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Análise da expressão do gene FMR1 no ovário / Analysis of the FMR1 gene expression in the ovary

Fontes, Larissa 06 October 2011 (has links)
Este estudo teve como objetivo geral a análise do gene FMR1 (Fragile X Mental Retardation gene 1) quanto a sua relação com a insuficiência ovariana primária (Fragile X-related Primary Ovarian Insufficiency, FXPOI). No Capítulo I, apresentamos revisão da literatura sobre FXPOI. A pré-mutação do gene FMR1 constitui a mais frequente causa genética de predisposição para menopausa precoce e entre os casos familiais, cerca de 10% estão associados à pré-mutação do gene FMR1. Entretanto, pouco se conhece sobre a expressão do gene no ovário de mamíferos e os mecanismos pelos quais a pré-mutação causa POI permanecem desconhecidos. O Capítulo II apresenta os resultados do estudo da expressão do gene FMR1 nos ovários adultos, humano e murino. As enormes dificuldades inerentes à obtenção e ao estudo de células germinativas femininas nos levaram a estudar células da granulosa humana (HGC), que são de fácil obtenção, como subprodutos de procedimentos de fertilização in vitro. Também estudamos a expressão do Fmr1 em células da granulosa de camundongos da linhagem CD1 (MGC), coletadas nos ovidutos, após estimulação da ovulação. As células da granulosa interagem intensamente com os ovócitos durante a foliculogênese, transmitindo sinais através do ovário e apoiando o crescimento e a maturação dos ovócitos durante as últimas fases do crescimento folicular. É, portanto, possível que alterações celulares induzidas pela pré-mutação do gene FMR1 nas HGC afetem o crescimento folicular, a taxa de ovulação e a fecundidade. Padronizamos os protocolos de isolamento e de cultivo das HGC do fluido folicular e confirmamos a origem das células isoladas pela expressão de marcadores de HGC, por RT-PCR, e pela natureza lipídica dos grânulos citoplasmáticos, pela coloração com o corante lipofílico DiI. Demonstramos, por RT-PCR que as HGC isoladas do líquido folicular expressam o mRNA do FMR1. Em camundongos, também por RT-PCR, evidenciamos a expressão do mRNA do Fmr1 em ovócitos e nas MGC, coletados do oviduto após hiper-estimulação da ovulação. Por hibridação in situ de RNA em HCG cultivadas, detectamos o mRNA do FMR1 disperso no citoplasma e no núcleo, concentrado em regiões cujas características indicaram ser nucléolos. Essa mesma distribuição foi observada em fibroblastos cultivados. Essa provável localização nucleolar sugere que o transcrito do FMR1, nessas células, constitua ribonucleoproteínas mensageiras, para seu direcionamento do nucléolo para sítios citoplasmáticos específicos, onde ocorre sua tradução. Verificamos, por Western blotting, que as HGC expressam, em níveis elevados, isoformas da FMRP, com massa molecular entre 60 e 95 kDa. Determinamos a localização subcelular da FMRP nas HGC e da Fmrp nas MGC, por imunocoloração. Os sinais de hibridação foram visualizados dispersos, em grânulos finos, no citoplasma das HGC e das MGC, de maneira semelhante ao padrão de distribuição da proteína em neurônios. Nos filopódios das MGC, observamos marcação concentrada em alguns pontos, de forma semelhante ao padrão, previamente descrito, de distribuição da Fmrp em espinhas dendríticas de neurônios de hipocampo de rato, constituindo grânulos de RNA, que promovem o transporte de mRNA e controlam a tradução. O padrão de distribuição semelhante entre neurônios e MGC pode refletir similaridade da função da Fmrp nos dois tecidos. A indução de estresse oxidativo nas HGC por tratamento com arsenito sódico, levou a proteína a deixar de ter distribuição citoplasmática difusa e passar a fazer parte de grânulos de estresse perinucleares, colocalizando-se com TIA-1, marcador dessas estruturas. Resultados semelhantes foram anteriormente obtidos em células HeLa e no hipocampo de rato. Esses resultados apoiam a hipótese de que a FMRP participa do mecanismo transitório de parada da tradução após estresse. No Capítulo III, descrevemos nossas tentativas para obtenção de linhagem de células tronco embrionárias (ESC) de camundongo knockin (KI) quanto a pré-mutação do gene Fmr1. Para a obtenção de embriões KI, fêmeas selvagens (WT; linhagem C57) foram cruzadas com machos KI (linhagem C57/BL6) e fêmeas KI foram cruzadas com machos WT. Pretendíamos comparar a expressão do gene Fmr1 na linhagem de ESC KI e linhagem de ESC WT, inclusive durante a diferenciação Não tivemos sucesso, o que pode ser atribuído às dificuldades inerentes à obtenção de ESC. No acompanhamento dos primeiros quatro dias do desenvolvimento in vitro dos embriões, alterações de clivagem e parada de desenvolvimento foram mais frequentemente observadas nos embriões obtidos de fêmeas KI. Entretanto as taxas médias de sobrevivência de ovócitos para blastocistos e de embriões com 8 a 16 células para blastocistos não diferiram estatisticamente entre as fêmeas KI e selvagens; a grande variabilidade entre o número de blastocistos obtidos por fêmea e o pequeno número delas nos grupos KI (seis) e selvagem (sete) indicam que esses resultados devem ser interpretados com cautela. A análise da proteína Fmrp nos blastocistos, por imunocoloração, mostrou distribuição provavelmente citoplasmática, com padrão granular de marcação, sendo as granulações mais frequentes nos blastocistos de fêmeas WT, porém mais grosseiras nos blastocistos de fêmeas KI. Esse conjunto de dados é sugestivo de efeito da pré-mutação do gene Fmr1 em fêmea murina sobre o início do desenvolvimento de seus embriões. Esse aspecto necessita investigação mais aprofundada / This study aimed at investigating the FMR1 gene (Fragile X Mental Retardation gene 1), regarding its relationship with primary ovarian insufficiency (Fragile X-related Primary Ovarian Insufficiency, FXPOI). In Chapter I, we present a literature review on FXPOI. The FMR1 premutation is the most frequent genetic cause of predisposition to premature ovary insufficiency (POI) and, among the POI familial cases, about 10% are associated with the FMR1 gene premutation. However, little is known about the gene expression in the mammal ovary, and the mechanisms by which the premutation causes POI remain unknown. Chapter II presents the study of the FMR1 gene expression in the human and murine adult ovaries. The enormous difficulties inherent in obtaining and studying female germ cells led us to study human granulosa cells (HGC), which are easily obtained as byproducts of in vitro fertilization procedures. We also studied the FMR1 expression in granulosa cells of mice of the CD1 strain (MGC), collected from the oviducts after ovulation induction. Granulosa cells interact functionally with oocytes during folliculogenesis, transmitting signals through the ovary and supporting growth and maturation of oocytes during the later stages of follicular growth. It