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Avaliação urodinâmica ambulatorial em mulheres com sintoma de urgência e avaliação urodinâmica convencional normalHeineck, Simone da Cunha January 2015 (has links)
Introdução: A investigação dos sintomas do trato urinário inferior se inicia, geralmente, pela história, exame físico e testes clínicos simples. Entretanto, esta investigação, muitas vezes, se mostra insuficiente para o diagnóstico correto da incontinência urinária. Nestes casos, a avaliação, ou estudo, urodinâmica (o) é realizada para confirmação do diagnóstico. No entanto, o melhor método para avaliação urodinâmica ainda não foi bem estabelecido. Apesar de a cistometria convencional ser considerada padrão ouro, e ser o método mais aceito para investigação de hiperatividade detrusora, o método de enchimento (retrógrado) da urodinâmica convencional permanece controverso. Por ser um enchimento não fisiológico, vários estudos têm demonstrado altos índices de falsos negativos em relação ao diagnóstico de hiperatividade detrusora. Objetivo: Estimar a prevalência de hiperatividade detrusora durante avaliação urodinâmica ambulatorial de pacientes encaminhadas ao ambulatório de uroginecologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre com sintoma de urgência e avaliação urodinâmica convencional normal. Métodos: Estudo transversal, no qual foram incluídas mulheres com idade superior a 19 anos, apresentando queixa de urgência, urge-incontinência ou incontinência mista, atendidas no ambulatório de uroginecologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e que já realizaram avaliação urodinâmica convencional, cuja cistometria não tenha detectado hiperatividade detrusora. O cálculo do tamanho da amostra foi realizado no programa WinPEPI (Programs for Epidemiologists for Windows) versão 11.43 , baseado nos achados de um estudo piloto com 6 pacientes. Para um nível de confiança de 95%, uma prevalência de hiperatividade em avaliação urodinâmica ambulatorial estimada em 83% e uma margem de erro de 17%, obtevese um total mínimo de 19 pacientes. O nível de significância adotado foi de 5% (p≤0,05) e as análises foram realizadas no programa SPSS versão 21.0. Resultados: Vinte pacientes com sintomas de urgência e cistometria convencional normal foram submetidas à avaliação urodinâmica ambulatorial. A média de idade foi de 56 anos. Os sintomas mistos de urgência e incontinência por esforço foram mais prevalentes do que sintomas puros de urgência (18/20). A prevalência de hiperatividade detrusora em avaliação urodinâmica ambulatorial de pacientes com sintoma de urgência e com avaliação urodinâmica convencional normal foi de 70% (14/20). O intervalo de 95% de confiança para a verdadeira prevalência na população é de 48% a 87% Conclusão: A avaliação urodinâmica ambulatorial parece ter um papel importante na avaliação adicional de casos mais complexos de pacientes com disfunções do trato urinário, quando há falha diagnóstica e terapêutica – em especial na avaliação de hiperatividade detrusora. Foi encontrado um falso negativo de 70% na avaliação urodinâmica convencional. No entanto, tendo em vista o maior custo do equipamento e das sondas em relação ao convencional, mais estudos são necessários para a incorporação deste exame na prática clínica brasileira. / Introduction: The investigation of lower urinary tract symptoms usually starts with the history, physical exam and simple clinical tests. However, quite often this investigation is not sufficient for the correct diagnosis of urinary incontinence. In these cases, the urodynamic test is accomplished to confirm it. The best method to evaluate the urodynamic has not been established. In spite of the conventional cystometry being considered as the gold standard and being the most accepted investigative method for detrusor overactivity, the conventional retrograde filling urodynamic method of remains controversial. Since it is a non-physiologic filling, several studies have shown high rates of false negatives concerning the diagnosis of detrusor overactivity. Objective: To estimate the prevalence of detrusor overactivity during ambulatory urodynamic tests in symptomatic patients whose results of conventional urodynamic evaluation were normal. Methodology: The research subjects were women referred to the urogynecology service of Hospital de Clínicas, Porto Alegre, Brazil for further investigation due to urinary incontinence symptoms (overactive bladder syndrome, urge incontinence or mixed incontinence), whose conventional urodynamics results did not show any detrusor overactivity. The sample size was calculated using the WinPEPI program (Programs for Epidemiologists for Windows) 11.43 version and was based on the findings of a pilot study with 6 patients. Using a 95% confidence interval and an estimated urodynamic detrusor overactivity prevalence of 83% with a standard error of 17%, a sample size of 19 patients was obtained. A level of significance of 5% (p≤0.05) was considered. SPSS 21.0 version program was used to accomplish the statistical analysis. Results: A total of 20 women were included in this study. The mean age was 56.1 years, the mean body mass index was 29.7 and the mean time of the symptoms was 5 years. We found mixed urinary incontinence in 18 (90%) and urge incontinence in 2 (10%) patients. All conventional cystometry tests were normal; however, in 14 (70%) patients the ambulatory urodynamics was able to diagnose detrusor overactivity. Conclusion: The ambulatory urodynamics evaluation seems to have a major role in the additional evaluation of more complex cases of urinary tract dysfunctions, when there is a diagnostic and therapeutic flaw – especially in the evaluation of detrusor overactivity. We found 70 % of false negative in the conventional cystometry. However, having in mind the higher cost of the equipment and catheters in relation to the conventional one, more studies are necessary for the incorporation of this test in the Brazilian clinical practice.
