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Impacto do uso dos quelantes do fósforo, acetato de cálcio e hidrocloreto de sevelamer, sobre os níveis séricos de paratormônio e FGF-23 de pacientes portadores de doença renal crônica / Impact of the use of phosphate binders, calcium acetate or sevelamer hydrochloride, on serum parathormone and FGF-23 levels of chronic kidney disease patientsOliveira, Rodrigo Bueno de 05 August 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: O paratormônio (PTH) e o fator de crescimento de fibroblastos 23 (FGF-23) aumentam precocemente durante o curso da doença renal crônica (DRC) antes do desenvolvimento de hiperfosfatemia. Este estudo avaliou os efeitos de dois quelantes de fósforo, acetato de cálcio (Ca) e hidrocloreto de sevelamer (SEV), nos níveis de PTH e FGF-23 de pacientes com DRC. MÉTODOS: Quarenta e dois pacientes com DRC estágios III e IV foram randomizados em 2 grupos para receber durante 6 semanas, Ca ou Sev. Após este período os pacientes foram seguidos por mais 2 semanas (washout). Analisamos os efeitos destes quelantes sobre os parâmetros do metabolismo ósseo e mineral. RESULTADOS: No início do estudo, os pacientes apresentaram-se com fração de excreção do fósforo, PTH e FGF-23 séricos elevados. Durante o tratamento com quelantes de fósforo houve um declínio progressivo nos níveis de PTH e fósforo urinário, mas sem mudanças nos níveis séricos de cálcio e fósforo. Ocorreu uma mudança significativa nos níveis de FGF-23 no grupo de pacientes tratados com Sev. CONCLUSÕES: Este estudo confirmou os efeitos positivos da prescrição de quelantes de fósforo no controle do PTH, nos estágios III e IV da DRC. Estudos prospectivos e de longo seguimento são necessários para confirmar os efeitos do Sev sobre os níveis de FGF-23 e os benefícios de sua redução sobre parâmetros como mortalidade / INTRODUCTION: Parathyroid hormone (PTH) and fibroblast growth factor (FGF-23) levels increase early in CKD before the occurrence of hyperphosphatemia. This study evaluated the effect of two phosphate binders, calcium carbonate or sevelamer hydrocloride, on PTH and FGF-23 levels in patients with CKD. METHODS: Forty two patients were randomized in two groups to receive calcium acetate or sevelamer hydrochloride, over a 6-wk period. After that, the patients were followed by more two weeks and effects of phosphate binders on mineral parameters were analyzed. RESULTS: At baseline, patients presented with elevated fractional excretion of phosphate, serum PTH and FGF-23 During treatment with both phosphate binders, there was a progressive decline in serum PTH and urinary phosphate, but no change in serum calcium or serum phosphate. Significant changes were observed for FGF-23 only in sevelamer-treated patients. CONCLUSIONS: This study confirms the positive effects of early prescription of phosphate binders on PTH control. Prospective and long-term studies are necessary to confirm the effects of sevelamer hydrocloride on serum FGF-23 and the benefits of this decrease on outcomes
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Avaliação da ventilação mecânica utilizada em unidade de terapia intensiva pediátrica e seus fatores de risco: em busca de uma melhor prática ventilatória / Evaluation of mechanical ventilation used in a Pediatric Intensive Care Unit and its risk factors: searching for a better ventilatory practiceSilva, Dafne Cardoso Bourguignon da 29 January 2010 (has links)
Apesar da necessidade de ventilação pulmonar mecânica (VPM) ser uma das principais indicações de internação em unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIP), há poucos estudos epidemiológicos sobre VPM em crianças, nenhum no Brasil. Fazse necessário descrever quais os modos ventilatórios utilizados em nosso meio, para estabelecer qual nosso padrão de cuidado. Dos 241 pacientes admitidos na UTIP do Instituto da Criança entre 01/10/2005 e 31/03/2006, 35,7% foram submetidos à VPM por mais de 24 horas (n=86). Trinta e sete foram excluídos da análise. Analisaram-se dados de 49 pacientes. A principal indicação de VPM foi insuficiência respiratória aguda. O modo ventilatório de escolha foi à pressão (n=48). A estratégia de ventilação protetora foi subutilizada. São analisados ainda fatores de risco para mortalidade e tempo de VPM. / Mechanical ventilation (MV) is a major admission criteria to pediatric intensive care unit (PICU). Despite of that, there is just a few epidemiologic studies about it in children, and none in Brazil. It´s necessary to describe which ventilatory modes are employed in our daily practice, in order to establish our standard of care. 86 out of 241 patients, admitted to Instituto da Criança PICU from 10/01/2005 to 03/31/2006, were submitted to MV for 24 hours or more. Thirty seven met exclusion criteria. Data from 49 patients were analyzed. Major indication to MV was acute respiratory failure. Pressure ventilatory modes were used. Protective lung ventilation was underused. Analyses of risk factors for mortality and days of MV were also performed.
