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Manifestações dermatológicas em pacientes HIV-positivos coinfectados pelo Vírus da Hepatite C : um estudo prospectivo e comparativoCunha, Vanessa Santos January 2010 (has links)
Introdução: Como o Vírus da Hepatite C (HCV) e o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) dividem os mesmos fatores de risco, eles frequentemente coexistem. Há grande controvérsia em relação ao real impacto da coinfecção, mas parece haver aumento da morbidade geral. Esperaria-se um aumento do número e intensidade das manifestações dermatológicas nos coinfectados quando comparadas aos somente infectados pelo HCV, já que nos pacientes HIV-positivos a prevalência de dermatoses é alta. O diagnóstico precoce da coinfecção é importante na prevenção de complicações e os achados dermatológicos pedem ser o único indício da mesma. Objetivo: Estudar e especificar as manifestações dermatológicas dos pacientes coinfectados pelo HIV e HCV em comparação àqueles somente infectados pelo HCV. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo e transversal. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de hepatite C, isoladamente, e coinfectados pelo HCV e HIV, provenientes dos ambulatórios de Gastroenterologia ou Infectologia, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Foram excluídos os pacientes que apresentavam outras disfunções hepáticas, aqueles em tratamento para hepatite C e do ambulatório de dermatologia. Era realizado um exame dermatológico completo e os exames complementares, caso não disponíveis dos últimos 30 dias, eram realizados no dia da inclusão/exame dermatológico. Resultados: Foi avaliado um total de 201 pacientes, sendo 108 coinfectados pelo HIV e HCV e 93 somente positivos para o HCV. A média de idade foi de 51 anos no grupo monoinfectado pelo HCV e de 45 anos, nos coinfectados. Houve um predomínio de pacientes do sexo masculino (68,5%) nos pacientes somente HCV-positivos, sendo que no outro grupo, cerca de 45% dos pacientes eram homens. Não houve diferença entre os grupos com relação à presença ou ausência de fibrose hepática. Com relação ao alcoolismo, houve um predomínio significativo desta condição nos pacientes coinfectados. A presença de prurido não foi diferente estatisticamente entre os grupos, porém há uma tendência em ser mais freqüente naqueles somente com HCV. O grupo positivo para o HIV e o HCV apresentou um número médio de 4,5 diferentes alterações dermatológicas por paciente, sendo significativamente menor do que o grupo somente HCV-positivo, que apresentou uma média de 5,2 dermatopatias por paciente. Foram identificadas 104 diferentes dermatoses. Houve uma maior prevalência de alterações infecciosas e pigmentares no grupo coinfectado pelo HCV e HIV. Por outro lado, alterações vasculares foram mais freqüentes nos somente HCV-positivos. Conclusão: As manifestações dermatológicas são frequentes tanto em pacientes monoinfectados pelo HCV quanto nos coinfectados pelo HCV e HIV. A imunossupressão característica da infecção pelo HIV diminui o número de alterações mucocutâneas, quando comparamos a pacientes infectados somente pelo HCV. Por fim, ressaltase a importância de um exame dermatológico no manejo destes pacientes, para o diagnóstico precoce de ambas as infecções, diminuindo a morbimortalidade relacionada a elas, através da instauração breve do tratamento específico.
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Manifestações dermatológicas em pacientes HIV-positivos coinfectados pelo Vírus da Hepatite C : um estudo prospectivo e comparativoCunha, Vanessa Santos January 2010 (has links)
Introdução: Como o Vírus da Hepatite C (HCV) e o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) dividem os mesmos fatores de risco, eles frequentemente coexistem. Há grande controvérsia em relação ao real impacto da coinfecção, mas parece haver aumento da morbidade geral. Esperaria-se um aumento do número e intensidade das manifestações dermatológicas nos coinfectados quando comparadas aos somente infectados pelo HCV, já que nos pacientes HIV-positivos a prevalência de dermatoses é alta. O diagnóstico precoce da coinfecção é importante na prevenção de complicações e os achados dermatológicos pedem ser o único indício da mesma. Objetivo: Estudar e especificar as manifestações dermatológicas dos pacientes coinfectados pelo HIV e HCV em comparação àqueles somente infectados pelo HCV. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo e transversal. