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O passeio do Esquizo ou as experimentações do silêncio: subjetivações e singularidades nas escritas de Ana Maria Gonçalves e PepetelaOliveira, Helaine de 12 May 2017 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-05-26T13:42:28Z
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Previous issue date: 2017-05-12 / Esta tese tem por finalidade fazer uma experimentação literária ou, uma esquizoanálise, a partir do pensamento do Delírio cunhado por Gilles Deleuze e Felix Guattari na obra O anti-Édipo. Procuraremos verificar de que formas o “sujeito escravo de produção”, ilustrado pela escrava Kehinde e pelo escravo mudo nas obras Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves e A gloriosa família, de Pepetela, produz o Silêncio na narrativa e é produzido por ele, através de seus por seus “Corpos sem Órgãos”, refletidos pela “escrita da Crueldade” de ambos os autores, inspirada nos propósitos do dramaturgo francês Antonin Artaud, em sua obra O teatro e seu duplo. / Cette thèse vise à faire une expérimentation littéraire ou un schizo, de la pensée de Delirium inventé par Gilles Deleuze et Félix Guattari dans le livre Anti-Oedipe. Nous cherchons à vérifier de quelles formes "le sujet esclave de production » illustrés par Kehinde et l'esclave muet dans les oeuvres Une couleur par défaut, Ana Maria Gonçalves et La glorieuse famille de Pepetela, produit le Silence dans le récit et est produit par lui à travers ses «Corps sans organes», réfléchis par la "cruauté ", inspiré par les buts du dramaturge français Antonin Artaud, dans son ouvrage Le théâtre et son double.
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Andanças de um cavaleiro rumo ao sulLima, Márcio 20 March 2017 (has links)
Submitted by Josimara Dias Brumatti (bcgdigital@ndc.uff.br) on 2017-03-20T14:41:48Z
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Dissertacao-Andancas de um cavaleiro rumo ao sul.pdf: 955648 bytes, checksum: e3105e5e0ad42fbb474f3de32831d4be (MD5) / Na presente dissertação de mestrado, intitulada Andanças de um cavaleiro rumo ao sul, trabalho elaborado a partir da leitura do romance O quase fim do mundo (2008), e a partir da análise e estudo do texto, optamos por discutir a figura do herói, as ações e atitudes decorrentes do posicionamento das personagens em meio as dificuldades provocadas por um evento, a morte dos seres vivos do planeta, causado por uma experiência científica feita por um grupo de religiosos denominado Paladinos da Liberdade. Observamos que as discussões sobre identidade, ética e a construção de um modelo de sociedade que seja a ultrapassagem deste que é apresentado no real, passa, necessariamente, por um procedimento ético. Entendemos que tal processo, tendo por base as ações e a conduta do personagem Simba Ukolo, são a representação do homem novo ou o modelo sobre o qual a humanidade deve se conduzir neste novo tempo. / In this dissertation, entitled Walkies of a knight to the South, elaborated from the lectures of the romance The almost en of the world and from the textual study and analysis, we decided to discuss the hero figure, the action and attitudes caused by/from the personage position through the difficult provoked by an event, in this case the death of the living in the planet, caused by a scientific experience made/done by a religious group, named the Freedon´s Champions. We noticed that the discussions about identity, ethics and the construction of a society model that is obsolete, when in consider this real presented, goes through, necessarily, and ethic’s process. We understand that this proceeding, based in the actions and attitudes of Simba Ukolo´s person represent new man or that humanity should follow in this new time.
