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Tradução e adaptação de software para o auxílio na identificação de maus tratos em crianças e adolescentesCalza, Tiago Zanatta January 2014 (has links)
O objetivo deste trabalho foi fazer a tradução e a adaptação do conteúdo do software “Módulo de Apoyo a la Gestión del Riesgo Social en la Infancia y la Adolescencia (MSGR)” para o contexto brasileiro. Por sua vez, o software visa auxiliar profissionais de diversas áreas a identificar e a como proceder diante de casos de suspeitas de maus tratos contra crianças e adolescentes. Foram realizados dois estudos empíricos. O primeiro estudo refere-se à tradução e à adaptação dos itens presentes no software, divididos em duas fases: (1) tradução dos itens, através do método backtranslation; e (2) validação por juízes, a fim de avaliar o nível de adequação dos itens originais, e grupos de discussão, para discutir os itens que não tiveram concordância igual ou superior a 80% entre os juízes e propor uma ação recomendada para cada tipo de gravidade. Participaram como juízes cinco profissionais especialistas na temática de maus tratos. Nos grupos de discussão participaram quatro profissionais que têm experiência no atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência. Os resultados da avaliação dos juízes apontaram 40 itens do software como não tendo o índice de concordância mínimo de 80% esperado. O grupo de discussão, por sua vez, decidiu o formato final de tais itens. Além disso, sugeriu a troca de nomenclaturas, além de propor o acionamento de diversos serviços de proteção para cada gravidade detectada. Discutem-se as mudanças realizadas, os diferentes serviços da rede de proteção, assim como o Estatuto da Criança e do Adolescente. O segundo estudo foi a aplicação piloto do software, já traduzido e adaptado. Participaram desta etapa 16 adultos, selecionados por conveniência,com idades entre 22 e 55 anos. Estes foram instruídos a responder a três estudos de caso fictícios, apontando as dúvidas de compreensão dos itens, além de suas opiniões quanto ao manejo e a utilidade do software. Os resultados indicaram dificuldades de compreensão de algumas palavras, especialmente entre os participantes que tinham somente o Ensino Médio completo. Também houve dúvidas quanto à ambiguidade de itens, além de tentativas de indução de respostas, mesmo quando as observações correspondentes não estavam contempladas no estudo de caso. Discutem-se aspectos relativos a facilitar o entendimento das questões e ao uso do software, além da importância deste para o auxílio na notificação das suspeitas. Por fim, ressalta-se a relevância da divulgação dos conhecimentos científicos acerca da identificação de maus tratos para a população, assim como o desenvolvimento de novas ferramentas para a utilização na proteção dos direitos da infância e adolescência. / The aim of this work was to translate and adapt to the Brazilian context the content of the software “Módulo de Apoyo a la Gestión del Riesgo Social en la Infancia y la Adolescencia (MSGR)”. This software aims to help professionals of many fields to identify and proceed when facing cases that involve suspicion of child and adolescent abuse. Two empirical studies were performed: The first study concerns the translation and adaptation of the software’s items in two stages: (1) translation of the items through the backtranslation method; and (2) validation from the judges to evaluate the level of adequacy of the original items, and discussion groups to discuss the items which did not reach 80% or more of agreement among the judges and to propose recommended actions for each severity level. Five professionals who are experts in this subject participated as judges. Four professionals who have experience in care service for children and adolescents who have been victims of abuse were part of the discussion groups. The results of the judges’ evaluation point 40 software items which have not achieved the expected minimum of 80%. The discussion group, in turn, made decisions about the final arrangement of those items. Besides that, the group suggested terminology changes, and the activation of several protection services for each level of severity detected. It discussed the changes, the child protection network’s different services, and also the Child and Adolescent Statute. The second study was the pilot application of the software after it had been translated and adapted. Sixteen adults participated in this stage. The selection criterion was convenience, and their ages ranged from 22 to 55 years old. They were instructed to answer three fictitious case studies, pointing doubts regarding the items and voicing their opinions regarding the handling and the utility of the software. The results show the difficulties to understand certain words, especially among participants who had only finished secondary school. There were also doubts regarding the ambiguity of some items, and some attempts to induce answers even when the corresponding observations were not considered by the case study. Aspects related to helping understand the issues raised and to the use of the software were discussed, as well as the importance of the software for notifying suspicion. Finally, we highlight the relevance of disseminating scientific knowledge related to the identification of abuse, as well as the development of new tools for protecting the rights of children and adolescents.