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Doppler venoso fetal na insuficiência placentária: relação com o pH no nascimento / Fetal venous Doppler in pregnancies with placental dysfunction: correlation with pH at birthOrtigosa, Cristiane 18 April 2012 (has links)
OBJETIVO: O presente estudo, realizado em gestantes de alto risco com diagnóstico de insuficiência placentária, tem como objetivo avaliar o fluxo sanguíneo fetal na veia portal esquerda (VPE), veia umbilical (VU) e ducto venoso (DV), e estabelecer quais parâmetros associam-se com a acidemia fetal no nascimento. MÉTODO: Pesquisa prospectiva envolvendo 58 gestantes, classificadas segundo a presença ou ausência do diagnóstico de acidemia no nascimento, de acordo com o pH no sangue da artéria umbilical, constituindo-se de: Grupo I: 26 casos (acidemia pH<7,20) e Grupo II: 32 casos (pH normal pH7,20). Foram excluídos da pesquisa os casos com diagnóstico pós-natal de anomalia do RN e aqueles em que não se obteve a mensuração do pH no nascimento. As seguintes variáveis dopplervelocimétricas da VPE e VU foram comparadas entre os grupos: escore-zeta da TAMxV (time averaged maximum velocity) (cm/s), Q/Kg (fluxo sanguíneo por Kg de peso fetal) (ml/min/kg) e presença de pulsatilidade; e o escore-zeta do índice de pulsatilidade para veias (IPV) do DV. RESULTADOS: O escore-zeta da TAMxV (rho=0,392, P=0,002) e o Q/Kg da VPE (rho=0,274, P=0,037), o escore-zeta do IPV do DV (rho=-0,377, P=0,004) e o Q/Kg da VU (rho=0,261, P=0,048) apresentaram correlação significativa com o pH no nascimento. Realizando-se a análise de regressão logística multivariada, as variáveis independentes que restaram no modelo final para a ocorrência de acidemia no nascimento (pH<7,20) foram: escore-zeta da TAMxV da VPE (OR=0,41; IC95% 0,25 a 0,71; P=0,001) e fluxo reverso na VPE (OR=0,004; IC95% 0,00 a 0,15; P=0,003), ambas demonstrando efeito protetor para acidemia. Com o presente modelo, constatou-se que 74,1% dos casos são corretamente classificados para acidemia no nascimento. CONCLUSÕES: pela análise do Doppler venoso fetal na insuficiência placentária constatou-se que a acidemia no nascimento (pH<7,20) está associada de forma independente com o fluxo reverso na VPE e com o escore-zeta da TAMxV da VPE, ambos demonstrando efeito protetor com redução do risco para a acidemia / OBJECTIVE: This study, conducted in high-risk pregnancies with placental insufficiency, aims to avaliate blood flow in the fetal left portal vein (LPV), umbilical vein (UV) and ductus venosus (DV), and establish which parameters are associated with acidemia at birth. METHOD: A prospective research involving 58 pregnant women, classified according to the presence or absence of the diagnosis of fetal acidosis at birth, according to pH in the blood of the umbilical artery, consisting of: Group I: 26 cases (acidemia, pH <7,20) and Group II: 32 cases (normal pH, pH 7,20). Exclusion criteria were patients who had postnatal diagnosis of abnormality of the newborn and those in which the pH measurement was not obtained at birth. The following Doppler variables of LPV and UV were compared between the groups: TAMxV (Time Averaged Maximum Velocity) (cm/s) zeta-score, Q/kg (blood flow per kg of fetal weight) (ml/min/kg) and presence of pulsatility; and DV pulsality index for veins (PIV) zetascore. RESULTS: LPV TAMxV zeta-score (rho=0.392, P=0.002) and Q/kg (rho=0.274, P=0.037), DV PIV zeta-score (rho=-0.377, P=0.004) and UV Q/kg (rho=0.261, P=0.048) showed significant correlation with pH at birth. Performing the multivariate logistic regression analysis, the independent variables that remained in the final model were: TAMxV of LPV zeta-score (OR=0.41; IC95% 0.25 a 0.71; P=0.001) and reverse flow in LPV (OR=0.004; IC95% 0.00 a 0.15; P=0.003), both showing a protective effect to reduce the risk of acidemia. With this model, it was found that 74,1% of cases are correctly classified to birth acidemia. CONCLUSION: by analysis of fetal venous Doppler in placental insufficiency we found that acidemia at birth (pH <7.20) is independently associated with reverse flow in the LPV and LPV TAMxV z-score, both showing a protective effect with reduced risk for the event
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Relação da dopplervelocimetria do ducto venoso com resultados pós-natais em gestações com diástole zero ou reversa nas artérias umbilicais / The relationship of the ductus venosus Doppler and postnatal outcome in pregnancies with absent or reversed end-diastolic flow (ARED flow) in the umbilical arteryAlves, Sâmia Kiara de Albuquerque 28 March 2007 (has links)
