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Ser, objetividade, posição

Silva, Diogo Campos da January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-06-26T01:17:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 316526.pdf: 922732 bytes, checksum: 7c2d401eb3225ac83378dde42f9fca5f (MD5) / Nesta dissertação, consideramos a Crítica da Razão Pura de Kant desde interpretações que dela ofereceu-nos Heidegger a partir dos pressupostos de sua filosofia da História do Ser. Tratamos, sobretudo, de investigar como aquela obra do pensador de Königsberg pode ser pensada como reveladora e, ao mesmo tempo, encobridora de um acontecimento epocal do Ser. Para esse fim, duas obras de Heidegger (ambas publicadas em 1962) foram fundamentais para nossa investigação. Com o estudo da primeira, Que é uma coisa? - Doutrina de Kant dos Princípios Transcendentais, buscamos situar o pensamento da Crítica da Razão Pura no interior de um projeto-de-ser a que Heidegger nomeou matemático de modo a entender como as primeiras conquistas da filosofia transcendental são, por assim dizer, animadas pelas mesmas raízes ontológicas que possibilitaram o advento da ciência moderna. Segundo Heidegger, entre tais principais conquistas da Crítica está a fundamentação da transformação moderna da totalidade do ente em objeto para o conhecimento humano. O que objetividade diz sobre o ser do ente investigamos, seguindo as diretrizes de Heidegger, a partir de um estudo daqueles juízos sintéticos a priori que Kant chamou de princípios do entendimento puro. A segunda obra heideggeriana importante para esta dissertação é A Tese de Kant sobre o Ser e, com o seu estudo, desejamos expor o sentido que possui, segundo Heidegger, a afirmação kantiana de que o Ser é posição. Com o esclarecimento da "posição", o conjunto das determinações do ser do ente enquanto objetividade é posto em seu lugar de origem, em seu fundamento, ou seja, a estrutura lógico-sensível do sujeito puro.<br> / Abstract : On this thesis, we analyzed the Critique of pure reason, by Immanuel Kant, focusing on Martin Heidegger's interpretation of that on the assumptions to his philosophical History of Being. This thesis mainly consists in an investigation about how that book by the Königsberg's philosopher may be thought as revealing and, at the same time, as dissimulating of an epochal event of Being. For achieving such aim, our investigation primarily focuses on two books by Heidegger - both published in 1962. By analyzing the first one, What is a thing - Kant's Doctrine of Transcendental Principles, we had aimed to place the reflection of the Critique of pure reason in a project-of-being designed by Heidegger as mathematical. By that Heidegger meant the first achievements of transcendental philosophy were moved by the same ontological roots which made possible the beginning of modern science. According to Heidegger, the transformation of entity's modern totality foundation into an object to human knowledge is amongst the main achievements of the Critique. We investigated what objectivity says about the entity's being, by pursuing Heidegger's routes in his study on Kantian synthetic judgments a priori, named by Kant as principles of pure understanding. The second book by Heidegger focused on this dissertation was Kant's thesis about being. By analyzing that, we intended to explain, according to Heidegger, what Kant had meant with his assertion that Being is position. The determinations of entity's being as a whole are put into its place of origin, into its foundation, when we clarify what does 'position' means. That place of origin is the logicalsensitive structure of pure subject.