is, therefore, possible that cellular changes induced by the FMR1 premutation in HGCs affect follicular growth, ovulation rate and fecundity. We standardized protocols for isolation and culture of HGCs obtained from follicular fluid and confirmed the origin of the isolated cells by the expression of HGC markers, using RT-PCR, and by the lipid nature of the cytoplasmic granules, as demonstrated by the staining with the lipophilic dye DiI. We demonstrated, by RT-PCR, that HGCs isolated from follicular fluid express the FMR1 mRNA. In mice, also by RT-PCR, we detected the Fmr1 mRNA in oocytes and in the MGCs, collected from the oviduct after ovulation hyperstimulation. Using RNA in situ hybridization on cultured HCGs, we detected the FMR1 mRNA dispersed in the cytoplasm and, in the nucleus, concentrated in regions whose features indicated to be nucleoli. This same distribution was observed in cultured fibroblasts. This probable nucleolar localization of the FMR1 transcript in these cells suggests that it constitutes messenger ribonucleoproteins for further targeting to specific cytoplasmic sites where translation occurs. We verified, by Western blotting, that HGCs express high levels of the main FMRP isoforms, with molecular mass between 60 and 95 kDa. We determined the FMRP subcellular localization in HGCs and that of Fmrp in MGCs, by immunostaining. The hybridization signals were seen scattered in fine granules in the cytoplasm of both HGCs and MGCs, in a pattern of distribution similar to that observed in neurons. In the MGC filopodia, the protein labeling was concentrated at some sites, similar to the previously described pattern of Fmrp distribution in neuronal dendritic spines of rat hippocampus, where it is part of RNA granules, promoting mRNA transport and translation control. The similar distribution pattern between neurons and MGC may reflect the similarity of FMRP function in both tissues. The induction of oxidative stress in the HGC by treatment with sodium arsenite led the protein to leave its diffuse cytoplasmic distribution to become part of perinuclear stress granules, co-localized with TIA-1, a marker of these structures. Similar results were previously obtained in HeLa cells and in rat hippocampus. These results support the hypothesis that FMRP participates in the mechanism of the transient translation arrest after stress. In Chapter III, we describe our attempts to obtain an embryonic stem cell line (ESC) from knock-in mice (KI) for the FMR1 premutation. To obtain KI embryos, wild females (WT, strain C57) were crossed with males KI (strain C57/BL6), and KI females were crossed with WT males. We planned to compare the expression of the fmr1 gene in the ESCs from the KI and WT strains, including during differentiation. We did not succeed in obtaining an ESC KI line, which can be attributed to difficulties inherent to the procedure. At follow-up of the first four days of in vitro development of embryos, changes in cleavage and developmental arrest were more frequently observed in embryos obtained from KI females. Meanwhile, the average survival rates of oocytes to blastocysts, and 8-16 cell embryos to blastocysts were not statistically different between the KI and WT females. The great variability among the numbers of blastocysts obtained per female and the small size of the KI (six females) and WT (seven females) groups indicate that these results should be interpreted with caution. Immunostaining analysis of the Fmrp in blastocysts showed a probably cytoplasmic distribution, with a granular pattern of labeling, the grains being more common in blastocysts from WT females, but coarser in blastocysts from KI females. These data are suggestive that the Fmr1 premutation in murine females affects the early development of their embryos. This aspect needs further investigation
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Impacto de uma intervenção educativa e motivacional para o controle da ingestão hídrica de pacientes em tratamento hemodialítico / Impact of an educational and motivational intervention for control of water intake in patients under hemodialysis therapy

Oller, Graziella Allana Serra Alves de Oliveira 13 December 2017 (has links)
Introdução: A dificuldade no controle da ingestão hídrica, refletida no ganho de peso interdialítico excessivo, e a dificuldade de se atingir a meta de perda de peso na sessão de hemodiálise são problemáticas, no cuidado aos pacientes com Doença Renal Crônica em tratamento hemodialítico. Muitos pacientes possuem dificuldades na adesão à prescrição de restrição de consumo de líquidos e vivenciam complicações decorrentes da sobrecarga hídrica. Objetivo: Analisar o efeito de uma intervenção educativa e motivacional no controle do consumo de líquidos no período interdialítico, de pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico. Métodos: Trata-se de um estudo quase experimental do tipo ensaio clínico não randomizado. Os participantes foram os pacientes com Doença Renal Crônica terminal em tratamento hemodialítico em um serviço de diálise, em um município do interior paulista. Os participantes foram inseridos em dois grupos: Controle (n=106) e Intervenção (n=86). Para os pacientes dos dois grupos, foram realizadas entrevistas, aplicando-se o instrumento de caracterização sociodemográfica e clínica, Escala de Autoeficácia Geral e Percebida (SOUZA; SOUZA, 2004), Inventário de Estratégias de Enfrentamento de Lazarus e Folkman (SAVÓIA; SANTANA; MEJIAS, 1996), Escala de Resiliência (PESCE et al., 2005) e Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (BOTEGA et al., 1995), no início (T0) e ao final do estudo (T5). O estudo foi realizado em seis etapas, em um período de cinco semanas de seguimento, e a intervenção foi realizada por meio de dois encontros para as sessões de intervenção (T1 e T3) e dois para os reforços (T2 e T4). A intervenção constou da elaboração e aplicação de um vídeo educativo e motivacional para o controle do consumo de líquidos, apresentado aos pacientes. Ainda na intervenção, o reforço foi realizado em dois momentos, para acompanhamento das orientações. O percentual ideal de perda de peso foi a variável desfecho da pesquisa e caracterizou o padrão de consumo de líquidos, mensurado em 16 medidas de ganho de peso entre as sessões de hemodiálise no período da pesquisa, frente ao peso ideal. Os dados foram analisados por meio do software estatístico SAS 9.0 e o programa R versão 3.4.1. Realizaram-se análises descritivas e propuseram-se os modelos de regressão linear com efeitos mistos para comparações entre os grupos e os tempos para as variáveis independentes, e a regressão beta inflacionada para análise das associações entre as variáveis independentes e a variável desfecho. O projeto atendeu às recomendações da Resolução CNS 466/2012, tendo sido apreciado e aprovado por dois Comitês