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Custos bancários de transação do credito rural no Brasil / not availablePessôa, Andre Souto Maior 12 April 1996 (has links)
O sistema financeiro tem entre suas atividades principais a transferência de poupança de agentes econômicos superavitários para agentes deficitários proporcionando aumento na taxa de investimento das economias. No Brasil a crise fiscal do início da década de 80 provocou um distanciamento do sistema financeiro do financiamento das atividades produtivas, em particular da agricultura, que tem prazo longo de recuperação de capital para um ambiente de inflação elevada. O financiamento da dívida pública passou a ser a principal atividade dos bancos no Brasil. A zeragem automática junto à mesa do Banco Central garantia rentabilidade e segurança nessa atividade. Os ganhos com a inflação através do float1, decorrente da elevada inflação permitiu ganhos expressivos e uma expansão sem precedentes do sistema financeiro. Com o processo de estabilização da economia (controle da inflação e ajuste fiscal), o sistema financeiro está perdendo aos poucos esse nicho e deve buscar novas oportunidades de atuação junto às atividades produtivas, entre as quais a agricultura. É necessário, então, que os bancos estejam preparados para operar com custos de transação compatíveis com uma economia estável. Os custos bancários de transação no crédito rural no Brasil serão certamente um obstáculo à restruturação do modelo de financiamento rural, já que atualmente encontram-se negativamente influenciados pelo longo período de desajuste macroeconômico. Para tentar avaliar o estado da arte em que se encontram os custos bancários de transação no crédito rural em bancos oficiais brasileiros, essa pesquisa analisou um conjunto de 62 agências de 4 bancos que operam em 3 macroregiões. As agências foram analisadas relacionando-se os custos de transação (medidos por unidade monetária de empréstimo e por contrato) com alguns de seus fatores determinantes, tais como: tamanho da carteira de crédito rural (medido pelo volume total aplicado em crédito rural e pelo número de contratos); grau de especialização da agência (medido pela relação entre as aplicações em crédito rural e aplicações totais da agência); eficácia no uso da tecnologia bancária disponível (medida pelo valor médio dos contratos de crédito rural) e pelo fator tempo. Tanto a avaliação qualitativa quanto a análise estatística dos resultados demonstram que os custos de transação são extremamente elevados. Os fatores relacionados à escala de operações da agência (tamanho da carteira e valor médio dos contratos) são os que apresentam melhores oportunidades de redução dos custos de transação. Ou seja, aumentando-se a escala de operações em crédito rural é possível reduzir substancialmente os custo de transação em nível de agência. Já o grau de especialização da agência não se mostrou significativo, revelando uma pequena influência sobre os custos de transação. Pôde-se constatar através da variável dummy que os custos de transação sofreram uma redução estrutural entre 1990 e 1993, certamente decorrente do aperfeiçoamento da tecnologia bancária nesse período. Finalmente pode-se concluir que um acompanhamento permanente e detalhado dos custos bancários de transação no crédito rural nos bancos brasileiros será condição necessária para garantir a eficiência microeconômica para o modelo de financiamento rural que a estabilização de nossa economia irá exigir do sistema financeiro nacional. / not available
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Relações econômicas entre custo de transação de um banco privado e crédito rural / not availableGuidetti, Júlio Cesar Silva 03 February 1999 (has links)
O sistema financeiro desempenha papel fundamental na transferência de recursos dos agentes econõmicos superavitários para agentes deficitários, proporcionando o aumento na taxa de investimentos na economia. Recentemente, o Plano Real gerouinstabilidade em vária instituições do sistema financeiro do país. Com a estabilização da moeda, torna-se fundamental para os bancos a redução dos custos e a busca de maior eficiência na intermediação financeira. Para tentar avaliar o estado emque se encontram os custos de transação nos bancos privados no Brasil, esta pesquisa analisa uma amostra de 205 agências de um banco comercial em três regiões geográficas, efetuando uma análise qualitativa e quantitativa das relações econômicasentre custo operacional e alguns indicadores de desempenho da carteira de