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Fatores associados à prematuridade e baixo peso ao nascer em Bento GonçalvesSberse, Loremari January 2011 (has links)
OBJETIVOS: Investigar a incidência de prematuridade e de baixo peso ao nascer no município de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, e identificar fatores associados, sensíveis à Atenção Primária à Saúde MÉTODOS: Amostra consecutiva de 540 puérperas que realizaram pré-natal em Bento Gonçalves, RS, entre agosto de 2009 e fevereiro de 2010. Visitou-se diariamente as puérperas no hospital ou no domicílio para a coleta de dados. Os preditores investigados contemplam variáveis sócio-demográficas e gestacionais. Associações com os desfechos foram estimadas utilizando o modelo de Regressão de Poisson Robusta. RESULTADOS: A incidência de baixo peso ao nascer foi de 11,2% e de prematuridade foi 14,3%. No modelo multivariável para o baixo peso permaneceram associadas as variáveis maternas: idade menor que 17 anos (RR=3,2; IC95%:1,51- 6,75), ter nascimento prévio de baixo peso (RR=4,1; IC95%:1,96-8,48), ter fumado na gestação (RR=2,1; IC95%:1,16-3,77) e ter hipertensão (RR=4,3; IC95%:1,94- 9,47). Como fator de risco de prematuridade permaneceram associadas significativamente após análise multivariada: idade menor de 17 anos (RR=2,7; IC95%:1,12-6,40), ter nascimento prévio de baixo peso (RR=2,8; IC95%:1,52-5,25), pré-natal na rede conveniada/particular (RR=2,2; IC95%:1,35-3,44), pré-eclâmpsia na gestação (RR=3,6; IC95%: 1,76-7,37). CONCLUSÕES: A incidência de prematuridade e de baixo peso ao nascimento aumentou, corroborando com a literatura nacional. Fortalecer os princípios da Atenção Primária em Saúde coloca-se relevante neste contexto, focando-se a atenção na gestante adolescente, medidas antitabaco e monitoramento das doenças hipertensivas, seria possível interferir nas taxas de prematuros e de baixo peso e, por conseguinte, alcançar a redução da mortalidade infantil. Porém, também se faz relevante discutir o papel da saúde suplementar e suas altas taxas de cesarianas. / OBJECTIVE: To investigate the incidence of prematurity and low birth weight in the municipality of Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, and to identify the associated factors that may be sensitive to Primary Health Care. METHODS: Consecutive sample of 540 postpartum women who received prenatal care in Bento Gonçalves, RS, between August 2009 and February 2010. Every day the mothers were visited in the hospital or at home for data collection. The predictors included socio-demographic and pregnancy variables. Associations with outcomes were estimated using robust Poisson regression model. RESULTS: The incidence of low birthweight was 11.2% and of prematurity was 14.3%. The variables associated with low birth weight were being younger than 17 years (RR=3.2; CI95%:1.51-6.75), history of previous low birth weight (RR=4.1; CI95%:1.96-8.48), smoking during pregnancy (RR=2.1; CI95%:1.16-3.77) and having hypertension (RR=4.3; CI95%:1.94-9.47). The variables associated with preterm birth in the multivariable model were being younger than 17 years (RR=2.7; CI95%:1.12- 6.40), history of previous low birth weight (RR=2.8; CI95%:1.52-5.25), prenatal care through the private system (RR=2.2; CI95%:1.35-3.44) and pre-eclampsia during pregnancy (RR=3.6; CI95%:1.76-7.37). CONCLUSIONS: The incidence of prematurity and low birth weight increased, according to national literature. Strengthening the principles of Primary Health Care may be relevant in this context, focusing on teen pregnancy. Tobacco control and monitoring of hypertensive diseases may reduce preterm and low birth weight incidences and therefore achieve the a reduction in infant mortality. However, it is also relevant to discuss the role of supplementary health on the high rates of cesarean.
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Gestações com artéria umbilical única isolada: frequência de restrição do crescimento fetal / Isolated single umbilical artery: frequency of fetal growth restrictionLorena Mesquita Batista Caldas 18 September 2013 (has links)
Objetivo: Investigar a associação entre artéria umbilical única isolada e restrição do crescimento fetal. Métodos: Estudo caso controle com levantamento retrospectivo de gestações únicas com diagnóstico antenatal de artéria umbilical única isolada (AUUI), avaliadas entre 1998 e 2010. O grupo controle consistiu de gestações únicas acompanhadas prospectivamente e com confirmação anatomopatológica de três vasos no cordão umbilical. Os grupos foram comparados quanto à média do peso ao nascer, frequências de baixo peso ( < 2.500g), muito baixo peso ao nascer ( < 1.500g) e restrição do crescimento fetal abaixo dos percentis 5 e 10. Para as diferenças significativas foram calculadas as razões de riscos e respectivos intervalos de confiança. Análise por regressão logística foi utilizada para investigar a associação de restrição do crescimento fetal com as variáveis independentes significativas. Resultados: A diferença entre a média do peso ao nascer, entre as gestações com AUUI (n=131, 2.840+-701g) e o grupo controle (n=730, 2.983+-671g) foi de 143g (IC95%= 17-269; p=0,04). Peso ao nascer abaixo do percentil 5 foi significativamente mais comum nas gestações com AUUI (21,4% versus 13,6%, p= 0,02, LR= 1,57, IC95%: 1,07-2,25), particularmente, no subgrupo de gestações com antecedentes clínicos e/ou intercorrências obstétricas associadas (28,6% versus 14,1%, p= 0,02, LR= 2,22, IC95%: 1,12-4,25). Não foram observadas diferenças significativas em relação às frequências de peso ao nascer abaixo de 2.500g, abaixo de 1.500g e restrição abaixo do percentil 10. Análise por regressão logística revelou que peso ao nascer inferior ao percentil 5 se relacionou significativamente somente à presença de artéria umbilical única isolada. Conclusão: Gestações únicas com artéria umbilical única isolada apresentaram risco aumentado de 1,6 vezes de restrição do crescimento fetal abaixo do percentil 5. Quando associada a antecedente clínico materno e/ou intercorrência obstétrica o risco aumentou em 2,2 vezes / Objective: To examine the association between isolated single umbilical artery (ISUA) and fetal growth restricion. Methods: Case control study with retrospective review of 131 singleton pregnancies with isolated single umbilical artery diagnosed prenataly between 1998 and 2010. Control group consisted of 730 singleton pregnancies prospectively evaluated with histological confirmation