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Imipramina versus tratamento conservador em mulheres com síndrome da bexiga hiperativaSilva, Renata Helena José January 2011 (has links)
A Síndrome da Bexiga Hiperativa (SBH) é caracterizada por urgência urinária com ou sem incontinência, acompanhada de freqüência e noctúria. O tratamento é inicialmente clínico, visando o relaxamento do musculo detrusor com uso de anticolinérgicos e antidepressivos tricíclinos. Os anticolinérgicos reduzem a atividade contrátil do detrusor por bloquear os receptores muscarínicos na junção neuromuscular. A Imipramina é um antidepressivo tricíclico que possui ação anticolinérgica e alfa-adrenérgica indireta, relaxando o detrusor e aumentando a pressão intrauretral, diminuindo os episódios de perda urinária, sendo uma boa alternativa para a Incontinência Urinária Urgência (IUU) e Incontinência Urinária Mista (IUM). OBJETIVOS: Validar a Imipramina como opção para paciente com SBH e verificar a ocorrência e a freqüência dos efeitos adversos. MATERIAIS E MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado cruzado com mulheres com mais de 18 anos com queixa de IUU ou IUM atendidas no Ambulatório de Uroginecologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Para uma melhora de 71% no grupo da imipramina e 16% do grupo dos exercícios perineais, com “p” de 0,05 e um poder de 80%, são necessários 19 pacientes em cada grupo (Epi-Info). Totalizamos um “n” de 38 pacientes, estimando 20% de perdas. RESULTADOS e CONCLUSÕES: 38 mulheres foram randomizadas, sendo 6 pacientes excluídas. 32 pacientes foram submetidas à três meses de tratamento conservador e três meses de uso de Imipramina. Ao final de 6 meses foi realizada a análise estatística. 24 pacientes mantiveram o uso da medicação após o término do estudo. Não houve diferença entre os grupos em relação aos dados demográficos, comorbidades, uso de medicações, cirurgias, distopias genitais, presença de efeitos colaterais com uso da medicação, tempo de suspensão da medicação e Pressão de Perda Urinária (VLPP). Houve diferença estatística em relação à presença de Contrações Não Inibidas (CNI) durante a Avaliação Urodinâmica. Em relação aos questionários, o uso imipramina mostrou uma melhora de 16,8 vezes em relação à alocação quando comparadas com uma melhora de 2,1 vezes do tratamento conservador. Em relação à Percepção Geral da Saúde (PGS), não houve diferença estatística, mas em relação à avaliação do Impacto da Incontinência (II), houve diferença significativa no grupo de realizou tratamento com Imipramina. Demostrou-se uma melhora da perda urinária de 16, 3 vezes quando comparadas ao início da alocação. A análise do escore final mostrou uma significância estatística na interação do grupo com o tipo de tratamento utilizado em determinado momento do tempo. Em conclusão, como única medicação disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar essa patologia podemos passar a utilizá-la, com cautela, como opção terapêutica ao anticolinérgico hoje mais usado, a oxibutinina, uma vez que se mostrou segura em relação aos efeitos colaterais e apresentou significância estatística em relação ao tratamento conservador. Entretanto, acredita-se que mais ensaios clínicos devem ser realizados com um “n” maior de pacientes e, talvez, comparando a imipramina com a oxibutinina, uma vez que é medicação de referência para tal patologia. / Overactive Bladder Syndrome (SBH) is characterized by urinary urgency with or without incontinence, accompanied by frequency and nocturia. Treatment is initially clinical, aimed at relaxing the detrusor muscle with the use of anticholinergics, antispasmodics and antidepressants tricíclinos. Anticholinergics reduce the contractile activity of the detrusor muscle by blocking muscarinic receptors at the neuromuscular junction. Imipramine is a tricyclic antidepressant that has anticholinergic action and alpha-adrenergic indirect, relaxing muscles and increasing detrusor pressure intrauretral, reducing the frequency of urinary leakage, being a good alternative for Urgency Urinary Incontinence (IUU) and mixed urinary incontinence (IUM). OBJECTIVES: To validate Imipramine as an option for patients with SBH and to verify the occurrence and frequency of adverse effects. METHODS: A randomized crossover clinical trial, with women over 18 years with complaints of IUU or IUM treated at the Urogynecology Clinic of Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA). For an improvement of 71% in the imipramine group and 16% of perineal exercises, with "p" of 0.05 and a power of 80%, 19 patients are needed in each group (Epi-Info). Totaled an "n" of 38 patients, an estimated 20% loss. RESULTS AND CONCLUSIONS: 38 women were randomized, with 6 patients excluded. 32 patients underwent three months of conservative treatment and three months of use of imipramine. At the end of 6 months was performed statistical analysis. 24 patients maintained their use of medication after the study. There was no difference between groups regarding demographics, comorbidities, medication use, surgery, genital dystopias, presence of side effects with the medication, time of drug discontinuation and urinary loss pressure (VLPP). There was statistical difference in relation to the presence of uninhibited contractions (CNI) during urodynamic evaluation. Regarding the questionnaires, the use of imipramine showed an improvement of 16.8 times over the allocation when compared to a 2.1 times improvement in the conservative treatment. Regarding the General Health Perception (PGS), there was no statistical difference, but in relation to assessing the impact of incontinence (II), there was significant difference in the group treated with imipramine performed. Demonstrated to an improvement in urinary loss of 16, 3 times when compared to the beginning of the allocation. The analysis of the final score showed a statistical significance in the group's interaction with the type of treatment used in a given moment in time. In conclusion, as the only medication available in the Brazilian Public Health System (SUS) to treat this disease that affects a substantial number of women, since it proved to be safe in relation to the side and made statistically significant compared to conservative treatment, we can move to use it with caution, as a therapeutic option for today's most commonly used anticholinergic, oxybutynin. However, it is believed that more trials should be conducted with more patients and perhaps comparing imipramine with oxybutynin, because it is a reference for this pathology.
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Função sexual de mulheres portadoras de incontinência urinária e submetidas a tratamento cirúrgicoRabin, Eliane Goldberg January 2012 (has links)
Atualmente a International Continence Society (ICS) define IU como qualquer perda involuntária de urina e é considerada um problema social e/ou de higiene valorizando a queixa das pacientes. A prevalência da IU em mulheres adultas tem sido estimada entre 10 e 40 %, e pode piorar com o envelhecimento, paridade e obesidade. Uma doença de baixa morbidade é responsável por até 30% do movimento cirúrgico de um ambulatório de ginecologia; por isso, a indicação precisa do tratamento é fundamental. O tratamento cirúrgico deve ser oferecido para incontinência moderada a severa ou na falha do tratamento clínico. Vários estudos têm mostrado que a IU está associada com a disfunção sexual, relatados por até dois terços das mulheres, no mundo, com sintomas como dispareunia, ressecamento vaginal e dificuldade para atingir o orgasmo, entre outros. Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar a função sexual de mulheres com incontinência urinária, antes e depois do tratamento cirúrgico. Método: Este estudo foi realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre entre agosto de 2009 e novembro de 2011. Tratase de um ensaio clinico controlado não randomizado que avaliou a função sexual de mulheres com incontinência urinária utilizando o instrumento Female Sexual Function Index (FSFI) e submetidas a tratamento cirúrgico (Burch ou Sling). A amostra total se constituiu de 38 mulheres que preencheram o questionário FSFI no pré-operatório e seis meses após Intervenção: Cirurgia de Burch ou Sling Instrumentos: Questionário FSFI, variáveis clínicas e demográficas. Resultados: Trinta e oito mulheres foram incluídas no estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A média de idade das mulheres foi 48 anos, todas sexualmente ativas. Oito mulheres fizeram o procedimento cirúrgico tipo Burch e trinta mulheres tipo Sling. No grupo Sling as mulheres eram mais velhas do que as do grupo Burch tinham maior tempo de vida em comum com seus parceiros (24,3 + 11,9) e um IMC de sobrepeso/obesidade (28,4 + 3,3). Não houve diferença estatisticamente significativa no préoperatório nos domínios do FSFI, porém no pós-operatório o escore geral indicou uma melhora da função sexual. Conclusões: Os domínios desejo e excitação melhoraram significativamente após a cirurgia para toda a amostra estudada. Aquelas que apresentaram cistocele tiveram uma melhora da função sexual no domínio dor e desconforto. / Aims: The Female Sexual Function Index (FSFI) is a scale to assess sexual dysfunction in women. This study compared sexual function of women with urinary incontinence before and after surgical treatment. Methods: This nonrandomized clinical controlled trial was conducted in the Hospital de Clínicas de Porto Alegre and in Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre from August 2009 to November 2011, to evaluate the sexual function of women with urinary incontinence that underwent surgical treatment (Burch or sling procedure). The sample comprised 38 women that answered the FSFI questionnaire before operation and six months after the intervention. Results: Thirty-eight women were included in the study and signed an informed consent term. Mean age was 48.3 years; all were sexually active, had studied for at least eight years (65.8%), had steady partners whose mean age was 54 years and with whom they had lived for a mean 22.5 years. The desire and arousal domains improved significantly after surgery for all the women included in the study. Conclusions: The patients that had cystocele had an improvement in sexual function in the discomfort and pain domain.
