000 pregnant women) being VDRL positive and 195 (5.5/1,000 pregnant women)
fulfilling at least one of the MH criteria; 83.1% pregnant women with a positive VDRL
(162/195) met the epidemiological criterion (criterion 1). Investigating neonates presenting
serological evidence + clinical or radiological or cerebral spinal fluid evidence (criterion 3),
81/195 (41.5%) neonates with CS were detected; 20/195 abortion or stillborn met criteria 4.
Criteria 1 presented a PPV of 47.5% (95%-CI: 34.8-60.6), increasing to 51.3% (95%-CI: 41.9-
60.6) when excluding pregnant women with negative FTA-Abs. For criterion 3, the PPV was
53.1%, (95%-CI: 41.7-64.1), increasing to 64.2% (95%_CI: 51.5-75.3) when just FTA-Abs
positive pregnant women were considered. The PPV for criteria 4 was 73.7% (95%-CI: 48.6-
89.9). Of the 245 pregnant women admitted with positive VDRL, 18 (7.3%) were excluded, 02
(0.8%) refused to participate and 30 (12.2%) were discharged from the hospital before the
laboratory tests results and were lost to follow-up. Of 195 (79. 6%) investigated cases there were:
10 (5.1%) abortions, 10 (5.1%) stillborns and 175 (89.8%) neonates; 81/175 (46,3%) neonates
had VDRL positive and/or clinical and/or cerebral spinal fluid and/or radiological CS alteration;
50/168 (29,6%) were confirmed by FTA-ABs IgM, and 50/180 (27,8%) by the histopathological
exam. A total of 80/195 (41%) conceptus had at least one of these exams positive. In the casecontrol
study the following factors related to the mothers were independently associated with
CS were: loss of neonate (OR 4,18 p=0, 000), loss of child at the end of pregnancy (OR 4,15
p=0, 000), use of drugs by the partner (OR 3,49 p=0, 000), having more than one partner the
year before (1,96 p=0, 058) single/widow/separated (OR 1,70 p= 0, 047). The low PPV of the
MH criteria allows questioning its utility at the current scenario of the disease, especially in
regions with low prevalence. Pregnant women with loss of neonate or loss of child at the end of
the pregnancy, as well as more than one partner during the last year showed a greater risk of
having children with CS.
|
48 |
Prevalência e fatores de risco do HTLV em pessoas vivendo com HIV/ AIDS acompanhadas em serviço de referência no período de 2013 a 2016 – Recife – PERIBEIRO, Mirela Lopes 21 June 2017 (has links)
Submitted by Fernanda Rodrigues de Lima (fernanda.rlima@ufpe.br) on 2018-08-29T22:24:00Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)
DISSERTAÇÃO Mirela Lopes Ribeiro.pdf: 2216257 bytes, checksum: 49fcbcbc58366871eb0657347a258122 (MD5) / Approved for entry into archive by Alice Araujo (alice.caraujo@ufpe.br) on 2018-09-10T23:09:58Z (GMT) No. of bitstreams: 2
license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)
DISSERTAÇÃO Mirela Lopes Ribeiro.pdf: 2216257 bytes, checksum: 49fcbcbc58366871eb0657347a258122 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-10T23:09:58Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)
DISSERTAÇÃO Mirela Lopes Ribeiro.pdf: 2216257 bytes, checksum: 49fcbcbc58366871eb0657347a258122 (MD5)
Previous issue date: 2017-06-21 / CAPES / O vírus linfotrópico para células T de humanos (HTLV) pode alterar a evolução clínica do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Tanto o HTLV como o HIV compartilham as mesmas vias de transmissão e esta coinfecção pode mascarar o diagnóstico da síndrome da imunodeficiência humana (aids). O presente estudo se propôs estimar a prevalência da infecção pelo HTLV e descrever os fatores de risco para coinfecção em pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) acompanhadas no Ambulatório de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), na cidade do Recife, nordeste do Brasil, no período de 2013 a 2016. Foi realizado um estudo transversal e os pacientes após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, foram entrevistados e procedeu-se a coleta sanguínea e a análise dos prontuários. As amostras foram encaminhadas ao Setor de Virologia do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (LIKA) da UFPE para a realização do ELISA e do teste confirmatório Western Blotting (WB). Foram incluídos no estudo 720 indivíduos vivendo com HIV/aids, dos quais 457 (63,4%) eram do sexo masculino, 347 (48,1%) solteiros, a maioria acima de 40 anos (61,5%) e 374 (51,9%) eram de cor/raça parda. A prevalência da coinfecção HTLV/HIV, determinada pelo ELISA e confirmada pelo WB, foi de 1,5% (11/720). Ressaltando que 10 foram HTLV-1 e um HTLV-2. Dos coinfectados, seis eram homens e cinco mulheres, 73% maior de 40 anos de idade e maioria de raça parda. Não foi encontrada associação entre os fatores de risco para a aquisição da coinfecção. A mediana das contagens de TCD4+ foi maior entre os coinfectados HTLV/HIV, e a mediana da primeira contagem da carga viral do HIV foi maior nos pacientes monoinfectados. A coinfecção HTLV/HIV foi baixa refletindo o perfil da população estudada, que difere de outras regiões do Brasil. / Human T-cell lymphotropic virus (HTLV) can affect the clinical evolution of human immunodeficiency virus (HIV). Both HTLV and HIV share the same transmission routes and this coinfection may mask the diagnosis of human immunodeficiency syndrome (aids). This study aimed to estimate the prevalence of HTLV infection and to describe the risk factors for coinfection in people living with HIV/aids (PLWHA), attended at the outpatient clinic of the Hospital das Clínicas of the Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), in Recife, Northeast of Brazil, from 2013 to 2016. A cross-sectional study was performed and the patients were interviewed, after having signed the informed consent forms. The blood samples were collected and medical records were also analyzed. Samples were sent to the Virology Department of the Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (LIKA) at UFPE, for analysis using ELISA and Western Blotting (WB). A total of 720 individuals living with HIV/aids were studied, of which 457 (63.4%) were male, 347 (48.1%) were single, the majority were over 40 years old (61.5%) and 374 (51.9%) were pardo color. The prevalence of HTLV/HIV coinfection, determined by ELISA and confirmed by WB, was 1.5% (11/720). Noticing that 10 were HTLV-1 and one was HTLV-2. Among the coinfected people, six were male and five were female, 73% were over 40 years old and the marjority were pardo color. There was no association between risk factors and the coinfection. The median CD4+ T cells counts were higher among coinfected; however, the median of the first HIV viral load was higher in monoinfected patients. The HTLV/HIV coinfection was low, reflecting the profile of the studied population, which differs from other Brazilian regions.
