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Ação da pentoxifilina na hemodinâmica regional, sistêmica e efeito hepatoprotetor em animais submetidos à manobra de Pringle / Hemodynamic and hepatoprotective effects of pentoxifylline in animals subjected to Pringle\'s Maneuver

Edson Augusto Ribeiro 19 June 2006 (has links)
A Manobra de Pringle é tempo cirúrgico fundamental, e de uso rotineiro em cirurgia hepática, tanto no trauma, como nas ressecções eletivas e nos transplantes. Têm como principal objetivo minimizar o sangramento intraoperatório, não obstante, leve, invariavelmente, à isquemia hepática transitória, à congestão vascular, e à isquemia do território esplâncnico, promovendo distúrbios hemodinâmicos indesejáveis. Algumas drogas têm sido testadas no sentido de minimizar a lesão de isquemia e reperfusão induzida pela Manobra de Pringle. A pentoxifilina tem demonstrado efeitos benéficos contra a lesão de isquemia e reperfusão no fígado. Atua, principalmente, na microcirculação, e também tem ação imunomoduladora. Assim, os objetivos dessa pesquisa foram: comparar os efeitos do uso da pentoxifilina por via portal ou periférica sobre a hemodinâmica regional e sistêmica, bem como a eventual ação hepatoprotetora na lesão de isquemia e reperfusão induzida pela manobra de Pringle. Vinte e quatro cães adultos, machos, e sem raça definida, foram anestesiados com sevoflurano e submetidos à ventilação mecânica. Para adequada descompressão do território esplâncnico, e com o objetivo de conseguir uma isquemia hepática isolada e prolongada, utilizamos derivação venosa extra-corpórea esplenofemural com bomba ativa tipo rolete. A veia pancreatoduodenal foi canulada e posicionado cateter na veia porta para perfusão normotérmica do fígado, utilizando-se bomba de infusão contínua. As variáveis hemodinâmicas foram obtidas através de cateteres posicionados na veia porta, artéria femoral direita, e cateter de Swan-Ganz na artéria pulmonar. As avaliações de perfusão esplâncnica foram realizadas com fluxômetro ultra-sônico na artéria hepática e na veia porta e tonometria a gás. Após 45 minutos de isquemia hepática, obtida pelo clampeamento do pedículo hepático, o fluxo hepático foi restabelecido e os animais observados por mais 120 minutos. Os animais foram divididos em três grupos experimentais: controle (n=8), perfusão do fígado com 500 mL de soro fisiológico a 0,9% durante os 45 minutos de isquemia; grupo pentoxifilina intra-hepático n=8, perfusão hepática com solução de pentoxifilina 50mg/Kg diluída em 500 mL de soro fisiológico a 0,9%; e grupo pentoxifilina sistêmica n=8 perfusão hepática com 500mL de soro fisiológico 0,9% e pentoxifilina 50mg/Kg via sistêmica administrada por veia periférica dissecada no membro superior esquerdo. Foram analisadas variáveis hemodinâmicas sistêmicas e esplâncnicas, gasométricas, tonometria gástrica, metabolismo de oxigênio, enzimas hepáticas e estudo histológico. O grupo pentoxifilina sistêmica apresentou melhora significativa do débito e índice cardíaco aos 60 minutos de reperfusão, em relação ao grupo controle. O fluxo venoso portal e o índice de fluxo de veia porta apresentaram melhora significativa no grupo pentoxifilina sistêmica, em relação ao grupo controle, após 45 minutos de reperfusão, permanecendo assim até o final do experimento. O grupo pentoxifilina intra-hepático também demonstrou melhora do fluxo venoso portal, porém sem alcançar significância estatística. Nos grupos tratados com pentoxifilina, os níveis séricos das enzimas hepáticas (TGO, TGP e LDH) também foram menores do que no grupo controle, ficando próximo à significância estatística. Assim, nas condições da presente pesquisa, pode-se concluir que a administração de pentoxifilina determinou melhora do fluxo venoso portal, quer pela via sistêmica, quer pela via portal. A administração da pentoxifilina pela via sistêmica promoveu melhora estatisticamente significante do fluxo venoso portal, do débito e do índice cardíaco, em relação ao grupo controle. Finalmente, a administração da pentoxifilina na vigência da manobra de Pringle sugere efeito hepatoprotetor / Portal triad occlusion (Pringle maneuver) is currently used during most hepatic resections for trauma or malignancies in order to decrease intraoperative bleeding. However this maneuver is associated with hepatic ischemia and splanchnic congestion. In this setting, many drugs have been tested to decrease the ischemia-reperfusion injury induced by this maneuver. Pentoxifylline, a methylxanthine derivative, has been shown to have beneficial effects on intestinal microvascular blood flow as well as hepatic blood flow during shock and resuscitation. The beneficial effects of pentoxifylline can be associated to the inhibition of inflammatory cytokines, such as TNF- a and IL-6. Our objective was evaluated the potential systemic and regional benefits of intraportal or systemic infusion of pentoxifylline during an experimental model of normothermic hepatic ischemia. Twenty four dogs were evaluated in this study. They were anesthetized with sevofluorane and subjected to mechanical ventilation. During hepatic ischemia period we used an active spleno-femoral. A catheter placed, trough the pancreatoduodenal vein, was used to perform hepatic perfusion. Systemic hemodynamics were evaluated through a Swan-Ganz and arterial catheters. Gastric mucosal pCO2 (gas tonometry), portal vein and hepatic artery blood flow (ultrasonic flowprobes), systemic and regional O2-derived variables, as well as liver enzymes (ALT, AST, DHL) were evaluated throughout the protocol. The animals were subjected to 45 minutes of ischemia. Previously to the Pringle maneuver the animals were randomized in three experimental groups: control (n=8), hepatic perfusion with 500 ml of saline solution; intraportal pentoxifylline (n=8) hepatic perfusion with saline solution + 50 mg/Kg of pentoxifylline; and systemic pentoxifylline (n=8) hepatic perfusion with 500 ml of saline solution and intravenous infusion of 50 mg/Kg of pentoxifylline (brachial vein). After hepatic ischemia period the animals were followed for an additional 120 minutes. Systemic infusion of pentoxifylline improved significantly cardiac output, as well as portal vein blood flow when compared with control group. Intraportal infusion of pentoxifylline presented a partial increase of portal vein blood flow. In both groups treated with pentoxifylline, there was a significant decrease in markers of hepatic cell injury during the reperfusion period when compared with control group. We conclude that systemic or intraportal infusion of pentoxyfilline improves portal vein blood flow, after 45 minutes of hepatic ischemia. Systemic infusion of pentoxifylline promotes a significant improvement in cardiac output when compared with control group. Our findings suggested that regional or systemic infusion of pentoxifylline minimize the deleterious effects of Pringle\'s maneuver
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Comparação do limiar anaeróbio e da carga crítica com relação aos parâmetros cardiorrespiratórios, metabólicos e eletromiográficos no exercício resistido de Leg Press 45° em jovens e idosos / Comparison of anaerobic threshold and critical load in relation to cardiorespiratory, metabolic and EMG parameters, in resistance exercise Leg Press 45º in young and elderly