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Resposta motora e sensitiva após estimulação em nervo tibial posterior em idosas com síndrome da bexiga hiperativaAlves, Aline Teixeira 03 November 2014 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2014. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2014-12-11T18:42:34Z
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2014_AlineTeixeiraAlves.pdf: 1474117 bytes, checksum: 1ee80b1f8d0f223b45348ffb1bd0c773 (MD5) / Introdução: O envelhecimento é um processo contínuo e inevitável que afeta o ser humano. O trato urinário, assim como outros sistemas, é influenciado pelos efeitos interativos e aditivos destas mudanças e pelo acúmulo de inúmeros problemas relacionados ao envelhecimento. A síndrome da bexiga hiperativa (SBH) é comum em idosos e é de grande importância a investigação de estratégias terapêuticas não-invasivas para uma melhor abordagem dessa população. Objetivo: Avaliar a eficácia da eletroestimulação transcutânea em nervo tibial posterior para o tratamento da SBH em idosas. Método: Trata-se de um ensaio clínico randomizado e controlado com mulheres idosas da comunidade (>60 anos) com SBH, que foram randomizadas em 3 grupos: G1 = eletroterapia em tibial posterior em limiar sensitivo, G2 = eletroterapia em tibial posterior em limiar motor, G3 = grupo controle, sem intervenção. As variáveis analisadas no estudo foram: (1) hábito urinário (número de espisódios de frequência miccional em 24 horas, noctúria, urgência e urge-incontinência) avaliado pelo diário miccional de três dias; (2) qualidade de vida, relacionada aos sintomas de BH e o grau de incômodo dos sintomas de frequência urinária diurna, noctúria, urgência e urge-incontinência, analisados pelo questionário ICIQ-OAB e (3) avaliação do desconforto com a eletroterapia por meio da escala visual analógica. O cálculo amostral sugeriu 19 voluntárias por grupo. A distribuição não normal dos dados foi identificada por meio do teste Kolmogorov-Smirnov. A comparação das variáveis contínuas entre os três grupos foi feita utilizando o teste Kruskal Wallis, seguida pelos testes Mann-Whitney U para realizar análise de comparações múltiplas intergrupo. A comparação das variáveis categóricas foi feita utilizando o teste qui-quadrado. Foi realizado análise de intenção de tratar e o nível de significância (α) de 0,05 foi considerado. Resultados: Foram selecionadas 130 idosas que atenderam aos critérios de elegibilidade, porém 29 foram excluídas. Foram randomizadas 101 pacientes, 39 no G1 (limiar sensitivo), 33 no G2 (limiar motor) e 29 no G3 (controle). Os grupos 1 e 2 apresentaram melhora significativa no pós-intervenção relacionada a qualidade de vida, enquanto o G3 não apresentou melhora significativa (p<0,001, p<0,001, p=0,474, respectivamente). O sintoma de maior incômodo tanto no G1 quanto no G2 foi a urgência, apresentando média de 7,09±3,12, 7,27±2,50, respectivamente. O G3 apresentou maior pontuação de grau de incômodo no sintoma de urge-incontinência (8,00± 3,73). No hábito urinário, tanto o G1 quanto o G2 apresentaram melhora significativa no pós-tratamento, para os parâmetros de frequência (p<0,001 para ambos), noctúria (p<0,001 para ambos), urgência (p<0,001 para ambos) e urge-incontinência (p<0,001, p=0,002). O G3 não apresentou melhora significativa. Conclusão: A eletroestimulação transcutânea no nervo tibial posterior mostrou-se eficaz no tratamento de SBH em idosas, não havendo diferença entre os limiares sensitivo e motor para as variáveis analisadas. __________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Introduction: Aging is a continuous and inevitable process that affects humans. The urinary tract as well as other systems, is influenced by the interactive and additive effects of these changes and the accumulation of numerous problems related to aging. The overactive bladder syndrome (OABS) is common in the elderly is of great importance and the investigation of non-invasive therapeutic strategies for better treatment of this population. Objective: To evaluate the efficacy of transcutaneous electrical stimulation on posterior tibial nerve for the treatment of OABS in elderly women. Method: This is a randomized controlled trial with community elderly women (> 60 years) with OABS, who were randomized in 3 groups: G1 = electrotherapy in posterior tibial in sensory threshold, G2 = electrotherapy in posterior tibial in motor threshold, G3 = control group, without intervention. The variables analyzed in the study were: (1) urinary habit (number of episodes of voiding frequency in 24 hours, nocturia, urgency and urgeincontinence) assessed by voiding diary of three days; (2) quality of life related to symptoms of OAB and the degree of discomfort of the symptoms of daytime urinary frequency, nocturia, urgency and urgeincontinence, analyzed by questionnaire ICIQ-OAB, and (3) evaluation of discomfort of electrical stimulation through visual analogue scale. The sample size suggest 19 voluntary per group. The non normal distribution of data was done using Kolmogorov-Smirnov test. The comparison of continuous variables between groups was made using the Kruskal Wallis test followed by Mann-Whitney U tests to perform analysis of multiple intergroup comparisons. Comparison of categorical variables was performed using chi-square test. Intention to treat analysis and the significance level (α) of 0.05 were considered. Results: 130 elderly women who met the eligibility criteria were selected, but 29 were excluded. 101 patients, 39 were randomized in G1 (sensory threshold), 33 in G2 (motor threshold) and 29 in G3 (control). Groups 1 and 2 showed significant improvement in the post-intervention related to quality of life, while the G3 does not showed significant improvement (p <0.001, p <0.001, p = 0.474, respectively). The most bothersome symptom of both G1 and G2 was the urgency and averaged 7.09 ± 3.12, 7.27 ± 2.50, respectively. G3 presented higher scores of the level of discomfort in the symptom of urgeincontinence (8.00 ± 3.73). In urinary habits, both G1 and G2 showed significant improvement after treatment, for the parameters of frequency (p <0.001 for both), nocturia (p <0.001 for both), urgency (p <0.001 for both) and urgeincontinence (p <0.001, p = 0.002). The G3 showed no significant improvement. Conclusion: Transcutaneous electrical stimulation on posterior tibial nerve proved to be effective in treating OABS in elderly women, with no difference between the sensory and motor thresholds for the variables analyzed.
