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Influência de fatores genéticos relacionados às metaloproteinases da matriz extracelular sobre a susceptibilidade à hipertrofia cardíaca em hipertensos / Influence of extracellular matrix metalloproteinases genetic factors over cardiac hypertrophy susceptibility in hypertensive patients

Lacchini, Riccardo 02 March 2011 (has links)
Orientador: José Eduardo Tanus dos Santos / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-17T09:43:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Lacchini_Riccardo_D.pdf: 22512390 bytes, checksum: 7470f8034f9078b089b846087b2a9dcf (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: A hipertensão é uma doença muito comum, e está associada à alta morbidade e mortalidade cardiovascular. Em relação às doenças associadas à hipertensão, se observam diferenças étnicas, sendo que negros são expostos a maior risco cardiovascular que os brancos. A manutenção de níveis pressóricos elevados leva a alterações teciduais em vasos e no coração em um processo chamado remodelamento cardiovascular. No coração este processo leva à hipertrofia cardíaca. Esta condição causa progressiva perda na eficiência de contração do coração, e em casos avançados pode levar à morte dos pacientes. O remodelamento cardíaco envolve a participação de metaloproteinases de matriz extracelular (MMPs), principalmente a MMP-2 e MMP-9. Diversos polimorfismos genéticos foram associados com alterações na expressão e/ou atividade destas enzimas, e é possível que diferenças nas distribuições dos polimorfismos ajudem a explicar as diferenças étnicas quanto à morbidade e mortalidade cardiovascular. Os principais polimorfismos da MMP-9 e MMP-2 são: um polimorfismo de base única (SNP) (C-1562T) e um microssatélite (-90 CA (14-24)) no promotor, e um SNP no exon 6 (A855G - Q279R) da MMP-9, e dois SNPs (C-1306T e C-735T) no promotor da MMP-2. Como estes polimorfismos também foram associados com diversas doenças, o propósito deste estudo foi avaliar se polimorfismos da MMP-9 e MMP-2 estão associados à hipertensão, a alterações ecocardiográficas em hipertensos e se diferem entre populações de brancos e de negros. Em nosso estudo avaliamos 173 hipertensos submetidos a eco cardiografia e 137 indivíduos normotensos, pareados para idade gênero e raça. Avaliamos também 140 indivíduos brancos e 177 indivíduos negros recrutados aleatoriamente. Nossos resultados mostraram uma associação do alelo H e do genótipo HH do microssatélite -90 CA(14-24) com hipertensão (P= 0,0058 e P=0,0085, respectivamente), e os portadores destes alelos apresentaram maior risco a estadoença, quando comparados com o alelo L (odds ratio, ou razão de chances (OR) =1,581) e genótipo LL (OR=2,32). Haplótipos da MMP-9 foram capazes de exercer efeitos protetores (H3, P=0,049) e deletérios (H7; P=0,0015) sobre o diâmetro diastólico final e protetores (H3, P=0,0367) e deletérios (H7; P=0,0057) sobre o índice de massa do ventrículo esquerdo. Não encontramos associações dos polimorfismos da MMP-2 com hipertensão, porém os haplótipos H1 e H3 mostraram efeitos protetores sobre diâmetro diastólico final e índice de massa do ventrículo esquerdo (H1; P=0,0290 e P=0,0318, respectivamente) e deletérios sobre e índice de massa do ventrículo esquerdo (H3; P=0,0187). Nós encontramos diferenças grandes nas distribuições dos polimorfismos estudados entre brancos e negros. O alelo H e genótipo HH do microssatélite -90 CA (14-24) é mais frequente em negros (P<0.05), o que poderia explicar em parte a maior incidência de hipertensão nestes indivíduos. Além disto, diversos haplótipos da MMP-9 e genótipos da MMP-2, cujos efeitos foram demonstrados sobre a hipertrofia cardíaca (incluindo os haplótipos H3 e H7 da MMP-9 e genótipo CC do C-1306T da MMP-2) tiveram frequências significativamente diferentes (P<0.05) entre brancos e negros, o que também ajuda a explicar diferenças étnicas observadas quanto à morbidade e mortalidade cardiovascular entre estes dois grupos / Abstract: Hypertension is a very common disease and is associated with high cardiovascular morbidity and mortality. There are inter-ethnic differences regarding the risk to hypertension-related diseases, as black subjects are at higher cardiovascular risk than whites. The maintenance of high blood pressure levels trigger a process called cardiovascular remodeling, which causes several histological and functional changes in arteries and in myocardium. The myocardium remodeling usually causes cardiac hypertrophy. This condition leads to progressive loss in efficiency of heart pumping, and in advanced stages, it may result in death. Cardiac remodeling involves matrix metalloproteinases (MMPs) actions, and MMP-2 and MMP-9 are the most important. Several genetic polymorphisms were associated with differences in enzyme expression or activity and it is possible that differences in distribution of these polymorphisms may help to explain the observed interethnic differences in cardiovascular risk observed between blacks and whites. The main polymorphisms of MMP-9 and MMP-2 are: a single nucleotide polymorphism (SNP) (C-1562T) and a microsatellite (-90 CA (14-24)) in promoter and a SNP in exon 6 (A855G - Q279R) on MMP-9 gene, and two SNPs (C-1306T e C-735T) at MMP-2 promoter. As these polymorphisms were already associated with several diseases, the purpose of this study was to evaluate whether polymorphisms of MMP-9 and MMP-2 are associated with hypertension, with echocardiographic alterations and if they are different between blacks and whites. This study included 173 hypertensive patients which were submitted to echocardiography and 137 age, race and gender matched healthy volunteers. Besides that, we also included 140 white subjects and 177 black subjects for the ethnic study. Our results shown an association of the H allele and HH genotype of - 90 CA (14-24) microsatellite with hypertension (P= 0.0058 and P=0.0085, respectively),, and that carriers of these allele (odds ratio (OR) =1.581) and genotype (OR=2,32) may be at higher risk to hypertension. MMP-9 haplotypes exerted protective (H3; P=0.0490) or detrimental (H7; P=0.0015) effects on enddiastolic diameter and protective (H3; P=0.0367) or detrimental (H7; P=0.0057) effects on left ventricular mass index (LVMI). Although we didn't observe an association of MMP-2 polymorphisms with hypertension, we have found that H1 and H3 may have protective effects on end-diastolic diameter and LVMI (H1; P=0.0290 and P=0.0318, respectively) and detrimental effects on LVMI (H3; P=0.0187). We have found that the studied polymorphisms differed significantly in their distributions between white and black groups. The H allele and HH genotype of the -90 CA (14-24) was more common in blacks(P<0.05) which could help to explain why this group have higher risk to hypertension. Besides that, several MMP-9 haplotypes and MMP-2 genotypes differed significantly (P<0.05) in their frequencies between blacks and whites, including some that shown effects on heart hypertrophy (H3 and H7 of MMP-9 and CC genotype of C-1306T of MMP-2). This may also help to explain ethnic differences in cardiovascular morbidity and mortality between these groups / Doutorado / Farmacologia / Doutor em Farmacologia
