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Demoras en la noche: Anexo I: Demoras en el entre, Anexo II: Demoras en lo anónimoFlores Arancibia, Iván January 2007 (has links)
Sólo en la superficie la palabra central de esta investigación, “noche”, elude la conceptualidad filosófica. En la superficie, parece encarnar cierta metaforicidad del discurso; generalmente, opera como un agregado estético; a veces, llena un texto mediante la sugestión. La tarea emprendida aquí procura demostrar que en el uso filosófico de la “noche”, especialmente en Hegel, Heidegger y Lévinas, viene escamoteado un trasfondo antropológico que se puede definir, inicialmente, como la demora del tiempo en la precedencia del espacio. Dicho de otro modo, la noche funciona como una metáfora esencial para explicitar la praecedentia del espacio y la praesentia del tiempo. Pronunciado siguiendo el discurso postheideggeriano: la metafísica de la presencia es el relato antropológico de una venida-al-mundo-desde-el-espacio. Expresado en términos geométricos: la noche expone el privilegio de la verticalidad o la dificultad de existir horizontalmente. Resumido en un lenguaje fenomenológico: la noche denuncia los modos de la aparición y el asedio de la desaparición. Articulado en términos dantescos: la noche evoca el inconveniente de vivir, lo que significa, en el fondo, un modo de confesar que la vida consiste en oscilar entre la imposibilidad de salir y las profecías soñadas hacia adelante. Anunciado de un modo expresamente sibilino: la noche sirve para articular la economía de la imaginación. En los bordes de esta investigación, podría ser posible esbozar en qué sentido la filosofía supone una “puesta en escena”, un montaje espacial, un rodeo exterior, un fondo o pozo oscuro, una caverna o un “precursor sombrío” –como escribiera Deleuze- que asegure la aparición de la existencia. En el medio, entre la precedencia y la presencia, hallaremos las formas de la evasión o las salidas de la noche, que en lo sustancial definen la materialidad del movimiento humano en el discurso de algunos filósofos.
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NietzscheCastilho, Kelly de Fátima January 2009 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em Filosofia / Made available in DSpace on 2012-10-24T07:16:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
266518.pdf: 463988 bytes, checksum: 7e1bb8da1c265ff4d779bd507b36baf9 (MD5) / Desde seus primeiros escritos Nietzsche se ocupou de questões relacionadas ao conhecimento e à verdade, ocorre, porém, que seu objetivo não é formular uma nova teoria do conhecimento ou reformular as concepções tradicionais, mas questionar a valor da verdade, indicando que os filósofos jamais a colocaram em questão. Em conseqüência dessa superestimação da verdade está o ódio instintivo contra a vida e seus pressupostos: tudo o que é transitório e efêmero foi negado em nome do conhecimento racional e objetivo. A proposta de Nietzsche é que a interpretação metafísica - que nega e falsifica a vida- seja substituída por uma interpretação afirmativa, com conceitos leves e dançantes, que se reconhece como interpretação provisória. O eterno retorno diz à vida o grande Sim, aceita o destino e deseja o seu retornar eterno. É um sim dionisíaco, que deseja o que a vida tem mais exuberante e belo, mas também o que ela tem de mais horrível e miserável.
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A estratégia de kant para a fundamentação da metafísica dos costumes e o fato da razãoSantos, Melissa Regina Lentz dos January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-22T10:15:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
232765.pdf: 591258 bytes, checksum: 896637d39ea6b2ffb2066b4b90f5552b (MD5) / A presente pesquisa tem como proposta fundamental a investigação do argumento de Immanuel Kant (1724 # 1804) para a Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785), obra na qual, vemos o esforço do filósofo em explicitar e fundamentar o princípio ético por ele adotado, a saber, o imperativo categórico. Temos nas duas primeiras seções uma apresentação do critério (da lei moral) utilizado por Kant para a caracterização do correto agir moral, enquanto a última seção procura uma fundamentação para este critério. Investigados os passos dados pelo filósofo de Königsberg na Fundamentação e constatada a impossibilidade de uma dedução do princípio moral nesta obra, o foco do presente trabalho passa a ser a doutrina do Fato da Razão. Abordamos a exposição do Fato da Razão com o intuito de evidenciar os aspectos em que o método kantiano de fundamentar a moralidade sofreu alterações desde 1785 até a publicação da Crítica da Razão Prática (1788). Partindo de uma análise que entende o Fato da Razão como a consciência da lei moral procuramos apontar o papel desempenhado por ele na argumentação da Crítica da Razão prática. Isto para, finalmente, avaliarmos os pontos fortes e fracos da estratégia kantiana que tem início para nós, na Fundamentação da metafísica dos Costumes e se estende até a segunda crítica com a apresentação do Fato da Razão.
