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Tectonic compartimentation of an area in the Ribeira belt, between Itapeva and Ribeirão Branco (SP): Itaiacoca Group and Bairro dos Prestes Formation / not available

Anny Julieth Forero-Ortega 06 April 2018 (has links)
A partir de mapeamento geológico, análises petrográficas, geoquímicas, geocronológicas e microestruturais em rochas metavulcânicas e metassedimentares, foi possível reconhecer duas sucessões de rochas metassedimentares - metavulcânicas de fácies xisto verde no sudoeste do Terreno Apiaí no cinturão Ribeira (entre Itapeva e Ribeirão Branco, SP): o Grupo Itaiacoca e a Formação Bairro dos Prestes. O Grupo Itaiacoca, datado pelo método U-Pb em zircão, apresentou idades neoproterozoicas entre 602,7 ± 24 (metabasito) e 613,4 ± 9,6 Ma (metatufo). É constituído por uma sucessão de metargilitos, filitos e quartzitos de granulação fina (Formação Água Nova), intercalados com metacalcários calcíticos e dolomíticos com estruturas estromatolíticas e pequenas camadas de tufo metavulcânico (Formação Bairro dos Campos) em contato transicional com rochas metabásicas, metadolomitos, e talco xisto e clorita xisto (Suíte Metabásica da Fazenda Velha) com quartzitos maciços (Formação Serra dos Macacos) sobrepondo todas as unidades. Com base na caracterização geoquímica, as metabásicas com assinaturas toleíticas e calci-alcalinas possuem padrões de manto tipo MORB com contribuição de componentes de subdução típicos de basaltos de bacias de retroarco. A Formação Bairro dos Prestes foi depositada entre 1761 ± 14 e ~ 1800 Ma (datada pelo metodo U-Pb SHRIMP em zircão de metariodacito e metavulcanossedimentar, respectivamente). A formação é composta por filitos, localmente com estruturas amigdaloides, em contato transicional com quartzitos de granulação fina a média, com camadas subordinadas de metaconglomerados e rohas metavulcânicas félsicas com assinatura calci-alcalina de alto K. Na área de estudo também estão presentes as rochas sedimentares paleozoicas do Grupo Itararé, os metarenitos quartzo-feldspáticos ediacaranos de granulação grossa da margem direita do rio Apiaí-Guaçu, a suite granítica ediacarana Três Córregos e o Complexo paleoproterozoico Apiaí Mirim. O Complexo Apiaí Miriam compreende paragnaisses e quartzitos micáceos de granulação média a grossa afetados por metamorfismo de fácies anfibolito, enquanto a Suite Granítica Três Córregos é constituída por monzogranitos porfiríticos e sienogranitos subordinados. A idade máxima de deposição obtida pelo método U-Pb LA-ICP-MS em zircões detríticos do Metarenito Apiaí-Guaçu foi de 588,4 ± 1,8 Ma, o que permite correlacioná-la com as bacias da fase de transição do ciclo Brasiliano. O arranjo estrutural compreende acamamento sedimentar (So) e três foliações tectônicas (Sn, Sn+1 e Sn+2). A foliação principal (Sn) é caracterizada por xistosidade ou clivagem ardosiana, geralmente paralelas a So, apresentando direções NE-SW e mergulhos elevados. Os planos Sn são deformados pelas clivagens de crenulação Sn+1 e Sn+2. A foliação Sn+1 está associada a dobras apertadas com planos axiais com direção NW desenvolvidas nos quartzitos, nas sequências metavulcanossedimentares e rochas pelíticas, enquanto a folição Sn+2 associa-se como dobras abertas com planos axiais com direção NE nos quartzitos e filitos. A área de estudo também é afetada por falhas NNW-SSE e NNE-SSW. A análise microestrutural realizada em amostras da Formação Bairro dos Prestes e do Complexo Apiaí Mirim através de técnicas de Orientação Preferencial de Forma (OPF) e Orientação Cristalográfica Preferencial (OCP), indica uma forma oblata para o elipsoide de deformação finita com planos XY na direção NE-SW e X-direções com alta obliquidade, correlacionadas com os dados estruturais medidos em campo. As temperaturas de deformação calculadas a partir do ângulo de abertura das estruturas dos eixos-c variam de 531 ° C - 593 ° C a 613 ° C -703 ° C. Foram influenciadas pela presençia de água e pelos processos de dissolução, sendo por vezes maior que as temperaturas indicadas pelas associações minerais metamórficas (fácies xisto verde). As temperaturas de deformação também exibem um gradiente regional, com as temperaturas mais altas a sul e mais baixas a norte. Um regime transpressivo com predominância de cisalhamento puro é sugerido com base na forma oblata e nas altas obliquidades dos eixos X do elipsoide de deformação finita. O contexto geológico, os dados geocronológicos e geoquímicos sugerem que o Grupo Itaiacoca e a Formação Bairro dos Prestes podem ser correlacionados às formações Pirapora do Bom Jesus e Boturuna do Grupo São Roque. O Grupo Itaiacoca é interpretado como depositado em uma bacia de retroarco associada ao oceano Adamastor, provavelmente representando uma sutura ediacarana entre o Terreno Apiaí e o Craton Paranapanema. / Field geological mapping, petrographic, geochemical, geochronological and microestrutural analysis obtained from metavolcanic and metasedimentary rocks led to the recognition of two greenschist facies metasedimentary-metavolcanic rock successions in Southwest of Apiaí Terrane in Ribeira belt (between Itapeva and Ribeirão Branco, SP): the Itaiacoca Group and Bairro dos Prestes Formation. The Itaiacoca Group dated by U-Pb method in zircon yield Neoproterozoic ages of 602.7 ± 24 (metabasite) and 613.5 ± 9.6 Ma (metatuff), it is constitute by a succession of metamudstone, phyllites and fine-grained quartzites (Água Nova Formation), intercalated with calcitic and dolomitic metalimestone with stromatolite structures and small beds of metatuff (Bairro dos Campos Formation) in transition contact with metabasites, metadolomites, talc schists and chlorite schists (Fazenda Velha Metabasic Suite), and massive quartzites (Serra dos Macacos Formation) overlapping all the units. Based on geochemistry characterization, the metabasites with tholeiitic and calc-alkaline signatures have patterns of MORB-type mantle with contribution of subduction components typically of back-arc basin basalts. The Bairro dos Prestes Formation was deposited between 1761 ± 14 and ~1800 Ma (Zircon SHRIMP U-Pb data of metarhyodacite and metavolcanosedimentary rock, respectively), it is composed of phyllites sometimes with amygdaloid structures in transitional contact with fine to medium grained-quartzites and restricted metaconglomerate and felsic metavolcanic rocks with high-K calc-alkaline signature. In the study area is also present the flat-lying sedimentary rocks of the Paleozoic Itararé Group, the Ediacaran fine to coarse-grained feldspathic quartz metasandstones of the Apiaí-Guaçu metasandstone, the Três Córregos Granitic Suite and the Paleoproterozoic Apiaí Mirim Complex. The Apiaí Miriam Complex comprises paragneiss and medium to coarse grained micaceous quartzite affected by amphibolite facies metamorphism, while the Três Córregos Granitic Suite consists of porphyritic monzogranite and subordinate sienogranite. The maximum depositional age calculated by U-Pb ICPMS- LA of detrital zircons of the Apiaí-Guaçu metasandstone was 588.4±1.8 Ma which allows to correlate it with the transition stage basins of the Brasiliano Cycle. The structural arrangement comprises relict bedding (So), and three tectonic foliations (Sn, Sn+1 and Sn+2). The main foliation (Sn) is characterized as a schistosity or slaty cleavage, generally parallel to So, presenting NE-SW strikes and steep dips, and it is deformed by Sn+1 and Sn+2 crenulation cleavages. The Sn+1 is associated with tight folds with NW axial-planes in quartzite metavolcanosedimentary and pelitic sequence, and the Sn+2 with open folds with NE axial-planes in quartzite and phyllite rocks. The study area is also affected by NNW-SSE and NNE-SSW faults. The microstructural analysis was performed in samples of Bairro dos Prestes Formation and Apiaí Mirim Complex through Shape Preferential Orientation (SPO) and Lattice Preferred Orientation (LPO) techniques, determinate an oblate shape for the finite strain ellipsoid with XY planes with NE-SW strike and X-directions with high rake, correlated with the structural data measured in field. The deformation temperatures calculated from opening-angle of c-axis structures vary from 531°C-593°C to 613°C-703°C, they were influenced by water weakling and solution-transfer process, being sometimes higher that the temperatures indicated by the metamorphic mineral assemblages (facies greenschists). The deformation temperatures also display a spatial gradient, in the south the highest temperatures are present, while in the north, the lowest temperatures were calculated. A transpressive regime with predominance of pure shear is suggested based on the oblate shape and high rake X axis of the finite strain ellipsoid. The geological context, geochronological and geochemical data suggest that the Itaiacoca Group and Bairro dos Prestes Formation can be correlated with Pirapora do Bom Jesus and Boturuna formations of São Roque Group. The Itaiacoca Group is interpreted as arc-back-arc basin system is associated with the large Adamastor Ocean, and probably represents an Ediacaran suture zone between the Apiaí Terrane and the Paranapanema Craton.
