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Manifestações dermatológicas em pacientes HIV-positivos coinfectados pelo Vírus da Hepatite C : um estudo prospectivo e comparativoCunha, Vanessa Santos January 2010 (has links)
Introdução: Como o Vírus da Hepatite C (HCV) e o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) dividem os mesmos fatores de risco, eles frequentemente coexistem. Há grande controvérsia em relação ao real impacto da coinfecção, mas parece haver aumento da morbidade geral. Esperaria-se um aumento do número e intensidade das manifestações dermatológicas nos coinfectados quando comparadas aos somente infectados pelo HCV, já que nos pacientes HIV-positivos a prevalência de dermatoses é alta. O diagnóstico precoce da coinfecção é importante na prevenção de complicações e os achados dermatológicos pedem ser o único indício da mesma. Objetivo: Estudar e especificar as manifestações dermatológicas dos pacientes coinfectados pelo HIV e HCV em comparação àqueles somente infectados pelo HCV. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo e transversal. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de hepatite C, isoladamente, e coinfectados pelo HCV e HIV, provenientes dos ambulatórios de Gastroenterologia ou Infectologia, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Foram excluídos os pacientes que apresentavam outras disfunções hepáticas, aqueles em tratamento para hepatite C e do ambulatório de dermatologia. Era realizado um exame dermatológico completo e os exames complementares, caso não disponíveis dos últimos 30 dias, eram realizados no dia da inclusão/exame dermatológico. Resultados: Foi avaliado um total de 201 pacientes, sendo 108 coinfectados pelo HIV e HCV e 93 somente positivos para o HCV. A média de idade foi de 51 anos no grupo monoinfectado pelo HCV e de 45 anos, nos coinfectados. Houve um predomínio de pacientes do sexo masculino (68,5%) nos pacientes somente HCV-positivos, sendo que no outro grupo, cerca de 45% dos pacientes eram homens. Não houve diferença entre os grupos com relação à presença ou ausência de fibrose hepática. Com relação ao alcoolismo, houve um predomínio significativo desta condição nos pacientes coinfectados. A presença de prurido não foi diferente estatisticamente entre os grupos, porém há uma tendência em ser mais freqüente naqueles somente com HCV. O grupo positivo para o HIV e o HCV apresentou um número médio de 4,5 diferentes alterações dermatológicas por paciente, sendo significativamente menor do que o grupo somente HCV-positivo, que apresentou uma média de 5,2 dermatopatias por paciente. Foram identificadas 104 diferentes dermatoses. Houve uma maior prevalência de alterações infecciosas e pigmentares no grupo coinfectado pelo HCV e HIV. Por outro lado, alterações vasculares foram mais freqüentes nos somente HCV-positivos. Conclusão: As manifestações dermatológicas são frequentes tanto em pacientes monoinfectados pelo HCV quanto nos coinfectados pelo HCV e HIV. A imunossupressão característica da infecção pelo HIV diminui o número de alterações mucocutâneas, quando comparamos a pacientes infectados somente pelo HCV. Por fim, ressaltase a importância de um exame dermatológico no manejo destes pacientes, para o diagnóstico precoce de ambas as infecções, diminuindo a morbimortalidade relacionada a elas, através da instauração breve do tratamento específico.
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Variantes genéticas como fatores de risco para trombose venosaBandinelli, Eliane January 2000 (has links)
Foram investigados, principalmente, polimorfismos de DNA dos genes envolvidos na síntese de proteínas relacionadas à hemostasia, como fatores de risco para a trombose venosa. Neste estudo caso-controle foram incluídos 121 pacientes caucasóides com trombose venosa profunda e 121 controles. Também foram estudados 172 indivíduos negroídes da população em geral de diversos estados brasileiros. Os pacientes foram encaminhados por profissionais da área de saúde e tiveram trombose venosa profunda nos membros inferiores, confirmada por flebografia ou ecodoppler ou que, mesmo sem esta confirmação diagnóstica, apresentavam trombose venosa de repetição ou trombose venosa profunda seguida de embolia pulmonar. Foram excluídos pacientes nos quais a trombose venosa estivesse associada a patologias tais como diabetes, câncer e anticorpos anti-fosfolipídeos. Foram investigados o fator V Leiden, o polimorfismo 20210G→A no gene da Protrombina, as deficiências de proteína C, proteína S e antitrombina III, os quais são fatores genéticos de risco bem-estabelecidos para trombose venosa. Também foram investigados os níveis dos fatores VIII e von Willebrand. Além disso, foram realizados estudos de polimorfismos de DNA dos genes do Fator VII, do Inibidor do Ativador do Plasminogênio (Pai-1), do Ativador Tissular do Plasminogênio (t-PA), da Glicoproteína IIb/IIIa (GP IIb/IIIa), do Fator II, do Fator V e da Metilenotetrahidrofolato Redutase (MTHFR). Os critérios para a seleção dos polimorfismos a serem estudados foram: evidências de alteração na síntese das respectivas proteínas e/ou relatos de associação com doenças cardiovasculares. / The work presented in this thesis investigated DNA polymorphism of genes involved in the synthesis of proteins related to haemostasis as risk factors in deep venous thrombosis (DVT) patients in the Southern Brazilian state of Rio Grande do Sul (RS). In this case-controlled study the subjects were 121 Caucasian patients with DVT from RGS and 121 controls (also from RS, but with no history of DTV) along with 172 Negroid individuals (no history of DVT) from diverse Brazilian states. The patients were referred by health-care professionals and had a history of DVT in their lower limbs, confirmed either by flebography or Doppler-ecography. Some patients did not have their diagnosis confirmed but presented repeat venous thrombosis or DVT followed by pulmonary embolism. Patients whose venous thrombosis was associated with other pathologies, such as diabetes, cancer, or anti-phospholipid antibodies were excluded. The well-established genetic risk-factors for venous thrombosis are factor V Leiden, polymorphism 20210G→A of the prothrombin gene, deficiencies of proteins C and S and antithrombin III (ATIII), all of which were investigated in the present study, along with the levels of factor VIII and von Willebrand factor. DNA polymorphism was also studied in genes relating to factors II, V and VII, plasminogen-activator inhibitor (PAI-I), tissue-plasminogen activator (t-PA), glycoprotein IIb/IIIa (GPIIb/IIIa) and methylenetetrahydrofolate-reductase (MTHFR). The criteria for selection of polymorphisms were: evidence of altered protein synthesis and/or reports of polymorphism-associated cardiovascular disease.