crédito rural e o volume total de aplicações. Os resultados demonstram que os custos médios de transação do banco são reduzidos. O tamanho da carteira de crédito e o graude especialização da agência em operações de crédito rural são os fatores que mais fortemente influenciam os custos de transação do banco. Ou seja, aumentando-se o valor desses parâmetros é possível reduzir substancialmente os custos detransação por unidade monetária de empréstimos. O valor médio dos contratos de crédito rural não se mostrou significativo revelando pequena influência na redução dos custos de transação. Finalmente, conclui-se que o banco em estudo deve buscar oconhecimento|mais aprofundado da sua estrutura de custos. Esse conhecimento é também essencial aos formuladores de política agrícola, para que os mesmos possam ter uma visão mais realista das possibilidades de intervenção das autoridadesmonetárias no sistema financeiro / not available
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O certificado de mercadoria com emissão garantida (CM-G) como fonte alternativa de financiamento para o setor agropecuário / The issued guarantied merchandise certificate <<parêntesesE>>CM-G<<parêntesesD>> as an alternative source of financing for the agricultural sectorFranca, Terezinha Joiyce Fernandes 00 December 1900 (has links)
O modelo de financiamento do setor agrícola, baseado na intervenção governamental, não possui mais possibilidade de sustentação. O próprio governo e as lideranças rurais reconhecem, dentre outras, a necessidade de criação de instrumentos que possam carrear recursos para o financiamento da atividade produtiva, em substituição/complementação ao Estado, e que modernizem a comercialização agrícola. Como conseqüência, os setores envolvidos têm buscado novas soluções e algumas propostas têm sido defendidas como saídas para o problema de como financiar a agricultura. Neste contexto, sob a perspectiva de que o setor rural necessita de maior independência do dinheiro oficial e que o desenvolvimento da agricultura, numa economia de mercado, deva contar com a participação do setor privado no financiamento de suas atividades, foram criados títulos para o setor rural e, dentre eles, o Certificado de Mercadoria com Emissão Garantida (CM-G). O presente estudo tem como objetivo geral examinar a viabilidade do CM-G ser um instrumento alternativo e/ou complementar de financiamento da agricultura para as finalidades de custeio e comercialização. Especificamente descreve-se a estrutura que dá suporte às duas modalidades do CM-G - entrega física futura garantida - CMFG, e entrega física disponível garantida - CMDG. Efetuou- se também a análise comparativa das características do CM-G com relação à outros títulos que também se propõe à comercialização· antecipada dos produtos agrícolas para alavancagem de capital, com ênfase à Cédula de Produto Rural (CPR). Diante da característica de incerteza do processo de produção agrícola e da importância que os custos financeiros envolvidos na obtenção de recursos para financiamento representam para o empreendimento rural, procurou-se determinar comparativamente, através de simulações, qual o custo financeiro envolvido na utilização do CM-G, da CPR e dos contratos tradicionais de crédito, baseados nas normas do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) para o custeio de soja, nas safras 94/95, 95/96 e 96/97. O Certificado de Mercadoria com Emissão Garantida (CM-G) foi o primeiro título com real garantia de entrega física da mercadoria e possibilidade de obtenção de recursos. É um título cuja natureza jurídica é a de um contrato mercantil de compra e venda de mercadorias. Voltado para o mercado físico, constituiu-se num avanço às modalidades de negociação existentes, pois compõe um sistema de negociação no qual os riscos tão comuns às operações nesse mercado são reduzidos, devido ao papel que a bolsa de mercadorias e cereais, a câmara de compensação de negócios (clearing house), o sistema de seguros e a armazenagem desempenham na viabilização do certificado, constituindo o sistema de negociação do CM-G. Esse sistema, que envolve também os bancos como prestadores de fiança e registradores do certificado na clearing, e que garantem o cumprimento do contrato, foi concebido para fazer interagir, cada um com sua função, os vários setores que atuam nesse sistema de comercialização de produtos agrícolas. O elo de ligação entre os agentes é a câmara de compensação de negócios (clearing house), cujo objetivo social é o registro, a compensação, a administração