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Participação do CD40L solúvel e da metaloproteinase de matriz -9 na resposta imune na leishmaniose visceral humana / The role of soluble CD40 ligand and matrix metalloproteinase-9 in immune response of human visceral leishmaniasis

Oliveira, Fabrícia Alvisi de 25 February 2016 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / In the present study, the sera levels of soluble CD40 ligand (sCD40L) and matrix metalloproteinase-9 (MMP-9) were quantified by Luminex assay in Visceral leishmaniasis patients before and during treatment follow-up and after regular antimony treatment and also in individuals exposed to infection, living in endemic areas. Different from the other molecules present in sera from classic VL patients, sCD40L and MMP-9 are fairly increased, and increase over time during the follow-up of VL patients undergoing antimony treatment. sCD40L and MMP-9 sera levels were also high in individuals living in endemic settings at high risk of infection (endemic controls). On the other hand, sCD40L and MMP-9 were not observed in sera from non-endemic controls, which are not exposed of infection. Additionally, negative correlations were found between spleen sizes and MMP-9 before treatment and sCD40L at day 15 of treatment. Negative correlations were also found between parasite load with both sCD40L and MMP-9. These findings indicate that both molecules can be used in monitoring therapeutic efficacy in VL. Furthermore, these data suggest a protective effect of these molecules, since the individuals exposed to infection without the symptoms of disease have high sera levels of sCD40L and MMP-9. These data were published in BMC Infectious diseases journal [1]. To confirm the protective effect of sCD40L present in sera of VL patients and determine if this molecule had biological activity, the ability of sera from patients containing high levels of this molecule sCD40L to control infection in vitro in Leishmania infantum infected macrophages, and the ability to induce cytokines production. Thereby, macrophages from of healthy donor were infected with Leishmnia infantum, and later incubated in presence of sera from individuals exposed to infection in presence of anti-CD40L. The infection was evaluated by counting of the number of infected macrophages/100 and the number of intracellular amastigotes/100 macrophages. The data showed that serum sCD40L decrease the number of infected macrophages and the number of intracellular amastigotes. The blockage of sCD40L activity with specific antibody, increase the infection. Moreover, the analysis of cytokines in supernatant of these macrophage cultures by Luminex assay demonstrated that sCD40L induces the IL-12, IL-23, IL-27, IL-15 e IL-1 production. The levels of these cytokines is inversely correlated with infection rate and the number of intracellular parasites from infected macrophages. A second manuscript with these data were published in PLOS One [2] . These results demonstrated that serum sCD40L from individuals exposed to VL improve the microbicide effect and the inflammatory cytokine production, suggesting its potential use in VL immunotherapy. Nevertheless, there is still a long way to be approached in future experimental and clinical studies. / No presente estudo, os níveis séricos dos marcadores inflamatórios CD40 ligante solúvel (sCD40L) e da metaloproteinase de matrix-9 (MMP-9) foram quantificados por Luminex nos pacientes com leishmaniose visceral antes, durante e após o tratamento com antimonial, e em indivíduos controles expostos à infecção, residindo em áreas endêmicas. Ao contrário das outras moléculas inflamatórias presentes nos soros de pacientes com LV, as moléculas sCD40L e MMP-9 apresentaram elevação moderada, havendo um aumento significativo de ambas no decorrer do tratamento com antimonial. Níveis séricos elevados de sCD40L e MMP-9 também foram encontrados nos indivíduos controles sem doença, provenientes de áreas endêmicas e expostos a infecção. Entretanto, o sCD40L e a MMP-9 não foram detectados nos soros de indivíduos de áreas não endêmicas, os quais não estão expostos a infecção. Adicionalmente, correlações negativas entre o tamanho do baço com a MMP-9 antes do tratamento e com o sCD40L 15 dias após o início do tratamento foram observadas, bem como correlações negativas entre ambas as moléculas com a carga parasitaria dos pacientes. Estes resultados indicam que estas moléculas podem ser utilizadas no monitoramento da eficácia terapêutica na leishmaniose visceral. Além disso, estes dados nos sugerem um efeito protetor dessas moléculas contra a doença, desde que os indivíduos expostos e sem a doença apresentaram concentrações elevadas dessas moléculas. Estes dados foram publicados no BMC Infectious diseases [1]. Para confirmar o efeito protetor do sCD40L e investigar se a molécula presente nos soros dos pacientes com LV tinha atividade biológica, foi avaliado se o sCD40L presente no soro dos indivíduos infectados teria ação na resposta leishmanicida e na produção de citocinas por macrófagos infectados por Leishmania infantum. Dessa forma, macrófagos de doadores normais foram infectados com L. infantum e posteriormente incubados com soro de indivíduos expostos a infecção na presença de anti-CD40L. A avaliação da infecção através da contagem de células infectadas e do número de parasitas intracelulares demonstrou que a presença do sCD40L sérico diminui o número de macrófagos infectados e o número de amastigotas intracelulares. O bloqueio da atividade do sCD40L com anticorpo específico reverteu este efeito, aumentando a infecção. Além disso, a análise de citocinas no sobrenadante das culturas de macrófagos por Luminex mostrou que a adição de sCD40L induziu a produção de IL-12, IL- 23, IL-27, IL-15 e IL-1. As concentrações destas citocinas correlacionaram-se inversamente com as taxas de infecção e com o número de parasitas intracelulares nos macrófagos infectados. Um segundo artigo com estes resultados foi publicado na PLOS One [2]. Estes resultados demonstram que o sCD40L sérico dos indivíduos expostos à LV melhora a capacidade microbicida e a produção de citocinas inflamatórias, sugerindo seu potencial uso na imunoterapia na LV humana, embora este seja um longo caminho a ser abordado em estudos futuros experimentais e clínicos.