Objetivo: Avaliar a relação entre a classificação do fluxo na onda a do ducto venoso no dia do parto e os resultados pós-natais em gestações com diástole zero ou reversa nas artérias umbilicais. Métodos: Analisou-se retrospectivamente a evolução pós-natal de 103 recém-nascidos de gestações com diagnóstico de diástole zero ou reversa à dopplervelocimetria das artérias umbilicais, no período de janeiro de 1997 a dezembro de 2004. Foram incluídas gestações únicas e fetos sem malformações. Nenhum caso recebeu corticoterapia antenatal. Os casos foram divididos em dois grupos de acordo com a classificação do fluxo na onda a do ducto venoso no dia do parto. Grupo A: 20 casos com fluxo ausente ou reverso e Grupo B: 83 casos com fluxo positivo. Foram avaliados os seguintes resultados pós-natais: idade gestacional no dia do parto, peso de nascimento, Apgar de primeiro e quinto minutos, pH e BE do sangue da artéria umbilical ao nascimento, necessidade de intubação orotraqueal e encaminhamento à unidade de terapia intensiva neonatal, além de: ocorrência de restrição de crescimento fetal, doença das membranas hialinas, pneumotórax, hemorragia pulmonar, displasia broncopulmonar, persistência do canal arterial, sepse, enterocolite necrosante, retinopatia da prematuridade, plaquetopenia, hipoglicemia, hiperglicemia, convulsão, exame neurológico anormal em 24 horas de vida, hemorragia intracraniana, os recém-nascidos foram avaliados durante toda a internação no berçário, sendo registrado o tempo de internação, ocorrência de óbito e causas do óbito. Para análise estatística foram utilizados os testes de Qui-Quadrado, exato de Fisher e Mann-Whitney U, adotado nível de significância de 5%. Resultados: Todos os partos foram cesareanos. A idade gestacional foi semelhante nos dois grupos, 30 semanas no grupo A e 30,9 semanas no B (P=0,23). Observou-se no grupo com fluxo ausente ou reverso da onda a do ducto venoso maior freqüência dos seguintes resultados pós-natais adversos: menor peso ao nascimento (831g vs 1.105g, P<0,001), menores índices de Apgar de primeiro minuto (85% vs 20%, P=0,001) e de quinto minuto (45% vs 10,7%, P =0,001), maior necessidade de intubação orotraqueal (100% vs 48,1%, P=0,001), maior ocorrência de acidose ao nascimento (93% vs 36%, P<0,001), hemorragia pulmonar (40% vs 16,8%, P=0,03), plaquetopenia (65% vs 37,3%, P=0,02), hipoglicemia (85% vs 56,6%, P=0,01), hemorragia intracraniana (52,6% vs 26,3%, P=0,02) e óbito pós natal (65% vs 26,5%, P=0,007). Conclusão: O estudo do fluxo no ducto venoso pode fornecer informações adicionais na programação do momento mais adequado para a interrupção de gestações que cursam com diástole zero ou reversa nas artérias umbilicais em gestações com prematuridade extrema. / Objective: This study was undertaken to analyze the relation between absent or reverse flow during atrial contraction in the ductus venosus on the day of delivery in pregnancies complicated by absent or reversed end-diastolic flow in the umbilical artery and postnatal outcome. Methods: Postnatal outcome of 103 pregnant women with absent or reversed end-diastolic flow (ARED flow) in the umbilical arteries was retrospectively analyzed from January 1997 to December 2004. In this study, only singleton pregnancies that did not take prenatal steroids and with no fetal anomalies were included. The outcome was analyzed in two groups: Group A (n=20), fetuses with absent or reversed ductus venosus flow during the A-wave and group B (n=83) fetuses with a positive flow. After delivery, the following immediate neonatal outcomes of interest were obtained: gestational age at the time of delivery, 1-and 5-minute Apgar scores, umbilical artery pH and base excess, birth weight, need of orotraqueal intubation, and referral to the neonatal intensive care unit. We have also analyzed the incidence of fetal growth restriction, hyaline membrane disease, pneumotorax, lung hemorrhage, bronchopulmonary displasia, persistence of the arterial channel, sepses, necrotizing enterocolitis, retinopathy of prematurity, fetal plaquetopenia, hypoglycemia, hyperglycemia, abnormal neurological exam within 24 hours of life, intracranial hemorrhage, seizures, length of hospitalization, postnatal deaths and its causes. Data were compared by chi-square, Fisher\'s exact test and a Mann-Whitney U test, and the level of significance adopted was of 5%. Results: All newborns were delivered by cesarean section. The average gestational age at birth was 30 weeks in group A and 30,9 in group B (P= 0.23). Fetuses of the group A presented lower birth weight (831g vs 1105g, P< 0.001), lower Apgar score at first (85% vs 20%, P= 0.001), and at fifth minutes (45% vs 10.7%, P =0.001), higher incidence of orotraqueal intubation (100% vs 48.1%, P= 0.001) than fetuses of group B. Group A had also more cases of acidosis (93% vs 36%, P<0.001), lung hemorrhage (40% vs 16,8%, P=0,03), plaquetopenia (65% vs 37.3%, P=0.02), hypoglycemia (85% vs 56.6%, P=0.01), intracranial hemorrhage (52.6% vs 26.3%, P=0.02) and postnatal death (65% vs 26.5%, P=0.007). Conclusion: Ductus venous Doppler can supply additional information regarding the better time to deliver pregnant women with earlier gestational age and with absent or reversed end-diastolic flow (ARED flow) in the umbilical artery.