Vivian Maria Arakelian 31 March 2015 (has links)
A crescente demanda pelo treinamento resistido tem incentivado a procura de metodologias para a prescrição deste tipo de exercício. Por isso, há uma busca incessante para se prescrever corretamente qual parâmetro e/ou intensidade seja a ideal para a execução do exercício resistido. Dessa forma protocolos incrementais podem ser interessantes, uma vez que podem determinar a magnitude das respostas fisiológicas (principalmente lactato e consumo de oxigênio) em diferentes domínios (leve, moderado e alto), pois através deles é possível identificar parâmetros de aptidão aeróbia e anaeróbia, como o limiar de lactato, limiar anaeróbio e carga crítica. No entanto, poucos estudos têm analisado de forma sistematizada diferentes intensidades de exercício resistido com o objetivo de determinar a magnitude das respostas cardiorrespiratórias, metabólicas e eletromiográficas para então propor estratégias reabilitadoras a indivíduos idosos baseada nestas respostas. Dessa forma, o objetivo principal desse estudo foi comparar as intensidades determinadas como limiar anaeróbio e carga crítica, em relação aos parâmetros de frequência cardíaca, ventilação, consumo de oxigênio, lactato, débito cardíaco, volume sistólico, além da análise eletromiográfica, entre jovens e idosos. Participaram deste estudo 35 homens ativos, sendo 20 jovens (média de idade de 23 ± 3 anos) e 15 idosos (média de idade de 70 ± 2,4 anos), aparentemente saudáveis. Todos os voluntários realizaram, de forma aleatória e em dias diferentes a: 1) teste de 1 RM em exercício resistido no Leg Press 45°; 2) teste de exercício físico resistido dinâmico crescente descontínuo; 3) três testes de exercícios resistidos de alta intensidade de carga constante (60%, 75% e 90% de 1 RM) até a fadiga e, após estes testes realizaram:, 4) teste de tolerabilidade no limiar anaeróbio, obtido através do teste crescente e, 5) teste de tolerabilidade da carga crítica obtida, pela regressão linear e relação hiperbólica entre carga e tempo de execução. Com relação ao limiar anaeróbio, obtido no teste incremental, foi possível determinar que este ocorreu em torno de 30% 1 RM e a carga crítica foi aproximadamente 52% 1 RM, para ambos os grupos. Com relação aos parâmetros estudados nas intensidades de exercício executadas, o envelhecimento mostrou ser determinante para uma redução nos valores relativos à capacidade aeróbia bem como na frequência cardíaca. Já com relação especificamente as intensidades do limiar anaeróbio e carga crítica, em ambos os grupos a ventilação, foi maior e consumo de oxigênio foi menor na intensidade da carga crítica. Já para as respostas de lactato, nós observamos menores valores para o grupo idoso, tanto para o limiar como na carga crítica. O débito cardíaco apresentou diferença apenas entre os grupos e não entre as intensidades, sendo que devido ao envelhecimento, houve redução dos valores. Já para a EMG, houve maiores quedas do slope da FM para idosos quando comparado aos jovens em 30%, e além disso, na intensidade de 30% acarretou em menor queda que em 52%. Ao comparar ao longo do tempo a FM e o RMS, o comportamento destes foi semelhantes nas duas intensidades, ou seja, de queda e aumento, respectivamente, o que é indicativo de maior fadigabilidade ao final do exercício. Além disso, a taxa de queda foi maior no grupo idoso, sendo que esse parâmetro é um indicador de maior fadiga muscular para este grupo. Entretanto, o comportamento do RMS ao final das duas intensidades foi menor nos idosos. Dessa forma, nossos resultados podem ter aplicações como uma forma de avaliar o desempenho funcional durante exercícios resistidos em diferentes populações e também pode ter utilidade na prescrição de um programa de treinamento dependo do objetivo a ser alcançado, elucidando a importância prática da aplicação de exercícios de resistência dinâmica. / The increasing demand for resistance training has motivated the search methodologies for prescribing this type of exercise. Therefore, there is a constant search to correctly prescribe which parameter and/or intensity is ideal for the implementation of resistance exercise. Thus incremental protocols may be interesting, since they can determine the magnitude of physiological responses (mainly lactate and oxygen consumption) in different domains (mild, moderate and high), because it is possible through them to identify parameters of aerobic and anaerobic fitness as the lactate threshold, anaerobic threshold and critical load. However, few studies have examined systematically different resistance exercise intensities form in order to determine the magnitude of the cardiorespiratory, metabolic and electromyographic responses and then propose the elderly rehabilitation strategies based on these answers. Thus, the aim of this study was to compare the intensities determined as anaerobic threshold and critical load, with respect to heart rate parameters, ventilation, oxygen consumption, lactate, cardiac output, stroke volume, besides the electromyographic analysis, between young and senior citizens. The study included 35 active men, 20 young (mean age 23 ± 3 years) and 15 older adults (mean age 70 ± 2.4 years), apparently healthy. All volunteers pertormed randomly on different days to: 1) 1 RM test in resistance exercise in Leg Press 45º; 2) dynamic resistance exercise test growing discontinuous; 3) three tests of resistance exercise high intensity constant load (60%, 75% and 90% of 1 RM) to failure and after these tests, performed 4) tolerance test at the anaerobic threshold, obtained by increasing test, 5) tolerability test critical load obtained by linear regression and hyperbolic relationship between load and runtime. Regarding the anaerobic threshold obtained in the incremental test, was determined that this occurred around 30% 1 RM and the critical load was approximately 52% 1 RM for both groups. As for the parameters studied in the exercise intensities performed, aging proved to be decisive for a reduction in the relative values of aerobic capacity and heart rate. In relation specifically the intensities of the anaerobic threshold and critical load in both grups, ventilation was higher and oxygen consumption was lower in the intensity of the critical load. As for the lactate responses, we observed lower values for the elderly group, both the threshold and the critical load. Cardiac output was difference only between groups and not between the intensities, and due to aging, decreased the values. As for EMG, was greater MF of the slope falls to elderly compared to 30% in young, and furthermore, intensity of 30% fall which resulted in less by 52%. Comparing over time RMS and MF, was similar in behavior of the two intensities, ie, increase and decrease, respectively, which is indicative of greater fatigue at the end of exercise. Furthermore, the decrease rate was higher in the elderly group, and this parameter is an indicator of increased muscle fatigue for this group. However, RMS behavior at the end of the two intensities were lower in the elderly. Thus, our results may have applications as a way to evaluate the functional performance during resistance training in different populations and can also be useful in prescribing a training program depend on the objective to be achieved, explaining the practical importance of the application of resistance exercise dynamics.