of 3 vessels cord. Mean birthweight and frequency of low birthweight ( < 2,500g), very low birthweigh ( < 1,500g) and fetal growth restriction below the 5th and 10th centiles were compared between groups. Odds ratios and 95% confidence intervals were calculated for significant differences. Logistic regression analysis was used to examine the association between fetal growth restriction and significant independent variables. Results: The mean birthweight difference between ISUA (n=131, 2,840+-701g) and control (n=730, 2,983+-671g) pregnancies was 143g (95%CI= 17-269; p= 0.04). Birthweight below the 5th centile was more common in ISUA (21.4% versus 13.6%, p= 0.02, LR= 1.57, 95%CI: 1.07- 2.25); particularly in the subgroup of pregnancies with associated maternal disease or pregnancy complication (28.6% versus 14.1%, p= 0.02, LR= 2.22, 95%CI: 1.12-4.25). No significant differences were observed in low birthweight, very low birthweight or birthweight below the 10th centile. Logistic regression analysis demonstrated that birthweight below the 5th centile was significantly associated with ISUA only. Conclusion: Isolated single umbilical artery is associated with 1.6 times increased risk of birthweight below the 5th centile. In pregnancies with associated maternal disease or pregnancy complication, this risk is increased 2.2 times
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Associação entre carie dental e hipoplasia de esmalte com historico de baixo peso ao nascer / Dental carie and enamed hipoplasia in lowbirth childrenGiannetto, Mauricio 02 February 2007 (has links)
Orientador: Angelica Maria Bicudo Zeferino / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-10T06:30:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: A cárie dental é a doença crônica mais prevalente no mundo, e apesar de medidas preventivas eficazes terem reduzido sua prevalência, um pequeno número de indivíduos ainda apresenta altos índices de cárie dental. Identificar os fatores determinantes neste grupo pode favorecer as ações em saúde coletiva. O peso ao nascer é utilizado como parâmetro para avaliar o grau de desenvolvimento de um País. O baixo peso ao nascer é o fator que mais exerce influência na saúde de um indivíduo, e pode influenciar na formação dos dentes e no sistema imunológico destas crianças podendo levar ao aparecimento de dentes hipoplásicos e maior incidência de cárie dental. O presente trabalho teve por objetivo avaliar, por meio de um estudo transversal, a associação entre cárie dental e hipoplasia de esmalte em crianças com histórico de baixo peso ao nascer, com idades entre 3 e 5 anos e inscritas em creches na região da Zona Leste no município de São Paulo. Também foi avaliada a associação entre carie dental e hipoplasia com prematuridade e idade gestacional. Foram examinadas 184 crianças, do sexo masculino e feminino, sendo que 46(25%) delas eram nascidas com baixo peso, dentre as quais 26 eram prematuras e 20 a termos com baixo peso ao nascer. O grupo controle foi formado por 138 crianças nascidas com peso normal. Foram utilizados os índices ceo-d para avaliar a cárie dental e o índice (IDDE) para a hipoplasia de esmalte. Foram consideradas de baixo peso as crianças nascidas com peso < 2500g, e prematuras aquelas com menos de 37 semanas de gestação. O ceo-d médio encontrado foi de 1,42(+/- 2,61), e 14% das crianças apresentaram hipoplasia de esmalte. Não foram encontradas associações entre baixo peso ao nascer com a cárie e hipoplasia de esmalte, porém as crianças a termo com baixo peso ao nascer apresentaram um ceo-d médio, significativamente, maior que o grupo pretermo com baixo peso ao nascer (p- valor = 0,031), assim como foi encontrado um risco altamente significativo quando se associou à carie dental com a hipoplasia de esmalte (od = 3,60 ic = 1,520-8,560 ) / Abstract: The dental carie is the most prevalent chronic disease in the world and although efficient methods to prevent it, the prevalence in a small group is still high. To identify the determinants factors in this group may be able to help public health actions. The birth weigh is used as a parameter to evaluate the development degree of a country, the birth weigh is the factors that has more influence in individual's health, and can to influence in the dental formation and the immunologic system of these children, which can show hipoplasisc teeth and a major incidence of dental caries. The purpose of this study was evaluate, through a cross-sectional study, the association between dental caries and enamel hipoplasia in 3-5 old years child who have low birth weigh , on public day-care on east side of São Paulo, Brazil. The association between dental Carie and enamel hipoplasia with premature and gestational age was studied.It was investigated 184 children , both, male and female , we have found 46(25%) of them were low birth weigh, in these group 26 born preterm and 20 small for their gestational age, the control group was 138 children with normal birth weigh. The dmf-d índice was utilized to measure the dental caries and the DDI índice was utilized to measure enamel hipoplasia. The low birth weigh children were those who have < 2500g and born preterm those who were < 37 weeks of gestation. The midium dmft was 1,42(+/- 2,61), and 14% of the children showed enamel hipoplasia. We haven't found association between low birth weight and dental carie or enamel hipoplasia, however , the group of small for their gestational age showed significant association with dental carie , we have also found a significant risk of carie in children with enamel hipoplasia(od = 3,60 ic = 1,520-8,560 ) / Mestrado / Saude da Criança e do Adolescente / Mestre em Saude da Criança e do Adolescente
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Fatores associados à prematuridade e baixo peso ao nascer em Bento GonçalvesSberse, Loremari January 2011 (has links)
