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Parâmetros comportamentais e neurotóxicos de gama-decanolactona em modelos experimentais de epilepsia, estresse oxidativo e genotoxicidadePflüger, Pricila Fernandes January 2016 (has links)
Gama-decanolactona (GD) é um composto monoterpeno com estrutura semelhante às lactonas naturais, que estão presentes em diferentes espécies e são usadas como terapia farmacológica na região amazônica. GD mostrou um efeito anticonvulsivo em ambos os modelos de pentilenotetrazol (PTZ) agudo e crônico e atua como um antagonista de glutamato não-competitivo. Considerando estudos anteriores sobre atividades biológicas de GD, o presente estudo teve como objetivo explorar o seu perfil anticonvulsivante em diferentes modelos de epilepsia em camundongos e sobre parâmetros de estresse oxidativo, neuroinflamação e genotoxicidade em células microgliais N9. A atividade anticonvulsiva de GD (100 e 300 mg/kg) foi investigada em convulsões induzidas por aminofilina, isoniazida, picrotoxina, 4-aminopiridina (4-AP) e pilocarpina em camundongos machos. Os animais receberam uma administração de solução salina (SAL), GD ou diazepam (DZP 2 mg/kg), de controle positivo e após 30 min receberam os seguintes agentes convulsivos: aminofilina, isoniazida, picrotoxina, 4-AP ou pilocarpina. Os parâmetros avaliados durante 1h foram a latência para a primeira convulsão, a porcentagem de convulsões e a taxa de mortalidade. A fim de avaliar a neurotoxicidade de GD 100 e 300 mg/kg, foi realizado o teste de desempenho de rotarod. O tempo para cair do rotarod foi gravado em diferentes momentos após a administração GD. E por último foi avaliado o desempenho de GD 100 e 300 mg/kg no teste de sono induzido por DZP (17 mg/kg). Os resultados demonstraram que GD foi capaz de aumentar a latência para a primeira convulsão induzida pela aminofilina, isoniazida, 4-AP e pilocarpina, mas não para picrotoxina. No teste de rotarod, GD 300 mg/kg reduziu o tempo de latência para cair da barra após 30 min de administração, mas não após 60, 90 ou 120 min. GD 300 mg/kg aumentou a latência do sono induzido pro DZP. Os resultados acima revelaram que GD apresentou um efeito anticonvulsivo nos modelos de epilepsia utilizados neste estudo, principalmente na dose de 300 mg/kg, bem como o tempo de latência para a primeira convulsão, sugerindo que GD pode modular as vias da adenosina e afetar os canais de potássio, direta ou indiretamente. O papel de GD sobre o estresse oxidativo em status epilepticus (SE) foi investigado medindo a produção de espécies reativas de oxigênio (EROS), superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), teor de nitrito, e os danos do DNA induzidos por pilocarpina no córtex cerebral de camundongos. GD foi capaz de aumentar as atividades de SOD e CAT, diminuir a produção de EROS, NO e danos no DNA durante o estabelecimento de SE no córtex cerebral. Estes dados sugerem que as enzimas SOD e CAT são o principal sistema de eliminação de radicais livres, e GD fornece neuroproteção contra o aumento do estresse oxidativo no cérebro. Um modelo clássico para investigar se uma droga atua modulando a neuroinflamação é utilizar a linhagem celular N9 (célula neuronal da microglia murina) ativada com o químico lipopolissacárideo (LPS), que sabidamente, provoca inflamação. Assim, investigou-se o efeito da GD sobre parâmetros inflamatórios e apoptóticos nesse sistema. Avaliou-se a expressão protéica por western blotting das seguintes proteínas: óxido nítrico sintetase induzível (iNOS) e fator de necrose tumoral-alpha (TNF-α), p-38 fosforilada e não fosforilada. Avaliou-se também a atividade da caspase 9-clivada e a formação de EROS por citometria de fluxo bem como o dano ao DNA pelo ensaio cometa alcalino. Nos resultados in vitro, GD atenuou a ativação de células N9 microglias, inibiu a formação de EROS intracelular e a expressão de iNOS e TNF-α induzidas por LPS nas células. Além disso, GD bloqueou a fosforilação da p38, inibiu a caspase-9 clivada e o dano ao DNA. Estes dados indicam que GD tem um potencial terapêutico neuroprotetor e que exerce os seus efeitos através da inibição da inflamação. / Gamma-decanolactone (GD) is a monoterpene compound similar to natural lactones in structure, which are present in different species and are used as remedy in the Amazonian region. GD shows an anticonvulsant effect in both the acute and chronic pentileneterazole (PTZ) models and acts as a non-competitive glutamate antagonist. Considering previous studies on biological activities of GD, the present study aimed to explore its anticonvulsant profile in different epilepsy models in mice and on oxidative stress parameters in N9 cell. The anticonvulsant activity of GD (100 and 300 mg/kg) was investigated on seizures induced by aminophylline (AMPH), isoniazid (INH), picrotoxin (PCT), 4-aminopyridine (4-AP) an pilocarpine (PIL) in male mice. The animals received one administration of saline (SAL), GD or the positive control diazepam (DZP 2 mg/kg), and after 30 min they received the following convulsant agents: AMPH, INH, PCT, 4-AP or PIL The parameters evaluated during 1h were the latency to first seizure, the occurrence of seizure and the mortality rate. In order to evaluate the neurotoxicity of GD 100 and 300 mg/kg, the rotarod performance test was performed. The time to fall of the rotarod was recorded at different times after the GD administration. The results demonstrated that GD was able to extend the latency to first seizure induced by AMPH, INH, 4-AP and PIL, but not PCT. In the rotarod test GD 300mg/kg reduced the latency to fall of the bar just at 30 min after the administration, but not at 60, 90 or 120 min. The above results revealed that GD presented an anticonvulsant effect in the epilepsy models used in this study, especially at the dosage of 300mg/kg, as well as the latency to the first seizure, suggesting that the GD could modulate the adenosine and GABA pathways and affect potassium channels directly or indirectly. The role of gamma-decanolactone (GD) on oxidative stress in pilocarpine-induced SE was investigated by measuring ROS production, superoxide dismutase and catalase activities, nitrite content, and DNA damage in the mice cerebral cortex. GD was able to increase the superoxide dismutase (SOD) and catalase (CAT) activities, decreased the ROS, NO production, and DNA damage during the SE establishment in the cerebral cortex. These data suggest that the cortex use SOD and CAT enzymes as the major free-radicals scavenging system, and GD provides neuroprotection against the increase of oxidative stress in the brain. Because previous works have consistently demonstrated the N9 microglial-neuronal system for neuroinflammation investigations, these cells are considered appropriate for this kind of research. To investigate the inhibitory effect of GD on the production of ROS and inducible nitric oxide synthase (iNOS) in lipopolysaccharide (LPS) - stimulated N9 murine microglial cells through the p38 MAPK signaling pathway. The results in vitro the GD attenuated the activation of N9 cells and inhibited intracellular ROS and the expression of iNOS and TNF-α induced by LPS in the cells. In addition, GD blocked the phosphorylation of p38 and inhibited cleaved caspase-9 and DNA damage. These data indicate that GD has therapeutic potential for the treatment of neurodegenerative diseases, and that it exerts its effects by inhibiting inflammation.