This work had as main purpose to examine Immanuel Kant#s argumentation in the Groundwork of the Metaphysics of Morals (1785). In this work, Kant intended to identify and to justify the supreme principle of morality, that is to say, the categorical imperative. The purpose of the two first sections of Groundwork is to explain the moral criterion (moral law), while the third section looks for justifying the moral criterion previously identified. After identifying the main steps Kongsberg#s philosopher argumentation in the Groundwork and noted that is impossible a deduction of moral principle, the next step was examining the Kantian doctrine of Fact of Reason (Faktum der Vernunft). In dealing with the exposition of Fact of Reason, our aims are making clear the difference of Kantian methods from the Groundwork (1985) until Critique of the Practical Reason (1988). Starting from an analysis that assume the meaning of Fact of Reason as a consciousness of the moral law we looked for point to the hole taken for this Fact in the argumentation of the Critique of the Practical Reason. Finally, we evaluated the strong and weak aspects of Kantian argumentation strategy from the Groundwork to Critique of the Practical Reason.
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A topologia radical do gauche na poética metafísica de Carlos Drumond de AndradeZrzebiela, Fernanda Ferrari January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2015 / Made available in DSpace on 2015-05-19T04:10:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
333593.pdf: 950110 bytes, checksum: 738679371762738528c9c2d326c6df33 (MD5)
Previous issue date: 2015 / O presente trabalho toma como objeto de estudo as quatro obras que compõem o chamado "quarteto metafísico" do poeta Carlos Drummond de Andrade, denominação cunhada por José Guilherme Merquior para se referir a "Novos poemas" (1948), "Claro enigma" (1951), "Fazendeiro do ar" (1953-1954) e "Vida passada a limpo" (1959), obras que formariam um coro de indagações e questionamentos do poeta diante da condição do existente. O entendimento da sintomática poesia de Drummond como um movimento de extrapolação da tradição do pensamento metafísico pautada pela noção dual e contraditória e, principalmente, conforme assimilado por Nietzsche, por ignorar os mecanismos da diferença, pode ser observado pelos desdobramentos a que se ateve o presente estudo, a saber: a noção da figura do gauche como instância comunicadora do Fora, a superação da noção tripartida do tempo (presente-passado-futuro), as tipologias duais observadas por Villaça (noite/dia, eterno/fugaz, vida/morte) que, longe de pautarem-se em um esquema dual e opositivo do pensamento, estabelecem justamente a afirmação de uma pluralidade sempre diversa. Entendemos que isso seja possível pela compreensão do Ser enquanto diferença. Questionar a metafísica significa, pois, um questionamento sobre o horizonte no qual se determinam as forças e as potências do pensamento.<br> / Abstract: The present study takes as object four books wich was called "metaphysical quartet" of the poet Carlos Drummond de Andrade, name coined by José Guilherme Merquior. "Novos poemas" (1948), "Claro enigma" (1951), "Fazendeiro do ar"? (1953-1954) e Vida passado a limpo (1959) would form a chorus of existencial questions. The comprehension of symptomatic drummondiana poetry as an extrapolation movement of metaphysics thought tradition, guided by the dual and contradictory notion and, mainly, as assimilated by Nietzsche, to ignore the mechanisms of difference, can be seen by the developments that adhered the present study, such as: the notion of gauche figure as a communicator instance of "Out", the tripartite concept of time (present-past-future), the dual types observed by Villaça (night / day, eternal / fleeting, life / death) that as opposed to establish a dual scheme and oppositional thought, precisely establish the affirmation of a plurality always different. We consider it is possible through the understanding of Being as difference. Questioning the metaphysical means, therefore, a question on the horizon in which determine the strengths and powers of thought.