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Analise comparativa da remodelação da matriz, angiogenese e neoformaçao ossea durante o reparo de defeito critico tratado com osso autogeno ou xenoenxerto desmineralizado / Compared analysis of the matrix remodeling, angiogenesis and new bone formation during the repair of critical size defects treated with autogenous boen or demineralized xenograft

Oliveira, Rodrigo Cardoso de 17 November 2005 (has links)
Orientador: José Mauro Granjeiro / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-09T02:30:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Oliveira_RodrigoCardosode_D.pdf: 3052048 bytes, checksum: f37f738c374af69b889b7672904eddfc (MD5) Previous issue date: 2005 / Resumo: O objetivo do trabalho foi avaliar comparativamente a neoformação óssea e o perfil de gelatinases 2 e 9 durante o reparo de defeito crítico em crânio de ratos tratados com osso autógeno ou xenoenxerto desmineralizado. Um defeito ósseo de tamanho crítico (8 mm) foi confeccionado no crânio de 90 ratos Wistar (90 dias de vida), e preenchido com osso autógeno (grupo controle) obtido durante a confecção do defeito ou com matriz óssea bovina desmineralizada (grupo teste). Após os períodos de 7, 14, 21, 30 e 90 dias, os animais foram eutanasiados e as peças coletadas para análises histomorfométrica (em hematoxilina e eosina) e zimográfica. A análise paramétrica foi realizada utilizando análise de variância (teste de Tukey se p<0,05). O completo fechamento do defeito no grupo controle foi observado aos 90 dias com a neoformação óssea ocorrendo das bordas do defeito para o centro e da dura-máter para epiderme. No grupo teste houve atraso no processo de reparo, ossificação incompleta e substituição das partículas do biomaterial por tecido conjuntivo fibroso, após 21 dias. Nos primeiros 14 dias após a cirurgia o infiltrado inflamatório predominante era composto de células mononucleares e poucas células gigantes multinucleadas. A análise zimográfica demonstrou que a atividade MMP-2 e -9 foram significativamente maiores no grupo teste que no grupo controle (p<0,05), sendo que a atividade MMP-2 manteve-se elevada até o período de 14 dias no grupo teste. A despeito da biocompatibilidade do xenoenxerto, o biomaterial não foi capaz de promover a neoformação óssea no defeito, possivelmente devido ao intenso estímulo da atividade gelatinolítica, em particular da MMP-2, que pode ter mediado a reabsorção prematura da matriz óssea bovina desmineralizada / Abstract: The purpose of this study was to evaluate comparatively new bone formation and the profile of the gelatinases 2 and 9 during the repair of critical size defects treated with autogenous bone or demineralized xenograft. A critical defect (8mm) was created in the skull of 90 Wistar rats (90-day-old) and treated with autogenous bone (control group) obtained during the confection of the defect or demineralized bovine bone (experimental group). After at 7, 14, 21, 30 and 90 days, the animals were killed and the calvaria removed for morphometric (stained by hematoxylin-eosin) and zymografic analysis. Parametric analysis was realized with analysis of variance (Tuckey¿s test if p<0.05). The control group showed complete closure of the defects at 90 days with new bone formation occurring from the sides towards the center of the defect and from the dura-mater outwards to the epidermis. In the experimental group, there was a delay in the process of repair, incomplete ossification and nearly complete substitution of material particles by fibrotic connective tissue after 21 days. At 14 days post-operatively, the inflammatory infiltrate consisted predominantly of mononuclear cells and few multinuclear giants cells. Zymografic analysis demonstrated that the activities of MMP-2 and -9 were significantly higher in the experimental group than in the control group (p<0.05), in addition the activity of MMP-2 was increased up to 14 days in control group . Despite the biocompatibity of the xenograft, the biomaterial was not capable to promote new bone formation in the defect. This might be possibly related to the intense stimulation of the gelanolitic activity, in particular of MMP-2, which in turn may have mediated the resorption of the demineralized bovine bone / Doutorado / Bioquimica / Doutor em Biologia Funcional e Molecular
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Associação entre lesões de cárie dentária e defeitos do desenvolvimento do esmalte com o índice de massa corporal e com polimorfismos nos genes que codificam as metaloproteinases 8, 13 e 20, em crianças de Manaus - AM / Association between dental caries lesions and developmental enamel defects with body mass index and with polymorphisms in genes encoding metalloproteinases 8, 13 and 20 in children from Manaus - AM

Vasconcelos, Kátia Regina Felizardo 24 August 2018 (has links)
O objetivo do presente estudo foi avaliar a associação entre lesões de cárie dentária e defeitos do desenvolvimento do esmalte (DDEs) com o índice de massa corporal e com polimorfismos nos genes que codificam as metaloproteinases 8, 13 e 20, em uma população de crianças amazônicas. A amostra foi constituída de 221 crianças, com idade entre 9 e 12 anos, de ambos os gêneros, matriculadas em quatro escolas públicas da cidade de Manaus - Amazonas. Durante o exame clínico foram obtidos os índices CPO-D e/ou ceo-d, dados referentes aos DDEs e dados antropométricos (peso e altura). Os responsáveis responderam a um questionário sobre hábitos de higiene bucal e dieta. Amostras de saliva foram coletadas como fonte de DNA genômico e, por meio do método Taqman, por PCR em tempo real, realizou-se a genotipagem das regiões rs17099443 e rs3765620 no gene que codifica a MMP8; rs478927 e rs2252070 no gene que codifica a MMP13; e rs1784418 no gene que codifica a MMP20. Os dados foram submetidos à análise estatística empregando os testes de Shapiro-Wilk, ANOVA, Tukey, Qui-quadrado, Exato de Fisher e a razão de chance, com nível de significância de 5%. De acordo com os resultados obtidos verificou-se que, nas crianças com baixo peso, a média de lesões de cárie dental foi 1,00 (DMP 1,00), nas eutróficas a média de lesões de cárie dental foi de 1,57 (DMP 2,00), nas com sobrepeso, a média foi de 1,44 (DMP 1,86) e nas crianças obesas foi de 3,12 (DMP 2,63). Crianças obesas apresentaram mais lesões de cárie que as crianças eutróficas e com sobrepeso (p<0,05). Nos genes que codificam MMP8, MMP13 e MMP20 os alelos polimórficos foram observados em maior frequência nos indivíduos com experiência de cárie, com associação significativa apenas para o polimorfismo rs478927 no gene que codifica a MMP13 (p=0,043). Com relação aos DDE, os alelos polimórficos foram observados em maior frequência nos genes que codificam MMP8, MMP13 e MMP20, com associação significativa apenas para o polimorfismo rs478927 no gene que codifica a MMP13 (p=0,005). Para o gene que codifica MMP13, houve diferença significativa na distribuição dos genótipos entre os grupos controle e DDE (p=0,017). Com base nos parâmetros analisados e nos resultados obtidos, foi possível concluir que, em crianças de Manaus-AM, as lesões de