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de hepatite C, isoladamente, e coinfectados pelo HCV e HIV, provenientes dos ambulatórios de Gastroenterologia ou Infectologia, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Foram excluídos os pacientes que apresentavam outras disfunções hepáticas, aqueles em tratamento para hepatite C e do ambulatório de dermatologia. Era realizado um exame dermatológico completo e os exames complementares, caso não disponíveis dos últimos 30 dias, eram realizados no dia da inclusão/exame dermatológico. Resultados: Foi avaliado um total de 201 pacientes, sendo 108 coinfectados pelo HIV e HCV e 93 somente positivos para o HCV. A média de idade foi de 51 anos no grupo monoinfectado pelo HCV e de 45 anos, nos coinfectados. Houve um predomínio de pacientes do sexo masculino (68,5%) nos pacientes somente HCV-positivos, sendo que no outro grupo, cerca de 45% dos pacientes eram homens. Não houve diferença entre os grupos com relação à presença ou ausência de fibrose hepática. Com relação ao alcoolismo, houve um predomínio significativo desta condição nos pacientes coinfectados. A presença de prurido não foi diferente estatisticamente entre os grupos, porém há uma tendência em ser mais freqüente naqueles somente com HCV. O grupo positivo para o HIV e o HCV apresentou um número médio de 4,5 diferentes alterações dermatológicas por paciente, sendo significativamente menor do que o grupo somente HCV-positivo, que apresentou uma média de 5,2 dermatopatias por paciente. Foram identificadas 104 diferentes dermatoses. Houve uma maior prevalência de alterações infecciosas e pigmentares no grupo coinfectado pelo HCV e HIV. Por outro lado, alterações vasculares foram mais freqüentes nos somente HCV-positivos. Conclusão: As manifestações dermatológicas são frequentes tanto em pacientes monoinfectados pelo HCV quanto nos coinfectados pelo HCV e HIV. A imunossupressão característica da infecção pelo HIV diminui o número de alterações mucocutâneas, quando comparamos a pacientes infectados somente pelo HCV. Por fim, ressaltase a importância de um exame dermatológico no manejo destes pacientes, para o diagnóstico precoce de ambas as infecções, diminuindo a morbimortalidade relacionada a elas, através da instauração breve do tratamento específico.
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Efeito da resposta ao tratamento antiviral na ocorrência de carcinoma hepatocelular em pacientes com cirrose pelo vírus cCheinquer, Nelson January 2003 (has links)
Introdução/Objetivo: Existem evidências indicando que a resposta virológica sustentada (RVS) ao tratamento com interferon pode estar associada com menor incidência de carcinoma hepatocelular (CHC) em pacientes com cirrose causada pelo vírus da hepatite C (VHC). O objetivo do presente estudo foi comparar a incidência de CHC em cirróticos com RVS versus sem RVS. Métodos: Foram selecionados 85 pacientes com cirrose compensada (Child A) secundária ao VHC, confirmada por biópsia, sem quaisquer outras causas de doença hepática. Todos foram submetidos a tratamento com interferon ± ribavirina por pelo menos 24 semanas. Antes do tratamento nenhum paciente apresentava evidência de CHC à ultrassonografia abdominal (US). RVS foi definida como RNA do VHC negativo (PCR qualitativo com limite de detecção de 50 UI/ml) 24 semanas após o final do tratamento. Foram incluídos apenas pacientes com seguimento semestral com US e alfa-fetoproteína e anual com PCR por mais de 12 meses após o final do tratamento. O CHC foi diagnosticado por biópsia ou achados coincidentes de lesão focal com diâmetro superior a 2cm na US e tomografia computadorizada helicoidal trifásica com sinais de hipervascularização arterial. Resultados: Dos 85 pacientes, 38 (45%) alcançaram RVS e 47 (55%) não. A média do seguimento em pacientes com RVS versus sem RVS foi de 32,1 ± 20 meses (variação: 12-84 meses) e 28,2 ± 18 meses (variação: 12-96 meses), respectivamente (P=0,51). O CHC foi diagnosticado em 1 (3%) dos 38 pacientes com RVS e 8 (17%) dos 47 pacientes sem RVS (P=0,02; Razão de chance: 0,13; Intervalo de confiança de 95%: 0,006-0,9). As características pré-tratamento foram semelhantes entre os pacientes com e sem RVS, tanto demográficas (idade e sexo) quanto clínicas (Child A, média da dose total de interferon e tempo de seguimento). Além da ocorrência de CHC, a única outra variável com diferença significativa encontrada entre os grupos com e sem RVS foi o percentual de pacientes com genótipo 1 (13% versus 35%, respectivamente; P = 0,04). Comparando-se os pacientes com e sem CHC, a única variável com diferença estatisticamente significativa encontrada foi o percentual de RVS (11% versus 49%, respectivamente; P = 0,03). Conclusões: Pacientes com cirrose pelo VHC que atingem RVS têm menor incidência de CHC quando comparados àqueles sem RVS. A única diferença entre os grupos com e sem CHC foi a ocorrência de RVS. Este achado indica que a ausência do VHC pode tanto representar fator protetor direto contra o CHC, quanto servir como marcador indireto para identificar cirróticos com menor probabilidade de desenvolver CHC. / Background/Aim: There is strong evidence that sustained virologic response (SVR) to interferon treatment has an impact on the incidence of hepatocellular carcinoma (HCC) in patients with hepatitis C virus (HVC) related cirrhosis. The aim of this study was to compare the rate of HCC among HCV cirrhotics