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Avaliação da aplicação de um componente especifico para a vigilância de infecções relacionadas a assistência a saúde em pacientes com cancer e neutropenia / Evaluation of specific component to surveillance for healtcare associated infections in patients with cancer and neutropeniaCardoso, Maria Fatima dos Santos [UNIFESP] January 2006 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2006 / Objetivos: analisar a aplicação de um componente específico para o
diagnóstico das infecções relacionadas à assistência à saúde em pacientes com câncer durante o período de neutropenia; avaliar as variáveis associadas e determinar a mortalidade associada às infecções relacionadas à assistência à saúde nesta população. Métodos: foi realizado um estudo de coorte no Hospital Israelita Albert Einstein, hospital privado, com 430 leitos. Foram acompanhados os pacientes com câncer e neutropenia (definido como sendo a contagem absoluta de neutrófilos ≤ 500 células/mm3 de sangue) admitidos consecutivamente na Unidade Oncológica entre primeiro de fevereiro de 2001 e 31 de janeiro de 2005. A vigilância epidemiológica, realizada por enfermeiro epidemiologista utilizando formulário específico, consiste na busca ativa dos casos de infecção (segundo critérios diagnósticos do Centers for Disease Control and Prevention), fatores de risco associados e levantamento do número de granulócitos. Resultados:
foram acompanhados 206 pacientes (6212 pacientes-dia e 3113
neutropenia-dia). A maioria pertencia ao sexo masculino (58,7%). A mediana de idade foi 53 anos (2 - 86 anos). As doenças hematológicas foram as mais freqüentemente encontradas, destacando-se os linfomas e leucemia. Houve predomínio de transplante de medula autólogo (86,6% dos transplantes incluídos). A maioria dos pacientes apresentou apenas um episódio de neutropenia, com uma média de 1,7 (1-9) episódios. O cateter venoso central esteve presente na maioria dos pacientes (82,5%). Foram diagnosticadas 169 infecções relacionadas à assistência à saúde em 104
pacientes. A taxa de densidade de infecção foi de 27,2 por 1000 pacientesdia
e a taxa de densidade por neutropenia-dia foi de 54,3. Das infecções
relacionadas à assistência à saúde, a mais freqüente foi a de corrente
sangüínea associada á cateter venoso central, sendo a densidade de
incidência de 22,3 por 1000 cateteres venosos central-dia. A mortalidade
associada às infecções relacionadas à assistência à saúde nesta população
foi 1,2%. Cinco variáveis associaram-se independentemente com o risco de
Resumo
x
desenvolver infecção relacionada à assistência à saúde: ocorrência de dois
ou mais episódios de neutropenia (OR 4,59; IC95%= 2,12 -9,95; p= 0,0001),
ter sido submetido a transplante de medula óssea autólogo (OR 3,68;
IC95%= 1,69 - 7,99; p= 0,05), ser paciente neutropênico grave no qual a
contagem de neutrófilos foi ≤ 100 por mm3
de sangue (OR 5,59; IC95%=
1,28 - 24,28; p= 0,02), ter recebido tratamento quimioterápico no período
prévio a neutropenia (OR 3,06; IC95%= 1,35 - 6,96; p= 0,0076) e ter utilizado
antiviral (OR 2,31; IC95%= 2,13 - 4,75; p= 0,02) antes da infecção
relacionada à assistência à saúde. Conclusões: o componente neutropeniadia
foi importante para o diagnóstico das infecções relacionadas à
assistência à saúde durante o período de neutropenia, mas a coleta do
número de granulócitos demanda tempo. Os fatores de risco associados a
aquisição de infecções relacionadas à assistência à saúde estão mais
relacionados a doença de base do paciente, terapêutica e suas
conseqüências. Observou-se baixa mortalidade nesta população. / Objectives: to evaluate a specific component for surveillance for healthcare associated infections in patients with cancer and neutropenia, and the variables associated with healthcare associated infections. To determine the mortality associated with healthcare associated infections. Methods: this study was done in a prospective cohort. All adults and children patient with cancer and neutropenia (defined as an absolute neutrophil count ≤ 500 cell/mm3 ) admitted to an Oncology unit of Albert Einstein hospital between February 1, 2001, and January 31, 2005 were included. Active surveillance was carried out by the infection control nurse using a specific formulary. The healthcare associated infections were classified according to Centers for Disease Control and Prevention’s criteria. Risk factors associated with healthcare associated infections and total number of neutrophils were also collected. Results: over the 48-months period, the 206 patients accounted for 6212 patient-days, and 3113 neutropenic-days. Of these patients, 58,7% was men. The median age was 53 years (range 2-86 years). Most patients
had hematology diseases; leukemias and lymphomas were the most frequent diseases. The majority bone marrow transplantation was autologous (86,6%). More than half patients had one neutropenia episode only, with mean 1,7 episodes (range 1-9 episodes). During the study period, a total of 169 healthcare associated infections were identified in 104 patients. The incidence density of healthcare associated infections was 27, 2 per 1,000 patient-days and 54, 3 per 1,000 neutropenic days. The majority of the healthcare associated infections were catheter-associated bloodstream infection. The incidence density of catheter associated bloodstream infection was 22, 3 per 1,000 central venous catheter-days.
