• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 33
  • 1
  • Tagged with
  • 34
  • 34
  • 34
  • 34
  • 15
  • 15
  • 13
  • 12
  • 10
  • 9
  • 9
  • 9
  • 9
  • 8
  • 7
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
31

A valorização dos desvalorizados: (des)encontros entre luta pela terra e cultura caipira no nordeste paulista

Pedrazolli Filho, Fernando 10 September 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:39:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 6551.pdf: 1784400 bytes, checksum: ca9e70c9a7ecf2c0e2770aa5b8fb0e16 (MD5) Previous issue date: 2014-09-10 / Financiadora de Estudos e Projetos / This essay seeks to analyse the meanings of appreciation of the caipira culture, present at five editions of the National Meeting of Guitarists - conceived and organized by the Rural Landless Workers Movement [MST-SP], between the years 2003 and 2009 -, and its implications for the organizational process of the settlers of the Northeast of the State of São Paulo. Our main hypothesis points out that the appreciation of the caipira culture was configured as an organizational strategy of MST, directly related with the rooting of its settlers in a period in which the Movement sought to establish itself in the region of Ribeirão Preto a town that boasts the title of the national capital of agribusiness. This process occurred in reaction to the social derogatory imagery about the caipira, hegemonic during the last century, and that under the dual thinking, started to be considered the typical representative of the Brazilian archaic rural past , this is, the antithesis of the modernization process of the country. The theoretical framework of this research is critical to this school of thought - held by the Paulista Sociological School - which was responsible for interpreting the caipira and its culture from the historical-dialectical movement manifested, specifically, in the type of capitalist development adopted in Brazil. By observing the recent movements of appreciation of caipira culture, one of which we consider to be the empirical field of this work, we reaffirm the relevance of this debate. The method of observation and data collection is based on two sources: a documental one, which refers to the interviews carried on the Meetings of Guitarists aiming to build part of the event memory; and another one, result of our fieldwork done in a settlement of the region in which we conducted semi-structured interviews with settlers who actively participated in the design and construction of the National Meeting of Guitarists. We believe that this research brought important elements to think critically about the caipira culture not only as the survival of a past to be appreciated, but as part of a concrete historical process which, in the present, acts in a contradictory reality of agrarian reform settlements. / Nesta dissertação, procuramos compreender e analisar os significados dos discursos de valorização da cultura caipira, presentes nas cinco edições do evento denominado Encontro Nacional de Violeiros - concebido e organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra [MST-SP], entre os anos de 2003 e 2009 -, e seus desdobramentos para o processo organizativo dos assentados da Região Nordeste Paulista. Nossa principal hipótese é a de que a valorização da cultura caipira configurou-se como uma estratégia organizativa do MST relacionada com o ideal de "enraizamento" de seus assentados num período em que o Movimento procurava consolidar-se na região de Ribeirão Preto - cidade que ostenta o título de capital nacional do agronegócio. Esse processo ocorreu contrariamente ao imaginário social depreciativo sobre o caipira, hegemônico ao longo do século passado, e que, sob o pensamento dualista, o considerava o típico representante do "passado rural arcaico" brasileiro, ou seja, a antítese da modernização do país. O referencial teórico desta pesquisa parte da crítica a este estilo de pensamento, realizada pela Escola Sociológica Paulista, que foi responsável por interpretar o caipira e a sua cultura a partir do movimento histórico-dialético manifestado, especificamente, no tipo de desenvolvimento capitalista adotado no Brasil. Ao observar os movimentos recentes de valorização da cultura caipira, um dos quais consideramos ser o campo empírico deste trabalho, reafirmamos a atualidade deste debate. O método de observação e coleta de informações baseouse em duas fontes: uma documental, que se refere ao conjunto de entrevistas realizadas no período dos Encontros de Violeiros, cujo objetivo foi o de construir parte da memória do evento; e, outra, resultado de nosso trabalho de campo feito em um assentamento da região, no qual realizamos entrevistas semiestruturadas com os assentados que participaram ativamente da concepção e construção do Encontro Nacional de Violeiros. Acreditamos que esta pesquisa trouxe elementos para pensarmos criticamente a cultura caipira não apenas enquanto sobrevivência de um passado a ser valorizado, mas sim enquanto parte de um processo histórico concreto que hoje atua, contraditoriamente, na realidade dos assentamentos de reforma agrária.
32