with vs without SVR. Methods: Eighty five biopsy proven cirrhotic patients with HCV infection (PCR positive), without any other form of liver disease were included. All were treated with interferon (IFN) ± ribavirin (RBV) for at least 24 weeks. Before treatment, all patients were compensated (Child A) and had no evidence of HCC on abdominal ultrasound (US). None had previous hepatic decompensation. SVR was defined as negative HCV-RNA (qualitative PCR with a limit of detection of 50 IU/ml) 24 weeks after end of treatment. Patients followed every 6 months with US and alpha-fetoprotein (AFP) for > 12 months after end of therapy were included. HCC was diagnosed by liver biopsy and/or coincident findings of focal lesion > 2 cm on US and spiral CT with arterial hypervascularization. Results: Thirty eight (45%) were SVRs and 47 (55%) were not. Mean follow-up was 32,1 ± 20 months (range:12-84 months) in SVRs vs 28,2 ± 18 months (range:12-96 months) in no-SVRs (P=0.51). HCC was diagnosed in 1 (3%) of 38 SVRs vs 8 (17%) of 47 patients without SVR (P=0.02; OR:0.13, 95% CI:0.006-0.9). All had similar pre-treatment characteristics (age, sex, liver function, Child A, total interferon dose and follow-up time). Besides HCC incidence, the only significant difference between SVRs and no-SVRs was the rate of genotype 1 (13% vs 35%, respectively, P = 0.04). Comparing patients with and without HCC, the only significant difference was found in the rate of SVR (11% vs 49%, respectively; P = 0,03). Conclusion: HCV cirrhotics with SVR have a lower incidence of HCC compared to those without SVR. The only difference between the groups with and without HCC was the rate of SVR. This finding may indicate that either absence of HCV-RNA truly protects against HCC, or acts as surrogate marker to identify cirrhotics that have a low probability of HCC development on long-term follow-up.
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Soroprevalência da infecção pelo vírus da hepatite B e avaliação da imunidade vacinal em cirurgiões-dentistas de Goiânia-GOPaiva, Enilza Maria Mendonça de January 2008 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2008. / Submitted by Natália Cristina Ramos dos Santos (nataliaguilera3@hotmail.com) on 2009-09-22T11:35:06Z
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Previous issue date: 2008 / O vírus da hepatite B (VHB) é considerado o agente de maior risco ocupacional para o cirurgião-dentista (CD). A vacinação contra este vírus é fortemente recomendada para este profissional que tem contato freqüente com sangue e saliva dos pacientes. Os objetivos deste estudo foram: determinar a soroprevalência da infecção pelo VHB em CD de Goiânia-GO; verificar a imunidade vacinal deste grupo de profissionais e investigar a possível presença de DNA do VHB nos soros anti-HBcAg positivos. Uma amostra randomizada de 678 CD participou deste estudo. Os participantes responderam a um questionário com questões sobre vacinação e fatores de risco para infecção pelo VHB, bem como amostras sanguíneas foram coletadas para detecção dos marcadores sorológicos HBsAg, anti-HBsAg e anti-HBcAg total. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Humana e Animal do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás. O marcador de infecção viral anti-HBcAg total foi observado em 41 (6,0%) dos CD, sendo que nenhum deles apresentou HBsAg positivo. Associações significantes com a positividade ao VHB foram observadas com relação ao gênero masculino, ao aumento no tempo de trabalho e ao uso incompleto de equipamentos de proteção individual. Nas amostras anti-HBcAg positivas, o DNA viral foi detectado na semi-nested PCR em duas amostras (4,9%). Foi observado que 98,4% (667/678) dos CD relataram vacina contra o VHB sendo que 77 (11,4%) não completaram o esquema de três doses. Dentre os 667 CD vacinados, foi observado que 87,0% eram anti-HBs positivos, com 88,3% para aqueles com esquema vacinal completo. O anti-HBs quantitativo foi feito para 313 soros (49,8%) dentre 629 CD vacinados anti-HBcAg negativos. Destes, concentração < 10 UI/L foi encontrado em todos os soros que tiveram resultado indeterminado (n=7) e negativo (70) no ensaio qualitativo. No entanto 48 (20,3%) soros anti-HBs positivos tiveram resultado < 10 UI/L no ensaio quantitativo. Estes resultados sugerem que a soroprevalência da infecção para o VHB em CD desta região está abaixo da taxa assumida para a população em geral, para outros grupos de profissionais de saúde na mesma região e para CD de outras regiões do Brasil que, associados à alta prevalência de vacinados e de imunidade vacinal, apontam para um impacto positivo do programa de imunização com a evidente alta adesão dos CD também às outras medidas de precauções padrão. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / HBV is considered the major occupational risk agent for dentists. The hepatitis B vaccination is hardly recommended to these professionals who have frequent contact with blood and saliva from patients. To determine the HBV infection rate as well as the vaccine immunity for dentists from Goiânia-GO, a randomized sample of 678 professionals participated in this study. The participants filled out a questionnaire about HBV infection risk factors and vaccination, and blood samples were collected to detect the serological markers HBsAg, anti-HBs and anti –HBc. All dentists gave their written consent to the procedure and this study was approved by the Ethical Committee in Human and Animal Research from the Clinical Hospital of the Federal University of Goias (n. 110/2003). HBV infection marker was found in 41 (6.0%) dentists. None of them was HBsAg positive. HBV positivity were related to the male gender (OR=2.08; CI=1.09-3.97), the length of time working as a dentist (p<0.001) and the use of incomplete personal protective equipment (PPE) [p<0.05]. Among the anti-HBcAg positive samples (n=41), viral DNA was detected by PCR in PS1-PS2 segment in the second amplification in two samples (4.9%). Among the participants the vaccinated prevalence was high, 98.4% (667/678), although 77 dentists said they did not do the complete three doses series of the vaccine or they were not sure if they did it. Among 667 vaccinated dentists, 580 (87.0%) had anti-HBs positive result. The index goes to 88.3% if the vaccination schedule was completed. The quantitative anti-HBs assay was done to 313 blood samples (49.8%) from 629 vaccinated dentists anti-HBcAg negatives, and the concentration result <10 UI/L was found in all of serum that had negative and equivocal result in qualitative assay. However, 48 (20.3%) anti-HBs positive samples had as a result <10 UI/L in quantitative assay. The HBV prevalence in this group of dentists was lower than the endemic pattern of the general population, as well as the other health care workers in this region and of the dentists from other Brazilian regions that, associated with the high prevalence of vaccinated dentists and vaccine immunity, can represent a positive impact of the vaccination program with also the evident high adherence to the others standard precautions among the dentists.
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Farmacocinética da ciclosporina em pacientes portadores do vírus da hepatite C pré e pós-transplante renalWolffenbüttel, Luciano January 2000 (has links)
A ciclosporina (CsA), a despeito da recente introdução de novas drogas imunossupressoras, permanece como a pedra angular da terapia antirejeição do receptor de enxerto renal. No Brasil, 30% dos pacientes em lista de espera para transplante renal são anti-VHC+, e observações prévias do nosso grupo sugerem uma farmacocinética da CsA alterada nesses pacientes. Com o objetivo de avaliar esta hipótese, dois estudos paralelos foram feitos: um estudo pré-transplante com 22 pacientes em hemodiálise aguardando transplante, 11 anti-VHC+ (ELISA3), 7 dos quais PCR+, e 11 anti-VHC-, que receberam uma dose única oral de 8 mg/kg de ciclosporina em microemulsão (CsA-ME); e um estudo no 15º dia pós-transplante, com 24 receptores consecutivos, 10 ELISA+ (6 PCR+) e 14 ELISA-, que receberam a dose oral de CsA em microemulsão indicada pela equipe assistente. Os parâmetros farmacocinéticos foram calculados a partir de 13 dosagens (tempo 0-12 h pós-dose) feitas por fluorimetria polarizada com anticorpos monoclonais (Abbot Laboratories, Illinois). Aqueles HbsAg+, com transaminases elevadas, diabéticos ou usando drogas que tivessem interação farmacocinética com a CsA foram excluídos. A análise estatística foi feita pelo teste t e Mann-Whitney. As variáveis demográficas com conhecida influência sobre a farmacocinética da CsA foram similares nos dois grupos. No estudo pré-transplante, , a Cmáx foi 40% maior, a ASC0-12 42% maior (p<0,05) e a Cmin 56% maior entre os pacientes ELISA+ comparados aos ELISA-. Essas diferenças foram acentuadas comparando o subgrupo PCR+ com os pacientes VHC- (Cmáx 58% maior -p=0,05-, ASC0-12 69% maior -p<0,01-, e Cmin 91% maior -p<0,01-). No estudo pós-transplante a Cmáx, a ASC0-12/dose e a Cmin não diferiram estatisticamente entre os grupo anti-VHC+ e anti-VHC- (21%, 23% e 2% maior, respectivamente). Ao avaliar apenas os pacientes PCR+, a Cmáx foi 50% maior (p<0,01) e a ASC0-12/dose 45% maior (p<0,05) do que o grupo ELISA-. O nível de vale, acompanhado pelos 12 meses pós-transplante, foi sempre superior entre os pacientes ELISA+, a despeito de doses menores de CsA, atingindo significância aos seis meses. Concluímos que os pacientes anti-VHC+, principalmente aqueles com viremia (PCR+), têm a farmacocinética da CsA microemulsão alterada, com níveis de pico e ASC0-12/dose maiores que os controles anti-VHC-. / Cyclosporine (CsA), despite recent introduction of new immunosuppressive drugs, still remains the cornerstone of kidney transplant recipient immunosuppression. In Brazil, 30% of patients waiting for kidney transplantation are