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Violência física contra a criança : fatores de risco e proteção e padrões de interação na famíliaVillas Boas, Ana Carolina Villares Barral 12 1900 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2013. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2014-03-24T15:28:16Z
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2013_AnaCarolinaVillaresBarralVillasBoas.pdf: 2779682 bytes, checksum: 2e624fd359d7cb2930307596d2738012 (MD5) / A violência física contra a criança na família tem despertado muitos debates sobre as práticas de socialização das gerações mais novas e a violação dos direitos da criança. A violência física atinge milhares de famílias, e muitos casos ocorrem em situações em que os pais punem os filhos como forma de educá-los. Diversas pesquisas apontam para fatores de risco relacionados a esse tipo de violência, tais como a experiência dos pais na família de origem, suas crenças sobre a punição física e a dinâmica das interações familiares. Este estudo teve por objetivo identificar características das relações entre mães e filhos em famílias com e sem histórico de violência física contra a criança, focalizando as interações, as crenças maternas e o uso da punição física na educação das crianças, bem como a transgeracionalidade da violência. A pesquisa foi conduzida com 12 díades compostas por crianças com idade entre 7 e 12 anos e suas mães biológicas. As díades foram divididas em três grupos: o GA foi formado por quatro díades que possuíam histórico de violência física das mães contra os filhos e cujas mães haviam vivenciado a violência de forma frequente na sua família de origem; o GB1 e o GB2 foram compostos por mães que não possuíam histórico conhecido de violência contra seus filhos; porém, enquanto no GB1 quatro mães haviam vivenciado a violência física de forma frequente na família de origem, no GB2 havia quatro mães que não relataram essa experiência ou vivenciaram um único episódio dessa natureza. Para a coleta de dados, as mães responderam a um Questionário de Caracterização do Sistema Familiar, à Escala de Apoio da Família, ao Questionário de Atitude em Relação à Palmada e à Escala de Táticas de Conflitos Pais-Filhos. Mães e crianças também participaram, individualmente, de uma entrevista semiestruturada e de uma sessão conjunta de observação da interação, na qual discutiram situações do cotidiano da família. Os resultados mostraram que nas interações entre mães e filhos, o GA obteve mais indicadores negativos relacionados ao comportamento materno do que o GB1 e o GB2, dentre os quais um estilo de interação competitivo. O GB1 e o GB2, ao contrário, obtiveram mais indicadores positivos, como um clima mais amigável entre a díade. As mães com histórico de violência na família de origem não apenas foram mais favoráveis ao uso da punição física como prática educativa como a empregavam com maior frequência, tendo sido encontradas diferenças significativas entre o GA e o GB2. O GB1 foi o grupo que mais sofreu violência severa na família de origem, porém, relatou a presença de uma figura de apoio, o que pode ter amenizado os efeitos deletérios da experiência. Os dados sugerem que características da interação em famílias com histórico de violência física podem dificultar a resolução de conflitos e atuar como fatores de risco para a violência. Além disso, se por um lado a experiência com punição e violência contribui para a aceitação e o uso da força como forma de educar os filhos, por outro lado, quando muito severa, pode afetar as mães de tal modo que elas passam a adotar práticas alternativas em sua família atual. Nesse contexto, a identificação de uma figura de apoio parece atuar como fator de proteção, fornecendo modelos mais saudáveis de interação. Considera-se que a violência física envolve mais do que as práticas de punição em si, mas os valores e crenças da família, sendo que a experiência na família de origem desempenha um importante papel. O estudo indica a necessidade de elaboração de programas de educação familiar centrados nos modos de socialização das novas gerações e de campanhas sobre os prejuízos da violência e os riscos associados ao uso dos castigos corporais, em contraposição aos benefícios do emprego de estratégias positivas, em médio e longo prazos. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Physical violence against children in the family has generated many debates on the socialization practices of the new generations and on the violation of child rights. Physical violence affects thousands of families, and many cases occur in situations in which the parents punish children to educate them. Several researches indicate risk factors for physical violence, such as parents’ childhood experience in their families of origin, parental beliefs about physical punishment and dynamics of family interactions. This study investigated mother-child relations in families with and without a history of physical violence against the child, focusing on their interactions, maternal beliefs and the use of physical punishment, and the transgenerationality of violence. The participants of this study were twelve dyads of biological mothers and their children aged between 7 and 12 years old. The dyads had been divided in three groups: GA consisted of four dyads with a history of physical violence of the mother against the child and whose mothers had been frequently exposed to physical violence in their families of origin. GB1 and GB2 consisted of eight dyads with no history of violence against children; however, in GB1 four mothers had suffered physical violence frequently during their childhood, while in GB2 the four mothers had no history of violence or reported only one episode of this nature. Mothers answered a Questionnaire for Characterizing the Family System, the Family Support Scale, the Attitude toward Spanking Questionnaire and the Parent-Child Conflict Tactics Scales. Mothers and children also participated, individually, in an interview and in an interactional session, in which they were asked to discuss daily situations of the family. Results indicated that during mother-child interactions, GA demonstrated more negative indicators related to maternal behavior then GB1 and GB2, including a competitive style of interaction. GB1 and GB2, in contrast, demonstrated more positive indicators, such as a friendlier climate in the dyad. Mothers with a history of violence in the family of origin had not only more favorable attitudes toward physical punishment, but also used it more frequently, with significant differences between GA and GB2. GB1 was a group that suffered more severe violence in the family of origin than GA; however, the presence of a supportive figure can have buffered the deleterious effects of this experience. Data suggests that interaction characteristics in families with a history of physical violence can undermine conflict resolution and act as risk factors for violence. Moreover, although childhood experience with physical punishment and violence contribute for the acceptance and the use of physical force as a discipline practice, when mothers experience very severe violence, they can be affected in such a way that makes them use alternative practices in their current family. In this context, the identification of a supportive figure seems to act as a protective factor, modeling healthier behaviors. It is considered that physical violence involves more than physical punishment itself, including families’ values and beliefs, in which the experience in the family of origin plays an important role. The study indicates the need to develop family education programs focusing on ways of socialization of the new generations, and to promote campaigns about the deleterious effects of violence and the risks associated with physical punishment, in contrast with the benefits of positive practices, in medium- and long-term.