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A anestesia inalatória com desflurano associada ou não ao óxido nitroso é genotóxica e induz estresse oxidativo em pacientes? / Does desflurane anesthesia associated or not with nitrous oxide induce genotoxicity and oxidative stress in patients?Nogueira, Flávia Ribeiro [UNESP] 03 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-03 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / O presente estudo teve como objetivo avaliar os possíveis efeitos genotóxicos e de estresse oxidativo do anestésico inalatório halogenado desflurano, associado ou não ao gás óxido nitroso (N2O). O estudo foi realizado em 40 indivíduos, de ambos os sexos, com estado físico classificado pelo American Society of Anesthesiologists (ASA) I, com idade de 18 a 50 anos. Os pacientes foram aleatoriamente alocados em dois grupos de 20, sob desflurano (6%) ou desflurano com N2O (60%) e foram submetidos a cirurgia minimamente invasiva (septoplastia) com duração mínima de 90 minutos. Amostras sanguíneas foram coletadas antes dos pacientes receberem medicação pré-anestésica (M0-controle), aos 90 minutos após o início da anestesia inalatória (M1) e na manhã do dia posterior ao ato anestésico-cirúrgico (M2). Os danos basais e oxidativos no ácido desoxirribonucleico (DNA) foram avaliados pelo teste do cometa; o estresse oxidativo foi avaliado por marcadores de peroxidação lipídica como malonaldeído (MDA) pelo método de High Performance Liquid Chromatography (HPLC), 4-hidroxinonenal (4-HNE) e 8-isoprostano pelo método de imunoensaio; a oxidação proteica foi avaliada por proteínas carboniladas por imunoensaio e o teste de defesa antioxidante plasmática analisado por fluorometria e pelo Ferric Reducing Antioxidant Power (FRAP), por espectrofotometria. Não houve diferença significante em relação os dados demográficos, tempo de cirurgia ou doses dos fármacos administrados entre os grupos. Os resultados de genotoxicidade, estresse oxidativo e da capacidade antioxidante não diferiram estatisticamente entre os dois grupos. Entretanto, na manhã do dia posterior ao ato anestésico-cirúrgico, a anestesia mantida com desflurano mostrou aumento de danos no DNA (p = 0,01) e peroxidação lipídica por 4-HNE (p = 0,03). Por outro lado, os marcadores de danos oxidativos no DNA, peroxidação lipídica (MDA e 8-isoprostano), proteínas carboniladas e FRAP não se alteraram nos grupos desflurano e desflurano/N2O (p > 0,05). Dessa forma, o N2O não intensificou os efeitos genotóxicos nem de estresse oxidativo do halogenado desflurano, revelando ser técnica anestésica segura em indivíduos hígidos submetidos a cirurgia minimamente invasiva com duração mínima de 90 minutos. / The current study aimed to evaluate the possible genotoxic and oxidative stress effects of the inhalational halogenated anesthetic desflurane, associated or not with nitrous oxide (N2O). The study was conducted in 40 patients of both sexes, with physical status classified by the American Society of Anesthesiologists (ASA) I, aged 18 to 50 years. Patients who underwent minimally invasive surgery (septoplasty) lasting at least 90 minutes were randomly allocated into two groups of 20 under desflurane (6%) or desflurane with N2O (60%). Blood samples were collected before the patient received the pre-anesthetic medication (T0-baseline), 90 minutes after the beggining of inhalation anesthesia (T1) and on the morning of the postoperative first day (T2). The basal and oxidative damages in deoxyribonucleic acid (DNA) were evaluated by the comet assay; oxidative stress was evaluated by lipoperoxidation markers as malonaldehyde (MDA) assessed by High Performance Liquid Chromatography (HPLC), 4-hydroxynonenal (4-HNE) and 8-iso-prostaglandin F2 (8-isoprostane) by immunoassay; for protein oxidation, the carbonylated proteins were evaluated by immunoassay, and plasma antioxidant defense was analyzed by fluorometry and also by the Ferric Reducing Antioxidant Power (FRAP), detected by spectrophotometry. There were no significant differences between the groups regarding demographic data, time of surgery or doses of the drugs administered. The results of genotoxicity, oxidative stress and antioxidant capacity did not differ statistically between both groups. However, on the morning of the postoperative first day, anesthesia with desflurane showed increase of DNA damage (p = 0.01) and lipid peroxidation by 4-HNE (p = 0.03). On the other hand, markers of oxidative damage in DNA, lipid peroxidation (MDA and 8-isoprostane), protein carbonyl, and FRAP changed neither in the desflurane nor in the desflurane/N2O group (p > 0.05). Thus, N2O did not intensify genotoxic and oxidative stress effects of the halogenated desflurane, proving to be a safe anesthetic technique in healthy individuals who undergo minimally invasive surgery lasting at least 90 minutes. / CNPq: 130298/2014-0 / FAPESP: 13/16842-0
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Monitoramento genético e de balanço redox em médicos residentes ocupacionalmente expostos aos anestésicos inalatórios / Genetic and redox balance monitoring in medical residents occupationally exposed to inhalation anestheticsAun, Aline Garcia [UNESP] 22 February 2017 (has links)