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Percepção sobre qualidade de vida em pessoas com lesão medular traumática : um estudo sobre incontinência urináriaMeneguessi, Geila Marcia 06 August 2012 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2012. / Submitted by Elna Araújo (elna@bce.unb.br) on 2013-01-07T19:56:40Z
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2012_GeilaMarciaMeneguessi.pdf: 1339982 bytes, checksum: 646a159585056e57b174b89b90348e3d (MD5) / A injúria medular pode causar alterações sensitivas, motoras e orgânicas, como a bexiga neurogênica, uma disfunção miccional que pode ocasionar incontinência urinária, com repercussão na qualidade de vida. O objetivo do estudo foi o de conhecer a percepção sobre incontinência urinária e sua influência na qualidade de vida de pessoas com lesão medular. O delineamento escolhido foi o estudo descritivo do tipo transversal. A amostra contou com 101 indivíduos com paraplegia traumática. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada, na qual foram aplicados dois instrumentos: um questionário sociodemográfico e clínico, com objetivo de se conhecerem as características demográficas dos entrevistados e as variáveis que influenciam na qualidade de vida; e o segundo, o International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF), um instrumento específico, que avalia a qualidade de vida de pessoas com incontinência urinária. Foi realizado o teste de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para a análise das variáveis com significância estatística (p> 0.05). Além disso, foi realizada uma pergunta de caráter qualitativo com objetivo de conhecer a percepção dos entrevistados sobre incontinência urinária nas atividades diárias, analisada pela técnica de Análise de Conteúdo, de Bardin. A média do escore geral do ICIQ-SF foi 13,21 pontos (DP±3), mediana 14, mínimo 4 e máximo 21 pontos. A análise quantitativa mostrou que houve significância estatística para os domínios social (atividades externas, p=0, 007, atividades físicas, p=0, 035, atividade laboral, p=0, 058); relações pessoas (atividade sexual, p=0, 0003, afetividade, p=0, 002). Não houve significância estatística para as seguintes variáveis: formas de esvaziamento vesical (p=0, 114), uso de medicação (p=0,574), tipo de lesão (p=0,145) e tipo de disfunção da bexiga neurogênica (p=0,798). A análise qualitativa dos dados identificou quatro categorias: a perda urinária incomoda, a perda urinária é constrangedora, não sei se tem banheiro adaptado, estou sempre dependente. Este estudo demonstrou que a incontinência urinária ocasiona grande impacto na qualidade de vida de pessoas com lesão medular, com comprometimento principalmente no domínio social, esfera sexual e relações pessoais. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The spinal cord injury can result in sensory changes, motor and autonomic responses, such as neurogenic bladder, a voiding dysfunction that can cause urinary incontinence with impact of quality of life. The aim of this study was to know the perception of urinary incontinence and its influence on quality of life of people with spinal cord injury. This is a cross-sectional study. The sample consisted of 101 individuals with traumatic paraplegia. Data collection was conducted through semi-structured interview in which both instruments were applied: a sociodemographic and clinical questionnaire, with the objective of knowing of the demographic characteristics of respondents and the variables that influence the quality of life; and the second, the International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF), a specific instrument, which assesses the quality of life of people with urinary incontinence. It was performed using the Mann-Whitney and Kruskal-Wallis test for analysis of the variables with statistical significance (p> 0.05). In addition, we performed a qualitative question aimed to know the perception of respondents about urinary incontinence in their daily activities, through Content Analysis from Bardin. The average overall score of the ICIQ- SF was 13.21 points (SD±3), median 14 points, minimum 4 and maximum 21 points. Quantitative analysis showed that there was statistical significance for the social domain (outside activities, p = 0.007, physical activities, (p = 0.035, work activity, p = 0.058); personal relationship (sexual activity, p = 0.0003, affectivity, p = 0.002).There was no statistical significance for the following variables, bladder emptying (p = 0. 114), medication use (p = 0.574), type of lesion (p = 0.145) and neurogenic bladder dysfunction (p = 0.798). Qualitative analysis of data identified four categories: bothersome urinary loss, urinary loss is embarrassing, I do not know if you have adapted bathroom, I’m always depending. This study show as the urinary incontinence causes major impact on quality of life of people with spinal cord injury, especially with involvement in the social, sexual aspects and personal relationships. _________________________________________________________________________________ RESUMEN / La lesión de la médula espinal causa cambios sensoriales, motores y las respuestas autonómicas, entre ellas la vejiga neurogénica, disfunción miccional que puede causar incontinencia urinaria con a la mala calidad de vida. El objetivo de este estudio fue conocer la percepción de la incontinencia urinaria y su influencia en la calidad de vida de las personas con lesión de la médula espinal. El diseño elegido fue un estudio descriptivo de corte transversal. La muestra consistió en 101 individuos con paraplejía traumática. La recolección de datos se llevó a cabo a través de entrevista semi-estructurada en la que ambos instrumentos se aplicaron un cuestionario sociodemográfico y clínico, con el fin de conocer las características demográficas de los encuestados y las variables que influyen en la calidad de vida y, en segundo lugar, se utilizó lo International Consultation on Incontinence Short Form (ICIQ-SF), un instrumento específico, que evalúa la calidad de vida de las personas con incontinencia urinaria. Se realizó la prueba de Mann-Whitney y Kruskal-Wallis para el análisis de las variables con significación estadística (p> 0,05). Además, se realizó una pregunta cualitativa que tuvo como objetivo conocer la percepción de los encuestados acerca de la incontinencia urinaria en su día a día, analizadas por el método de Análisis de Contenido, de Bardin. La puntuación media global del ICIQ-SF era 13.21 puntos (± 3), mediana de 14 puntos, mínimo 4, máximo 21 puntos. El análisis cuantitativo mostró que había significación estadística para el ámbito social (actividades fuera, p = 0,007, actividades física = 0,035, la actividad laboral, p = 0,058); la relaciones personales (la actividad sexual, p= 0,0003, afecto, p= 0,002). No hubo significación estadística para las siguientes variables: método de drenaje de la vejiga (p = 0, 114), el uso de medicación (p = 0,574), el tipo de lesión (p = 0,145) y el tipo de disfunción de la vejiga neurogénica (p = 0,798). El análisis cualitativo de datos identifica cuatro categorías: pérdida urinaria molesta, pérdida urinaria es vergonzoso, no sé si tiene baño adaptado, siempre estoy dependiente. Este estudio demostró que la incontinencia urinaria provoca gran impacto en la calidad de vida de las personas con lesión de la médula espinal, especialmente con la participación en el ámbito social, las relaciones sexuales y personales.