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Metafísica e discurso

Butturi Junior, Atílio January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Linguística. / Made available in DSpace on 2012-10-24T05:33:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 255210.pdf: 954622 bytes, checksum: 864cf8a2baed752f2299b26464dbc208 (MD5) / A presente dissertação tem como objetivo discutir as relações de incomensurabilidade entre a Análise do Discurso de Linha Francesa (AD) conforme elaboração de Michel Pêcheux e a teoria arqueológica do discurso de Michel Foucault. Seguindo alguns princípios genealógicos - não teleologia, não cumulatividade, interdiscursividade e o conseqüente entendimento da constituição das ciências humanas no interior de relações de saber-poder - a intenção é avaliar a implosão de práticas de análise marcadamente estruturalistas nos estudos discursivos da França a partir da crise de legitimação de uma Crítica/Teoria Geral fundada na grade de estudos marxistas de Althusser e a conseqüente tentativa de assimilação das concepções foucauldianas no empreendimento de redefinição desse campo de saber. Dessa perspectiva, o corpus de análise serão textos escritos por Foucault entre 1961 e 1977 e textos escritos por Pêcheux entre 1969 e 1978, que recobrem os períodos de ascensão da maquinaria lingüístico-marxiana na AD e sua primeira negação, de 1978. A fim de problematizar essa conversão do olhar supostamente realizada pela AD a partir da assunção da temática discursiva foucauldiana, o debate retoma então o projeto arqueogenealógico segundo a leitura diagramática elaborada por Deleuze, apontando finalmente, via Arqueologia do saber (1969), a descontinuidade entre o conceito científico (coordenada) lingüístico-marxiano elaborado pela AD e o conceito filosófico elaborado pela discussão foucauldiana do discurso como dispersão e raridade no mesmo período. A partir desse contraste, será possível estabelecer a hipótese de diferentes configurações para cada uma dos empreendimentos discursivos: por um lado, a AD como entendida por Pêcheux lançaria mão da radicalização da experiência moderna baseada no conceito forte de teoria althusseriano, enquanto a discussão acerca do discurso elaborada por Foucault não contemplaria nenhuma reapropriação crítica possível na relação entre linguagem, formas de subjetivação e objetividade - o que apontaria para concepções pós-modernas de incredulidade perante as metanarrativas.
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Leibniz, o individual e suas fissuras

Targa, Dante Carvalho January 2009 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-24T11:51:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 265338.pdf: 768542 bytes, checksum: d24871e87e06569da3942265387a14e5 (MD5) / Este trabalho aborda a filosofia pré-monádica de Gottfried Wilhelm Leibniz (1646,1716), isto é, o período de seu pensamento anterior à escrita da Monadologia, demarcado pelo Discurso de metafísica (1686) e pela subseqüente troca de correspondências com Antonie Arnauld (1686-1688). Enfocando especificamente o desenvolvimento da teoria leibniziana da substância, trata-se de apontar a perspectiva ontológica característica desta fase do pensamento do autor (aqui denominada como perspectiva individual), bem como os termos de sua superação em face da introdução da tese monadológica. Frente ao cenário filosófico do final do séc. XVII Leibniz encontra outro viés para pensar o conceito de substância. O aspecto da completude instaura a dimensão do indivíduo como fundamento indispensável à determinação real de um ser enquanto tal, introduzindo em sua noção a extrema variedade e particularidade das verdades contingentes. Em outras palavras, a plena determinação de uma substância se faz pela indissociável referência aos seus caracteres singulares e ao próprio mundo a partir do qual estes se originam. Num primeiro momento, entretanto, este passo se encontra como que impregnado de cartesianismo; condicionado à implícita associação entre a concepção metafísica da substância e a vigência de um eu, uma vez que o Discurso enfoca o contexto propriamente humano associando a individualidade substancial aos atributos relacionados à potencialidade reflexiva da alma racional. A perspectiva individual se refere, portanto, a um modo específico de apreensão do real que orienta e direciona a concepção leibniziana de indivíduo e, conseqüentemente, de substância. Ora, a implementação do domínio monádico, por outro lado, corresponde proporcionalmente à gradual dissociação entre a natureza metafísica da substância e a idéia de transparência das representações. Contextualizar e compreender os primeiros passos desta empreitada constitui o propósito final desta dissertação.
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Entre a política e a metafísica: filosofia política em Hannah Arendt e Eric Voegelin

Eccel, Daiane January 2014 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-09-22T04:01:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 334526.pdf: 1479027 bytes, checksum: 96c845eb35af869cc24044f291c440b9 (MD5) Previous issue date: 2014 / Esta tese parte do fato de que Hannah Arendt e Eric Voegelin tentam interpretar o fenômeno totalitário e o fazem de forma distinta. Arendt discorda do diagnóstico apontado por Voegelin que afirma que o totalitarismo tem suas origens a partir das seitas gnósticas. Essa discordância chama atenção para outros pontos críticos como é o caso da diferente concepção de política entre ambos: Eric Voegelin expõe sua preferência por teorias inauguradas por Platão e que seguem com o cristianismo, enquanto Arendt tenta encontrar um conceito puro de política que se perdeu na tradição. Por outro lado, há algumas semelhanças no trabalho dos dois autores, como é o caso da ideia de common sense, por exemplo. Todas essas temáticas serão tratadas nesta tese de doutorado cujo objetivo extrapola apenas a mera comparação entre os dois autores, mas também busca situá-los no quadro da filosofia política contemporânea.<br> / Abstract : Hannah Arendt and Eric Voegelin interpret differently the totalitarian phenomenon. Arendt disagrees with Voegelin about the nature of totalitarianism: he maintains the hypothesis that the totalitarianism is a kind of political religion and has their origins with the Gnostic sects. This discrepancy draws attention to the other aspects in Arendt's and Voegelin's framework, such as the different conception of politics among both autors: Eric Voegelin prefers the political philosophy of Plato and Arendt tries to find a pure concept of politics which was lost by tradition. In contrast, there are some similar characteristics among Arendt and Voegelin, like the idea about common sense, for example. All these issues will be problematized in this work, which goal goes beyond the simple comparison among Arendt and Voegelin, but tries to check the importance of the two thinkers in the contemporary political philosophy framework.
