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Ultraestrutura do aparelho reprodutor feminino e mecanismos de transmissão transovariana de endossimbiontes de Diaphorina citri Kuwayama, 1908 (Hemiptera: Psyllidae) / Ultrastructure of the female reproductive system and mechanisms of transovarial transmission of endosymbionts of Diaphorina citri Kuwayama, 1908 (Hemiptera: Psyllidae)Dossi, Fábio Cleisto Alda 30 January 2009 (has links)
Diaphorina citri Kuwayama, 1908 (Hemiptera: Psyllidae) tornou-se um psilídeo de grande importância para a citricultura paulista após a constatação da bactéria Candidatus Liberibacter sp., causadora do Huanglongbing (greening). Sabe-se que esse inseto abriga microrganismos endossimbiontes, os quais desempenham papel fundamental em sua ecologia nutricional, sendo transmitidos verticalmente à progênie. Dessa forma, propomos caracterizar a morfologia do aparelho reprodutor feminino durante o seu desenvolvimento para embasar a identificação do processo de migração dos simbiontes do bacterioma aos tecidos reprodutivos. D. citri possui ovário do tipo telotrófico, com ovaríolos organizados em bouquet e características gerais semelhantes às observadas para outros Sternorrhyncha. Os trofócitos parecem ser desprovidos de delimitação por membrana no ovaríolo desenvolvido. Um único oócito se desenvolve por ciclo no vitelário, o qual mantém-se em contato com a câmara trófica por um prolongamento citoplasmático, denominado cordão trófico. As informações morfo-estruturais do aparelho reprodutor de D. citri obtidas indicam similaridades importantes a de outros membros de Sternorryncha. Nesse contexto, a migração de simbiontes do bacterioma para os oócitos em maturação de D. citri, ocorre de modo semelhante ao descrito para aleirodídeos, caracterizandose pela migração de bacteriócito intacto. Este último, atravessa o epitélio de revestimento do oócito, formado por células foliculares, e invade o oócito, liberando as bactérias nele contidas. Entretanto, os simbiontes associados ao sincício do bacterioma, são liberados na hemocele através de uma pequena abertura formada no epitélio de revestimento dessa estrutura, invadindo o oócito por um mecanismo distinto. Os simbiontes contidos no oócito, formam um agrupamento de aspecto arredondado (= symbiont ball) na região posterior do oócito, próximo ao pedicelo. / Diaphorina citri Kuwayama, 1908 (Hemiptera: Psyllidae) became a serious problem to the citrus industry in São Paulo State once the Huanglongbing disease (greening), which is caused by the bacteria Candidatus Liberibacter sp., was detected. Psyllids are known to harbor endosymbiont microorganisms, which are vertically transmitted to the progeny and play a key role in the nutritional ecology of their hosts. Therefore, we aimed to characterize the morphology of the reproductive system during D. citri development as a tool for further investigation on the symbiont migration from the bacteriome to the reproductive tissues. D. citri has telotrophic ovaries with ovarioles organized in a bouquet, sharing all other characteristics with the remaining Sternorrhyncha. In developed ovarioles, trophocytes seems to lack any membrane delimitation. Only one oocyte develops at a time in the vitellarium, remaining in communication with the trophic chamber by a citoplasmatic brigde, named trophic cord. The morphostructural information reported in here on the D. citri reproductive system shows important similarities with other Sternorryncha. Symbionts associated to the bacteriome of D. citrus migrate to the ovaries and invade the oocytes during ovary maturation, as previously reported for aleyrodids. In this case, symbionts will move within the bacteriocyte as it detaches from the bacteriome and moves through the oocyte follicular epithelium, releasing the contained bacteria into the oocyte. However, symbionts associated to the bacteriome syncitium are relased into the hemocoel through small openings on the bacteriome epithelium, invading the oocyte by a different mechanism. All symbionts that invaded or were discharged into the oocyte aggregate into a balllike symbiont structure at the posterior pole close to the egg pedicel.
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Morfologia dos órgãos genitais masculinos do tucuxi amazônico (Sotalia fluviatilis) / Morphology of the male genital organs in amazonian tucuxi (Sotalia fluviatilis)Pereira, Simone Machado 30 May 2008 (has links)
Sotalia fluviatilis é o único Delphinidae que ocorre em água doce, sendo endêmico da região amazônica. É considerada pela IUCN como espécie insuficientemente conhecida (dados deficientes), estando incluída no Apêndice I da CITES como espécie ameaçada de extinção. Atualmente, vem sendo alvo de caça ilegal para utilização como isca na pesca de um bagre, conhecido como piracatinga. Sendo assim, toda medida para melhor compreensão da biologia desta espécie é de suma importância para assegurar medidas eficazes de conservação no futuro. Neste trabalho foi realizada a descrição morfológica dos órgãos genitais masculinos do tucuxi, através de analises de amostras provenientes dos acervos do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e do Instituto de Pesquisas da Amazônia. Estas foram analisadas através de técnicas macroscópicas, de microscopia óptica e de microscopia eletrônica de varredura. Os órgãos genitais masculinos do tucuxi são compreendidos por grandes testículos e epidídimos típicos, presos à cavidade abdominal pelo mesórquio. Os ductos deferentes são convolutos nas regiões proximais e retos nas suas poções distais, possuindo um pequeno útero masculino entre eles. A próstata é pequena e compacta, coberta pelo músculo compressor da próstata, e envolve toda a uretra pélvica. O pênis é fibroelástico, possuindo uma flexura sigmóide em espiral e a extremidade livre afilada. Os pilares do pênis estão inseridos em pequenos ossos pélvicos, sendo que associados à raiz do pênis estão os músculos isquiocavernoso, bulboesponjoso e retrator do pênis. Em geral, a estrutura macro e microscópica, a localização e a função destes órgãos é semelhante à outras espécies da Ordem Cetacea, com exceção de alguns detalhes. / Sotalia fluviatilis is endemic in Amazon region and the only Delphinidae living in freshwater. It is considered by IUCN as an insufficiently known specie (deficient data) and is included in CITES Appendices I as a threatened specie. Additionally, this species is currently hunted and used as bait for fishing practices of a catfish called piracatinga. Thus, all efforts directed toward understanding the biology of this animal are important and may help to implement future conservation strategies. In the present study, samples of males tucuxi\'s genital organs provided by Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá and Instituto de Pesquisas da Amazônia were analyzed by gross and microscopic techniques and by scanning electron microscopy. The male tucuxi\'s genital organs are represented by big testes and a typical epididymis that is adhered to the abdominal cavity wall by the mesorchium. The ductus deferens are convoluted in the proximal region and straight in the distal portion, and a small uterus masculinus is located between them. The prostata is small, compact, covered by the prostate compressor muscle, and totally involves the pelvic urethra. The penis is fibroelastic and characterized by a spiral sigmoid flexure that ends in a tapering cone. The crura are inserted on small pelvic bones, and the ischiocavernosus, bulbospongiosus and retractor penis muscles are associated to the base of the penis. In general, the structure, location and function of these organs are similar to other Cetacea species, except about some details.