de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, vinculados aos pesquisadores e ao serviço de diálise em estudo, bem como foi cadastrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos - ReBEC. Resultados: Os pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico participantes do estudo, ao final do estudo (T5), apresentaram bons níveis de autoeficácia, nos dois grupos (GC=39,2+6,2; GI=42,9+5,9). Com relação ao enfrentamento, no GC o fator com melhores escores foi a reavaliação positiva (2,09+0,56) e no GI foi a reavaliação positiva (1,67+0,44) e a resolução de problemas (1,81+0,42). Os pacientes dos dois grupos apresentaram boa resiliência (GC=143,01+16,86; GI=145,91+15,17), e observou-se presença de sintomas de ansiedade (GC=9,75+2,65; GI=8,91+2,69) e de depressão (GC=9,64+2,31; GI=8,58+2,50), nessa população. Os pacientes participantes do GI apresentaram, para todas as variáveis, mudanças nos escores avaliados após a implementação da intervenção educativa e motivacional. Na análise entre os grupos, para a resiliência, não houve significância estatística (p=0,23). Os pacientes que participaram da intervenção apresentaram diminuição no padrão de ganho de peso nos períodos interdialíticos, com 3,54 vezes mais chance de atingir a meta de 100% de perda de peso, comparados aos participantes do grupo controle. As variáveis autoeficácia, sintomas de ansiedade e de depressão e os fatores fuga-esquiva e reavaliação positiva do inventário de estratégias de enfrentamento apresentaram relação negativa com o percentual ideal de perda de peso, enquanto a resiliência e os fatores confronto e resolução de problemas do inventário de estratégias de enfrentamento tiveram relação positiva com o percentual ideal de perda de peso. Conclusão: A intervenção educativa e motivacional para o controle do consumo de líquidos, nos períodos interdialíticos de pacientes com Doença Renal Crônica em tratamento hemodialítico, apresentou um impacto positivo, avaliado por meio do percentual ideal de perda de peso / Introduction: The difficulty in controlling water intake reflected in the excessive interdialytic weight gain, and difficulty to achieve the goal of weight loss on hemodialysis session, is a problem in the care of patients with Chronic Kidney Disease who are undergoing hemodialysis therapy. Many patients have difficulties on comply with the prescription of liquids restriction and experience complications arising from water overload. Objective: To analyze the effect of an educational and motivational intervention to control liquids during the interdialytic period in chronic kidney disease patients who are undergoing hemodialysis therapy. Methods: This is a non-randomized quasi-experimental clinical study. The participants were the terminal Chronic Kidney Disease patients who are undergoing hemodialysis therapy in a dialysis service in a city in the countryside of the State São Paulo. The participants have been enrolled into two groups: Control (n = 106) and Intervention (n = 86). For both groups, the patients had been interviewed by applying the clinical and sociodemographic characterization instrument, General and Perceived Self-Efficacy Scale (SOUZA; SOUZA, 2004), Confront Strategies Inventory of Lazarus and Folkman (SAVÓIA; SANTANA; MEJIAS, 1996), Resiliency Scale (PESCE et al., 2005) and Hospital Anxiety and Depression Scale (BOTEGA et al., 1995), at the beginning (T0) and at the end of study (T5). The study was conducted in six stages during five weeks of follow-up, and the intervention was performed by means of two meetings for the intervention sessions (T1 e T3) and two support meetings (T2 e T4). The intervention consisted of developing and implementing an educational and motivational video for liquids control, presented to patients. Also in the intervention, the support was carried out in two moments later for the guidelines follow-up. The percentage of weight lost was the variable research endpoint and featured the standard liquids consumption, measured on 16 measures of weight gain between dialysis sessions in the survey period, compared to ideal weight. Data have been analyzed through the statistical SAS 9.0 software and R program, version 3.4.1. Descriptive analysis had been conducted and linear regression templates have been proposed with mixed effects for comparisons between the groups and the times for the independent variables, and the inflated beta regression for analysis of associations between the independent variables and the endpoint variable. The project met the recommendations of CNS Resolution 466/2012, having been assessed and approved by two Research Ethics Committees with Human Beings, bound to the researchers and to the dialysis service under study, as well as registered in the Brazilian Clinical Trials Registration - ReBEC. Results: The study participants who are the patients with chronic kidney disease undergoing hemodialysis therapy at the end of study (T5), showed high levels of self-efficacy in both groups (GC = 39.2?6.2; GI = 42.9?5.9). With respect to confront, in GC the factor with best scores was the positive re-evaluation (2.09?0.56), and in GI was the positive re-evaluation (1.67?0.44) and the problem solving (1.81?0.42). Patients of both groups showed good resilience (GC = 143.01?16.86; GI = 145.91?15.17) and noted the presence of anxiety symptoms (GC = 9.75?2.65; GI = 8.91?2.69) and depression (GC = 9.64?2.31; GI = 8.58?2.50) in this population. Patients participating in GI showed, for all variables, changes in scores assessed after implementation of the educational and motivational intervention. In the analysis between the groups, no statistical significance was found for resilience (p=0.23). Patients who participated in the intervention presented a decrease in weight gain standard during interdialytic periods, with 3.54 folds more likely to achieve the goal of 100% loss of weight compared to the control group. The self-efficacy variables, anxiety and depression symptoms, escape-avoidance factors and positive re-evaluation of the confront strategies inventory showed a negative relationship with the weight loss percentage, while resilience and confront factors and problem-solving of confront strategies inventory had positive relationship with the percentage of weight loss. Conclusion: Educational and motivational intervention for liquids control in interdialytic periods with Chronic Kidney Disease patients who are undergoing hemodialysis treatment showed a positive impact, assessed through percentage of weight loss
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Análise comparativa da atividade velofaríngea  aferida por rinometria acústica, rinomanometria e videofluoroscopia / Comparative analysis of velopharyngeal activity assessed by acoustic rhinometry, rhinomanometry and videofluoroscopy

Silva, Alicia Graziela Noronha 13 February 2015 (has links)