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"Fatores de risco para insuficiência respiratória aguda e fatores prognósticos em pacientes queimados internados na UTI" / Risk factors to acute respiratory failure and prognosis in burn patient at ICUPilau, Janaina 23 March 2006 (has links)
Queimaduras são uma das condições mais devastadoras da medicina. Estudo de coorte prospectivo, 26 meses, não consecutivo (01/Dez/00 - 31/Dez/01 e 01/Jul/02 - 31/Jul/03), conduzido na UTI de um hospital terciário. Internaram 106 pacientes nesse período, 83 foram incluídos no estudo. Médias de idade de 36 anos e de superfície corporal queimada de 38%. Lesão inalatória encontrada em 51% pacientes, ventilação mecânica em 58% e LPA/SDRA em 46%. Mortalidade de 40%. Fatores prognósticos foram idade, superfície corporal queimada, sexo feminino e LPA/SDRA / Burns are one of the most devastating conditions encountered mediicne. This is a prospective cohort study of adult patient, during 26 months, not consecutive (Dec/01/00 - Dec/31/01 a Jul/01/02 - Jul/31/03), conducted in burn ICU of Hospital das Clínicas of University of Sao Paulo. Were admitted to ICU 106 patients; of those, 83 were included this study. Mean age was 36 and total body surface area burn (%BSA) 38%. Inhalation injury was identified in 51% patients, 58% required mechanical ventilation and ALI/ARDS in 46%. Overall mortality was 40%. Age, total %BSA, female sex and ALI/ARDS was determinant factors of death
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Prognóstico da doença renal crônica em uma população de baixo nível socioeconômico atendida no serviço de emergência de um hospital terciário, Brasil / Prognosis of chronic kidney disease in a low-socioeconomic population attending the emergency department in a tertiary hospital, BrazilQueiroz, Rafaela Elizabeth Bayas 15 February 2017 (has links)
Introdução: Vários estudos descreveram as taxas de sobrevivência na doença renal crônica (DRC), porém há dados insuficientes sobre a mortalidade após atendimento em departamento de emergência (DE), particularmente em áreas de baixa renda. Assim, avaliamos o prognóstico em curto e longo prazo de pacientes com DRC após internação em DE em Fortaleza, Brasil. Métodos: De uma amostra inicial de 1.279 atendimentos no DE do Hospital Geral de Fortaleza entre março de 2012 e maio de 2013, para os quais foi solicitada a avaliação da Nefrologia, 520 pacientes foram definidos como casos de DRC (Taxa de Filtragem Glomerular estimada < 60mL / min, além de um ou mais critérios adicionais de DRC) de março de 2012 a maio de 2013. As taxas de mortalidade foram comparadas de acordo com as três categorias de TFGe: estágio 3 (59-30 mL / min), estágio 4 (15-29 mL / min) e estágio 5 ( < 15 mL / min). Foram realizadas curvas de Kaplan-Meier e modelos de regressão de Cox (razão de risco-RR com intervalo de confiança de 95%-Cl) para todas as causas e por causas específicas de mortalidade (doença renal e cardiovascular-CVD) em sete dias, um mês, três meses, seis meses e um ano de seguimento. Resultados: Entre 520 indivíduos (idade mediana de 66 anos) com 52% de baixa escolaridade e 40% vivendo na área rural, a mortalidade geral após um ano de seguimento foi de 42,5%. As taxas de mortalidade foram maiores para os estágios 4 e 5 nas análises em curto ou longo prazo, com um pico ocorrendo em um mês após a admissão hospitalar para ambas as categorias de TFGe ( RR multivariada, 3,43; IC 95%, 1,60-7,37 para o estágio 4 e RR multivariada, 3,89; 95% IC, 1,81-8,34 para o estágio 5). Para as causas específicas de mortalidade, verificou-se um risco significativo de morrer devido à doença renal apenas para estágio 5, com um risco máximo verificado em 1 ano (RR multivariada, 5,51; IC 95%, 120-25,25). Conclusões: A taxa de mortalidade de pacientes com DRC após a admissão no DE foi extremamente alta nesta população de baixa renda. As taxas de sobrevivência foram menores para aqueles com DRC mais avançada após um ano do primeiro diagnóstico. A possibilidade de determinantes socioeconômicos da saúde operarem majoritariamente na alta taxa de mortalidade observada indica a necessidade de novos estudos para melhorias em políticas de saúde regionais / Background: Many studies described survival rates in chronic kidney disease (CKD), but there is insufficient data regarding mortality after Emergency Department (ED) attendances, particularly in low-income areas. Thus, we evaluated short and long-term prognosis of CKD patients after ED admissions in Fortaleza, Brazil. Methods: From an initial sample of 1,279 attendances in the ED of Fortaleza General Hospital between March 2012 to May 2013 for whom a Nephrology consultancy was requested, 520 patients were defined as CKD cases (estimated Glomerular Filtration Rate (eGFR) < 60mL / min plus one or more additional criteria of CKD) from March 2012 to May 2013. Mortality rates were compared according to three eGFR categories: class 3 (59-30 mL / min), class 