OBJETIVOS: Investigar a incidência de prematuridade e de baixo peso ao nascer no município de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, e identificar fatores associados, sensíveis à Atenção Primária à Saúde MÉTODOS: Amostra consecutiva de 540 puérperas que realizaram pré-natal em Bento Gonçalves, RS, entre agosto de 2009 e fevereiro de 2010. Visitou-se diariamente as puérperas no hospital ou no domicílio para a coleta de dados. Os preditores investigados contemplam variáveis sócio-demográficas e gestacionais. Associações com os desfechos foram estimadas utilizando o modelo de Regressão de Poisson Robusta. RESULTADOS: A incidência de baixo peso ao nascer foi de 11,2% e de prematuridade foi 14,3%. No modelo multivariável para o baixo peso permaneceram associadas as variáveis maternas: idade menor que 17 anos (RR=3,2; IC95%:1,51- 6,75), ter nascimento prévio de baixo peso (RR=4,1; IC95%:1,96-8,48), ter fumado na gestação (RR=2,1; IC95%:1,16-3,77) e ter hipertensão (RR=4,3; IC95%:1,94- 9,47). Como fator de risco de prematuridade permaneceram associadas significativamente após análise multivariada: idade menor de 17 anos (RR=2,7; IC95%:1,12-6,40), ter nascimento prévio de baixo peso (RR=2,8; IC95%:1,52-5,25), pré-natal na rede conveniada/particular (RR=2,2; IC95%:1,35-3,44), pré-eclâmpsia na gestação (RR=3,6; IC95%: 1,76-7,37). CONCLUSÕES: A incidência de prematuridade e de baixo peso ao nascimento aumentou, corroborando com a literatura nacional. Fortalecer os princípios da Atenção Primária em Saúde coloca-se relevante neste contexto, focando-se a atenção na gestante adolescente, medidas antitabaco e monitoramento das doenças hipertensivas, seria possível interferir nas taxas de prematuros e de baixo peso e, por conseguinte, alcançar a redução da mortalidade infantil. Porém, também se faz relevante discutir o papel da saúde suplementar e suas altas taxas de cesarianas. / OBJECTIVE: To investigate the incidence of prematurity and low birth weight in the municipality of Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, and to identify the associated factors that may be sensitive to Primary Health Care. METHODS: Consecutive sample of 540 postpartum women who received prenatal care in Bento Gonçalves, RS, between August 2009 and February 2010. Every day the mothers were visited in the hospital or at home for data collection. The predictors included socio-demographic and pregnancy variables. Associations with outcomes were estimated using robust Poisson regression model. RESULTS: The incidence of low birthweight was 11.2% and of prematurity was 14.3%. The variables associated with low birth weight were being younger than 17 years (RR=3.2; CI95%:1.51-6.75), history of previous low birth weight (RR=4.1; CI95%:1.96-8.48), smoking during pregnancy (RR=2.1; CI95%:1.16-3.77) and having hypertension (RR=4.3; CI95%:1.94-9.47). The variables associated with preterm birth in the multivariable model were being younger than 17 years (RR=2.7; CI95%:1.12- 6.40), history of previous low birth weight (RR=2.8; CI95%:1.52-5.25), prenatal care through the private system (RR=2.2; CI95%:1.35-3.44) and pre-eclampsia during pregnancy (RR=3.6; CI95%:1.76-7.37). CONCLUSIONS: The incidence of prematurity and low birth weight increased, according to national literature. Strengthening the principles of Primary Health Care may be relevant in this context, focusing on teen pregnancy. Tobacco control and monitoring of hypertensive diseases may reduce preterm and low birth weight incidences and therefore achieve the a reduction in infant mortality. However, it is also relevant to discuss the role of supplementary health on the high rates of cesarean.
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Efeitos da estimulação tátil e cinestésica em recém-nascidos de muito baixo pesoMendes, Eliane Norma Wagner January 2007 (has links)
Estudar os efeitos da estimulação tátil e cinestésica materna durante a hospitalização de recém-nascidos de muito baixo peso. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado e cego onde foram incluídos recémnascidos pré-termo com peso de nascimento entre 750 g e 1500 g e idade gestacional ≤ 32 semanas. Os critérios de exclusão foram: óbito antes de completar 48 horas de vida, presença de malformações maiores e recusa dos pais em participar do estudo. Os recém-nascidos foram divididos em dois grupos: o grupo intervenção (GI), que recebeu o cuidado padrão e a estimulação tátil e cinestésica, até quatro sessões por dia de 15 minutos de duração cada uma, e o grupo controle (GC), que recebeu exclusivamente o cuidado padrão.Participaram do estudo 104 recém-nascidos, 52 em cada grupo. Os grupos foram similares quanto à idade gestacional (GI: 29,7 1,6 sem.; GC:29,4 1,6 sem.), ao peso de nascimento (GI:1186 194 g; GC:1156 198 g), ao sexo, à incidência de PIG, à mediana do SNAPPE-II e ao número de óbitos. Os ganhos de peso, de comprimento e de perímetro cefálico foram semelhantes nos grupos. A ocorrência de sepse tardia foi significativamente superior no grupo controle (GI: 10,8%, n=5; GC:38,3%, n=18, p=0.005). O grupo intervenção recebeu alta hospitalar 7 dias antes do grupo controle (GI: 42 dias; IC 95%: 38-46 dias; GC: 49 dias; IC 95%: 42-56 dias). Pela regressão de Cox, o grupo intervenção teve a Hazard Rate de 1,85 (IC95%:1,09-3,13; p=0,023) para alta precoce. Conclusão: A estimulação tátil e cinestésica realizada pela mãe diminui o tempo de hospitalização e a freqüência de sepse neonatal tardia em recém-nascidos de muito baixo peso. / Aim: To study the effect of maternal tactile-kinesthetic stimulation on hospital stay and incidence of sepsis in very low birth weight infants. Methods: A masked randomized study was performed including infants of birth weight ≥ 750 and ≤ 1500 grams and gestational age ≤ 32 weeks were included. Exclusion criteria were: death before completing 48 hours after birth, presence of major malformations and parents’ refusing to participate in the study. Neonates were divided into: intervention group (IG) (standard care plus maternal tactile-kinesthetic stimulation, up to four daily sessions of 15 minutes each) and control group (CG). Results: In total, 104 very low birth weight infants were included, 52 in each group. Both groups were similar in gestational age (IG: 29.7 1.6; CG: 29.4 1.6 weeks), birth weight (IG: 1186 194; CG: 1156 198 grams), gender, number of small for gestational age infants, SNAPPE-II median score, and number of deaths. Gains in weight, length and head circumference during hospital stay were similar when comparing both groups. The incidence of late-onset sepsis was significantly lower in the intervention group (IG: 10.8%, n=5; CG: 38.3%, n=18, p=0.005). The intervention group was discharged from hospital 7 days before the control group (GI: 42; CI 95%: 38 – 46; CG: 49; CI 95%: 42 – 56). Using Cox regression model, the intervention group presented 1.85 HR (CI 95%:1.09-3.13; p=0.023) for early discharge. Conclusions: Maternal tactile-kinesthetic stimulation in very low birth weight infants decreases the length of hospital stay and the incidence of late-onset neonatal sepsis.