Objetivo: Analisar a atividade velofaríngea de indivíduos com disfunção velofaríngea (DVF) aferida por rinometria acústica (RA), comparativamente à aferida por rinomanometria (RM) e videofluoroscopia (VF). Método: Estudo clínico prospectivo em 41 adultos, de ambos os sexos, com fissura de palato±lábio previamente operada e DVF residual ao exame clínico. Foram analisadas as seguintes variáveis: 1) RA (n=41): variação volumétrica da nasofaringe (V) na produção dos fones [k], [p], [t], relativamente ao repouso (redução <3cm3 considerada como ausência de atividade velofaríngea). 2) RM (n=41): área do orifício velofaríngeo (área >0,05cm2 considerada como fechamento inadequado), 3) VF (n=9): extensão da falha velar e do movimento faríngeo (falha >2mm e movimento <50% considerados como inadequados). Para a comparação das três técnicas utilizou-se o fone [p]. Resultados: Observou-se um V médio de 18% na produção do [k], significantemente menor (p<0,05) que a redução de referência (30%), sendo valores de V sugestivos de DVF constatados em 59% dos casos. Resultados similares foram obtidos na produção de [p] e [t]. Na RM, fechamento inadequado foi observado em 85% dos casos, e o V não variou segundo o grau de fechamento. Na VF, a presença de falha foi observada em 89% dos casos e não se observou participação da língua no fechamento. A concordância entre as técnicas foi de 51% (RA vs RM), 44% (RA vs VF) e 89% (RM vs VF). Conclusão: A RA não apresentou acurácia suficiente como método de diagnóstico da DVF frente aos dois métodos-padrão. Demonstra, contudo, potencial como método de acompanhamento dos resultados de intervenções clinico-cirúrgicas. / Objective: To analyze velopharyngeal (VP) activity of subjects with VP dysfunction (VPD) by acoustic rhinometry (AR), as compared to rhinomanometry (RM) and videofluoroscopy (VF). Method: Prospective clinical study in 41 adults, both sexes, with repaired cleft palate±lip and residual VPD on clinical assessment. Variables analyzed: 1) AR (n=41): nasopharyngeal volumetric change (V) during the production of plosives [k], [p], [t], relatively to rest condition (reduction <3cm3 considered as absence of VP activity). 2) RM (n=41): VP orifice area (area > 0,05cm2 considered as inadequate closure), 3) VF (n=9): velar gap and pharyngeal walls movement (gap >2mm and mobility <50% considered as inadequate). The plosive [p] was used when comparing the three techniques. Results: A mean V decrease of 18% was observed during the production of [k], which was significantly lower (p<0.05) than the decrease reported for normals (30%). V values suggestive of VPD were observed in 59% of the subjects analyzed. Similar results were obtained for [p] and [t]. On RM, 85% of the subjects had inadequate closure; V did not vary according to the degree of closure. On VF, a significant gap was observed in 89%; the tongue did not contributed to VP closure. Agreement between techniques was of 51% (AR vs RM), 44% (AR vs VF) and 89% (RM vs VF). Conclusion: Acoustic rhinometry had no good accuracy as a diagnostic method of VPD, when compared to the two gold-standard methods used. Nevertheless, the technique showed potential as a method for monitoring the outcomes of clinical and surgical treatment of VPD.
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Infecções hospitalares em pacientes cardiopatas sob procedimento hemodialítico em unidade de terapia intensiva / Nosocomial infections in cardiac patients under hemodialysis procedure in an intensive care unit

Cais, Daiane Patricia 06 July 2009 (has links)
Introdução: Os procedimentos hemodialíticos para a correção da lesão renal têm a infecção como principal complicação. Em pacientes com lesão renal crônica (LRC), submetidos à hemodiálise em centros especializados, a infecção da corrente sanguínea (ICS) comprovadamente é a mais importante. Para pacientes críticos, com lesão renal aguda (LRA), internados em unidades de terapia intensiva (UTI), a literatura é escassa. Nesta população, as infecções relacionadas ao procedimento são de difícil avaliação devido à gravidade do paciente e aos inúmeros procedimentos invasivos a que são submetidos. Objetivos: analisar as infecções hospitalares em cardiopatas com LRA ou LRC agudizada submetidos a procedimento hemodialítico, em uma UTI, verificar se a ICS é a principal topografia infecciosa e identificar fatores de risco para o desenvolvimento de ICS associados ao procedimento hemodialítico. Métodos: Estudo de coorte prospectivo (12 meses), envolvendo 101 pacientes internados em uma UTI do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, submetidos a procedimento hemodialítico por meio do cateter temporário, sem cuff, para hemodiálise. Utilizou-se o critério proposto pelos Centers for Disease Control and Prevention para definição de ICS e das demais infecções hospitalares. Os dados coletados foram digitados no programa Statistical Package for Social Sciences e o nível de significância adotado para os testes estatísticos foi de 5%. Aplicou-se o teste de Mann-Whitney para comparar os pacientes com e sem ICS, o teste do Qui-quadrado para verificar associações da ICS com fatores de risco relacionados ao procedimento e a Distribuição de Poisson para a comparação das taxas de infecção entre os pacientes do estudo e a população geral da UTI. Resultados: Não houve diferença entre os grupos com e sem ICS em relação a sexo, idade, tempo de internação, diabetes, hipertensão, presença de outro cateter central, tipo de lesão renal, gravidade e infecção no início do procedimento. A ICS foi a topografia mais frequente, acometendo 13 (12,9%) pacientes, com densidade de incidência (DI) de 11,4 por mil pacientes-dia. O principal microrganismo isolado foi o Staphylococcus aureus resistente à oxacilina. Não foi encontrada associação entre ICS e tipo de procedimento, anticoagulação, solução preparada na beira do leito, número e tempo de conexão à máquina, embora a maior proporção de pacientes com ICS tenha sido submetida a mais de quatro conexões e tempo de conexão à máquina > 48 horas. As DI de ICS, pneumonia, infecção urinária e traqueobronquite foram maiores nos pacientes submetidos a procedimento hemodialítico quando comparados aos outros pacientes da UTI, embora a diferença não tenha sido significativa. Conclusão: A ICS foi a topografia mais frequente nesta população e não esteve associada ao procedimento hemodialítico. O pequeno número de pacientes com ICS pode ter comprometido a identificação de fatores de risco associados ao procedimento. Os resultados encontrados indicam que as principais estratégias para prevenção da ICS nesta população continuam a ser aquelas direcionadas à qualidade do cuidado com o acesso e com o procedimento / Introduction: Infection is a major concern when using hemodialysis procedures for the healing of the renal failure. Bloodstream infection (BSI) is the most