cárie estiveram associadas com obesidade, e que houve associação entre o polimorfismo genético (rs478927) no gene que codifica a MMP13 com presença de lesões de cárie e DDEs / The objective of the present study was to evaluate the association between dental caries lesions and developmental enamel defects (DED) with body mass index and polymorphisms in gene encoding matrix metalloproteinases 8, 13 and 20 in a population of Amazonian children. The sample consisted of 221 children, aged between 9 and 12 years, of both genders, regularly enrolled in four public schools in the city of Manaus, Amazonas State, Brazil. During the clinical examination, the researchers recorded DMFT and/or dmft indexes, DED data and anthropometric data (weight and height). Parents/caregivers answered a questionnaire about children´s oral hygiene habits and diet. Saliva samples were collected as a source of genomic DNA and, using TaqMan real-time PCR, genotyping was performed of regions rs17099443 and rs3765620 in the gene encoding MMP8; rs478927 and rs2252070 in the gene encoding MMP13; and rs1784418 in the gene encoding MMP20. Data were submitted to statistical analysis using the Shapiro-Wilk, ANOVA, Tukey, Qui-quadrado, Exato de Fisher and odds ratio tests, with a significance level of 5%. According to the results, it was found that, in children with low weight, the mean number of dental caries lesions was 1.00 (SD 1.00); in the eutrophic children the mean was 1.57 (SD 2.00); in the overweight children, the mean was 1.44 (SD 1.86) and in obese children the mean was 3.12 (SD 2.63). Obese children had more dental caries lesions than eutrophic and overweight children (p<0.05). In the genes encoding MMP8, MMP13 and MMP20, the polymorphic alleles were observed more frequently in individuals with caries experience, with a significant association only for rs478927 polymorphism in the gene encoding MMP13 (p=0.043). With respect to DED, the polymorphic alleles were observed more frequently in the genes encoding MMP8, MMP13 and MMP20, with a significant association only for the rs478927 polymorphism in the gene encoding MMP13 (p=0.005). There was a significant difference in the distribution of genotypes between the control and DED groups (p = 0.017) for the gene encoding MMP13. Based on the analyzed parameters and the obtained results, it was possible to conclude that in children from Manaus-AM, caries lesions are associated with obesity, and that there was an association between gene polymorphism (rs478927) in the gene encoding MMP13 with presence of caries lesions and DED
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Análise da expressão plasmática e tecidual das metaloproteinases de matriz 2 e 9 e do inibidor tecidual de metaloproteinase-2 em pacientes com adenomas hipofisários e sua correlação com comportamento tumoral invasivo / Analysis of plasma and tissue expression of matrix metalloproteinases 2 and 9 and the tissue inhibitor of metalloproteinase type 2 in patients with pituitary adenomas and their correlation with invasive tumor behavior

Freire, Ane Caroline Thé Bonifácio 02 February 2018 (has links)
Os tumores hipofisários mesmo sendo, em sua maioria, benignos, podem apresentar comportamento invasivo, com extensão para seio cavernoso, seio esfenoidal e clivo. As metaloproteinases de matriz tipo 2 (MMP-2) e 9 (MMP-9) e o inibidor tecidual de metaloproteinases-2 (TIMP-2) têm sido estudados em relação ao comportamento invasivo desses tumores, em especial quanto à invasão do seio cavernoso. Esse estudo teve como objetivo avaliar a expressão proteica das MMP-2, MMP-9 e do TIMP-2 nos tumores hipofisários e sua relação com invasão do seio cavernoso e, de maneira inédita, investigar a expressão dessas proteínas em nível plasmático. Adicionalmente, foram avaliadas a expressão dos RNAs mensageiros (RNAm) das MMP-2 e TIMP-2 com intuito de correlacioná-las com a expressão proteica no tecido tumoral, bem como a expressão do marcador de proliferação Ki67. Foram selecionados 77 casos, todos com amostras de tumor emblocado em parafina para análise imuno-histoquímica (IHQ). Destes, foram coletadas amostras de tumor fresco em 29 pacientes e de sangue periférico pré-operatório em outros 29 casos. A expressão proteica plasmática foi detectada de forma semi-quantitativa utilizando um arranjo de anticorpos em membrana comercial. A expressão dos RNAm das MMP-2 e TIMP-2 foi avaliada por reação em cadeia da polimerase quantitativo (qPCR) em tempo real. Do total de casos, 20 pacientes apresentavam tumores com invasão para o seio cavernoso. A expressão proteica tumoral das MMP-2, MMP-9 e TIMP-2 apresentou-se aumentada no grupo invasivo, contudo esta diferença não foi estatisticamente significante em relação ao grupo não- invasivo. A expressão plasmática das MMP-9 e TIMP-2 também não mostrou diferença entre os dois grupos e não se correlacionou com a expressão tumoral. A expressão plasmática da MMP-2 não foi detectada em nenhum caso. Quanto à expressão do RNAm das MMP-2 e TIMP-2, também não houve diferença significante entre os grupos e nem correlação com a expressão proteica tecidual ou plasmática. Foi observada uma diferença significante na dimensão tumoral [3.6 (2.5-5.2) x 2.0 (1.3-2.7); P < 0.001] e no índice do Ki67 [1.05 (0.27-25) x 0.5 (0.2-1.0); P < 0.001] entre os grupos invasivo e não-invasivo respectivamente. Em conclusão, em nossa coorte, não foi encontrada relação entre a expressão tecidual e plasmática das MMP-2, MMP-9 e TIMP-2 e a invasão para o seio cavernoso nos adenomas hipofisários / Pituitary tumors, although mostly benign, may present invasive behavior, with extension to the cavernous sinus, sphenoid sinus and clivus. Type 2 (MMP-2) and type 9 (MMP-9) matrix metalloproteinases and the metalloproteinase tissue inhibitor type 2 (TIMP-2) have been studied in relation to the invasive behavior of these tumors, especially regarding invasion of the cavernous sinus. The aim of this study was to evaluate the protein expression of MMP-2, MMP-9 and TIMP-2 in pituitary tumors and its relation with invasion of the cavernous sinus and, in an unprecedented way, to investigate the expression of these proteins at the plasma level. Additionally, expression of MMP-2 and TIMP-2 messenger RNAs (mRNAs) was evaluated in order to correlate with protein expression in tumor tissue, as well as Ki67 proliferation marker expression. A total of 77 cases were selected, all of them with paraffin embedded tumor samples for immunohistochemical analysis (IHC). Of these, fresh tumor samples were collected in 29 patients and preoperative peripheral blood in another 29 cases. Protein plasma expression was detected semi-quantitatively using a commercial membrane antibody array. Expression of MMP-2 and TIMP-2 mRNAs was evaluated by quantitative realtime polymerase chain reaction (qPCR). Of the total cases, 20 patients presented tumors invasive to the cavernous sinus. Tumor protein expression of MMP-2, MMP-9 and TIMP-2 was increased in the invasive group, not reaching, however, statistically significant difference as compared with the non-invasive group. Plasma expression of MMP-9 and TIMP-2 also did not differ between the two groups and did not correlate with tumor expression. Plasma expression of MMP-2 was not detected in any case. Concerning MMP-2 and TIMP-2 mRNA expression, there was also no significant difference between groups and no correlation with tissue or plasma protein expression was observed. A significant difference was observed in tumor size [3.6 (2.5-5.2) x 2.0 (1.3-2.7); P < 0.001] and in the Ki67 index [1.05 (0.27-25) x 0.5 (0.2-1.0); P < 0.001] between the invasive and non-invasive groups respectively. In conclusion, in our cohort, no relationship was found between the tissue and plasma expression of MMP-2, MMP-9 and TIMP-2 and the invasion of the cavernous sinus in pituitary adenomas