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Submissão e resistência : explodindo o discurso patriarcal da dominação femininaNarvaz, Martha January 2005 (has links)
O objetivo deste estudo foi o de examinar as diferentes posições ocupadas por uma mulher diante da violência sofrida tanto por ela quanto por suas filhas, ao longo de sua história de vida. A participante foi uma mulher, vítima de diversas formas de violência, cujas filhas foram vítimas de incesto. O delineamento utilizado foi o estudo de caso, baseado em entrevistas. A análise de discurso qualitativa mostrou que a participante ocupou posições alternadas, ora de submissão, ora de resistência no enfrentamento da violência sofrida tanto por ela quanto pelas filhas. Os resultados apontaram que diversos processos contribuíram à posição de submissão. Alguns desses processos referem-se aos valores patriarcais que influenciaram a concepção de família da participante e a concepção de papéis familiares ao longo das várias gerações de sua família. Sua concepção de família revelou um modelo de família nuclear, burguesa, patriarcal e monogâmica. A concepção de papéis familiares da participante apareceu associada a valores patriarcais, que prescrevem papéis de gênero hierárquicos e estereotipados encontrados em famílias violentas e incestuosas. Ainda assim, estes papéis não foram vividos pela participante de forma homogênea. A análise qualitativa encontrou que o suporte social foi a contribuição fundamental ao engendramento das estratégias de resistência da participante e de suas filhas no enfrentamento da violência. Estes resultados indicaram que as mulheres são plurais e heterogêneas e que não são sempre ou apenas vítimas da violência, o que explode o discurso patriarcal da dominação feminina. Uma vez que os dados foram coletados com base em apenas um caso, novas investigações sobre o tema são recomendadas.
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A associação de abuso e negligência na infância com prejuízo da funcionalidade em esquizofrênicosGil, Alexei January 2005 (has links)
Foi feito um estudo de associação de fatores de risco na infância com grau de incapacitação na vida adulta em pacientes portadores de esquizofrenia. O estudo faz parte Protocolo “Bases Moleculares da Esquizofrenia em População Portuguesa e Brasileira” e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os pacientes e familiares responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O instrumento diagnóstico utilizado foi o Inventário de Critérios Operacionais para Doenças Psicóticas (OPCRIT), o qual é composto por um checklist de 90 itens, um glossário e um sistema computadorizado que fornece o diagnóstico segundo as principais classificações diagnósticas em psiquiatria. Os fatores de risco investigados foram abuso sexual, negligência emocional, abuso físico, negligência física e abuso emocional. Utilizou-se o instrumento auto-aplicável denominado Questionário sobre Traumas na Infância (CTQ), o qual é composto por 28 assertivas sobre a infância dos sujeitos que, através de uma escala Linkert de 5 pontos, marcam as alternativas que mais se adaptam às suas vivências infantis. A medida do desfecho grau de incapacitação foi feita através da Escala de Avaliação da Incapacitação Psiquiátrica (WHO/DAS), que é um dos principais instrumentos da Organização Mundial da Saúde para avaliar a incapacitação funcional de pacientes psiquiátricos e os possíveis fatores causais. Foram selecionados consecutivamente 102 pacientes do ambulatório do Programa de Esquizofrenia de Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Após a aplicação do OPCRIT, dois sujeitos foram excluídos por apresentarem diagnóstico de transtorno afetivo bipolar e transtorno esquizoafetivo. Portanto, 100 sujeitos constituíram a amostra deste estudo. A análise dos resultados para se estabelecer a associação de traumas infantis com grau de incapacitação em esquizofrênicos foi feita através do teste de correlação de Spearman. Os resultados sugerem que história de trauma na infância, o que inclui as cinco dimensões investigadas, demonstrou estar significativamente associada com prejuízo do comportamento geral (p=.023) e da funcionalidade global (p=.032), ou seja, Seções 1 e 5 da WHO/DAS, respectivamente. Negligência física na infância mostrou forte associação com prejuízo do comportamento geral (p<.000), além de também ter demonstrado associação significativa com prejuízos na performance social (p=.037) e na funcionalidade global (p=.014). Encontrou-se, ainda, associações significativas de abuso emocional na infância com prejuízo no comportamento geral (p=.026) e de negligência emocional com a prejuízo na funcionalidade global (p=.047). No estudo, abuso sexual e abuso físico não demonstraram associação com as medidas de funcionalidade utilizadas. Essas formas de abuso têm sido mais freqüentemente relacionadas com a etiologia de transtornos mentais do que formas de abuso aparentemente menos impactantes, tais como negligência física, negligência emocional e abuso emocional. Possivelmente, as conseqüências prejudiciais dessas formas menos traumáticas de abuso estejam relacionadas à etiologia dos transtornos mentais em períodos diferentes de vulnerabilidade do que abuso sexual e físico (os primeiros talvez mais importantes