Práticas organizativas do MST e relações de poder em acampamentos/assentamentos do estado de São Paulo

Silva, Luciana Henrique da 28 February 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:24:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2595.pdf: 1998416 bytes, checksum: c4eb13727377657e0b2d5aaae186f5dd (MD5) Previous issue date: 2007-02-28 / Universidade Federal de Sao Carlos / This thesis aimed at analyzing the Landless Rural Workers Movement (MST) organizational practices and its power relationships within the State of São Paulo campsites and settlements. MST acquired a never before seen dimension among the history of other characters in the struggle for land, constantly broadening its claims alternatives, interventions and alliance network. In recent times, amidst the campaigns supported by the movement there are those against genetically modified foods and against AFTA. The movement s organization has been re-issued in MST s formation material for several years. What however replaces the same question? What are the movement s strategies and its forms of organization and staff selection? In what measure its members consciousness is built ? How members are indicated to determinate tasks or positions ? Those were some of the questions we put to ourselves. Data were collected through the reading of manuals, newspapers, magazines and other material produced by the movement; as well as through interviews with camped and settled families, with militants and with leaderships; nevertheless, through participant observation of several events, seminars and courses also organized by the movement. In a certain way, we could observe that MST politics longevity is mainly due to this organizational structure and to the professionalizing of its direction board, what guarantee its political authority, personified in its main leaderships. We shall add to that the fact that the movement finds itself nationally and internationally articulated in a network of support and political and, occasionally, economic background. Militants and directors are submitted to a series of principles and politic lines that provide unit to the movement, re-enforced in its formation material and courses. By means of the same mechanisms, tasks delegation and evaluation criteria are stipulated. Militant conduct is observed by other members and this is an indispensable factor for further indications to upper levels of complexity and responsibility tasks. We could observe that camped members attain themselves mobilized to activities because they believe it is a path to obtain land, once their place in the camping is due to the movement, and militants and directors mostly detain the territory, the forms and strategies of organization domain. In settlements there is a smaller political participation. It is common to find settlers concerned only to their families and their allotments care, and not actively participating in the movement s activities. Families show themselves reluctant to militant intervention, choosing rather to constitute affinity groups in order to solve their community problems. In other hand, those social relations can not be understood as separated or distant from social dynamics itself, what ends up producing arrangements and re-arrangements of organizational structures, new inventions within organization forms and new subjects. From established relationships emerge new though marginal or submersed relationships that allow us to allude to new experiences of social transformation. / Este trabalho teve como objetivo principal analisar as práticas organizativas do MST e as relações de poder em acampamentos/assentamentos no estado de São Paulo. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra adquiriu dimensão nunca, anteriormente, alcançada pelos outros personagens da luta pela terra, ampliando constantemente seus leques de reivindicações e intervenções e a rede de alianças. Atualmente, dentre as campanhas para as quais o movimento dá apoio, encontram-se as lutas contra os alimentos geneticamente modificados e contra a ALCA. A organização do movimento tem sido tema das suas cartilhas durante vários anos. O que faz com que esta questão sempre esteja presente? Quais são as estratégias e as formas de organização e a seleção de seus quadros? Em que medida se constrói a consciência de seus integrantes? Como se dão as indicações para a ocupação de determinadas tarefas ou de cargos ? Estas foram algumas das questões que nos propusemos a responder. Os dados foram coletados por meio da leitura das cartilhas, jornais, revistas e outros documentos do movimento, além da realização de entrevistas com as famílias acampadas ou assentadas, com militantes e com lideranças e também através da observação participante em diversos eventos, reuniões, seminários e cursos organizados pelo movimento. Pudemos observar que, em certa medida, a sua longevidade no plano político se deve a esta estrutura organizativa e a profissionalização dos seus quadros de direção, que lhe garantem a autoridade política, personificada em suas principais lideranças. Acresce-se a isto, o fato de que o movimento encontra-se articulado nacional e internacionalmente por redes que lhes dão apoio e sustentação política e, por vezes, econômica. Os militantes/dirigentes estão submetidos a uma série de princípios e linhas políticas que garantem a unidade do movimento, que estão contidas nas cartilhas de formação do movimento e são transmitidas nos cursos de formação. Por meio destes mecanismos são estipulados também os critérios de delegação e avaliação das tarefas. A conduta do militante é observada pelos demais membros e é um fator indispensável para sua indicação em tarefas de maior nível de complexidade e responsabilidade. Observamos que os acampados se mantêm mobilizados em torno das atividades do movimento, pois acreditam ser um meio para conquistar a terra, já que é por meio do movimento que estão no acampamento, e que são os militantes/dirigentes que detém, na maioria das vezes, o domínio do território e das formas e estratégias de organização. No assentamento, há uma menor participação política. É comum os assentados se restringirem aos cuidados com a família e o lote e não participarem, ativamente, das atividades do movimento. As famílias se mostram mais resistentes às intervenções da militância, preferindo constituir grupos de afinidade para resolverem alguns problemas da comunidade. Por outro lado, estas relações sociais não podem ser entendidas como estanques e distanciadas da própria dinâmica social, que acaba por produzir arranjos e rearranjos nas estruturas organizativas, novas invenções nas formas de organização e novos sujeitos. Das relações estabelecidas, emergem novas relações ainda marginais ou submersas que permitem aludir para novas experiências de transformação social.
33