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Força muscular perineal e incontinência urinária e anal na gestação: estudo de coorte / Pelvic floor muscle strength and urinary and anal incontinence during pregnancy: a cohort studyKarina Fernandes Trevisan 18 March 2015 (has links)
Introdução: A gestação é considerada um fator que favorece o aparecimento de incontinência urinária (IU) e anal (IA), pois pode levar ao enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico. Objetivos: 1. Analisar a força dos músculos do assoalho pélvico (FMAP) de mulheres durante a gestação; 2. Analisar a IU e IA em mulheres durante a gestação; 3. Identificar a interferência da IU na vida da gestante. Método: Coorte prospectiva, realizada com gestantes em um serviço do setor suplementar de saúde, em Guarulhos, SP. Foram incluídas as 500 mulheres que iniciaram o acompanhamento pré-natal e atenderam aos critérios de inclusão, no período ininterrupto entre 21 de novembro de 2012 e 17 de setembro de 2013. A idade gestacional (IG) foi considerada como exposição; a FMAP, IU, IA e interferência da IU na vida da gestante foram consideradas como desfechos. As gestantes foram seguidas em três etapas: Etapa 1, com IG abaixo de 13 semanas; Etapa 2, com IG de 20 a 27 semanas; Etapa 3, com IG de 31 a 38 semanas. A FMAP foi avaliada por meio da perineometria (Peritron) e a IU e IA foram avaliadas por meio de entrevista. Utilizou-se, também, o International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF). Foi realizada análise descritiva, inferencial e multivariada. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da USP. Resultados: Foram avaliadas 500, 226 e 187 gestantes, nas etapas 1, 2 e 3 da coorte, respectivamente. As perdas de seguimento foram analisadas, indicando que estas foram aleatórias e não influenciaram os desfechos. A FMAP não variou significativamente ao longo da gestação, com média de 30,5 (d.p.=17,3), 29,2 (d.p.=14,9) e 28,7 (d.p.=15,5) cmH2O, nas etapas 1, 2 e 3, respectivamente. Considerando o ponto de corte de 30cmH2O, a maioria das gestantes apresentou FMAP<30cmH2O, em todas as etapas (p=0,055). A incidência de IU na gestação foi 18,6% e a prevalência foi 19,0%, 42,5% e 35,3%, no primeiro, segundo e terceiro trimestres, respectivamente (p<0,001). A incidência de IA foi 5,4% e a prevalência variou de 7,5% a 11,5%. Ao longo da gestação, média do escore do ICIQ-SF variou de 7,8 (d.p.=4,8) a 8,3 (d.p.=4,0). Na análise multivariada, as variáveis que, em conjunto, explicam a variação da FMAP na gestação foram: IG (por semana: r= -0,09; 95%IC -0,16 a -0,02), gestação anterior (por gestação: r= -1,73; 95%IC -3,20 a -0,25), IU prévia (r=-3,03; 95%IC -5,96 a -0,11) e realização de exercícios perineais (r= 2,37; 95%IC 0,48-4,26). Para IU, as variáveis foram: IG (segundo trimestre: OR=5,26; 95%IC 3,44-8,02; terceiro trimestre: OR=3,34; 95%IC 2,09-5,31), IU prévia (OR=5,62; 95%IC 3,93-8,04), FMAP (30cmH2O; OR=0,58; 95%IC 0,41-0,82), realização de exercícios perineais (OR=0,53; 95%IC 0,31-0,89) e idade materna (por ano: OR=1,05; 95%IC 1,02-1,08). Apenas IA prévia (OR=11,13; 95%IC 6,70-18,50) manteve associação com IA na gestação. Conclusão: A realização de exercícios perineais pelo menos duas vezes por semana aumenta a FMAP e reduz a ocorrência de IU na gestação. A FMAP30cmH2O também é um fator protetor contra a IU na gestação. A chance de IU é maior no segundo trimestre da gestação e em mulheres com antecedentes de IU. O impacto da IU na vida da gestante pode ser considerado moderado / Introduction: Pregnancy is considered a factor that favors the onset of urinary (UI) and anal incontinence (AI) as it can weaken the pelvic floor muscles. Objectives: 1. To analyse the pelvic floor muscles strength (PFMS) of women during pregnancy; 2. To analyse the UI and AI of women during pregnancy; 3. To identify the interference of UI in women\'s life. Methods: Prospective cohort study conducted with pregnant women in an insurance health care facility, in Guarulhos, SP. The 500 women who began prenatal care and met the inclusion criteria were included in a continuous period of time, from November 21, 2012 to September 17, 2013. Gestational age was considered the exposure; PFMS, urinary and faecal continence and UI interference in woman\'s life were considered the outcomes. The pregnant women were followed in three steps: Step 1, gestational age below 13 weeks; Step 2, from 20 to 27 weeks; Step 3, from 31 to 38 weeks. The PFMS was evaluated by perineometry (Peritron) and UI and AI by interview. There was adooted the International Consultation on Incontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF). Descriptive, inferential and multivariate analysis was performed. The Research Ethics Committee of USP School of Nursing approved the project. Results: A total of 500, 226 and 187 pregnant women were respectively evaluated in the steps 1, 2 and 3 of the cohort. The losses to follow-up analysis indicate these were random and did not influence the outcomes. The PFMS did not vary significantly during pregnancy, with a mean of 30.5 (SD=17.3), 29.2 (SD=14.9) and 28.7 (SD=15.5) cmH2O in steps 1, 2 and 3, respectively. Considering the 30cmH2O as cut off, most of the women had the PFMS under this in all steps (p=0.055). The incidence of UI during pregnancy was 18.6% and the prevalence was 19.0%, 42.5% and 35.3% in the first, second and third trimesters, respectively (p<0.001). The incidence of AI was 5.4% and the prevalence ranged from 7.5% to 11.5%. Throughout pregnancy, ICIQ-SF score averages ranged from 7.8 (SD=4.8) to 8.3 (SD=4.0). In the multivariate analysis, the variables that together explain the variation in the PFMS during pregnancy were gestational age (per week: r= -0.09; 95%CI -0.16 to -0.02), previous pregnancy (each pregnancy: r= -1.73; 95% CI -3.20 to -0.25), previous UI (r= -3.03; 95% CI -5.96 to -0.11) and perineal exercises (r= 2.37; 95% CI 0.48 to 4.26). To explain the variation in the UI, the variables were: gestational age (second trimester: OR=5.26; 95% CI 3.44 to 8.02; third trimester: OR=3.34; 95% CI 2.09 to 5.31), previous UI (OR=5.62; 95% CI 3.93 to 8.04), PFMS >30cmH2O (OR=0.58; 95% CI 0.41 to 0.82), perineal exercises (OR=0.53; 95% CI 0.31 to 0.89) and maternal age (per year: OR=1.05; 95% CI 1.02 to 1.08). Just prior AI (OR=11.13; 95% CI 6.70 to 18.50) is associated with AI during pregnancy. Conclusion: Perform perineal exercises at least twice a week increases the PFMS and reduce the occurrence of UI during pregnancy. The PFMS>30cmH2O is also a protective factor against UI during pregnancy. The chance to have UI is higher in the second trimester of pregnancy and in women with previous UI. The impact of UI on the women\'s life can be considered moderate