em períodos mais precoces do desenvolvimento humano). A ocorrência de abuso e negligência na infância e sua relação com esquizofrenia estão de acordo com recentes modelos etiológicos que sugerem que adversidades precoces podem ocasionar alterações psicológicas e biológicas que aumentam a vulnerabilidade para psicose. A associação de experiências traumáticas na infância com o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos no adulto é amplamente conhecida e estudada. O presente estudo permite considerar a possibilidade de tais traumas interferirem não só na etiologia, mas também no desempenho funcional e social dos pacientes. A identificação precoce dos fatores de risco para o desenvolvimento de esquizofrenia permite o desenvolvimento de estratégias de intervenção com o objetivo de evitar as conseqüências diretas do trauma na gênese do transtorno em pessoas com risco ou, pelo menos, minimizar o impacto deletério dessa doença na vida dos pacientes. A implicação prática deste estudo está no reforço da necessidade de reconhecer as crianças que têm maior vulnerabilidade para o desenvolvimento de esquizofrenia, por exemplo, netos, filhos e irmãos de esquizofrênicos, e oferecer proteção especial quanto à exposição a traumas através ações de saúde e educacionais. / We did an association study of childhood risk factors with disability in schizophrenic adults. This study is part of the protocol named “Bases Moleculares da Esquizofrenia em População Portuguesa e Brasileira” and was approved by Ethics Committee of Hospital de Clínicas de Porto Alegre. All the patients have signed an informed consent before getting in the study. (Annex 1) The diagnostic instrument was the Operational Criteria Checklist for Psychotic Illness (OPCRIT); witch includes 90 items, a glossary and a computer system, that generates diagnosis according most important classifications in psychiatry. The childhood risk factors that we investigated were sexual abuse, emotional neglect, physical abuse, physical neglect and emotional abuse. To assert this variables we used the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), a self-report instrument that is composed of 28 items about subjects childhood that, through a five point Linkert scale, choose the appropriated answer considering their previous experiences. The outcome measure has been gotten using the World Mental Health / Disability Assessment Schedule (WHO/DAS) witch is one of the most important WHO instrument to access psychiatric illnesses disability and possible etiologic factors. We first selected consecutively 102 patients of the Schizophrenia Outpatients Program of Hospital de Clínicas de Porto Alegre. After that, two of them were excluded because they were not schizophrenics according the OPCRIT analysis. Then, the final sample was composed of 100 subjects. Spearman’s correlation test was used to make the association of childhood trauma and disability in this sample of schizophrenics. The results suggest that childhood trauma history, which includes the all five kinds of trauma, is associated with worse general behaviour (p=.023) and worse global functionality (p=.032), which means, WHO/DAS Sections 1 and 5, respectively. Child physical neglect showed strong association with worse general behaviour (p<.000), worse social performance (p=.037) and worse global functionality (p=.014). We have also found significant associations between emotional abuse with worse general behaviour (p=.026) and between emotional neglect with worse global functionality (p=.047). In this study, sexual and physical abuse didn’t demonstrate association with those functionality measures used. These kinds of child abuse have been more often associated with mental disorders aetiology than other ones that have less impact on, like physical neglect, emotional neglect and emotional abuse. Possibly, the damage consequences of these “less traumatic” abuses are linked to mental disorders aetiology in different periods of vulnerability than are sexual and physical abuse (maybe the first ones are more important in premature periods of human neurodevelopment). Child abuse and neglect occurrence and its relation to schizophrenia are in agreement with the recent etiologic models that suggest precocious adversities may lead to psychological and biological changes that increase psychoses vulnerability. The association of traumatic experiences in childhood with the development of psychiatric disorders in adults is largely known and studied. The present study allows to consider the possibility of such traumas intervene not only in the aetiology but also in the functional and social performance of patients. The preventive identification of the risk factors to schizophrenia development allows to create strategies of interventions with the objective of avoiding direct consequences of the trauma in people with high risk of being affected by this disorder; or at least decrease the impact of this damage in the patient’s life. The practical implications of this study is in the highlighted need to recognize the children with higher vulnerability to develop schizophrenia, for example, grandchildren, next of a kin and siblings of schizophrenics; and offer especial protection against trauma exposure through health and educational programs.