anti-HCV+, and previous observations of our group suggest an altered CsA pharmacokinetics in these patients. In order to evaluate that, two parallel studies were done: a pre-transplant study with 22 dialysis patients waiting for transplantation, 11 anti-HCV+ (ELISA third generation), 7 of them PCR+, and 11 anti-HCV-, which received a 8 mg/kg single oral dose of CsA microemulsion (CsAME); and a 15th day post-transplant study with 24 consecutive recipients, 10 ELISA+ (6 PCR+) and 14 ELISA-, which received the CsA microemulsion oral dose indicated by the assistants. Pharmacokinetics parameters were calculated from 13 dosages (time 0-12 hours post-dose) performed by fluorescence polarization immunoassay with monoclonal antibodies (Abbot Laboratories, Illinois). Those patients HbsAg+, with elevated transaminases, diabetics or using drugs interacting with CsA pharmacokinetics were excluded. Statistical analysis was done by t test and Mann-Whitney. Demographic variables with already known CsA pharmacokinetics influences were similar in both groups. In the pre-transplant study, Cmax was 40% higher, AUC0-12 42% higher (p< 0,05) and Cmin 56% higher for HCV+ patients in comparison to HCV- ones. These differences were accentuated comparing PCR+ with HCV- patients (Cmax 58% higher - p= 0,05 -, AUC0-12 69% higher - p< 0,01 -, and Cmin 91% higher- p< 0,01). In the post-transplant study Cmax was 21% higher, AUC0-12/dose 23% higher and Cmin 2% higher for HCV+ patients. When evaluating only PCR+ patients, Cmax was 50% higher (p< 0,01) and AUC0-12/dose 45% higher (p< 0,05) than ELISA- group. Trough levels, followed for 12 months PO, remained higher in HCV+ patients, despite small doses of CsA. We conclude that anti-HCV+ patients, mainly those with viremia (PCR+), have altered CsA microemulsion pharmacokinetics, with higher peak levels and drug exposure than control patients anti-VHC-.
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Prevalência de infecção pelo vírus da hepatite C em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônicaSilva, Denise Rossato January 2008 (has links)
Base Teórica: Alguns estudos têm sugerido que a infecção crônica pelo HCV tem efeitos diretos e indiretos no tecido pulmonar, incluindo um declínio acelerado do VEF1. É necessário conhecer o quão prevalente é esta infecção nos pacientes com DPOC, o que pode justificar o rastreamento do HCV nesta população. Objetivos: Determinar a prevalência de infecção pelo HCV em uma amostra de pacientes com DPOC e comparar as características clínicas e funcionais entre os pacientes HCVpositivos e HCV-negativos. Métodos: Foi realizado um estudo transversal. Foram incluídos no estudo 187 pacientes ambulatoriais com diagnóstico de DPOC. A positividade ao exame anti-HCV era determinada e confirmada pelo HCV-RNA. Resultados: A prevalência de infecção pelo HCV foi de 7,5%. Os pacientes HCV-positivos tinham um VEF1 pós-broncodilatador (% do previsto) menor (34,7 ± 8,6%) que os pacientes HCV-negativos (42,7 ± 16,5%) (p = 0,011). Todos os pacientes HCV-positivos foram classificados nos estádios III e IV, de acordo com os critérios do GOLD. O escore de dispnéia na escala MMRC foi maior nos pacientes HCV-positivos (mediana = 4) do que nos pacientes HCV-negativos (mediana = 2) (p = 0,023). O índice BODE foi maior nos pacientes HCV-positivos (mediana = 6) do que nos pacientes HCV-negativos (mediana = 4) (p = 0,027). Conclusões: Nossos resultados sugerem uma alta prevalência de infecção crônica pelo HCV em pacientes com DPOC. Os pacientes HCV-positivos tinham achados sugestivos de uma doença mais grave. / Background: A number of studies have suggested that chronic HCV infection have direct and indirect effects on pulmonary tissue, including an accelerated decline of FEV1. It is necessary to know how prevalent this infection is in patients with COPD, what could justify the screening of HCV in this population. Objectives: To determine the prevalence of HCV infection in a sample of COPD patients, and to compare the clinical and functional characteristics between HCV-positive and HCVnegative patients. Methods: We performed a cross-sectional study. One hundred eighty seven COPD outpatients were included in the study. Anti-HCV antibody positivity was determined and confirmed by HCV-RNA. Results: The prevalence of HCV infection was 7.5%. The HCV-positive patients had a postbronchodilator FEV1 (% predicted) lower (34.7 ±8.6%) than HCV-negative patients (42.7 ± 16.5%) (p = 0.011). All HCV-positive patients were classified in stages III or IV (GOLD). The MMRC dyspnea scale score was higher in HCV-positive patients (median = 4) than in HCVnegative patients (median = 2) (p = 0.023). BODE index was higher in HCV-positive (median = 6) than in HCV-negative patients (median = 4) (p = 0.027). Conclusions: Our results suggest a high prevalence of chronic HCV infection in patients with COPD. The HCV-positive patients had findings suggestive of a more severe disease.