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"Avaliação da distensibilidade da artéria pulmonar através da ressonância magnética e sua relação com a resposta ao teste agudo com vasodilatador em pacientes com hipertensão arterial pulmonar" / Pulmonary artery distensibility assessed by magnetic resonance and its relation to acute vasodilator test response in pulmonary arterial hypertension patients

Jardim, Carlos Viana Poyares 21 July 2005 (has links)
A hipertensão arterial pulmonar idiopática é uma doença que acomete os vasos arteriais pulmonares, determinando o aumento da resistência vascular pulmonar levando à deterioração hemodinâmica. Avaliamos se a distensibilidade da artéria pulmonar avaliada pela ressonância magnética se correlaciona à resposta ao teste agudo com vasodilatador em pacientes com hipertensão pulmonar. Houve diferença significativa de distensibilidade da artéria pulmonar em pacientes respondedores e não-respondedores. Após a análise dos dados por uma curva ROC, a distensibilidade de 10% distinguiu a população de respondedores de não-respondedores com 100% de sensibilidade e 56% de especificidade / Pulmonary arterial hypertension is characterized by an increase in pulmonary vascular resistance, eventually leading to hemodynamic failure. We assessed whether pulmonary artery distensibility (evaluated by magnetic resonance) correlated with acute vasodilator test response. A statistically significant difference was found in terms of pulmonary artery distensibility in responders and non-responders. A ROC curve showed that 10% distensibility could discriminate responders from non-responders with 100%sensitivity and 56% specificity
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Estudo do comportamento hemodinâmico, da troca gasosa, da mecânica respiratória e da análise do muco brônquico na aplicação de técnicas de remoção de secreção brônquica em pacientes sob ventilação mecânica / Airway clearance techniques in patients submitted to mechanical ventilation: A hemodynamic, gas exchange, respiratory mechanics and bronquial sputum study

Rodrigues, Marcus Vinicius Herbst 11 December 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A aspiração traqueal (ASP) é um procedimento de rotina em pacientes sob ventilação mecânica, porém em algumas situações pode não ser eficiente. Como adjuvante usa-se a técnica \"Bag-Squeezing\" (BS) que consiste na hiperinflação manual associada à compressão torácica manual expiratória seguida ASP. Embora efetiva esta técnica pode apresentar algumas limitações como a desconexão do ventilador mecânico, além do controle precário do pico de pressão inspiratória (PPI) e pico de fluxo inspiratório (PFI). Como opção, podemos substituir o ressuscitador manual pelo próprio ventilador mecânico, alterando seus parâmetros e evitando assim a desconexão. Propusemos padronizar esta técnica e denominá-la PEEP-ZEEP (PZ); realizando-se a inflação dos pulmões aumentando a PEEP em 10 cmH2O, por 5 ciclos respiratórios, seguido de rápida descompressão pulmonar pela redução abrupta da PEEP até 0 cmH20, simultâneo à compressão torácica manual. OBJETIVOS: Avaliar o comportamento hemodinâmico, da troca gasosa e da mecânica respiratória, na aplicação das técnicas ASP, BS e PZ e seus efeitos na remoção de secreções brônquicas em pacientes ventilados mecanicamente. MÉTODO: 1ª etapa - \"Pacientes sem secreção brônquica\" estudamos prospectivamente 45 pacientes, divididos aleatoriamente em 3 grupos iguais, avaliamos os efeitos da aplicação das técnicas ASP, BS e PZ nos parâmetros hemodinâmicos, na troca gasosa e na mecânica pulmonar antes, imediatamente após, do 1o ao 10o e 30o min. subseqüentemente à aplicação das técnicas. Na 2ª etapa - \"Pacientes com hipersecreção brônquica\" foram estudados prospectivamente 15 pacientes ventilados mecanicamente, que apresentavam hipersecreção brônquica submetidos às técnicas ASP, BS e PZ aleatoriamente em intervalos de 2 horas, avaliamos as mesmas variáveis da 1a etapa porém acompanhamos os pacientes até 120 min. após cada intervenção. Avaliamos também o peso úmido da secreção brônquica, bem como sua reologia. RESULTADOS: 1ª etapa - Semelhantes quanto aos dados antropométricos e tempos de CEC, nossos pacientes apresentavam 59±10anos, IMC 26±3,2 kg/m2 e tempo médio de CEC de 91±19min. Houve elevação da FC somente após aplicação de BS (98±8; 106±10). PAM e SpO2 não se alteraram, observamos elevação na ETCO2 (36±6; 37±6 e 37±7; 39±8) nas técnicas BS e PZ respectivamente. Não verificamos alteração na mecânica respiratória até 30 min. após aplicação das técnicas. Durante a execução das técnicas BS e PZ respectivamente observamos elevação significante do PPI (63±17 vs 17±3), PPLATÔ (22±5 vs 26±3), PFI (154±27 vs 20±5) e PFE (86±20 vs 64±10). 