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DISSERTACAO FINAL- ALINE GARCIA AUN.pdf: 1399916 bytes, checksum: a3e1434d9c722fb1316620c055de5672 (MD5) / Approved for entry into archive by Luiz Galeffi (luizgaleffi@gmail.com) on 2017-03-30T18:01:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017-02-22 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / O presente estudo monitorou os danos genéticos, citotóxicos e de estresse oxidativo em médicos expostos ocupacionalmente aos anestésicos inalatórios durante o primeiro ano de residência médica. Esse follow-up foi realizado no Hospital das Clínicas de Botucatu em 26 jovens médicos atuantes em salas cirúrgicas com sistema parcial de exaustão de ar e expostos ocupacionalmente aos modernos anestésicos isoflurano, sevoflurano e desflurano, juntamente ao óxido nitroso. Amostras de sangue foram coletadas antes do início do programa de residência médica em anestesiologia e cirurgia (antes da exposição) e após seis meses e um ano de exposição. Os participantes foram avaliados quanto à genotoxicidade (quebras de DNA, pelo teste do cometa), citotoxicidade (apoptose precoce e perda de potencial de membrana mitocondrial, por citometria de fluxo) e marcadores de estresse oxidativo (peroxidação lipídica por dosagens de malonaldeído e 4-hidroxinonenal; oxidação proteica por dosagem de proteínas carboniladas e teste de capacidade antioxidante). Não foram encontradas alterações significativas nos biomarcadores de genotoxicidade (p = 0,15), citotoxicidade (p > 0,05) e malonaldeído (p = 0,69) e 4-hidroxinonenal (p = 0,84) plasmáticos ao longo dos três momentos avaliados. Por outro lado, houve aumento significativo de marcador de oxidação lipídica (malonaldeído detectado em hemácias lavadas; p = 0,007) e proteica (proteínas carboniladas) aos seis meses de exposição, sendo que as proteínas carboniladas tiveram aumento progressivo até os 12 meses de exposição (p < 0,001). Também houve aumento da capacidade antioxidante após um ano de exposição ocupacional (p < 0,001). Assim, o biomonitoramento durante o primeiro ano de residência médica mostrou que a exposição às concentrações residuais dos anestésicos não induz danos celulares precoces em médicos residentes, entretanto já demonstra indução de estresse oxidativo. Portanto, é de grande relevância a continuação do seguimento deste estudo nesses jovens profissionais, em início de carreira, a fim de se compreender os possíveis mecanismos e efeitos tóxicos que a exposição aos anestésicos inalatórios pode ocasionar, por se tratar de importante questão ocupacional. / The present study monitored genetic and cytotoxic damages, beyond oxidative stress in physicians occupationally exposed to inhalation anesthetics during the first year of medical residency. This follow-up was performed at the “Hospital das Clínicas de Botucatu” in 26 young physicians who worked in partially scavenging operating rooms and were occupationally exposed to the modern anesthetics isoflurane, sevoflurane and desflurane, together with nitrous oxide. Blood samples were collected before the start of the residency program in anesthesiology and surgery (before exposure) and after ½ year and one year of exposure. The subjects were monitored for genotoxicity (DNA breaks, by comet assay), cytotoxicity (early apoptosis and loss of mitochondrial membrane potential, by flow cytometry) and markers of oxidative stress (malondialdehyde and 4-hydroxynonenal; protein carbonyls; and antioxidant capacity). There were no significant differences concerning genotoxicity (p = 0.15), cytotoxicity (p > 0.05), plasma malondialdehyde (p = 0.69) and 4-hydroxynonenal (p = 0.84) among the three time points. On the other hand, there was a significant increase of lipid (malondialdehyde detected in washed red blood cells; p = 0.007) and protein (protein carbonyls) oxidation markers at six months of exposure, and the protein carbonyls showed progressive increase until 12 months of exposure (p < 0.001). There was also an increase in antioxidant capacity after one year of occupational exposure (p < 0.001). Thus, biomonitoring during the first year of medical residency showed that exposure to waste concentration of anesthetics does not induce early cell damage in these physicians; however, it already leads to oxidative stress. Therefore, it is of great importance to continue this follow-up in these young professionals, at the beginning of their careers, to have better understanding of the possible mechanisms and toxic effects of exposure to inhalation anesthetics, since this is an important occupational issue. / CNPq: 446252/2014-0 / FAPESP: 2013/21130-0
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O tambaqui (Colossoma macropomum) e o pirarucu (Arapaima gigas) como organismos bioindicadores do efeito genotóxico da radiação ultravioleta (UVA e UVB)Groff, Aline Aparecida January 2008 (has links)