4 (29-15 mL / min) and class 5 (less than 15 mL / min). Kaplan-Meier curves and Cox regression models (hazard ratio with 95% confidence interval-CI) were performed for all-cause and specific causes of mortality (kidney disease and cardiovascular-CVD) at 7-day, 1-month, 3-month, 6-month and 1-year of follow-up. Results: Among 520 individuals (median age 66y-old) with 52% of low education and 40% living in rural area, overall mortality after 1 year of follow-up was 42.5%. Mortality rates were higher for classes 4 and 5 in either short or long-term analyses, with a peak occurring at 1-month after hospital admission for both categories of eGFR (multivariate HR, 3.43; 95% CI, 1.60-7.37 for G4 and multivariate HR, 3.89; 95% IC, 1.81-8.34 for G5). For specific causes of mortality, a significant high risk of dying due to kidney disease was verified only for class 5, with a maximum risk verified at 1-year (multivariate HR, 5.51; 95% IC, 120-25.25). Conclusions: The mortality rate of patients with CKD after an ED admission was extremely high in this low-income population. The survival rates were lower for those with more advanced CKD one year after the first diagnosis. The possibility that socio-economic determinants of health are majorly operating in the high mortality rate observed points to the need of new studies in order to improve health policy in the region
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Insuficiência renal aguda em unidade de tratamento intensivo: perfil epidemiológico e validação de índices prognósticos / Acute kidney injury in intensive care unit: epidemiological profile and prognostic scores validationSilva, Verônica Torres da Costa e 13 December 2007 (has links)
Introdução - Pacientes com Insuficiência Renal Aguda (IRA) internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) apresentam elevada complexidade. A melhor abordagem na utilização de índices prognósticos nesses pacientes é uma questão em discussão. Os objetivos deste estudo foram: 1) determinar o perfil epidemiológico e os fatores preditores de mortalidade de pacientes críticos com IRA em nosso meio; 2) avaliar a performance de 05 índices prognósticos gerais (APACHE II, SAPS II, OSF, LODS E SOFA) e de 03 índices específicos para pacientes com IRA (Liaño, Mehta e SHARF) nessa população; 3) avaliar os fatores relacionados ao chamado do nefrologista (CN) e seu impacto no prognóstico desses pacientes. Métodos - Foram acompanhados prospectivamente todos os pacientes admitidos em seis UTIs do HCFMUSP que desenvolveram IRA entre Novembro de 2003 e Junho de 2005. Para definição de IRA foi utilizado o critério correspondente ao primeiro nível do sistema RIFLE de classificação (aumento em 50% na creatinina basal). A IRA foi classificada como do tipo clínica ou cirúrgica. Os índices foram calculados sequencialmente: 1) no dia do diagnóstico da IRA - D0; 2) no dia de preenchimento dos critérios dos índices específicos - D1, ocorrendo um dia após o D0; 3) no dia do chamado do nefrologista - D3, ocorrendo três dias após o D0. O desempenho dos escores foi avaliado em termos de discriminação pela análise da área sob a curva ROC (receiver operating characteristic) (AUROC) e de calibração avaliada pelo teste de goodness-of-fit de Hosmer e Lemeshow. Em cada dia foi realizado um modelo de regressão logística para os fatores preditores de mortalidade. Resultados - Um total de 366 pacientes foi acompanhado. A incidência de IRA foi de 19% e a mortalidade geral foi de 68%. O índice geral e o índice específico com melhor desempenho nos três momentos estudados foram o SAPS II (D3, AUROC:0,83) e o SHARF (D3, AUROC:0,81), respectivamente. Todos os índices apresentaram boa calibração, exceto o OSF (no D1) e o Mehta (no D3). Idade avançada esteve presente nos modelos logísticos nos três dias de análise, assim como a presença de falência de órgãos, distribuídas da seguinte maneira: D0: falências cardiovascular, neurológica e hepática; D1: falências cardiovascular e neurológica; D3: falências respiratória, neurológica e hepática. No D0, nível mais baixo de albumina e maior tempo de internação na UTI (Tempo IRA UTI) tiveram relação com maior mortalidade. No D1, diurese diminuída, maior nível de lactato e de Tempo IRA UTI, sepse, e os níveis R e I (quando comparados ao nível F) do sistema RIFLE apresentaram relação com óbito. No D3, lactato e diurese apresentaram comportamento similar ao do D1. Pacientes que apresentaram variação de nível do RIFLE (entre D0 e D3), na direção de melhora, apresentaram menor mortalidade (quando comparados aos que não mudaram de nível). A AUROC dos modelos teve a seguinte distribuição: D0: 0,83; D1: 0,81; D3: 0,89. Essa última, com melhora significativa de desempenho em relação aos dias anteriores. Os modelos apresentaram boa calibração nesses três momentos. A CN foi realizada em 53,3% dos pacientes, acontecendo dentro de dois dias após o D0 em 65,8% dos pacientes, definindo o grupo CN precoce ou