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Prevalência e fatores associados de incontinência urinária autorreferida no pós-parto / Prevalence and associated factors of urinary incontinence self-reported in the postpartum periodDaniela Biguetti Martins Lopes 15 April 2010 (has links)
A incontinência urinária (IU) é definida como toda perda involuntária de urina, sendo um problema social e de higiene. No Brasil, é incipiente a produção bibliográfica sobre incontinência urinária no pós-parto. Trata-se de uma morbidade pouco explorada pelo profissional de saúde, o que dificulta a identificação da mulher que apresenta a intercorrência. O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de incontinência urinária autorreferida no pós-parto e relacionar os fatores associados. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal sobre os fatores relacionados à incontinência urinária autorreferida no pós-parto, realizado no Centro de Saúde Escola Samuel Barnsley Pessoa, localizado na região oeste do município de São Paulo. A população foi constituída por 288 mulheres com 30 dias a seis meses de pós-parto, entrevistadas no período de janeiro a agosto de 2009. Os resultados indicaram prevalência de 24,6% de perda involuntária de urina autorreferida no pós-parto. A idade das mulheres variou de 18 a 45 anos. Quanto às características sociodemográficas, apenas a cor da pele apresentou diferença estatística significante (p-valor=0,0043), com maior representatividade em mulheres brancas. Dentre as 71 entrevistadas que referiram IU no pós-parto, a maioria era primípara e se submeteu a parto normal. Não houve diferença estatística significante entre a paridade e o tipo de parto e a ocorrência de IU. O ganho de peso e a ocorrência de infecção urinária durante a gestação, o uso e o tipo de anestesia, o uso de ocitocina, o tempo de trabalho de parto, a situação do períneo e o peso do recém-nascido ao nascer não apresentaram diferença estatística significante com a ocorrência de IU no pós-parto. Quanto às características das perdas, 44 mulheres (62%) referiram incontinência aos esforços, 14 (19,7%) citaram IU de urgência e 13 (18,3%) apontaram IU mista; em 53 mulheres (74,7%) a severidade foi classificada como incontinência moderada. Verificou-se que para 20 mulheres (28,2%) a morbidade interferia nas atividades diárias; enquanto que 10 (14,1%) comunicaram a intercorrência ao profissional de saúde; e 96,2% (277 em 288) não receberam qualquer orientação sobre o preparo do períneo, fator apontado pelas entrevistadas como uma das causas desencadeantes da IU. Os achados deste estudo nos permitem concluir que a ocorrência de incontinência urinária autorreferida no pós-parto associa-se à cor da pele; com predominância de incontinência urinária em primíparas em comparação às não-primíparas. Identificar os fatores associados à incontinência urinária em mulheres no pós-parto e sua prevalência contribui no planejamento de atenção de enfermagem obstétrica à mulher que vivencia o período reprodutivo. / Urinary incontinence (UI) is defined as any involuntary loss of urine, being a social and hygiene problem. In Brazil, the literature about the urinary incontinence after childbirth is incipient. UI is a morbid little explored by health professionals, making it difficult to identify the woman who has a complication. The aim of this study was to assess the prevalence of urinary incontinence self-reported in the postpartum period and to relate the associated factors. This is an epidemiologic and cross-sectional study about the factors related to urinary incontinence self-reported in the postpartum period, held at the Health Center School Samuel Barnsley Pessoa located in the western region of São Paulo. The population consisted of 288 women with 30 days to six months in the postpartum period. They were interviewed from January to August 2009. The results showed that 24,6% was the prevalence of involuntary loss of urine self-reported in the postpartum period. The women ranged from 18 to 45 years old. The sociodemographic characteristics showed that only the color of the skin was statistically significant (p-value = 0.0043); women with white skin had greater representation. Among the 71 women who reported UI in the postpartum period, the primiparous were majority and underwent vaginal delivery. There was no statistically significant difference between parity and kind of the delivery and the occurrence of UI. The weight gain and urinary tract infection during pregnancy, the use and the type of anesthesia, the use of oxytocin, the duration of the labor, the episiotomy or the integrity of the perineum and the weight of the newborn at birth showed no statistically significant difference in the occurrence of UI in the postpartum period. Regarding the characteristics of losses, 44 women (62%) had incontinence when exercising, 14 (19.7%) reported urgency UI and 13 (18.3%) had mixed incontinence; to 53 (74.7%) women, the severity of the incontinence was classified as moderate. It was found that to 20 women (28.2%) the morbidity interfered on their daily activities, while 10 (14.1%) reported the complications to the health professional; and 96.2% (277 of 288) of women did not receive any guidance on the preparation of the perineum, reason given by them as one of the contributory causes of UI. Our findings allow us to conclude that the occurrence of urinary incontinence self-reported in the postpartum period is associated with skin color and that there is a prevalence of urinary incontinence in primiparous compared to multiparous. Identify factors associated with urinary incontinence in women after childbirth and its prevalence contribute to the planning of obstetric nursing care to women on the reproductive period.