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Idéia e verdade

Guimarães, João Antônio Ferrer January 2003 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-21T05:44:36Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Este trabalho pretende reconstruir um ponto fundamental do sistema cartesiano em sua relação com a totalidade do sistema e com a concepção de uma ciência universal. A idéia, sua estrutura e suas características, constituem o ponto em questão que leva a compreensão do fundamento buscado. Clarifica-se primeiramente o conceito de natureza simples cujos conteúdos o pensamento deve dominar para ter acesso ao conhecimento e emitir juízos certos. A substância pensante é analisada a seguir, pois fundamenta metafisicamente a teoria das idéias, apresentando as estruturas do entendimento, dentre as quais a idéia surge como noção primeira. A análise da substância pensante, bem como a reflexão sobre a atividade do cogito, atributo primeiro do sujeito pensante produtor de sua autoconsciência, culmina com a clarificação do tema central do trabalho: a idéia como noção basilar na construção do conhecimento e, conseqüentemente, de toda ciência. Por fim, após o esclarecimento da natureza dos fundamentos metafísicos do conhecimento, discute-se o princípio de correspondência, fundamental para a compreensão cartesiana da verdade. De posse da noção cartesiana da verdade como correspondência e tendo a investigação da noção de idéia culminado com uma teoria do inatismo como fundamento do conhecimento verdadeiro, podemos afirmar que as bases da ciência universal são constituídas por idéias ou naturezas simples inatas que desde sempre se encontram presentes na constituição do sujeito do conhecimento.
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Sobre a importância da deliberação e da escolha na ética a Nicômaco

Fernandes, Elaine Carvalho [UNESP] January 2013 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:26:20Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2013Bitstream added on 2014-06-13T19:34:02Z : No. of bitstreams: 1 000736312.pdf: 1144121 bytes, checksum: e467ef65deee05c5c84f6619816523cb (MD5) / A finalidade do texto é explicar a importância da escolha deliberada e da deliberação para a Ética a Nicômaco de Aristóteles. Discutiremos o método usado na EN, a definição de bem supremo, a consequente necessidade da modificação das divisões da alma humana e de suas respectivas funções, a definição de virtude para, por fim, comprovarmos a tal importância. Ao final teremos que a felicidade, que é o bem do homem, reside na virtude da sua função própria. Tal função própria seria a atividade do princípio racional, e a felicidade, na virtude de tal atividade. Assim, a vida feliz seria ou a vida virtuosa ou a vida contemplativa. Restringiremos esta dissertação à análise da vida virtuosa. A vida virtuosa diz respeito às ações. Como Aristóteles não é alheio ao papel dos desejos, prazeres e dores nas ações humanas, estes deveriam, de algum modo, participar da razão. Por isto, o Estagirita propõe um novo modelo de divisão da alma humana de um modo que a parte irracional da alma responsável por eles seja capaz de ouvir a razão. Mas não a razão teórica, que parte de princípios universais e imutáveis e que não daria conta da grande variedade de circunstâncias que envolvem a ação humana, mas sim a razão prática. Esta última será responsável pela deliberação. A deliberação, que Aristóteles restringe ao “como e através de que” podemos atingir um fim posto pelo desejo em grande parte controla e decide a escolha deliberada e a posterior ação. Controla, pois, se a deliberação chegar a um ponto em que o agente moral não encontrar saída, ou a única saída é moralmente reprovável, ele cessa a deliberação, e o fim é vetado. A felicidade não pode ser deliberada, apenas desejada, mas ela só será atingida pelo agente virtuoso que possui a virtude moral e intelectual, voltadas ao justo meio em relação a nós. A virtude moral seria a excelência da disposição... / The purpose of the text is explaining the importance of deliberate choice and deliberation to Aristotle's Nicomachean Ethics. We will discuss the method used in the EN, the definition of the supreme good, the consequent need of modification of the divisions human soul divisions and their functions, the definition of virtue to finally prove such importance. At the end we will have that happiness , which is the good of man, lies in the virtue of its proper function. Such a function itself would be the activity of the rational principle, and happiness, in virtue of such activity. Thus, the happy life would be or the virtuous life or