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[pt] A CONSTRUÇÃO LITERÁRIA DO ESTADO-NAÇÃO EM ANGOLA E GUINÉ-BISSAU: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A GERAÇÃO DA UTOPIA E KIKIA MATCHO / [en] THE LITERARY CONSTRUCTION OF THE NATION-STATE IN ANGOLA AND GUINEA-BISSAU: A COMPARATIVE STUDY BETWEEN A GERAÇÃO DA UTOPIA AND KIKIA MATCHORICARDO AGUINELO AQUIXINCO GOMES CA 24 May 2021 (has links)
[pt] Esta dissertação tem como eixo central uma análise comparativa entre dois romances: A geração da utopia, do angolano Pepetela (1941-), publicado em 2000, e Kikia Matcho: o desalento do combatente, do guineense Filinto de Barros (1942-), lançado em 1999. Neste trabalho, apresenta-se uma reflexão acerca de algumas linhas de força presentes nesses dois romances e analisa-se as relações de ruptura e de continuidade entre o sistema colonial e o pós-independência em Angola e em Guiné-Bissau, por meio do exame das duas obras. Ao discutirem marcas do passado literário nesses países, as escritas de Filinto de Barros e de Pepetela procuram denunciar o abandono dos ex-combatentes, que foram excluídos de um projeto de nação após as guerras anticoloniais (de 1961 a 1975 em Angola e de 1963 a 1973 em Guiné-Bissau). As obras selecionadas representam o modo de viver das sociedades africanas em face do crescimento da corrupção e encenam os problemas da guerrilha, a desilusão, a miséria, os conflitos sociais internos e as inúmeras decepções que surgiram depois das independências angolana e guineense. Assim, questiona-se a relação que se estabelece entre a práxis literária e as sociedades africanas, tendo como enfoque a representação das elites políticas locais. / [en] This master s thesis has as its central axis a comparative analysis between two novels: A geração da utopia, by the Angolan author Pepetela (1941-), published in 2000, and Kikia Matcho: o desalento do combatente, by the Guinean writer Filinto de Barros (1942-), released in 1999. In this work, we present a reflection on some important themes present in these two novels, and we analyze the relations of rupture and continuity between the colonial and post-independence systems in Angola and Guinea-Bissau through the examination of the two novels. By discussing marks of the literary past in these countries, the writings of Filinto de Barros and Pepetela seek to denounce the abandonment of ex-combatants, who were excluded from a project of nationhood after the anti-colonial wars (from 1961 to 1975 in Angola and from 1963 to 1973 in Guinea-Bissau). The selected works represent the way of life of African societies in the face of growing corruption and stage the problems of the guerrilla war; the disillusionment and misery; the internal social conflicts; and the countless deceptions that arose after the Angolan and Guinean independences. Thus, the relationship between literary praxis and African societies is questioned, focusing on the representation of local political elites.
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O romance histórico da colonização : a figuração artística transgressiva do passado em O tetraneto del-rei, de Haroldo Maranhão, A gloriosa família, de Pepetela, e As naus, de António Lobo AntunesSilva, Rogério Max Canedo 31 March 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-05-31T18:15:10Z
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2016_RogérioMaxCanedoSilva.pdf: 1722069 bytes, checksum: 960de26b23b3060c26801fd347c2e022 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2016-06-23T13:34:55Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2016_RogérioMaxCanedoSilva.pdf: 1722069 bytes, checksum: 960de26b23b3060c26801fd347c2e022 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-23T13:34:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2016_RogérioMaxCanedoSilva.pdf: 1722069 bytes, checksum: 960de26b23b3060c26801fd347c2e022 (MD5) / Com base fundamentalmente na conceituação teórica de romance histórico de György Lukács (2011) e de Fernando Ainsa (1991; 2003), verificamos que a forma narrativa em destaque tem, nas últimas décadas, insistido no propósito de reequacionar acontecimentos passados e sua repercussão num presente permeável à vida de outrora. Em face de tais pressupostos, elegemos como corpus de análise os seguintes romances pertencentes às literaturas em língua portuguesa: O tetraneto del-Rei, de Haroldo Maranhão, A gloriosa família, de Pepetela, e As naus, de António Lobo Antunes. As três obras, respectivamente de autores