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Avaliação urodinâmica ambulatorial em mulheres com sintoma de urgência e avaliação urodinâmica convencional normalHeineck, Simone da Cunha January 2015 (has links)
Introdução: A investigação dos sintomas do trato urinário inferior se inicia, geralmente, pela história, exame físico e testes clínicos simples. Entretanto, esta investigação, muitas vezes, se mostra insuficiente para o diagnóstico correto da incontinência urinária. Nestes casos, a avaliação, ou estudo, urodinâmica (o) é realizada para confirmação do diagnóstico. No entanto, o melhor método para avaliação urodinâmica ainda não foi bem estabelecido. Apesar de a cistometria convencional ser considerada padrão ouro, e ser o método mais aceito para investigação de hiperatividade detrusora, o método de enchimento (retrógrado) da urodinâmica convencional permanece controverso. Por ser um enchimento não fisiológico, vários estudos têm demonstrado altos índices de falsos negativos em relação ao diagnóstico de hiperatividade detrusora. Objetivo: Estimar a prevalência de hiperatividade detrusora durante avaliação urodinâmica ambulatorial de pacientes encaminhadas ao ambulatório de uroginecologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre com sintoma de urgência e avaliação urodinâmica convencional normal. Métodos: Estudo transversal, no qual foram incluídas mulheres com idade superior a 19 anos, apresentando queixa de urgência, urge-incontinência ou incontinência mista, atendidas no ambulatório de uroginecologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e que já realizaram avaliação urodinâmica convencional, cuja cistometria não tenha detectado hiperatividade detrusora. O cálculo do tamanho da amostra foi realizado no programa WinPEPI (Programs for Epidemiologists for Windows) versão 11.43 , baseado nos achados de um estudo piloto com 6 pacientes. Para um nível de confiança de 95%, uma prevalência de hiperatividade em avaliação urodinâmica ambulatorial estimada em 83% e uma margem de erro de 17%, obtevese um total mínimo de 19 pacientes. O nível de significância adotado foi de 5% (p≤0,05) e as análises foram realizadas no programa SPSS versão 21.0. Resultados: Vinte pacientes com sintomas de urgência e cistometria convencional normal foram submetidas à avaliação urodinâmica ambulatorial. A média de idade foi de 56 anos. Os sintomas mistos de urgência e incontinência por esforço foram mais prevalentes do que sintomas puros de urgência (18/20). A prevalência de hiperatividade detrusora em avaliação urodinâmica ambulatorial de pacientes com sintoma de urgência e com avaliação urodinâmica convencional normal foi de 70% (14/20). O intervalo de 95% de confiança para a verdadeira prevalência na população é de 48% a 87% Conclusão: A avaliação urodinâmica ambulatorial parece ter um papel importante na avaliação adicional de casos mais complexos de pacientes com disfunções do trato urinário, quando há falha diagnóstica e terapêutica – em especial na avaliação de hiperatividade detrusora. Foi encontrado um falso negativo de 70% na avaliação urodinâmica convencional. No entanto, tendo em vista o maior custo do equipamento e das sondas em relação ao convencional, mais estudos são necessários para a incorporação deste exame na prática clínica brasileira. / Introduction: The investigation of lower urinary tract symptoms usually starts with the history, physical exam and simple clinical tests. However, quite often this investigation is not sufficient for the correct diagnosis of urinary incontinence. In these cases, the urodynamic test is accomplished to confirm it. The best method to evaluate the urodynamic has not been established. In spite of the conventional cystometry being considered as the gold standard and being the most accepted investigative method for detrusor overactivity, the conventional retrograde filling urodynamic method of remains controversial. Since it is a non-physiologic filling, several studies have shown high rates of false negatives concerning the diagnosis of detrusor overactivity. Objective: To estimate the prevalence of detrusor overactivity during ambulatory urodynamic tests in symptomatic patients whose results of conventional urodynamic evaluation were normal. Methodology: The research subjects were women referred to the urogynecology service of Hospital de Clínicas, Porto Alegre, Brazil for further investigation due to urinary incontinence symptoms (overactive bladder syndrome, urge incontinence or mixed incontinence), whose conventional urodynamics results did not show any detrusor overactivity. The sample size was calculated using the WinPEPI program (Programs for Epidemiologists for Windows) 11.43 version and was based on the findings of a pilot study with 6 patients. Using a 95% confidence interval and an estimated urodynamic detrusor overactivity prevalence of 83% with a standard error of 17%, a sample size of 19 patients was obtained. A level of significance of 5% (p≤0.05) was considered. SPSS 21.0 version program was used to accomplish the statistical analysis. Results: A total of 20 women were included in this study. The mean age was 56.1 years, the mean body mass index was 29.7 and the mean time of the symptoms was 5 years. We found mixed urinary incontinence in 18 (90%) and urge incontinence in 2 (10%) patients. All conventional cystometry tests were normal; however, in 14 (70%) patients the ambulatory urodynamics was able to diagnose detrusor overactivity. Conclusion: The ambulatory urodynamics evaluation seems to have a major role in the additional evaluation of more complex cases of urinary tract dysfunctions, when there is a diagnostic and therapeutic flaw – especially in the evaluation of detrusor overactivity. We found 70 % of false negative in the conventional cystometry. However, having in mind the higher cost of the equipment and catheters in relation to the conventional one, more studies are necessary for the incorporation of this test in the Brazilian clinical practice.
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Imipramina versus tratamento conservador em mulheres com síndrome da bexiga hiperativaSilva, Renata Helena José January 2011 (has links)
A Síndrome da Bexiga Hiperativa (SBH) é caracterizada por urgência urinária com ou sem incontinência, acompanhada de freqüência e noctúria. O tratamento é inicialmente clínico, visando o relaxamento do musculo detrusor com uso de anticolinérgicos e antidepressivos tricíclinos. Os anticolinérgicos reduzem a atividade contrátil do detrusor por bloquear os receptores muscarínicos na junção neuromuscular. A Imipramina é um antidepressivo tricíclico que possui ação anticolinérgica e alfa-adrenérgica indireta, relaxando o detrusor e aumentando a pressão intrauretral, diminuindo os episódios de perda urinária, sendo uma boa alternativa para a Incontinência Urinária Urgência (IUU) e Incontinência Urinária Mista (IUM). OBJETIVOS: Validar a Imipramina como opção para paciente com SBH e verificar a ocorrência e a freqüência dos efeitos adversos. MATERIAIS E MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado cruzado com mulheres com mais de 18 anos com queixa de IUU ou IUM atendidas no Ambulatório de Uroginecologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Para uma melhora de 71% no grupo da imipramina e 16% do grupo dos exercícios perineais, com “p” de 0,05 e um poder de 80%, são necessários 19 pacientes em cada grupo (Epi-Info). Totalizamos um “n” de 38 pacientes, estimando 20% de perdas. RESULTADOS e CONCLUSÕES: 38 mulheres foram randomizadas, sendo 6 pacientes excluídas. 32 pacientes foram submetidas à três meses de tratamento conservador e três meses de uso de Imipramina. Ao final de 6 meses foi realizada a análise estatística. 