2ª etapa - Nossos pacientes apresentavam 66±14anos, IMC 24±3,2 kg/m2 e tempo médio de CEC de 113±54min. A FC e a SpO2 não se alteraram, porém houve elevação significante da PAM imediatamente após a aplicação de ASP, BS e PZ (85±12 vs 101±16, 90±12 vs 100±14, 84±10 vs 97±11). Na PZ houve diminuição na ETCO2 (36±6 vs 35±7). Não observamos alteração na mecânica respiratória até 120 min. após aplicação das técnicas. Durante a execução das técnicas BS e PZ respectivamente observamos elevação significante do PPI (45±22 vs 27±3) e PFI (91±21 vs 44±17), porém a PPLATÔ (27±15 vs 26±3) e o PFE (71±20 vs 64±13) foram semelhantes entre elas. Não encontramos diferença significante no peso úmido do muco ASP(0,91±1), BS(1,09±1) e PZ(0,53±0,5), nem na análise do deslocamento e da viscoelasticidade. CONCLUSÕES: As técnicas não alteraram significantemente o comportamento hemodinâmico, de troca gasosa e de mecânica respiratória. BS e PZ foram capazes de aumentar o PFE, porém a nova proposta PZ permite maior controle das variáveis de mecânica respiratória, possibilitando monitoramento das pressões e fluxos impostos ao sistema respiratório. Todas as técnicas foram capazes de remover secreções brônquicas de forma semelhante. / INTRODUCTION: Tracheal suction (TS) is a routine procedure in patients submitted to mechanical ventilation. In association, the bag-squeezing (BS) technique is described as a manual hyperinflation associated to a manually assisted coughing followed by TS. This technique might present few limitations as its mechanical ventilator disconnection and poor control of variables such as peak inspiratory pressure (PIP) and peak inspiratory flow (PIF). We might substitute the manual ressuscitator by the mechanical ventilator itself altering its parameters and avoiding its disconnection. We proposed to standardize this technique and named it PEEP-ZEEP (PZ); inflate the lungs increasing the PEEP in 10 cmH20, trough 5 respiratory cycles, followed by an abrupt pulmonary decompression bringing the PEEP to 0 cmH20, associated to the manually assisted coughing. OBJECTIVES: Assess the hemodynamic, gas exchange and respiratory mechanics variables during the use of TS, BS and PZ techniques and assess their effects in the removal of bronchial secretions in mechanically ventilated patients. METHODS: First step - \"Patients without bronchial secretions\" - We assessed 45 patients prospectively, divided randomically into three groups, evaluating the effects of TS, BS and PZ techniques in the haemodynamics, gas exchange and respiratory mechanics variables before, immediately after, in the 10th and 30th minute after the technique. Second step - \"Patients with bronchial secretions\" - We assessed 15 mechanically ventilated patients submitted to the TS, BS and PZ techniques within 2 hours, evaluating the same variables of the first step. However we followed-up the patients until 120 minutes in each technique. We also assessed the humid weight of the bronchial secretions as well as the mucus reology. RESULTS: Results were similar when related to antropometric data and ECC period. First step - There was a raise in the HR after the BS procedure (98±8; 106±10), MAP and SpO2 did not altered. Raise in ETCO2 (36±6; 37±6 and 37±7; 39±8) in the BS e PZ techniques respectively, without alteration in the respiratory mechanics until 30 minutes after the techniques. During the BS e PZ techniques, we observed a significant increase in PIP (63±17 vs 17±3), PPLATEU (22±5 vs 26±3), PIF (154±27 vs 20±5) and PEF (86±20 vs 64±10). Second step - HR and SpO2 did not altered, there was a significant increase in MAP immediately after the TS, BS and PZ techniques (85±12 vs 101±16, 90±12 vs 100±14, 84±10 vs 97±11). The PZ technique had lower ETCO2 (36±6 vs 35±7). We did not observed any respiratory mechanics alteration until 120 minutes after the techniques. During the BS e PZ techniques, respectively, we observed an increase in the PIP (45±22 vs 27±3) and PIF (91±21 vs 44±17), however the PPLATEU (27±15 vs 26±3) and PEF (71±20 vs 64±13) were similar. The PZ technique (0,54±0,5) remove less humid weight mucus when compared to TS (0,91±1) and BS (1,09±1), but the analysis by simulated cough machine PZ (25?11) was better then TS(33?13). CONCLUSION: All techniques remove bronchial secretions and did not altered the hemodynamic, gas exchange and respiratory mechanics significantly. BS and PZ were able to enhance the PEF, however the new proposition of the PZ technique allows a better control of the respiratory mechanics variables.