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Nada entre ser e tempoSilva, Fernando Maurício da January 2005 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2013-07-15T23:11:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
221474.pdf: 572655 bytes, checksum: 9007d49907fce3e5e4ba21754684d8c0 (MD5) / O que é, é no tempo e o tempo é algo que é: deste modo, ser e tempo são compreendidos a partir de uma relação metafísica prévia de identidade. Entretanto, quando a metafísica clássica teve que se perguntar pelo ser do tempo, não pôde se esquivar à questão pelo não-ser que compõe as suas partes. E o problema do não-ser transferiu-se para uma modalidade ôntica. Contudo, quando o próprio modo de indagar-se pelo ser e pelo tempo são postos em questão, desde a relação que o questionante - o ser-aí - tem com o questionado - o ser - em sua temporalidade, então a questão pelo ser do tempo não mais pode furtar-se ao problema do nada. Nada há além do tempo que lhe fundamente um ser - é este o problema que a questão do tempo não pode deixar de pensar quando se dirige ao seu ser. A pergunta de Heidegger pelo sentido do ser a partir do tempo não implica simplesmente em negar a filosofia clássica do tempo, tal como iniciada por Aristóteles, mas antes de tudo colocar a questão desde uma outra possibilidade: perguntar pelo tempo sem partir do sentido do ente, senão a partir do próprio sentido de ser, ao qual não pertence nada de ôntico.
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A filosofia da música como filosofia primeiraSilva, Luan Corrêa da January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-05T22:36:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
318480.pdf: 1204384 bytes, checksum: d085baf5794e66183a53677b29a12a2a (MD5)
Previous issue date: 2013 / Schopenhauer propõe, em O mundo como vontade e como representação, uma consideração metafísica da música, em oposição a sua consideração física. Mostra-nos, a partir daí, como a música é expressão da própria essência do mundo e, sendo assim, como é possível uma analogia entre ambos. Essa tese, que influenciou de imediato pensadores e compositores - representando um salto importante para a compreensão sobre a expressão musical - permite-nos refletir como a música não é apenas uma expressão do humano, mas é constituinte dele; isto é, permite-nos mostrar de que maneira a metafísica da música pode ser pensada como uma filosofia primeira. <br>
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La discusión medieval en torno al concepto de serGuerrero Troncoso, Hernán January 2006 (has links)
En este sentido, la investigación aquí presente se plantea de una manera tal que, de no ser capaz de corresponder en lo más mínimo al pensamiento de Aristóteles, Santo Tomás de Aquino y del Beato Juan Duns Scoto, estas páginas no pueden esperar más que ser llevadas por el viento, a causa de su ciega ambición. Ahora bien, si resulta que las cuestiones aquí propuestas se encuentran en los autores señalados y que pueden ser pensadas a partir de ellos, este trabajo perderá su carácter arbitrario sólo en la medida que permita acercarse a los pensadores, que abra el camino hacia ellos, que sea posible reconocerse en sus preguntas. En caso de que este examen fracase, los resultados son seguros; si en alguna medida llegara a tener éxito, es imposible prever cuáles serán sus consecuencias.
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A Relação entre ética e direito na filosofia de Immanuel KantSilva, André Luiz da January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em Filosofia / Made available in DSpace on 2012-10-25T18:56:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
301345.pdf: 793118 bytes, checksum: d756fde52d2cfd8cad95a9ea8db11a3e (MD5) / Em 1797, Immanuel Kant publicou A Metafísica dos Costumes, texto que compõe o sistema de sua filosofia prática e subdividi-se em uma doutrina do direito e uma doutrina da virtude. Tal trabalho filosófico gera interpretações distintas por parte de estudiosos, especialmente acerca da relação entre ética e direito no pensamento kantiano. Não obstante, é possível dizer que esta relação precisa ser esclarecida a partir dos conceitos kantianos de Moral, Ética e Direito, para expor o fundamento das leis éticas e das leis jurídicas e a forma de apreendê-las, e também para estabelecer uma diferença entre Ética e Direito, para a qual se recorre ao conceito de legislação. Não apenas a Ética, mas também o Direito tem, numa interpretação específica, de justificar-se por meio da moral envolvendo, portanto, também a concepção de Crítica no sentido de desenvolver o conceito de liberdade. Entendendo que ao estabelecer as relações entre a legislação ética e a legislação jurídica, a partir de uma unidade comum, bem como sua diferenciação, seja possível elaborar os conceitos racionais puros do Direito e da Ética, que constituem o programa de uma metafísica dos costumes, o propósito do presente trabalho é expor a relação entre ética e direito no pensamento de Immanuel Kant, buscando apontar os fundamentos críticos da filosofia prática kantiana bem como sua articulação com a liberdade humana.