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A efetividade do retratamento com alfapeginterferona em pacientes portadores de hepatite viral crônica C genótipo 2 e 3 em um serviço especializado da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do SulArtico, Simara January 2011 (has links)
Introdução: Mais do que 50% dos pacientes infectados pelo vírus da hepatite crônica C (HCV) não respondem ao tratamento com interferon convencional (IFN) associado a ribavirina (RBV). O objetivo do nosso estudo foi avaliar a efetividade do retratamento com alfapeginterferona 2a ou 2b (PEG-IFN 2a ou 2b) concomitantemente com RBV, em pacientes com HCV, genótipo 2 e 3, que foram não-respondedores ou recidivantes ao primeiro tratamento convencional com IFN/RBV e identificar possíveis fatores preditivos de resposta virológica sustentada (RVS). Métodos: No período de setembro de 2003 a março de 2009 uma coorte de 216 pacientes portadores de hepatite C foram acompanhados em um serviço especializado, implementado no Sistema Único de Saúde-Rio Grande do Sul/Brasil. Todos os pacientes foram retratados com PEG-IFN 2a ou 2b, na dose de 180 mcg ou 1,5 mcg/Kg de peso corporal por semana, respectivamente, associado a RBV na dose de 1.000-1.250mg/dia por 48 semanas. O HCV-RNA foi testado por Polymerase Chain Reaction (PCR) nas semanas 12 (por PCR quantitativo), 48 e 72 (por PCR qualitativo). A resposta virológica (RV) nas 48 semanas e a RVS nas 72 semanas foram considerados para avaliação de eficácia do tratamento. As análises foram realizadas nos pacientes que receberam pelo menos 1 dose de PEG-IFN 2a ou 2b. Resultados: A taxa de RVS para os não-respondedores ao primeiro tratamento foi de 34,4% e para os recidivantes foi de 50% (P=0,031) através do teste exato de Fisher. Foram identificados como fatores preditivos que contribuem na melhora da RVS, a idade (P=0,005), ser recidivante ao tratamento anterior (P=0,023) e apresentar exame de biópsia hepática Metavir F0-F2 (P=0,004), os demais fatores avaliados não demonstraram diferença estatística significativa. Na avaliação do perfil de segurança 51 pacientes (23,6%) interromperam precocemente o tratamento. Destes, 18,5% por eventos adversos onde os mais freqüentes foram anormalidades laboratoriais (40%), óbito (20%) e cirrose descompensada (17,5%). Conclusões: Este é o primeiro estudo pragmático realizado no cenário da realidade do SUS brasileiro que avalia a efetividade do retratamento com PEG-IFN 2a ou 2b e RBV. Esta alternativa de retratamento para pacientes que falharam à terapias prévias anti-HCV, tem demonstrado uma promissora taxa de RVS, desde que seja feita uma seleção cuidadosa dos pacientes com fatores preditivos de resposta e monitorizados os eventos adversos.