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Curvas de crescimento de pré-termos de muito baixo peso adequados e pequenos para a idade gestacional nos dois primeiros anos de vidaSchlindwein, Carolina Frank January 2008 (has links)
Introdução: Não há curvas de crescimento satisfatórias para lactentes pré-termo de muito baixo peso (PTMBP) até dois anos de idade corrigida (IC), considerando todos os avanços na assistência neonatal ocorridos nas últimas duas décadas. Objetivo: Elaborar curvas de peso, comprimento e perímetro cefálico até dois anos de IC para uma coorte de lactentes PTMBP; comparar as curvas dos adequados (AIG) e dos pequenos para a idade gestacional (PIG). Método: Uma coorte de lactentes PTMBP admitidos na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal do nosso serviço até 24 horas após nascimento entre novembro/2003 até setembro/2005 foi estudada até dois anos de IC. Lactentes com malformações maiores, síndromes cromossômicas, infecções congênitas e aqueles com menos de três revisões nos primeiros dois anos ambulatório de seguimento foram excluídos. Peso, comprimento e perímetro cefálico foram aferidos rotineiramente até 2 anos de IC. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição. Resultados: Peso, comprimento e perímetro cefálico foram obtidos de 117 recémnascidos PTMBP (51 AIG e 66 PIG) e foram elaboradas curvas de crescimento para lactentes AIG e PIG. As curvas de peso, comprimento e perímetro cefálico de lactentes AIG e PIG têm o mesmo formato (p=0,211; p=0,193; p=0,463, respectivamente). As médias do peso, comprimento e perímetro cefálico com 40 semanas, 12 meses e 24 meses de IC são significativamente superiores entre lactentes AIG (p<0,01, Mixed Effect Models). Conclusão: As curvas de crescimento obtidas através desse estudo longitudinal são adequadas para monitorização do crescimento pós-natal de pré-termos de muito baixo peso AIG e PIG até 2 anos de IC. / Background: There are no satisfactory growth charts for very low birth weight (VLBW) infants from hospital discharge up to two years corrected age that take in consideration all the changes that occurred in neonatal care in the last twenty years. Objectives: To obtain weight, length and head circumference growth charts up to 2 year corrected age (CA) for a cohort of VLBW infants and, also to compare appropriate (AGA) and small (SGA) for gestational age growth curves. Methods: A cohort of VLBW infants admitted to our NICU up to 24 hours after birth from November 2003 through September 2005, and discharged from hospital was studied up to 2 years CA. Infants with major malformations, chromosomal syndromes, congenital infections (STORCH group), and those that had less than 3 appointments in the follow up clinic in the first two years were excluded. Weight, length, and head circumference were measured monthly up to 2 years CA. Results: Mean weight. Length, and head circumference were obtained from 117 newborns (51 AGA and 66 SGA). Growth curves for AGA and SGA infants were obtained. The weight, length, and head circumference growth curves had the same shape for AGA and SGA infants (p=0.211; p=0.193; p=0.463, respectively). Mean weight, length and head circumference at 40 weeks, 12 months and 24 months CA were significantly higher in AGA than in SGA infants (p<0.01, Mixed effect models). Conclusion: Growth curves obtained in this longitudinal study are adequate for monitoring post-natal growth of AGA and SGA VLBW infants.