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Tradução e adaptação de software para o auxílio na identificação de maus tratos em crianças e adolescentesCalza, Tiago Zanatta January 2014 (has links)
O objetivo deste trabalho foi fazer a tradução e a adaptação do conteúdo do software “Módulo de Apoyo a la Gestión del Riesgo Social en la Infancia y la Adolescencia (MSGR)” para o contexto brasileiro. Por sua vez, o software visa auxiliar profissionais de diversas áreas a identificar e a como proceder diante de casos de suspeitas de maus tratos contra crianças e adolescentes. Foram realizados dois estudos empíricos. O primeiro estudo refere-se à tradução e à adaptação dos itens presentes no software, divididos em duas fases: (1) tradução dos itens, através do método backtranslation; e (2) validação por juízes, a fim de avaliar o nível de adequação dos itens originais, e grupos de discussão, para discutir os itens que não tiveram concordância igual ou superior a 80% entre os juízes e propor uma ação recomendada para cada tipo de gravidade. Participaram como juízes cinco profissionais especialistas na temática de maus tratos. Nos grupos de discussão participaram quatro profissionais que têm experiência no atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência. Os resultados da avaliação dos juízes apontaram 40 itens do software como não tendo o índice de concordância mínimo de 80% esperado. O grupo de discussão, por sua vez, decidiu o formato final de tais itens. Além disso, sugeriu a troca de nomenclaturas, além de propor o acionamento de diversos serviços de proteção para cada gravidade detectada. Discutem-se as mudanças realizadas, os diferentes serviços da rede de proteção, assim como o Estatuto da Criança e do Adolescente. O segundo estudo foi a aplicação piloto do software, já traduzido e adaptado. Participaram desta etapa 16 adultos, selecionados por conveniência,com idades entre 22 e 55 anos. Estes foram instruídos a responder a três estudos de caso fictícios, apontando as dúvidas de compreensão dos itens, além de suas opiniões quanto ao manejo e a utilidade do software. Os resultados indicaram dificuldades de compreensão de algumas palavras, especialmente entre os participantes que tinham somente o Ensino Médio completo. Também houve dúvidas quanto à ambiguidade de itens, além de tentativas de indução de respostas, mesmo quando as observações correspondentes não estavam contempladas no estudo de caso. Discutem-se aspectos relativos a facilitar o entendimento das questões e ao uso do software, além da importância deste para o auxílio na notificação das suspeitas. Por fim, ressalta-se a relevância da divulgação dos conhecimentos científicos acerca da identificação de maus tratos para a população, assim como o desenvolvimento de novas ferramentas para a utilização na proteção dos direitos da infância e adolescência. / The aim of this work was to translate and adapt to the Brazilian context the content of the software “Módulo de Apoyo a la Gestión del Riesgo Social en la Infancia y la Adolescencia (MSGR)”. This software aims to help professionals of many fields to identify and proceed when facing cases that involve suspicion of child and adolescent abuse. Two empirical studies were performed: The first study concerns the translation and adaptation of the software’s items in two stages: (1) translation of the items through the backtranslation method; and (2) validation from the judges to evaluate the level of adequacy of the original items, and discussion groups to discuss the items which did not reach 80% or more of agreement among the judges and to propose recommended actions for each severity level. Five professionals who are experts in this subject participated as judges. Four professionals who have experience in care service for children and adolescents who have been victims of abuse were part of the discussion groups. The results of the judges’ evaluation point 40 software items which have not achieved the expected minimum of 80%. The discussion group, in turn, made decisions about the final arrangement of those items. Besides that, the group suggested terminology changes, and the activation of several protection services for each level of severity detected. It discussed the changes, the child protection network’s different services, and also the Child and Adolescent Statute. The second study was the pilot application of the software after it had been translated and adapted. Sixteen adults participated in this stage. The selection criterion was convenience, and their ages ranged from 22 to 55 years old. They were instructed to answer three fictitious case studies, pointing doubts regarding the items and voicing their opinions regarding the handling and the utility of the software. The results show the difficulties to understand certain words, especially among participants who had only finished secondary school. There were also doubts regarding the ambiguity of some items, and some attempts to induce answers even when the corresponding observations were not considered by the case study. Aspects related to helping understand the issues raised and to the use of the software were discussed, as well as the importance of the software for notifying suspicion. Finally, we highlight the relevance of disseminating scientific knowledge related to the identification of abuse, as well as the development of new tools for protecting the rights of children and adolescents.