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Geocronologia U-Pb e Re-Os aplicada à evolução metalogénetica do Cinturão Sul do cobre da Província Mineral de Carajás = U-pb e Re-Os geochronology applied to the metallogenetic evolution of the Southrn Copper Belt of the Carajás Mineral Province / U-pb e Re-Os geochronology applied to the metallogenetic evolution of the Southrn Copper Belt of the Carajás Mineral Province

Moreto, Carolina Penteado Natividade, 1985- 08 May 2013 (has links)
Orientadores: Lena Virginía Soares Monteiro, Roberto Perez Xavier / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-23T01:24:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Moreto_CarolinaPenteadoNatividade_D.pdf: 13805186 bytes, checksum: 31ff869acc3883e50095008070e1e739 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: O Cinturão Sul do Cobre, Província Carajás, hospeda diversos depósitos de óxido de ferro-cobre-ouro (iron oxide-copper-gold ou IOCG), tais como Sossego (corpos Sequeirinho-Pista-Baiano e Sossego- Curral), Cristalino, Alvo 118, Bacuri, Bacaba, Castanha, Visconde e Jatobá, que estão localizados ao longo de uma zona de cisalhamento com direção WNW-ESSE, no contato sul entre a Bacia Carajás e as rochas do embasamento. Mapeamento geológico aliado a estudos geocronológicos (U-Pb SHRIMP IIe e LA-ICPMS) permitiram a caracterização dos litotipos hospedeiros de depósitos IOCG na porção centrooeste do Cinturão Sul do Cobre, incluindo: (1) unidades neoarqueanas de 2,74 Ga (Pórfiro Castanha, granito granofírico Sossego e intrusivas máficas); (2) unidades mesoarqueanas entre 2,87 Ga a 2,84 Ga (Tonalito Campina Verde, Trondhjemito Rio Verde e Granito Serra Dourada); (3) rochas metavulcânicas félsicas de 2,97 Ga associadas às lentes de rochas metaultramáficas; (4) rochas graníticas mesoarqueanas de 3,0 Ga (Tonalito Bacaba e Granito Sequeirinho). Alteração hidrotermal que afeta essas rochas consiste em alteração sódica regional (albita, escapolita e óxidos de ferro), sódico-cálcica (albita-actinolita), potássica (feldspato potássico-biotita), clorítica (clorita) e hidrolítica (sericita-muscovita-hematitaquartzo), silicificação e formação de epidoto-calcita-clorita. Os depósitos IOCG, entretanto, exibem variações dos padrões de distribuição das zonas de alteração hidrotermal, apontando para níveis crustais distintos de instalação dos sistemas hidrotermais, com formação de corpos de magnetita maciça e actinolititos em depósitos mais profundos (corpos Sequeirinho-Pista-Baiano e depósito Castanha) e zonas de alteração clorítica e hidrolítica nos mais rasos (corpos Sossego-Curral e depósito Alvo 118). Datação de cristais de monazita hidrotermal (U-Pb LA-MC-ICPMS) e molibdenita (Re-Os NTIMS) dos corpos Sequeirinho e Pista, e dos depósitos Bacuri e Bacaba, forneceram idades entre 2,71 a 2,68 Ga, enquanto que monazita hidrotermal dos corpos Sossego e Curral resultaram em idades entre 1,90 a 1,88 Ga. Adicionalmente, cristais de molibdenita do depósito Bacuri e de monazita do depósito Bacaba indicaram idades em 2,76 Ga e 2,05 Ga, respectivamente. Esses dados sugerem que múltiplos eventos hidrotermais neoarqueanos e paleoproterozóicos foram responsáveis pela alteração hidrotermal e mineralização cuprífera no Cinturão Sul do Cobre. O desenvolvimento de sistemas hidrotermais IOCG profundos (Sequeirinho-Pista, Bacaba, Bacuri, Visconde e Castanha) no Neoarqueano (2,71-2,68 Ga), associados a extensas zonas de escapolita, foi relacionado a reativações das zonas de cisalhamento em função da inversão tectônica da Bacia Carajás. No Orosiriano (1,9-1,87 Ga), a instalação de sistema(s) hidrotermal(is) IOCG em níveis crustais mais rasos resultou na formação de novos depósitos (Alvo 118) e corpos de minério (Sossego-Curral), possivelmente relacionados às fontes de calor devido à colocação dos granitos do tipo-A da província. Esse evento teria resultado em (re)mobilização do minério e sobreposição de estágios hidrotermais, tal como o desenvolvimento de alteração hidrolítica sobre alteração escapolítica preexistente. Assim, o Cinturão Sul do Cobre apresenta um notável registro de recorrência de eventos hidrotermais ao longo do tempo geológico, responsável pela formação de depósitos IOCG de classe mundial / Abstract: The Southern Copper Belt, Carajás Province, hosts several iron oxide-copper-gold (IOCG) deposits, including the Sossego (Sequeirinho-Pista-Baiano and Sossego-Curral orebodies), Cristalino, Alvo 118, Bacuri, Bacaba, Castanha, Visconde, and Jatobá deposits. These deposits are situated within a WNW-ESE shear zone in the southern contact between the Carajás Basin and basement rocks. Geological mapping combined with geochronological studies (U-Pb SHRIMP IIe and LA-ICPMS) allowed the characterization of the host rocks of the IOCG deposits in the central-west part of the Southern Copper Belt, which include: (1) 2.74 Ga Neoarchean units (Castanha Porphyry, Sossego granophyric granite and mafic intrusive rocks); (2) 2.87-2.84 Ga Mesoarchean units (Campina Verde Tonalite, Rio Verde Trondhjemite and the Serra Dourada Granite); (3) 2.97 Ga felsic metavolcanic rocks associated with metaultramafic lenses; (4) 3,0 Ga Mesoarchean granitic rocks (Bacaba Tonalite and Sequeirinho Granite). Hydrothermal alteration that affects these rocks consist in regional sodic (albite, scapolite and iron oxides), sodic-calcic (albite-actinolite), potassic (potassium feldspar and biotite), chlorite, and hydrolytic (sericite-muscovitehematite- quartz) alterations, silicification, and epidote-calcite-chlorite formation. However, the IOCG deposits display variations in the distribution of the hydrothermal alteration zones, pointing to distinct crustal levels in which the deposits were installed. Massive magnetite-rich and actinolite-rich bodies are recognized in deeper-emplaced deposits (Sequeirinho-Pista-Baiano orebodies and Castanha deposit), while chlorite and hydrolytic alteration zones are identified in shallower-emplaced deposits (Sossego- Curral orebodies and Alvo 118 deposit). Dating of hydrothermal monazite (U-Pb LA-MC-ICPMS) and molybdenite (Re-Os NTIMS) from the Sequeirinho and Pista orebodies and the Bacuri and Bacaba deposits rendered ages of ca. 2.71 to 2.68 Ga, whilst hydrothermal monazite from the Sossego and Curral orebodies yielded ages of ca. 1.90 to 1.87 Ga. Additionally, molybdenite crystals from Bacuri and monazite from Bacaba provided the ages of 2.76 Ga and 2.05 Ga, respectively. These data suggest that multiple discrete Neoarchean and Paleoproterozoic hydrothermal events were responsible for hydrothermal alteration and ore formation at the Southern Copper Belt. The development of deep IOCG hydrothermal systems (Sequeirinho-Pista, Bacaba, Bacuri, Visconde, and Castanha) at the Neoarchean (2.71-2.68 Ga), related to extensive scapolite-rich zones, was linked to the reactivation of shear zones due to the tectonic inversion of the Carajás basin. In the Orosinian (1.90-1.87 Ga), the establishment of IOCG hydrothermal system(s) in shallower crustal levels resulted in the formation of new deposits (Alvo 118) and orebodies (Sossego-Curral). This event was possibly associated with heat sources due to the emplacement of A-type granites at the province. This event would have caused ore re (mobilization) and overprint of hydrothermal alteration zones, with the formation of hydrolytic alteration over previously formed scapolite-rich zones. Therefore, the Southern Copper Belt presents an excellent example of recurrence of hydrothermal systems along the geological time, responsible for the genesis of world-class IOCG deposits / Doutorado / Geologia e Recursos Naturais / Doutora em Ciências
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Caracterização geológica da região situada entre as localidades de Paranatama e Currais Novos (PE), porção Centro- Norte do Domínio Tectônico Pernambuco-Alagoas, Província Borborema

Sayuri Osako, Liliana January 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:05:38Z (GMT). No. of bitstreams: 3 arquivo6849_1.pdf: 8929484 bytes, checksum: d1f30ec73e154e1d850b82906bd372e0 (MD5) arquivo6849_2.pdf: 7899375 bytes, checksum: 19026b2a628c50194af036240432621a (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2005 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A presente tese apresenta os aspectos geológicos e evolutivos de uma importante região inserida no contexto do Domínio Tectônico Pernambuco-Alagoas (DPEAL) considerado como parte integrante do orógeno neoproterozóico que margeia a porção setentrional do Cráton São Francisco. Nesse contexto, as principais associações litológicas encontradas foram agrupadas e caracterizadas em: 1) Restos do embasamento paleoproterozóico: gnaisses migmatíticos quartzo-dioríticos a tonalíticos, com anfibólio cálcico, metaluminosos, portadores de εNd positivo e idade T(DM) paleoproterozóica (1.9Ga); 2) Migmatitos de protólito sedimentar: gnaisses migmatíticos e migmatitos bandados, comumente metatexíticos, a biotita, granada e mais localmente muscovita, de ampla variação composicional, peraluminosos e com assinatura isotópica indicando valores de εNd bastante negativos e idades T(DM) paleoproterozóicas (2.1 a 2.2Ga); 3) Rochas supracrustais: representados por espessos pacotes de quartzitos e quartzitos feldspáticos; 4) Metabasitos: metabasitos bandados, foliados/nematoblásticos, ricos em anfibólio cálcico e de afinidade toleítica; e metabasitos maciços-granoblásticos, compostos por diopsídio, plagioclásio e granada, de afinidade cálcio-alcalina e com indicações de basalto intra-placa. Estudos geocronológicos U-Pb convencional dos metabasitos maciços indicaram presença de zircão com história evolutiva complexa; e 5) granitóides gerados a partir da fusão dos metassedimentos: granitóides de composição variando entre monzogranito a sienogranito, peraluminosos, a biotita, muscovita e às vezes granada. O conjunto de rochas gnáissicas migmatíticas e metabasitos acima mencionado foi afetado por metamorfismo cujo ápice atingiu condições transicionais entre fácies anfibolito alto/granulito sob pressões relativamente baixas (~5Kbar). Durante esse evento metamórfico, desenvolveu-se uma superfície metamórfica principal de transposição dúctil (foliação Sn), posteriormente deformada (foliação Sn+1) pelos esforços atuantes durante atividade dúctil do Lineamento Pernambuco. Uma determinação U-Pb convencional em monazita do monzogranito a duas micas originário da fusão parcial dos metassedimentos encaixantes forneceu uma idade de cristalização de 580Ma, provavelmente associada ao evento sin a pós-tectônico. Determinação 40Ar-39Ar em muscovita, do mesmo monzogranito a duas micas, forneceu uma idade de 560Ma, idade esta compatível com outra determinação 40Ar-39Ar feita em biotita extraída do ortognaisse migmatítico. A análise conjunta destas idades com a temperatura de fechamento dos sistemas isotópicos envolvidos forneceu uma taxa de resfriamento daordem de 20°C/Ma para o monzogranito, assumindo um resfriamento com comportamento linear. Durante esta pesquisa foram levantados alguns resultados que ajudam a descrever a evolução tectônica do DPEAL, que representa a raiz de um arco magmático ativo no neoproterozóico, formado pela subducção de crosta oceânica por sob os fragmentos de um micro-continente cujo embasamento era caracterizado preferencialmente por rochas de idade paleoproterozóica a arqueana