brasileiro, angolano e português, figuram igualmente formações nacionais enfronhadas nos influxos históricos de um marco decisivo para os povos afetados: a expansão e refluxo da máquina mercante lusitana. Nossa tese concentra-se na hipótese principal de que são narrativas de extração histórica as quais estabelecem um diálogo profícuo entre si, na medida em que compartilham de um mesmo eixo estético-ideológico catalizador, por serem elaborações artísticas que subvertem versões correntes e hegemônicas da colonização portuguesa no processo literário de ficcionalização de um tempo pretérito determinante. Obras, em suma, que dão a ver períodos, personalidades, episódios controversos de um evento de grande influência coletiva e de enorme envergadura social, econômica e política: a colonização europeia dos trópicos e seus reflexos na antiga metrópole e ex-colônias, ainda na atualidade, o que demonstra como o movimento da história pode ser problematizado e reavivado pelos caminhos complexos e contraditórios da literatura na contemporaneidade. / Based mainly on György Lukács’ (2011) and Fernando Ainsa’s (1991) theoretical conceptualization of historical novel, we observed that in the last decades the historical novel has been insistent on re-equating facts from the past and their repercussion in a present time that is still bridged to the past. Considering this scenario, we chose the following Portuguese-language novels as the corpus for analysis: O tetraneto del-Rei, de Haroldo Maranhão, A gloriosa família, de Pepetela, e As naus, de António Lobo Antunes. A Brazilian, an Angolan and a Portuguese wrote the three novels (sequentially). Such novels display, in a similar manner, national formation ingrained in the historical and decisive fact, especially for those who were affected: the expansion and outcome of the Lusitanian merchant machine. Our thesis relies on the hypothesis that those are narratives of historical extraction that establish a fruitful dialogue among themselves, as they share a similar esthetic-ideological axis, since they are artistic elaborations that subvert current and hegemonic niches of the Portuguese colonization in the literary process of fictionalization of the past. These literary works present periods, personalities, and controversial episodes of an event of noticeable influence and social, economic and political dimension: The European colonization of the tropics and its consequences in the ancient metropolis and in the former colonies. This dimension reveals how the movement of the History can be problematized and revived by the contradictory and complex paths of the contemporary Literature.
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Parábola do Cágado Velho: entre ficção e história, (dis) utopias / Parábola do Cágado Velho: between fiction and history,(dys) topiasGóes, Eliane Rosa de 18 October 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-10-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Study of the novelistic structure of Parábola do Cágado Velho (2005), by Angolan
writer Pepetela or Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, who reenacts in his
fiction the history of Angola in the universal context. Among the ethnic and linguistic,
socio-economic, political and religious disparities raised, the denial of hopeful utopian
projections gave place to dystopias reversals. On the basis of the reversal of the
utopian gender, the dystopia acts as a non-place and a way of thinking new models
in Pepetela s novel, as they are incorporated into the utopian essence of Parábola do
Cágado Velho. From the mythical tradition emerges a reading of the narrative plot in
the form of a review and dialogue on the relationship between past and present,
suggesting historical changes for the future and other so-called meta-utopias. In
these, the idea of continuity, taken as a leitmotiv by the author, between the short
story and novel close to the anti-epic, prevails in the hybrid fictional text of the
parable. The myth provides the first step to this reading of time and differentiation
between the sacred and profane space. Rereading from which paradigms have
emerged of a critical work with the non-time in non-dissociation with space,
conjunction built by an ironic look between fiction and history, (dys) topias about the
fictional truth of Parábola do Cágado Velho. The three references derived from this
reading receive the following titles in this thesis: the novelistic structure of Parábola