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Fatores associados a soropositividade para Hepatite C entre usuários dos centros de testagem e aconselhamento.Campos, Katia Biscuola de January 2008 (has links)
p. 1-59 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-04-22T19:28:48Z
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Previous issue date: 2008 / OBJETIVO: Trata-se de um estudo caso-controle objetivando descrever o perfil epidemiológico dos usuários dos CTAs com sorologia positiva para hepatite C e identificar os fatores associados à soropositividade. METODOLOGIA: Foram analisados 569 casos e 1.773 controles pareados por frequência de sexo, faixa etária e região do CTA, obtidos dos registros do Sistema de Informações dos CTA nos anos de 2005 e 2006. Casos e controles foram comparados pelo teste t de “Student” para as médias de idade, teste de tendência linear de proporções para variáveis ordinais, OR bruta e OR ajustada por região de localidade do CTA,idade e sexo e respectivos intervalos de confiança de 95% para os fatores de associação. RESULTADOS: O perfil epidemiológico da maioria dos casos trata-se de homens, entre 30 a 45 anos, solteiros, brancos, pertencentes à população em geral e atendidos na região Sudeste. Houve associação positiva estatisticamente significante com a soropositividade para a HCV ser solteiro (1,51; C:1,22-1,87), usar drogas (1,47; IC:1,22-1,87), usar álcool (2,15; IC:1,29-3,59), cocaína aspirada (2,72; IC:1,61-4,58), cocaína injetável (17,60; IC:3,79-81,69) e crack (4,02; IC:2,04-7,92), ter HIV (2,65; IC:1,74-4,02), ter hepatite B (3,03; IC:1,49-6,16), ter sido encaminhado por serviço de saúde ou por ter sido exposto a risco (1,55; IC:1,26-1,91) e pertencer a grupos mais vulneráveis (2,13; IC:1,67-2,71). CONCLUSÃO: Tais achados apontam a necessidade da intensificação de ações preventivas específicas aos grupos específicos como usuários de drogas e portadores de HIV e de hepatite B e ampliação da cobertura dos serviços que ofertam a testagem e aconselhamento para a hepatite C. / Salvador
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Caracterização clínica, epidemiológica e sobrevida de pacientes portadores de hepatite c em um serviço referência de Teresina, PI / Characterization clinical, epidemiological and survival of patients with hepatitis C patients in a service reference of Teresina, PIXavier, Yara Vanessa Trindade 27 January 2016 (has links)
XAVIER, Y. V. T. Caracterização clínica, epidemiológica e sobrevida de pacientes portadores de hepatite c em um serviço referência de Teresina, PI. 2016. 69 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2016-06-27T13:01:32Z
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Previous issue date: 2016-01-27 / Hepatitis C is currently the leading cause of chronic liver disease, cirrhosis and carcinoma hepatocelular.Tratou is a descriptive, cross-sectional, quantitative, retrospective (2000 - 2014) in patients with chronic HCV infection originating outpatient consultation of HEMOPI , PI. Patient data were collected with a confirmed diagnosis of hepatitis C, of 155 medical records for medical care in order to characterized them for clinical, epidemiological and survival. Then they were related criteria found by gender and age group, obtaining the following results: In men is greater the negative viral load and that remain under assessment; genotype 3 appear as the predominant, followed by 1b and 2, the site of infection identification prevails the use of vitamin and intravenous drug, the greater is the degree of fibrosis portal fibrosis F1-F3 and liver and histopathologic activity A1- light and A4-severe, and higher mean viral load. In women it is identified greater number of deaths; genotype 1a; blood transfusion and surgery as a form of contagion; F2 fibrosis in the liver portal fibrosis with rare septal fibrosis F0-F4 or absence of fibrosis and histological activity and moderate A2-A0 absent. In the age group of between 29-59 years of age is higher the dropout rate of treatment; the predominant genotype is 3, followed by 1a; in relation to the site of contagion, transfusion and intravenous drug use; the degree of liver fibrosis, and F4 and F3-F0 no fibrosis; in the analysis of inflammatory activity of severe liver A3, and also A0-away. In patients 60 years of age or older identifies the highest number of deaths and staying in treatment assessment; is the predominant genotype 1b followed by 2; the form of contagion by the use of vitamin and performing some surgery; It is greater the degree of fibrosis in liver fibrosis, portal F1 and histopathological features activity A1-A2-light, moderate and has a higher average viral load. The search results reveal difficulties encountered in manual recording information related to treatment, which leads to reflection of the importance of adequately monitor the follow-up of patients because some do not heal, they resort to transplantation or relapse, further increasing public spending on health. / A hepatite C é atualmente a principal causa de hepatopatias crônicas, cirrose e carcinoma hepatocelular. Tratou-se de um estudo descritivo, transversal, quantitativo, retrospectivo (2000 – 2014) de pacientes com infecção crônica pelo HCV, originários da consulta de ambulatório do HEMOPI, PI. Foram recolhidos os dados do paciente com diagnóstico confirmado de hepatite C, de 155 prontuários para