das garantias e a liquidação dos negócios. No cumprimento desses objetivos, torna-se o principal agente garantidor do sistema e, consequentemente, o principal responsável pela redução do risco de inadimplência, de ambas as partes, nas negociações do mercado físico através do CM-G. O fortalecimento desse mercado, através do aumento de credibilidade das operações, dá respaldo às operações no mercado de futuros, contribuindo para o seu crescimento e desenvolvimento. A partir das simulações efetuadas pode-se concluir que as operações com a CPR e o CMFG trariam resultados de receitas semelhantes para o produtor, envolvendo taxas de descontos bastante elevadas. Por outro lado, os recursos obtidos através do SNCR são os que permitiram o menor custo financeiro no custeio da safra e, portanto, a maior receita, mesmo na safra 1994/95, quando ainda eram corrigidos pela TR mais juros. O mercado de títulos agrícolas no Brasil, apesar de incipiente, foi bastante estimulado a partir do início das operações com o CM-G e a CPR. Reforçado pela mudança na condução da política agrícola que vem sendo implementada em direção à privatização dos financiamentos, principalmente de custeio e comercialização, esse mercado tende a se desenvolver e se consolidar, estimulando também o crescimento do mercado secundário de títulos, tornando o setor agrícola capaz de auto financiar-se. / The current agricultural financing model, based on government intervention, cannot be supported anymore. The government and the rural leaderships recognize the need for new financing tools, to modernize the trade of agricultural commodities. The proposal of a new bond for the rural sector brings more independence from public resources, relying more on the society. The main objective of this study is to examine the feasibility of the Issued Guaranteed Merchandise Certificate <<parêntesesE>>Certificado de Mercadoria Com Emissão Garantida - CM-G<<parêntesesD>> being an alternative and or a complementary instrument to finance agricultural production and trade. Specifically, it describes the structure that gives support to both models of CM-G: Guaranteed Future Delivery - CMFG, and Available Physical Delivery Guaranteed - CMDG. It has also been made the comparative analysis of the CM-G with a similar paper: Cédula de Produto Rural <<parêntesesE>>CPR<<parêntesesD>>. Considering the uncertainty that surrounds agricultural production and the impact that the cost of money has on the economic situation of the rural enterprise; this study tries to compare, using simulations, what is the financial cost involved on operations with CM-G, CPR and the traditional credit contracts. The calculations are based on the rules of the National Rural Credit System <<parêntesesE>>Sistema Nacional de Crédito Rural - SNCR<<parêntesesD>> on the cost of soybean, on the 94<>95, 95<>96 and 96<>97 crops. The Issued Guaranteed Merchandise Certificate was the first paper with real physical delivery. It is classified by law as a buy <> sell merchandise contract Aimed to the physical market, it brings an evolution because it reduces the risk, associated with this market This is due to the merchandise and cereals<> board of trade, the clearing house, the insurance and storage system. The banks play an important role in the system since they act as guarantor, as certificate registrar at the clearing house, and as responsable for the carrying out of the contract. The link between the agents is the clearing house. Its social objective is the registration, the compensation, the collaterals administration, as well as evening up the operation. Accomplishing these objectives makes the clearing house the main responsible for the reduction default on both sides of the CM-G physical market. The strengthening of this market contributes to the growth and development of future markets. The simulation shows that the operations with CPR and CMFG have similar impact on the producer's income and are associated with high discount rate. The resources obtained by SNCR are the least expensive, and therefore is associated with the larger income. This is true even on the 1994<>95 crop, when it was adjusted by TR plus the interest rate. The market of agricultural papers in Brazil, although incipient, was very stimulated by the operations with the CM-G and the CPR. The new agricultural policy is oriented to private financing. This market tends to develop and consolidate, stimulating the growth of the secondary titles market, increasing the agricultural sector capacity to finance itself.