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Discussões sobre a não-individualidade quânticaArenhart, Jonas Rafael Becker January 2011 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T00:08:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1
298844.pdf: 1033682 bytes, checksum: 1e055474d37fec3a08f9b42820f94431 (MD5) / Neste trabalho tratamos com alguns problemas filosóficos sugeridos pela mecânica quântica não-relativista. Nossa abordagem é formal, no sentido de que privilegiamos o estudo dos problemas em sistemas de lógica e teoria dos conjuntos convenientes, e que nossas sugestões para uma possível solução destes problemas deve ser buscada módulo uma determinada lógica. O tópico central unindo os capítulos consiste na alegada não-individualidade das partículas quânticas. Segundo alguns autores, as partículas com as quais trata a teoria não são indivíduos em nenhum sentido tradicional deste termo. Começamos esclarecendo o campo do debate, mostrando que de um ponto de vista ontológico, ou seja, da natureza das entidades com as quais a teoria está comprometida, temos o que se chama de subdeterminação da metafísica pela física: a teoria quântica por si só não nos fornece recursos para determinarmos se as partículas com as quais ela trata são indivíduos ou não indivíduos. Este é um tópico que deve ser decidido no campo da argumentação filosófica. Aqui, investigaremos como podemos dar um sentido rigoroso para a sugestão de que estas entidades são não-indivíduos introduzindo uma teoria de conjuntos que busca tratar com este tipo de entidades, a teoria de quase-conjuntos. No escopo desta teoria, não-indivíduos são representados como objetos para os quais a noção de identidade não se aplica com sentido. Nos capítulos seguintes apresentamos desenvolvimentos a partir deste ponto. Nossa primeira dificuldade consiste em se introduzir as noções de cardinalidade e contagem para não-indivíduos. Mostraremos como uma definição alternativa na teoria de quase-conjuntos pode ser apresentada com algumas das propriedades que se espera de uma definição de cardinal. Algumas objeções são estudadas e mostrarmos que não colocam obstáculos a este aspecto de nosso desenvolvimento. Assim, os conceitos de contagem, cardinalidade e individualidade podem ser mantidos separados. Na sequência argumentaremos que a própria noção de quantificação faz sentido quando tratamos de não-indivíduos, ou seja, podemos quantificar com sentido sobre entidades sem individualidade. Segundo alguns autores, a noção de quantificação, tão fundamental para o discurso ordinário, só faz sentido quando pressupomos que a identidade faz sentido para as entidades sobre as quais quantificamos. Argumentaremos que estas teses não se sustentam, e assim, que não constituem ameaça ao modo particular através do qual estamos compreendendo as partículas quânticas. Por fim apresentaremos um debate recente que busca estabelecer que as partículas quânticas devem obedecer ao Princípio de Identidade dos Indiscerníveis (PII), de modo que não podem ser não-indivíduos. Segundo este princípio, objetos diferindo numericamente possuem uma qualidade que os distingue. Não-indivíduos violam este princípio, eles são tais que podem de fato possuir todas as suas propriedades em comum sem serem numericamente o mesmo. Mostraremos que os argumentos apresentados em favor de PII em mecânica quântica dependem de que se aceite determinadas hipóteses metafísicas, no caso, que se aceite que relações podem ser utilizadas como estabelecendo discernibilidade qualitativa, algo que podemos rejeitar baseados em argumentos razoáveis. Concluímos o trabalho com um apêndice acerca de duas teorias clássicas da individualidade, a teoria de feixes e teoria do substrato, que são amplamente mencionadas no decorrer da tese mas que não são exploradas independentemente no corpo do texto.