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Ensaio clínico randomizado e cruzado entre a piezocirurgia e a técnica convencional rotatória para a exodontia de terceiros molares inferiores / Randomized crossover clinical trial between piezocirurgia and conventional technique for inferior third molar extraction

Frare, João Gilberto 07 November 2018 (has links)
A exodontia de terceiros molares inclusos produz um grau significativo de traumatismo para os tecidos moles e estruturas ósseas da cavidade oral, consequentemente resultando em uma reação inflamatória. Esta reação gera diversos sinais e sintomas clínicos pós operatórios como: dor, edema e limitação de abertura bucal que fazem parte da resposta inflamatória reparadora, mas que se exacerbada pode levar a grandes desconfortos. O objetivo do presente estudo foi verificar comparativamente a piezocirurgia e a técnica convencional rotatória quanto a variabilidade dos principais parâmetros clínicos, sistêmicos e locais, no pré, trans e no pós operatório da exodontias de terceiros molares inferiores. Foi realizado um estudo clínico randomizado, cruzado em 20 pacientes saudáveis com necessidade de exodontia de terceiros molares inclusos e/ou impactados bilateralmente de mesma dificuldade cirúrgica. O lado a ser operado foi alocado randomicamente para técnica ultrassônica ou rotatória. Foram analisadas as alterações hemodinâmicas, pressão arterial, frequência cardíaca e saturação de oxigênio pré, trans e pós operatórias. Os desfechos locais foram coletados no dia do procedimento e 24 horas após a cirurgia, nesse contexto foi investigada a máxima abertura bucal em milímetros e o edema facial em pontos anatômicos pré estabelecidos. A análise de dor foi registrada pelo próprio paciente por meio da escala visual analógica em ficha padronizada, assim como a quantidade de analgésicos consumida e os níveis de ansiedade. Os resultados mostraram que o tempo trans operatório pelo uso da piezocirurgia foi maior. Não houve grande variabilidade nos parâmetros hemodinâmicos. A técnica ultrassônica provocou limitação de abertura de boca semelhante à técnica convencional. Gerou menor edema pós operatório em uma das dimensões lineares. Não promoveu níveis menores de dor pós operatória, além disso pode aumentar o grau de ansiedade do paciente. Concluímos que para as osteotomias nas exodontias de terceiros molares inferiores, a piezocirurgia mostrou ser comparável a técnica convencional. O emprego de uma ou outra técnica deve ser uma opção pessoal do cirurgião. / The removal of third molars leads a significant degree of trauma to soft tissues and bone structures of oral cavity, consequently results in an inflammatory reaction. This reaction generates several clinical signs and post-operative symptoms such as: pain, edema and oral aperture limitation that are part of the inflammatory response. If exacerbated, this response can lead to a great discomfort. The aim of this study was to compare, systemic and local parameters variations, between the piezosurgery and the conventional rotational technique for third molar removal. A randomized, crossover clinical trial was carried out in 20 healthy patients with the necessity for bilateral impacted third molars extraction with the same surgical difficulty. The side to be operated was allocated randomly for ultrasonic or conventional rotatory technique. Hemodynamic variations as: blood pressure, heart rate and oxygen saturation were analyzed in different moments. The local outcomes: maximum oral aperture and facial edema were measured on the day of the procedure and 24 hours after the surgery. Post-operative pain scores were recorded by the patient using a visual analogical scale in standardized diary, as well as anxiety levels and the number of painkillers intake. The results showed that the trans-operative period with the use of piezosurgery was higher. There was no great variability at the hemodynamic parameters. The ultrasonic technique caused a mouth-aperture limitation like the conventional technique and it generated minor post-operative edema in one of the linear dimensions. It did not promote minor levels of post-operative pain, moreover it can increase the anxiety level of the patient. We concluded that for osteotomies in the third molar surgery, piezosurgery shows to be equivalent to conventional technique. The employment of one or another technique should be a personal decision of the surgeon.
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Polimorfismos genéticos e desempenho físico em jogadores de futebol das categorias de base do São Paulo Futebol Clube

Dionísio, Thiago José 26 September 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:22:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 6251.pdf: 2137348 bytes, checksum: c2a00dd9baf672490949a036d79336a8 (MD5) Previous issue date: 2014-09-26 / Universidade Federal de Minas Gerais / Literature reports that genetic polymorphisms may determine important modulations on athletes phenotypes, such as height, cardiovascular adaptations, use of energy substrates as well as electrolyte and hormonal balance. It is possible that individuals who express the alpha actinin 3 gene (ACTN3; ancestral homozygous RR or heterozygous RX) may offer advantages in movements that require strength and fast twitch compared with individuals with XX genotype. ACTN3 is a sarcomeric Z line component, which is important for the actin filaments anchorage and myofibrillar arrangement maintenance. Regarding AMP deaminase (AMPD1) polymorphism, it has been reported that athletes with the mutant allele (allele T) may present disadvantages in intense and repetitive physical activities, since the enzyme encoded by this gene is responsible for the ATP resynthesis after intense muscle contractions. Polymorphisms in the angiotensin converting enzyme gene (ACE; deletion allele D) and angiotensinogen (AGT; mutated allele T) may favor athletes in activities requiring strength, due to the fact of higher Angiotensin (Ang) II circulating levels. The present study investigated whether polymorphisms in ACTN3, AMPD1, ACE and AGT genes, alone or in combination, may influence the hemodynamic and cardiac parameters as