The mortality associated with healthcare associated infections was 1, 2%. Five variables were predictive for healthcare associated infections: more than two neutropenia episodes, submitting to autologous bone marrow transplantation, profound neutropenia (absolute neutrophil count ≤ 100 cell/mm3 ), receive to chemotherapeutic regimens previous neutropenia and the use of antiviral previous
infection. Conclusions: the neutropenia-days component was important to healthcare associated infection to diagnose during neutropenia period, but to collect the total number of neutrophil is time consuming. The risk factors associated with healthcare associated infections were related to the primary diagnosis, therapy and Abstract 105 its consequences. We observed smaller mortality associated with healthcare associated infections in this population than described in other studies. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Impacto do rastreamento do diabetes mellitus gestacional segundo os critérios da Associação Internacional de Grupos de Estudo em Diabetes e GravidezFalavigna, Maicon January 2013 (has links)
Diabetes mellitus gestacional (DMG) é um estado de intolerância aos carboidratos, caracterizado por hiperglicemia de intensidade variável detectada durante a gestação. Apesar de ser geralmente assintomático, esse estado hiperglicêmico associa-se a eventos adversos perinatais, como macrossomia e pré-eclampsia, e seu diagnóstico é realizado geralmente através de programas sistemáticos de rastreamento. Ao longo das últimas cinco décadas, diferentes critérios foram propostos para o diagnóstico do DMG. Atualmente, o critério mais utilizado em nosso meio é o proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1999. Em 2010, a International Association of Diabetes and Pregnancy Study Groups (IADPSG) propôs um novo critério diagnóstico para o DMG, baseado nos resultados do estudo HAPO (Hyperglycemia and Adverse Pregnancy Outcome). Nos últimos três anos o critério da IADPSG vem ganhando importância, sendo adotado por diversas organizações, incluindo a American Diabetes Association (ADA). O critério proposto pela IADPSG abrange alterações glicêmicas bem mais discretas para a glicemia em jejum e permite o diagnóstico com apenas um valor alterado entre três testados (jejum, 1h e 2hs após sobrecarga glicêmica). Por consequência, classifica como diabetes gestacional um maior número de gestantes do que o critério da OMS de 1999. Diversas organizações, entre elas a OMS, estão revisando suas recomendações relacionadas ao diagnóstico do DMG. Os artigos desta tese visaram subsidiar decisões do grupo consultivo da OMS para o diagnóstico do diabetes gestacional. O objetivo geral da tese foi avaliar o impacto da adoção do critério diagnóstico da IADPSG no rastreamento universal do DMG e a qualidade da evidência que apoia essa adoção. Em específico buscou-se: (1) avaliar a efetividade do tratamento do DMG; (2) 8 estimar o impacto de programas de rastreamento baseados nos critérios diagnósticos da OMS e da IADPSG; (3) estimar a prevalência do DMG de acordo com o critério do IADPSG e o aumento da prevalência com a adoção desse critério. MÉTODOS Para os objetivos 1 e 3 foram realizadas revisões sistemáticas da literatura. A primeira revisão sistemática avaliou a efetividade do tratamento específico para o diabetes gestacional, comparado aos cuidados antenatais usuais, em mulheres com DMG diagnosticadas segundo distintos critérios. A segunda revisão sistemática estimou a prevalência global do DMG de acordo com o critério da IADPSG e o seu aumento quando comparado aos demais critérios. Para o objetivo dois foi realizado um estudo de simulação com o objetivo de avaliar o impacto do rastreamento universal baseado em critérios da OMS e da IADPSG sobre desfechos perinatais. Os parâmetros utilizados foram subsidiados por revisões da literatura. A avaliação da qualidade da evidência para as questões abrangidas nos três objetivos foi realizada segundo a abordagem proposta pelo Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE) working group. RESULTADOS Há evidência moderada a alta de que o tratamento específico para o DMG, diagnosticado a partir de critérios variados, reduza a incidência dos seguintes eventos adversos materno-fetais: macrossomia fetal (RR=0,47; IC95% 0,34-0,65; NNT=11,4), nascidos grande para a idade gestacional (GIG) (RR=0,57; IC95% 0,47-0,71; NNT=12,2) e pré-eclampsia (RR=0,61; IC95% 0,46 – 0,81; NNT=21). 9 Simulações baseadas no rastreamento universal segundo os critérios da OMS de 1999 e da IADPSG mostram que os dois rastreamentos reduzem a incidência de nascidos GIG em 0,53% (IC 95% 0,37 – 0,74%; NNS = 189) e em 0,85% (IC 95% 0,54 – 1,29%; NNS = 117), e de pré-eclampsia em 0,27% (IC 95% 0,10 – 0,45%; NNS = 376) e em 0,39% (IC 95% 0,15 – 0,65%; NNS = 257), respectivamente. Quando comparado ao critério da OMS, o rastreamento baseado no critério da IADPSG reduz a incidência de nascidos GIG (0,32%; IC 95% 0,09 – 0,63%; NNS = 309) e de pré-eclampsia (0,12%;(IC 95% 0,01 – 0,25%; NNS = 808). Dada a natureza das comparações indiretas realizadas no modelo de simulação, a qualidade da evidência foi considerada muito baixa. A prevalência global do DMG de acordo com o critério da IADPSG é de 18,7% (IC95% 15,8 – 21,7%; qualidade de evidência baixa), variando de acordo com a região geográfica avaliada. Comparado com o critério da OMS, é esperado um aumento relativo de sua prevalência em 53% (IC95% 23 – 90%; qualidade de evidência baixa). CONCLUSÕES O tratamento do DMG reduz eventos adversos relacionados à gestação e a qualidade da evidência é adequada. Contudo, o rastreamento universal do DMG tem um impacto modesto na prevenção de eventos adversos perinatais. O rastreamento segundo o critério diagnóstico proposto pela IADPSG previne maior número de eventos adversos que o critério da OMS de 1999, contudo classifica um maior número de mulheres como portadoras de diabetes gestacional. Portanto, a adoção desse critério tem implicações econômicas e de utilização de serviços de saúde, que precisam ser consideradas e avaliadas em nível local para sua implementação. / Gestational diabetes mellitus (GDM) is a state of carbohydrate intolerance characterized by hyperglycemia of variable intensity detected during gestation. Although generally asymptomatic, this hyperglycemic state is associated with perinatal adverse events, such as macrosomia and preeclampsia, and its diagnosis is usually performed through systematic screening programs. Over the last five decades, different criteria have been proposed for the diagnosis of GDM. Currently, the criteria proposed by the World Health Organization (WHO) in 1999 is the most used in Brazil. In 2010, the International Association of Diabetes and Pregnancy Study Groups (IADPSG) proposed a new diagnostic criteria for GDM, based on the results of the Hyperglycemia