important infection among patients with chronic renal failure (CRF), who are undergoing hemodialysis in specialized centers. The literature that focuses on patients with acute renal failure (ARF) in intensive care units (ICU) is limited. Infections due to hemodialysis in this population are difficult to evaluate since the patients conditions often require undergoing several invasive procedures. Objectives: to analyze nosocomial infections in cardiac patients with ARF or acute CRF submitted to hemodialysis in an ICU, determine if BSI is the main infection and identify the risk factors to the BSI development associated with hemodialysis. Methods: This prospective cohort study of twelve months included 101 patients admitted to an ICU of the Heart Institute - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, who underwent hemodialysis through uncuffed, temporary central venous catheter. BSI was defined by Centers for Disease Control and Prevention criteria, as were other nosocomial infections. Collected data were analyzed by Statistical Package for Social Sciences program and 5% was the significance level adopted. The Mann-Whitney test was used to compare the patients with or without BSI, the Chi-square test to verify the associations between BSI and risk factors related to the procedure and the Poisson Distribution to compare infection rates between patients of the study and the general population of the ICU. Results: There were no differences between the groups with or without BSI, regarding sex, age, length of stay, diabetes, hypertension, presence of another central venous catheter, type of renal failure, severity and infection at the beginning of the procedure. BSI was the most frequent infection, occurring in 13 (12.9%) of the patients, with rate of 11.4/1,000 patient-days. The most common pathogen was methicilin-resistant Staphylococcus aureus. There were no associations between BSI and the type of procedure, anticoagulation and solution prepared next to the bed. Furthermore, there were no associations between BSI and the numbers and times of connection to the machine, although the highest proportion of patients with BSI had submitted to more than four connections and with time of connection to the machine higher than 48 hours. The rate of BSI, pneumonia, urinary tract infection and tracheobronchitis were higher in the patients who underwent hemodialysis when compared to other patients in the ICU, although the difference was not statistically significant. Conclusion: BSI was the most frequent infection in this population and was not associated with hemodialysis. The small number of patients with BSI may have compromised the identification of risk factors associated with the procedure. The results indicate that the most important strategies to prevent BSI in this population are still related to the care with the venous access and the hemodialysis
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Resultados de fala da palatoplastia posterior secundária com veloplastia intravelar no tratamento da insuficiência velofaríngea / Speech results after secondary palatoplasty with intravelar veloplasty in the management of velopharyngeal insufficiency

Brustello, Carolina Macedo Battaiola 29 February 2012 (has links)
Objetivo: Comparar os resultados de hipernasalidade, nasalância e função velofaríngea entre duas técnicas cirúrgicas que empregam o procedimento de veloplastia intravelar para a correção da insuficiência velofaríngea (IVF) residual: a palatoplastia posterior secundária com manobra de Braithwaite e a palatoplastia posterior secundária pela técnica de Furlow. Modelo/Participantes: Estudo prospectivo em 50 pacientes com IVF residual, que realizaram a veloplastia intravelar, tendo sido divididos em dois grupos: 31 pacientes submetidos à palatoplastia posterior secundária com manobra de Braithwaite (grupo B) e 19 pacientes submetidos à palatoplastia posterior secundária pela técnica de Furlow (grupo F). Local de Execução: Laboratório de Fisiologia do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais-USP. Variáveis: Hipernasalidade, classificada perceptivamente por três avaliadores; nasalância, determinada por meio da nasometria e, fechamento velofaríngeo, estimada pela medida da área velofaríngea, por meio da técnica fluxo-pressão, em média, 3 dias antes e 14 meses após a cirurgia. Resultados: Verificou-se, após a cirurgia, redução da hipernasalidade e da nasalância em 45% e 65% dos casos, respectivamente e, melhora do fechamento velofaríngeo em 50% dos pacientes do grupo B. Para o grupo F, observou-se redução tanto da hipernasalidade quanto da nasalância em 53% dos pacientes e melhora do fechamento velofaríngeo em 46% dos casos. Diferenças estatisticamente significantes não foram identificadas entre as duas técnicas cirúrgicas para todas as variáveis estudadas (p<0,05). Conclusão: Os achados permitiram concluir que as duas técnicas cirúrgicas que empregam o procedimento de veloplastia intravelar mostraram resultados semelhantes na redução dos sintomas da IVF residual. / Objective: To compare postoperative outcomes of hypernasality, nasalance and velopharyngeal function between two surgical techniques that use intravelar veloplasty procedure for velopharyngeal insufficiency (VPI) management: secondary palatoplasty as suggested by Braithwaite and secondary palatoplasty by Furlow technique. Model/Participants: Prospective study in 50 patients with VPI, underwent intravelar veloplasty divided into two groups: 31 patients underwent secondary palatoplasty as suggested by Braithwaite (group B) and 19 patients underwent secondary palatoplasty by Furlow technique (group F). Setting: Laboratory of Physiology, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais-USP. Variables: Hypernasality, perceptually classified by three evaluators; nasalance determined by means of nasometry and velopharyngeal function, assessed by means of velopharyngeal area measurement provided by the pressure-flow technique, 3 days before and 14 months after surgery, on average. Results: After surgery, reduction of hypernasality and nasalance was verified in 45% and 65% of cases, respectively, and improvement of velopharyngeal closure in 50% of patients in group B. In group F, reduction of hypernasality and nasalance was observed in 53% of patients and improvement of velopharyngeal closure in 46% of cases. No statistically significant differences were identified between the two surgical techniques for all variables studied (p<0,05). Conclusion: The two surgical techniques involving intravelar veloplasty procedure showed similar results in reducing VPI symptoms.
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"Acesso venoso central para hemodiálise: avaliação prospectiva da ocorrência de complicações" / Central venous access for hemodialysis: prospective evaluation of complications.