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Análise do trabalho rural no nordeste do Brasil / not availableFreire, Carla Regina Ferreira 24 November 2000 (has links)
O objetivo deste estudo é analisar os aspectos relevantes do trabalho rural no Nordeste do Brasil, especificamente estrutura do emprego rural, fluxo migratório, evolução da produção e da produtividade e fatores relevantes na estimação da taxa de salário. Observa-se que o setor agrícola do Nordeste absorve 39,61% da População Economicamente Ativa (PEA) da Região, apesar de sua redução nos últimos anos. Com relação a escolaridade, constata-se que 45,94% da PEA rural não tem instrução. A distribuição das pessoas ocupadas na agropecuária nordestina aponta que os trabalhadores não remunerados e os que trabalham por conta própria representam a maioria absoluta no campo. Nota-se ainda que a produtividade do trabalho da Região é muito inferior àquelas observadas no Brasil como um todo e nas outras Regiões (R$ 60,85 ao mês). Verifica-se que 50,11% das pessoas que constituem a PEA rural do Nordeste recebem até 2 salários mínimos. Em 1975-1985, a produção nordestina elevou-se em função do aumento da relação área/homem e da produtividade da terra. A queda do emprego não foi suficiente para reduzir a produção, ou seja, a produção teria sido determinada pelos ganhos de produtividade do trabalho. No período de 1985-1995, visualiza-se redução da produção agrícola em todos os estados e Região, principalmente pela ocorrência de secas. No entanto, a análise dos 20 anos mostra que a produção agrícola da Região Nordeste registrou pequeno crescimento, apesar da redução no período 1985-1995. A metodologia utilizada para estimação de salários é fundamentada pelos argumentos de BACHA, E (1979), em que o salário é determinado em função do deslocamento da demanda de mão-de-obra sobre uma dada oferta (elástica) de mão-de-obra. São considerados fatores relevantes: força de trabalho, escolaridade e capital do trabalhador. A base de dados é constituída pelas atuais 177 microrregiões do Nordeste (sem incluir as microrregiões das capitais). Constata-se uma pequena variação negativa (-0,09%) no salário rural com o aumento de 1% na força de trabalho. Quanto às variáveis escolaridade e capital por trabalhador, ambas revelam influência positiva sobre a taxa de salário e apresentam também elevados níveis de significância. A variável capital por trabalhador mostrou-se a mais importante / not available
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Qualidade da habitação nos assentamentos rurais no PNHR/PMCMV do estado de São Paulo. Casos: Florestan Fernandes, Dona Carmem e Boa Esperança / Quality of housing in the rural settlements in the PNHR / PMCMV of the state of São Paulo. Cases: Florestan Fernandes, Dona Carmen and Boa EsperançaRodriguez, Angel Stive Castañeda 02 May 2016 (has links)
Após vários anos da implementação do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), pode se perceber uma preocupação na redução do déficit habitacional no campo, com uma meta física de 120.000 unidades habitacionais, das quais 70.000 correspondem ao Programa Nacional de Reforma Agraria (PNRA). Isto pode se considerar como um avanço, porem na maioria dos assentamentos rurais do país verificam-se soluções que nem sempre atendem de forma suficiente os condicionantes básicos e a organização das famílias. Por outro lado, no que se refere especificamente às moradias no aspecto arquitetônico e tecnológico, são construídas habitações a partir de um projeto padrão com área mínima, como alternativa para a redução de custos de produção das unidades. Neste contexto, este projeto tem como objetivo analisar o processo de produção de moradias do PNHR nos assentamentos rurais do estado de São Paulo seguindo duas abordagens, a qualidade do projeto arquitetônico, que procurará caracterizar, 1) os projetos na dimensão funcional (dimensionamento e flexibilidade), o nível de habitabilidade; e principalmente, 2) a adequação das características da habitação às condições particulares da vida no campo; e a qualidade construtivatecnológica, que visa compreender: 1) materiais, sistemas e componentes construtivos que têm sido empregados, 2) o regime de construção e 3) a articulação e participação dos agentes envolvidos nas etapas de projeto e produção das moradias nos empreendimentos escolhidos. A estratégia de pesquisa utilizada no trabalho consiste no estudo de quatro casos, buscando desenvolver uma análise de tipo qualitativa, por meio de fontes de evidência como documentação; registros em arquivos; entrevistas semiestruturadas; e observações diretas aos participantes e artefatos físicos. / After several years of implementation of the Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), is seen a concern in the reduction of the rural settlements deficit with a physical target of 120,000 housing units, 70,000 of which correspond to the Programa Nacional de Reforma Agraria (PNRA). This fact could be considered as an improvement, however, in the majority of the rural settlements of the country, are found solutions that do not always meet sufficiently the basic conditions and the organization of the families. Moreover, with specific reference to the housings architectonical and technological aspects-, are built housings from a standard project with a minimum area, as an alternative to the reduction of production costs of the units. Because of this context, this project aims to analyze the production process of housings of the PNHR in the rural settlements of the state of São Paulo according two approaches, quality of the architectural design, which seeks to characterize: 1) the projects in a functional dimension (dimension and flexibility), the level of habitability; and mainly 2) the adequacy of the characteristics of the housing to the particular conditions of the rural life; and the constructive-technological quality, which aims to understand: 1) materials, systems and constructive components that have been employed, 2) he construction scheme and 3) the articulation and participation of the agents involved in the stages of the project and the production of the housings in the selected cases. The research strategy used in the work was the study of four cases, seeking the development of a qualitative analyze through evidenced sources as documentation; records in files; semi-structured interviews; and direct observations to the participants and physical artifacts.