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Evolução morfológica na radiação dos roedores sigmodontíneos : ecologia e história evolutivaMaestri, Renan January 2017 (has links)
Radiações evolutivas estão entre os eventos mais fascinantes da evolução. Grande parte da diversidade da vida, tanto de espécies como ecológica, surgiu nos breves intervalos temporais de rápida especiação que configuram as radiações. As causas ecológicas e não-ecológicas do surgimento da diversidade em radiações evolutivas, em especial nas radiações adaptativas, são tema de pesquisa há muito tempo, pelo menos desde que Darwin observou a imensa diversidade de um grupo de pássaros nas ilhas Galápagos. Desde então, as ilhas têm sido os ambientes ideais para o estudo desse fenômeno, e foi a partir das observações e experimentos em ilhas que toda a teoria ecológica das radiações evolutivas surgiu. Contudo, as causas ecológicas das radiações explosivas ocorridas em amplas escalas continentais permanecem tema de constante debate. Nesta tese, foram investigados os determinantes ecológicos e não-ecológicos (e.g., geografia, contingências históricas, efeitos filogenéticos) da evolução morfológica dos roedores sigmodontíneos durante sua radiação na região Neotropical, em especial no continente sul-americano. Para isso, foi quantificada a morfologia do crânio e mandíbula de mais de dois mil exemplares do grupo, e foram investigadas variações ecomorfológicas nos níveis interespecífico (I), intraespecífico (II), e entre assembleias de sigmodontíneos (III). Na Parte I da tese, foram investigadas duas predições da teoria da radiação adaptativa, a correlação-fenótipo ambiente (capítulo 1) e a funcionalidade do fenótipo através da força da mordida (capítulo 2), permitindo determinar o papel da divergência ecológica na evolução morfológica das espécies. Na Parte II (capítulo 3), foram investigadas as contribuições relativas de processos determinísticos e neutros sobre a variação morfológica entre populações de uma espécie de roedor sigmodontíneo amplamente distribuída, Akodon cursor. Na Parte III, a influência da variação ambiental e da distribuição espacial das linhagens filogenéticas de sigmodontíneos sobre o tamanho corporal (capítulo 4) e forma do crânio e mandíbula (capítulo 5), foram investigados no contexto biogeográfico da variação no tamanho e forma média entre assembleias de sigmodontíneos. As contribuições originais desta tese foram: (i) mostrar que a radiação evolutiva dos roedores sigmodontíneos foi guiada principalmente por fatores históricos e geográficos ao invés de fatores ecológicos; (ii) sugerir que radiações evolutivas ocorridas em escalas continentais, especialmente de roedores, têm um componente geográfico e histórico mais determinante do que o componente ecológico; (iii) revelar que a força da mordida varia pouco entre roedores sigmodontíneos herbívoros e granívoros, o que provavelmente é resultado do fenótipo generalista desses roedores; (iv) apontar que sigmodontíneos com dieta insetívora têm uma taxa de evolução mais rápida, e parecem estar evoluindo sua forma do crânio/mandíbula e sua força da mordida em uma direção diferente das demais espécies; (v) demonstrar que, dentro de uma espécie de sigmodontíneo (Akodon cursor), fluxo gênico e deriva genética explicam melhor a forma do crânio entre populações, enquanto a variação ambiental explica melhor o tamanho do crânio, indicando que o tamanho é uma característica mais lábil e mais sujeita a pressões ambientais do que a forma do crânio; (vi) mostrar que a variação biogeográfica, tanto do tamanho quanto da forma média do crânio/mandíbula entre assembleias de sigmodontíneos, está sob influência da distribuição diferencial das linhagens filogenéticas ao longo do espaço geográfico, bem como de variáveis ambientais; o que indica conservação filogenética de nicho à nível de metacomunidades. De modo geral, ao investigar as contribuições relativas dos componentes adaptativo e não-adaptativo da evolução morfológica, foram obtidas informações importantes para conhecer as causas da diversificação morfológica em Sigmodontinae, aumentando nosso conhecimento sobre as origens de toda a diversidade biológica. / Evolutionary radiations are among the most fascinating phenomena of evolution. Most of the biological diversity on the planet, both in terms of species and ecological diversity, appeared during these brief intervals of rapid speciation. The ecological and non-ecological causes of the emergence of diversity in evolutionary radiations, especially in adaptive radiations, have long been the subject of research, beginning with Darwin and his notice of the astonishing diversity of bird forms in the Galapagos Islands. Islands have since been ideal environments in which to study evolutionary and adaptive radiations, and indeed it was from observations and experiments on islands that all ecological theory of evolutionary radiations arose. However, the ecological causes of explosive radiations occurring on large continental scales are still a matter of debate. In this dissertation, I investigated the ecological and non-ecological (e.g., geography, historical contingencies, phylogenetic effects) determinants of morphological evolution in sigmodontine rodents during their radiation in the Neotropical region, particularly on the South-American continent. The skull and mandible morphology of more than two thousand specimens was quantified, and ecomorphological variation was investigated on three levels: interspecific (I), intraspecific (II), and among sigmodontine assemblages (III). In part I, two predictions from the ecological theory of adaptive radiation were investigated: the phenotype-environment correlation (chapter 1), and the trait utility through the bite force (chapter 2). This approach enabled determination of the role of ecological divergence in species morphological evolution. In part II (chapter 3), I investigated the relative contributions of deterministic and neutral processes to morphological variation among populations of one widely distributed sigmodontine species, Akodon cursor. In part III, I investigated the influence of environmental variation and spatial distribution of phylogenetic lineages on body size (chapter 4) and on shape of the skull and mandible (chapter 5), in the context of biogeographical variation of mean size and shape in sigmodontine assemblages. The original contributions of this dissertation are as follows: (i) to demonstrate that the evolutionary radiation of sigmodontines was driven mainly by historical and geographical factors instead of ecological factors; (ii) to suggest that evolutionary radiations on continental scales, especially rodent radiations, have a more determinant historical and geographical component than an ecological one; (iii) to show small variation in bite force between sigmodontine herbivores and granivores, which is likely a consequence of the generalist phenotype of these rodents; (iv) to highlight that insectivorous sigmodontines have a faster rate of morphological evolution than other diet groups, and that skull and mandible morphology and bite force are evolving in different directions than in other species; (v) to demonstrate that within a sigmodontine species (Akodon cursor), gene flow and genetic drift better explain variation in skull shape among populations, while environmental variation better explains variation in skull size, which suggests that size is more labile feature than shape and thus more prone to change with environmental pressures; and (vi) to show that biogeographical variation in mean body size, mean skull shape, and mean mandible shape across sigmodontine assemblages is influenced by the different distributions of phylogenetic lineages over geographical space, as well by environmental variables, which indicates phylogenetic niche conservatism at the metacommunity level. These results shed light on some of the factors driving morphological diversification in Sigmodontinae. Further, the analytical approach(es) utilized may be useful for general investigations of the relative contributions of adaptive and non-adaptive components of morphological evolution, thereby potentially increasing our knowledge of the origins of all biological diversity.