do Cágado Velho; place and non-place in defining the narrative- imaginary structure;
Pepetela and the mythical symbols in translation (dystopian). In its three faces,
utopianism is revealed as a way of thinking founding possibilities of transformations
which multiply utopias: structural difference of this Angolan novel / Estudo da estrutura novelesca da Parábola do Cágado Velho (2005), do escritor
angolano Pepetela ou Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, que reencena, em
sua ficção, a história de Angola no contexto universal. Dentre as disparidades
étnicas e lingüísticas, sócio-econômicas, políticas e religiosas levantadas, a negação
de projeções esperançosas utópicas deu lugar às inversões das distopias. Na base
do reverso do gênero utópico, a distopia atua como um não lugar e modo de pensar
novos modelos na novela de Pepetela, uma vez incorporados à essência utópica da
parábola do cágado velho. Da tradição mítica emerge uma leitura da trama narrativa
em forma de reavaliação e diálogo na relação passado e presente, sugerindo
mudanças históricas para o futuro e outras chamadas metautopias. Nestas,
prevalece a idéia de continuidade, tomada como leitmotiv pelo autor, no texto
ficcional híbrido da parábola, entre o conto e a novela, próximo à anti-epopeia. O
mito oferece o primeiro passo para esta leitura do tempo e da diferenciação entre o
espaço profano e o sagrado. Releitura da qual emergiram paradigmas de um
trabalho crítico com o não-tempo em indissociação com o espaço, conjunção
construída por um olhar irônico entre ficção e história, (dis) utopias sobre a verdade
ficcional da Parábola do Cágado Velho. As três referências originadas desta leitura
recebem a seguinte titulação nesta dissertação: A estrutura novelesca de Parábola
do Cágado Velho; lugar e não-lugar na definição da estrutura do imaginário
narrativo; Pepetela e os símbolos míticos em tradução (distópica). Em suas três
faces, o utopismo é revelado como uma forma de pensar possibilidades fundantes
de transformações que multiplicam utopias: diferença estrutural desta novela
angolana
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De armas na mão: personagens-guerrilheiros em romances de Antonio Callado, Pepetela e Luandino Vieira / Weapons in hand: guerrillas as characters in Antonio Callados, Pepetelas and Luandino Vieiras novelsVeiga, Luiz Maria 19 June 2015 (has links)
Estudo sobre a representação literária da figura do guerrilheiro em romances do brasileiro Antonio Callado (1917-1997) e dos angolanos Pepetela (1941-) e José Luandino Vieira (1935-). Considerando que os autores recriam ficcionalmente realidades muito diferenciadas, em países e continentes distintos, num momento histórico que só as aproxima pelo contexto da Guerra Fria, mas compartilham personagens envolvidos na contestação armada do poder, queremos examinar como essas figuras são construídas, como se aproximam ou se distanciam, e de que maneira se transformam à medida que os textos produzidos se afastam do momento histórico que lhes serve de tema. Um capítulo inicial descreve o panorama geral das lutas políticas no século XX, o fim dos grandes impérios coloniais, o contexto da Guerra Fria, e traça um paralelo minucioso entre a resistência armada à ditadura brasileira e a luta guerrilheira contra o colonialismo português, situando os autores nesse contexto. Depois há uma discussão sobre a figura do guerrilheiro como motivo literário, exemplificado em Che Guevara, um levantamento de questões teóricas sobre o personagem literário e a apresentação e discussão do corpus: Quarup (1967), Bar Don Juan (1971), Reflexos do baile (1977), Sempreviva (1981), de Callado; As aventuras de Ngunga (1973), Mayombe (1980), A geração da utopia (1992), O planalto e a estepe (2009), de Pepetela; O livro dos rios (2006), O livro dos guerrilheiros (2009), de Luandino Vieira. Seguem-se perfis analíticos-interpretativos, feitos a partir da leitura cerrada, de 28 personagens de Callado, 18 personagens de Pepetela e oito personagens de Luandino Vieira, e as conclusões que essas cinquenta figuras nos sugeriram. / This dissertation presents a study of the literary representation of guerrillas in novels by the Brazilian Antonio Callado (1917-1997) and the Angolans Pepetela (1941-) and José Luandino Vieira (1935-). In their fictional recreations of distinct realities, historically contextualized in different countries and continents in the Cold War, these authors created characters who are directly involved in the armed contestation of power. Our purpose is