CPN. Os demais pacientes formaram o grupo CN tardia ou CTN. Esse último grupo apresentou maior mortalidade (OR:4.04/IC:1.60-10.17) e menor taxa de recuperação da função renal (OR:0.22/CI:0.08-0.60). Um índice de propensão (IP) para a CPN foi realizado. As variáveis finais retidas no modelo foram: IRA de origem clínica (OR:2,66/IC:1,14 - 5,99); origem da UTI da clínica médica (OR:5,95/IC:1,80 - 19,59) ou da Pneumologia (OR: 3,58/IC:1,06 - 12,06), Cr (OR:2,04/IC:1,38 - 3,02); diurese (OR:0,99/IC:0,99 - 1,00) e pH (OR:0,008/IC:0,001 - 0,20). Após correção pelo IP, a CTN persistiu relacionada com maior mortalidade (OR:3,61/IC:1,14 - 11,40) e menor taxa de recuperação da função renal (OR:0,24/IC:0,07 - 0,85). Conclusões - Pacientes críticos com IRA apresentam elevada mortalidade. Uma avaliação evolutiva e precoce pode melhorar o desempenho dos modelos prognósticos nesses pacientes. A CPN representa uma intervenção capaz de melhorar a sobrevida e a função renal de pacientes críticos com IRA. / Introduction - Acute Kidney Injury (AKI) patients in Intensive Care Unit (ICU) are among the most complex in medicine. The best prognostic evaluation approach for these patients is an issue under discussion. The aims of this study were: 1) define the epidemiological characteristics and identify mortality predictive factors in AKI critically ill patients; 2) validate 5 general scores (APACHE II, SAPS II, SOFA, LODS and OSF) and 3 specific scores (SHARF, Liaño and Mehta); 3) assess factors related to nephrology consultation (NC) and its impact on patients prognosis. Methods - All AKI cases developed in 6 ICUs of HCFMUSP were prospectively followed between November 2003 and June 2005. All prognostic scores were applied at three distinct moments: diagnosis day (D0); the day when AKI-specific criteria were met and the day of nephrology consultation. A logistic regression model was carried out from the mortality related variables for each day. We have used as AKI definition the criterion corresponding to R stage of RIFLE classification (increase over 50% in basal serum creatinine - Cr). AKI was classified as clinic or surgical in origin. Score performance was assessed by discrimination (area under the ROC - receiver operator characteristic - curve estimation) and calibration (Hosmer-Lemeshow goodness-of-fit test evaluation). Results - Three hundred sixty six patients were analyzed. ARF incidence was 19% and overall mortality was 68%. Meeting the specific score criteria occurred one day after D0 (D1) and NC, 3 days after D0 (D3). SAPS II and SHARF were the general and specific scores presenting the best performance with AUROC of 0.83 and 0.81, respectively. All scores presented good calibration except OSF (on D1) and Mehta (on D3) scores. We have observed a progressive improvement in scores and logistic models performance over time. On D0, advanced age, low albumin values, higher length of stay in ICU (before AKI diagnosis), cardiovascular, neurological and liver failure related with mortality. Model discrimination (AUROC curve: 0.83) and calibration was good. On D1, advanced age, lower urine output, increased lactate values, longer ICU length of stay, occurrence of sepsis and levels R or I of RIFLE system (compared to level F), cardiovascular and neurologic failure related with mortality. Model discrimination (AUROC curve: 0.82) and calibration was also good. On D3, age, lactate and urine output had the same trend of D1. Level variations in RIFLE remained at the final model as follows: patients with a decrease of RIFLE level had a marked lower mortality (OR:0.18/IC:0.10-0.30) and those with an increase of RIFLE level presented the opposite trend (OR:4.33/IC:2.58 - 7.28), using cases with no change of level as comparing group. Model discrimination (AUROC curve: 0.89) and calibration were very good, with better performance than previous days. NC was performed in 53.3% of patients, occurring within 48 hours after D0 in 65.8%. This group was defined as early-NC and the remaining were designed delayed-NC group. This group presented higher mortality (OR:4.04/CI:1.60-10.17) and decreased renal function recovery (OR: 0.22/CI:0.08-0.60). A propensity score (PS) for early-NC was performed. Variables retained on the final model were: clinic origin AKI (OR:2.66/CI:1.14 - 5.99); internal medicine (OR:5.95/IC: 1.80 - 19.59) or Pneumology ICU origin (OR:3.58/IC:1,06 - 12,06), Cr (OR:2.04/CI: 1.38 - 3.02); urine output (OR:0.99/CI:0.99 - 1.00) and pH (OR:0.008/CI:0.001 - 0.20). After adjustment for PS, delayed-NC persisted related to higher mortality (OR:3.61/CI:1.14 - 11.40) and worse renal function outcome (OR:0.24/CI:0.07 - 0.85). Conclusions - Critically ill AKI patients presented high mortality. A sequential prognostic evaluation since early stages of AKI disease could improve the performance of prognostic models. Early NC could be an important intervention resulting in better survival and improved renal function recovery.