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Caracterização do aparelho bucal e comportamento alimentar de Diaphorina citri Kuwayama (Hemiptera: Psyllidae) em Citrus sinensis (L.) Osbeck / Caracterization of the mouth aparatus and feeding behavior of Diaphorina citri Kuwayama (Hemiptera: Psyllidae) on Citrus sinensis (L.) OsbeckJean Patrick Bonani 30 April 2009 (has links)
O psilídeo Diaphorina citri é vetor das bactérias Candidatus Liberibacter asiaticus e Ca. L. americanus, associadas ao Huanglongbing (HLB) dos citros. Apesar da grande importância desta doença no mundo, sabe-se pouco sobre a atividade alimentar deste vetor, o que seria fundamental para entender o processo de transmissão desses patógenos e aprimorar estratégias de manejo da doença. Assim, esta pesquisa teve por objetivos: a) examinar aspectos morfológicos do aparato bucal de D. citri; b) caracterizar o seu comportamento alimentar em mudas de laranja doce (Citrus sinensis) através da técnica de Electrical Penetration Graph (EPG)-sistema DC; e c) avaliar o efeito da idade de folhas cítricas na penetração estiletar deste inseto e na eficiência de aquisição de Ca. L. asiaticus. Adultos de D. citri apresentam um rostro que se projeta logo após o par de coxas protoráxicas. Verificou-se que na extremidade distal desta estrutura há quatro pares de sensilas em simetria bilateral. O rostro abriga um feixe de quatro estiletes (2 mandíbulas e 2 maxilas) com comprimento médio de 512 µm. Os estiletes maxilares se acoplam formando os canais alimentar e salivar com diâmetros de 0,90 µm e 0,47 µm, respectivamente; esses dois canais se fundem próximo à extremidade distal de uma das maxilas para formar um canal comum, que se estende por, aproximadamente, 4,1 µm. No estudo de EPG, as formas de onda foram descritas quanto à amplitude, frequência, nível de voltagem e origem elétrica, sendo correlacionadas com atividades estiletares baseando-se em análises histológicas da posição da extremidade distal da bainha salivar no tecido vegetal e semelhanças com outras formas de onda descritas para afídeos. Cinco formas de onda foram descritas: (C) penetração intercelular no parênquima; (D) contato com o floema; (E1) salivação no floema; (E2) ingestão no floema; e (G) ingestão no xilema. Com um tempo médio de 206,1 min em 8 h de registro, a ingestão no floema (E2) é a principal atividade observada em D. citri. O tempo médio para atingir o floema desde a primeira prova é de 154 min, após 20,3 provas. D. citri mostra nítida preferência por folhas novas da porção superior da planta (71,3% dos indivíduos), e pela nervura principal na face abaxial das folhas (87,1%). Cortes histológicos revelam que folhas maduras apresentam lignificação nas paredes de células que compõem a camada de fibras, tecido que antecede o feixe floemático; já as folhas novas não apresentam esse espessamento, favorecendo o caminhamento estiletar rumo ao floema. Adultos de D. citri adquirem Ca. L. asiaticus com maior eficiência em folhas novas (assintomáticas) do que em folhas maduras (sintomáticas) de plantas infectadas. Aplicando-se a técnica de EPG, verificou-se que as folhas novas favorecem a alimentação floemática de D. citri; quase que a totalidade dos indivíduos avaliados sobre folhas novas assintomáticas encontraram o floema e permaneceram por mais tempo neste tecido, o que não foi constatado sobre folhas maduras sintomáticas. Esta pesquisa mostra que o comportamento alimentar de D. citri é influenciado pela idade das folhas cítricas, com implicações sobre a eficiência de aquisição da bactéria. / The Asian citrus psyllid, Diaphorina citri, is the vector of the phloem-limited bacteria Candidatus Liberibacter asiaticus and Ca. L. americanus, which are associated to the serious disease known as Citrus Huanglongbing (HLB). Despite the importance of this disease worldwide, little is known about the feeding activities of the vector, which is essential to understand transmission mechanisms and establish disease management strategies. Thus, the goals of this research were to examine the morphology of D. citri mouth apparatus, to characterize its probing behavior on sweet orange (Citrus sinensis) seedlings by using the Electrical Penetration Graph (EPG)-DC technique, and to assess the effect of citrus leaf age on the stylet penetration and efficiency of acquisition of Ca. L. asiaticus. D. citri shows a coneshaped rostrum that extends itself to behind the prothoracic pair of thighs. By electron microscopy, we found four pairs of sensilla symmetrically distributed on the distal end of the rostrum. The rostrum houses a stylet bundle comprised of two mandibulae and two maxillae with mean length of 512 µm. The two maxillary stylets are hold together and have internal grooves that form the food and salivary duct, with mean diameters of 0.9 and 0.47 µm, respectively. These two canals merge at a distance of 4.1 µm from the distal tip of the stylets, forming a common duct. In the EPG study, waveforms were described according to characteristics of amplitude, frequency, voltage level and electrical origin, and correlated with stylet activities based on histological analysis of salivary sheath termini in the plant tissue and similarities with EPG waveforms previously described for aphids. Five distinct waveform types were described: (C) intercellular stylet pathway through parenchyma, (D) phloem contact, (E1) salivation in the phloem sieve tubes, (E2) phloem sap ingestion, and (G) in xylem sap ingestion. Phloem sap ingestion (E2) is the main activity observed for D. citri, with an average time of 206.1 min in 8 h of recordings. Mean time to reach sieve tubes from the first probe is 154 min, after 20.3 probes. This insect shows a clear preference for young leaves of the upper portion of the plant (71.3% of the individuals), and main vein on the abaxial leaf surface (87.1%). Mature leaves show lignification in cell walls of the fiber layer adjacent to the phloem. In contrast, young leaves do not show cell wall thickening in this fiber layer, favoring stylet pathway towards the phloem. Adults of D. citri acquired L. Ca asiaticus with greater efficiency on young (asymptomatic) leaves than in mature (symptomatic) leaves from infected plants. Applying the EPG technique, it was found that young asymptomatic leaves favor phloem feeding by D. citri, since most individuals reached phloem sieve tubes and remained longer in this tissue; this was not the case for individuals confined on mature symptomatic leaves. This study shows that feeding behavior of D. citri is influenced by citrus leaf age, with implication on efficiency of bacterial acquisition from infected plants.