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A tese da subdeterminação da metafísica pela física: em defesa de uma ontologia de não-indivíduosGradinar, Valéria January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:10:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
329926.pdf: 20333654 bytes, checksum: f2bc5403e5c7da5072945b6c757e790a (MD5)
Previous issue date: 2014 / A tese da subdeterminação da metafísica pela física se estabelece a partir da leitura da mecânica quântica não-relativística, relativamente aos pacotes metafísicos incompatíveis que a teoria permite (certamente, estende-se a outras teorias físicas, como as teorias quânticas de campos, que no entanto não serão tratadas aqui). Tanto uma ontologia de indivíduos como uma ontologia de não-indivíduos são admitidas pelo formalismo padrão, sem que a teoria decida por nenhum desses pacotes metafísicos. Isso significa que a opção de escolha acaba sendo de ordem metafísica, fomentando muito as discussões filosóficas no contexto da física quântica sobre a individualidade dos objetos quânticos. Um dos pontos cruciais desse debate é a discussão sobre conceitos, tais como identidade e indiscernibilidade, assim como sobre a validade do Princípio de Identidade dos Indiscerníveis, comumente usado como princípio auxiliar de uma das teorias de individuação (teoria de feixes de propriedades). Podemos dizer que há duas metodologias para abordar esse assunto: uma visão da metafísica tomada pelo seu sentido absoluto, que podemos designar por uma metafísica tradicional; e outra, relativa a alguma teoria, tomada em um sentido naturalizado. Pela visão de uma metafísica tradicional, a qual não leva em conta a ciência empírica para desenvolver a sua ontologia, as categorias ontológicas já estão definidas de antemão. Contrariamente, a visão chamada metafisica naturalizada constrói a sua ontologia, levando em conta as teorias científicas e, por isso, abre espaço para novas categorias ontológicas ainda não consideradas pela metafísica tradicional. A partir dessas duas perspectivas metodológicas, alguns posicionamentos configuram-se: (i) há defensores de uma ontologia de indivíduos, mesmo através de uma metodologia naturalizada; (ii) há aqueles que rejeitam ambos os pacotes metafísicos, adotando um realismo de estruturas; como também, (iii) há aqueles que não se pronunciam sobre a questão, dado que a teoria por si só não a decide. A posição que defenderemos neste trabalho, diferentemente dos posicionamentos anteriores, consiste em romper esse impasse em favor de uma ontologia de não-indivíduos, o que significa quebrar a subdeterminação. Após a discussão sobre a não-individualidade, focalizaremos a nossa argumentação em uma teoria de quase-conjuntos, a qual pode tratar de coleções de objetos que não são indivíduos, ou seja, objetos que não respeitam as leis tradicionais da identidade da lógica clássica. Defenderemos que esse tipo de teoria pode ser mais adequada para representar as entidades da mecânica quântica, quando esta é interpretada, adotando-se uma ontologia de não-indivíduos. Discutiremos também as lógicas subjacentes a esta teoria (lógicas não-reflexivas), bem como algumas das principais críticas feitas a essas lógicas. Acreditamos que a teoria de quase-conjuntos, exposta neste trabalho, apresenta mais vantagens aos propósitos de uma fundamentação mais rigorosa das entidades quânticas, vistas como não-indivíduos.<br> / Abstract : The thesis of the underdetermination of metaphysics by physics is established from a reading of non-relativistic quantum mechanics, relative to the incompatible metaphysical packages that the theory permits (certainly, it extends to other physical theories, such as quantum field theories, which, however, are not treated here). Both an ontology of individuals as well as an ontology of non-individuals are admitted by the standard formalism, without the theory being decided by either of these metaphysical packages. This means that the option of choice winds up being of a metaphysical nature, strongly supporting the philosophical discussions in the context of quantum physics about the individuality of quantic objects. One of the essential points of this debate is the discussion about concepts, such as identity and indiscernibility, as well as the validity of the Principle of Identity of Indiscernibles, which is commonly used as an auxiliary principle to one of the theories of individuation (bundle theory). We can say that there are two methodologies for addressing this subject: a vision of metaphysics understood in the absolute sense, which we can designate as traditional metaphysics, and another relative to some theory, understood in a naturalized sense. Through the vision of a traditional metaphysics, which does not consider empiric science to develop its ontology, the ontological categories are already defined beforehand. Contrary to this, the view called naturalized metaphysics constructs its ontology considering scientific theories, and for this reason opens space to new ontological categories that are still not considered by traditional metaphysics. Based on these two methodological perspectives, some positions are formed: (i) there are those who defend an ontology of individuals, even through a naturalized methodology; (ii) there are those who reject both the metaphysical packages, adopting a realism of structures; and (iii) there are those who do not address the issue, given that theory on its own does not decide. The position that we defend in this study, unlike the previous positions, consists in breaking this impasse in favor of an ontology of non-individuals, which means breaking the underdetermination. After a discussion about nonindividuality, we focus our argument on a quasi-set theory, which can involve collections of objects that are not individuals, that is, objects that do not respect the traditional laws of identity of classical logic. We defend that this type of theory can be more suitable for representing the entities of quantum mechanics, when this is interpreted, adopting an ontology of non-individuals. We also discuss the logics subjacent to this theory (non-reflexive logics), as well as some of the main criticisms made of these logics. We believe that quasi-set theory, presented in this study, has more advantages to the proposals of a more rigorous foundation of the quantic entities, seen as non-individual.
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