Ferreira, Viviane 08 July 2005 (has links)
As complicações de pacientes com insuficiência renal crônica submetidos ao tratamento hemodialítico representam desafios para os profissionais de saúde. A variabilidade de fatores de risco que predispõem a essas complicações têm sido, freqüentemente, investigada na literatura científica. Nesse sentido, objetivou-se descrever as complicações locais e sistêmicas dos pacientes com insuficiência renal crônica a partir da implantação do cateter temporário de duplo lúmen para hemodiálise até sua retirada definitiva. Trata-se de um estudo de segmento que avaliou prospectivamente os pacientes da implantação do cateter até sua retirada definitiva. Para o estabelecimento do grupo estudado foi considerado um período de seis meses consecutivos de julho a dezembro de 2003. Assim, após a aprovação do Comitê de Ética em pesquisa procedeu-se a coleta dos dados. Para análise dos resultados realizou-se a codificação das variáveis no banco de dados do programa Microsoft Excel mediante dupla digitação, e, utilizou-se o programa Software Statistical Package for Social Sciences, versão 10.0 na análise estatística. Dos 64 pacientes avaliados 38 (59,4%) eram do sexo masculino, 20 (31,2%) tinham como causa provável da insuficiência renal a nefroesclerose hipertensiva, e, 35 (54,7%) implantaram o cateter devido à necessidade do tratamento hemodialítico imediato. Totalizou-se no período 145 cateteres implantados, 29 (45,3%) dos pacientes tiveram implantes únicos, 98 (67,6%) dos acessos foram a veia jugular interna direita, 40 (27,6%) das trocas dos cateteres foram devido a febre. O tempo médio de permanência dos cateteres foi de 30 dias. A complicação local mais freqüente em 41 (64%) dos pacientes foi o funcionamento inadequado do cateter com 26 dias de média para a ocorrência, e, a complicação sistêmica mais freqüente em 24 (37,5%) foi a febre com 34 dias de média para sua ocorrência, 27 (42,2%) dos pacientes apresentaram infecção do sítio de inserção, e, 30 (47%) infecção da corrente sanguínea. O Staphylococcus aureus foi o microrganismo mais isolado em 10 (33,4%) das hemoculturas. Observou-se que 45 (70,4%) dos pacientes retiraram definitivamente o cateter devido à punção da fístula arteriovenosa. O estudo apontou aspectos preocupantes, dentre eles, o tempo de permanência do cateter, que expõe sobremaneira o paciente a diferentes complicações, em especial, a infecção. A confecção da fístula arteriovenosa representa uma importante alternativa que contrapõe o uso do cateter temporário. / Complications in chronic renal insufficiency patients under dialysis treatment represent important challenges to health professionals. The variety of risk factors predisposing towards these complications have frequently been discussed in scientific literature. Thus, this study aimed to describe the local and systemic complications of chronic renal insufficiency patients who were using a temporary double-lumen catheter for hemodialysis treatment, until its final withdrawal. A segment research prospectively studied patients from the moment the catheter was inserted until its final withdrawal. A period of six consecutive months, from July to December 2003, was considered to determine the group of patients ti be studied. Thus, after ethical approval, data were collected through interviews, clinical exams and patient record evaluation. For the result analysis, the variables were coded in a database through double data entry in Microsoft Excel and Software Statistical Package Social Sciences, version 10.0 was used for statistical analysis. 38 (59.4%) of the 64 patients were men, 20 (31.2%) showed hypertensive nephrosclerosis as the probable cause of insufficiency renal and 35 (54.7%) inserted the catheter due to the need for immediate hemodialysis treatment. 145 catheters were inserted during the period, 29 (45.3%) of which were single implants and the right internal jugular vein was the access in 98 cases (67.6%). Average catheter permanence time was 30 days. Catheters were substituted in 40 cases (27.6%) due to fever. The most frequent local complication was inadequate functioning in 41 (64%) cases, with an average occurrence of 26 days, while the most frequent systemic complication was fever in 24 cases (37.5%), with an average occurrence of 34 days. Infection of the insertion site occurred in 27 (42.2%) cases and infection of the blood flow associated with the catheter in 30 (49%) cases. Sthaphylococos aureus was the most frequently isolated microorganism in 10 (33.4%) blood cultures. 45 (70.4%) final catheter withdrawals were due to arterio-venous fistula puncture. This analysis revealed various preoccupying aspects, including the catheter permanence time, which highly exposes the patient to different complications, particularly infection.
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Avaliação da saúde bucal e detecção do vírus HSV-1 e EBV na saliva de pacientes pediátricos antes e depois do transplante renal / Assessment of oral health and detection of HSV-1 and EBV in saliva of pediatric patients before and after renal transplantation

Silva, Erika Mont'Alverne Pereira 18 November 2010 (has links)
O transplante renal é uma modalidade de tratamento para substituir os órgãos em falência. As manifestações orais mais freqüentes nos pacientes portadores de insuficiência renal crônica (IRC) e transplantados renais (TR) são as alterações do esmalte, as estomatites, gengivites, diminuição do fluxo salivar, hiperplasias gengivais e as infecções por vírus, bactérias e fungos. A prevalência de infecções ativas causadas pelos herpesvírus aumentam quando há imunossupressão dos indivíduos. Em transplantados renais, apesar de ser realizada a profilaxia antiviral, a infecção clínica pelos vírus desta família tem levado a muitas complicações póstransplante aumentando a mortalidade e a morbidade destes pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar comparativamente as condições bucais e a presença dos vírus HSV-1 e EBV na saliva de pacientes pediátricos com IRC, TR e em pacientes normorreativos, através da técnica de PCR. Aplicou-se questionário a todos os pais ou responsáveis para obtenção dos dados demográficos, histórias médica e odontológica. Realizou-se avaliação da saúde bucal e coleta de saliva de 100 pacientes pediátricos de 0 à 16 anos, divididos em 3 grupos. O grupo 1 foi composto por 25 crianças insuficientes renais crônicos, o grupo 2 por 25 crianças transplantadas renais na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, e o grupo 3 por 50 crianças normorreativas na Clínica Odontológica da FOUSP. Independentemente do grupo, a maioria das crianças exibia pobre higiene oral, gengivite e moderada incidência de cárie. Entre as manifestações bucais avaliadas as que apresentaram diferença entre os grupos foram: No grupo 1 palidez da mucosa bucal (8/25, 32%), alteração de esmalte (5/25, 20%), manchas brancas (4/25, 16%), e sensação de boca seca (3/25, 12%). No grupo 2 foram: candidíase (1/25, 4%), queilite angular (1/25, 4%), e dentes conóides (1/25, 4%). A hiperplasia gengival medicamentosa esteve presente em 4 dos 25 (16%) dos pacientes desse grupo estudado, sendo em todos os casos grau 1 . No grupo 3 observou-se alteração de esmalte (6/50, 12%), manchas brancas (8/50, 16%) e fratura dental (1/50, 2%). Quanto a presença dos vírus observou-se que o HSV-1 foi encontrado na freqüência de: 4% no G1, 28% no G2 e 22% no G3 sendo essa diferença estatisticamente significante (p=0,039). O EBV foi encontrado em 24% dos pacientes do G1, 60% do G2 e em 44% dos pacientes do G3, sendo a diferença entre G1 e G3 estatisticamente significante (p=0,010). Frente as manifestações bucais e a presença do HSV-1 e do EBV encontradas nesta população evidencia-se a o importante papel do cirurgião dentista na equipe transplantadora, participando de novos métodos de diagnóstico, adequação bucal dos pacientes na fase pré transplante, como também nas intervenções curativas nas fases pré, trans e pós transplante. / Renal transplantation may be a treatment choice for patients with a failing kidney. Patients who present chronic renal failure and have undergone renal transplantation may show enamel abnormalities, periodontal disease, decrease of the salivary flow and gingival enlargement as common oral manifestations. Bacterial, fungal and viral infections can also develop, being the later a major cause of post-transplantation morbidity and mortality despite the antiviral prophylaxis. Thus, the purpose of this study was to observe the occurrence of oral manifestations and also to detect the presence of herpes virus 1 (HSV-1) and Epstein-Barr virus (EBV) in the saliva of pediatric renal transplant patients (RT), pediatric patients with chronic renal failure (CRF) and immunocompetent patients, comparing the results among the three experimental groups. All the analyses were performed through the polymerase chain reaction (PCR). A questionnaire was applied to the respective parents or legal responsible in order to obtain the demographic data, medical and dental histories. Oral manifestation records and saliva samples were obtained from 100 pediatric patients with an age that ranged from 0 to 16 years old. The experimental groups consisted of: Group 1 (G1): 25 children with chronic renal failure, group 2 (G2): 25 children after renal transplantation conducted at Santa Casa de Misericórdia of São Paulo city and group 3 (G3): 50 immunocompetent children clinically examined at the School of Dentistry, University of São Paulo. All of the analyzed children presented poor hygienic conditions, periodontal diseases and decreased rates of dental caries. G1 presented the following oral manifestations: paleness of oral mucosa (8/25, 32%), enamel abnormalities (5/25, 20%) and xerostomia (3/25, 12%). G2: oral candidiasis (1/25, 4%), angular cheilitis (1/25, 4%) and conic teeth (1/25, 4%). Four patients also presented gingival enlargement at degree one (16%). G3 presented enamel abnormalities (6/50, 12%) and dental fracture (1/50, 2%). HSV-1 was detected in G1 (4%), G2 (28%) and G3 (22%) and presenting statistically significant differences among the groups (p=0,039). EBV was detected in 24% of G1, 60% of G2 and 44% of G3, being this difference statistically significant (p=0,010). Oral manifestations as well as the presence of HSV-1 and EBV in CRF e RT patients highlight the importance of a dentist in the renal transplant team, providing optimal dental care of patients before and after the renal transplant.