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Estudo morfofisiológico do epidídimo de caititus (Pecari tajacu) adultosOLIVEIRA, Anna Patrycia Martins de 28 May 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-05-28 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente trabalho visou estudar os aspectos histológicos epidídimo de caititus (Pecari tajacu) e as patologias espermáticas associadas às diferentes regiões desse órgão. Fato que contribuirá para o melhor entendimento da biologia reprodutiva da espécie, e consequentemente para a sua conservação. Foram utilizados oito animais adultos, na faixa etária de dois a quatro anos, procedentes do criatório de pesquisas científicas da Embrapa-Amazônia Oriental, localizado em Belém, Pará, Brasil. Cada uma das quatro partes do epidídimo (cabeça proximal, cabeça distal, corpo e cauda) foi dividida em duas porções, sendo que uma das porções foi macerada, enquanto a outra permaneceu intacta. A cauda do epidídimo foi submetida à técnica de fluxo retrógado. As amostras celulares foram armazenadas em formol salino, sendo utilizadas posteriormente para a análise de morfologia espermática. As amostras do órgão foram embaladas em gaze, identificadas e fixadas em ALFAC. Posteriormente, foram submetidas ao processamento histológico de rotina. Foram mensurados os diâmetros de até 20 túbulos e as alturas do epitélio de até 30 túbulos, de cada região do epidídimo, por animal. O teste ANOVA (One Way), apontou diferenças entre o diâmetro do túbulo da cabeça proximal e da cabeça distal (p=0,0008); entre a cabeça proximal e o corpo (p=0,0009); entre a cabeça proximal e a cauda (p=0,0002). Não houve diferenças significativas (p>0,05) entre as demais partes do epidídimo. Foi verificado que a cabeça proximal apresenta a média de diâmetro dos túbulos menor em relação às demais porções do epidídimo. O teste de Newman Keuls apontou semelhanças entre a média da altura do epitélio do corpo e da cauda (p=0,551). Todavia, foram observadas diferenças significativas entre a cabeça distal e a cabeça proximal (p=0,0009); a cabeça distal e a cauda (p=0,0055); cabeça distal e corpo (p=0,0021); cabeça proximal e corpo (p=0,0008); cabeça proximal e cauda (p = 0,0055). Em todas as regiões do epidídimo de caititu, foi observada a presença de epitélio pseudoestratificado colunar com estereocílios. Foram observadas 13 tipos diferentes de alterações morfológicas, sendo que espermatozoides subdesenvolvidos e cabeças soltas foram as mais frequentes ao longo do epidídimo de caititus. Não foram observadas diferenças em relação ao número de patologias nas diferentes regiões do epidídimo, (teste de Man-Whitney) (cabeça proximal: U=19,500; p=0,189; cabeça distal: U= 31,500; p=0,958; corpo: U=27,000; p=0,599 e cauda: U=20,00; p=0,207). Em muitas espécies as análises histopatológicas são frequentemente estudadas, todavia em animais silvestres, como o caititu, ainda são pouco pesquisadas. Dessa forma, os dados deste trabalho são pioneiros, e servirão como base para futuras pesquisas comparativas sobre a biologia reprodutiva dos artiodátilos, contribuindo para a sua conservação e produção. / This work aimed to study the histology of epididymis peccaries (Pecari tajacu) and sperm pathologies associated with different regions of the organ. A fact that will contribute to a better understanding of the reproductive biology of the species, and consequently for their conservation. Eight adult animals were used, aged two to four years, coming from breeding scientific research of Embrapa Amazônia Oriental, located in Belém, Pará, Brazil. Each of the four parts of the epididymis (proximal the head and distal the head, body and tail) was divided into two portions, and one of the portions was macerated, while the other remained intact. The epididymal tail underwent retrograde flow technique. The cell samples were stored in formol saline, and then used for the analysis of sperm morphology. Samples of the body were wrapped in gauze, identified and fixed in ALFAC. Later, they were submitted to routine histological processing. Diameters were measured up to 20 tubules and the heights of up to 30 tubules epithelium, the epididymis of each region for each animal. ANOVA (One Way), pointed out differences between the diameter of the proximal tubule of the head and distal head (p = 0.0008); between the proximal head and the body (p = 0.0009); between the proximal head and the tail (p = 0.0002). There were no significant differences (p> 0.05) among the other parts of the epididymis. It was found that the proximal head has a diameter of less tubules average compared to other portions of the epididymis. The Newman Keuls test showed similarities between the average body epithelium height and tail (p = 0.551). However, significant differences were observed between the distal head and the proximal head (p = 0.0009); the distal head and the tail (p = 0.0055); distal head and body (p = 0.0021); proximal head and body (p = 0.0008); proximal head and tail (p = 0.0055). In all regions of the epididymis of peccary, it observed the presence of pseudostratified columnar epithelium with stereocilia. 13 different types of morphological changes were found, and underdeveloped sperm and loose heads were the most frequent along the epididymis of peccaries. There were no differences in the number of pathologies in different regions of the epididymis (Man-Whitney test) (proximal head: U = 19.500, p = 0.189; distal head: U = 31.500, p = 0.958; body: U = 27,000; p = 0.599 and tail: U = 20.000, p = 0.207). In many species the histopathological analysis are often studied, however in wild animals, such as peccary, are still poorly researched. Thus, this study data are pioneers, and will serve as a basis for future comparative research on the reproductive biology of artiodactyls, contributing to their conservation and production.