o atendimento médico com o objetivo de caracterizá-los quanto aos aspectos clínicos, epidemiológicos e a sobrevivência. Depois foram relacionados os critérios encontrados por gênero e faixa etária, obtendo-se como resultados: Nos homens é maior a negativação da carga viral e dos que permanecem em avaliação; o genótipo 3 aparece como predominante , seguido do 1b e do 2; na identificação do sitio de contagio prevalece o uso de complexo vitamínico e de droga endovenosa; é maior o grau de fibrose no fígado F1-fibrose portal e F3 e atividade histopatológica A1-leve e A4-severa; e maior carga viral média. Nas mulheres é identificado maior numero de óbitos; o genótipo 1a; transfusão sanguínea e cirurgias como forma de contagio; fibrose no fígado F2- fibrose portal com rara fibrose septal, F4 ou F0-ausência de fibrose e atividade histopatológica A2- moderada e A0-ausente. Na faixa etária situada entre 29 – 59 anos de idade é maior o índice de abandono do tratamento; o genótipo predominante é o 3, seguido do 1a; em relação ao sitio de contagio, por transfusão e uso de droga endovenosa; ao grau de fibrose do fígado, F3 e F4 e F0-ausência de fibrose; na análise da atividade inflamatória do fígado A3- severa, e também A0-ausente. Nos pacientes com 60 anos de idade ou mais se identifica o maior numero de óbitos e os que ficam em avaliação após tratamento; o genótipo predominante é o 1b seguido do 2; a forma de contagio pelo uso de complexo vitamínico e realização de alguma cirurgia; é maior o grau de fibrose no fígado F1-fibrose portal e apresenta atividade histopatológica A1-leve e A2-moderada; e apresenta carga viral média maior. A busca dos resultados revela dificuldades encontradas no registro manual das informações relacionadas ao tratamento, que leva a reflexão da importância em monitorar adequadamente o acompanhamento dos pacientes, pois alguns não curam, recorrem ao transplante ou recidivam, aumentando ainda mais os gastos públicos com a saúde.
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Manifestações dermatológicas em pacientes HIV-positivos coinfectados pelo Vírus da Hepatite C : um estudo prospectivo e comparativoCunha, Vanessa Santos January 2010 (has links)
Introdução: Como o Vírus da Hepatite C (HCV) e o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) dividem os mesmos fatores de risco, eles frequentemente coexistem. Há grande controvérsia em relação ao real impacto da coinfecção, mas parece haver aumento da morbidade geral. Esperaria-se um aumento do número e intensidade das manifestações dermatológicas nos coinfectados quando comparadas aos somente infectados pelo HCV, já que nos pacientes HIV-positivos a prevalência de dermatoses é alta. O diagnóstico precoce da coinfecção é importante na prevenção de complicações e os achados dermatológicos pedem ser o único indício da mesma. Objetivo: Estudar e especificar as manifestações dermatológicas dos pacientes coinfectados pelo HIV e HCV em comparação àqueles somente infectados pelo HCV. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo e transversal. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de hepatite C, isoladamente, e coinfectados pelo HCV e HIV, provenientes dos ambulatórios de Gastroenterologia ou Infectologia, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Foram excluídos os pacientes que apresentavam outras disfunções hepáticas, aqueles em tratamento para hepatite C e do ambulatório de dermatologia. Era realizado um exame dermatológico completo e os exames complementares, caso não disponíveis dos últimos 30 dias, eram realizados no dia da inclusão/exame dermatológico. Resultados: Foi avaliado um total de 201 pacientes, sendo 108 coinfectados pelo HIV e HCV e 93 somente positivos para o HCV. A média de idade foi de 51 anos no grupo monoinfectado pelo HCV e de 45 anos, nos coinfectados. Houve um predomínio de pacientes do sexo masculino (68,5%) nos pacientes somente HCV-positivos, sendo que no outro grupo, cerca de 45% dos pacientes eram homens. Não houve diferença entre os grupos com relação à presença ou ausência de fibrose hepática. Com relação ao alcoolismo, houve um predomínio significativo desta condição nos pacientes coinfectados. A presença de prurido não foi diferente estatisticamente entre os grupos, porém há uma tendência em ser mais freqüente naqueles somente com HCV. O grupo positivo para o HIV e o HCV apresentou um número médio de 4,5 diferentes alterações dermatológicas por paciente, sendo significativamente menor do que o grupo somente HCV-positivo, que apresentou uma média de 5,2 dermatopatias por paciente. Foram identificadas 104 diferentes dermatoses. Houve uma maior prevalência de alterações infecciosas e pigmentares no grupo coinfectado pelo HCV e HIV. Por outro lado, alterações vasculares foram mais freqüentes nos somente HCV-positivos. Conclusão: As manifestações dermatológicas são frequentes tanto em pacientes monoinfectados pelo HCV quanto nos coinfectados pelo HCV e HIV. A imunossupressão característica da infecção pelo HIV diminui o número de alterações mucocutâneas, quando comparamos a pacientes infectados somente pelo HCV. Por fim, ressaltase a importância de um exame dermatológico no manejo destes pacientes, para o diagnóstico precoce de ambas as infecções, diminuindo a morbimortalidade relacionada a elas, através da instauração breve do tratamento específico.
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