A radiação ultravioleta (UV) é uma pequena porção da radiação total recebida do sol. É subdividida em UVA (entre 315 e 400nm), UVB (entre 280 e 315nm) e UVC (entre 100 e 280nm). Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a intensidade de radiação UV depende de uma série de elementos, entre eles posição geográfica; quanto mais próximo do Equador, maiores serão os níveis de radiação ultravioleta. Assim, a Amazônia, por estar localizada na região equatorial, recebe uma maior quantidade de radiação UV do que regiões temperadas e polares. Ações do homem na Amazônia, como o desmatamento e as queimadas fazem com que os corpos d’água fiquem mais expostos a esse tipo de radiação. A penetração da radiação UV na água está relacionada à quantidade de material sobre a água e à quantidade de carbono orgânico dissolvido na mesma. Desta maneira, animais que vivem em ambientes oligotróficos, águas claras, com baixa profundidade, baixa concentração de oxigênio dissolvido e, ainda, quando vêm até a superfície respirar, tornam-se mais vulneráveis à radiação UV. Colossoma macropomum (tambaqui) quando em hipóxia, pratica respiração na camada superficial da coluna d'água e o Arapaima gigas (pirarucu) possui respiração aérea obrigatória, que o obriga a vir à superfície em intervalos regulares para respirar oxigênio atmosférico, ficando assim mais expostos à radiação UV. Esse estudo avaliou o efeito genotóxico e mutagênico da radiação UV por meio do Ensaio Cometa (EC) e Micronúcleo (MN) em exemplares de tambaqui e pirarucu jovens. Tambaquis foram expostos a diferentes doses de radiação UVA e UVB por diferentes tempos, com o objetivo de avaliar a sensibilidade desta espécie; os exemplares de pirarucu foram expostos somente por 4h (120,96 J/cm2 UVA + 259,20 J/cm2 UVB). As radiações UVA e UVB induzem principalmente dímeros de timinina no DNA, assim como geram danos oxidativos. Nosso estudo demonstrou que a radiação UV causou genotoxicidade pela análise de danos ao DNA detectada pelo EC em ambas as espécies de peixes. Foi observado dose resposta para o tambaqui, sendo que quanto maiores as doses e quanto maior foi o tempo de exposição, maior o dano ao DNA. Nossos resultados em relação às classes de danos do EC mostraram que, quanto maior o tempo de exposição à radiação UV, mais danos classe 4 foram observados para ambas as espécies. Os danos tipo 4 detectados foram de 18% e 31% para os eritrócitos de tambaqui, normóxia e hipóxia, respectivamente, e 11% para os eritrócitos de pirarucu. A classe 4 de danos apresenta associação com as lesões do tipo quebra de cadeia dupla de DNA. Quando comparadas as condições de hipóxia e normóxia do tambaqui, hipóxia demonstrou causar maiores índices de danos ao DNA. Para o MN, somente a dose máxima (120,96 J/cm2 UVA + 259,20 J/cm2 UVB) de radiação UV induziu mutagenicidade no tambaqui tanto em normóxia como em hipóxia em relação ao grupo controle. Foi observado uma redução de cerca de três vezes dos danos de DNA (EC) após ter cessado a exposição a UV por 24h, demonstrando reparo celular. Quando comparadas às espécies entre si, o tambaqui teve um nível basal de danos para ambos os testes, Ensaio Cometa e Micronúcleo, maior do que o pirarucu, mostrando que o pirarucu está mais adaptado a este tipo de genotoxicidade, possivelmente pelo seu histórico evolutivo. Os resultados nos levaram a concluir que o Ensaio Cometa e o Teste de Micronúcleos se complementam para o estudo em questão, acarretando uma classificação de diferentes "end points" de avaliação genotóxica, e ressaltando a importância de manter uma combinação de testes para melhor discernimento da mutagenicidade e genotoxicidade causada pela exposição à radiação UV. Finalmente, o tambaqui e o pirarucu revelaram sensibilidade suficiente para tornarem-se monitores efetivos de riscos biológicos na região Amazônica.
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Genotoxicidade ocasionada pelas folhas do fumo (Nicotiana tabacum) - expostas ou não a agrotóxico - em Cantareus aspersusSilva, Fernanda Rabaioli da January 2007 (has links)
A produção de fumo na região sul do Brasil, mais precisamente no Estado do Rio Grande do Sul (RS), exerce grande importância na atividade econômica e social. Na área econômica, o fumo é responsável pela arrecadação de grandes somas em impostos. No campo social, a atividade fumageira é grande geradora de empregos diretos e indiretos. Os agricultores que trabalham nas lavouras de fumo estão em constante contato com a planta. Consequentemente, estes trabalhadores se expõem tanto aos compostos orgânicos e inorgânicos presentes nas folhas, como aos pesticidas naturais e sintéticos relacionados. “Green tobacco sickness” (GTS) é conhecida como risco ocupacional à saúde de trabalhadores do campo no plantio de tabaco. Os sintomas têm sido atribuídos ao envenenamento agudo por nicotina seguido por contato dermal com as folhas do fumo. Contudo autores salientam que os efeitos sinérgicos da nicotina e dos pesticidas devem ser examinados. Neste trabalho utilizou-se Cantareus aspersus com o objetivo de identificar a ação genotóxica e/ou mutagênica das folhas de Nicotiana tabacum através da exposição dermal. O caracol terrestre tem sido utilizado nos últimos anos devido a sua fácil aclimatação e manipulação em laboratório e por sua sensibilidade e resistência aos testes de genotoxicidade. Nestes animais foram realizados testes de biomonitoramento de exposição: Ensaio Cometa e quantificação dos elementos químicos pela técnica PIXE; bem como, testes de biomonitoramento de efeito: Teste de Micronúcleo e quantificação do Citocromo P450. Nosso estudo dosou a quantidade de nicotina na água, exposta à superfície da folha, por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) e realizou “screening” fitoquímico de N. tabacum. Trinta moluscos terrestres foram expostos a diferentes tratamentos: dez expostos a folhas de tabaco sem pesticida; dez expostos a folhas de tabaco com pesticida e dez expostos a folhas de Lactuca sativa