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Efeito das paisagens modificadas por práticas agrícolas sobre a composição e estrutura das assembléias e espécies de Drosophilidae (Diptera)FURTADO, Ivaneide da Silva 28 November 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-11-28 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A Floresta Amazônica sustenta a maior diversidade biológica do mundo. Ocupa mais de 40% do território brasileiro. Nos últimos anos as taxas de perda florestal e degradação da Amazônia aumentaram consideravelmente, como resultado da expansão agrícola, criando um mosaico de paisagens altamente modificadas. Estas mudanças colocam em perigo tanto a biodiversidade como os serviços ecossistêmicos associados, além de provocar forte perturbação sobre as espécies. Efeitos de estresse podem resultar em alterações fisiológicas que se refletem em diferenciação morfológica entre as populações remanescentes, que agora ocupam a nova paisagem. O objetivo deste trabalho foi testar o efeito de alguns tipos de uso da terra sobre a assembléia de drosofilídeos frugívoros e sobre a morfologia da asa de quatro espécies (Drosophila malerkotliana, D. paulistorum, D. willistoni e Scaptodrosophila latifasciaeformis) presentes em áreas originalmente florestais que se transformaram num mosaico de paisagem, que apresentam fragmentos florestais, vegetação sucessional e zonas de cultivos. O primeiro estudo foi desenvolvido com dados de três localidades que apresentavam áreas de floresta manejada e agrícolas, o segundo abrangeu dados de seis localidades, três áreas agrícolas e três áreas de floresta preservada. As coletas foram realizadas de forma padronizada, com armadilhas dispostas ao longo de transecção abertos nos usos de terra predominantes nas áreas de estudo. Nossos resultados mostraram que a análise de riqueza de espécies não diferiu entre os diferentes tipos de uso da terra, mas a distribuição de abundância e composição de espécies foram claramente distintas entre os usos agrícolas intensivos e os sistemas florestais. A cobertura florestal e umidade relativa do ar foram as variáveis determinantes da distribuição das espécies. Os usos agrícolas foram dominados por espécies cosmopolitas não nativas associadas a áreas mais abertas. Constatou-se diferenciação morfológica entre os indivíduos capturados nas localidades de floresta preservada e nas áreas de usos agrícolas, independentemente da espécie. Surpreendentemente os indivíduos capturados nas florestas foram menores em relação aqueles capturados nos tipos de uso mais intensivo. Estes resultados mostram os efeitos da mudança da paisagem sobre as populações remanescentes de espécies nativas indicando a amplitude das mudanças quantitativas e qualitativas sobre o conjunto de espécies. No entanto a manutenção de porções florestais nas áreas de uso agrícola pode beneficiar a permanência das espécies nativas nestas paisagens. / The Amazon Rainforest holds the largest biodiversity in the world. It occupies more than 40% of the Brazilian surface. In recent years the rates of forest loss and degradation of Amazonia have considerably increased as a result of agricultural expansion, creating a mosaic of highly modified landscapes. These changes endanger both biodiversity and ecosystem services associated with it, besides causing severe stress on the species. Effects of stress can result in physiological changes that are reflected in morphological differentiation among remnant populations, which now occupy the new landscape. The objective of this study was to test the effect of some types of land use on the assembly of frugivorous Drosophilidae and on the morphology of some species originally settled within the forest areas that have become a patchwork landscape containing forest fragments, ecological succession and crop zones. The first study was conducted in three agricultural villages and the second within six locations, including three preserved forest areas. Sampling was performed in a standardized manner, with traps placed along the established transects on the use of predominant land within the area of study. Our results showed that the richness of the species did not differ between different types of land use, but the distributions and abundances of the species' composition were clearly distinct between intensive agricultural uses and forest systems. The forest's coverage and the relative humidity were the variables determining the distribution of the species. The agricultural uses were characterized by cosmopolitan non-native species associated with more open areas. There were found morphological differences between the individuals caught in the areas of preserved forest and agricultural use zones, regardless of the species. Surprisingly, the number of individuals captured in the forests was always lower compared to those captured in the more intensive types of use. These results show the effects of landscape mutation on the remaining populations of native species, indicating the range of quantitative and qualitative alterations on the set of species. However, the maintenance of the forest patches on areas of agricultural use can benefit the permanency of native species in these landscapes.
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Estratégias reprodutivas e ecologia alimentar de serpentes aquáticas da tribo Hydropsini (Dipsadidae, Xenodontinae). / Reproductive strategies and feeding ecology of the aquatic snakes of the tribe Hydropsini (Dipsadidae, Xenodontinae).Scartozzoni, Rodrigo Roveri 27 January 2010 (has links)
A tribo Hydropsini compreende três gêneros de serpentes. Dados alimentares são escassos, mas indicam que as espécies consomem principalmente peixes e secundariamente anfíbios anuros. Os Hydropsini são ovíparos ou vivíparos e o polimorfismo é sugerido para algumas espécies. Entretanto, outros aspectos reprodutivos são desconhecidos para a maioria dessas serpentes. Por outro lado, as relações filogenéticas entre os Hydropsini estão estabelecidas. Este trabalho teve como objetivo caracterizar a reprodução e alimentação de doze espécies dos três gêneros, mapear a evolução e analisar possíveis relações entre a evolução de caracteres morfológicos, reprodutivos e alimentares, utilizando a filogenia disponível. Dados foram obtidos de indivíduos preservados (N = 2.871) de espécies amazônicas (Hydrops spp., Pseudoeryx spp., Helicops hagmanni, H trivittatus, H angulatus, H polylepis), do sudoeste (H leopardinus) e sudeste do Brasil (H carinicaudus, H modestus, H infrataeniatus, H gomesi). Os Hydropsini são especialistas em peixes, porém algumas Helicops (exceto H hagmanni) podem consumir anfíbios e lagartos. Hydrops triangularis e P. plicatilis são especialistas em peixes alongados (Synbranchiformes), Peixes Gymnotiformes, Siluriformes e Perciformes foram dominantes nas dietas de Hy. martii, H polylepis e H hagmanni, respectivamente. Nenhum tipo de presa teve dominância importante nas dietas das demais espécies, porém Perciformes foram consumidos com maior freqüência pela maioria. Esses dados indicam que as espécies diferem quanto ao local de forrageio. Aparentemente, o ancestral da tribo possuía cabeça pequena e dieta composta por Synbranchiformes. A dieta se toma mais ampla e o tamanho da cabeça parece ter aumento no ancestral de Helicops. As presas consumidas por muitas Helicops possuem corpos relativamente mais altos e são mais robustas o que pode explicar alterações no crânio de determinadas espécies. Fêmeas atingem a maturidade com tamanho, relativo ao tamanho médio dos adultos, similar em comparação aos machos. Fêmeas são maiores, possuem maior cabeça, circunferência e cauda mais curta que machos. O menor tamanho dos machos indica que o ritual de combate não deve ocorrer na tribo. Os Hydropsini são ovíparos ou vivíparos e o polimorfismo foi confirmado para H angulatus. A reprodução da maioria das espécies deve ser bienal, já que menos de 50% das fêmeas estavam reprodutivas. Os ciclos das fêmeas são sazonais, exceto para H angulatus. A reprodução das espécies amazônicas ocorre ao longo da estação seca e parte da chuvosa. Ciclos reprodutivos restritos às chuvas ocorrem para as espécies do sudeste e sudoeste. Diferenças nos ciclos das fêmeas podem estar associadas à variação no clima dessas regiões. A espermatogênese pode ser contínua ou sazonal. Os duetos deferentes de muitas espécies estão maiores na seca, sugerindo a ocorrência de cópula nesta estação. A fecundidade e o tamanho dos filhotes, relativos ao tamanho das fêmeas, não diferiu entre serpentes ovíparas e vivíparas. A oviparidade é característica plesiomórfica e a viviparidade pode ter surgido três vezes entre as Helicops. A