the contemplative life. Confine this work to the analysis of the virtuous life. The virtuous life concerns actions. As Aristotle is no stranger to the role of desires, pleasures and pains in human action, these should somehow participate reason. Therefore, Stagirite proposes a new model of division of the human soul, in a way that the irrational part of the soul responsible for them to be able to listen to reason. But no theoretical reason, that comes from universal and immutable principles, and that would not account for the wide variety of circumstances involving human action, but practical reason. The last one will be responsible for the deliberation. The deliberation, which Aristotle restricts the how and through which we can reach an end by desire, largely controls and decides the deliberate choice and subsequent action. It controls, because, if the deliberation reaches a point where the moral agent does not find out, or the only way is morally reprehensible, it ceases the deliberation and the end is vetoed. Happiness can not be deliberated, only desired, but it will only be achieved by the virtuous agent, who possesses the moral virtue and intellectual virtue, aimed at fair way towards us. The moral virtue would be the provision of engineered excellence, and...
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Heidegger : história da metafísica e antropomorfismo

Santos, Marcel Albiero da Silva January 2016 (has links)
Orientador: Prof. Dr. André de Macedo Duarte / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa: Curitiba, 19/12/2016 / Inclui referências : f. 195-203 / Área de concentração: História da Filosofia / Resumo: Esta tese trata da relação entre diagnóstico histórico da metafísica e antropomorfismo na obra de Heidegger entre o final dos anos de 1920 e meados dos anos de 1940. Inicialmente seguiremos o fio condutor do diagnóstico filosófico heideggeriano da história da metafísica em Sein und Zeit. Nessa obra Heidegger caracteriza a metafísica como história da preponderância da ontologia da Vorhandenheit, a qual possui fundamentos existenciais. Em seguida, pretendemos compreender como, nos anos de 1930, conceitos como sujeito e representação (Vorstellung), que anteriormente tinham uma acepção apenas negativa, alcançam uma concretude histórica positiva com o advento do projeto de uma história do ser (Seinsgeschichte). Nesse contexto, a metafísica moderna só pode ser entendida como época da representação porque Heidegger não pensa mais a história existencialmente. Por fim, discutiremos o significado da virada (Kehre) na obra de Heidegger, bem como a concepção de história do ser. O decisivo nessa concepção é a experiência do ser como recusa (Verweigerung). Apenas a partir dessa compreensão Heidegger pode conceber como a metafísica na época de sua consumação (Vollendung) se torna uma antropomorfia (Antropomorphie). Essa problemática é central porque prepara o desenvolvimento de duas outras problemáticas que ocuparão Heidegger nas décadas seguintes: a questão da técnica e a questão da linguagem. Palavras-chave: 1. Heidegger; 2. metafísica; 3. história do ser; 4. Kehre; 5. antropomorfismo / Abstract: This thesis is about the relationship between the historical diagnosis of metaphysics and anthropomorphism in Heidegger's work between the late 1920s and the early 1940s. We will initially follow the Heideggerian philosophical diagnosis of the history of metaphysics in Sein und Zeit. In this work, Heidegger characterizes metaphysics as a history of the preponderance of the ontology of Vorhandenheit, which has existential foundations. Next, we intend to understand how in the 1930s concepts such as subject and representation (Vorstellung), which previously had only a negative meaning, achieve a positive historical concreteness with the advent of the project of a history of being (Seinsgeschichte). In this context, modern metaphysics can only be understood as an era of representation because Heidegger no longer thinks about history existentially. Finally, we will discuss the meaning of the turn (Kehre) in Heidegger's work as well as the conception of the history of being. The decisive factor in this conception is the experience of being as a refusal (Verweigerung). Only from this understanding on can Heidegger conceive how metaphysics in its consummation (Vollendung) becomes an anthropomorphism. This is a central issue because it prepares the development of two other problems that will occupy Heidegger in the following decades: the question of technique and the question of language. Keywords: 1. Heidegger; 2. metaphysics; 3. history of being; 4. Kehre; 5. anthropomorphism.