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QUALIDADE DE VIDA DOS PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE

Mendonça, Danielle de Paula 10 December 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-07-27T14:21:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DANIELLE DE PAULA MENDONCA.pdf: 444735 bytes, checksum: 5fb79619df7ba335d3631bdd058da67b (MD5) Previous issue date: 2007-12-10 / This study aims to identify, to describe, to analyze and to understand the quality of life (QOL) of chronic renal insufficiency (CRI) carrieres. For that, it considered the impact of CRI and the treatment of hemodialysis on the QOL of its carriers from the qualitative and quantitative indicators of physical, psychological, social, environmental and general aspects and associated them to QOL with socialdemographic and clinic dimensions. In this study there were 86 CRI carrieres above the age of 18, in hemodialysis treatment at least for a month at Hospital das Clínicas (N=20) and at Santa Casa de Misericórdia de Goiânia (N=60). To measure the QOL some tools like personal clinic information form from the participant, a semi structural interview script and the forms World Health Organization Quality of life Assessment (WHOQOL) and Kidney Disease Quality of Life Short form (KDQOL- SF ) were used. The results show that the CRI carrierer has a QOL in the medium average presenting a large harm in relation to physical aspects, especially in relation to the working activities and a better QOL related to psychological and social aspects. It was concluded that to make better a QOL of a CRI carrier it is necessary to invest in the development of less invasive and less painful techniques to reduce the number and the intensity of the symptoms related to the illness and treatment besides the insertion and stimulation in the working activities along with CRI carrieres in hemodialysis treatment. / Este estudo propõe identificar, descrever, analisar e compreender os indicadores de qualidade de vida (QV) dos portadores de insuficiência renal crônica (IRC). Para isso, avaliou o impacto da IRC e do tratamento de hemodiálise sobre a QV de seus portadores a partir dos indicadores quantitativos e qualitativos das Dimensões Física, Psicológica, Social, Ambiental e Geral e, correlacionou tais Dimensões da QV com os dados sociodemográficos e clínicos. Participaram do estudo 86 portadores de IRC, acima de dezoito anos, em tratamento de hemodiálise há no mínimo um mês, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (N=20) e na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia (N=66). Para avaliar a QV foram utilizados os instrumentos: Ficha de Dados Pessoais e Clínicos do Participante, Roteiro de Entrevista Semi-estruturada, World Health Organization Quality Of Life Assessment (WHOQOL-Abreviado) e o Kidney Disease Quality of Life Short Form (KDQOL-SF ). Os resultados apontam que o portador de IRC possui uma QV geral mediana, apresentando maior prejuízo em relação à Dimensão Física, especificadamente, em relação à sua condição Laboral e maior QV em relação às Dimensões Social e Psicológica. Conclui-se que para melhorar a QV do portador de IRC, é necessário investir no desenvolvimento de técnicas menos invasivas e dolorosas para a diminuição do número e da intensidade dos sintomas relacionados à doença e ao tratamento, além da reinserção e estimulação das atividades laborais junto aos portadores de IRC em tratamento hemodialítico.