and Adverse Pregnancy Outcome (HAPO) study. In the last three years, the IADPSG criteria has gained importance, being adopted by several organizations, including the American Diabetes Association (ADA). The criteria proposed by the IADPSG has low a cutoff for fasting glycemia and allows the diagnosis with only one abnormal value among three glycemic evaluation (fasting, 1h and 2h after glycemic overload). As a consequence, it classifies more pregnant women as GDM than the 1999 WHO criteria. Several organizations, including the WHO, are reviewing their recommendations related to the diagnosis of GDM. The articles of this thesis aimed to support decisions of the WHO advisory group for the diagnosis of gestational diabetes. The objective of this thesis was to evaluate the impact of the adoption of the IADPSG diagnostic criteria in the universal screening of GDM and the quality of the evidence that supports its adoption. Specifically, we aimed to: (1) evaluate the 11 effectiveness of GDM treatment; (2) estimate the impact of screening programs based on the WHO and IADPSG diagnostic criteria; (3) estimate the prevalence of GDM according to the IADPSG criteria and the GDM prevalence increase with the adoption of this criteria. METHODS For the objectives 1 and 3, we conducted systematic reviews of the literature. The first systematic review evaluated the effectiveness of specific treatment for gestational diabetes, compared to usual antenatal care, in women with GDM diagnosed according to different criteria. The second systematic review estimated the overall prevalence of GDM according to the IADPSG criteria and its increase when compared to other criteria for the condition For the objective 2, a simulation study was conducted to evaluate the impact of universal screening based on 1999 WHO and IADPSG criteria on perinatal outcomes. The quality of evidence was assessed according to the approach proposed by the Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE) working group. RESULTS There is moderate to high quality of evidence that treatment for GDM reduces the incidence of the following maternal-fetal adverse events: macrosomia (RR = 0.47, 95% CI 0.34-0.65; NNT = 11.4), large for gestational age (LGA) births (RR = 0.57, 95% CI 0.47-0.71; NNT = 12.2), and preeclampsia (RR = 0.61, 95% CI 0.46-0.81; NNT = 21). Simulations based on universal screening strategies according to the 1999 WHO criteria and the IADPSG criteria showed that both reduce the incidence of LGA births in 12 0.53% (95% CI 0.37 to 0.74%; NNS = 189) and 0.85% (95% CI 0.54-1.29%, NNS = 117) and preeclampsia in 0.27% (95% CI 0.10-0.45%, NNS = 376) and in 0.39% (95% CI 0.15-0.65%, NNS = 257), respectively. When compared to the WHO criteria, screening based on the IADPSG criteria reduces the incidence of LGA births (-0.32%, 95% CI -0.09 to -0.63%, NNS = 309) and preeclampsia (-0.12, 95% CI -0.01 to -0.25%, NNS = 808). Given the nature of the indirect comparisons made in the simulation model, the quality of the evidence was considered very low. The overall prevalence of DMG according to the IADPSG criteria is 18.7% (95% CI: 15.8 - 21.7%, low quality of evidence), varying according to the geographic region evaluated. Compared to the 1999 WHO criteria, the expected relative increase in prevalence is 53% (95% CI 23-90%, low quality of evidence) CONCLUSION Treatment of GDM reduces adverse events related to pregnancy and the quality of evidence regarding its effectiveness is adequate. However, universal screening of GDM has only a modest absolute impact on the prevention of perinatal adverse events. Screening according to the diagnostic criteria proposed by the IADPSG reduces the number of adverse events compared to a screening strategy according to the 1999 WHO criteria, but it classifies a larger number of women as having gestational diabetes. Therefore, the adoption of this criteria for GDM screening has a negative impact on cost and resourses use that need to be considered for its implementation.
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Fatores de risco cardiovascular em ingressantes de um curso de graduação em enfermagemMacêdo, Tássia Teles Santana de 15 December 2015 (has links)
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DISSERTAÇÃO - TASSIA TELES SANTANA DE MACEDO.pdf: 2454748 bytes, checksum: b834a54bf8b9f54e72fee93495b026af (MD5) / Introdução: Torna-se imprescindível a prevenção e controle dos fatores de risco cardiovascular (FRCV) em faixas etárias precoces visando reduzir o risco cardiovascular. Tem sido destacadas condições que favorecem a exposição de universitários aos FRCV durante a formação acadêmica, mas pouco se conhece sobre essa em recém ingressantes. Deste modo constituiu-se em objetivo geral da pesquisa: Verificar a exposição à FRCV em ingressantes de um curso de graduação em enfermagem. E, os objetivos específicos foram: 1. Descrever os hábitos de vida de estudantes ingressantes no curso de graduação em enfermagem (padrão alimentar, padrão de atividade física, consumo de bebida alcoólica e tabagismo); 2. Descrever a avaliação clínica e antropométrica desses estudantes (peso, altura, circunferência da cintura e do quadril, razão cintura quadril, índice de massa corpórea, pressão arterial e perfil lipídico). Métodos: Estudo descritivo, de corte transversal, realizado num curso de graduação em enfermagem de uma Universidade pública, em Salvador/BA, com uma amostra de 119 ingressantes, em quatro semestres letivos. Os dados foram obtidos pela aplicação de instrumentos específicos, avaliação clínica e antropométrica. Os dados foram processados no software SPSS versão 18.0 e analisados em percentuais, médias e desvio padrão. O trabalho foi aprovado por Comitê de ética em Pesquisa recebendo o parecer nº 353.038 Resultados: A idade média dos estudantes foi de 20,7 anos (dp 4,2), com maior proporção na faixa etária de 18 a 19 anos (48,7%). Observou-se predomínio do sexo feminino (88,2%), de estudantes autodeclarados da raça/cor negra (84,7%), solteiros (95%), classe socioeconômica C (51,3%), com renda familiar mensal de 3 a 5 salários mínimos (46,2%) e despesa pessoal mensal menor que um salário mínimo (86,6%). Nenhum estudante fumava, mas 17,6% eram fumantes passivos e um consumia droga ilícita. Cinquenta e cinco por cento usavam bebida alcoólica e destes 33,2% consumiam mais de cinco doses em uma ocasião. Classificaram-se na Zona I do AUDIT 89,9%, na II 8,4% e na III 1,7%. Com relação aos hábitos constatou-se consumo dos alimentos inferior ao recomendado em número de dias/semana para feijão (52,1%), verduras/legumes (68,0%), frutas/sucos (31,1%), frango (67,2%), peixe (78,2%), e superior ao recomendado para refrigerante (23,5%), doces (25,3%), massas (10,0%). Além disso, consumo diário foi baixo para salada (91,6%) e frutas (65,5%). Observou-se que 28,6% acrescentava sal a