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Análise da expressão plasmática e tecidual das metaloproteinases de matriz 2 e 9 e do inibidor tecidual de metaloproteinase-2 em pacientes com adenomas hipofisários e sua correlação com comportamento tumoral invasivo / Analysis of plasma and tissue expression of matrix metalloproteinases 2 and 9 and the tissue inhibitor of metalloproteinase type 2 in patients with pituitary adenomas and their correlation with invasive tumor behavior

Ane Caroline Thé Bonifácio Freire 02 February 2018 (has links)
Os tumores hipofisários mesmo sendo, em sua maioria, benignos, podem apresentar comportamento invasivo, com extensão para seio cavernoso, seio esfenoidal e clivo. As metaloproteinases de matriz tipo 2 (MMP-2) e 9 (MMP-9) e o inibidor tecidual de metaloproteinases-2 (TIMP-2) têm sido estudados em relação ao comportamento invasivo desses tumores, em especial quanto à invasão do seio cavernoso. Esse estudo teve como objetivo avaliar a expressão proteica das MMP-2, MMP-9 e do TIMP-2 nos tumores hipofisários e sua relação com invasão do seio cavernoso e, de maneira inédita, investigar a expressão dessas proteínas em nível plasmático. Adicionalmente, foram avaliadas a expressão dos RNAs mensageiros (RNAm) das MMP-2 e TIMP-2 com intuito de correlacioná-las com a expressão proteica no tecido tumoral, bem como a expressão do marcador de proliferação Ki67. Foram selecionados 77 casos, todos com amostras de tumor emblocado em parafina para análise imuno-histoquímica (IHQ). Destes, foram coletadas amostras de tumor fresco em 29 pacientes e de sangue periférico pré-operatório em outros 29 casos. A expressão proteica plasmática foi detectada de forma semi-quantitativa utilizando um arranjo de anticorpos em membrana comercial. A expressão dos RNAm das MMP-2 e TIMP-2 foi avaliada por reação em cadeia da polimerase quantitativo (qPCR) em tempo real. Do total de casos, 20 pacientes apresentavam tumores com invasão para o seio cavernoso. A expressão proteica tumoral das MMP-2, MMP-9 e TIMP-2 apresentou-se aumentada no grupo invasivo, contudo esta diferença não foi estatisticamente significante em relação ao grupo não- invasivo. A expressão plasmática das MMP-9 e TIMP-2 também não mostrou diferença entre os dois grupos e não se correlacionou com a expressão tumoral. A expressão plasmática da MMP-2 não foi detectada em nenhum caso. Quanto à expressão do RNAm das MMP-2 e TIMP-2, também não houve diferença significante entre os grupos e nem correlação com a expressão proteica tecidual ou plasmática. Foi observada uma diferença significante na dimensão tumoral [3.6 (2.5-5.2) x 2.0 (1.3-2.7); P < 0.001] e no índice do Ki67 [1.05 (0.27-25) x 0.5 (0.2-1.0); P < 0.001] entre os grupos invasivo e não-invasivo respectivamente. Em conclusão, em nossa coorte, não foi encontrada relação entre a expressão tecidual e plasmática das MMP-2, MMP-9 e TIMP-2 e a invasão para o seio cavernoso nos adenomas hipofisários / Pituitary tumors, although mostly benign, may present invasive behavior, with extension to the cavernous sinus, sphenoid sinus and clivus. Type 2 (MMP-2) and type 9 (MMP-9) matrix metalloproteinases and the metalloproteinase tissue inhibitor type 2 (TIMP-2) have been studied in relation to the invasive behavior of these tumors, especially regarding invasion of the cavernous sinus. The aim of this study was to evaluate the protein expression of MMP-2, MMP-9 and TIMP-2 in pituitary tumors and its relation with invasion of the cavernous sinus and, in an unprecedented way, to investigate the expression of these proteins at the plasma level. Additionally, expression of MMP-2 and TIMP-2 messenger RNAs (mRNAs) was evaluated in order to correlate with protein expression in tumor tissue, as well as Ki67 proliferation marker expression. A total of 77 cases were selected, all of them with paraffin embedded tumor samples for immunohistochemical analysis (IHC). Of these, fresh tumor samples were collected in 29 patients and preoperative peripheral blood in another 29 cases. Protein plasma expression was detected semi-quantitatively using a commercial membrane antibody array. Expression of MMP-2 and TIMP-2 mRNAs was evaluated by quantitative realtime polymerase chain reaction (qPCR). Of the total cases, 20 patients presented tumors invasive to the cavernous sinus. Tumor protein expression of MMP-2, MMP-9 and TIMP-2 was increased in the invasive group, not reaching, however, statistically significant difference as compared with the non-invasive group. Plasma expression of MMP-9 and TIMP-2 also did not differ between the two groups and did not correlate with tumor expression. Plasma expression of MMP-2 was not detected in any case. Concerning MMP-2 and TIMP-2 mRNA expression, there was also no significant difference between groups and no correlation with tissue or plasma protein expression was observed. A significant difference was observed in tumor size [3.6 (2.5-5.2) x 2.0 (1.3-2.7); P < 0.001] and in the Ki67 index [1.05 (0.27-25) x 0.5 (0.2-1.0); P < 0.001] between the invasive and non-invasive groups respectively. In conclusion, in our cohort, no relationship was found between the tissue and plasma expression of MMP-2, MMP-9 and TIMP-2 and the invasion of the cavernous sinus in pituitary adenomas
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Avaliação imunoistoquímica da expressão das metaloproteinases de matriz 2 e 9 e CD31 em carcinomas espinocelulares de soalho bucal / Evaluation of matrix metalloproteinases 2 and 9 and CD31 immune staining in squamous cell carcinomas of the floor of the mouth

Amado, Flávio Monteiro 04 December 2007 (has links)