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Geocronologia e evolução do sistema hidrotermal do depósito aurífero de Juruena, Província Aurífera de Alta Floresta (MT), Brasil / The evolution of the Paleoproterozoic Juruena intrusion-hosted gold deposit, northwestern sector of the Alta Floresta Gold Province (Mt), Brazil

Acevedo Serrato, Andersson Alirio, 1986- 03 December 2014 (has links)
Orientador: Roberto Perez Xavier / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-24T11:02:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 AcevedoSerrato_AnderssonAlirio_M.pdf: 3771845 bytes, checksum: af79a7b62ce99b19ea8f0dedd231322e (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: O depósito aurífero de Juruena, localiza-se no setor oeste da Província Aurífera de Alta Floresta, sul do Cráton Amazônico, onde se hospeda em rochas graníticas da Suíte Intrusiva Paranaíta (1819 - 1793 Ma). Foram reconhecidos cinco tipos de alteração hidrotermal no depósito, organizado cronologicamente do evento mais precoce à mais jovem: (1) alteração potássica com veios de quartzo-sulfetos e quartzo+clorita+fluorita+sulfetos; (2) alteração sericitica com veios de quartzo+molibdenita±pirita com halo de feldspato K e veios de quartzo+calcita+clorita com halo de sericita ; (3) carbonatação com veios de calcita-fluorita-sulfetos; (4) silicificação, pervasiva e em veios; e (5) alteração propilítica com veios de epídoto e calcita. A mineralização encontra-se hospedada nos eventos 1 e 3, onde aparece principalmente como inclusões ou preenchendo fraturas em pirita e também relacionado com fases minerais ricas em Te-Bi-Ag. Estudos da paragênese do minério combinados com analises de microssonda, indicam sucessivos eventos de formação de piritas, definidos em quatro gerações: pirita euedral porosa (py1), desenvolvida nos veios iniciais da alteração potássica; pirita de granulação grossa, arredondada a subhedral, não porosa (py2), representante da segunda geração de pirita com cristais ocorrendo distribuídos na alteração potássica e sericitica; pirita anedral, muito porosa, com abundantes inclusões de silicatos, sendo esta fase dominante na alteração sericitica (py3). Pirita sobrecrescida nos cristais da geração mais jovem (py3) representante por tanto da ultima geração. Ressalta-se ainda que as gerações de py2 e py3 contém inclusões de ouro livre e ouro-teluretos. A geoquímica de elementos traço em pirita, revela que pirita de estágios mais precoces (py1) geralmente são mais pobres em ouro (Au < 0.02wt%) quando comparada à pirita de fases mais tardia (py2 e py3) que pode mostrar valores de Au de até 0.035 wt%. As análises também sugerem que o ouro deve ocorrer como nano- micropartículas na pirita e não como parte de sua estrutura cristalina. O cobre apresenta comportamento oposto, com contrações mais baixas em pirita tardia (Cu < 0.04wt%). Uma amostra de molibdenita associada à paragênese do minério aurífero forneceu uma idade modelo Re-Os de 1805 ± 7 Ma. Levando em consideração o erro, esta idade se sobrepõe parcialmente às idades U-Pb SHRIMP em zircão de 1790 ± 6.4 Ma,(com um nível de confiança de 95%, MSWD = 4.8, n =15) e de 1792 ± 5.8 (com um nível de confiança de 95%, MSWD = 0.32, n =17) obtidas, respectivamente em biotita monzogranito (principal hospedeira da mineralização) e em micromonzogranito representante da ultima fase granítica no depósito. Essa sobreposição sugere uma possível relação genética entre o magmatismo félsicos de idade correlata ao da Suíte Intrusiva Paranaíta e a mineralização aurífera. Dados de inclusões fluidas indicam que fluidos aquo-carbônicos com salinidades entre 0.6 e 11.3 wt% NaCl equiv. e temperaturas no intervalo de 341 ¿ 456 oC foram responsáveis pelos estágios iniciais da mineralização aurífera conteúdos na alteração potássica. Durante a evolução os fluidos ricos em CO2 decrescem, dando lugar para um regime de fluidos aquosos de salinidade elevada (31.4 e 36 wt% NaCl equiv.) com temperaturas entre 239 e 349 oC , representado por inclusões fluidas saturadas em sais. Fluidos essencialmente aquosos mais frios (155 ¿ 285 oC ) e de baixa salinidade representa os estágios finais do sistema hidrotermal. Valores calculados de ?18O para os fluidos hidrotermais oscilam entre 6.9 e 0.5 ¿ indicando uma fonte predominantemente magmática, com adição de pequenas quantidades de aguas meteóricas nos veio mais tardios da alteração sericitica. Os valores ?34S para os sulfetos (-7.1 até +1.5 ¿), são consistente com a precipitação a partir de uma fonte magmática oxidada. Um importante zoneamento foi reconhecido: valores menores de ?34Ssulfetos (-7.1 até -4.5 ¿) tendem a se associar aos veios representativos do estágio precoce da mineralização aurífera, enquanto que valores mais elevados de ?34Ssulfetos (-0.5 até +1.5 ¿) correspondem ao sulfetos contidos na carbonatação, o ultimo evento estudado. Este zoneamento é o resultado da interação fluido-rocha que muda as condições de oxidação-redução ao longo da evolução do fluido magmático-hidrotermal no depósito. Baseados nos dados de campo, petrográficos, de inclusões fluidas, isotópicos e na geoquímica de elementos traço é possível definir que o depósito aurífero de Juruena se trata de um sistema magmático-hidrotermal, com fluidos ricos em CO2 que evoluem para fluidos aquosos. O minério foi depositado diretamente dos fluidos hidrotermais durante diferentes e repetidos pulsos hidrotermais de composição variável. Os processos de formação do depósito aurífero de Juruena são similares aos depósitos do tipo ouro-pórfiro. / Abstract: The Juruena deposit belongs to a large group of intrusion-hosted gold deposits of the Alta Floresta Gold Province in the southern portion of the Amazonian Craton. This gold deposit is hosted by granitic rocks of Paranaita Intrusive Suite (1819 to 1793 Ma) which is crosscut by different sets of mafic intrusions. The hydrothermal alteration can be divided into five stages, from early to late: (1) potassic alteration, with quartz+sulfides and quartz+chlorite+fluorite+sulfides veins (2) sericitic alteration with quartz+molybdenite±pyrite veins with K-feldspar halo and quartz+calcite+chlorite veins with sericitic halo; (3) carbonatization with calcite+fluorite+sulfides veins; (4) silicification, pervasive and in veins; and (5) propylitic alteration with epidote and calcite veins. The mineralization is hosted in stages 1 and 3, where it occurs mostly as particles or filling fractures in the pyrite crystals and related with Te-Bi-Ag phases. Paragenetic studies of the mineralization combined with microprobe analysis indicated successive stages of pyrite formation defined in four generations: euhedral porous form the earliest generation, developed in the earliest veins from potassic alteration (py1). Coarser grained pyrite is a rounded to subhedral nonporous generation distributed in potassic and sericitic alterations (py2). Anhedral very porous generation contains abundant inclusions of silicates and is the dominant generation on the sericitic alteration (py3). Py2 and py3 contain inclusions of native gold and gold tellurides. The fourth generation (py4) overgrows the earlier py3. The geochemistry of trace elements in pyrite reveal that the earliest generation (py1) is particularly depleted in Au (Au ? 0.02 wt%) in comparison with other pyrite generations (py2 and py3) that showed results up to 0.35 wt% Au. Microprobe analysis also suggests that gold occurs mostly as nano- micro-size particles in the pyrite, and not as part of its crystal structure. Copper presents opposite behavior, with the lowest concentration on the richest gold pyrites (Cu ? 0.04 wt%.). A sample of molybdenite coexisting with Au-bearing pyrite from stage 2, revealed a Re-Os model age of 1805 ± 7 Ma. Taking into account the uncertainties, this age could overlaps with the U/Pb SHRIMP obtained in zircon from granitic rocks of the Paranaíta Intrusive Suite at 1790 ± 6.4 Ma (95% confidence level, MSDW= 4.8, n = 15) and 1792 ± 5.8Ma (95% confidence level, MSDW = 0.32, n = 17). This poses a genetic relationships between the felsic magmatism attributed to this granitic suite and the emplacement of the gold mineralization at the Juruena deposit, which can be defined as the result of a magmatic-hydrothermal system. Fluid inclusions microthermometric data obtained in veins of quartz constrain the formation of the early mineralizing events in the range of 341 and 456 oC from a low to moderate-salinity (0.6 and 11.3 wt% NaCl equiv.) H2O-CO2-NaCl fluid. At late stages of gold mineralization, fluid gradually become CO2-poor and higher salinities (31.4 to 36 wt% NaCl equiv.), represented by NaCl-bearing fluid inclusions. More diluted (0.4 to 13.7 wt% Nacl equiv.) and cooler (185 to 285 oC) aqueous fluid inclusions dominate the latest stages of the magmatic-hydrothermal system. Calculated ?18Ofluid values range from 6.9 to 0.5 ¿ indicating that ore fluids of essentially magmatic origin in the earlier mineralizing stages undergoes mixing with meteoric waters in the late stages. Sulfides from early veins display ?34SSulfide values in the range of -7.1 to -4.5 ¿, whereas more enriched ?34SSulfide values varying from -0.5 to +1.5 ¿ are obtained in sulfides from the late veins sets. The more negative ?34SSulfide values may reflect sulfides precipitation from oxidized magmatic fluids in the early ore stages, whereas higher ?34SSulfide values be attained in later stages as a result of water-rock interactions, fluid mixing and change of the redox conditions. Based on field, petrography, fluid inclusions, isotopic evidence and geochemistry of trace elements in pyrites, is possible to define that Juruena gold deposits is a magmatic-hydrothermal system, with hot CO2-fluid rich that evolve to lower temperature, aqueous fluids. The gold was precipitated directly from the hydrothermal solution during different pulses. The formation processes of the Juruena gold deposit are most similar with a typical small Au-porphyry system formed in the Paleoproterozoic / Mestrado / Geologia e Recursos Naturais / Mestre em Geociências
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Depósitos auríferos associados ao magmatismo félsico da Província de Alta Floresta (MT), Cráton Amazônico : litogeoquímica, idade das mineralizações e fonte dos fluidos / Intrusion-hosted gold deposits related to the felsic magmatism of the Alta Floresta Gold Province (MT), Amazon Craton : lithogeochemistry, mineralization ages and source of fluids

Assis, Rafael Rodrigues de, 1985- 03 February 2015 (has links)