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Tempo e diferença : sobre o estatuto da Finitude em Sartre

Prates, Marcelo January 2016 (has links)
Orientador: Prof. Dr. Luiz Damon S. Moutinho / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa: Curitiba, 08/07/2016 / Inclui referências : f. 325-329 / Área de concentração: História da Filosofia Moderna e Comtemporânea / Resumo: O objetivo desta pesquisa é investigar o estatuto da finitude em Sartre. Tal investigação se faz necessária devido à variação das caracterizações e modos de tratamento que ela sofre na obra do filósofo, sempre manifestada nos esforços de resolver uma das antinomias básicas do seu pensamento, a saber, o dualismo entre a liberdade e a alienação. Esse dualismo que tem por fundo o dualismo metafísico do ser e do fundamento impossibilita uma tomada da finitude do finito, dificultando a imagem desta na filosofia de Sartre. Em O Ser e o nada a finitude é compreendida como nada de fundamento; nos Cadernos para uma moral como desejo e reconhecimento do fracasso da paixão que assola o para-si; na Crítica da razão dialética como práxis; e nas ultimas entrevistas (Situações IX e X) e nas biografias Baudelaire, Saint Genet, Mallarmé, sobretudo em O idiota da família, pela noção de vivência. Esses tratamentos diferenciados se devem à ambiguidade tocante à noção própria de liberdade, qual seja, sua relação com a alienação, problema insistente na filosofia de Sartre sempre a corroer a positividade da finitude, uma vez que denotam um estado de perda ou dissimulação da mesma por conta de alguma forma de alienação. Todavia, ela se mostra por um lado, intrínseca ao ato mesmo de liberdade, por outro como insuperável na situação, onde toda transgressão pelo projeto tende a findar sempre numa nova forma de alienação pela irrealização ontológica do mesmo, tornando-a insuperável de modo a comprometer de forma geral a própria finitude. Nossa hipótese é que essas dissonâncias da finitude na filosofia de Sartre deveria nos levar não tanto às modificações que ela sofre, mas à consideração do seu peso positivo e o esforço de Sartre para tanto, de modo que gradualmente em sua filosofia ela se sobreporia a tal ambiguidade. Isso só será possível quando em seu pensamento a historicidade própria do indivíduo ganhar relevância, superando todo abstracionismo quer seja da liberdade, quer seja da alienação, com a consideração da totalidade temporal do existente e das diferenciações que ela sofre não como finitude, mas como processo de finição. Tal processo será consolidado pela condição de constituição e personalização na medida em que passa a se sobrepor em seu pensamento não a consciência mas o indivíduo na totalidade de sua vida. Esses processos possibilitarão a tomada do indivíduo na constituição de uma identidade estilística como a forma própria de assumir a alienação, um modo singular de ultrapassa-la, para além do fato da existência, isto é, com o sobrepeso histórico da liberdade sobre o ontológico, cuja singularidade do indivíduo expressa o modo próprio da finitude como diferença. Diferença denotada por uma qualidade singular, veremos uma sobreposição da estética com relação a moral e a assunção da dramaticidade pela filosofia como forma de elucidação da finitude do finito. Por fim, expressando uma inversão na filosofia de Sartre, veremos que na totalidade de sua obra figura a liberdade como sua qualidade própria, melodia frequente sob ritmos variantes, diferença e tempo de sua finitude. Palavras-chave: Metafísica, Ontologia, Dialética, Psicanálise Existencial, Finitude. / Abstract: This research aims to investigate the state of finitude in Sartre. Such research is necessary because it undergoes variation of the characterizations and different modes of treatment in the philosopher's oeuvre; it is always revealed in the efforts to solve one of the basic antinomies of his thought, namely, the dualism between freedom and alienation. This dualism that is based on the metaphysical dualism of the being and the foundation makes impossible to consider the finitude of the finite, hindering its image in Sartre's philosophy. In Being and Nothingness the finitude is understood as nothing of substance; in Notebooks for an Ethics as desire and recognition of the failure of passion that devastates the for-itself; in the Critique of Dialectical Reason as praxis; and in his last interviews (Situations IX and X) and in the biographies Baudelaire, Saint Genet, Mallarme, especially in The Family Idiot, by the concept of experience. These different treatments are due to the ambiguity regarding the very notion of freedom which is its relation to the alienation, a persistent problem in Sartre's philosophy that always destroys the positivity of finitude, since they reflect a state of loss or dissimulation of finitude itself because of some kind of alienation. However, it