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O espaço \"concebido\" e o espaço \"vivido\" da morada rural: políticas públicas x modo de vida camponês / The conceived and lived space of the rural housing: public politics x peasant´s way of lifeArruda, Andréa Figueiredo 01 June 2007 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo, primeiramente, compreender e fazer o registro de duas questões fundamentais. A primeira é a territorialização do campesinato no Brasil, como se deu ao longo da história, e as políticas públicas que definiram e definem o desenho do espaço rural. O segundo registro insere-se num breve levantamento da demanda e produção habitacionais no país. A pesquisa parte também de uma experiência concreta de construção de moradias populares, em regime de mutirão e autogestão, no assentamento Fazenda Pirituba, Itapeva, São Paulo. A observação do modo de vida camponês, durante a implantação do Programa de Subsídio Habitacional Rural (PSH-Rural), aparece como um dos caminhos para entender os diversos ajustes e desajustes do mutirão. Por se tratar de um assentamento de mais de 20 anos, a Fazenda Pirituba se consolida como um território digno da manifestação camponesa, que se identifica desde a maneira como se espacializa o cotidiano dessas famílias, (re)definindo e (re)inventando o desenho do assentamento concebido via Estado, até a mediação com técnicos para organização do canteiro. A partir da observação do modo de vida do camponês, da relação dele com o trabalho, o tempo, a terra, a família e vizinhos e ainda a maneira como se espacializam essas relações, como a casa-quintal e o seu entorno, o sítio, é possível vislumbrar a formulação de políticas publicas condizentes com o seu modus vivendi. / The aim of this paper is at first, to understand and to register two fundamental issues. The first is the territorialization of the peasantry in Brazil as it happened through history, and the public policies which defined and define the design of the rural space. The second report is a brief survey of the housing demands and production in the country. The research is also based on a concrete experience of the construction of popular houses, in a kind of self management and getting together to build each others house in the settlement Fazenda Pirituba, Itapeva, São Paulo. The observation of the peasants way of life during the implantation of the Rural Housing Subsidy Program (PSH-Rural), appears as one of the ways to understand the several adjustments and disagreements of this method. Since it is a more than 20 years old settlement, the Fazenda Pirituba consolidates as a territory worthy of peasant manifestation that is identified from the way these families organize their daily activities redefining and reinventing the design of the settlement given by the state to the mediation with technicians for the organization of the place. Through the observation of the peasants way of life, their relation with the work, the time, the land, the family and neighbors and also how these relations happen, such as the house- backyard and its surroundings, the small farm; it is possible to visualize the formulation of public policies that are appropriate to their modus vivendi.