well as soccer players performance during physical tests such as jump, speed and endurance. Saliva from 220 young professional soccer players (14-20 years) from São Paulo Futebol Clube (Brazil) was collected. Then, total DNA was extracted from saliva and polymerase chain reaction (PCR) was used for genotyping of athletes. To provide more reliability to the study, athletes were also separated according to their age. Before this separation, the athletes with the mutation in the ACTN3 gene jumped lower heights in Squat Jump test (SJ) (RR/RX = 33.64 ± 5.31 vs XX = 30.81 ± 4.51 cm, p = 0.007), as well as in the Under (U)-15 (RR/RX = 34.88 ± 5.39 vs XX = 30.59 ± 4.07 cm, p = 0.04) and U- 17 (RR/RX = 35.82 ± 4.35 vs XX = 30.24 ± 5.16 cm, p = 0.01) categories. In the Counter Movement Jump test (CMJ), RR/RX jumped 37.26 ± 5.72 cm and XX 34.12 ± 4.84 cm (p = 0.005). In the U-17 category, RR/RX jumped 38.56 ± 5.69 cm and XX 32.90 ± 6.06 cm (p = 0.02). In the Counter Movement Jump with arms (CMJb) test, with all athletes, RR/RX jumped 43.85 ± 6.38 cm and XX 40.61 ± 5.06 cm (p = 0.009). The speed test (30 m) showed in the U-17 category that RR/RX were faster than the XX athletes (RR/RX = 4.13 ± 0.13 vs XX = 4.27 ± 0 17 s, p = 0.04). Regarding AMPD1 gene, no significant difference was found in the jumps and endurance tests, but in the speed test (10 m), CC athletes were faster than those with CT/TT genotypes (CC = 1.53 ± 0.19 vs CT/TT = 1.62 ± 0.16 s, p = 0.04). Athletes with DD genotype (ACE) jumped significantly higher in CMJb test compared with ID/II (DD = 44.37 ± 6.22 vs ID/II = 42.35 ± 6.23 cm, p = 0.02). In the U-17 category, DD athletes jumped higher in SJ (DD = 38.04 ± 5.00 vs ID/II = 33.16 ± 4.11 cm, p = 0.01), CMJ (DD = 41.03 ± 5.64 vs ID/II = 35.76 ± 4.26 cm, p = 0.01) and CMJb (DD = 48.62 ± 5.98 vs ID/II = 42.42 ± 4.81 cm, p = 0.007). In the endurance test, athletes from U-16 category with genotypes ID/II, traveled greater distances compared with DD (ID/II = 1.467 ± 63.70 vs DD =1.244 ± 64.25 m, p = 0.04). The DD genotype also favored athletes in speed test (30 m), either for players from U-14 category (DD = 4.29 ± 0.19 vs ID/II = 4.40 ± 0.16 s, p = 0.02) or for the U- 17 category (DD = 4.07 ± 0.15 vs ID/II = 4.20 ± 0.13 s, p = 0.04). AGT gene polymorphism did not influence the performance in the tests, but athletes with the mutant genotype (TT) showed greater left ventricle (LV) hypertrophy (114.6 ± 105.2 g/m2 for TT, 92.16 ± 18.88 g/m2 for MT and 94.78 ± 21.08 g/m2 for MM, p = 0.04) without any change in cardiac and other hemodynamic parameters. Greater LV hypertrophy (DD = 96.95 ± 19.96, ID = 90.14 ± 21.58 and II = 91.67 ± 21.09 g/m2, p = 0.04) and higher ejection fraction (DD = 71.73 ± 7.71, ID = 69.48 ± 6.51 and II = 68.59 ± 5.72 %, p = 0.02) were also found in the athletes with the DD genotype. The analysis of genes combination on athletic performance, when characteristics of strength and muscle fast twitch in the ranking by score were taken into account, showed that athletes with the highest scores (5-8) jumped higher than those with lower scores (1-4) in SJ test (score 5 to 8 = 33.80 ± 5.16 vs score 1 to 4 = 31.60 ± 5.22 cm, p = 0.01) and CMJ test (score 5 to 8 = 43.90 ± 6.85 vs score 1 to 4 = 41.87 ± 5.98 cm, p = 0.04). The present results suggest that RR/RX (ACTN3), DD (ACE) and CC (AMPD1) genotypes may benefit soccer players in activities requiring strength and fast twitch. In addition, ID/II genotypes seem to provide more resistance to athletes in endurance activity. In the future, the organization, standardization and ethical responsibility will be required in the management of these genetic markers for use in athletes training process. / Há relatos na literatura de que os polimorfismos genéticos podem determinar importantes modulações nos fenótipos dos atletas, como por exemplo, estatura, adaptações cardiovasculares, utilização dos substratos energéticos bem como balanço eletrolítico e hormonal. É possível que indivíduos que expressem o gene alfa actinina 3 (ACTN3; genótipos RR para homozigotos ancestrais ou RX para heterozigotos) possam apresentar vantagens em movimentos que exijam força e rápida contração muscular quando comparados aos indivíduos com genótipo XX. Isto pelo fato de a ACTN3 ser um componente da linha Z sarcomérica, o qual é importante para o ancoramento dos miofilamentos de actina e manutenção do arranjo miofibrilar. Com relação ao polimorfismo no gene AMP deaminase (AMPD1), tem sido relatado que os atletas que apresentam o alelo mutado (alelo T) possam apresentar desvantagens em atividades físicas intensas e repetitivas, uma vez que a enzima codificada por este gene é responsável pela ressíntese de ATP muscular após intensas contrações. Os polimorfismos nos genes da enzima conversora de angiotensina (ECA; alelo de deleção D) e angiotensinogênio (AGT; alelo T mutado) podem favorecer os atletas em atividades que requeiram força, isto por conta dos maiores níveis circulantes de Angiotensina (Ang) II. Este estudo investigou se os polimorfismos nos genes ACTN3, AMPD1, ECA e AGT, combinados ou não, podem influenciar nos parâmetros hemodinâmicos, cardíacos e no desempenho de jogadores de futebol em testes físico-motores tais como saltos, velocidade e endurance. Foi coletada a saliva de 220 jogadores jovens (14 a 20 anos) das categorias de base profissional do São Paulo Futebol Clube, Brasil. Em seguida, o DNA total foi extraído a partir da saliva e ensaios de reação em cadeia da polimerase (PCR) foram utilizados para a genotipagem dos atletas. Para conferir mais fidedignidade ao estudo, os atletas foram também separados de acordo com a idade. Antes desta separação, os atletas com a mutação no gene ACTN3 saltaram menos no teste Squat Jump (SJ) (RR/RX = 33,64 ± 5,31 vs XX = 30,81 ± 4,51 cm, p = 0,007), assim como nas categorias Sub-15 (RR/RX = 34,88 ± 5,39 vs XX = 30,59 ± 4,07 cm, p = 0,04) e Sub-17 (RR/RX = 35,82 ± 4,35 vs XX = 30,24 ± 5,16 cm, p = 0,01). No teste Counter Movement Jump (CMJ) os RR/RX saltaram 37,26 ± 5,72 cm e os XX 34,12 ± 4,84 cm (p = 0,005). Na categoria Sub-17, detectou-se que os RR/RX saltaram 38,56 ± 5,69 cm e os XX 32,90 ± 6,06 cm (p = 0,02). No teste Counter Movement Jump