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Associação entre aterosclerose subclínica e função renal na população do ELSA-Brasil / Association between subclinical atherosclerosis and renal function in the ELSA-Brasil population

Chiou, Cheng Suh 15 August 2017 (has links)
A doença renal crônica (DRC) é um problema de saúde pública mundial. Além de ser reconhecida como um ônus econômico significativo para a sociedade, está associada a altas taxas de morbidade e mortalidade. Assim, para as políticas de saúde pública, é de suma importância a detecção precoce dos seus fatores de risco relacionados aos desfechos desfavoráveis. As doenças cardiovasculares (DCV) já são reconhecidas por sua influência no desfecho da doença renal, mas a relação da calcificação coronariana (CAC) e DRC na fase inicial ainda é controversa. Nosso objetivo é avaliar se há uma associação independente entre a função renal e a CAC em um estudo transversal de coorte brasileira. Métodos: Os participantes do estudo ELSA-Brasil (N=4189) que realizaram exame de CAC foram categorizados em três grupos de taxa de filtração glomerular estimada (TFGe): G1, no estágio 1 (40,2% de participação), G2, no estágio 2 (55,7%), e G3, do estágio 3 ao 5 (4,1%). Também foram classificados em três níveis, de acordo com a razão albumina/creatinina urinária (RAC): A1, com RAC < 30 mg/g (95,6% de participação), A2, com RAC 30-300 mg/g (4%), e A3, com RAC > 300 mg/g (0,4%). A análise da associação entre CAC e os dois marcadores da DRC (TFGe e RAC) foi realizada por meio do método de regressão logística. Resultados: A regressão logística univariada demonstrou que a redução da TFGe apresentou forte relação com a presença de CAC. O risco relativo de CAC em comparação ao G1 foi de 1,94 (IC 95%, 1,67-2,24) para G2 e de 4,51 (IC 95%, 3,29-6,19) para G3. Entretanto, após o ajuste de idade e de outros fatores de riscos cardiovasculares, essa correlação foi atenuada completamente. Em relação à RAC, o grupo RAC > 300 mg/g apresentou associação positiva e a chance de CAC aumentou para 320%, comparada aos indivíduos sem albuminúria. Conclusão: O presente estudo demonstrou que o risco de calcificação coronariana aumenta precocemente na fase inicial da DRC. As maiores chances de calcificação foram detectadas em participantes com albuminúria > 300 mg/g, independentemente dos fatores de riscos tradicionais e idade. O exame de albuminuria pode refletir presença de calcificação coronariana em indivíduos assintomáticos / Chronic kidney disease (CKD) is a worldwide public health problem. As well as being recognized as posing a significant economic burden to society, it is also associated with high morbidity and mortality rates. Thus, early detection of its risk factors associated with unfavorable outcomes is of paramount importance for public health policy. The influence of cardiovascular diseases (CVD) on the outcome of renal disease has been recognized, but the relationship of coronary calcification (CAC) and CKD in the initial phase remains controversial. Our objective is to evaluate whether there is an independent association between renal function and coronary calcification in a cross-sectional Brazilian cohort. Methods: Participants in the ELSA-Brazil Study (N = 4189) who underwent CAC testing were categorized into three groups of estimated glomerular filtration rate (GFR): G1, stage 1 (40.2% of participants), G2, stage 2 (55.7 %) and G3, stages 3 to 5 (4.1%). They were also classified into three levels according to the urinary albumin / creatinine ratio (ACR): A1 ACR < 30 mg/g (95.6% of participants), A2, ACR 30-300 mg/g (4%) and A3, ACR > 300 mg/g (0.4%). Analysis of the association between CAC and the two markers of CKD (GFR and ACR) was performed using the logistic regression method. Results: Univariate logistic regression showed that reduction of eGFR was strongly associated with the presence of CAC. The relative risk of CAC compared to G1 was 1.94 (95% CI, 1.67-2.24) for G2 and 4.51 (95% CI, 3.29-6.19) for G3. However, after adjusting for age and other cardiovascular risk factors, this association was completely attenuated. As for the ACR, the group with ACR > 300 mg/g showed a positive association and the chance of CAC increased to 320%, compared to those without albuminuria. Conclusion: This study demonstrated that the risk of coronary calcification increases early in the initial phase of CKD. A higher chance of calcification was detected in participants with albuminuria > 300 mg/g, irrespective of traditional risk factors or age. Testing for albuminuria could reflect the presence of coronary calcification in asymptomatic individuals
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Efeitos agudos do exercício físico aeróbio sobre a função renal de pacientes com doença renal crônica não dialíticos / Acute effects of aerobic exercise on renal function in non-dialysis chronic kidney disease patients

Santana, Davi Alves de 13 December 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: O exercício físico pode ser uma terapia coadjuvante para indivíduos com doença renal crônica (DRC), já que esta condição patológica tem sido associada a múltiplas comorbidades como hipertensão e diabetes mellitus. No entanto, pouco se sabe sobre os efeitos agudos do exercício sobre a função renal em pacientes com DRC em seus diferentes estágios. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos agudos do exercício aeróbico sobre a função renal em pacientes com DRC não dialíticos. MÉTODOS: Trinta e três indivíduos foram divididos em três grupos: i) pacientes nos estágios 1 e 2 (DRC1-2; n= 11); ii) estágios 3 e 4 (DRC3-4; n= 11); iii) indivíduos saudáveis (CON; n= 11). Todos os voluntários realizaram 30 minutos de exercício em esteira em intensidade correspondente ao limiar anaeróbio ventilatório (LAN) (%VO2pico= 60 ± 8). Amostras de sangue foram coletadas antes, imediatamente após o exercício, 30 e 60 minutos após o exercício, e amostras de urina foram coletadas antes, 30, 60 e 90 minutos após o exercício para mensuração da creatinina e albuminúria. A taxa de filtração glomerular foi avaliada a partir da depuração endógena de creatinina (TFGCr-Cl) e estimada a partir da equação CKD-EPI 2009 (eTFG). RESULTADOS: Imediatamente após o exercício, não foram observadas alterações significantes na TFGCr-Cl e eTFG em todos os grupos (p>0,05). Embora ambos os grupos de pacientes com DRC tenham apresentado aumento da albuminúria imediatamente após o exercício, estes aumentos não foram significantes (p> 0,05). Nenhuma alteração na albuminúria foi detectada no grupo controle durante todo o protocolo (p> 0,05). CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que uma sessão de exercício com duração de 30 minutos em intensidade moderada não compromete a função renal de pacientes com DRC. Em suma, estes dados suportam a noção de que o treinamento físico pode ser uma ferramenta terapêutica segura no manejo da DRC / BACKGROUND: Physical exercise may be an adjunctive therapy for individuals with chronic kidney diseases (CKD) as this pathological condition has been associated with multiple comorbidities including hypertension and diabetes mellitus. However, little is known about the acute effects of exercise on renal function in patients with CKD at different stages. AIM To investigate the acute effects of aerobic exercise on renal function in patients at different stages of non-dialysis CKD. METHODS: Thirty-three subjects were divided into three groups as follows: i) patients in stages 1 and 2 (CKD1-2; n= 11); ii) stages 3 and 4 (CKD3-4; n= 11); iii) healthy individuals (CON; n= 11). Individuals performed 30 minutes of exercise on a treadmill in an intensity corresponding to the ventilatory anaerobic threshold (VAT) (%VO2peak= 60 ± 8). Blood samples were collected before, immediately after exercise, 30 and 60 minutes after exercise and urine samples were collected before, 30, 60 and 90 minutes after exercise for creatinine and albuminuria assessments. Glomerular Filtration Rate (GFR) was estimated using the creatinine clearance (GFRCr-Cl) and estimated using the CKD-EPI 2009 equation (eGFR). RESULTS: Immediately after exercise, GFRCr-Cl and eGFR did not change significantly in all groups (all p > 0.05). Although both groups of CKD patients have shown increased albuminuria immediately after exercise, differences were not significant (p > 0.05). No change in albuminuria was detected in the control group throughout the protocol (p > 0.05). CONCLUSION: The results suggest that a 30-min moderate intensity aerobic exercise bout does not impair renal function in patients with CKD. Thus, these data support the notion that exercise training can be a safe therapeutic tool in the management of CKD

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