Orientador: Roberto Perez Xavier / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-27T12:52:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Assis_RafaelRodriguesde_D.pdf: 28529636 bytes, checksum: a178f7c0049490d9875ccc010692fdbb (MD5) Previous issue date: 2015 / Resumo: MINERALIZAÇÕES E FONTE DOS FLUIDOS. A Província Aurífera de Alta Floresta, porção centro-sul do Craton Amazônico, localiza-se entre os limites das províncias geocronológicas Ventuari ¿ Tapajós (1,95-1,8 Ga) e Rio Negro ¿ Juruena (1,8-1,55 Ga), ou entre as províncias tectônicas Tapajós ¿ Parima (2,03-1,88 Ga) e Rondônia ¿ Juruena (1,82-1,54 Ga), a depender do modelo adotado para o cráton. Ela é essencialmente constituída por sequências plutôno-vulcânicas derivadas de diversos arcos vulcânicos amalgamados no decorrer do Paleoproterozóico. No segmento leste da província, na região que compreende as cidades de Peixoto de Azevedo ¿ Matupá ¿ Guarantã do Norte ¿ Novo Mundo (MT), rochas plutônicas e vulcânicas de composição granítica hospedam mais de uma centena de depósitos auríferos concentrados ao longo do Cinturão Peru ¿ União do Norte, de direção NW-SE. Com base na paragênese e estilo do minério, essas mineralizações podem ser agrupadas em três tipologias principais: (1) Au ± Cu disseminados em sistemas graníticos e dominantemente representados por pirita e concentrações variáveis de calcopirita e hematita; (2) Sistemas filonares de Au ± Cu essencialmente constituídos por pirita com calcopirita subordinada; e (3) Au + metais de base confinados a veios e vênulas que truncam sequências vulcano-sedimentares sin- a pós-tectônicas. Neste contexto, três grupos principais de rochas plutônicas podem ser distinguidos: (1) embasamento granítico e granitóides antigos; (2) intrusões graníticas de composição sieno/monzogranítica que hospedam as principais mineralizações auríferas da província; e (3) hospedeiras sub-vulcânicas de composição monzogranítica a tonalítica. No conjunto, essas unidades representam um magmatismo cálcio-alcalino oxidado, hidratado, de médio a alto K, meta- a peraluminoso e ferroso a ligeiramente magnesiano, possivelmente derivado da fusão parcial da crosta inferior (manto metassomatizado) em ambiente de arcos vulcânicos. Embora a principal hospedeira plutônica (Granito Guarantã) exiba importantes características adakíticas, compreende-se que seu magma fonte tenha se formado nas porções profundas da crosta, com plagioclásio instável, mas granada e hornblenda estáveis. Os novos dados U-Pb em zircão (SHRIMP) indicam que as idades de cristalização do embasamento granítico variam de 1.980 ±8,8 Ma (Gnaisse Nova Guarita) a 1.978 ±8,1 Ma (tonalito foliado), enquanto as hospedeiras graníticas teriam se formado entre 1.904 ±4,6 Ma (Granodiorito X1), 1.901 ±6,8 Ma (Tonalito Pé Quente) e 1.863 ±4,8 Ma (Granodiorito Jorge) e as hospedeiras sub-vulcânicas entre 1.774 ±7,5 (Pórfiro União do Norte) e 1.773 ±5,7 Ma (quartzo-feldspato pórfiro X1). Os valores ?Nd(t) (-5,49 a -0.975) e as idades modelo TDM (2,36 a 2,02 Ga) sugerem magmas de derivação mantélica extraídos de fonte paleoproterozóica, em que a cristalização fracionada teria correspondido ao principal vetor de evolução petrogenética e, em menor escala, processos de contaminação crustal. Coletivamente, é proposto que esses litotipos tenham se originado a partir de três estágios magmáticos principais: (1) embasamento granítico e granitóides antigos no Orosiriano; (2) hospedeiras granodiorititicas-tonalíticas durante o Orosiriano tardio; e (3) pórfiros e sub-vulcânicas no Statheriano. Esses eventos estariam respectivamente associados à construção do (A) Arco Magmático Cuiú-Cuiú; (B) Arco Magmático Juruena; e (C) contexto pós-colisional do Arco Magmático Juruena. Neste arcabouço geológico, enquadram-se os depósitos magmático-hidrotermais do Pé Quente, Luizão, X1 e Francisco, correspondentes aos alvos de estudo dessa tese na escala de depósitos. Os depósitos Pé Quente (Suíte Pé Quente, 1,97-1,9 Ga), Luizão (Granito Novo Mundo; 1,97-1,96 Ga) e X1 (Granito Guarantã; 1,9 Ga), representam os principais exemplos de mineralizações de Au ± Cu disseminadas em sistemas graníticos, enquanto o depósito do Francisco (Pórfiro União do Norte; 1,77 Ga) seria o principal representante de mineralizações auríferas filonares associadas a metais de base. As zonas mineralizadas dos depósitos X1 e Luizão estão condicionadas a uma forte alteração fílica (muscovita grossa + quartzo + sulfetos) com abundantes concentrações de pirita, mas variável de calcopirita e hematita. Essas zonas estão circunscritas a uma intensa alteração potássica pervasiva com ortoclásio + microclínio ± hematita. Embora essas alterações também ocorram no depósito Pé Quente, seu minério está temporalmente relacionado tanto a uma alteração sódica precoce quanto à alteração fílica. No depósito do Francisco, contudo, o minério está confinado a veios de quartzo com extensos halos de alteração sericítica com pirita + esfalerita + galena ± calcopirita ±digenita disseminadas. Essas alterações são margeadas por uma forte alteração potássica com ortoclásio ± hematita, a qual está circunscrita a uma ampla zona de alteração propilítica de cunho regional. Assembleias de inclusões fluidas provenientes de cristais de quartzo dos depósitos Pé Quente e X1 indicam a coexistência de duas tipologias principais de fluidos: (1) um fluido aquoso de ampla salinidade (2,1 a 26,1% eq. NaCl) e de baixa a moderada temperatura (126,5°C a 268,4°C), coexistentes com fluidos (2) aquo-carbônicos de baixa salinidade (6,1 a 8,9% eq. NaCl), mas altas temperaturas (251,6° a 334,6°C), indicativas de aprisionamento heterogênio em condições de imiscibilidade em um sistema magmático-hidrotermal profundo. No depósito Luizão, o regime de fluidos é registrado por fluidos (1) aquoso-salinos (33,6-37% eq. NaCl) com temperaturas entre 200° e 280°C; coexistente com (2) fluidos aquosos bifásicos de baixa salinidade (2,5-15% eq. NaCl) e temperatura (95°-185°C), indicativos de processos de separação de fases em nível crustal mais raso quando comparado aos depósitos Pé Quente e X1. E finalmente, no depósito do Francisco, as assembleias de inclusões fluidas indicam fluidos eminentemente aquosos de baixa à moderada salinidade (até 24,7% eq. NaCl) e temperatura (85,3°C a 373,2°C), que exibem grande variação quanto ao grau de preenchimento pela fase de vapor (10-70%), sugestivos de processos de ebulição em nível crustal raso. Adicionalmente, os dados isotópicos para oxigênio, deutério e enxofre indicam forte componente magmática para os depósitos do Pé Quente, Luizão e X1, enquanto que no depósito do Francisco, fluidos eminentemente magmáticos teriam interagido com fluidos externos, possivelmente de origem meteórica. Em virtude das similaridades entre seus principais atributos geológicos, assembleias de inclusões fluidas e dados isotópicos, os depósitos Pé Quente, Luizão e X1 podem ser classificados como similares a depósitos do tipo ouro pórfiro, porém, posicionados em níveis crustais mais profundos do que os clássicos exemplos andinos, enquanto o depósito do Francisco seria equivalente às mineralizações epitermais de sulfetação intermediária. No âmbito dessas mineralizações, são reportadas as primeiras idades Re-Os em sulfetos provenientes das principais zonas auríferas dos depósitos supracitados, assim como as primeiras idades da alteração hidrotermal (40Ar/39Ar) associadas à zona mineralizada do depósito epitermal da província. As idades Re-Os em concentrados de pirita do depósito Pé Quente variam de 1.792 ±9 Ma a 1.784 ±11 Ma (idade modelo: 1.787 ±5,5 Ma), enquanto que para o Luizão elas estão compreendidas entre 1.790 ±9 Ma e 1.782 ±9 Ma (idade modelo: 1.787 ±6,2 Ma). No depósito X1, as idades Re-Os em molibdenita são coincidentes aos casos anteriores: entre 1.787 ±7 Ma e 1,785 ±7 Ma (idade modelo: 1.786 ±5 Ma). No depósito do Francisco, as idades 40Ar/39Ar em alíquotas de sericita oriundas do halo de alteração sericítico fornecem idades entre 1.779 ±6,28 a 1.777 ±6,3 Ma e, portanto, bastante similares aos depósitos disseminados de Au ± Cu. Em adicional, as idades 40Ar/39Ar da alteração fílica do depósito Pé Quente variam de 1.833,6 ±6,2 a 1.830,6 ±6.2 Ma, enquanto que no depósito X1 essas idades estão compreendidas entre 1.733,3 ±6,2 a 1.751,3 ±6,1 Ma. A grande uniformidade isotópica obtida para os depósitos disseminados de Au ± Cu fornece uma excelente idade isocrônica em 1.786 ±1 Ma, com idade modelo em 1.787 ±3,2 Ma, as quais permitem apontar para um único e estreito evento aurífero na Província, centrado no Statheriano e que teria durado aproximadamente 10 Ma. No conjunto, essas idades, portanto, demonstram a contemporaneidade das mineralizações com o alojamento de corpos porfiríticos sub-vulcânicos sin- a pós-colisionais na Província, correlacionados às suítes Colíder (quartzo-feldspato pórfiro X1) e Teles Pires (Pórfiro União do Norte), pertencentes ao terceiro evento magmático da província. Logo, as idades Re-Os diferem substancialmente das idades U-Pb das hospedeiras plutônicas graníticas dos depósitos investigados. Esse fato demonstra não haver qualquer conexão genética entre o plutonismo granítico e processos responsáveis pelas mineralizações auríferas da província, diferentemente dos três eventos auríferos até então propostos para a província: (1) 1,98-1,95 Ga (e.g. depósitos Luizão e Pé Quente); (2) 1,87-1,85 Ga (depósitos X1 e Serrinha) e (3) 1,77-1,79 Ga (depósito do Francisco). Essas idades abrem, portanto, novas perspectivas para a exploração aurífera na Província, visto que unidades vulcânicas e sub-vulcânicas de idade 1,78-1,77 Ga agora se tornam alvos potenciais à exploração / Abstract: The Alta Floresta Gold Province, eastern portion of the Amazon Craton, extends between the Ventuari ¿ Tapajós (1.95 to 1.8 Ga) and Rio Negro ¿ Juruena (1.8 to 1.55 Ga) geochronological provinces, or between the Tapajós ¿ Parima (2.03-1.88 Ga) and Rondônia ¿ Juruena (1.82-1.54 Ga), depending on the model used. The province is mainly composed of arc-type plutono-volcanic sequences amalgamated during the Paleoproterozoic. At the easternmost segment of the province, in region that comprises the districts of Peixoto de Azevedo ¿ Mautpá ¿ Guarantã do Norte ¿ Novo Mundo (MT), a significant number of gold deposits are distributed along a NW-SW striking belt (Peru ¿ União do Norte belt) hosted by plutonic and volcanic rocks of granitic composition. Based on ore and stype paragenesis, these gold mineralizations can be clustered into three main groups: (1) Au ± Cu disseminated within granitic systems and essentially represented by pyrite and variable amounts of chalcopyrite and hematite; (2) Au ± Cu-rich veins mainly composed of pyrite and subordinated chalcopyrite; and (3) vein-type Au + base metals that crosscut sin- to post-collisional volcano-sedimentary sequences. Whitin this context, three major groups of plutonic rocks may be distinguished: (1) basement and old granitoids; (2) granitic intrusions that vary in composition from tonalite to syeno/monzogranite and that host the major gold mineralizations within the province; and (c) subvolcanic hosts of tonalite to monzogranite composition. These units display affinities to the calc-alkaline, oxidized, hydrated, medium to high-K, meta- to peraluminous and ferrous to slightly magnesium (I-type granites), possibly derived from volcanic arc-type setting from partial melting of lower crustal sources (metasomatized mantle). Although the main granite host (Guarantã granite) exhibits an adakite-signature, it is understood that its magma might have been derived from a deep crustal level, with instable plagioclase, garnet and hornblende stable. The new SHRIMP U-Pb zircon ages suggest that the crystallization ages related to the granitic basement range from 1,980 ±8.8 Ma (Nova Guarita gneiss) to 1,978 ±8.1 Ma (foliated tonalite), where those obtained to plutonic granitic host rocks are between 1,904 ±4.6 Ma (X1 granodiorite), 1,901 ±6.8 Ma (Pé Quente tonalite) and 1,863 ±4.8 Ma (Jorge granodiorite), and those related to subvolcanic host rocks vary from 1,774 ±7.5 (União do Norte porphyry) to 1,773 ±5.7 Ma (X1 quartz-feldspar porphyry). The ?Nd(t) (-5.49 to -0.975) and TDM ages (2.36 to 2.02 Ga) are indicative of Paleoproterozoic mantle-derived magmas with fractional crystallization as the main vector of evolution to these lithotyepes, such as crustal contamination in minor importance. Collectively, these lithotypes can be clustered into three main magmatic stages: (1) Orosirian granitic basement and old granites; (2) Late Orosirian granodiorite-tonalite host intrusions; and (3) Statherian porphyries and subvolcanics. These events would related, respectively, the construction of (A) Cuiú-Cuiú magmatic arc; (B) Early Juruena magmatic arc; and (C) Post-collisional Juruena magmatic arc setting. Within this geological context, we have the Pé Quente, Luizão, X1 and Francisco magmatic-hydrothermal gold deposits, the main case of study in this work. The Pé Quente (Pé Quente suite; 1.97-1.9 Ga), Luizão (1.97-1.96 Ga) and X1 (Guarantã granite; 1.9 Ga) deposits represent the major disseminated Au ± Cu mineralization in granitic systems, whereas the Francisco deposit (União do Norte porphyry; 1.77 Ga) would correspond the principal exemple of vein-type gold + base metals. The Luizão and X1 ore-zones are related to a strongly and pervasive phyllic alteration (coarse-grained + quartz + sulfide) wich high concentrations of pyrite but variable chalcopyrite and hematite. These hydrothermal zones are limited by a strong and pervasive potassic alteration with orthoclase + microcline ± hematite. Although these hydrothermal alterations are also found in the Pé Quente deposit, its ore is temporally related both to an early sodic as phyllic alterations. At the Francisco deposit, however, the main ore-zones are restricted to quartz-rich veins with metric sericitic alteration halos (5 to 6 m) with disseminated pyrite + sphalerite + galena ± chalcopyrite ± digenite. Collecvely, these hydrothermal alterations are limited by a regional propylitic alteration. Fluid inclusion assemblages in quartz crystals from X1 and Pé Quente deposits reveal the presence of two types of ?uids: (1) aqueous two-phase inclusions with wide salinity (2.1-26.1 wt.% eq. NaCl) and homogenization temperatures (126.5°C to 268.4°C); and (2) H2O-CO2 inclusions of low salinity (6.1-8.9 wt.% eq. NaCl) and higher temperatures (251.6° to 334.6°C), suggestive of heterogeneous entrapment by immiscibility processes in a deep magmatic-hydrothermal system. At the Luizão deposits, the fluids regime revel the coexistence of two types of aqueous fluids: (1) a high salinity (33.6 to 37 wt% NaCl eq.) fluids represented by halite-bearing fluid inclusions with temperatures that range from 200° to 280°C; and (2) a low salinity (2.5 ¿ 15 wt% NaCl eq.) and lower temperature fluid represented by two-phase inclusions, indicating fluid phase-separation processes at shallower crustal level if compared the Pé Quente and X1 deposits. And finally, at Francisco deposit the fluids are mainly composed of low to moderate salinity (up to 24 wt.% eq. NaCl) and temperature (85.3° to 373.2°C) and salinity aqueous fluid inclusions with heterogeneity in the vapor-phase filling degree (10-70 vol.%), which are suggestive of boiling processes in a shallower crustal leve. Moreover, oxygen, deuterium and sulfur isotope data do indicate a strong magmatic signature to the Pé Quente, X1 and Luizão deposits, whereas in the Francisco deposit, fluids essentially magmatic may have interacted with meteoric fluids. Based on the similarities between the major geological attributes, fluid inclusions assemblages and isotopic data, the Pé Quente, X1 and Luizão deposit can be similar to gold-only, Cu-poor porphyry systems, however, placed within deeper crustal levels than those classically interpreted as andian-type porphyry, whereas the Francisco deposits would be equivalent to polymetallic epithermal deposits of intermediate sulfidation. About these gold mineralizations, this work reports for the first time Re-Os pyrite and molybdenite ages for the Au ± disseminated deposits, such as the firt hydrothermal alteration ages (40Ar/39Ar) related to the ore-zones of the epithermal systems from the province. The Re-Os pyrite ages for the Pé Quente deposit vary from 1,792 ±9 Ma to 1,784 ±11 Ma (model age: 1.787 ±5,5 Ma), whereas those for Luizão deposit are between 1,790 ±9 Ma and 1,782 ±9 Ma (model age: 1,787 ±6.2 Ma). The Re-Os molybdenite ages for X1 deposit are very similar to the previously deposits, because it range from 1,787 ±7 Ma to 1,785 ±7 Ma (model age: 1,786 ±5 Ma). At the Francisco deposit, the 40Ar/39Ar ages from sericite samples from sericitic halo vary from 1,779 ±6.28 to 1,777 ±6.3 Ma, therefore, very similar to those obtained to the Au ± disseminated deposits. Additionally, the 40Ar/39Ar ages to the phyllic alterations from Pé Quente deposit range from 1,833.6 ±6.2 to 1,830.6 ±6.2 Ma, whereas to the X1 deposit these ages are constrained between 1,733.3 ±6.2 to 1,751.3 ±6.1 Ma. The isotopic uniformity of the disseminated Au ± Cu deposits provides an excellent isochronous age at 1.786 ±1 Ma, with model age at 1.787 ±3.2 Ma, suggesting a major and unic Staherian gold metallogenetic event within the Alta Floresta Gold Province that would lasted approximately 10 Ma. These ages allow us to correlate the ore-forming processes with the post-collisional felsic magmatism of the Juruena arc, possibly associated to the emplacement of the Colíder (quartz-feldspat porphyry) and Teles Pires (União do Norte porphyry) suites, belonging to the third magmatic event that took place in the province. Therefore, the Re-Os sulfide ages are substantially different from the U-Pb zircon crystallization ages of the plutonic granitic host rocks. This demonstrates that there is no genetic connection between the emplacement of granitic plutons and the ore-forming processes responsible for the gold mineralization in the province, contrasting, therefore, to the three auriferous events so far proposed to the province: (i) 1.98-1.95 Ga (e.g. Luizão and Pé Quente deposits); (ii) 1.87-1.85 Ga (X1 and Serrinha deposits); and (iii) 1.77-1.79 Ga (e.g. Francisco deposit). These new Re-Os pyrite and molybdenite ages open new perspectives for gold exploration in the province as volcanic and sub-volcanic units of 1.78 to 1.77 Ga now may become prime targets / Doutorado / Geologia e Recursos Naturais / Doutor em Ciências
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Estudos petrográficos e geocronológicos do prospecto Mankombiti, Cinturão de Fíngoè, Província de Tete, noroeste de Moçambique / not available

Mahanjane, Laura Nilza Mendes 27 November 2013 (has links)
O cinturão Fíngoè é uma unidade tectônica do Supercontinente Gondwana Oeste composta por rochas supracrustais formadas há aproximadamente 1.33 Ga. Essas rochas são portadoras de mineralizações de Au, Cu, Zn, Pb e Fe. Com cerca de 150 km de comprimento, e orientado WSW-ENE, este cinturão estende-se desde o Monte Atchiza a oeste até cerca de 30 km para leste da vila de Fíngoè no norte de Moçambique e consiste de uma extensa variedade de rochas metassedimentares e metavulcânicas. O cinturão Fíngoè apresenta especialização metalogenética para Au e Cu, que já foram explotados no passado em diversos locais. Muitos destes registros estão associados com magnetita e malaquita. Atualmente trabalhos de prospecção e pesquisa mineral têm sido realizados pela empresa de mineração African Queen Mines Ltda, através do projeto denominado de King Solomons, localizado na parte central do mesmo. A geologia da área abrangida pelo prospecto Mankombiti, mostra uma predominância de rochas carbonáticas, granitos e gabros. As rochas carbonáticas são consideradas importantes na gênese de depósitos tipo skarn e depósitos de substituição de metais de base e Au devido à sua natureza fortemente reativa. Os dados geocronológicos realizados neste trabalho indicaram uma idade precisa para a rocha intrusiva granítica associada à mineralização de 1079,1 ± 8,2 Ma, que poderia ser a idade da formação do skarn e consequentemente desta mineralização. Entretanto a idade obtida para o processo de alteração hidrotermal que afetou o gabro, na ordem de 657 ± 36 Ma e a idade modelo Pb-Pb sugerida pelo modelo de Stacey e Kramers (1975) para a calcopirita da mineralização principal de 725 Ma, sugerem que a mineralização, do prospecto Mankombiti é neoproterozóica. Para melhor entendimento dos processos que estiveram envolvidos na formação deste depósito skarn, duas hipóteses são consideradas: (i) poderia ser admitida a presença de corpos graníticos intrusivos em 700 Ma, situados em profundidade, que não foram ainda caracterizados, como responsáveis pela fonte de calor necessária, (ii) pode ser admitida ocorrência de um evento distensional em 700 Ma que produziria um adelgaçamento da litosfera e a consequente ascensão da astenosfera, produzindo uma elevação do fluxo térmico gerando os fluidos mineralizantes necessários. / The Fíngoè belt is a tectonic unit of West Gondwana Supercontinent, comprised of supracrustal rocks formed at approximately 1.33 Ga. These rocks are carriers of Au, Cu, Zn, Pb and Fe mineralization. With about 150 km long and oriented WSW- ENE, this belt extends from west of the Atchiza Mount to about 30 km east of the Fíngoè village in the north Mozambique, and consists of an extensive variety of metasedimentary and metavolcanic rocks. The Fíngoè metallogenic belt provides specialization for Au and Cu, which have been exploited in the past in various locations. Many of these records are associated with magnetite and malachite. Currently, the prospecting and mineral exploration have been conducted by the African Queen Mines Ltd mining company, through a project called the King Solomons, located in the central part of it. The geology of the studied area shows a predominance of carbonate rocks, granites and gabbros. The carbonate rocks are considered important in the genesis of the skarn deposits type and deposits of replacement for base metals and Au due to its highly reactive nature. The geochronological data performed in this work indicate a precise age of the 1079.1 ± 8.2 Ma for the intrusive granitic rock associated with mineralization, which could be interpreted as the age of the skarn and consequently of the mineralization. However the age obtained for the hydrothermal alteration that affected the gabbro at about 657 ± 36 Ma and the Pb-Pb model age suggested by the model of Stacey and Kramers (1975) for primary chalcopyrite mineralization at 725 Ma, suggesting that the mineralization of the Mankombiti prospectus was developed during the Neoproterozoic time. For understanding the processes that were involved in the skarn-type mineralization processes, two hypotheses are here considered: (i) could be admitted the presence of i ntrusive granitic rocks at 700 Ma, situated in depth, which have not yet been characterized, as responsible for the heat source required, (ii) may be admitted occurrence of an extensional event at 700 Ma to produce a thinning of the lithosphere and the uplift of the asthenosphere, producing high thermal flows generating the mineralization fluids.