com os braços (CMJb), com todos os atletas, os RR/RX saltaram 43,85 ± 6,38 cm e os XX 40,61 ± 5,06 cm (p = 0,009). O teste de velocidade de deslocamento (30 m) revelou, na categoria Sub-17, que os RR/RX foram mais velozes que os atletas XX (RR/RX = 4,13 ± 0,13 vs XX = 4,27 ± 0,17 s, p = 0,04). Com relação ao gene AMPD1, nenhuma diferença significativa foi encontrada nos testes de saltos e endurance, porém no teste de velocidade de deslocamento (10 m), os atletas CC foram mais velozes comparados àqueles com genótipos CT/TT (CC = 1,53 ± 0,19 vs CT/TT = 1,62 ± 0,16 s, p = 0,04). Atletas com o genótipo DD (ECA) saltaram significativamente mais alto no teste CMJb comparados aos ID/II (DD = 44,37 ± 6,22 vs ID/II 42,35 ± 6,23 cm, p = 0,02). Na categoria Sub-17, os atletas DD saltaram mais nos testes SJ (DD = 38,04 ± 5,00 vs ID/II = 33,16 ± 4,11 cm, p = 0,01), CMJ (DD = 41,03 ± 5,64 vs ID/II = 35,76 ± 4,26 cm, p = 0,01) e CMJb (DD = 48,62 ± 5,98 vs ID/II = 42,42 ± 4,81 cm, p = 0,007). No teste de endurance, atletas da categoria Sub-16 com os genótipos ID/II, percorreram maiores distâncias comparados aos DD (ID/II = 1.467 ± 63,70 vs DD = 1.244 ± 64,25 m, p = 0,04). O genótipo DD do gene da ECA também favoreceu os atletas no teste de velocidade (30 m), pois jogadores da categoria Sub-14 com o referido genótipo foram mais velozes comparados aos ID/II (DD = 4,29 ± 0,19 vs ID/II = 4,40 ± 0,16 s, p = 0,02). O mesmo pôde ser visto para a categoria Sub-17 (DD = 4,07 ± 0,15 vs ID/II = 4,20 ± 0,13 s, p = 0,04). O polimorfismo no gene AGT parece não influenciar o desempenho nos testes propostos, porém atletas com o genótipo mutado (TT) apresentaram maior hipertrofia do ventrículo esquerdo (VE; 114,6 ± 105,2 g/m2 para TT; 92,16 ± 18,88 g/m2 para MT e 94,78 ± 21,08 g/m2 para MM, p = 0,04), sem qualquer outra alteração nos outros parâmetros cardíacos e hemodinâmicos. Maior hipertrofia do VE (DD = 96,95 ± 19,96; ID = 90,14 ± 21,58 e II = 91,67 ± 21,09 g/m2, p = 0,04) e maior fração de ejeção (DD = 71,73 ± 7,71; ID = 69,48 ± 6,51 e II = 68,59 ± 5,72 %, p = 0,02) também foram encontradas nos atletas com o genótipo DD. A análise da combinação dos genes no desempenho dos atletas, quando se privilegiaram as características de força e explosão muscular no ranqueamento por escore, revelou que os atletas com os escores mais altos (5 a 8) saltaram mais comparados àqueles com escores mais baixos (1 a 4) no teste SJ (Escore 5 a 8 = 33,80 ± 5,16 vs Escore 1 a 4 = 31,60 ± 5,22 cm, p = 0,01) e no teste CMJ (Escore 5 a 8 = 43,90 ± 6,85 vs Escore 1 a 4 = 41,87 ± 5,98 cm, p = 0,04). Os resultados do presente estudo sugerem que os genótipos RR/RX (ACTN3), DD (ECA) e CC (AMPD1) podem beneficiar os jogadores de futebol em atividades que requeiram força e rápida contração muscular. Além disso, os genótipos ID/II parecem proporcionar mais resistência aos atletas em atividade de endurance. Para o futuro, serão necessárias organização, padronização e responsabilidade ética no manejo desses dados genéticos para a utilização no processo de formação de atletas.
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"Avaliação da distensibilidade da artéria pulmonar através da ressonância magnética e sua relação com a resposta ao teste agudo com vasodilatador em pacientes com hipertensão arterial pulmonar" / Pulmonary artery distensibility assessed by magnetic resonance and its relation to acute vasodilator test response in pulmonary arterial hypertension patients

Carlos Viana Poyares Jardim 21 July 2005 (has links)
A hipertensão arterial pulmonar idiopática é uma doença que acomete os vasos arteriais pulmonares, determinando o aumento da resistência vascular pulmonar levando à deterioração hemodinâmica. Avaliamos se a distensibilidade da artéria pulmonar avaliada pela ressonância magnética se correlaciona à resposta ao teste agudo com vasodilatador em pacientes com hipertensão pulmonar. Houve diferença significativa de distensibilidade da artéria pulmonar em pacientes respondedores e não-respondedores. Após a análise dos dados por uma curva ROC, a distensibilidade de 10% distinguiu a população de respondedores de não-respondedores com 100% de sensibilidade e 56% de especificidade / Pulmonary arterial hypertension is characterized by an increase in pulmonary vascular resistance, eventually leading to hemodynamic failure. We assessed whether pulmonary artery distensibility (evaluated by magnetic resonance) correlated with acute vasodilator test response. A statistically significant difference was found in terms of pulmonary artery distensibility in responders and non-responders. A ROC curve showed that 10% distensibility could discriminate responders from non-responders with 100%sensitivity and 56% specificity
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Estudo do comportamento hemodinâmico, da troca gasosa, da mecânica respiratória e da análise do muco brônquico na aplicação de técnicas de remoção de secreção brônquica em pacientes sob ventilação mecânica / Airway clearance techniques in patients submitted to mechanical ventilation: A hemodynamic, gas exchange, respiratory mechanics and bronquial sputum study

Marcus Vinicius Herbst Rodrigues 11 December 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A aspiração traqueal (ASP) é um procedimento de rotina em pacientes sob ventilação mecânica, porém em algumas situações pode não ser eficiente. Como adjuvante usa-se a técnica \"Bag-Squeezing\" (BS) que consiste na hiperinflação manual associada à compressão torácica manual expiratória seguida ASP. Embora efetiva esta técnica pode apresentar algumas limitações como a desconexão do ventilador mecânico, além do controle precário do pico de pressão inspiratória (PPI) e pico de fluxo inspiratório (PFI). Como opção, podemos substituir o ressuscitador manual pelo próprio ventilador mecânico, alterando seus parâmetros e evitando assim a desconexão. Propusemos padronizar esta técnica e denominá-la PEEP-ZEEP (PZ); realizando-se a inflação dos pulmões aumentando a PEEP em 10 cmH2O, por 5 ciclos respiratórios, seguido de rápida descompressão pulmonar pela redução abrupta da PEEP até 0 cmH20, simultâneo à compressão torácica manual. OBJETIVOS: Avaliar o comportamento