fecundidade parece aumentar no ancestral do clado (Pseudoeryx, Helicops), o qual é composto por serpentes mais robustas em comparação a Hydrops e a muitos Xenodontinae. Porém, o tamanho dos filhotes tende a diminuir nessas serpentes. / The tribe Hydropsini comprises three genera of snakes. Information on food habits is scarce. However previous data indicate that species feed mainly upon fishes but also eat anurans. The Hydropsini are oviparous or viviparous and the polymorphism is suggested for some species. Other reproductive traits are unknown for most species. On the other hand, the phylogenetic relationships of Hydropsini are established. This study aimed to characterize the reproduction and the feeding habits of twelve species of three genera, hypothesise the evolution of morphological, reproductive and diet characters, as well as probable relationships among these traits. Data were obtained from preserved individuals (N = 2.871) of species from northern (Hydrops sp., Pseudoeryx sp., Helicops hagmanni, H. trivittatus, H. angulatus, H. polylepis), southwestern (H. leopardinus) and southeastern Brazil (H. carinicaudus, H. modestus, H. infrataeniatus, H. gomesi). The Hydropsini feed on fishes, but most Helicops eat also frogs and eventually lizards. Hydrops triangularis and P. plicatilis are specialized on Synbranchiformes fishes. Siluriformes, Perciformes and Gymnotiformes were the dominant item in of H. polylepis, H. hagmanni and Hy. martii, respectively. Other species eat several fishes, but Perciformes were consumed more frequently by most. These data here obtained suggest that the species differ in foraging microhabitat. The ancestor of the tribe probably had small head and diet composed predominantly by Synbranchiformes. The diet became widespread and the size of the head increase in the ancestor of Helicops. The preys consumed by most Helicops are stouter and have higher bodies, which may explain changes in the skull of some species. Females and males attain sexual maturity at similar body size, but adult females are larger. Moreover females have larger head and body circumference, and shorter tail than males. The smaller size of males indicates that the combat behavior should not occur in the tribe. The Hydropsini are oviparous or viviparous and the polymorphism was confirmed to H. angulatus. The reproduction of most species may be biennial, since less than 50% of females were reproductive. The cycles of females are seasonal. At the least H. angulatus, has continuous cycle. The reproduction of the Amazonian species occurs throughout the dry season and part of the rainy season. Cycles restricted mainly to the rainy season occur for species in southeastern and southwestern. Differences in the females cycles may be related to distinct climate in the occurrence areas of the species. The spermatogenesis are continuous or seasonal (restricted to the dry or rainy season). The diameter of deferent ducts of most species are larger in the dry season, suggesting that mating is restricted to this season. The fecundity and size of newborns, relative to the body size of female, was similar among species and did not differ between oviparous and viviparous snakes. The oviparity is plesiomorphic and the viviparity may have arisen at the least three times among Helicops. The fecundity increases in the ancestor of the clade (Pseudoeryx, Helicops), which is stouter than Hydrops and many Xenodontinae. However, the size of newborns tends to decrease in these snakes.
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Caracterização clínica, patológica e molecular da infecção pelo vírus da diarréia viral bovina tipo 2 não citopático em propriedade do Rio Grande do SulSantos, Adriana da Silva January 2010 (has links)
O vírus da diarreia viral bovina (BVDV) é responsável por diferentes síndromes que afetam principalmente bovinos em todo o mundo, causando grandes perdas econômicas. A principal medida de controle desta infecção é a detecção e retirada dos animais persistentemente infectados (PI) do rebanho. O presente trabalho analisou a infecção persistente por este vírus em um rebanho bovino de gado de corte, vacinado com vacina inativada contra BVDV tipo 1 e localizado no Município de Viamão, Rio Grande do Sul, de novembro de 2007 a maio de 2009. Para a triagem de animais PI, amostras de soro, sangue com EDTA e fragmentos de orelhas foram coletadas principalmente de animais com idade entre 2-3 meses. Os testes utilizados compreenderam o isolamento viral, a transcrição reversa seguida da reação em cadeia da polimerase (RT-PCR), a imuno-histoquímica (IHQ) e a sorologia pelo ensaio imunoenzimático (ELISA). De 1300 animais da propriedade, coletou-se 179 amostras e em 6 se identificou a infecção persistente pelo BVDV tipo 2 não citopático (ncp). Os principais sinais clínicos verificados na propriedade englobavam nascimento de bezerros fracos, grande número de animais com retardo no crescimento e catarata congênita uni e bilateral. As principais lesões observadas em 5 animais necropsiados consistiam de aumento dos linfonodos mesentéricos, evidenciação das placas de Peyer e em um animal verificou-se pododermatite com lesões crostosas no plano nasal e na região periocular. Os achados microscópicos caracterizavam-se principalmente por infiltrado mononuclear na lâmina própria do intestino delgado e rarefação linfoide com infiltrado histiocitário nos centrofoliculares de linfonodos e nas placas de Peyer. A demonstração do antígeno viral nos 5 animais avaliados ocorreu principalmente em: queratinócitos da epiderme , no epitélio de folículos pilosos e células dendríticas da derme de orelhas e pele; histiócitos e em linfócitos dos linfonodos; células foliculares da tireoide; no citoplasma de neurônios e em menor escala, em células da micróglia no córtex cerebral e no hipocampo. A análise de pools de soro de animais suspeitos pelo RT-PCR em conjunto com a avaliação imuno-histoquímica de biópsia de orelhas mostraram bons resultados e podem ser úteis como método de triagem de infecções persistentes em rebanhos, inclusive em animais menores de 6 meses de idade por não sofrerem interferência de anticorpos maternos. A retirada e eliminação dos animais PI surtiram efeitos positivos na propriedade, entretanto novas coletas devem ser realizadas em 2010. / Bovine viral diarrhea virus (BVDV) is responsible for different syndromes that affect mainly cattle worldwide, causing important economic losses. The main control measure for this infection is the detection and removal of all persistently animals infected (PI) from the herd. This study examined the persistent infection for this virus in a beef cattle herd, vaccinated with killed vaccine against BVDV type 1, located in the county of Viamão, Rio Grande do Sul, southern Brazil, from november 2007 to may 2009. For the screening of PI animals, serum, blood with EDTA and fragments of ears were collected mainly from animals aged between 2-3 months. Tests used were viral isolation, reverse transcription polymerase chain reaction (RT-PCR), immunohistochemistry (IHC) and serology by enzyme linked immunosorbent assay (ELISA). From 1300 animals, 179 samples were collected and 6 were identified as persistent infected for BVDV type 2 non-cytopathic (ncp). The most important clinical signs observed on the farm were birth of weak calves, many animals with growth retardation and unilateral or bilateral cataract. The main gross lesions observed at the necropsy of 5 animals were enlargement of mesenteric lymph nodes and Peyer's patches, and in one case, pododermatitis with crusted lesions on nasal planum and periocular region. The microscopic findings were characterized mostly by mononuclear infiltrate in the lamina propria primarily in small intestine and lymphoid depletion with histiocytic infiltrate in follicular centers of lymph nodes and Peyer's patches. In 5 animals evaluated the viral antigen was more frequently demonstrated in epidermal keratinocytes, epithelium of hair follicles and dendritic cells of the dermis of the ears and skin, histiocytes and lymphocytes in lymph nodes, thyroid follicular cells, in the cytoplasm of neurons and to a lesser extent, in glial cells in the cerebral cortex and hippocampus. The analysis of pools of serum from animals suspected by RT-PCR together with immunohistochemical analysis of ears biopsy showed good results and can be useful as screening method for persistent infections in cattle, including animals under 6 months age, because they not suffer interference from maternal antibodies. The removal and elimination of PI animals had positive effects on the property, however new collection should be carried out in 2010.