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From usa, with love : desenvolvimento, extensão rural e gêneroFigueiró, Lucas Woltmann January 2018 (has links)
Essa pesquisa consiste no estudo de marcadores sociais da diferença de gênero na história da Associação Rio-Grandense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER/RS-ASCAR). Semelhante ao modelo gestado nos Estados Unidos da América no início do século XX, a Associação reproduziu uma divisão social do trabalho definida com base na naturalização de características tidas como masculinas ou femininas: de um lado, a área agrícola ou agropecuária (“técnica”) que associava o homem a aspectos produtivos, de outro, a área de economia doméstica ou bem-estar social (“social”) que ligava a mulher a atividades domésticas-reprodutivas, incluindo seus/suas mediadores/as e assistidos/as. Pela pouca atenção que a literatura científica deu a esse esquema de gênero e, especialmente, à área “social”, passei a questionar: que espaços a mulher e a área “social” ocuparam ao longo da história da EMATER/RS-ASCAR e através de que meios e práticas representacionais a diferença de gênero ganhou significado? Que implicações isso trouxe à Associação? Buscando responder essas questões realizei análises documentais e entrevistas junto a quinze colaboradoras/es da Associação, material interpretado a luz de conceitos e problemas ligados a gênero e ao discurso do desenvolvimento. As análises sugerem que, em virtude da racionalidade biopolítica que justificou a abordagem dual do esquema de gênero, a área “social” ocupou um espaço secundário e complementar frente às ocupações produtivas. No que tange às representações, nos EUA e no Brasil inicialmente a mulher foi associada a esfera doméstica e naturalizada como responsável pela manutenção da saúde e da moral da família rural, devendo irradiar condutas e conhecimentos mais adequados segundo os paradigmas modernos ocidentais. A intervenção das mediadoras da área “social” deveria reforçar o cumprimento dessa função, o que seria obtido através de visitas individuais, organização de grupos de mulheres e na realização de palestras, seminários e demonstrações sobre temas relacionados à saúde, higiene, alimentação, vestuário e administração do lar, o que não impediu que, em alguns casos, fossem promovidos valores críticos e emancipatórios. Com as críticas que a extensão rural sofreu a partir década de 1980 e, em especial, a dúvida sobre a certificação que garantia as prerrogativas e benefícios da ASCAR como entidade beneficente de assistência social em 1992, o campo de atuação da área “social” e as proposições à mulher rural foram compelidas a mudar. Buscando se adequar aos preceitos da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), a partir de 2002 os discursos do trabalho voltado à mulher rural gradualmente foram reorientados para a busca de sua inclusão social e produtiva, articulando temas chave como violência intrafamiliar, agência política e dimensão produtiva, transbordando antigas representações que reduziam a mulher à função social de mãe e esposa. No entanto, em virtude de resistências de parte das assistidas e extensionistas, das incertezas sobre o papel a ser cumprido face a ampliação e complexificação do campo de trabalho “social” e da diversificação do quadro funcional em termos de gênero, formação e trajetória, a abordagem voltada à mulher rural passou a ser disputada. Isso revela um tempo híbrido do campo “social” onde velhas e novas necessidades e proposições que deram sentido à história da EMATER/RS-ASCAR se acumulam, gerando dúvidas sobre o tipo de mediação social a ser cumprida pelas/os extensionistas. / This research consists of the study of social markers of gender difference in the history of the Associação Rio-Grandense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER/RS-ASCAR). Similar to the model developed in the United States of America at the beginning of the 20th century, this Association reproduced a social division of labor defined on the basis of the naturalization of characteristics considered as masculine or feminine: on the one hand, the agricultural area (“technical”) which associated man with productive aspects, on the other, the area of domestic economy or social welfare (“social”) that associated woman to domestic-reproductive activities, including their mediators and assisted. Because of the lack of attention by the scientific literature to this gender scheme, and especially to the “social” area, I questioned: what spaces has the "social" area and woman occupied throughout EMATER/RS-ASCAR history and through what representational means and practices has the difference of gender gained meaning? What implications did this bring to the Association? Seeking an answer for these questions, I realized documental analysis and interviews with fifteen collaborators of the Association, material interpreted in the light of the concepts and problems related to gender and development discourse. The analysis suggests that, because of the biopolitical rationality which justified the dual approach of the gender scheme, the "social" area occupied a secondary and complementary space in front of the productive occupations. Regarding representations, in the USA and Brazil, woman was initially associated with the domestic and naturalized as responsible for the maintenance of the health and morals of the rural family and should generate more adequate behaviors and knowledge according to modern western paradigms. The intervention of the “social” mediators should reinforce the fulfillment of this function, which would be obtained through individual visits, organization of women's groups and the holding of lectures, seminars and demonstrations about topics related to health, hygiene, food, clothing, home administration, which did not prevent the promotion of critical and emancipatory values in some cases. With the criticism that the rural extension suffered since the 1980s, and especially the doubt about the certification that guaranteed the prerogatives and benefits of ASCAR as a social assistance charity in 1992, the field of activity of the "social" area and the propositions to rural woman were compelled to change. To comply with the provisions of the Organic Law on Social Assistance (LOAS), since 2002 the discourses on work directed at rural woman gradually were reoriented the search for social and productive inclusion, articulating key themes such as intrafamily violence, political agency and productive dimension, overflowing old representations that reduced woman to the social function of mother and wife. However, because of the resistance on the part of the assisted and extensionists, the uncertainties about the role to be played in the face of expansion and complexity of the "social" field of work and the diversification of the staff in terms of gender, formation and trajectory, the approach to rural woman has been disputed. This reveals a hybrid time of the “social” area where old and new needs and propositions that gave meaning to the history of EMATER/RS-ASCAR accumulate and cause doubts about the type of social mediation to be fulfilled by its extensionists.