hemodinâmico, da troca gasosa e da mecânica respiratória, na aplicação das técnicas ASP, BS e PZ e seus efeitos na remoção de secreções brônquicas em pacientes ventilados mecanicamente. MÉTODO: 1ª etapa - \"Pacientes sem secreção brônquica\" estudamos prospectivamente 45 pacientes, divididos aleatoriamente em 3 grupos iguais, avaliamos os efeitos da aplicação das técnicas ASP, BS e PZ nos parâmetros hemodinâmicos, na troca gasosa e na mecânica pulmonar antes, imediatamente após, do 1o ao 10o e 30o min. subseqüentemente à aplicação das técnicas. Na 2ª etapa - \"Pacientes com hipersecreção brônquica\" foram estudados prospectivamente 15 pacientes ventilados mecanicamente, que apresentavam hipersecreção brônquica submetidos às técnicas ASP, BS e PZ aleatoriamente em intervalos de 2 horas, avaliamos as mesmas variáveis da 1a etapa porém acompanhamos os pacientes até 120 min. após cada intervenção. Avaliamos também o peso úmido da secreção brônquica, bem como sua reologia. RESULTADOS: 1ª etapa - Semelhantes quanto aos dados antropométricos e tempos de CEC, nossos pacientes apresentavam 59±10anos, IMC 26±3,2 kg/m2 e tempo médio de CEC de 91±19min. Houve elevação da FC somente após aplicação de BS (98±8; 106±10). PAM e SpO2 não se alteraram, observamos elevação na ETCO2 (36±6; 37±6 e 37±7; 39±8) nas técnicas BS e PZ respectivamente. Não verificamos alteração na mecânica respiratória até 30 min. após aplicação das técnicas. Durante a execução das técnicas BS e PZ respectivamente observamos elevação significante do PPI (63±17 vs 17±3), PPLATÔ (22±5 vs 26±3), PFI (154±27 vs 20±5) e PFE (86±20 vs 64±10). 2ª etapa - Nossos pacientes apresentavam 66±14anos, IMC 24±3,2 kg/m2 e tempo médio de CEC de 113±54min. A FC e a SpO2 não se alteraram, porém houve elevação significante da PAM imediatamente após a aplicação de ASP, BS e PZ (85±12 vs 101±16, 90±12 vs 100±14, 84±10 vs 97±11). Na PZ houve diminuição na ETCO2 (36±6 vs 35±7). Não observamos alteração na mecânica respiratória até 120 min. após aplicação das técnicas. Durante a execução das técnicas BS e PZ respectivamente observamos elevação significante do PPI (45±22 vs 27±3) e PFI (91±21 vs 44±17), porém a PPLATÔ (27±15 vs 26±3) e o PFE (71±20 vs 64±13) foram semelhantes entre elas. Não encontramos diferença significante no peso úmido do muco ASP(0,91±1), BS(1,09±1) e PZ(0,53±0,5), nem na análise do deslocamento e da viscoelasticidade. CONCLUSÕES: As técnicas não alteraram significantemente o comportamento hemodinâmico, de troca gasosa e de mecânica respiratória. BS e PZ foram capazes de aumentar o PFE, porém a nova proposta PZ permite maior controle das variáveis de mecânica respiratória, possibilitando monitoramento das pressões e fluxos impostos ao sistema respiratório. Todas as técnicas foram capazes de remover secreções brônquicas de forma semelhante. / INTRODUCTION: Tracheal suction (TS) is a routine procedure in patients submitted to mechanical ventilation. In association, the bag-squeezing (BS) technique is described as a manual hyperinflation associated to a manually assisted coughing followed by TS. This technique might present few limitations as its mechanical ventilator disconnection and poor control of variables such as peak inspiratory pressure (PIP) and peak inspiratory flow (PIF). We might substitute the manual ressuscitator by the mechanical ventilator itself altering its parameters and avoiding its disconnection. We proposed to standardize this technique and named it PEEP-ZEEP (PZ); inflate the lungs increasing the PEEP in 10 cmH20, trough 5 respiratory cycles, followed by an abrupt pulmonary decompression bringing the PEEP to 0 cmH20, associated to the manually assisted coughing. OBJECTIVES: Assess the hemodynamic, gas exchange and respiratory mechanics variables during the use of TS, BS and PZ techniques and assess their effects in the removal of bronchial secretions in mechanically ventilated patients. METHODS: First step - \"Patients without bronchial secretions\" - We assessed 45 patients prospectively, divided randomically into three groups, evaluating the effects of TS, BS and PZ techniques in the haemodynamics, gas exchange and respiratory mechanics variables before, immediately after, in the 10th and 30th minute after the technique. Second step - \"Patients with bronchial secretions\" - We assessed 15 mechanically ventilated patients submitted to the TS, BS and PZ techniques within 2 hours, evaluating the same variables of the first step. However we followed-up the patients until 120 minutes in each technique. We also assessed the humid weight of the bronchial secretions as well as the mucus reology. RESULTS: Results were similar when related to antropometric data and ECC period. First step - There was a raise in the HR after the BS procedure (98±8; 106±10), MAP and SpO2 did not altered. Raise in ETCO2 (36±6; 37±6 and 37±7; 39±8) in the BS e PZ techniques respectively, without alteration in the respiratory mechanics until 30 minutes after the techniques. During the BS e PZ techniques, we observed a significant increase in PIP (63±17 vs 17±3), PPLATEU (22±5 vs 26±3), PIF (154±27 vs 20±5) and PEF (86±20 vs 64±10). Second step - HR and SpO2 did not altered, there was a significant increase in MAP immediately after the TS, BS and PZ techniques (85±12 vs 101±16, 90±12 vs 100±14, 84±10 vs 97±11). The PZ technique had lower ETCO2 (36±6 vs 35±7). We did not observed any respiratory mechanics alteration until 120 minutes after the techniques. During the BS e PZ techniques, respectively, we observed an increase in the PIP (45±22 vs 27±3) and PIF (91±21 vs 44±17), however the PPLATEU (27±15 vs 26±3) and PEF (71±20 vs 64±13) were similar. The PZ technique (0,54±0,5) remove less humid weight mucus when compared to TS (0,91±1) and BS (1,09±1), but the analysis by simulated cough machine PZ (25?11) was better then TS(33?13). CONCLUSION: All techniques remove bronchial secretions and did not altered the hemodynamic, gas exchange and respiratory mechanics significantly. BS and PZ were able to enhance the PEF, however the new proposition of the PZ technique allows a better control of the respiratory mechanics variables.

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