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Evolução morfológica na radiação dos roedores sigmodontíneos : ecologia e história evolutivaMaestri, Renan January 2017 (has links)
Radiações evolutivas estão entre os eventos mais fascinantes da evolução. Grande parte da diversidade da vida, tanto de espécies como ecológica, surgiu nos breves intervalos temporais de rápida especiação que configuram as radiações. As causas ecológicas e não-ecológicas do surgimento da diversidade em radiações evolutivas, em especial nas radiações adaptativas, são tema de pesquisa há muito tempo, pelo menos desde que Darwin observou a imensa diversidade de um grupo de pássaros nas ilhas Galápagos. Desde então, as ilhas têm sido os ambientes ideais para o estudo desse fenômeno, e foi a partir das observações e experimentos em ilhas que toda a teoria ecológica das radiações evolutivas surgiu. Contudo, as causas ecológicas das radiações explosivas ocorridas em amplas escalas continentais permanecem tema de constante debate. Nesta tese, foram investigados os determinantes ecológicos e não-ecológicos (e.g., geografia, contingências históricas, efeitos filogenéticos) da evolução morfológica dos roedores sigmodontíneos durante sua radiação na região Neotropical, em especial no continente sul-americano. Para isso, foi quantificada a morfologia do crânio e mandíbula de mais de dois mil exemplares do grupo, e foram investigadas variações ecomorfológicas nos níveis interespecífico (I), intraespecífico (II), e entre assembleias de sigmodontíneos (III). Na Parte I da tese, foram investigadas duas predições da teoria da radiação adaptativa, a correlação-fenótipo ambiente (capítulo 1) e a funcionalidade do fenótipo através da força da mordida (capítulo 2), permitindo determinar o papel da divergência ecológica na evolução morfológica das espécies. Na Parte II (capítulo 3), foram investigadas as contribuições relativas de processos determinísticos e neutros sobre a variação morfológica entre populações de uma espécie de roedor sigmodontíneo amplamente distribuída, Akodon cursor. Na Parte III, a influência da variação ambiental e da distribuição espacial das linhagens filogenéticas de sigmodontíneos sobre o tamanho corporal (capítulo 4) e forma do crânio e mandíbula (capítulo 5), foram investigados no contexto biogeográfico da variação no tamanho e forma média entre assembleias de sigmodontíneos. As contribuições originais desta tese foram: (i) mostrar que a radiação evolutiva dos roedores sigmodontíneos foi guiada principalmente por fatores históricos e geográficos ao invés de fatores ecológicos; (ii) sugerir que radiações evolutivas ocorridas em escalas continentais, especialmente de roedores, têm um componente geográfico e histórico mais determinante do que o componente ecológico; (iii) revelar que a força da mordida varia pouco entre roedores sigmodontíneos herbívoros e granívoros, o que provavelmente é resultado do fenótipo generalista desses roedores; (iv) apontar que sigmodontíneos com dieta insetívora têm uma taxa de evolução mais rápida, e parecem estar evoluindo sua forma do crânio/mandíbula e sua força da mordida em uma direção diferente das demais espécies; (v) demonstrar que, dentro de uma espécie de sigmodontíneo (Akodon cursor), fluxo gênico e deriva genética explicam melhor a forma do crânio entre populações, enquanto a variação ambiental explica melhor o tamanho do crânio, indicando que o tamanho é uma característica mais lábil e mais sujeita a pressões ambientais do que a forma do crânio; (vi) mostrar que a variação biogeográfica, tanto do tamanho quanto da forma média do crânio/mandíbula entre assembleias de sigmodontíneos, está sob influência da distribuição diferencial das linhagens filogenéticas ao longo do espaço geográfico, bem como de variáveis ambientais; o que indica conservação filogenética de nicho à nível de metacomunidades. De modo geral, ao investigar as contribuições relativas dos componentes adaptativo e não-adaptativo da evolução morfológica, foram obtidas informações importantes para conhecer as causas da diversificação morfológica em Sigmodontinae, aumentando nosso conhecimento sobre as origens de toda a diversidade biológica. / Evolutionary radiations are among the most fascinating phenomena of evolution. Most of the biological diversity on the planet, both in terms of species and ecological diversity, appeared during these brief intervals of rapid speciation. The ecological and non-ecological causes of the emergence of diversity in evolutionary radiations, especially in adaptive radiations, have long been the subject of research, beginning with Darwin and his notice of the astonishing diversity of bird forms in the Galapagos Islands. Islands have since been ideal environments in which to study evolutionary and adaptive radiations, and indeed it was from observations and experiments on islands that all ecological theory of evolutionary radiations arose. However, the ecological causes of explosive radiations occurring on large continental scales are still a matter of debate. In this dissertation, I investigated the ecological and non-ecological (e.g., geography, historical contingencies, phylogenetic effects) determinants of morphological evolution in sigmodontine rodents during their radiation in the Neotropical region, particularly on the South-American continent. The skull and mandible morphology of more than two thousand specimens was quantified, and ecomorphological variation was investigated on three levels: interspecific (I), intraspecific (II), and among sigmodontine assemblages (III). In part I, two predictions from the ecological theory of adaptive radiation were investigated: the phenotype-environment correlation (chapter 1), and the trait utility through the bite force (chapter 2). This approach enabled determination of the role of ecological divergence in species morphological evolution. In part II (chapter 3), I investigated the relative contributions of deterministic and neutral processes to morphological variation among populations of one widely distributed sigmodontine species, Akodon cursor. In part III, I investigated the influence of environmental variation and spatial distribution of phylogenetic lineages on body size (chapter 4) and on shape of the skull and mandible (chapter 5), in the context of biogeographical variation of mean size and shape in sigmodontine assemblages. The original contributions of this dissertation are as follows: (i) to demonstrate that the evolutionary radiation of sigmodontines was driven mainly by historical and geographical factors instead of ecological factors; (ii) to suggest that evolutionary radiations on continental scales, especially rodent radiations, have a more determinant historical and geographical component than an ecological one; (iii) to show small variation in bite force between sigmodontine herbivores and granivores, which is likely a consequence of the generalist phenotype of these rodents; (iv) to highlight that insectivorous sigmodontines have a faster rate of morphological evolution than other diet groups, and that skull and mandible morphology and bite force are evolving in different directions than in other species; (v) to demonstrate that within a sigmodontine species (Akodon cursor), gene flow and genetic drift better explain variation in skull shape among populations, while environmental variation better explains variation in skull size, which suggests that size is more labile feature than shape and thus more prone to change with environmental pressures; and (vi) to show that biogeographical variation in mean body size, mean skull shape, and mean mandible shape across sigmodontine assemblages is influenced by the different distributions of phylogenetic lineages over geographical space, as well by environmental variables, which indicates phylogenetic niche conservatism at the metacommunity level. These results shed light on some of the factors driving morphological diversification in Sigmodontinae. Further, the analytical approach(es) utilized may be useful for general investigations of the relative contributions of adaptive and non-adaptive components of morphological evolution, thereby potentially increasing our knowledge of the origins of all biological diversity.