shows itself on the one hand, intrinsic to the act of freedom, on the other as insuperable in the situation where every transgression by the project tends to always end in a new form of alienation by the ontological irrealization of it, making it unsurpassed in such a way it can generally compromise the finitude itself. Our hypothesis is that these dissonances of finitude in the philosophy of Sartre should take us not so much to the changes it undergoes, but to the consideration of its positive weight and Sartre's effort to do so, so that gradually in his philosophy it would overlap to such ambiguity. This will be only possible when in his thought the individual's own historicity gains relevance, surpassing all abstractionism whether of freedom or of the alienation, with consideration of temporal totality of the existing and of differentiations that it goes through not as finitude, but as a finition process. This process will be consolidated by the condition of constitution and personalization as it starts overlapping in his thinking not the consciousness but the individual in his/her life totality. These processes will enable to consider the individual in the constitution of a stylistic identity as the own way to assume the alienation, a singular way of exceeding it and surpasses it, beyond the fact of existence, that is, with the historical overweight of freedom on the ontologic, which the individual's singularity expresses the finitude mode as difference. Difference denoted by a singular quality, we will see an aesthetic overlap in relation to the moral and assumption of dramatization by philosophy as a way of clarifying the finitude of the finite. Finally, expressing a reversal in Sartre's philosophy, we will see that in his oeuvre it is portrayed freedom as his own quality, frequent melody in variable rhythms, difference and time of his finitude. Keywords: Metaphysics, Ontology, Dialectics, Existential Psychoanalysis, Finitude.
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A Centralidade da vida em Nietzsche e Agamben frente a metafísica ocidental e a biopolítica contemporânea

Bazzanella, Sandro Luiz 25 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T14:36:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 287230.pdf: 3470359 bytes, checksum: 07f24e9982cc72ea26464f7ed63db884 (MD5) / Esta tese é resultante do esforço de pesquisa teórico-bibliográfica em torno da questão da centralidade da vida no pensamento de Nietzsche e Agamben, a partir de seus posicionamentos frente à metafísica ocidental e as demandas biopoliticas que implicam sobre as formas-de-vida-que-vem. Nietzsche e Agamben questionam a estrutura metafísica que constitui o arcabouço cultural ocidental demonstrando que desde os instantes iniciais do Ocidente o que está em jogo é a apreensão, o controle, a disciplinarização, a normalização e a e normatização moral, política e jurídica sobre as possibilidades potenciais em que a vida se move. O niilismo denunciado e anunciado por Nietzsche se apresenta como superação do homem civilizado, domesticado, violentado pelo império dos meios em seu apequenamento vital, reduzido à mera condição biológica, de um corpo que não se concebe mais como grande razão, portador de uma grande saúde vital, potencializador da vida humana a tornar-se o que ela é em meio à multiplicidade de outras tantas forças vitais em jogo. Para Agamben, o humano ao se estabelecer na ruptura entre physis e phone, ao incluir a vida animal na polis por meio do desenvolvimento da linguagem, posiciona a vida numa zona de indeterminação, possibilitando à ação soberana a legitimação de seu poder, que se estabelece em constante estado exceção ao dispor da vida, ao produzir vida nua. Vida nua que já não é mais a vida animal, mas também não é a vida humana qualificada, mas sim uma vida matável e sacrificável de acordo com os interesses políticos, econômicos em jogo em determinado contexto. Para Agamben, a biopolítica esta na origem da estrutura metafísica e cultural ocidental e seu ápice paradigmático na contemporaneidade se materializou nos campos de concentração. Nietzsche e Agamben, salvaguardadas as diferenças temporais e conceituais, questionam corajosamente as formas-de-vida que se apresentaram no decorrer a dinâmica civilizatória e, que nos conduziram às formas-de-vida presentes na contemporaneidade. Nietzsche ao conceber a vida como vontade de poder, pretende superar a repressão das forças moralizantes que menosprezam e mantém a vida humana em sua condição massificada e mediocrizante presente em seu tempo. Agamben propõem a compreensão de como a potência do pensamento pode paralisar a máquina antropológica ocidental de produção de vida nua, de aprisionamento, uso e consumo da vida pela racionalidade político-administrativa estatal. Para os dois pensadores o que esta em jogo na contemporaneidade é o fato de não