L. (grupo controle). Células da hemolinfa foram coletadas após 0, 24, 48 e 72 horas de exposição, o dano ao DNA foi avaliado pelo Ensaio Cometa em todos os períodos e a freqüência de micronúcleos somente em 72 horas. Resultados significativos foram encontrados nos grupos expostos a folhas de fumo, através do Ensaio Cometa, no período de 24, 48 e 72 horas de exposição e em 72 horas através doTeste de Micronúcleos, quando comparados ao grupo controle. Não houve diferença significativa entre caracóis expostos a folhas de fumo com e sem pesticida, portanto, podemos afirmar que o pesticida flumetralin não contribuiu com os danos ao DNA observados. “Screening” fitoquímico revelou presença de alcalóide, cumarina, traços de saponina e flavonóides. Inibição da atividade da enzima do Citocromo P450 ocorreu somente no grupo exposto a folhas de fumo sem pesticida. Doze elementos inorgânicos diferentes foram quantificados nas folhas de tabaco e nos caracóis expostos a folhas sem pesticida e, dez nos caracóis expostos a folhas com pesticida. Por cromatografia foram dosados 0,02% de nicotina por folha. A presença de alcalóides (nicotina), cumarinas, saponinas, flavonóides e diferentes metais provavelmente influenciaram o efeito mutagênico e genotóxico em C. aspersus expostos ao fumo. Estes efeitos possivelmente tenham sido causados pela complexa mistura presente nas folhas que podem interagir produzindo efeitos sinérgicos, antagônicos ou influenciando a absorção de um dado composto. As enzimas do sistema Citocromo P450 em C. aspersus expostos a folhas de fumo sem veneno podem ter sido inibidas pela nicotina, pelos flavonóides e pelo cobre. Por fim, nosso estudo providencia dados biológicos e químicos sobre C. aspersus expostos à folha de fumo e confirma a sensibilidade do Ensaio Cometa e do Teste de Micronúcleos na avaliação de misturas complexas, indicando associação entre nicotina, cumarina e interação flavonóide/metal (principalmente cobre e ferro) como principais causadores de dano ao DNA em células de hemolinfa do molusco terrestre C. aspersus por folhas de N. tabacum. / Tobacco production in southern Brazil, precisely in Rio Grande do Sul state (RS) play a major role in economic and social activity. Tobacco farmers are routinely exposed to complex mixtures present in tobacco leaves including organic and inorganic compounds. Green tobacco sickness (GTS) is a form of nicotine poisoning that affects workers who have direct dermal contact with tobacco plants during cultivation and harvesting. However, some authors suggest that the synergistic effects of nicotine and pesticide should be examined. The purpose of this study was to evaluate the genotoxic and mutagenic effect of tobacco leaves, with and without exposure to flumetralin in Cantareus aspersus through dermal exposure. The land mollusk was utilized because of its easy acclimatization and manipulation in the laboratory and for its sensibility and resistance in genotoxicity tests. Biomonitoring exposure test was performed on these animals: Comet Assay and chemical elements quantification by PIXE; biomonitoring tests for effects were also carried out: Micronuclei Test and cytochrome P450 quantification. Nicotine dosage was performed in water exposed to the surface of tobacco leaves, by High Performance Liquid Chromatography (HPLC) and screening phytochemistry in Nicotiana tabacum. Thirty land mollusks were exposed to different treatments; ten snails to tobacco leaves with pesticide; ten to tobacco leaves without pesticide and ten snails exposed to lettuce leaves (control group). Hemolymph cells were collected after 0, 24, 48 and 72 hours, the DNA damage was evaluated by single cell gel assay for all these periods, and the frequency of micronuclei only in 72h. Significant results were found in groups exposed to tobacco leaves during 24, 48 and 72 hours of exposure by Comet Assay and by Micronucleus Test when compared to the control group. No difference was observed between different periods or between exposure to leaves with and without pesticide. This result shows that no genotoxic effect can be attributed to pesticide. Chemical results found alkaloid, coumarin, saponin traces, flavonoids and different metals. Inhibition of cytochrome P450 enzymes occurs only in the group without pesticide. Twelve inorganic elements were found in tobacco leaves and in snails exposed to tobacco leaves without pesticide. Ten inorganic elements were found in tobacco leaves with pesticide. Nicotine dosage found 0.02% of this alkaloid per leaf. The presence of coumarin, saponin traces, flavonoids, alkaloid (nicotine) and different metals probably causes genotoxic effects on land mollusks exposed to tobacco leaves with and without pesticide. This induction of DNA damage by dermal exposure to tobacco leaves was caused by a complex mixture present in the leaves. The enzymes of cytochrome P450 systems were inhibited by nicotine, flavonoids and copper. Our study provided chemical and biological data on C. aspersus exposed to tobacco leaves. The results of our study confirm the sensibility of the Comet Assay and Micronucleus Test for the evaluation of the complex mixture, indicating an association between nicotine, coumarin and flavonoid/metal interaction (mainly copper and iron) as the main causes of DNA damage in hemolymph cells from the land mollusk C. aspersus by N. tabacum.