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Caracterização clínica, patológica e molecular da infecção pelo vírus da diarréia viral bovina tipo 2 não citopático em propriedade do Rio Grande do SulSantos, Adriana da Silva January 2010 (has links)
O vírus da diarreia viral bovina (BVDV) é responsável por diferentes síndromes que afetam principalmente bovinos em todo o mundo, causando grandes perdas econômicas. A principal medida de controle desta infecção é a detecção e retirada dos animais persistentemente infectados (PI) do rebanho. O presente trabalho analisou a infecção persistente por este vírus em um rebanho bovino de gado de corte, vacinado com vacina inativada contra BVDV tipo 1 e localizado no Município de Viamão, Rio Grande do Sul, de novembro de 2007 a maio de 2009. Para a triagem de animais PI, amostras de soro, sangue com EDTA e fragmentos de orelhas foram coletadas principalmente de animais com idade entre 2-3 meses. Os testes utilizados compreenderam o isolamento viral, a transcrição reversa seguida da reação em cadeia da polimerase (RT-PCR), a imuno-histoquímica (IHQ) e a sorologia pelo ensaio imunoenzimático (ELISA). De 1300 animais da propriedade, coletou-se 179 amostras e em 6 se identificou a infecção persistente pelo BVDV tipo 2 não citopático (ncp). Os principais sinais clínicos verificados na propriedade englobavam nascimento de bezerros fracos, grande número de animais com retardo no crescimento e catarata congênita uni e bilateral. As principais lesões observadas em 5 animais necropsiados consistiam de aumento dos linfonodos mesentéricos, evidenciação das placas de Peyer e em um animal verificou-se pododermatite com lesões crostosas no plano nasal e na região periocular. Os achados microscópicos caracterizavam-se principalmente por infiltrado mononuclear na lâmina própria do intestino delgado e rarefação linfoide com infiltrado histiocitário nos centrofoliculares de linfonodos e nas placas de Peyer. A demonstração do antígeno viral nos 5 animais avaliados ocorreu principalmente em: queratinócitos da epiderme , no epitélio de folículos pilosos e células dendríticas da derme de orelhas e pele; histiócitos e em linfócitos dos linfonodos; células foliculares da tireoide; no citoplasma de neurônios e em menor escala, em células da micróglia no córtex cerebral e no hipocampo. A análise de pools de soro de animais suspeitos pelo RT-PCR em conjunto com a avaliação imuno-histoquímica de biópsia de orelhas mostraram bons resultados e podem ser úteis como método de triagem de infecções persistentes em rebanhos, inclusive em animais menores de 6 meses de idade por não sofrerem interferência de anticorpos maternos. A retirada e eliminação dos animais PI surtiram efeitos positivos na propriedade, entretanto novas coletas devem ser realizadas em 2010. / Bovine viral diarrhea virus (BVDV) is responsible for different syndromes that affect mainly cattle worldwide, causing important economic losses. The main control measure for this infection is the detection and removal of all persistently animals infected (PI) from the herd. This study examined the persistent infection for this virus in a beef cattle herd, vaccinated with killed vaccine against BVDV type 1, located in the county of Viamão, Rio Grande do Sul, southern Brazil, from november 2007 to may 2009. For the screening of PI animals, serum, blood with EDTA and fragments of ears were collected mainly from animals aged between 2-3 months. Tests used were viral isolation, reverse transcription polymerase chain reaction (RT-PCR), immunohistochemistry (IHC) and serology by enzyme linked immunosorbent assay (ELISA). From 1300 animals, 179 samples were collected and 6 were identified as persistent infected for BVDV type 2 non-cytopathic (ncp). The most important clinical signs observed on the farm were birth of weak calves, many animals with growth retardation and unilateral or bilateral cataract. The main gross lesions observed at the necropsy of 5 animals were enlargement of mesenteric lymph nodes and Peyer's patches, and in one case, pododermatitis with crusted lesions on nasal planum and periocular region. The microscopic findings were characterized mostly by mononuclear infiltrate in the lamina propria primarily in small intestine and lymphoid depletion with histiocytic infiltrate in follicular centers of lymph nodes and Peyer's patches. In 5 animals evaluated the viral antigen was more frequently demonstrated in epidermal keratinocytes, epithelium of hair follicles and dendritic cells of the dermis of the ears and skin, histiocytes and lymphocytes in lymph nodes, thyroid follicular cells, in the cytoplasm of neurons and to a lesser extent, in glial cells in the cerebral cortex and hippocampus. The analysis of pools of serum from animals suspected by RT-PCR together with immunohistochemical analysis of ears biopsy showed good results and can be useful as screening method for persistent infections in cattle, including animals under 6 months age, because they not suffer interference from maternal antibodies. The removal and elimination of PI animals had positive effects on the property, however new collection should be carried out in 2010.
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