A luta e a lida: estudo do controle social do MST nos acampamentos e assentamentos de reforma agrária / The struggle and the work: study of social control of the MST in the encampments and agrarian reform settlements.

Franciele Silva Cardoso 03 August 2012 (has links)
A presente tese de doutorado tem por objetivo aferir junto a um grupo estruturado (em acampamento e projeto de assentamento) de trabalhadores rurais acampados ou assentados ligados ao MST (Movimento dos trabalhadores rurais sem terra) que reivindicam o acesso a terra e ao trabalho através da efetivação da reforma agrária quais são as estratégias de controle social implementadas nesses grupamentos. Tal investigação, eminentemente interdisciplinar, foi realizada em duas esferas distintas: primeiramente, se ancorou, em termos teóricos próprios da criminologia, da sociologia, da geografia e da antropologia, as principais categorias e conceitos intrínsecos ao objeto da pesquisa (i. a questão agrária; ii. a trajetória do Movimento dos trabalhadores rurais sem terra; iii. a definição de grupos enquanto espaços de sociabilidade; iv. o controle social; v. a teoria criminológica do conflito, com ênfase na perspectiva criminológica crítica1; vi. A sociologia da conflitualidade e vii. o processo de marginalização/interação sociais). Num segundo momento, efetiva-se o estudo de caso propriamente dito, quando, a partir da ida a campo (acampamento e projeto de assentamento rural localizados na região do Pontal do Paranapanema, no Estado de São Paulo) traça um estudo das trajetórias de militantes do MST e assentados rurais por meio de entrevistas semiestruturadas, para, assim, desvendar as estratégias de controle social e os seus reflexos no indivíduo a ele submetido, na interação entre o próprio grupo e, finalmente, na sua inserção na sociedade. A revisão da literatura especializada aplicável ao objeto de estudo demonstrou que os conflitos agrários que até hoje são muito latentes no Brasil têm suas raízes num modelo de ocupação do espaço rural absolutamente concentrado, com a permanência do latifúndio que, quando não é improdutivo, tem por parte do poder público generoso apoio econômico e político, o que não se verifica nas mesmas proporções nos assentamentos de reforma agrária. Nesse cenário de injustiça fundiária, ganha espaço na sociedade brasileira o MST, movimento social que pauta as reivindicações em torno da questão agrária, organizando os seus militantes nos acampamentos no momento de luta pelo acesso a terra e, em relação aos assentados quem lida na terra buscando, principalmente em relação aos poderes públicos, a sua viabilidade econômica através de medidas pelo menos iguais às que são concedidas ao agronegócio nacional. Ainda que a capacidade de mobilização do MST seja constantemente apontada como declinante, o que se observou no acampamento e assentamento estudados foi uma presença marcante desse movimento no contexto local, não só em relação aos acampados e assentados, mas também nas interações sociais desses personagens no espaço sócio-político local. (1 A classificação macrocriminológica aqui adotada distinção entre criminologia do consenso e criminologia do conflito é de SHECAIRA, Sérgio Salomão, na obra Criminologia, p. 137 e 138). / This doctoral thesis aims to measure along with a structured group (in camps and settlement projects) rural workers camps or settlements related to the MST (Movement of landless rural workers) who claim access to land and labor through the realization of land reform which are the social control strategies implemented in these groups. This research, interdisciplinary eminently, was conducted in two distinct spheres: first, if anchored in theoretical terms themselves of criminology, sociology, geography and anthropology, the main categories and concepts intrinsic to the object of research (i. the agrarian question; ii. the path of movement of landless rural workers; iii. the definition of groups as spaces of sociability; iv. social control; v. Criminological theory of conflict2, with emphasis critical criminological perspective; vi. the sociology of conflict and vii. the process of marginalization/social interaction). Secondly, effective to the case study itself, when, from a field trip (camping and design of rural settlement located in the region of Pontal do Paranapanema, in São Paulo) outlines a study of the trajectories of militants MST and rural settlers through semistructured interviews, in order thereby to reveal the strategies of social control and its impact on the individual referred to it in the interaction between the group itself, and finally, in their integration into society. The review of the literature applicable to the object of study has shown that the agrarian conflicts that are still very dormant in Brazil have their roots in a model of occupation of the land absolutely concentrated, with the permanence of large estates which, if not counterproductive, is part of the generous government economic and political support, which is not the case in the same proportions in agrarian reform settlements. In this scenario of injustice land, gaining ground in Brazilians society, the MST, social movement that claims staff around the land issue, organizing its militants in the camps at the time of struggle for land and in relation to the settlers those who deal in the land seeking especially in relation to public authorities, their economic viability through measures at least equal to those granted to agribusiness. Although the ability to mobilize the MST is consistently identified as declining, which was observed in the camp and settlement studied was a strong presence in the local context of this movement, not only in relation to the camps and settlements, but also in social interactions of these characters in the socio-political location. (2 The macrocriminological classification adopted here distinction between criminology consensus and criminology conflict is SHECAIRA, Sergio Salomão. Criminology, p. 137 and 138).
34