Avaliar a expressão das MMPs 2 e 9 e CD31 por meio de imunoistoquímica em carcinomas espoinocelulares de soalho bucal, e correlacionar os resultados com variáveis demográficas, estadiamento tumoral TNM, parâmetros microscópicos, como invasão perineural, embolização, grau de diferenciação tumoral, e sobrevida. Material e métodos: dados de prontuários de 41 pacientes foram coletados e o diagnóstico histopatológico foi revisado com lâminas recém preparadas. Seções de 5 m foram montadas em lâminas silanizadas e submetidas à imunomarcação pelo sistema streptoavidina-biotina utilizando os anticorpos anti MMP2, MMP 9 e CD31 humanos. A presença de imunomarcação das MMPs foi quantificada utilizando um retículo com 100 pontos em 20 campos de cada lâmina obtidos com objetiva de 40x. Os vasos foram identificados pela imunomarcação com anti-CD31 contando-se aqueles que apresentavam lumem e e tamanho menor do que 50m em cinco campos (objetiva de 20x) na área de maior vascularização das lesões. Para verificar a associação entre as variáveis numéricas e os marcadores, o teste não paramétrico U de Mann-Whitney foi utilizado e, em tabelas de contingência, o teste de freqüências do qui-quadrado foi aplicado. O teste exato de Fisher foi adotado quando pelo menos uma freqüência esperada foi menor do que 5 em tabelas 2X2. O Método de Kaplan-Meier foi utilizado para estimar as probabilidades de sobrevida global e o teste de logrank para comparar as curvas de sobrevida. O nível de significância de 5% foi adotado para todos os testes estatísticos. Resultados: houve correlação estatisticamente significante entre marcação para MMP 2 e metástase em linfonodo. Os fatores relacionados negativamente com a sobrevida foram estadiamento N, tipo histológico, invasão neural e marcação de MMP 9. Conclusão: a intensidade de imunomarcação de MMP 2 e MMP9 pode ser indicativa de metástase em linfonodo e menor probabilidade de sobrevida, respectivamente. / Compare the expression of MMPs 2 and 9 and CD31 by the use of immune histochemistry, in squamous cell carcinomas of the floor of the mouth, and obtain the relationship between those markers and demographic aspects, TNM stage, nerve invasion, blood vessel intravasation, degree of tumor differentiation and survival rates. Material and methods: data from 41 patients were reviewed. Tissue sections with 5 m were mounted in silanized glasses, and submmited to immune staining by the streptoavidin-biotin method, using the anti MMP2, MMP 9 and CD31 human antibodies. The presence of staining was quantified in a 100 points grade in 20 fields of each lesion, with a 40X magnification. Blood vessels smaller than 50m that were identified with the CD31 were counted in 5 fields of the hot spot area of the tumor. To verify the association between immune staining and numerical variables, the non parametric Mann-Whitney U test was used, and the chi-square test was verified. The exact Fisher test was adopted when at least one of the expected frequencies in 2X2 tables was less than 5. The Kaplan-Meier method was used to estimate the probabilities of global survival, and the log-rank test was used to compare the survival curves. Results: there was statistically significant association between MMP 2 immune staining and regional metastasis. The variables associated with poor survival rates were N stage, histological grade, nerve invasion and immune staining for MMP 9. Conclusion: the grade of immune staining can be an indicative of node metastasis and poor survival rate, respectively.
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Avaliação fenotípica e funcional dos eosinófilos da dermatite atópica do adulto / Phenotypic and functional evaluation of eosinophils in atopic dermatitis of adults

Titz, Tiago de Oliveira 02 March 2015 (has links)
Introdução: A dermatite atópica (DA) é uma doença cutânea inflamatória de caráter crônico, recidivante, em que o prurido intenso e a xerose cutânea são frequentes. A etiopatogenia da DA é multifatorial, envolvendo fatores genéticos, ambientais e imunológicos. Eosinófilos são leucócitos polimorfonucleares multifuncionais que estão implicados na patogênese de diversos processos inflamatórios, incluindo a DA. Além da produção e secreção de diversas proteínas presentes nos grânulos citoplasmáticos, os eosinófilos também apresentam potencial para secretar metaloproteinases, enzimas proteolíticas que degradam vários componentes da matriz extracelular, e estão presentes em diversos processos fisiológicos e patológicos. Objetivo: Avaliar: 1) o perfil fenotípico dos eosinófilos na dermatite atópica do adulto, através da expressão das moléculas CCR3, CD23, CD38, CD69 e CD62L; 2) o perfil funcional, a partir da secreção de metaloproteinases, inibidores teciduais de metaloproteinases e RANTES por eosinófilos purificados. Métodos: Foram incluídos 41 adultos diagnosticados com DA, de acordo com os critérios de Hanifin & Rajka e 45 controles adultos sadios. A gravidade da doença foi mensurada através do escore de gravidade EASI (Eczema Area and Severity Index). Eosinófilos (LIN 1- CCR3+) do sangue periférico foram analisados para os marcadores CCR3, CD38, CD69, CD23 e CD62L através da citometria de fluxo (LSRFortessa, BD Biosciences) a análise foi realizada com o FlowJo 7.5.6 software. Eosinófilos purificados de indivíduos com DA e indivíduos controles foram estimulados com enterotoxina de Staphylococcus aureus B (SEB) e FSL-1 (agonista de receptores Toll-like 2 e 6), e os sobrenadantes foram coletados para dosagem de metaloproteinases (MMPs), inibidores teciduais de metaloproteinases 1 e 2 (TIMP-1 e TIMP-2) e RANTES por ELISA e por Cytometric bead array. Resultados: Indivíduos com DA apresentaram maior frequência de eosinófilos (LIN1- CCR3+), relacionada à gravidade da doença. Observou-se também, que a frequência de CD62L (L-selectina) e de CD23 (receptor de baixa afinidade para IgE) em eosinófilos (LIN1- CCR3+) diminui em pacientes com DA. Os receptores de ativação precoce (CD69) e tardio (CD38) não mostraram diferença estatística entre os grupos analisados. Os níveis séricos de MMPs e de TIMPs foram similares entre os controles e pacientes. Ao analisarmos a secreção de MMPs e de (TIMPs), a partir de eosinófilos purificados de pacientes com dermatite atópica, observamos diminuição dos níveis basais de TIMP-1 e TIMP-2 e de RANTES. Conclusões: Na DA do adulto, o perfil fenotípico e funcional dos eosinófilos mostrou: perfil de ativação da fase aguda, com expressão aumentada de CCR3; potencial de migração elevado, em decorrência da diminuição da expressão de CD62L; falhas no processo de ativação dos eosinófilos via CD23, bem como, no remodelamento tecidual mediado por TIMP-1 e TIMP-2 e na quimotaxia mediada por RANTES / Introduction: Atopic dermatitis (AD) is an inflammatory, chronic and recurrent skin disease characterized by intense pruritus and xerosis. AD has a complex etiopathogenesis, which involves the influence of genetics, environment, and immunological disorders, among others. Eosinophils are multifunctional polymorphonuclear leukocytes that contribute to the pathogenesis of several inflammatory processes, such as AD. In addition to the production and secretion of diverse proteins of the cytoplasmic granules, eosinophils have also the potential to secrete metalloproteinases (MMPs), proteolytic enzymes with a primary role for degrading several extracellular matrix components, present in distinct physiological and pathological processes. Objective: To evaluate:1) the phenotypic profile of eosinophils in adults with atopic dermatitis through the expression of CCR3, CD23, CD38, CD69 and CD62L molecules; 2) the functional profile through secretion of MMPs, tissue inhibitors of metalloproteinases 1 and 2 ( TIMP-1 and TIMP-2) and RANTES by purified eosinophils. Methods: This work enrolled 41 patients with AD, diagnosed according to Hanifin & Rajka\'s criteria) and 45 healthy controls. Severity of the disease was established utilizing EASI (Eczema Area and Severity