comida, 42,9% utilizava todas as formas de preparo dos alimentos. Identificou-se LDL-c alto (5,3%) e HDL baixo (33,7%). Predominou comportamento sedentário em todos os domínios do IPAQ e no tempo gasto sentado (96,6%). Verificou-se excesso de peso (28,2%), risco alto/muito alto para razão cintura/quadril (41,0%), níveis pressóricos limítrofes (5,1%) e altos (0,9%) e glicemia normal (95,8%) Conclusão: Concluiu-se que proporção relevante dos ingressantes estavam expostos, sobretudo a hábitos alimentares inadequados, sedentarismo e ao excesso de peso. Medidas de prevenção e controle dos FRCV devem ser adotadas antes e durante o processo de formação acadêmica. / Introduction: It is indispensable to the prevention and control of cardiovascular risk factors (CVRF) in young age groups to reduce cardiovascular risk. It has been highlighted conditions that favor exposure to CVRF university during the academic background, but little is known about this in new entrants. Thus constituted overall objective of the research: Check exposure to CVRF in entering an undergraduate degree in nursing. And, the specific objectives were: 1. Describe the life of freshmen habits in the course of undergraduate nursing (feeding pattern, pattern of physical activity, alcohol consumption and smoking); 2. Describe the clinical and anthropometric assessment of these students (weight, height, waist circumference and hip, waist-hip ratio, body mass index, blood pressure and lipid profile). Methods: A descriptive, cross-sectional, conducted an undergraduate degree in nursing from a public university in Salvador / BA, with a sample of 119 entrants in four semesters. Data were obtained by applying specific instruments, clinical and anthropometric assessment. Data were analyzed using SPSS software version 18.0 and analyzed in percentages, means and standard deviations. The study was approved by the Ethics Committee in Research receiving the opinion No. 353 038 Results: The mean age of students was 20.7 years (sd 4.2), with a higher proportion in the age group 18-19 years (48.7 %). There was a predominance of females (88.2%) of students self-reported race / color black (84.7%), single (95%), socioeconomic class C (51.3%), with monthly family income 3-5 minimum wages (46.2%) and lowest monthly personal spending than the minimum wage (86.6%). No student smoked, but 17.6% were passive smokers and consumed illicit drug. Fifty-five percent used alcohol and 33.2% of those consuming higher doses to five on one occasion. They were classified in Zone I AUDIT 89.9%, 8.4% in II and III 1.7%. Regarding habits found to lower consumption of foods recommended in the number of days / week for beans (52.1%), vegetables / vegetables (68.0%), fruit / juices (31.1%), chicken ( 67.2%), fish (78.2%), and higher than recommended for soda (23.5%), sweets (25.3%), pasta (10.0%). Furthermore, daily consumption was low for salad (91.6%) and fruit (65.5%). It was observed that 28.6% Salt added to food, 42.9% had used all forms of food preparation. It was identified LDL-C high (5.3%) and low HDL (33.7%). Predominant sedentary behavior in all areas of the IPAQ and time spent sitting (96.6%). There was overweight (28.2%), high / very high risk for waist / hip ratio (41.0%), borderline blood pressure (5.1%) and high (0.9%), normal blood glucose (95.8%) Conclusion: It was concluded that a relevant number of entrants were exposed mainly to poor dietary habits, sedentary lifestyle and overweight. Prevention and control of cardiovascular risk factors should be taken before and during the process of academic education. / Introducción: Es indispensable para la prevención y el control de los factores de riesgo cardiovascular (FRCV) en los grupos de edad jóvenes para reducir el riesgo cardiovascular. Se ha puesto de relieve las condiciones que favorecen la exposición a la universidad FRCV durante la formación académica, pero poco se sabe acerca de esto en los nuevos entrantes. Así constituido objetivo general de la investigación: Revise la exposición a los FRCV en entrar en una licenciatura en enfermería. Y, los objetivos específicos fueron: 1. Describir la vida de hábitos de primer año en el curso de enfermería de pregrado (patrón de alimentación, patrón de actividad física, el consumo de alcohol y el tabaco); 2. Describir la evaluación clínica y antropométrica de estos estudiantes (peso, altura, circunferencia de cintura y cadera, relación cintura-cadera, IMC, la presión arterial y perfil lipídico). Métodos: Estudio descriptivo, de corte transversal, llevaron a cabo una licenciatura en enfermería de una universidad pública en Salvador/BA, con 119 participantes en cuatro semestres. Los datos fueron obtenidos mediante la aplicación de instrumentos específicos, la evaluación clínica y antropométrica. Los datos fueron analizados utilizando el software SPSS versión 18.0 y analizados en porcentajes, medias y desviaciones. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación de la recepción del dictamen Nº 353 038 Resultados: La edad media de los estudiantes fue de 20,7 años (dp 4,2), con una proporción mayor en el grupo de edad de 18-19 años (48,7 %). Hubo un predominio del sexo femenino (88,2%) de los estudiantes de la percepción subjetiva de la raza/color negro (84,7%), solteros (95%), la clase socioeconómica C (51,3%), con un ingreso familiar mensual 3-5 salarios mínimos (46,2%) y menor gasto personal mensual del salario mínimo (86,6%). Ningún estudiante fumaba, pero el 17,6% eran fumadores pasivos y consumido drogas ilícitas. El cinquenta y cinco por ciento utiliza el alcohol y el 33,2% de los que consumen mayores a cinco dosis en una ocasión. Se clasificaron en la Zona I AUDIT 89,9%, 8,4% en el II y III 1,7%. En cuanto a los hábitos encontraron a un menor consumo de los alimentos que se recomiendan en el número de días/semana para los granos (52,1%), verduras/hortalizas (68,0%), frutas/jugos (31,1%), pollo (67,2%), pescado (78,2%), y superior a la recomendada para la soda (23,5%), los dulces (25,3%), pasta (10,0%). Por otra parte, el consumo diario fue baja para ensalada (91,6%) y las frutas (65,5%). Se observó que el 28,6% de sal añadida a los alimentos, el 42,9% había utilizado todas las formas de preparación de los alimentos. Fue identificado LDL-c elevado (5,3%) y HDL-c bajo (33,7%). Comportamiento sedentario predominante en todas las áreas de la IPAQ y el tiempo pasa sentado (96,6%). Hubo sobrepeso (28,2%), alto/muy alto riesgo para la cintura/ratio de cadera (41,0%), presión arterial limítrofe (5,1%) y alta (0,9%), la glucosa sanguínea normal (95,8%) Conclusión: Se concluye que un número importante de participantes fueron expuestos principalmente a los malos hábitos dietéticos, el sedentarismo y el sobrepeso. Prevención y control de los factores de riesgo cardiovascular se deben tomar antes y durante el proceso de formación académica.