En quête de dignité : essai d’une anthropologie de la reconnaissance sociale : le mouvement des Sans Terre au Brésil / In search of dignity : essay of an anthropology of social recognition : the Landless workers' movement in Brazil / Em busca da dignidade : ensaio de uma antropologia do reconhecimento social : o movimento Sem Terra no Brasil

Martig, Alexis 13 December 2011 (has links)
Cette recherche de thèse de doctorat se propose de réaliser une anthropologie de la reconnaissance sociale au Brésil à partir des revendications de « dignité » du Mouvement social des travailleurs ruraux Sans Terre (MST).Pour comprendre cette exigence de reconnaissance (Taylor, 1992), et définir dans quelle mesure l’engagement des travailleurs ruraux dans la lutte du MST résulte d’une motivation affective issue d’expériences de mépris social (Honneth, 2000), la réflexion se centre dans un premier temps sur les conditions sociohistoriques de constitution des travailleurs ruraux au Brésil. L’étude de l’historiographie brésilienne permet ainsi de mettre en lumière comment les valeurs de la société brésilienne, la nature de la structure agraire héritée de la colonie portugaise, les rapports de domination entre grands propriétaires terriens et travailleurs ruraux basés sur la « domination personnelle » ainsi que les représentations des travailleurs ruraux ont participé de la construction de cette population comme une population subalterne (Spivak, 1988). La recherche s’intéresse ensuite aux pratiques développées par le MST pour reconquérir une dignité. Basées sur un usage politique de l’artistique, ces pratiques sont instituées dans le mouvement social au sein du « Setor de Cultura » (Secteur de la Culture) et combinent les deux aspects des théories de la reconnaissance sociale : l’« auto-reconnaissance » en termes d’estime de soi (Honneth, 2000), et, la reconnaissance sociale en termes de politiques publiques (Fraser, 2005). C’est pourquoi, l’analyse de ces pratiques s’appuie dans un premier temps sur l’ethnographie des moments de socialisation développés par le « Setor de Cultura » pour saisir jusqu’où ils permettent de créer un sentiment d’identification au MST et donnent aux travailleurs ruraux l’opportunité de se constituer en tant que sujets politiques. L’analyse interroge ensuite les usages de la musique et du théâtre visant à transformer la représentation dominante des « Sans Terre » dans la société brésilienne, et à rendre ainsi légitime la réalisation de la Réforme Agraire aux yeux de l’opinion publique. / This research takes aim to realize an anthropology of social recognition in Brazil based on the study of the Landness social mouvement’s (MST) revendications of « dignity ».To understand these recognition’s demands (Taylor, 1992), and how the commitment of peasants into the MST’s struggle is based on an affective motivation determinated by experiences of social comtempt (Honneth, 2000), this reflexion focus at first on the sociohistorical conditions of the peasant’s constitution in Brazil. The study of brasilian historiography allows to determine how the brasilian society’s values, the land structure’s nature inherited from the portuguese colony, the domination’s relations between the big landowners