|
49 |
ENTEROBACTÉRIAS Resistentes aos Carbapenêmicos em dois Hospitais da Área Metropolitana de Vitória-ES e seus Fatores AssociadosLAVAGNOLI, L. S. 31 May 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2018-08-01T21:35:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
tese_9890_Dissertação Lílian Lavagnoli.pdf: 1695314 bytes, checksum: 4e00c822d6e826f4c7b4e864077999bd (MD5)
Previous issue date: 2016-05-31 / Há relatos de Enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos (ERC) em todo o mundo, indicando que a disseminação da resistência se tornou um importante problema de saúde pública. Há necessidade de melhor compreensão sobre os aspectos envolvidos, incluindo os fatores de risco de infecção por esses microrganismos. O objetivo do presente estudo caso-controle exploratório foi identificar possíveis fatores de risco para a aquisição de cepas de Enterobactérias com marcador de resistência aos carbapenêmicos. A população do estudo constituiu-se de pacientes com amostra biológica positiva para ERC pela metodologia disco difusão e E-test e controles com amostra biológica negativa para ERC. Ao todo, 65 pacientes foram incluídos, 13 (20%) com ERC e 52 (80%) sem ERC. As ERC isoladas foram Serratia marcescens (6), Klebsiella pneumoniae (4) e Enterobacter cloacae (3). Análise univariada identificou tempo de internação até a coleta (p<0,001), tempo total de internação (p<0,001) e procedimento cirúrgico (p=0,004) com significância estatística. No modelo de regressão logística, tempo de internação até a coleta permaneceu com significância, resultando em odds ratio de 0,934 (IC 95%: 0,882 a 0,989). Procedimento cirúrgico teve significância limítrofe (p = 0,056; OR = 9,293; IC 95%: 0,946 a 91,255). Análise separada de uso de carbapenêmicos revelou significância estatística (p<0,001), entretanto, não se manteve na análise multivariada, que resultou em odds ratio de 0,91 (IC 95%: 0,752 a 47,63). O conhecimento dos fatores de risco associados a aquisição e a instituição de medidas preventivas pode contribuir decisivamente para a diminuição da propagação destes microorganismos no ambiente hospitalar.
|
50 |
Fatores de risco associado à mortalidade de pacientes com Sepse na UTI de adultos do Real Hospital Português de Beneficência em Recife-PECorrêa de Araujo Koury e Azevedo, Joana January 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:32:17Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo8104_1.pdf: 2789332 bytes, checksum: 0845e1a15a20bbda7d37fbee0d0bad94 (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2005 / A sepse é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, e também é uma causa
comum de admissão de pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Essa pesquisa visa
descrever dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais de pacientes adultos com sepse, bem
como verificar a associação entre esses dados com a mortalidade de pacientes com sepse.
Método: O trabalho foi desenvolvido no formato de dois artigos originais; o desenho do
estudo do primeiro artigo é tipo série de casos; e o segundo artigo é um estudo de casocontrole
aninhado a uma coorte prospectiva e não intervencionista. Ambos foram realizados
na UTI de um hospital privado da cidade do Recife, estado de Pernambuco, no período de
agosto a dezembro de 2004. Foram coletados dados referentes ao exame clínico e laboratorial
dos pacientes adultos admitidos na UTI com diagnóstico de sepse ou que a desenvolviam
durante o internamento. Os pacientes eram acompanhados até a alta da UTI, óbito ou
transferência para outro hospital.
Resultados: Foram incluídos 199 pacientes, dos quais 87 (43,7%) evoluíram para o óbito e
112 (56,3%) tiveram alta da UTI. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (56,3%) e
mais da metade (68,2%) da população estudada foi composta por idosos (maiores de 65 anos).
Em 85,4% dos casos o motivo da internação foi clínico e a grande maioria dos pacientes tinha
patologia crônica associada (76,4%). A sepse foi de origem pulmonar em 79,3% dos casos.
Após regressão logística, apenas o tempo para internação na UTI maior que 72h, a presença
de patologia crônica associada, o número de órgãos acometidos superior a 03 e o lactato
maior que 04 mmol/L estiveram associados com a mortalidade. O escore APACHE II >25 e o
SOFA > 12 foram igualmente úteis para definir risco de morte, bem como o escore SOFA
>12 esteve associado com uma mortalidade precoce (< 72h).
Conclusão: A população de idosos foi a mais acometida pela sepse, sendo a maioria das
internações de origem clínica e o principal foco da sepse os pulmões. O tempo de internação prolongado, presença de co-morbidades e falência de mais de três órgãos e lactato sérico
acima de 4mmol/L estiveram associados com um maior risco de morte
|
Page generated in 0.1116 seconds