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SIGNIFICADOS DA VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA E NEGLIGÊNCIA CONTRA A CRIANÇA PARA EDUCADORES DO ENSINO INFANTIL DE ESCOLAS PÚBLICA E PRIVADACÂNDIDO, Joice Luiza Alves 26 March 2015 (has links)
Submitted by Haroudo Xavier Filho (haroudo.xavierfo@ufpe.br) on 2016-02-26T17:00:42Z
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Previous issue date: 2015-03-26 / A violência constitui, mundialmente, um grave problema de saúde pública e as crianças entre
0 e 4 anos são as mais vulneráveis. Apesar da grande incidência da violência psicológica e da
negligência, essas formas de violência são pouco discutidas nos diversos contextos em que a
criança está inserida. A escola figura como lugar privilegiado para detecção de situações de
violência, além de ser um espaço para a prevenção. Este trabalho objetiva compreender os
significados da violência psicológica e negligência contra a criança para os educadores do
ensino infantil de escolas públicas e privadas. Realizou-se uma pesquisa qualitativa em uma
instituição de ensino pública e três privadas. Foram entrevistadas 14 professoras utilizando-se
um roteiro de entrevista semiestruturado. Os dados foram analisados através da técnica de
análise de conteúdo com apoio do software Atlas.ti. Os resultados foram agrupados em quatro
categorias temáticas: a primeira categoria, Concepções sobre a violência, versou sobre o
conceito e a tipologia da violência de maneira geral; a segunda, Concepções sobre a
negligência, discorreu sobre conceito, local onde ocorre, agressores, sinais, causas e
consequências desta violência; a terceira categoria, Concepções sobre a violência psicológica,
abordou os mesmos aspectos, mas enfatizando a violência psicológica; a última categoria,
Enfrentamento da violência, abordou o papel dos professores e da escola no enfrentamento e
prevenção da violência, as dificuldades encontradas e as diferenças nas percepções sobre
violência nos contextos das escolas públicas e privadas. As educadoras tiveram dificuldade
em discorrer sobre a negligência e um possível cenário de subnotificações foi identificado nas
falas. Faz-se importante que o educador tenha uma capacitação atitudinal em relação a
estratégias de enfrentamento de cunho intersetorial para que ele possa ser capaz de identificar
e intervir nessas situações. / Violence is, worldwide, a serious public health problem and children between 0 and 4 years of
age are the most vulnerable to it. Despite the high incidence of psychological violence and
neglect, these forms of violence are seldom discussed in the various contexts in which the
child is inserted. The school stands as a privileged place to detect situations of violence,
besides being a space for prevention. This study aims to understand the meanings of
psychological violence and neglect against children for kindergarten educators from public
and private schools. We conducted a qualitative research study in a public and three private
educational institutions. We interviewed 14 teachers using a semi-structured interview guide.
Data were analyzed through the content analysis technique with the support of the Atlas.ti
software. The results were grouped into four thematic categories: the first category,
Conceptions of violence, was about the concept and the typology of violence in general; the
second one, Conceptions of negligence, discussed about concept, where occurs, offenders,
signs, causes and consequences of violence; the third category, Conceptions of psychological
violence, was about the same issues, but emphasizing the psychological violence; and the last
one, Combating violence, focused on the role of teachers and school in combating and
preventing violence and on the difficulties and differences in perceptions of violence in the
contexts of public and private schools. The educators had difficulty in discussing the
negligence and a possible underreported scenario was identified in their statements. It is
important that the teachers have attitudinal training concerning intersectoral combat strategies
so that they can be able to identify and intervene in these situations.
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O (des)conhecido cenário da violência contra idosos no ambiente domésticoDUQUE, Andrezza Marques 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / O objetivo do estudo foi determinar a ocorrência e os fatores associados à violência doméstica contra idosos no município do Recife, Pernambuco. Desta pesquisa participaram 274 indivíduos com 60 anos ou mais, de ambos os sexos, cadastrados nas cinco Unidades de Saúde da Família (USF) que compõem a microrregião 4.2 da cidade do Recife. Foram excluídos os idosos que apresentavam enfermidade ou agravo à saúde que implicasse comprometimentos em termos de comunicação. Os dados foram coletados nos domicílios ou nas USF e o instrumento de pesquisa foi organizado em três partes: um questionário estruturado, composto por questões fechadas; duas escalas de avaliação, Índice de Katz e Atividades Instrumentais da Vida Diária de Lawton e Brody, para avaliação das AVD e AIVD, respectivamente; e o instrumento para avaliar possíveis situações de violência contra pessoas idosas desenvolvido e validado em Porto Rico e adotado pelo Ministério da Saúde. Nos resultados obtidos, verifica-se a existência de 57 idosos com sinais indicativos de violência, o que corresponde à prevalência de 20,8% (IC 95%: 16,0 25,6), com pelo menos um dos tipos de violência sofrida pelos idosos em seu ambiente doméstico. O tipo de violência com maior frequência foi a psicológica 19,34% (53), seguido da sexual 2,19% (6), financeira 1,82% (5) e, por fim, física 1,09% (3). A violência doméstica foi predominante no sexo feminino (23,91%); na faixa etária de 60-69 anos (22,64%); entre os que nunca estudaram (26,15%); e entre os que não tinham companheiro (21,71%). Foi mais frequente, também, entre os que moravam com seis ou mais pessoas (33,33%); com renda inferior a um salário mínimo (22,86%); que contribuíam para o sustento da casa (20,88%) e com dependência para as atividades instrumentais da vida diária (26,17%). Observou-se associação entre os que