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Uma intervenção abrangente para reduzir a evasão de escolas públicasGraeff-Martins, Ana Soledade January 2005 (has links)
Objetivos: A evasão escolar é um importante problema social, educacional e de saúde nos países em desenvolvimento. Este estudo tem como objetivos: a) realizar uma revisão sistemática da literatura mundial sobre evasão escolar, focalizando em fatores de risco e possíveis intervenções; b) avaliar a efetividade de uma intervenção abrangente planejada para reduzir a evasão de escolas públicas em uma cidade no Brasil; c) descrever as barreiras encontradas na implementação dessa intervenção; e d) comparar os estudantes em risco para evasão escolar que responderam a essa intervenção com os que abandonaram a escola. Métodos: 1) Para a revisão, foram acessadas as bases de dados computadorizadas mais importantes para a psiquiatria, psicologia e pesquisa comunitária. Os estudos relevantes publicados em revistas científicas são descritos; 2) duas escolas públicas com taxas similares de evasão nas séries fundamentais foram selecionadas. Em uma delas, um programa de intervenções universais de prevenção em diferentes níveis foi implementado durante um ano letivo. Para os alunos que permaneceram ausentes durante dez dias consecutivos sem justificativa, foram oferecidos avaliação de saúde mental e encaminhamento para serviços de saúde mental disponíveis na comunidade. Na segunda escola, não foi implementado nenhum tipo de intervenção As variáveis de desfecho eram as taxas de evasão escolar e de abstenções no último trimestre; e 3) as barreiras à implementação da intervenção são descritas. Os estudantes que responderam à intervenção retornando para a escola e aqueles que evadiram são comparados quanto a variáveis demográficas, QI, transtornos mentais, psicopatologia materna e funcionamento familiar. Resultados: Na revisão sistemática da literatura, 37 estudos realizados em cinco países são descritos. Após a intervenção, houve diferenças significativas entre as duas escolas nas taxas de evasão escolar (p < 0,001) e de abstenção no último trimestre (p < 0,05). De 40 alunos em risco para evasão, 18 (45%) retornaram para a escola após a intervenção. O principal problema na implementação da intervenção foi o pequeno comprometimento da equipe escolar. Na regressão logística multivariada, apenas uma tendência para diferença entre os grupos nos escores de hierarquia familiar do FAST foi detectada (p = 0,06). ). Conclusões: Nossos achados sugerem a eficácia de uma intervenção abrangente, que combina aspectos de prevenção primária com outros focados em estudantes em risco para evasão escolar, em países em desenvolvimento. É necessária a preparação intensiva da equipe escolar antes da implementação da intervenção. Intervenções abordando aspectos do funcionamento familiar devem ser incluídas no programa. São necessários mais estudos envolvendo a população dos países em desenvolvimento.