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"Fisioterapia na cicatrização e recuperação funcional nos portadores de úlcera de hipertensão venosa crônica: uso da estimulação elétrica com corrente de alta voltagem" / Physical therapy in cicatrization and functional recovery of chronic venous hypertension ulcer bearers : the use of electrical stimulation by means of high voltage currentPires, Eliane Jeronimo 15 September 2005 (has links)
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da estimulação elétrica com corrente de alta voltagem na cicatrização da úlcera de hipertensão venosa crônica, bem como na dor referida, em 13 pacientes portadores de 20 úlceras. Os pacientes diferiram quanto à variação da área da ferida ao longo do tratamento. As curvas individuais indicaram a eficácia do estudo. Dos 13 pacientes que participaram do estudo, observamos que em quatro as feridas cicatrizaram totalmente, enquanto em seis elas reduziram o seu tamanho e em três, aumentaram. Não foram observados efeitos adversos causados pela eletroestimulação. A dor apresentou melhora significativa ou cessação em todos os pacientes / The objectives of this study was to evaluate high voltage electric stimulation effects over chronic venous hypertension ulcer, as well over the referred pain, in 13 patients bearing 20 ulcers. The patients have differed among themselves in relation to the ulcer area throughout the study. The individuals curves indicated the treatment efficacy. It was observed that the ulcer area have been healed in four patients, reduced in six and increased in three of the thirteen patients who has participated in this study. It was not observed adverse effects due to electrical stimulation. The pain has showed meaningful advance or ceasing in all patients
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AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA SAÚDE BUCAL SOBRE A QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICASloboda, Dyenily Alessi 23 February 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-02-23 / A Qualidade de Vida (QV) é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como algo
subjetivo e de natureza multidimensional, visto que vários fatores a influenciam. Estudos recentes
demonstram que a condição bucal pode atuar como um fator modificador para a QV de
indivíduos portadores de doenças crônicas. Objetivo: Avaliar o impacto da saúde bucal sobre a
qualidade de vida de pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) em Hemodiálise (HD). Métodos:
Trata-se de um estudo caso controle de caráter observacional e transversal, com aplicação
de questionários estruturados para 100 pacientes com DRC em hemodiálise (Grupo DRC) pareados
com 100 pacientes controles (Grupo Controle). Os dados demográficos e de escolaridade
foram obtidos em formulário elaborado especificamente para a pesquisa. A classificação da condição
socioeconômica seguiu os critérios da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas.
A qualidade de vida, bem como, o impacto da saúde bucal sobre a QV foi avaliado através dos
seguintes questionários respectivamente: 1) “The Short Form Health Survey (SF-36)” e 2) “Oral
Health Impact Profile-14 (OHIP-14)”. Resultados: A média total do OHIP-14 para o grupo controle
foi de 6,06 ( 7,44) e de 4,67 ( 6,52) para o grupo DRC. Ao comparar os valores internos
do OHIP-14 entre os grupos controle e DRC, não foi observado diferença estatisticamente significativa
entre os grupos. Em relação a qualidade de vida geral avaliada pelo SF-36, o grupo
DRC obteve os piores scores para os domínios “capacidade funcional” e “limitação por aspectos
físicos”. Em relação a QV geral no grupo controle, este grupo apresentou pior pontuação no
domínio de “limitação por aspectos emocionais”. Foi observada correlação negativa fraca entre
as características odontológicas e os valores obtidos do questionário OHIP-14. Conclusões: Os
pacientes do grupo DRC apresentaram um baixo impacto da saúde bucal sobre a qualidade de
vida. Além disso, pacientes DRC têm uma pior QV nos domínios internos “capacidade funcional”
e “limitação por aspectos físicos”, sendo que as mulheres e idosos manifestam mais a
influência da doença. No sentido de que o tratamento aos DRC não deve visar somente a sobrevivência,
mas também maximizar a reabilitação e a QV, sugere-se que uma atenção integral
aliada a uma equipe multidisciplinar possa contribuir para o sucesso no tratamento da doença
base e uma melhoria na qualidade de vida geral destes indivíduos.
Palavras-chave: Qualidade de vida. Saúde bucal. Insuficiência renal crônica. / The Quality of Life (QoL) is defined by the World Health Organization (WHO) as something
subjective and multidimensional nature, since several factors influence it. Considering this multidimensional
aspect, the QoL can also be influenced by the oral condition. Recent studies demonstrate
that the oral condition may also act as a modifying factor for the QoL of individuals
with chronic diseases. Objective: To evaluate the impact of oral health on a quality of life of
patients with Chronic Renal Disease (CKD) on Hemodialysis (HD). Methods: It is a controlcase
study of observational and transversal character, with the application of structured question
naires for 100 patients with CKD in hemodialysis (CKD group) paired with 100 control patients
(Control Group). The demographic and educational data are obtained in a form prepared
specifically for research. The classification of the socioeconomic condition followed the criteria
of the Brazilian Association of Research Companies. The quality of life as well as the impact of
oral health on QoL were evaluated through the following questionnaires, respectively: 1) The
Short Form Health Survey (SF-36) and 2) Oral Health Impact Profile-14 (OHIP -14). Results:
The total mean of OHIP-14 for the control group was 6.06 ( 7.44) and 4.67 ( 6.52) for the
CKD group. Regarding the general quality of life evaluated by the SF-36, the CKD group had
the worst scores for the domains “functional capacity” and “limitation by physical aspects”. In
relation to the general QOL in the control group, this group presented a worse score in the domain
of “limitation by emotional aspects”. A negative correlation was observed between dental
characteristics and the values obtained from the OHIP-14 questionnaire. Conclusions: Patients
with CKD in HD have no impact on oral health on quality of life. In addition, CKD patients
have a poorer Health-Related Quality of Life (HRQoL) in the internal domains “functional capacity”
and “limitation by physical aspects”, with women and the elderly manifesting more of
the influence of the disease. In the sense that treatment for CKD should not only focus on survival,
but also on maximizing rehabilitation and QoL, it is suggested that comprehensive care
combined with a multidisciplinary team can contribute to success in treating underlying disease
and an improvement in quality of life of these individuals.