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Fatores angiogênicos e antiangiogênicos em pré-termos filhos de mães com e sem pré-eclâmpsiaHentges, Cláudia Regina January 2014 (has links)
Introdução: Sabe-se que os fatores angiogênicos e antiangiogênicos encontram-se alterados nas gestações com pré-eclâmpsia (PE), mas se desconhece seu comportamento nestes recém-nascidos (RNs). Objetivo: Dosagem do vascular endothelial growth factor (VEGF), soluble fms-like tyrosine kinase-1 (sFtl-1) e heterodímero vascular endothelial growth factor/placental growth factor (VEGF/PlGF) em pré-termos filhos de mães com PE. Métodos: Incluídos: RNs com peso de nascimento < 2.000 g e idade gestacional (IG) ≤ 34 semanas, divididos em dois grupos: filhos de mães com e sem PE. Excluídos: RNs transferidos de outra instituição com mais de 72 horas de vida, óbito antes da coleta dos exames, malformação congênita maior, erros inatos de metabolismo, gestações múltiplas, mães com infecção do grupo sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes (STORCH) ou vírus da imunodeficiência humana (HIV) e doença autoimune. Coletado sangue nas primeiras 72 horas de vida, e nos RNs que permaneceram internados, foi realizada uma segunda coleta com 28 dias. Foi utilizado método ELISA para a dosagem do VEGF, sFlt-1 e VEGF/PlGF. Resultados: Incluídos: 88 pacientes (37 filhos de mães com PE, 51 sem PE) com IG de 29,12 ± 2,96 semanas e peso de nascimento de 1223,80 ± 417,48 g. O VEGF foi menor no grupo com PE [32,45 (6,36-85,75) x 82,38 (35-130,03) pg/mL], p = 0,001 e o sFlt-1 foi maior no grupo com PE [1338,57 (418,8-3472,24) x 318,13 (182,03-453,66) pg/mL], p < 0,001. Na análise multivariada, o VEGF foi 80% menor e sFlt-1 13,48 vezes maior no grupo com PE. O sFlt-1 foi maior nos RNs pequenos para idade gestacional (PIG) do que nos adequados para idade gestacional (AIG) [1044,94 (290,64-3472,24) x 372,67 (236,75-860,14) pg/mL], p = 0,013. No grupo com PE, houve um aumento [≠ 151,71 (76,55-226,86); p < 0,001] entre as dosagens do VEGF entre a primeira e a segunda coleta com 28 dias, já o sFlt-1 diminuiu [≠ 1941,44 (2757,01-1125,87); p < 0,001] entre as duas dosagens. O VEGF/PlGF foi maior nos filhos de mães com PE [20,69 pg/mL (12,79-52,86) x 12,19 pg/mL (0,03 -21,58)], p = 0,003. Esses achados mantiveram-se na análise multivariada, com o VEGF/PlGF 1,05 vezes maior nos filhos de mães com PE. Os níveis de VEGF/PlGF foram inversamente proporcionais ao peso de nascimento, com p < 0,001 e r = - 0,418. Na segunda coleta com 28 dias de vida não houve diferença entre os dois grupos. Conclusão: Os maiores níveis de sFlt-1 e VEGF/PlGF e menores níveis de VEGF no grupo com PE, assim como maiores concentrações de sFlt-1 nos PIG refletem uma predominância dos mecanismos antiangiogênicos na PE e na restrição de crescimento. Os níveis de VEGF/PlGF também foram relacionados ao peso de nascimento, sendo inversamente proporcionais. O estado antiangiogênico da PE tende à normalização com 28 dias de vida. / Background: It is known that angiogenic and antiangiogenic factors are altered in pregnant women with preeclampsia (PE), but the pattern of expression of these factors in their newborn infants remains unknown. Objective: To measure vascular endothelial growth factor (VEGF), soluble fms-like tyrosine kinase-1 (sFlt-1) and vascular endothelial growth factor/placental growth factor (VEGF/PlGF) heterodimer levels in preterm neonates born to mothers with PE. Methods: Neonates with birth weight < 2,000 g and gestational age ≤ 34 weeks were included and divided into two groups: born to mothers with and without PE. Exclusion criteria were as follows: the neonate was transferred from another institution after 72 hours of life; the neonate died before blood collection; major congenital anomalies; inborn errors of metabolism; congenital infections (STORCH screen); HIV-positive mothers; multiple pregnancies; and mothers with autoimmune disease. Blood was collected from neonates within the first 72 hours of life, and a second sample was collected at 28 days of life from those who remained hospitalized. VEGF, sFlt-1 and VEGF/PlGF levels were measured using the ELISA method. Results: A total of 88 neonates were included (37 born to mothers with and 51 without PE), with mean gestational age of 29.12 ± 2.96 weeks and birth weight of 1223.80 ± 417.48 g. VEGF was lower in the group with PE [32.45 (6.36-85.75) vs. 82.38 (35-130.03) pg/mL] (p = 0.001), and sFlt-1 was higher in the group with PE [1338.57 (418.8-3472.24) vs. 318.13 (182.03-453.66) pg/mL] (p < 0.001). In the multivariate analysis, VEGF was 80% lower and sFlt-1 was 13.48 times higher in the group with PE. sFlt-1 concentration was higher in neonates small for gestational age (SGA) than in those appropriate for gestational age (AGA) [1044.94 (290.64-3472.24) vs. 372.67 (236.75-860.14) pg/mL] (p = 0.013). In the group with PE, VEGF levels increased [≠151.71 (76.55-226.86); p < 0.001) between the first and second collection (at 28 days), while sFlt-1 levels decreased [≠1941.44 (2757.01-1125.87); p < 0.001] between the two measurements. Median VEGF/PlGF levels were significantly higher among infants born to mothers with PE (20.69 pg/mL [12.79-52.86] vs. 12.19 pg/mL [0.03-21.58], p = 0.003). These findings held on multivariate analysis, with VEGF/PlGF levels 1.05-fold higher in the PE group. VEGF/PlGF levels were inversely proportional to birth weight (p < 0.001, r = - 0.418). There were no between-group differences in blood samples collected at age 28 days. Conclusion: Higher sFlt-1 and VEGF/PlGF and lower VEGF levels in the group with PE, as well as higher sFlt-1 levels in SGA neonates, reflect a predominance of antiangiogenic mechanisms in PE and growth restriction. The VEGF/PlGF levels also affected the weight at birth, with VEGF/PlGF levels inversely proportional to birth weight. This antiangiogenic state of PE shows a trend toward normalization within 28 days of life.