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Nutrição enteral como fator de risco para diarréia em adultos hospitalizadosLuft, Vivian Cristine January 2006 (has links)
Diarréia, especialmente em ambiente hospitalar, gera mudanças no manejo do paciente, contribuindo para aumento no tempo e custos com a hospitalização. Na prática clínica, o uso de nutrição enteral é amplamente apontado como fator de risco para diarréia, demandando freqüentes alterações na terapia nutricional. Neste sentido, o objetivo desta dissertação é determinar o efeito independente do uso de nutrição enteral no risco para diarréia em adultos hospitalizados, controlando para outras variáveis clínicas relacionadas com o desfecho. Para tanto, primeiramente foi realizada revisão da literatura, a fim de identificar diferentes fatores associados à ocorrência de diarréia hospitalar. Foram utilizados como termos de busca diarrhea, diarrhoea, bowel movements, hospital, enteral nutrition, tube feeding, drug e pharmaceutical preparations, através do Pubmed, Cochrane Library e Scielo. Foram também avaliadas referências citadas em publicações selecionadas. Contatos com autores foram empregados quando textos completos não estavam disponíveis para consulta. A incidência de diarréia observada na literatura, dentre adultos hospitalizados, foi de 5% a 70%, variando de acordo com os critérios adotados para sua definição e do perfil clínico do grupo de pacientes estudados. Poucos estudos foram delineados para identificar variáveis associadas à diarréia. Uso de antibióticos, antiácidos, quimioterápicos, gravidade clínica do paciente, número de dias de hospitalização e uso de nutrição enteral foram fatores descritos como de risco para diarréia. O efeito isolado de cada um destes fatores, no entanto, não é suficientemente claro. Por esta razão, entre junho de 2004 e maio de 2005, foi conduzido um estudo de dupla coorte, de acordo com a exposição e não-exposição dos pacientes à nutrição enteral. Foram acompanhados adultos internados em unidades clínicas e cirúrgicas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, um hospital geral universitário de alta complexidade. A fim de minimizar a variabilidade associada ao manejo dos pacientes pelas equipes assistentes e estabelecer perfil clínico comparável, o grupo não-exposto à nutrição enteral foi constituído de acordo com a unidade de internação, equipe assistente/especialidade e exposição a antimicrobianos do grupo em uso de nutrição enteral. Para identificação dos fatores de risco independentemente associados à diarréia, foi realizada regressão múltipla de Cox. A incidência de diarréia identificada neste estudo foi de 18% entre expostos à nutrição enteral e de 6% nos não-expostos (p<0,01). Foi verificado que pacientes em uso de nutrição enteral apresentam 2,7 (IC95%:1,6-4,7) vezes o risco de desenvolver diarréia do que aqueles nãoexpostos à nutrição enteral, se hospitalizados durante o verão o risco é 2,4 (IC95%:1,5-3,9) vezes em comparação a outros períodos do ano e, a cada acréscimo de 1 ano na idade, o risco aumenta em 1,6% (IC95%: 0 - 3,3). Dentre os pacientes em uso de nutrição enteral, aqueles para quem foram mais freqüentemente observadas (em mais de 75% dos dias avaliados) adesão às rotinas de higienização e troca de equipos de administração da dieta (verificadas em uma visita realizada em dias intercalados, observando a identificação da data no equipo e pela informação de entrega para a lavagem pelas atendentes de nutrição) apresentaram menor incidência de diarréia (6,5% vs. 20,3% e 5,9% vs. 19,8%, respectivamente). Assim, é elevada a incidência de diarréia em ambiente hospitalar, sendo a exposição à nutrição enteral fator de risco independente para este desfecho, além da idade avançada e hospitalização durante o verão.
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Variantes genéticas como fatores de risco para trombose venosaBandinelli, Eliane January 2000 (has links)
Foram investigados, principalmente, polimorfismos de DNA dos genes envolvidos na síntese de proteínas relacionadas à hemostasia, como fatores de risco para a trombose venosa. Neste estudo caso-controle foram incluídos 121 pacientes caucasóides com trombose venosa profunda e 121 controles. Também foram estudados 172 indivíduos negroídes da população em geral de diversos estados brasileiros. Os pacientes foram encaminhados por profissionais da área de saúde e tiveram trombose venosa profunda nos membros inferiores, confirmada por flebografia ou ecodoppler ou que, mesmo sem esta confirmação diagnóstica, apresentavam trombose venosa de repetição ou trombose venosa profunda seguida de embolia pulmonar. Foram excluídos pacientes nos quais a trombose venosa estivesse associada a patologias tais como diabetes, câncer e anticorpos anti-fosfolipídeos. Foram investigados o fator V Leiden, o polimorfismo 20210G→A no gene da Protrombina, as deficiências de proteína C, proteína S e antitrombina III, os quais são fatores genéticos de risco bem-estabelecidos para trombose venosa. Também foram investigados os níveis dos fatores VIII e von Willebrand. Além disso, foram realizados estudos de polimorfismos de DNA dos genes do Fator VII, do Inibidor do Ativador do Plasminogênio (Pai-1), do Ativador Tissular do Plasminogênio (t-PA), da Glicoproteína IIb/IIIa (GP IIb/IIIa), do Fator II, do Fator V e da Metilenotetrahidrofolato Redutase (MTHFR). Os critérios para a seleção dos polimorfismos a serem estudados foram: evidências de alteração na síntese das respectivas proteínas e/ou relatos de associação com doenças cardiovasculares. / The work presented in this thesis investigated DNA polymorphism of genes involved in the synthesis of proteins related to haemostasis as risk factors in deep venous thrombosis (DVT) patients in the Southern Brazilian state of Rio Grande do Sul (RS). In this case-controlled study the subjects were 121 Caucasian patients with DVT from RGS and 121 controls (also from RS, but with no history of DTV) along with 172 Negroid individuals (no history of DVT) from diverse Brazilian states. The patients were referred by health-care professionals and had a history of DVT in their lower limbs, confirmed either by flebography or Doppler-ecography. Some patients did not have their diagnosis confirmed but presented repeat venous thrombosis or DVT followed by pulmonary embolism. Patients whose venous thrombosis was associated with other pathologies, such as diabetes, cancer, or anti-phospholipid antibodies were excluded. The well-established genetic risk-factors for venous thrombosis are factor V Leiden, polymorphism 20210G→A of the prothrombin gene, deficiencies of proteins C and S and antithrombin III (ATIII), all of which were investigated in the present study, along with the levels of factor VIII and von Willebrand factor. DNA polymorphism was also studied in genes relating to factors II, V and VII, plasminogen-activator inhibitor (PAI-I), tissue-plasminogen activator (t-PA), glycoprotein IIb/IIIa (GPIIb/IIIa) and methylenetetrahydrofolate-reductase (MTHFR). The criteria for selection of polymorphisms were: evidence of altered protein synthesis and/or reports of polymorphism-associated cardiovascular disease.