moravam com um número maior de indivíduos apesar dos valores apresentarem significância limítrofe (p=0,06). Embora com certa ressalva, devido à menor significância estatística, foi ainda possível perceber que as maiores vítimas estavam entre as mulheres e entre os idosos dependentes para as atividades instrumentais da vida diária. Entretanto, após a análise pelo modelo de regressão logística múltipla, apenas as variáveis sexo e arranjo familiar mostraram-se associadas significativamente (p ≤ 0,05), havendo evidência de maior ocorrência de violência contra os idosos que coabitavam com seis ou mais moradores em relação àqueles que moravam com até cinco e entre as mulheres em relação aos homens. Nesse sentido, considerando a magnitude do fenômeno da violência contra os idosos e a escassez de estudos de base populacional em território nacional, torna-se essencial a identificação das ocorrências, sobretudo as ocasionadas no ambiente doméstico, bem como a priorização do tema no setor saúde, principalmente nas políticas de atenção à saúde do idoso, por meio de estratégias efetivas que visem ao enfrentamento da violência doméstica contra idosos
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Violência contra a pessoa idosa: o que revelam os laudos periciais do Instituto de Medicina Legal do RecifeABATH, Marcella de Brito 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A população brasileira tem se tornado cada vez mais envelhecida e também vem-se observando
um aumento da violência contra os grupos mais vulneráveis, como é o caso dos idosos. Desse
modo, a presente pesquisa se propôs a determinar o perfil da violência e os fatores associados à
violência doméstica do tipo física entre idosos submetidos a exame de corpo de delito no Instituto
de Medicina Legal (IML) do Recife, segundo variáveis relacionadas ao evento, à vítima e ao
agressor. Para tanto, realizou-se um estudo transversal com base em 1.036 laudos periciais de
pessoas com 60 anos ou mais que se submeteram ao referido exame, entre janeiro de 2004 e
dezembro de 2007. Os dados foram coletados no setor de arquivo do IML do Recife, por meio de
um formulário contendo 16 questões. Para a análise de associação entre as variáveis, aplicou-se o
teste do qui-quadrado aceitando-se a probabilidade máxima de erro de 5% para rejeição da
hipótese nula. Do total estudado (1.036 casos), houve 37 reocorrências de violência e a
modalidade física foi a mais frequente (99,1%). Dentre os 1.027 casos de violência física, o
tempo médio transcorrido entre a ocorrência e o encaminhamento ao IML foi de 3,4 dias. A
violência foi predominantemente produzida por energia de ordem mecânica (99,1%), instrumento
contundente (89,5%) e arma natural (51,8%); ocorreu no domingo (19,1%), no turno da noite
(35,9%) e na residência da vítima (57,7%). A lesão atingiu mais de uma parte do corpo em 40,4%
dos casos e foi de grau leve em 93,4%. A maioria das vítimas foi homem (59,2%), na faixa etária
entre 60 e 69 anos (71,6%), de raça/cor parda (83,5%), casado(a)/união consensual (44,2%),
aposentado(a)/pensionista (46,7%), residente na Região Metropolitana do Recife (95,7%), no
município do Recife (54,5%) e no bairro de Boa Viagem (8,7%). Quanto ao agressor, a maioria
foi do sexo masculino (69,5%), agrediu a vítima desacompanhado(a) (88,4%) e era um(a)
conhecido(a) não parente da vítima (39,8%). A violência doméstica mostrou-se associada à
variável parte do corpo acometida; sexo, estado civil e ocupação da vítima; quantidade e sexo do
agressor e relação estabelecida com a vítima. Desse modo, considerando a transcendência social
da violência contra os idosos e, particularmente, o ambiente onde frequentemente ocorre, é
fundamental investir em programas para sensibilizar a sociedade, com ênfase na família, quanto
ao protagonismo da pessoa idosa e promover solidariedade, cultura de paz e respeito a esse
segmento, possibilitando uma velhice com qualidade de vida
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Mulheres do Recife enfrentando a violência cometida pelo parceiro íntimode Aquino Silva, Raquel 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A violência contra a mulher tem no parceiro íntimo o principal agressor. Frente à violência pelo parceiro íntimo, algumas mulheres não reagem, outras rompem o silêncio e conversam com familiares e amigos e outras buscam ajuda institucionalizada. Estudo transversal, realizado entre julho de 2005 a novembro de 2006, tendo como objetivo descrever e analisar as condutas de enfrentamento à violência física cometida pelo parceiro íntimo, adotadas pelas mulheres cadastradas no Programa Saúde da Família do Distrito Sanitário II da cidade do Recife. Teve como população de estudo 283 mulheres que referiram algum episódio de violência pelo parceiro íntimo (VPI) física, antes e/ou durante a gestação. Destas, 78,4% adotaram alguma conduta de enfrentamento à VPI; 57,6% conversaram com alguém, 3,5% procuraram algum Serviço que pudesse ajudá-las e 17,3% conversaram e procuraram algum Serviço. As pessoas mais procuradas pelas mulheres foram os pais (42%), amigo/amiga (31,6%) e irmão/irmã (21,2%). Os Serviços mais procurados foram polícia/delegacia (57,6%), hospital/centros de saúde (27,1%) e instituições religiosas (25,4%). Das mulheres que conversaram com alguém sobre a violência, 44,8% não obtiveram qualquer tipo de ajuda. Os pais (30,7%), amigo/amiga (24%) e familiares do parceiro (16,5%) foram os que mais tentaram ajudá-las. Na análise de regressão logística múltipla, as variáveis que se mostraram associadas ao enfrentamento à VPI foram: a opinião da mulher de que se um homem maltrata sua esposa outras pessoas de fora da família deveriam intervir (OR=2,62; IC95%: 1,38-4,95); o escore de gravidade da violência (OR=1,11; IC95%: 1,03-1,19); o tempo de relacionamento com o parceiro ≤4 anos ou >8 anos (OR=2,55; IC95%: 1,17-5,56), em comparação às mulheres com 5 a 8 anos de relacionamento; a idade da mulher ≥25 anos (OR=1,84; IC95%: 1,00-3,40) e a história de violência física na família (mãe/irmãs) de origem (OR=1,82; IC95%: 0,99-3,34). Os resultados desta investigação podem contribuir para o fortalecimento de ações e políticas públicas que visem reduzir a violência contra a mulher