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Evolução temporal de fatores determinantes de saúde materno-infantil relacionados ao baixo peso ao nascer no BrasilBuriol, Viviane Costa de Souza January 2014 (has links)
O peso de nascimento tem importante relação com a sobrevivência infantil, pois recém-nascidos com baixo peso – BPN (até 2.500 gramas) apresentam maior morbimortalidade no primeiro ano de vida e, além disso, repercussões importantes na sua saúde quando adultos. O presente estudo investigou o impacto de fatores determinantes biológicos, assistenciais e demográficos, sobre a prevalência do BPN e sua evolução temporal no Brasil. Este é um estudo de séries temporais, baseado no registro dos nascidos vivos das vinte e sete capitais das cinco regiões brasileiras de acordo com a residência materna e o local de ocorrência do parto, obtidos por intermédio do Sistema Nacional de Nascidos Vivos (SINASC) no período de 1996 a 2011. As taxas de BPN, as variáveis idade e escolaridade materna, pré-natal, idade gestacional e tipo de parto foram analisadas pelo teste de qui-quadrado de tendência. A estimativa da proporção de casos que poderiam ser evitados de acordo com cada estrato das variáveis foi calculado de acordo com a Fração Atribuível Populacional (FAP). O impacto desses fatores determinantes na tendência do BPN, incluindo a variável ano de nascimento, foi verificado num modelo sequencial ajustado por intermédio da Regressão de Poisson. Foram incluídos no estudo 11.200.255 recém-nascidos únicos com peso igual ou superior a 500 gramas. Diminuiu o número de nascimentos em todo país, e a prevalência média da taxa de BPN manteve-se em torno de 8%. A proporção de gestações na adolescência diminuiu em todas as regiões, no Brasil, de acordo com as capitais, passou de 10,1% em 1996 para 8,1% em 2011, enquanto para mulheres acima de 35 anos aumentou de 8,0% em 1996 para 13,1% em 2011. Os extremos da idade materna mostraram um efeito significativo sobre o BPN. Houve aumento da escolaridade materna, da cobertura de pré-natal, de cesarianas e de partos prematuros, sobretudo nas regiões Sudeste e Sul, as mais desenvolvidas. Nas capitais brasileiras durante o período, diminuiu 33,1% o percentual de mães com menos de oito anos de estudo; aumentou 7,6% a proporção de mães que realizaram sete ou mais consultas de pré-natal; aumentou 4,4% o percentual de nascimentos prematuros e 12,2% o percentual de cesarianas. Houve maior risco para o BPN entre gestantes adolescentes, mulheres de baixa escolaridade, entre àquelas que realizaram um pré-natal incompleto, entre os recém-nascidos pré-termo, e, nas regiões Sudeste e Sul, o parto cesáreo foi fator de exposição para o BPN. Quando a variável ano de nascimento foi ajustada aos fatores determinantes, a idade materna mostrou um impacto anual de 0,2% sobre o BPN e o tipo de parto 0,3%. Comparativamente à idade materna, a escolaridade materna e a cobertura de pré-natal apresentaram um impacto quatro e cinco vezes maiores, respectivamente, sobre o BPN no período, indicando o fator protetor dessas variáveis. Os resultados do estudo demonstram uma melhora na assistência pré-natal no Brasil com repercussões favoráveis em relação ao peso de nascimento. Em contrapartida, o aumento do número de partos operatórios e prematuros torna-se uma preocupação crescente contribuindo positivamente para a manutenção das taxas de baixo peso ao nascer no país. Nessa perspectiva, torna-se necessária a elaboração de políticas efetivas em saúde que contribuam para uma assistência pré-natal mais acessível e qualificada e a execução de ações intersetoriais como, por exemplo, uma melhor rede pública de ensino no país, que permitam um acesso universal. / The birth weight has an important relation with the children survival thus newborns with low birth weight – LBW (till 2,500 grams) show a higher morbimortality in the first year of life and, in addition, substantial effects on health in adulthood. The present study investigated the impact of biological, assistencial and demographic determinant factors over the prevalence of LBW and its temporal evolution in Brazil. This is a time series study, based on the record of live births of the twenty-seven capitals from five Brazilian regions according to maternal residence and the birth place, obtained through the National System of Live Born (SINASC) from 1996 to 2011. The rates of low birth weight, age and maternal schooling, prenatal care, gestational age and type of delivery were analyzed by the chi-square test of trend. The estimation of the cases proportion that could be avoided according to each stratum of the variables was calculated according to the Population Attributable Fraction (PAF). The impact of these determinant factors in the trend of BPN, including the variable year of birth, was verified at a sequential model adjusted through the Poisson Regression. It was included at the study 11.200.255 single newborns that had their birth weight equal or greater than 500 grams. It diminished the number of newborn in all the country and the prevalence average of LBW rate kept 8.0%. The proportion of teenage pregnancies diminished in all the regions in Brazil, and according to the capitals, decreased from 10.1% in 1996 to 8.1% in 2011, while that for women over 35 years increased from 8, 0% in 1996 to 13.1% in 2011. The extremes of maternal age showed a signigicant effect on LBW. There was an increase in maternal schooling, coverage of prenatal care, cesarean section and premature births, mainly in the South and Southeast that more developed. In Brazilian capitals during the period, 33.1% decreased the percentage of mothers with less than eight years of study; increased 7.6% the proportion of mothers who had seven or more prenatal appointments; increased 4.4% the percentage of premature births and 12.2% the percentage of cesarean. There was a higher risk for LBW among pregnant adolescents, low schooling mothers, mothers with an incomplete prenatal, pre-term newborns and in the Southeast and South regions, the cesarean section was the exposition factors for LBW. When the variable year of birth was fitted for the determinant factors, the maternal age showed an annual impact of 0.2% on LBW and the type of delivery 0.3%. Comparatively to the maternal age, the maternal schooling and the prenatal coverage had an impact four and five times higher, respectively, on LBW in the period, indicating the protective factor of these variables. The study results demonstrate an improvement at the prenatal care assistance in Brazil with favorable repercussions in relation to birth weight. In contrast, the increase in the number of cesarean section and premature births become a growing concern contributing positively to the maintenance of LBW rates in the country. From this perspective, it becomes necessary the elaboration of policies in effective health that contribute for a more affordable and qualified prenatal assistance and implementation of inter-sectorial actions, for example, a better public school teaching in the country that enable a universal access.