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Petrologia de granitos alcalinos com alto flúor mineralizados em metais raros: o exemplo do Albita-granito da mina Pitinga, Amazonas, Brasil

COSTI, Hilton Túlio 23 November 2000 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2017-04-12T12:18:00Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_PetrologiaGranitosAlcalinos.pdf: 11144394 bytes, checksum: ed03b2e5b6fb1e7fed8817728f450ef5 (MD5) / Approved for entry into archive by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2017-04-12T15:56:31Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_PetrologiaGranitosAlcalinos.pdf: 11144394 bytes, checksum: ed03b2e5b6fb1e7fed8817728f450ef5 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-12T15:56:32Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_PetrologiaGranitosAlcalinos.pdf: 11144394 bytes, checksum: ed03b2e5b6fb1e7fed8817728f450ef5 (MD5) Previous issue date: 2000-11-23 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Os depósitos minerais ocorrentes na mina Pitinga relacionam-se aos granitos Proterozóicos Água Boa e Madeira, os quais são intrusivos em rochas vulcânicas ácidas do Grupo Iricoumé, de idade 207Pb/206Pb de 1888 ± 3 Ma. O granito Madeira é composto por quatro fácies. As facies precoces são um anfibólio-biotita-sienogranito porfirítico metaluminoso, localmente com textura rapakivi, que mostra idade 207Pb/206Pb de 1824 ± 2 Ma, e biotita-feldspato alcalino-granito equigranular peraluminoso, com idade 207Pb/206Pb de 1822 ± 1 Ma. As fácies tardias são um feldspato alcalino-granito hipersolvus porfirítico (FAGHP) com afinidades peralcalinas e idade 207Pb/206Pb de 1818 ± 2 Ma, e um albita-granito subsolvus. As relações de campo indicam que essas duas unidades interagiram e foram colocadas simultaneamente, admitindo-se para o albita-granito uma idade similar à do granito hipersolvus. O albita-granito (ABG) é composto por duas fácies. A fácies predominante é de cor acinzentada, peralcalina, denominada albita-granito de núcleo (ABGn). O ABGn é composto essencialmente por albita, quartzo, feldspato potássico e, subordinadamente, por criolita, zircão, polilitionita, riebeckita, pirocloro, mica escura rica em Fe, cassiterita e magnetita. As proporções modais das fases essenciais são aproximadamente equivalentes, sugerindo a cristalização do ABGn a partir de um líquido de composição cotética ou mínima. A origem magmática também é indicada por texturas microscópicas do tipo snowball, pela presença local de texturas de fluxo e pela sua expressiva homogeneidade geoquímica. O ABGn transiciona para uma rocha avermelhada, geoquimicamente peraluminosa, definida como albita-granito de borda (ABGb), que ocorre ao longo dos contatos do ABG com as rochas encaixantes. O ABGb é formado essencialmente por quartzo, feldspato potássico e albita, com fluorita, zircão, clorita, cassiterita, hematita e columbita. As proporções modais das fases essenciais são dispersas, com crescimento, em relação ao ABGn, no conteúdo de quartzo e redução no de albita. O ABGb é interpretado como originado por autometassomatismo do ABGn, que teve a sua mineralogia peralcalina modificada por ação de fluidos residuais. Evidências texturais indicativas de dissolução de fases primárias, formando cavidades preenchidas por fases tardias, bem como a substituição de criolita, micas e pirocloro apoiam essa interpretação. As análises por microssonda eletrônica indicam que as composições dos feldspatos do ABGn aproximam-se das dos termos finais albita e ortoclásio. Os feldspatos potássicos (Or —98%) não são pertíticos e apresentam altos teores de Rb2O (-2%) e Fe2O3 (-0,6%). As albitas (Ab —99%) mostram teores anomalamente altos de Fe2O3 (-1%) e relativamente baixos de Al2O3. Essas características composicionais indicam: (1) baixas temperaturas de cristalização para o ABGn, provavelmente inferiores a 500°C; (2) deficiência em Al2O3 no líquido a partir do qual o ABGn cristalizou. São reconhecidos dois tipos de micas no ABGb. As mais abundantes são Zn-Rb-polilitionitas, enquanto o segundo tipo é definido por micas com altos Fe, Zn, F, Rb e Li. Estas últimas apresentam Fe3+ como componente tetraédrico e baixos teores de Al2O3, sendo provisoriamente classificadas como micas tetraferríferas litiníferas (MTL). A ocorrência de mineralizações de Sn e metais raros e as composições químicas mostradas pelas micas e feldspatos, indicam que o líquido gerador do ABGn era geoquimicamente similar aos dos formadores de sistemas pegmatíticos portadores de metais raros. Os elevados teores de Fe2O3 dos feldspatos e MTLs, além da presença de magnetita, indicam que o ABG cristalizou sob condições de Fo2- relativamente elevada (~NNO). O ABGn apresenta teores muito elevados de F, Na2O, Sn, Nb, Zr, U, Th, Zn, Li e Rb, além de teores muito baixos ou nulos de CaO, MgO, TiO2, P2O5, Ba e Sr. Os valores extremos das razões K/Rb e Rb/Sr refletem o grau de fracionamento muito avançado do líquido a partir do qual o ABG cristalizou. Os padrões em "asa de gaivota" dos ETR, além das baixas razões LaN/YbN, indicam a forte influência do F durante a evolução magmática do ABGn. Os ETR mostram, internamente, se arranjam em "tetrads", indicando que seus mecanismos de fracionamento e distribuição foram controlados por processos similares aos ocorrentes em sistemas graníticos muito evoluídos. Os isótopos de Nd indicam protólitos paleoproterozóicos crustais para as fácies precoces do granito Madeira, que apresentam valores de εNd ligeiramente negativos. As amostras do ABGn e uma amostra do FAGHP apresentam valores baixos, porém positivos de εNd. Estes dados podem ser interpretados como: (1) indicando que o ABG e o FAGHP têm fontes distintas daquelas das fácies precedentes; (2) que o sistema isotópico Sm-Nd do ABG e do FAGHP foi perturbado. Finalmente, um desvio no sentido de valores de εNd extremamente negativos é mostrado pelas amostras do ABGb e por uma amostra hidrotermalizada do FAGHP . Isso demostra que os processos hidrotermais que afetaram o ABGb e, localmente, o FAGHP , causaram profundas perturbações no sistema isotópico Sm-Nd dessas rochas. O modelo petrogenético adotado, baseado em experimentos realizados no sistema albita-granito – H2O - HF a 1 Kbar, sugere que o ABG foi originado a partir de líquidos residuais derivados de magmas inicialmente ricos em F e empobrecidos em MgO, TiO2 e principalmente CaO. A concentração de F nos líquidos finais rebaixa fortemente a viscosidade, densidade e o solidus do sistema, causando uma também extrema diferenciação desses líquidos, que passam a ter uma composição similar a de pegmatitos enriquecidos em metais raros. O aumento do teor de H2O com o avanço da cristalização leva a separação de fluídos aquosos, responsáveis pela formação das rochas dos níveis pegmatíticos no interior do ABG, enquanto a fase residual rica em F geraria os bolsões e veios de criolita maciça associados a eles. / The mineral deposits of the Pitinga mine are related to the Proterozoic Água Boa and Madeira granites. Both are intrusive in the 1888 ± 3 Ma old acid volcanic rocks of the lricoumé Group. The Madeira Granite is composed by four facies, which emplacement sequence was inferred from its field relationships. The early facies is an 1824 ± 2 Ma old, porphyritic, metaluminous amphibole biotite syenogranite, which locally shows rapakivi texture. This facies is followed by an 1822 ± 1 Ma old, equigranular, peraluminous alkali feldspar biotite gravite. The two late facies are an 1818 ± 2 Ma old porphyritic, hypersolvus, alkali feldspar grafite and subsolvus albite gravite. Contact relationships indicate that the liquids forming these two late phases coexisted during the magmatic stage. This implies that they were emplaced almost simultaneously and also that the albite gravite and the hypersolvus grafite have a similar age. The albite gravite is composed by two facies. The dominant is a gray, peralkaline core facies (CAbG), which is composed essentially by albite, quartz and K-feldspar, accompanied by cryolite, zircon, polylithionite, riebeckite, Li-Fe mica, cassiterite, pyrochlore and magnetite. The modal proportions of the essential phases are similar, suggesting a magmatic origin for the CAbG and a cotectic or near minimum composition for its melt. Other features indicating a magmatic origin for the CAbG are: (1) the common occurrence of microscopic snowball textures; (2) it's petrographic and geochemical homogeneous character; (3) local presence of associated rocks with fluidal or pegmatitic textures. The CAbG is transitional to a reddish, peraluminous border facies (BAbG), found along the contacts of the albite with the early facies of the Madeira Granite. The BAbG is composed by albite, quartz and K-feldspar, with subordinate amounts of fluorite, zircon, chlorite, cassiterite, hematite, and columbite. The BAbG modal proportions of the essential phases are more variable and it has higher quartz and lower albite modal contents compared with the CAbG. The BAbG was originated by the autometasomatic alteration of the CAbG. The fluids involved in this process had a strongly oxidizing character and associated chemical changes destabilized the peralkaline mineralogy of the CAbG as evidenced by the replacement of cryolite, micas, pyrochlore and riebeckite. EMPA analyses indicate that the feldspars of the CAbG have near end-member compositions. The K-feldspars (Or —98%) are not perthitic and show high contents of Rb20 (-2%) and Fe2O3 (-0.6%), while the albites (Ab —99%) show anomalously high Fe2O3 (-1%) and relatively low Al2O3. These compositional characteristics indicate: a final crystallization temperature around 500°C or lower for the CAbG; the Al2O3 depleted character of the CAbG melt. Two micas were identified in the CAbG, both showing extremely low K/Rb ratios and high contents of Fe, Zn e Li. The more abundant is a Zn-Rb-polylithionite and the other is dark, Fe-Li mica with high Zn, F and Rb contents. The latter is relatively impoverished in Al2O3 and has Fe in tetrahedral positions, being tentatively classified as a tetra-ferri-Li mica. The unusual chemical compositions of micas and feldspars, as weli as the associated Sn, Nb, Zr, F, mineralization indicate that the CAbG derived from a melt that was geochemically similar to those forming fractionated, rare metal NYF pegmatites. The high Fe2O3 in feldspars and high Fe2O3/FeO in the dark mica, besides the presence of magnetite in the CAbG, suggests that it crystallized under relatively oxidizing conditions (-NINO). The CAbG shows very high contents of F, Na2O, Sn, Nb, Zr, U, Th, Zn, Li and Rb, and low CaO, MgO, TiO2, P2O5, Ba, and Sr. K/Rb and Rb/Sr ratios display extreme values, demonstrating the advanced fractionation of the liquid that originates the CAbG. The gullwing-shaped REE patterns and very low LaN/YbN ratios indicate the strong influence of F during magmatic evolution. The REE are distributed as M-type tetrads, showing that the fractionation mechanisms and the distribution of the REE's were controlled by processes similar to those observed in rare metal-bearing, evolved granitic systems. The Nd isotopes indicate crustal Paleoproterozoic protholiths for the two early facies of the Madeira Granite, which shows slightly negative εNd values. The CAbG and one sample of the hypersolvus grafite show low, positive εNd values. These data can be interpreted as indicating that: (1) the albite granite and the hypersolvus grafite have a protholith which is distinct from that of the earlier facies of the Madeira Granite; (2) both group of rocks derived from a same protholith but the Sm-Nd isotopic system of the albite granite and hypersolvus grafite was disturbed. Ali analyzed samples of the BAbG and an oxidized sample of the hypersolvus grafite shows strongly negative and scattered εNd values. This suggests that the hydrothermal processes that affected these rocks were able to strongly disturb their Nd isotopic system. The adopted petrogenetic nnodel, based on experiments on the system albite grafite -H20 - HF at 1 Kbar, suggests that the albite granite was originated from residual liquids derived from pristine F-rich, MgO-, TiO2--, CaO-depleted magmas. The very high F contents of the residual liquids strongly depressed the viscosity, density and the solidus of the system. This permitted a extreme fractionation of the melt, which evolved in a temperature interval coincident with those of pegmatitic processes. Due to the increase of the H2O contents in the residual liquid in the inner portions of the albite grafite, water saturation was attained and an aqueous fluids was segregated allowing the formation of pegmatitic rocks, while the F-rich residual melt phase generated the veins and pods of massive cryolite.