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Fatores de risco para transtornos de ansiedade na epilepsia do lobo temporalTorres, Carolina Machado January 2010 (has links)
A epilepsia é uma doença bastante frequente no nosso meio. Estudos em países desenvolvidos geralmente não expressam a realidade observada no nosso país, devido a maior prevalência de epilepsia em países em pobres. A avaliação dos pacientes epilépticos e seu atendimento exige um maior conhecimento dos mecanismos fisiopatológicos e das comorbidades associadas a epilepsia. Entre as comorbidades observadas em pacientes epilépticos, os transtornos psiquiátricos ocupam posição de destaque, podendo estar presentes entre 50 a 80% destes pacientes. Os estudos atuais a respeito da ocorrência de transtornos psiquiátricos associados a epilepsia são heterogêneos e divergem em relação a metodologia e ao tipo de população e de instrumento avaliados, apresentando dificuldades para validade externa. Entre os transtornos psiquiátricos estudados, os transtornos de humor estão em evidência há mais tempo, com pouca informação a respeito dos transtornos de ansiedade. Tendo em vista o escasso entendimento dos transtornos de ansiedade em pacientes com epilepsia de lobo temporal, realizamos um estudo transversal avaliando transtornos de ansiedade em epilepsia do lobo temporal em uma amostra de pacientes proveniente da população que freqüenta o Serviço de Neurologia Ambulatorial do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os pacientes incluídos no estudo apresentam homogeneidade em relação a síndrome epiléptica e foram avaliados através de uma entrevista clínica estruturada (SCID) de maneira padronizada. No nosso estudo, primeiramente realizamos uma análise de prevalência, encontrando um resultado de 26,5 % para transtornos de ansiedade, que está em concordância com os dados disponíveis na literatura. Além disso, realizamos avaliação dos fatores de risco para o desenvolvimento de ansiedade em pacientes com epilepsia do lobo temporal. Nesta etapa, encontramos o sexo feminino e a presença de transtorno de humor como fatores de risco para ansiedade. Por fim, observamos que quando a epilepsia envolve somente o hemisfério cerebral direito, a chance de encontrarmos um transtorno de ansiedade associado a outros transtornos psiquiátricos é menor, enquanto o envolvimento do hemisfério esquerdo predispõe a maior a chance do paciente apresentar transtorno de ansiedade associado a outras comorbidades psiquiátricas (ansiedade plus). Acreditamos que presente trabalho tem importância clínica e potencial aplicabilidade prática no atendimento de pacientes com epilepsia de lobo temporal. Não encontramos na literatura nenhum trabalho estudando especificamente epilepsia de lobo temporal e ansiedade, através de entrevista clínica estruturada em conformidade com o DSM- IV e incluindo avaliação de fatores de risco.pt / Epilepsy is a very frequent disorder. Studies in developed countries usually don’t express our reality, since epilepsy is more common in poor countries. The evaluation and treatment of epileptic patients require good knowledge about the pathophysiology and comorbidities related with epilepsy. Among the comorbidities of epileptic patients, psychiatric disorders are the most frequent, ranging from 50 to 80%. Recent studies of psychiatric disorders in epilepsy have methodological heterogeneity, using different patient groups and diagnostic instruments, leading to difficulties for external validity. Among various psychiatric disorders, previous studies have focused mainly on mood disorders, providing little information about anxiety disorders. Considering the paucity of information regarding anxiety disorders in temporal lobe epilepsy, we conducted a cross-sectional study to identify anxiety disorders in temporal lobe epileptic patients selected from de Epilepsy Outpatient Clinic of Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Patients recruited for the study had homogeneous epileptic syndrome and were submitted to the Structured Clinical Interview for DSM-IV (SCID). At first, the prevalence of anxiety disorders in temporal lobe epilepsy was investigated. We found a prevalence of 26.5%, in agreement with available data about the subject. Risk factors for anxiety disorders in temporal lobe epileptic patients were also assessed: being a female and having a mood disorder were risk factors for anxiety disorders in this group of patients. At last, we observed that the exclusive involvement of the right cerebral hemisphere was associated with the occurrence of anxiety disorders alone, while the involvement of the left hemisphere was associated with anxiety plus other psychiatric disorder (anxiety plus). We believe our findings have important implications for the care of temporal lobe epileptic patients. We didn’t find any other study regarding exclusively anxiety in temporal lobe epilepsy using a standardized psychiatric interview, as in conformity with DSM-IV and including evaluation of risk factors.
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Fatores de risco clínicos, obstétricos e demográficos relacionados à indicação de cesariana em nulíparas em um hospital universitário: estudo de coorte prospectivoAccetta, Solange Garcia January 2011 (has links)
As taxas de cesariana têm aumentado nas últimas décadas em todo o mundo e em especial nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Frequentemente a taxa de cesariana de um país, região ou instituição é considerada um marcador de qualidade no atendimento da população obstétrica. Estas taxas podem variar muito dentro de um mesmo país ou região, pois dependem de vários fatores clínicos (patologias pré-existentes e aquelas que se desenvolvem durante a gestação) e fatores não clínicos (sociais, econômicos, de complexidade hospitalar, público ou privado e diferenças entre profissionais). A compreensão dos fatores associados às taxas elevadas de cesariana permitirá o desenvolvimento de estratégias e políticas públicas para diminuir as diferenças sociais e promover a saúde de todas as mulheres. Objetivo: identificar os fatores capazes de contribuir com o aumento de risco para a primeira cesariana, especificamente em mulheres sem parto prévio. Método: foi realizado um estudo de coorte prospectivo em hospital público e universitário de Porto Alegre (RS), no período de dezembro de 2006 a junho de 2007. Foram inicialmente incluídas todas as nulíparas (510 pacientes) atendidas durante o período em estudo. As informações foram obtidas a partir de registros feitos por ocasião da admissão, parto e pós-parto. Os questionários incluíam itens de características sócio-demográficas e características de saúde materna e fetal. Resultados: na regressão logística, as variáveis que tiveram significância (P < 0,05) na associação com aumento de cesarianas em nulíparas foram: macrossomia fetal (RC 10,29, IC 95% 1,08 - 98,02); apresentação não cefálica (RC 10,12, IC 95 % 3,04 - 33,66); emergências obstétricas (RC 8,74, IC 95 % 2,62 – 29,15); doenças fetais (RC 3,48, IC 95 % 1,71 – 7,09); ); idade gestacional igual ou maior a 40 semanas (RC 2,18, IC 95 % 1,39 - 3,41); distúrbios hipertensivos (RC 2,04, IC 95 % 1,21 - 3,46); idade materna (RC 1,10, IC 95 % 1,05 – 1,14). Conclusões: Este estudo demonstrou que determinadas características obstétricas, clínicas e demográficas presentes já na admissão hospitalar da gestante são, ao menos, parcialmente responsáveis pelo número de cesarianas.
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