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Cesariana e gestação múltipla : avaliação de seus impactos sobre a saúde infantilAgranonik, Marilyn January 2013 (has links)
Introdução: O Brasil está passando por uma transição demográfica e epidemiológica, com melhorias na área da saúde. Apesar desse cenário, as taxas de baixo peso ao nascer (BPN) e a mortalidade infantil permanecem altas. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto do uso extensivo de tecnologias, como o parto cesáreo e a concepção assistida, sobre resultados perinatais, durante os últimos 16 anos. Esse objetivo foi dividido em duas partes: (1) avaliação do impacto do aumento da taxa de parto cesáreo no BPN, de acordo com tipo de hospital (privado, público ou misto) e (2) avaliação do impacto das taxas de nascimentos múltiplos nas taxas de mortalidade infantil. Métodos: Estudo observacional de todos os nascidos vivos registrados entre 1996 e 2011, em Porto Alegre (RS). Características maternas, do parto, de assistência e do recém-nascido foram obtidas através do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Informações sobre a mortalidade foram obtidas a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), apenas no período de 1996-2010. No estudo do BPN, os nascimentos múltiplos foram excluídos. A análise de tendência foi realizada através de modelos de regressão joinpoint. A Regressão de Poisson foi utilizada para calcular o risco relativo para BPN ao longo do período, ajustado pelas covariáveis. O modelo de Equações de Estimação Generalizadas foi utilizado para avaliar o risco relativo para mortalidade infantil entre gemelares e nascimentos únicos ao longo do período, ajustado pelas covariáveis. Foi calculado o risco atribuível populacional, para avaliar o impacto dos gêmeos dizigóticos sobre taxas de mortalidade infantil (TMI) e seus componentes, taxa de mortalidade neonatal (TMN) e taxa de mortalidade pósneonatal (TMPN). Resultados: No estudo sobre baixo peso ao nascer, foram incluídos 319.597 nascidos vivos durante o período. Foi observado um aumento de 43% na cobertura do setor privado, de 14,9% em 1996 para 21,3% em 2011. As taxas de cesarianas aumentaram 52%, chegando a 86,9%, 51,0% e 37,5% em 2011, nos hospitais privados, mistos e públicos, respectivamente. As taxas de baixo peso ao nascer aumentaram significativamente nos hospitais privados e mistos, independentemente do tipo de parto. Nos hospitais públicos, diminuíram no grupo de recém-nascidos por parto cesáreo e se mantiveram estáveis para os nascidos por parto normal. Houve associação entre o aumento das taxas de cesarianas com o aumento nas taxas de baixo peso ao nascer, durante o período. Em relação aos gêmeos e à mortalidade infantil, foi observado um aumento significativo na taxa de nascimentos múltiplos, de 1,97% em 1996 para 2,45% em 2010, p<0,001, entre os quais 65% eram dizigóticos (DZ) em 2010. Houve uma redução na mortalidade infantil e seus componentes para o grupo de nascimentos únicos: a TMI caiu de 15,4‰ para 8,3‰; a TMN, de 8,3‰ para 5,04‰; e a TMPN, de 7,0‰ para 2,9‰. Entre gêmeos, essas taxas permaneceram constantes, em torno de 44‰, 33‰ e 11‰ respectivamente. Em 1996, 1,7% da TMI, 2,0% da TMN e 1,4% da TMPN podem ser atribuídos aos gêmeos DZ. Em 2010, a contribuição de gêmeos DZ subiu para 8,4% (TMI), 9,8% (TMN) e 5,7% (TMPN). Conclusão: A assistência à saúde intensa e não regulamentada fornecida pelo setor privado e as melhorias na saúde, no setor público, apresentam cenários contraditórios, sugerindo abordagens diferenciadas para esses grupos, a fim de diminuir a diferença entre as taxas de baixo peso ao nascer e a mortalidade infantil no Brasil. / Introduction: Brazil is undergoing demographic and epidemiological transitions with improvements of health care standards. Despite this scenario, low birth weight (LBW) and infant mortality (IM) rates remains elevate, mainly in more developed areas of the country. The aim of this study is to evaluate the impact of extensive use of technologies, such as cesarean section (CS) and artificial insemination rates on neonatal outcomes, during the last 16 years. At first, we will investigate the impact of the increase rate of CS in LBW, considering the changes in pattern of health insurance; and second, we will investigate the impact of multiple births in infant mortality. Methods: This is an observational study of all live births registered between 1996 and 2011, in Porto Alegre (RS). Birth weight, type of delivery, type of pregnancy (single or multiple), prenatal coverage, maternal characteristics and health care insurance according to type of hospital (private, mixed, public) were obtained from the Information System on Live Births (SINASC). Information on mortality was obtained from Information System on Mortality (SIM), only in the period of 1996 to 2010. In the study of LBW, multiple births were excluded. Trends in LBW, CS and covariates were assessed using joinpoint regression models, general and according to the type of hospital. Poisson regression was used to calculate the relative risk for LBW over the period, adjusted for covariates. Generalized Estimated Equations model was used to evaluate the relative risk for infant mortality among multiple births and sigletons, adjusted for covariates. Populational Attributable Risk was calculated to evaluate the impact of multiple births on infant mortality. Results: In the study of low birth weight, there was a total of 319,597 live births included in the analysis during the period. An intense change in the pattern of health insurance was observed with an increase of 43% in private sector coverage from 14.9% (1996) to 21.3% (2011). CS rates increased 52%, reaching 86.9%, 51.0% and 37.5% in 2011, respectively, in private, mixed and public hospitals. LBW rates increased significantly in private and mixed hospitals independently of the type of delivery. In opposition, LBW rates decreased in public hospitals for babies born by CS and remained stable for those born by vaginal delivery. Increases in CS and in prenatal coverage were associated with rising of LBW rates during the period. Reduction in the number of adolescent mothers and improvements in maternal education were the main protector factors for LBW during the period. There was a significant increase in multiple births rate from 1.97% (1996) to 2.45% (2010), p<0.001, among which 65% were dizygotic in 2010. There was a reduction in IMR and its components, in singletons: IMR fell from 15.4‰ to 8.3‰, TMN, from 8.3‰ to 5.04‰ and PNMR from 7.0‰ to 2.9‰. Between twins these rates remained constant at around 44‰, 33‰ and 11‰, respectively. In 1996, 1.7% of the infant mortality rate, 2.0% of the neonatal mortality rate 1.4% and the rate of post-neonatal mortality could be attributed to DZ twins. In 2010, the contribution of DZ twins rose to 8.4% in infant mortality, neonatal mortality 9.8% and 5.7% in the post-neonatal mortality. Conclusion: Increase in LBW was related with an intense change in patterns of health insurance associated with overuse of medical technologies. In counterpart, social improvements and increase in access to prenatal care reduced this impact in public and mixed hospitals.