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Geoquímica, petrogênese e evolução estrutural dos granitóides arqueanos da região de Xinguara, SE do Cráton amazônico

LEITE, Albano Antônio da Silva 25 May 2001 (has links)
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Corpos granodioríticos correlacionáveis ao Granodiorito Rio Maria (GDrm), presente em outras regiões, também ocorrem em Xinguara, sendo intrusivos no CTc e cortados pelo THaf e pelo Gxg. O CTc mostra um bandamento N-S, preservado em seu domínio NW. Esta estrutura é transposta para um trend WNW-ESE regional, registrado em diferentes plútons graníticos da região e também no domínio sul do CTc. O GDrm mostra enclaves máficos fortemente achatados, definindo uma foliação paralela ao trend regional. O THaf apresenta um bandamento magmático também de orientação próxima ao trend regional. O Gxg possui forma alongada segundo este mesmo trend. A foliação é fraca, sendo subhorizontal no centro e com mergulhos fortes na borda da intrusão. Microscopicamente, o Gxg mostra recristalização variável, mas muitas vezes moderada a forte dos feldspatos. Quanto ao esforço regional predominante na época de colocação dos granitóides, a orientação do seu eixo principal de esforço (σ1) foi N40E horizontal. Esse esforço regional atuou durante o estágio submagmático do CTc, pois afetou o seu bandamento, formando dobras e boudins. Este esforço foi também responsável pela transposição de estruturas N-S para a estruturação WNW-ESE. Esforços com estas mesmas orientações geraram também as principais estruturas de deformação, desde o estágio submagmático ao subsolidus, no GDrm, THaf e no Gxg. A orientação dos esforços, pouco variou durante as duas etapas de evolução arqueana da região. As variações observadas na atitude da foliação do CTc sugerem que os seus corpos formaram estruturas dômicas, posteriormente obliteradas pela deformação e pelas intrusões dos granitóides mais jovens. Para o GDrm, os dados de geobarometria em anfibólio indicam uma pressão de cerca de 3 kbar, que corresponde a uma profundidade de 10 km e, portanto uma colocação em ambiente epizonal. Os efeitos de metamorfismo de contato registrados nas rochas metabásicas do GB de Identidade são coerentes com esta afirmativa e sugerem uma colocação não diapírica para este granitóide. Algumas características estruturais do Gxg, tais como a variação na intensidade e na atitude da foliação e a deformação nas suas encaixantes sugerem uma colocação por bailooning. A colocação do Thaf deu-se provavelmente por diapirismo. O CTc é um típico granitóide TTG da série trondhjemítica. Entretanto, o comportamento dos elementos litófilos e, sobretudo, terras raras, revelou duas assinaturas geoquímicas distintas em rochas desta unidade: grupos com altas e baixas razões Lan/Ybn. O GDrm ao contrário, segue o trend cálcico-alcalino, é comparativamente rico em MgO e mostra características distintas das associações TTG. É similar aos granodioritos ricos em Mg de Suítes Sanukitóides. O THaf, apesar de mais novo, mostra-se similar ao CTc, no sentido de possuir afinidade com os granitóides TTG, No entanto difere do CTc, pelo enriquecimento relativo em K20. O Gxg mostra afinidade geoquímica com os granitóides cálcico-alcalinos fortemente fracionados, onde o alto K2O e padrão de terras raras são indicativos de uma origem crustal. O líquido gerador das rochas dominantes no CTc (altas razões Lan/Ybn), seria oriundo da fusão de metabasaltos não enriquecidos, previamente transformados em granada-anfibolito. Fontes com composição similar à da média de metabasaltos arqueanos ou a dos metabasaltos de Identidade seriam adequadas para gerar tal líquido, porém a partir de diferentes graus de fusão, respectivamente 25-30% ou 10-15%. O líquido formador dos tonalitos com baixas razões Lan/Ybn, poderia também ser derivado de uma fonte similar às mencionadas, porém sem granada. Os dados de Nd indicam para o primeiro grupo fonte mantélica com pouco tempo de residência crustal. Uma amostra isolada do segundo grupo e um enclave no Gxg apresentaram valores de εNd negativos e idades TDM >3,2 Ga, sugerindo participação de uma fonte mais antiga e com maior tempo de residência crustal. O THaf pode ter sido gerado a partir de 5 a 10% de fusão de metabasaltos de composição química similar aos de Identidade, transformados em granada-anfibolito. Os líquidos do Gxg tiveram origem a partir de diferentes graus de fusão de fonte de composição similar aos granitóides TTG mais antigos. A evolução geológica arqueana de Xinguara ocorreu em duas fases. A primeira deu-se no período de <2,95 a 2,91 Ga e revela analogias com a evolução dos crátons Pilbara (Autrália) e Dharwar (Índia). A segunda fase ocorreu a partir de 2,88 Ga, quando há fortes evidências de mudanças no comportamento da crosta. Neste estágio se daria o espessamento e estabilização da mesma, o que a tornaria mais rígida. A partir daí os processos de convergência e subducção de placas foram mais efetivos. Neste contexto, a fusão do manto enriquecido geraria o magma parental do GDrm. A fusão de granada-anfibolito da crosta oceânica subductante geraria o magma do THaf. A ascensão dos magmas do THaf e do GDrm forneceria calor para a fusão dos granitóides TTG da base da crosta e geração dos magmas graníticos do pluton Xinguara. / The Xinguara region is situated in the northern sector of the Rio Maria Granite-Greenstone Terrain (RMGGT), southeastern Amazonian craton. The RMGGT is composed by greenstone belts and diversified granitoid plutons. Granitoids and gneisses, formeriy included indistinctly in the Xingu Complex, have been individualized in two new stratigraphic units: The Caracol tonalitic complex (CTc), which shows enclaves of the greenstone belts and the Água Fria trondhjemite (THaf). The Iatter is intrusive in the Sapucaia greenstone belt and in the CTc, and coeval with the Xinguara granite (Gxg). Some granodioritic bodies exposed in the Xinguara region are correlated with the Rio Maria granodiorite (GDrm). They are younger than the CTc and older than the THaf and Gxg. The dominant regional structures follow a WNW-ESE trend, observed in the south portion of the CTc and also in the comparatively younger granitoid plutons. The CTc preserves a N-S banding in its NW sector, but this structure is transposed to the WNW-ESE regional trend. The GDrm shows strongly flattened mafic enclaves, which defines a foliation; The THaf displays a magmatic banding; The Gxg pluton has an elongated shape; ali these structures follow the regional trend. The Gxg displays a weak foliation, subhorizontal at the center and dipping at high angles along the borders of the intrusion. The G1 axis of the regional stress during the intrusion of the granitoids was horizontal and trending N40E. The regional stress remained active during the submagmatic stage of the CTc evolution, as indicated by the presence of folds or boudins affecting its banding. It was responsible by the transposition to WNW-ESE of N-S structures. The stress field orientation was similar during the two phases of the Archean evolution of the region. This is suggested by the main submagmatic to subsolidus deformation structures in the GDrm, THaf, and Gxg. The changing trends of the CTc foliation suggest that the CTc was formed by domic plutons, intruded and sectionated by the younger granitic intrusions. Al-in amphibole geobarometer data suggest that the GDrm crystallized under a lithostatic pressure of —3 kbar, equivalent to a —10 km depth. The contact metamorphic effects of the Rio Maria granodiorite in the metabasaltic rocks of the Identidade greenstone belt are coherent with this data and suggest also that its emplacement was not diapiric-controlled. The variation in the intensity and orientation of the foliation in the Xinguara pluton and the deformation imprinted on its country rocks suggest its emplacement by bailooning. The emplacement of the THaf was probably controlled by diapiric processes. The CTc is a typical TTG, similar to those of the Archean trondhjemite series. Two different geochemical signatures have been identified in this granitoid on the basis of accentuated contrasts in LaN/YbN ratios. The GDrm is different of the TTG series. It follows the calc-alkaline trend and is similar to the Mg-rich granodiorites of the Sanukite Series. The THaf is geochemically similar to the CTc and by extension to the Archean TTG, but it is comparatively enriched in K2O. The Gxg is a high-K2O, strongly fractionated, calc-alkaline Archean leucogranite. Its REE pattern is indicative of a crustal origin. The dominant, high LaN/YbN ratio CTc group crystallized from a liquid probably originated from the partial melting of garnet amphibolites derived from 'normal' tholeiites. The latter should be similar in composition to the Archean metabasalts or to the metabasalts from the Identidade greenstone belt and the degree of partial fusion required would be, respectively, 25-30% and 10-15. On the other hand, the tonalites with Iow LaN/YbN ratios crystallized from a liquid derived from a garnet-free similar source. Nd isotopic data indicate a mantle source and a juvenile character for the tonalites of the first group. A tonalite sample of the second group and an enclave in the Gxg yielded negative ONd values and >3.2 Ga TDM ages. These data suggest that the tonalites of this group could derive from an older source with a longer crustal residence time. The THaf may have been generated by 5-10% partial melting of garnet amphibolites derived from metabasalts, chemically similar to the metabasalts from Identidade. The liquids of the Gxg were originated by variable degrees of partial melting of a source similar to the oldest TTG granitoids. The Archean geologic evolution of the Xinguara region occurs in two stages. The first starts in the interval of <2.95 to 2.91 Ga and is apparently similar to those of the Pilbara and Darwhar cratons. The second stage starts at 2.88 Ga and it is coincident with a sharp change in crustal behavior. At this time, the increasing thickening and stabilization of this Archean crustal segment, turned more effective the processes of plate subduction and convergence. In this tectonic context, the partial melting of an enriched mantie wedge would generate the parental magma of the GDrm and the partial fusion of garnet amphibolites derived from the subducted ocean crust would generate the THaf magma. Finally, the upward movement of the THaf and GDrm magmas would induce the melting of the TTGs in the lower crust, thus generating the granitic magmas of the Xinguara pluton.
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Evolução geológica da porção centro-sul do Escudo Guianas com base no estudo geoquímico, geocronológico (evaporação de Pb e U-Pb ID-TIMS em zircão) e isótopo (Nd-Pb) dos granitóides paleoproterozóicos do sudeste de Roraima, Brasil

ALMEIDA, Marcelo Esteves 17 November 2006 (has links)
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O objetivo principal deste trabalho é o estudo geoquímico, isotópico e geocronológico dos granitóides desta região, buscando ao mesmo tempo subsidiar a análise petrológica e lito-estratigráfica local e contribuir com as propostas e modelos evolutivos regionais. O DGC é apenas localmente abordado na sua porção limítrofe com o DUA, tendo sido apresentados novos dados geológicos das rochas ortognáissicas e duas idades de zircão (evaporação de Pb) de biotita granodiorito milonítico (1,89 Ga) e de hastingsita-biotita granito foliado (1,72 Ga). Essas idades contrastam com as idades obtidas para os protólitos de outras áreas do DGC (1,96-1,93 Ga), sugerindo a existência de cenários litoestratigráficos distintos dentro do mesmo domínio. Mapeamento geológico regional, petrografia, geoquímica, e geocronologia por evaporação de Pb e U-Pb ID-TIMS em zircão efetuadas nas rochas do DUA apontam para a existência de um amplo magmatismo granítico paleoproterozóico cálcio-alcalino. Estes granitóides estão distribuídos em diversas associações magmáticas com diferentes intervalos de idade – entre 1,97 e 1,89 Ga - estruturas e afinidades geoquímicas, individualizados em dois subdomínios no DUA, denominados de norte e sul. No setor norte dominam granitos tipo-S (Serra Dourada) e tipo-I cálcio-alcalino com alto- K (Martins Pereira) mais antigos (1,97-1,96 Ga), ambos intrusivos em inliers do embasamento composto por associação do tipo TTG e seqüências meta-vulcanossedimentares de médio a alto grau (>2,03 Ga). No setor sul, xenólitos do Granito Martins Pereira e enclaves ricos em biotita são encontrados no Granito Igarapé Azul (1,89 Ga), que é caracterizado por seu quimismo cálcioalcalino de alto-K, restrito a termos monzograníticos ricos em SiO2. O Granito Caroebe (1,90- 1,89 Ga) também apresenta quimismo cálcio-alcalino de alto-K, mas possui composição mais expandida e ocorre associado a rochas vulcânicas co-genéticas (1,89 Ga, vulcânicas Jatapu) e a charnoquitóides (1,89 Ga, p.ex. Enderbito Santa Maria). As características petrográficas similares, aliada à idade obtida em amostra do Granito Água Branca em sua área-tipo (1,90 Ga) permite incluí-los numa mesma suíte (Suíte Água Branca). O setor sul é caracterizado apenas por discretas e localizadas zonas de cisalhamento dúctil-rúptil dextrais com direção NE-SW. Duas gerações de granitos tipo-A (Moderna, 1,81 Ga; Mapuera. 