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Avaliação toxicológica do extrato aquoso dos ramos de E. tirucalli L. in vitroWaczuk, Emily Pansera 06 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-06 / A Euphorbia tirucalli, popularmente conhecida como avelós, é uma planta tóxica, tradicionalmente usada como um chá na medicina popular brasileira para o tratamento de várias doenças, demonstrando atividades antibacteriana, antiviral e anticarcinogênica. No entanto, não há nenhum relatório científico dos efeitos tóxicos podem surgir a partir de consumo desta planta, bem como os mecanismos pelos quais ela induz sua toxicidade. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar in vitroa genotoxicidade e citotoxicidade do extrato aquoso de E. tirucalliem leucócitos humanos usando os testes do ensaio cometa e azul de tripan, respectivamente. Adicionalmente, o efeito do extrato aquoso de E. tirucalli sobre a fragilidade osmótica foi investigada em eritrócitos humanos. Além disso, avaliamos a expressão de genes que codificam enzimas antioxidantes (SOD2, CAT e GPx4)através de qRT-PCR. Os nossos resultados demonstraram que a exposição de E. tirucalli em leucócitos humanos provocou aumentos significativos de danos no DNA nas concentrações mais elevadas testadas (100-150 µg/mL), que foi associada a uma diminuição significativa da viabilidade celular em concentrações de 10 a 150µg/mL. Por outro lado, a E. tirucalli não induziu a hemólise de eritrócitos humanos em todas as concentrações testadas. A exposição de leucócitos humanosàE. tirucalli(10-50µg/mL) causouregulação positiva significativa sobre no RNAm da SOD2 e expressões dos genes daCAT, e diminuiu significativamente o RNAm da GPx4 nas concentrações mais elevadas (100-150µg/mL).Adicionalmente, a expressão genica do gene da SOD2 foi regulada negativamente na maior concentração testada (150 µg/mL). Em resumo, com base nos resultados de genotoxicidade observados em nosso estudo, recomendamos cautela no uso agudo ou crônico deste preparado caseiro.Com todos estes aspectos, nossos resultados sugerem que o extrato da E. tirucalliinduz genotoxicidade e citotoxicidade em leucócitos humanos, possivelmente através da interação com o sistema enzimático antioxidante, assim, aumentando a formação de ROS e diminuindo o nível de tolerância celular para os constituintes químicos desta planta. / Euphorbia tirucalli, popularly known as avelós, is a toxic plant traditionally used as a tea in the Brazilian folk medicine for the treatment of various diseases, by presentingantibacterial, antiviral and anticarcinogenicproperties. However, there is no scientific report regardingthe toxic effects of this plant in human cells which may occurfrom its consumption, as well as the mechanisms by which it induces its toxicity. Therefore, the objectiveof the present study was to evaluate in vitrothe genotoxicity and cytotoxicity potential of aqueous extract of E. tirucalliin human leukocytes using comet assay and trypan blue exclusion respectively. In addition, the effect of the aqueous extract of E. tirucalli on osmotic fragility was investigated in human erythrocytes. Furthermore, we evaluated the qRT-PCR expressions of selected antioxidant mRNA genes (SOD2, CAT and GPx4). Our results demonstrated that exposure of E. tirucalli to human leukocytes caused significant increase in DNA damage at the higher concentrations tested (100-150 µg/mL), which was associated with a significant decrease of cellular viability at concentrations 10 to 150 µg/mL. In contrast, E. tirucallidid not induce hemolysis of human erythrocytes at all the concentrations tested. Exposure of E. tirucalli (10-50µg/mL)to human leukocytes significantly up-regulated the mRNA of SOD2 and CAT genes expressions, and significantly decreasedthe mRNA of GPx4 at higher concentrations (100-150 µg/mL). In addition, the mRNA gene expression of SOD2 was down-regulated at the highest concentration tested (150 µg/mL).In summary, based in the results of genotoxicity observed in our study, we recommend caution in the acute or chronic use of thishomemade prepared.Taken together, our results suggest that the extract aqueous of E. tirucalliinduces genotoxicity and cytotoxicity to human leukocytes, possibly by interacting with the antioxidant enzyme system, thereby, increasing the formation of ROSand decreasing the cellular tolerance level to chemical constituents of this plant. Therefore, we recommend caution in the acute or chronic use of this plant.
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Efeitos genotóxicos e citotóxicos ex vivo do antifúngico fluconazol em leucócitos humanosSilva, Gabriela de Souza da 27 April 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-04-27 / O fluconazol é um fármaco antifúngico de amplo espectro muito utilizado pela população. Contudo, são poucos os registros na literatura que imputem a segurança do uso do fluconazol e tampouco a dose mínima capaz de induzir lesões no material genético do paciente. Embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) exija testes de genotoxicidade para admissão de novos medicamentos, os que têm seu registro expedido antes do ano de 2006 não trazem essa obrigatoriedade, incluindo-se aqui o fluconazol. Portanto, é de extrema importância estudos sobre a avaliação genotoxicológica de fármacos, principalmente os que são tão conhecidos e utilizados como o fluconazol. O presente estudo investigou os efeitos genotóxicos da cápsula e do princípio ativo do fluconazol através do teste cometa e do teste de proliferação celular e também os efeitos citotóxicos da cápsula e do princípio ativo do fluconazol através do teste de viabilidade celular. As concentrações testadas da cápsula e do princípio ativo do fluconazol foram 6, 12, 30, 60 e 120 μg/mL. Todos os ensaios foram realizados em triplicatas e o peróxido foi utilizado como controle positivo e tampão PBS 7,4 como controle negativo. Todas as concentrações testadas da cápsula do Fluconazol (6, 12, 30, 60 e 120 μg/mL) demonstraram ser capazes de interferir negativamente no processo de proliferação celular, diminuindo o número de células proliferadas em todas as concentrações testadas, quando comparadas ao controle negativo. Já no caso do princípio ativo do Fluconazol, apenas as três últimas concentrações (30, 60 e 120 μg/mL) interferiram negativamente no processo de proliferação celular. Na avaliação do índice de dano ao DNA (teste cometa), foi observado dano à estrutura de DNA nas concentrações 60 e 120 μg/mL da cápsula do Fluconazol. Já as concentrações testadas com o princípio ativo do Fluconazol não foi observado dano à estrutura de DNA. Foi verificado que a cápsula do Fluconazol possui atividade citotóxica sobre leucócitos humanos nas duas maiores concentrações testadas (60 e 120 μg/mL) de forma concentração dependente. Porém, o princípio ativo do Fluconazol não demonstrou ser citotóxico nas concentrações testadas (6 12, 30, 60 e 120 μg/mL). / Fluconazole is a broad-spectrum antifungal drug widely used by the population. However, there are few reports in the literature that imput the safety of the use of fluconazole and either the minimum dose capable of inducing lesions in the genetic material of the patient. Although the National Health Surveillance Agency (ANVISA) requires genotoxicity tests for admission of new medicines, which