and the peasants based on the « personal domination » and the social representations of the peasants had participed to build this population as a subaltern population (Spivak, 1988). Then, this research take an interest in the pratices developped by the MST to recover a dignity. Making a politic use of the artistic, these pratices are instituted in the social movement in the « Setor de Cultura » (Culture’s Sector) and combine the two aspects of the social recognition’s theories : the « auto-recognition » in terms of self’s esteem (Honneth, 2000), and, the social recognition in terms of publics policies (Fraser, 2005). That’s why, the analysis of these practices is first based on the ethnography of the socialisation’s moments developed by the « Setor de Cultura » to understanding however they allow to create an identification’s feeling within the MST and give an opportunity to the peasant to form them as politic subjects. Then, the analysis questions the music and theater’s uses aiming to transforme the Landless dominant representation in brazilian society, making like this as legitimated the achievement of the Land Reform for the outside word. / Essa tese de doutorado tem como objetivo de realizar uma antropologia do reconhecimento social no Brasil a partir das reivindicações de « dignidade » do Movimento social dos trabalhadores rurais Sem Terra (MST).Para entender essa exigência de reconhecimento (Taylor, 1992), e tentar esclarecer de que maneira o engajamento dos trabalhadores rurais na luta do MST é o resultado de uma motivação afetiva alimentada de experiências de desprezo social (Honneth, 2000). Nossa reflexão se concentra num primeiro tempo sobre as condições socio-históricas de constituição dos trabalhadores rurais no Brasil. O estudo da historiografia brasileira permite salientar como os valores da sociedade brasileira, a natureza da estrutura agrária herdada da colonização portuguesa, as relações de dominação entre os latifundiários e os trabalhadores rurais baseadas na « dominação pessoal » assim como as representações dos trabalhadores rurais participaram da construção dessa população como uma população subalterna (Spivak, 1988). Depois, a pesquisa se interessa nas práticas desenvolvidas pelo MST pela reconquista de sua dignidade. Baseadas no uso político do artístico, essas práticas foram formalizadas no movimento social dentro do « Setor de Cultura » e combinam os dois aspectos das teorias do reconhecimento social : o « auto reconhecimento » em termos de autoestima (Honneth, 2000) e, o reconhecimento social em termos de políticas públicas (Fraser, 2005). No entanto, a análise dessas práticas se apoia num primeiro tempo sobre a etnografia dos momentos de socialização desenvolvidos pelo « Setor de Cultura » para entender até onde eles permitem de criar um sentimento de identificação ao MST e dão aos trabalhadores rurais a oportunidade de se constituir como sujeitos políticos. A análise interroga num segundo tempo os usos da música e do teatro que tem como objetivo transformar a representação dominante dos « Sem Terra » na sociedade brasileira, e assim defender e mostrar a legitimidade da realização da Reforma Agrária aos olhos da opinião pública.

Page generated in 0.0869 seconds