abdicarmos da potência da vida em sua dimensão trágica e como obra de arte. / This thesis is a result of the effort of theoretical research and literature around the question of the centrality of life in Nietzsche and Agamben's thought from their positions ahead of Western metaphysics and the demands on the biopolitical that involving about life-forms to come it. Nietzsche, Agamben question the structure metaphysical that constitutes the backbone of Western culture, showing that since its initial instants of the West in which this game is the seizure, control, disciplining, and normalization moral, political and legal on the potential possibilities in that Life moves itself. Nihilism was reported and announced by Nietzsche, presents itself as an overcome man's civilized, domesticated, raped in the middle of empire in belittling his life reduced to mere biological conditions of a body that is not conceived more as a big reason, carrying a large vital health, a potentiator of human being's life to become who it is in the midst of multiplicity of so many other vital forces in play. For Agamben the human to be established in a split between physis and phone, to include animal life in the polis through the development of language stands in an area of life indetermination allowing the legitimation of their sovereign power that acts in a constant state exception, have of life, producing bare life. Bare life that is no longer animal life but human life is not qualified, but a matavele life and expendable according to the political, economic stake in a given context. For Agamben, biopolitics is at the origin of Western cultural and metaphysical structure and its apex in the contemporary paradigm is materialized in concentration camps. Nietzsche, Agamben, subject to the temporary differences and conceptual question boldly life forms that were presented during the dynamics of civilization and that led us to the contemporary forms of life. Nietzsche to conceive the life as will to power that intends to overcome the repressive forces that despise moralizing and maintain human life in its present condition mass and mediocre in his time. Agamben to propose an understanding it gives as the power of thought propose the halting of the machine anthropological western production of bare life, of life imprisonment and rape by rationality political-administrative state. For both thinkers in who this game nowadays is that we must abandon not the power of life in its tragic dimension and as a work of art.
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[en] THE INDIVIDUATION AS AESTHETIC PHENOMENON: ART, BODY AND LANGUAGE IN THE YOUNG NIETZSCHE / [pt] A INDIVIDUAÇÃO COMO FENÔMENO ESTÉTICO: ARTE, CORPO E LINGUAGEM NO JOVEM NIETZSCHE

ANDRE LUIZ BENTES FERREIRA DA CRUZ 18 May 2010 (has links)
[pt] O presente estudo tem como foco o pensamento de juventude de Nietzsche, bem como o contexto em que se insere. Nosso objetivo geral consiste em apontar os pontos fundamentais para a compreensão de O nascimento da tragédia, sua primeira obra publicada, bem como as influências filosóficas que giram em torno desse período, na Alemanha. O objetivo específico consiste em compreender como sua teoria da arte pôde ser apresentada por intermédio de uma tradução de estados fisiológicos, a ponto dos próprios indivíduos serem considerados as atualizações desses estados. Ao priorizar o uso de figuras de deuses para tornar seus pensamentos intuíveis, ao invés de ater-se à elaboração de conceitos, Nietzsche faz uso de um método alegórico de análise das características fisiológicas que giram em torno da criação artística, que culmina no que mais tarde ele veio a chamar de metafísica de artista, que tendemos a examinar como um uso da linguagem que enaltece as perspectivas, na medida em que a metáfora é colocada ao lado da metafísica. / [en] This study focuses on Nietzsche`s thinking of youth and the context in which it is inserted. Our general aim consists in indicating the fundamental points to The birth of tragedy`s comprehension, his very first published work, as well as the philosophical influences of that time in Germany. The specific aim consists in understanding how his theory could be presented through a translation of the physiological states, on the threshold of being considered, the individuals themselves, the updating of these states. By giving priority to the gods figures usage so as to become his thoughts intuitible, in stead of abiding by elaborations of concepts, Nietzsche utilizes an allegoric method to analyze the physiological characteristics which go around the artistic creation, by culminating in what he would call later the artist metaphysics that we are prone to examine as a language usage to enhance the perspectives in the sense that metaphor and metaphysics are put together.

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