Index). Eosinophils (Lineage cocktail 1- CCR3+) from peripheral blood were analyzed for CCR3, CD38, CD69, CD23 and CD62L by flow cytometry (LSRFortessa, BD Biosciences), and analysis was performed using the FlowJo 7.5.6 software. Purified eosinophils were stimulated with Staphylococcus aureus enterotoxin B (SEB) FSL-1 (Toll-like receptor 2/6 agonist), and supernatants were collected for MMPs, TIMPs and RANTES secretion, evaluated by ELISA and cytometric bead array (CBA). Results: Patients with AD have a higher frequency of eosinophils (LIN1- CCR3+), related to disease severity. Moreover, the frequency of CD62L (L-selectin) and CD23 (low-affinity receptor for IgE) in (LIN1- CCR3+) eosinophils was reduced in individuals with AD. CD69 and CD38 (early and late activation receptors) did not show significant difference in the studied groups. Serum levels of MMPs and of TIMP-1 and TIMP-2 were similar in healthy controls and AD patients. When analyzing secretion of MMPs and TIMPs by purified eosinophils from AD individuals, we detected a decrease in baseline levels of TIMP-1, TIMP-2, and reduced RANTES-mediated chemotaxis. Conclusions: Eosinophils in AD exhibit an activation profile of acute phase, with enhanced CCR3 expression, high potential for migration due to reduced expression of CD62, defective activation mechanisms via CD23, altered tissue remodeling process mediated by TIMP-1 and TIMP-2 and reduced RANTES-mediated chemotaxis
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Avaliação dos níveis plasmáticos e urinários do fator de crescimento do endotélio vascular e dos níveis urinários das metaloproteinases 2 e 9 em pacientes com hemangioma infantil antes e durante o tratamento com betabloqueador sistêmico e tópico / Evaluation of plasma and urinary levels of endothelial growth factor and urinary levels of matrix metalloproteinases 2 and 9 in infantile hemangioma patients before and during systemic and topical ß-blocker treatment

Anita Rotter 27 November 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: Fatores angiogênicos têm sido estudados em relação ao seu papel na patogênese do hemangioma da infância (HI). Durante o tratamento com betabloqueador, os pacientes com HI são acompanhados por exame físico e comparações por fotografia e ultrassonografia. Além disso, a dosagem sanguínea e urinária do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) e a dosagem urinária das metaloproteinases 2 e 9 (MMP-2 e 9) podem ser ferramentas não invasivas para o acompanhamento evolutivo e terapêutico do HI. OBJETIVOS: Estudar os níveis de VEGF plasmático e urinário e MMP- 2 e MMP-9 urinárias em pacientes com HI, com o objetivo de avaliar sua possível relação na angiogênese do HI. MÉTODOS: foram incluídos 68 pacientes com hemangioma infantil e 25 controles, pareados por idade e sexo. Foi instituído tratamento sistêmico com propranolol em 45 crianças e tópico, com timolol, em 23. Os pacientes foram acompanhados por até 12 meses de tratamento com medidas de volume do HI pela ultrassonografia, dosagem plasmática e urinária de VEGF e dosagem urinária de MMP-2 e MMP-9 (ensaio Luminex). RESULTADOS: Os níveis de MMP-2 foram indetectáveis em mais de 50% das amostras. Antes do início do tratamento, não houve diferença dos níveis plasmáticos e urinários de VEGF e urinários de MMP-9 entre os grupos de pacientes com HI e controles. Não foi encontrada diferença significativa nos níveis plasmáticos e urinários dos biomarcadores de acordo com a fase de crescimento do hemangioma (crianças com 12 meses ou menos, em relação às maiores que 12 meses de idade). Não houve correlação entre o tamanho do HI e os níveis dos biomarcadores. Obteve-se correlação positiva significativa entre os níveis urinários de VEGF e MMP-9. No grupo tratado com propranolol, observou-se diminuição significativa do volume do HI com o tratamento, o que não foi verificado no grupo tratado com timolol. A variação dos valores dos biomarcadores obtidas antes, até seis meses e de sete a doze meses de tratamento, mostrou redução significativa de VEGF plasmático e MMP-9 urinária nas crianças tratadas com propranolol. Não foi observada variação significativa dos níveis dos biomarcadores durante o tratamento com timolol. CONCLUSÕES: os níveis plasmáticos e urinários de VEGF e os níveis urinários de MMP-9 não se mostraram bons marcadores de angiogênese aumentada nos pacientes com HI, nem tampouco refletiram o aumento da angiogênese característica da fase proliferativa do HI. No acompanhamento terapêutico dos HIs tratados com propranolol, a medida dos níveis dos biomarcadores mostrou diminuição significativa de VEGF plasmático e MMP-9 urinária, o que não foi observado com o timolol. A redução do volume do HI associada à diminuição dos biomarcadores nos pacientes tratados com propranolol sugeriu que o mecanismo de ação do betabloqueador nos HIs seja também por inibição da angiogênese. Desse modo, as dosagens de VEGF plasmático e MMP-9 urinária podem ser úteis para monitorar a efetividade do tratamento / INTRODUCTION: Angiogenic factors have been studied in regard to their role in the pathogenesis of infantile hemangioma (IH). During ß-blocker treatment, patients were monitored through physical examination and comparisons by photography and ultrasonography. In addition, plasma and urinary levels of vascular endothelial growth factor (VEGF) and urinary levels of matrix metalloproteinases 2 and 9 (MMP-2 and MMP-9) can be non-invasive tools to monitor the evolution of IH and its therapeutic follow-up. OBJECTIVES: To study plasma and urinary levels of VEGF and urinary levels of MMP-2 and MMP-9 in patients with IH, in order to evaluate their potential relation to the IH angiogenesis. METHODS: 68 IH patients and 25 controls were included, matched by age and gender. Systemic treatment with propranolol was administered to 45 patients, while topical timolol was administered to 23 patients. Patients were monitored for up to 12 months of treatment with measurements of IH volume through ultrasonography, plasma and urinary levels of VEGF and urinary levels of MMP-2 and MMP-9 (Luminex assays). RESULTS: MMP-2 levels were not detectable in over 50% of the samples. Before treatment, there was no difference in plasma and urinary levels of VEGF and urinary levels of MMP-9 between IH patients and control group. There was no significant difference in plasma and urinary levels for the biomarkers in accordance to the proliferative phase (12-month-old children or younger, in relation to children over 12 months of age). There was no correlation between IH size and biomarkers levels. There was a significant correlation between urinary levels of VEGF and MMP-9. In the propranolol group, a significant reduction of the IH volume with treatment was observed; this was not observed in the group treated with timolol. The variation of the biomarkers values obtained before, up to six months and from seven to twelve months of treatment indicated significant decrease in plasma levels of VEGF and urinary levels of MMP-9 in children treated with propranolol. It was not observed a significant variation of the biomarkers levels during timolol treatment. CONCLUSIONS: Plasma and urinary levels of VEGF and urinary levels of MMP-9 were not good markers of increased angiogenesis in patients with IH, nor reflected the increase in angiogenesis characteristic of the proliferative phase of IH. During therapeutic monitoring of IH treated with propranolol, a significant decrease in plasma VEGF and urinary MMP-9 levels was observed. The reduction in volume associated to the decrease in biomarkers in patients treated with propranolol suggested that its mechanism of action in IH occurs also through the inhibition of the angiogenesis. Thus, measurements of plasma levels of VEGF and urinary levels of MMP-9 may be useful to monitor the effectiveness of treatment