have their registration issued before 2006 do not bring this obligation, including here fluconazole. Therefore, it is extremely important genotoxicológica studies on the evaluation of drugs, especially such that are known and used as fluconazole. This study investigated the genotoxic effects of the capsule and the active principle of fluconazole by the comet test and the cell proliferation test and also the cytotoxic effects of the capsule and the active principle of fluconazole by cell viability test. The tested concentrations of the capsule and the active principle of fluconazole were 6, 12, 30, 60, and 120 mg/mL. All assays were performed in triplicate and peroxide was used as a positive control and PBS buffer as negative control 7.4. All tested concentrations of fluconazole capsule (6, 12, 30, 60 and 120 μg/mL) were capable of induce a negative interference in the cellular proliferation process, reducing the number of proliferating cells at all concentrations tested when compared to the negative control. In the case of the active ingredient, the fluconazole, only the last three concentrations (30, 60, and 120 μg/mL) were able to decrease the cellular proliferation process. In the assessment of DNA damage index (comet assay), there was observed damage of fluconazole capsule on the DNA structure at concentrations 60 and 120 μg/mL. On the other hand, the concentrations tested with the active ingredient of Fluconazole was not observed damage to the DNA structure. Fluconazole has been found that the capsule has a cytotoxic activity on human leukocytes at the two highest concentrations tested (60 and 120 μg/mL) as a concentration-dependent manner. However, the active ingredient of Fluconazole not induced any cytotoxic effect at the concentrations tested (6, 12, 30, 60, and 120 μg/mL).
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Avaliação genotóxica e mutagênica de anti-hipertensivos distribuídos pela farmácia popular em células do sistema imunológico humanoLeão, Maria Fernanda de Moura January 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016 / A hipertensão arterial é uma condição clínica de ocorrência multifatorial, sendo a mais frequente entre as doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. É caracterizada pelo aumento e manutenção dos níveis pressóricos acima de 140mmHg (pressão sistólica) e 90mmHg (pressão diastólica). É também o maior agravante nas complicações cardiovasculares e está associada ao surgimento de outras co-morbidades. A OMS estima que 40% da população mundial acima dos 25 anos seja hipertensa, estando localizada majoritariamente em países onde a renda e o nível de escolaridade são menores. Depois de diagnosticada, a hipertensão arterial deve ser tratada com mudanças no estilo de vida e medicamentos que mantenham os níveis pressóricos controlados, sendo assim, várias classes de anti-hipertensivos são usados nesse tratamento. Visando ampliar o acesso a medicamentos básicos e permitir uma melhor adesão ao tratamento, o Governo Federal criou em 2004 o Programa Farmácia Popular do Brasil, uma parceria entre governo e instituições públicas e privadas para fornecer a população medicamentos para o controle da hipertensão, diabetes, asma, dislipidemias, anticoncepcionais, entre outros; de forma gratuita ou subsidiada em até 90% do valor. Para tratar a hipertensão, o Programa Farmácia Popular do Brasil distribui de forma gratuita os anti-hipertensivos – atenolol, captopril, cloridrato de propranolol, hidroclorotiazida, losartana e maleato de enalapril, todos estes sendo lançados no mercado anterior ao ano de 2004, quando testes de segurança genética ainda não eram obrigatórios, de acordo com a Resolução nº 90/2004 da ANVISA. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial genotóxico de anti-hipertensivos distribuídos pela Farmácia Popular em células leucocitárias humanas, haja vista que são fármacos amplamente utilizados e se faz necessários maiores estudos que garantam a segurança genotoxicológica dos mesmos. Os testes foram desenvolvidos a partir de culturas celulares tratadas com cinco diferentes concentrações dos anti-hipertensivos, sendo avaliados parâmetros genotoxicológicos – viabilidade celular e índice de dano ao DNA (teste Cometa), e parâmetros mutagênicos – teste de micronúcleo e instabilidade cromossômica numérica. Os resultados mostram que captopril e maleato de enalapril foram capazes de diminuir a viabilidade celular e causar danos ao DNA conforme o aumento da dose, e que, o atenolol foi capaz de também diminuir a viabilidade celular de acordo com o aumento da dose. A hidroclorotiazida também mostrou causar dano ao DNA, porém esse dano ocorreu de forma igual para as cinco doses. Quanto aos parâmetros mutagênicos, nenhum dos seis anti-hipertensivos testados e, em nenhuma das cinco concentrações foi capaz de causar alterações mutagências. / Hypertension is an clinical condition of the multifactorial occurrence, the most frequent among chronic diseases not transferable in Brazil. It is characterized by increase and maintenance blood pressure levels above 140mmHg (sistolic pressure) and 90mmHg (diastolic pressure). It i also the most aggravating in the cardiovascular complications and it is associated with the appearance of others comorbidities. The WHO estimes that 40% of the world population over 25 years old is hypertensive, being located mostly in countries where income and educations levels are lower. After the diagnosed, hypertension must be treated with changes in the life style and drugs that maintain pressure levels controled, therefore, several classes of antihypertensive are used in this treatment. Aiming to expand access to basic drugs and allow a better adhesion to treatment, the federal government created in 2004 the “Farmácia Popular do Brasil” Program, an association among government and public and private institutions to provide the people medications for control of the hypertension, diabetes, asthma, dyslipidemia, contraceptives, etc, free or subsidized form by up to 90% of the value. To treat hypertension, the “Farmácia Popular do Brasil” Program distributes of free form antihypertensive – atenolol, captopril, propranolol hydrochloride, hydrochlorotiazhide, losartan and enalapril maleate, all these being released before the year 2004, when genetic safety tests still not required, according to Resolution nº 90/2004 of ANVISA. Thus, the objective this work was to evaluate the genotoxic potencial of the antihypertensives distributed by “Farmácia Popular” in human leukocytes cells, considering that they are widely used drugs and it is necessary larger studies that ensure the genotoxicology their safety. The tests are desenvolved from cell cultures treated with five different concentrations of the antihypertensives, being evaluated genotoxicological parameters – cell viability and DNA damage index, and mutagenic parameters – micronucleus test and numerical chromossomal aberrations. The results showed that captopril and enalapril maleate were able to reduce cell viability and cause damage to DNA wiht increasing dose. The hydrochlorothiazide also showed to cause DNA damage, but, this damage occorred equallity for five doses. As for mutagenic parameters , none of the six antihypertensives tested and, none of the five concentrations were capable to cause mutagenic changes.