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Doppler venoso fetal na insuficiência placentária: relação com o pH no nascimento / Fetal venous Doppler in pregnancies with placental dysfunction: correlation with pH at birthCristiane Ortigosa 18 April 2012 (has links)
OBJETIVO: O presente estudo, realizado em gestantes de alto risco com diagnóstico de insuficiência placentária, tem como objetivo avaliar o fluxo sanguíneo fetal na veia portal esquerda (VPE), veia umbilical (VU) e ducto venoso (DV), e estabelecer quais parâmetros associam-se com a acidemia fetal no nascimento. MÉTODO: Pesquisa prospectiva envolvendo 58 gestantes, classificadas segundo a presença ou ausência do diagnóstico de acidemia no nascimento, de acordo com o pH no sangue da artéria umbilical, constituindo-se de: Grupo I: 26 casos (acidemia pH<7,20) e Grupo II: 32 casos (pH normal pH7,20). Foram excluídos da pesquisa os casos com diagnóstico pós-natal de anomalia do RN e aqueles em que não se obteve a mensuração do pH no nascimento. As seguintes variáveis dopplervelocimétricas da VPE e VU foram comparadas entre os grupos: escore-zeta da TAMxV (time averaged maximum velocity) (cm/s), Q/Kg (fluxo sanguíneo por Kg de peso fetal) (ml/min/kg) e presença de pulsatilidade; e o escore-zeta do índice de pulsatilidade para veias (IPV) do DV. RESULTADOS: O escore-zeta da TAMxV (rho=0,392, P=0,002) e o Q/Kg da VPE (rho=0,274, P=0,037), o escore-zeta do IPV do DV (rho=-0,377, P=0,004) e o Q/Kg da VU (rho=0,261, P=0,048) apresentaram correlação significativa com o pH no nascimento. Realizando-se a análise de regressão logística multivariada, as variáveis independentes que restaram no modelo final para a ocorrência de acidemia no nascimento (pH<7,20) foram: escore-zeta da TAMxV da VPE (OR=0,41; IC95% 0,25 a 0,71; P=0,001) e fluxo reverso na VPE (OR=0,004; IC95% 0,00 a 0,15; P=0,003), ambas demonstrando efeito protetor para acidemia. Com o presente modelo, constatou-se que 74,1% dos casos são corretamente classificados para acidemia no nascimento. CONCLUSÕES: pela análise do Doppler venoso fetal na insuficiência placentária constatou-se que a acidemia no nascimento (pH<7,20) está associada de forma independente com o fluxo reverso na VPE e com o escore-zeta da TAMxV da VPE, ambos demonstrando efeito protetor com redução do risco para a acidemia / OBJECTIVE: This study, conducted in high-risk pregnancies with placental insufficiency, aims to avaliate blood flow in the fetal left portal vein (LPV), umbilical vein (UV) and ductus venosus (DV), and establish which parameters are associated with acidemia at birth. METHOD: A prospective research involving 58 pregnant women, classified according to the presence or absence of the diagnosis of fetal acidosis at birth, according to pH in the blood of the umbilical artery, consisting of: Group I: 26 cases (acidemia, pH <7,20) and Group II: 32 cases (normal pH, pH 7,20). Exclusion criteria were patients who had postnatal diagnosis of abnormality of the newborn and those in which the pH measurement was not obtained at birth. The following Doppler variables of LPV and UV were compared between the groups: TAMxV (Time Averaged Maximum Velocity) (cm/s) zeta-score, Q/kg (blood flow per kg of fetal weight) (ml/min/kg) and presence of pulsatility; and DV pulsality index for veins (PIV) zetascore. RESULTS: LPV TAMxV zeta-score (rho=0.392, P=0.002) and Q/kg (rho=0.274, P=0.037), DV PIV zeta-score (rho=-0.377, P=0.004) and UV Q/kg (rho=0.261, P=0.048) showed significant correlation with pH at birth. Performing the multivariate logistic regression analysis, the independent variables that remained in the final model were: TAMxV of LPV zeta-score (OR=0.41; IC95% 0.25 a 0.71; P=0.001) and reverse flow in LPV (OR=0.004; IC95% 0.00 a 0.15; P=0.003), both showing a protective effect to reduce the risk of acidemia. With this model, it was found that 74,1% of cases are correctly classified to birth acidemia. CONCLUSION: by analysis of fetal venous Doppler in placental insufficiency we found that acidemia at birth (pH <7.20) is independently associated with reverse flow in the LPV and LPV TAMxV z-score, both showing a protective effect with reduced risk for the event
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