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Avaliação dos níveis plasmáticos e urinários do fator de crescimento do endotélio vascular e dos níveis urinários das metaloproteinases 2 e 9 em pacientes com hemangioma infantil antes e durante o tratamento com betabloqueador sistêmico e tópico / Evaluation of plasma and urinary levels of endothelial growth factor and urinary levels of matrix metalloproteinases 2 and 9 in infantile hemangioma patients before and during systemic and topical ß-blocker treatment

Rotter, Anita 27 November 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: Fatores angiogênicos têm sido estudados em relação ao seu papel na patogênese do hemangioma da infância (HI). Durante o tratamento com betabloqueador, os pacientes com HI são acompanhados por exame físico e comparações por fotografia e ultrassonografia. Além disso, a dosagem sanguínea e urinária do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) e a dosagem urinária das metaloproteinases 2 e 9 (MMP-2 e 9) podem ser ferramentas não invasivas para o acompanhamento evolutivo e terapêutico do HI. OBJETIVOS: Estudar os níveis de VEGF plasmático e urinário e MMP- 2 e MMP-9 urinárias em pacientes com HI, com o objetivo de avaliar sua possível relação na angiogênese do HI. MÉTODOS: foram incluídos 68 pacientes com hemangioma infantil e 25 controles, pareados por idade e sexo. Foi instituído tratamento sistêmico com propranolol em 45 crianças e tópico, com timolol, em 23. Os pacientes foram acompanhados por até 12 meses de tratamento com medidas de volume do HI pela ultrassonografia, dosagem plasmática e urinária de VEGF e dosagem urinária de MMP-2 e MMP-9 (ensaio Luminex). RESULTADOS: Os níveis de MMP-2 foram indetectáveis em mais de 50% das amostras. Antes do início do tratamento, não houve diferença dos níveis plasmáticos e urinários de VEGF e urinários de MMP-9 entre os grupos de pacientes com HI e controles. Não foi encontrada diferença significativa nos níveis plasmáticos e urinários dos biomarcadores de acordo com a fase de crescimento do hemangioma (crianças com 12 meses ou menos, em relação às maiores que 12 meses de idade). Não houve correlação entre o tamanho do HI e os níveis dos biomarcadores. Obteve-se correlação positiva significativa entre os níveis urinários de VEGF e MMP-9. No grupo tratado com propranolol, observou-se diminuição significativa do volume do HI com o tratamento, o que não foi verificado no grupo tratado com timolol. A variação dos valores dos biomarcadores obtidas antes, até seis meses e de sete a doze meses de tratamento, mostrou redução significativa de VEGF plasmático e MMP-9 urinária nas crianças tratadas com propranolol. Não foi observada variação significativa dos níveis dos biomarcadores durante o tratamento com timolol. CONCLUSÕES: os níveis plasmáticos e urinários de VEGF e os níveis urinários de MMP-9 não se mostraram bons marcadores de angiogênese aumentada nos pacientes com HI, nem tampouco refletiram o aumento da angiogênese característica da fase proliferativa do HI. No acompanhamento terapêutico dos HIs tratados com propranolol, a medida dos níveis dos biomarcadores mostrou diminuição significativa de VEGF plasmático e MMP-9 urinária, o que não foi observado com o timolol. A redução do volume do HI associada à diminuição dos biomarcadores nos pacientes tratados com propranolol sugeriu que o mecanismo de ação do betabloqueador nos HIs seja também por inibição da angiogênese. Desse modo, as dosagens de VEGF plasmático e MMP-9 urinária podem ser úteis para monitorar a efetividade do tratamento / INTRODUCTION: Angiogenic factors have been studied in regard to their role in the pathogenesis of infantile hemangioma (IH). During ß-blocker treatment, patients were monitored through physical examination and comparisons by photography and ultrasonography. In addition, plasma and urinary levels of vascular endothelial growth factor (VEGF) and urinary levels of matrix metalloproteinases 2 and 9 (MMP-2 and MMP-9) can be non-invasive tools to monitor the evolution of IH and its therapeutic follow-up. OBJECTIVES: To study plasma and urinary levels of VEGF and urinary levels of MMP-2 and MMP-9 in patients with IH, in order to evaluate their potential relation to the IH angiogenesis. METHODS: 68 IH patients and 25 controls were included, matched by age and gender. Systemic treatment with propranolol was administered to 45 patients, while topical timolol was administered to 23 patients. Patients were monitored for up to 12 months of treatment with measurements of IH volume through ultrasonography, plasma and urinary levels of VEGF and urinary levels of MMP-2 and MMP-9 (Luminex assays). RESULTS: MMP-2 levels were not detectable in over 50% of the samples. Before treatment, there was no difference in plasma and urinary levels of VEGF and urinary levels of MMP-9 between IH patients and control group. There was no significant difference in plasma and urinary levels for the biomarkers in accordance to the proliferative phase (12-month-old children or younger, in relation to children over 12 months of age). There was no correlation between IH size and biomarkers levels. There was a significant correlation between urinary levels of VEGF and MMP-9. In the propranolol group, a significant reduction of the IH volume with treatment was observed; this was not observed in the group treated with timolol. The variation of the biomarkers values obtained before, up to six months and from seven to twelve months of treatment indicated significant decrease in plasma levels of VEGF and urinary levels of MMP-9 in children treated with propranolol. It was not observed a significant variation of the biomarkers levels during timolol treatment. CONCLUSIONS: Plasma and urinary levels of VEGF and urinary levels of MMP-9 were not good markers of increased angiogenesis in patients with IH, nor reflected the increase in angiogenesis characteristic of the proliferative phase of IH. During therapeutic monitoring of IH treated with propranolol, a significant decrease in plasma VEGF and urinary MMP-9 levels was observed. The reduction in volume associated to the decrease in biomarkers in patients treated with propranolol suggested that its mechanism of action in IH occurs also through the inhibition of the angiogenesis. Thus, measurements of plasma levels of VEGF and urinary levels of MMP-9 may be useful to monitor the effectiveness of treatment

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