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Genotoxicidade humana e fármacos antidepressivos: avaliação da duloxetina em culturas de linfócitosARAÚJO, Daniella Bastos de 29 May 2014 (has links)
Submitted by Cleide Dantas (cleidedantas@ufpa.br) on 2014-08-13T12:22:01Z
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Previous issue date: 2014 / Fármacos antidepressivos são largamente utilizados no tratamento sintomático do transtorno depressivo. Inúmeras pesquisas atuais sobre a depressão vêm contribuindo para o avanço da terapia farmacológica e para o surgimento de novos fármacos antidepressivos. Diretrizes atuais para testes de genotoxicidade de novos medicamentos sugerem a importante utilidade de ensaios que detectem danos ao DNA, ou seja, testes para avaliar a indução de quebras no DNA. Entretanto, o número escasso de dados sobre a genotoxicidade de fármacos faz com que seja reduzido o número de fármacos que realmente podem ser usados em segurança. Portanto, é de extrema importância estudos sobre a avaliação genotoxicológica de fármacos, principalmente, drogas utilizadas por um longo período de tempo como é o caso dos antidepressivos. A duloxetina é um antidepressivo novo, pertencente à classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN), utilizada no tratamento sintomático da depressão. Apesar da existência de trabalhos demonstrando que alguns fármacos antidepressivos são genotóxicos, não existe até hoje nenhum estudo sobre a possível genotoxicidade da duloxetina em células de origem humana. Assim, o presente estudo tem como objetivo explorar o possível potencial genotóxico in vitro da duloxetina em culturas primárias de linfócitos humanos através das técnicas de detecção de aberrações cromossômicas e micronúcleos. Culturas primárias de linfócitos sanguíneos de voluntários sadios foram expostas a diferentes concentrações de duloxetina (10-150 ng/ml) e ciclofosfamida (6 μg/ml) como controle positivo. Aberrações cromossômicas estruturais, índice mitótico, índice de divisão nuclear, índice de binucleação, número de células com um, dois, três e quatro micronúcleos e o número de células com pontes nucleoplasmáticas foram avaliadas. Todos os índices das culturas incubadas com duloxetina foram significativamente menores que aqueles dos grupos controles, indicando um certo grau de citotoxicidade da droga. Entretanto, só as concentrações de 100 e 150 ng/ml provocaram o aumento significativo da presença de aberrações cromossômicas e micronúcleos. Considerando que essas concentrações ficam perto do limite superior da faixa terapêutica da droga usada em humanos, nossos resultados alertam já sobre a necessidade de aprofundar no conhecimento da genotoxicidade humana da duloxetina. / Antidepressants are widely used for the symptomatic treatment of depressive disorder. Numerous current research on depression has contributed to the advancement of drug therapy and the emergence of new antidepressant drugs. Current guidelines for genotoxicity testing of new drugs suggests the important utility of assays that detect DNA damage, or tests to evaluate the induction of DNA breakage. However, the small number of data on the genotoxicity of drugs causes the number of drugs that can actually be used safely is reduced. Therefore, it is of utmost importance genotoxicology studies on the evaluation of drugs, especially drugs used for a long period of time such as antidepressants. Duloxetine is a new antidepressant belonging to the class of selective serotonin reuptake inhibitors of serotonin and norepinephrine (SNRIs), used in the symptomatic treatment of depression. Despite the existence of studies showing that some antidepressant drugs are genotoxic, there is to date no study on the possible genotoxicity of duloxetine in human cells. Thus, this study aims to explore the possible genotoxic potential of duloxetine in vitro in primary cultures of human lymphocytes through the techniques of detection of chromosomal aberrations and micronuclei. Primary cultures of blood lymphocytes of healthy volunteers were exposed to different concentrations of duloxetine (10-150 ng/ml) and cyclophosphamide (6 μg/ml) as a positive control. Structural chromosomal aberrations, mitotic index, nuclear division index, index binucleation, number of cells with one, two, three and four micronuclei and the number of cells with nucleoplasmáticas bridges were evaluated. All cultures incubated with indices of duloxetine were significantly lower than those of the control groups, indicating a degree of cytotoxicity of the drug. However, only concentrations of 100 and 150 ng/ml caused a significant increase in the presence of chromosomal aberrations and micronuclei. Whereas these concentrations are close to the upper limit of the therapeutic range of the drug used in humans, our results call already on the need to deepen their understanding of human genotoxicity of duloxetine.
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Síntese e avaliação da genotoxicidade de um derivado tioxantónicoVieira, Davide Costa January 2010 (has links)
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