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Notificação da violencia domestica contra crianças e adolescentes (Procedimentos de profissionais de saude do setor publico de Campinas SP)Rossi, Dalva 15 December 2004 (has links)
Orientador: João Luiz Pinto e Silva / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-04T01:08:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2004 / Resumo: A pesquisa teve como objetivo constatar se os profissionais da saúde que atuam no setor público da cidade de Campinas, ao se depararem com a Violência Doméstica praticada contra crianças e adolescentes, no seu quotidiano de trabalho, utilizam a notificação como recurso de intervenção, estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente como mecanismo legitimo para a interrupção do fenômeno. A metodologia de ação consistiu na distribuição de 3004 questionários pré-estruturados aos profissionais que atuam no campo da saúde, com questões específicas e direcionadas ao fenômeno da violência nos quatro tipos: física, sexual, psicológica e negligência. Optou-se por inserir no próprio instrumental os
conceitos referentes a cada tipo, como ferramenta que proporcionasse aos sujeitos da pesquisa a mínima compreensão do tema em pauta. untamente com os questionários foram entregues os consentimentos livre e esclarecido, que possibilitaram ao profissional a liberdade de decisão. Após a opção em participar do estudo e em responder os questionários, a devolução do material foi realizada no próprio local de trabalho. Os resultados obtidos, a partir de 594 respondidos (19,8%), foram inseridos em um banco de dados, e posteriormente analisados e sistematizados em tabelas, possibilitando a leitura e apreensão de questões pouco discutidas na rotina do exercício profissional. A discussão foi realizada confrontando
os resultados obtidos com fundamentações e matrizes teóricas de pesquisadores da área da violência em um movimento reflexivo e propositivo, apontando os avanços do estudo em vários aspectos, direcionados aos sinais que podem apontar a existência do fenômeno, as parcerias com os chefes ou com os colegas, a existência do medo acerca da eventual possibilidade de depor juridicamente e, em especial, aos impedimentos determinantes para a não notificação. As conclusões apresentam dados confirmando adequado conhecimento da violência e percentuais significativos de profissionais que, de alguma maneira, registram as suspeitas ou confirmações procedendo à notificação do problema e os obstáculos vivenciados no exercício profissional que podem determinar e impedir essa atitude. Revelam os sinais indicadores da ocorrência e as atitudes tomadas imediatamente após a confirmação ou suspeita. As instituições da cidade de Campinas, responsáveis por acolher as notificações, foram avaliadas pelos profissionais participantes da pesquisa, e foram registradas as contribuições ou a falta de discussão sobre o assunto ocorrida durante o período de formação profissional, associada ao encaminhamento da existência de adequado respaldo do código de ética profissional nas situações de violência / Abstract: The objective of this study was to evaluate whether public sector health workers in the city of Campinas, when confronted with a case of domestic violence, make use of notification, established in the Statute for the Protection of the Child and the Adolescent, as an intervention resource and a legitimate mechanism for stopping this phenomenon. A total of 3004 pre-structured questionnaires, containing specific questions on four types of violence: physical violence, sexual violence, psychological violence and negligence, were distributed to health workers. It was decided to insert concepts into this instrument regarding each type of violence as a tool that would offer the research subjects some basic knowledge of the
subject in question. Each participant of the study signed an informed consent form, which was handed over together with the questionnaires, thereby giving the health worker the right to choose whether to participate or not. After making the decision to participate in the study and after answering the questionnaire, the material was collected by researchers at the subject¿s place of work. A total of 594 (19.8%) questionnaires were completed and the results obtained were entered into a data base, analyzed and summarized into tables with the aim of providing information that would be simple to read and understand with respect to questions that are seldom discussed during the daily routine of health workers. A reflexive, propositional discussion was carried out during which the results obtained were compared with the theoretical bases and sources established by scientists working in
the field of violence, demonstrating the advances found in various aspects of the study. Subjects discussed during the debate included the signals that may serve as an alert to the existence of violence, forming partnerships with supervisors and colleagues, fear of having to appear in court, and, in particular, the decisive barriers to non-notification. The conclusions reached in this study confirm an adequate knowledge with respect to violence, and a significant percentage of health workers who in some form or another register their suspicions, confirmed or not, leading to notification of the problem. The obstacles encountered by health workers while carrying out their occupational activities that may influence and obstruct this attitude were also identified. Signs of the occurrence of violence were described, as well as the attitudes taken immediately following confirmation of the suspicion. The health workers participating in this study also evaluated the institutions in the city of Campinas that are responsible for receiving notifications
of violence, and the level of information and discussion provided on the subject during their professional training. In addition, participants gave their opinion regarding whether or not they believed that their professional code of ethics offered them adequate support in situations of violence / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Tocoginecologia
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