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Relação entre antropometria, composição corporal, peso ao nascer, taxa metabólica de repouso e dispêndio energético diário de crianças dos 7 aos 10 anos de idade da cidade de Vitória de Santo AntãoNOBRE, Isabele Góes 23 February 2016 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-08-31T15:21:18Z
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Previous issue date: 2016-02-23 / Os objetivos do presente estudo foram: a) analisar estudos que consideram os efeitos do baixo peso ao nascer (BPN) em crianças e sua relação com a antropometria e composição corporal durante o crescimento; b) descrever variáveis antropométricas e de composição corporal e metabolismo energético de acordo com o peso ao nascer; c) verificar a associação entre peso ao nascer, taxa metabólica de repouso (RMR) e gasto energético diário (DEE) com variáveis antropométricas e de composição corporal; d) estabelecer um modelo preditivo para RMR e DEE considerando a influência da antropometria, composição corporal e peso ao nascer em crianças de 7 a 10 anos de idade. Foram avaliadas 464 crianças (241 meninos e 223 meninas) nascidos em Vitória de Santo Antão (Nordeste do Brasil). Variáveis utilizadas: Antropometria (peso, altura, altura do assento, cintura, quadril, braço, perna e perímetro cefálico), composição corporal (dobras cutâneas, área muscular do braço e percentual de gordura corporal [% BF]), RMR e DEE. A noção de que o BPN pode promover um rearranjo no metabolismo energético é plausível. Há uma associação positiva entre o BPN e a redução do peso corporal, estatura, massa livre de gordura e um aumento da massa de gordura. Crianças de 8-10 anos com BPN apresentaram valores médios elevados para a maioria das variáveis quando comparado com crianças de 7 anos de idade, enquanto que para as com BPN, as diferenças estavam entre todas as idades analisadas. O peso ao nascer foi positivamente correlacionado com a circunferência da cabeça (8-10 anos), RMR, DEE, altura e %BF (9-10 anos). Todas as variáveis antropométricos e de composição corporal foram fortemente correlacionadas com RMR e DEE. A partir do modelo de regressão, a altura, circunferência do quadril, % BF, dobras cutâneas tricipital e subescapular foram preditores significativos para RMR e DEE, independentemente da idade. Preditores relevantes da RMR e DEE foram dobra cutânea bicipital aos 8 anos, circunferência da perna aos 9-10 anos, e prega cutânea supra-ilíaca em ambas as idades. O principal determinante da RMR e DEE foi % BF. Crianças com BPN apresentaram um déficit no ganho de medidas antropométricas e de composição corporal em todas as idades. Para o metabolismo energético, a variação na estrutura do corpo das crianças pode ser relacionada com a reestruturação do componente de gordura, uma vez que as diferenças observadas entre as idades estão ligados aos seus indicadores. / The goals of the present study were: a) To analyze studies that consider the effects of low birth weight children and the relationship with anthropometry and body composition during growth; b) To describe anthropometric and body composition variables and energy metabolism according to birth weight; c) to verify the association between birth weight, resting metabolic rate (RMR) and daily energy expenditure (DEE) with anthropometry and body composition variables; d) To stablish a predictive model for RMR and daily energy expenditure (DEE) considering the influence of anthropometry, body composition and birth weight in children at 7 to 10 years old. It was evaluated 464 children (241 boys and 223 girls) born in Vitoria de Santo Antão (Northeast of Brazil). Anthropometry (weight, height, sitting height, waist, hip, arm, leg and head circumferences), body composition (skinfold thickness, arm muscle area and body fat percentage [%BF]), RMR and DEE were evaluated. The notion that the low birth weight can promote an rearrangement in energy metabolism is plausible. There is a positive association between LBW and reduced body weight, body height, fat-free mass and an increase in fat mass. LBW children from 8 to 10y old showed high mean values for the most variables when compared to 7 y old, while for NBW children, the differences were among all ages analyzed. The birth weight was positively correlated with head circumference (8-10y old), RMR, DEE, sitting height and %BF (9-10y old). All anthropometric and body composition variables were strongly positively correlated with RMR and DEE. From the regression model, height, hip circumference, %BF, tricipital and subscapular skinfolds were significant predictors for RMR and DEE regardless age. Relevant predictors of RMR and DEE were bicipital skinfold at age 8y, leg circumference at 9-10y, and suprailiac skinfold in both ages. The major determinant of RMR and DEE was %BF. LBW children showed a deficit in gain of anthropometric and body composition measurements throughout age. For the energy metabolism, variation in body structure of children can be related to restructuring of the fat component, since the differences observed between ages are attached to their predictors.
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