1,87 Ga) cortam o DUA, embora sejam mais freqüentes no setor sul. Além disso, foram identificados três tipos diferentes de metalotectos nesta região: a) mineralização de ouro hospedada em granitóides Martins Pereira- Serra Dourada (setor norte), b) columbita-tantalita aluvionar assentada em região dominada por granitóides Igarapé Azul (setor sul), e c) ametista associada a pegmatitos hospedados em granitos do tipo Moderna. Os dados isotópicos dos sistemas do Nd (rocha total) e do Pb (feldspato) sugerem que todos os granitóides do DUA analisados são produtos de fontes crustais mais antigas, sejam elas de natureza mais siálica (de idade sideriana-arqueana) e/ou juvenil (de idade transamazônica), afastando a possibilidade de participação de magmas mantélicos na sua geração. Embora o mecanismo de subducção tenha sido dominante no estágio inicial da evolução do setor norte do DUA, o magmatismo pós-colisional do setor sul teve significante participação na adição de material crustal. É possível que após o fechamento do oceano do sistema de arco Anauá (2,03 Ga) e após a orogenia colisional (1,97-1,94 Ga?), líquidos basálticos tenham sido aprisionados na base da crosta (mecanismo de underplating). Estes líquidos basálticos puderam então interagir com a crosta inferior, fundi-la e gerar, subseqüentemente em ambiente pós-colisional, imenso volume de granitos e vulcânicas observados entre 1,90 e 1,87 Ga. Quadro similar é identificado no domínio Tapajós (DT), sugerindo que ambos domínios (DUA e DT) fazem parte de uma mesma província (Ventuari-Tapajós ou Tapajós-Parima). Apesar dessas semelhanças, o estágio colisional parece não ter sido tão efetivo no DT, como atestam os escassos indícios de granitos tipo-S e de rochas de alto grau metamórfico. / This study focuses the granitoids of center-southern portion of Guyana Shield, southeastern Roraima, Brazil. The region is characterized by two tectono-stratigraphic domains, named as Central Guyana (GCD) and Uatumã-Anauá (UAD) and located probably in the limits of geochronological provinces (e.g. Ventuari-Tapajós or Tapajós-Parima, Central Amazonian and Maroni-Itacaiúnas or Transamazon). The aim this doctoral thesis is to provide new petrological and lithostratigraphical constraints on the granitoids and contribute to a better understanding of the origin and geodynamic evolution of Guyana Shield. The GCD is only locally studied near to the UAD boundary, and new geological data and two single zircon Pb-evaporation ages in mylonitic biotite granodiorite (1.89 Ga) and foliated hastingsite-biotite granite (1.72 Ga) are presented. These ages of the protholiths contrast with the lithostratigraphic picture in the other areas of CGD (1.96-1.93 Ga). Regional mapping, petrography, geochemistry and zircon geochronology carried out in the UAD have showed widespread paleoproterozoic calc-alkaline granitic magmatism. These granitoids are distributed into several magmatic associations with different paleoproterozoic (1.97-1.89 Ga) ages, structural and geochemical affinities. Detailed mapping, petrographic and geochronological studies have distinguished two main subdomains in UAD. In the northern UAD, the high-K calc-alkaline Martins Pereira (1.97 Ga) and Serra Dourada S-type granites (1.96 Ga) are affected by NE-SW and E-W ductile dextral shear-zones, showing coexistence of magmatic and deformational fabrics related to heterogeneous deformation. Inliers of basement (2.03 Ga) crop out to northeastern part of this area, and are formed by metavolcano-sedimentary sequence (Cauarane Group) and TTG-like calc-alkaline association (Anauá Complex). Xenoliths of meta-diorites (Anauá Complex) and paragneisses (Cauarane Group) reinforce the intrusive character of Martins Pereira Granite. On the other hand, xenoliths of Martins Pereira and biotitebearing enclaves are founded in the younger, undeformed, and SiO2-rich Igarapé Azul Granite (1.89 Ga). This last and the high-K calc-alkaline Caroebe Granite (1.90-1.89 Ga, Água Branca Suite), including coeval volcanic rocks (1.89 Ga, Jatapu volcanics) and charnockitoids (1.89 Ga, e.g. Santa Maria Enderbite), crop out in the southern UAD. This subdomain is characterized only by local and slight NE-SW ductile-brittle dextral shear zones. A-type granites such as Moderna (ca. 1.81 Ga) and Mapuera (ca. 1.87 Ga) granites, cross cut both areas of UAD. Furthermore, the geological mapping also identified three main types of metalotects in this region. Gold mineralization is observed in Martins Pereira-Serra Dourada granitoids (northern UAD), alluvial columbite-tantalite is related to Igarapé Azul granitoids (southern UAD), and amethyst is associated to pegmatites from Moderna A-type granites. The Nd-Pb isotope data suggest that all granitoids of UAD are generated by reworking of older and pre-existence crustal sources (sialic Rhyacian-Archean and/or juvenile Transamazonian origin) and mantle input is not problably a viable model. Although the dominant process may be one subduction in the early stage of NUAD evolution, post-colisional magmatism may be a significant process in the production of new continental crust in the southern UAD. It is possible that, following oceanic closure in the Anauá arc system (2.03 Ga) and subsequent collisional orogeny (1.97-1.94 Ga?), underplated mantle melts (basalt liquids) were trapped below preexisting lower crustal rocks of various compositions (e.g. granulites, metatonalites, amphibolites). The basalt liquids and subsequently melted lower crust could produced the immense volumes of granite (and volcanics) observed at 1.90-1.87 Ga. This geological picture is similar to the Tapajós Domain (TD) in the southern Amazonian Craton and suggest that both belongs to the same province (Ventuari-Tapajós or Tapajós-Parima). Nevertheless, the scarcity of S-type granites and high-grade metamorphic rocks show that the collisional stage is not so evident in TD.
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Petrologia, caracterização geológica, geoquímica e geocronológica do magmatismo pré, sin e pós-colisional presente no Complexo Metamórfico Brusque nas regiões de Itapema e Botuverá, Santa Catarina, Brasil

Campos, Roberto Sacks de January 2011 (has links)
Este trabalho objetiva a caracterização petrológica, geoquímica, geocronológica e metamórfica das rochas ortoderivadas pertencentes ao Complexo Metamórfico Brusque em duas regiões: Itapema e Botuverá, Santa Catarina, Brasil. Dos litotipos, destacam-se as exposições de rochas metamáficas e metaultramáficas, ocorrentes em ambas regiões. Em Itapema também foram investigados corpos de leucogranitos peraluminosos e na região da cidade de Botuverá foram investigados diques de diabásio e lamprófiro espessartítico. A análise das condições de geração e das fontes dos eventos magmáticos responsáveis pela geração destas rochas foi fundamental para a caracterização e avaliação do significado tectônico destas unidades no CMB, que foram posicionadas durante os períodos pré, sin e pós colisionais de evolução deste. A foliação regional do complexo é representada por uma S2 de baixo ângulo na região de Itapema e por uma superfície de mais alto ângulo na região de Botuverá, basculada por atuação da fase D3. Dados de geotermometria Hb-Pl indicam que a foliação principal dos xistos máficos foi gerada em condições da transição entre as fácies xistos verdes e anfibolito inferior. O magmatismo pré-orogênico do Complexo Metamórfico Brusque é constituído por lentes de rochas máficas-ultramáficas, produtos do metamorfismo de basaltos, gabros, rochas cumuláticas relacionadas e sedimentos vulcanogênicos. Estas rochas possuem afinidade toleítica e um elevado teor de ETR leves e elementos LILE. A análise de razões de elementos incompatíveis, a disposição dos corpos ígneos intercalados aos metassedimentos e a ausência de crosta oceânica sugerem que foram posicionados em ambiente tipo intra-placa continental, síncronos a sedimentação da bacia. Os valores iniciais de εNd entre -2.96 e 5.05 das rochas metavulcânicas de Itapema e entre -0.14 e -6.97 das rochas de Botuverá indicam a participação de crosta paleoproterozóica na gênese destes magmas. Os valores em geral elevados de 87Sr/86Sr justificam o envolvimento da crosta continental, e os valores mais altos encontrados em Botuverá, destacam o maior envolvimento deste componente na região. O magmatismo sin tectônico está representado por corpos de leucogranitos peraluminosos que mostram posicionamento concordante com a foliação S2. Os parâmetros composicionais destas rochas caracterizados pelas baixas razões K2O/Na2O, CaO/Na2O e LaN/YbN, os baixos teores de Rb, Sr, Zr, Y, Yb e Lu, são consistentes com uma evolução associada com magmas gerados a partir da fusão parcial de rochas crustais de composição pelíticas ricas em quartzo, com participação restrita de processos de diferenciação. Na região de Botuverá a ocorrência de diques de lamprófiros e diabásios que cortam as unidades metamórficas indica que seu posicionamento é pós-colisional. Geoquimicamente possuem afinidade entre as séries toleítica e shonshonítica. O padrão de distribuição dos elementos traços e as razões Th/Yb e Ta/Yb indicam que a extração dos diabásios ocorreu a partir de uma fonte mantélica enriquecida, com presença de rutilo e granada no resíduo e fortemente contaminada por crosta. Estas características são semelhantes às encontradas em rochas vulcânicas básicas pós-colisionais no sul do Brasil. Os dispersos valores de єNd(618) para os termos básicos, variando entre -13.74 e +5.52 destacam a heterogeneidade da fonte e reforçam a importância do componente crustal na geração destas rochas. Foi obtida uma idade concordante de 618 ±8.7 Ma (LA-ICP-MS) pelo método U-Pb em zircão, balizando a idade dos primeiros processos magmáticos pós-colisionais da orogênese brasiliana para a região de Botuverá. / This work objective the characterization of the petrology, geochemistry, geochronology and metamorphism of ortoderivate rocks that belong to Brusque Metamorphic Complex BMC) in two regions: Itapema and Botuverá, Santa Catarina, Brazil. Within these, good expositions of mafic and metaultramafic rocks occur in both regions. In Itapema, bodies of peraluminous leucogranites were also investigated. Around Botuverá were investigated diabase dikes and lamprophyres. The analysis of the conditions of generation and sources of magmatic events responsible for the development of these rocks was essential for the characterization and assessment of the significance of these tectonic units in the BMC, and it were placed during the pre-, syn-and post-collisional period of it’s evolution. The regional foliation of the complex is represented by a low angle S2 surface in Itapema region and a higher angle foliation in the region of Botuverá, folded by actuation of the D3 event. Petrography and Hb-Pl geothermometry data indicate that the main foliation of the mafic schists was generated in conditions between the transition of greenschist and lower amphibolite facies. The pre-orogenic magmatism of the Brusque Metamorphic Complex consists of lenses of mafic-ultramafic, products from the metamorphism of basalts, gabbros, related cumulate rocks and volcanogenic sediments. These rocks have a tholeiitic affinity and high contents of LREE and LILE elements. The analysis of incompatible elements ratios, the position of igneous bodies intercalated with the metasediments and the absence of oceanic crust suggest that the basalts were placed in an intra-continental plate environment, synchronous with sedimentation of the basin. The initial εNd values between -2.96 and 5.05 for the metavolcanics of Itapema and between -0.14 and -6.97 for the rocks of Botuverá indicate the involvement of Paleoproterozoic crust on the genesis of these magmas. The generally high 87Sr/86Sr values justify the involvement of crust, and the highest values found in Botuverá, highlight the greater involvement of this component in the region. Syn tectonic magmatism is represented by bodies of peraluminous leucogranite showing emplacement concordant to S2 foliation. Compositional parameters of these rocks characterized by low ratios K2O/Na2O, CaO/Na2O and LaN / YbN, low levels of Rb, Sr, Zr, Y, Yb and Lu, are consistent with magmas generated from partial melting of pelitic rocks, with limited participation of differentiation processes. In the region of Botuverá the occurrence of diabase dykes and lamprophyres cutting the regional metamorphic units indicates that its position is post-collisional. Geochemically show affinity between the tholeiitic and shonshonitic series. The distribution pattern of trace elements and the Th/Yb for Ta/Yb ratios indicate that extraction of diabase occur from an enriched mantle source, with the presence of rutile and garnet in the residue and heavily contaminated by crust. These characteristics are similar to those found in rocks post-collisional basaltic volcanic in south Brazil. The scattered values of єNd (618) in basic terms, ranging between -13.74 and +5.52 highlight the heterogeneity of mantle supply and reinforce the importance of crustal component in the generation of these rocks. A concordant age of 618 ± 8.7 Ma by U-Pb (LA-ICP-MS) zircon method were obtained, marking a early magmatic processes of post-collisional Brasiliano orogeny in the region of Botuverá.

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