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Os camponeses integradosBelato, Dinarte 13 July 2018 (has links)
Orientador: Jose Roberto do Amaral Lapa / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-13T20:11:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1985 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed / Mestrado / Mestre em História
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Coproducing universal primary education in a context of social exclusion : households, community organisations and state administration in a district of Karnataka, IndiaSubrahmanian, Ramya January 2000 (has links)
This thesis focuses on the challenge of achieving the goal of universal primary education in a context that is characterised by wide-ranging disparities in the education prospects of different social groups. An overall history of state failure to provide for universal education, and the patterns of exclusion and deprivation that constrain the participation of large sections of Indian rural populations provide the background to recent policy efforts to address the problem of low education participation. The thesis argues that concerted effort is required on the part of households and of the state if future efforts to achieve Universal Primary Education (UPE) are to be more successful than the past. It analyses new approaches which recognise the importance of challenging inequality in access to education, the role of community organisations in the process of stimulating participation in education, and the need for the reform of the administrative apparatus of the state into a more responsive, flexible institution. The coproduction framework facilitates the analysis of the means through which different institutional actors can co-operate in the production of goods and services. Recognition of the importance of social norms and networks that aid co-operation between different actors, and of the importance of effective governance on the part of the state in constructing positive relations between different actors are the strengths of the framework. However, the framework also has limitations. The thesis principally identifies the following: the assumption of shared orientations between users about the value of the good or service concerned, and the implicit assumption of homogeneity among service users and lack of attention paid to inequality and exclusion. Further, the thesis argues that there is insufficient empirical attention to the informal relations within which processes of implementation are embedded. Evidence of limitations is provided through application to a rural district, where the interface between state, community organisations and households in relation to primary education services is studied. Centrally, the thesis argues that the analysis of norms that perpetuate the reproduction of patterns of education exclusion is essential to identify the types of production processes and relationships that are necessary for inclusive and universal education.
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Economic and social change in Wensleydale and Swaledale in the nineteenth centuryHallas, C. S. January 1987 (has links)
Although rural areas share certain common characteristic's, individual districts and their communities exhibit many important differences. This study provides a detailed analysis of economic and social change in the nineteenth century in a specific rural upland area in the north Yorkshire Pennines. It is intended both to add to r the limited body of detailed knowledge which already exists in respect of rural, and specifically upland rural, areas and to test generalizations concerning the economic and social structure of such areas against the individual experience of Wensleydale and Swaledale. The major industries of the two dales in the nineteenth century, agriculture, mining, and textiles, formed the basis of the economy of many upland areas. The development and relative importance of these industries within Wensleydale and Swaledale is closely examined and compared with other areas in order to identify the uniqueness or otherwise of the extent and direction of change within the dales. The influence of local and non-local factors on the demise of two of these industries in the nineteenth century and on the structural changes in the third is also studied. The survival of upland areas in an increasingly industrialized and competitive society was constrained by inaccessibility. The extent to which road and rail transport assisted the two dales to overcome the problems of isolation is, therefore, examined. Although the present work is an economic and social study, it concerns itself primarily with economic change since a healthy economy was essential for the maintenance of a viable local community. The social condition of the community is studied in the context of its response to the rapidly changing economy in the nineteenth century. In particular, a detailed analysis is undertaken of the extent to which population growth and decline, and attendant migration, affected the well-being of the local community.
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