24 pacientes mantiveram o uso da medicação após o término do estudo. Não houve diferença entre os grupos em relação aos dados demográficos, comorbidades, uso de medicações, cirurgias, distopias genitais, presença de efeitos colaterais com uso da medicação, tempo de suspensão da medicação e Pressão de Perda Urinária (VLPP). Houve diferença estatística em relação à presença de Contrações Não Inibidas (CNI) durante a Avaliação Urodinâmica. Em relação aos questionários, o uso imipramina mostrou uma melhora de 16,8 vezes em relação à alocação quando comparadas com uma melhora de 2,1 vezes do tratamento conservador. Em relação à Percepção Geral da Saúde (PGS), não houve diferença estatística, mas em relação à avaliação do Impacto da Incontinência (II), houve diferença significativa no grupo de realizou tratamento com Imipramina. Demostrou-se uma melhora da perda urinária de 16, 3 vezes quando comparadas ao início da alocação. A análise do escore final mostrou uma significância estatística na interação do grupo com o tipo de tratamento utilizado em determinado momento do tempo. Em conclusão, como única medicação disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar essa patologia podemos passar a utilizá-la, com cautela, como opção terapêutica ao anticolinérgico hoje mais usado, a oxibutinina, uma vez que se mostrou segura em relação aos efeitos colaterais e apresentou significância estatística em relação ao tratamento conservador. Entretanto, acredita-se que mais ensaios clínicos devem ser realizados com um “n” maior de pacientes e, talvez, comparando a imipramina com a oxibutinina, uma vez que é medicação de referência para tal patologia. / Overactive Bladder Syndrome (SBH) is characterized by urinary urgency with or without incontinence, accompanied by frequency and nocturia. Treatment is initially clinical, aimed at relaxing the detrusor muscle with the use of anticholinergics, antispasmodics and antidepressants tricíclinos. Anticholinergics reduce the contractile activity of the detrusor muscle by blocking muscarinic receptors at the neuromuscular junction. Imipramine is a tricyclic antidepressant that has anticholinergic action and alpha-adrenergic indirect, relaxing muscles and increasing detrusor pressure intrauretral, reducing the frequency of urinary leakage, being a good alternative for Urgency Urinary Incontinence (IUU) and mixed urinary incontinence (IUM). OBJECTIVES: To validate Imipramine as an option for patients with SBH and to verify the occurrence and frequency of adverse effects. METHODS: A randomized crossover clinical trial, with women over 18 years with complaints of IUU or IUM treated at the Urogynecology Clinic of Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA). For an improvement of 71% in the imipramine group and 16% of perineal exercises, with "p" of 0.05 and a power of 80%, 19 patients are needed in each group (Epi-Info). Totaled an "n" of 38 patients, an estimated 20% loss. RESULTS AND CONCLUSIONS: 38 women were randomized, with 6 patients excluded. 32 patients underwent three months of conservative treatment and three months of use of imipramine. At the end of 6 months was performed statistical analysis. 24 patients maintained their use of medication after the study. There was no difference between groups regarding demographics, comorbidities, medication use, surgery, genital dystopias, presence of side effects with the medication, time of drug discontinuation and urinary loss pressure (VLPP). There was statistical difference in relation to the presence of uninhibited contractions (CNI) during urodynamic evaluation. Regarding the questionnaires, the use of imipramine showed an improvement of 16.8 times over the allocation when compared to a 2.1 times improvement in the conservative treatment. Regarding the General Health Perception (PGS), there was no statistical difference, but in relation to assessing the impact of incontinence (II), there was significant difference in the group treated with imipramine performed. Demonstrated to an improvement in urinary loss of 16, 3 times when compared to the beginning of the allocation. The analysis of the final score showed a statistical significance in the group's interaction with the type of treatment used in a given moment in time. In conclusion, as the only medication available in the Brazilian Public Health System (SUS) to treat this disease that affects a substantial number of women, since it proved to be safe in relation to the side and made statistically significant compared to conservative treatment, we can move to use it with caution, as a therapeutic option for today's most commonly used anticholinergic, oxybutynin. However, it is believed that more trials should be conducted with more patients and perhaps comparing imipramine with oxybutynin, because it is a reference for this pathology.
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Função sexual de mulheres portadoras de incontinência urinária e submetidas a tratamento cirúrgicoRabin, Eliane Goldberg January 2012 (has links)
Atualmente a International Continence Society (ICS) define IU como qualquer perda involuntária de urina e é considerada um problema social e/ou de higiene valorizando a queixa das pacientes. A prevalência da IU em mulheres adultas tem sido estimada entre 10 e 40 %, e pode piorar com o envelhecimento, paridade e obesidade. Uma doença de baixa morbidade é responsável por até 30% do movimento cirúrgico de um ambulatório de ginecologia; por isso, a indicação precisa do tratamento é fundamental. O tratamento cirúrgico deve ser oferecido para incontinência moderada a severa ou na falha do tratamento clínico. Vários estudos têm mostrado que a IU está associada com a disfunção sexual, relatados por até dois terços das mulheres, no mundo, com sintomas como dispareunia, ressecamento vaginal e dificuldade para atingir o orgasmo, entre outros. Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar a função sexual de mulheres com incontinência urinária, antes e depois do tratamento cirúrgico. Método: Este estudo foi realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre entre agosto de 2009 e novembro de 2011. Tratase de um ensaio clinico controlado não randomizado que avaliou a função sexual de mulheres com incontinência urinária utilizando o instrumento Female Sexual Function Index (FSFI) e submetidas a tratamento cirúrgico (Burch ou Sling). A amostra total se constituiu de 38 mulheres que preencheram o questionário FSFI no pré-operatório e seis meses após Intervenção: Cirurgia de Burch ou Sling Instrumentos: Questionário FSFI, variáveis clínicas e demográficas. Resultados: Trinta e oito mulheres foram incluídas no estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A média de idade das mulheres foi 48 anos, todas sexualmente ativas. Oito mulheres fizeram o procedimento cirúrgico tipo Burch e trinta mulheres tipo Sling. No grupo Sling as mulheres eram mais velhas do que as do grupo Burch tinham maior tempo de vida em comum com seus parceiros (24,3 + 11,9) e um IMC de sobrepeso/obesidade (28,4 + 3,3). Não houve diferença estatisticamente significativa no préoperatório nos domínios do FSFI, porém no pós-operatório o escore geral indicou uma melhora da função sexual. Conclusões: Os domínios desejo e excitação melhoraram significativamente após a cirurgia para toda a amostra estudada. Aquelas que apresentaram cistocele tiveram uma melhora da função sexual no domínio dor e desconforto. / Aims: The Female Sexual Function Index (FSFI) is a scale to assess sexual dysfunction in women. This study compared sexual function of women with urinary incontinence before and after surgical treatment. Methods: This nonrandomized clinical controlled trial was conducted in the Hospital de Clínicas de Porto Alegre and in Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre from August 2009 to November 2011, to evaluate the sexual function of women with urinary incontinence that underwent surgical treatment (Burch or sling procedure). The sample comprised 38 women that answered the FSFI questionnaire before operation and six months after the intervention. Results: Thirty-eight women were included in the study and signed an informed consent term. Mean age was 48.3 years; all were sexually active, had studied for at least eight years (65.8%), had steady partners whose mean age was 54 years and with whom they had lived for a mean 22.5 years. The desire and arousal domains improved significantly after surgery for all the women included in the study. Conclusions: The patients that had cystocele had an improvement in sexual function in the discomfort and pain domain.
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