to examine how these characters are constructed, how they converge or diverge in their characteristics, and the transformations they undergo as the focuses in the texts move away from the historical moment associated to their themes. The first chapter draws an overview of the political struggles in the twentieth century, of the end of the great colonial empires, and of the context of the Cold War, and makes a detailed comparison between the armed resistance to the Brazilian dictatorship, which is the context of Antonio Callado\'s novels, and the guerrilla warfare against Portuguese colonialism, where Pepetela\'s and José Luandino Vieira\'s novels are contextualized. Guerrilla warfare and the figure of guerrillas as literary motifs is the subject of the following chapter. The discussion is illustrated through the analysis of literary approaches of the figure of Che Guevara. This chapter also surveys theoretical questions about literary characters and analyzes the following novels : Quarup (1967), Bar Don Juan (1971), Reflexos do baile (1977), and Sempreviva (1981), by Callado; As aventuras de Ngunga (1973), Mayombe (1980), A geração da utopia (1992), O planalto e a estepe (2009), by Pepetela; O livro dos rios (2006), and O livro dos guerrilheiros (2009), by Luandino Vieira. The lasts chapters outlines analytical and interpretative profiles extracted from the close reading of twenty-eight characters by Callado, eighteen characters by Pepetela and eight characters by Luandino Vieira, and presents the conclusions we drew from the analyses of these fifty four characters.
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De armas na mão: personagens-guerrilheiros em romances de Antonio Callado, Pepetela e Luandino Vieira / Weapons in hand: guerrillas as characters in Antonio Callados, Pepetelas and Luandino Vieiras novelsLuiz Maria Veiga 19 June 2015 (has links)
Estudo sobre a representação literária da figura do guerrilheiro em romances do brasileiro Antonio Callado (1917-1997) e dos angolanos Pepetela (1941-) e José Luandino Vieira (1935-). Considerando que os autores recriam ficcionalmente realidades muito diferenciadas, em países e continentes distintos, num momento histórico que só as aproxima pelo contexto da Guerra Fria, mas compartilham personagens envolvidos na contestação armada do poder, queremos examinar como essas figuras são construídas, como se aproximam ou se distanciam, e de que maneira se transformam à medida que os textos produzidos se afastam do momento histórico que lhes serve de tema. Um capítulo inicial descreve o panorama geral das lutas políticas no século XX, o fim dos grandes impérios coloniais, o contexto da Guerra Fria, e traça um paralelo minucioso entre a resistência armada à ditadura brasileira e a luta guerrilheira contra o colonialismo português, situando os autores nesse contexto. Depois há uma discussão sobre a figura do guerrilheiro como motivo literário, exemplificado em Che Guevara, um levantamento de questões teóricas sobre o personagem literário e a apresentação e discussão do corpus: Quarup (1967), Bar Don Juan (1971), Reflexos do baile (1977), Sempreviva (1981), de Callado; As aventuras de Ngunga (1973), Mayombe (1980), A geração da utopia (1992), O planalto e a estepe (2009), de Pepetela; O livro dos rios (2006), O livro dos guerrilheiros (2009), de Luandino Vieira. Seguem-se perfis analíticos-interpretativos, feitos a partir da leitura cerrada, de 28 personagens de Callado, 18 personagens de Pepetela e oito personagens de Luandino Vieira, e as conclusões que essas cinquenta figuras nos sugeriram. / This dissertation presents a study of the literary representation of guerrillas in novels by the Brazilian Antonio Callado (1917-1997) and the Angolans Pepetela (1941-) and José Luandino Vieira (1935-). In their fictional recreations of distinct realities, historically contextualized in different countries and continents in the Cold War, these authors created characters who are directly involved in the armed contestation of power. Our purpose is to examine how these characters are constructed, how they converge or diverge in their characteristics, and the transformations they undergo as the focuses in the texts move away from the historical moment associated to their themes. The first chapter draws an overview of the political struggles in the twentieth century, of the end of the great colonial empires, and of the context of the Cold War, and makes a detailed comparison between the armed resistance to the Brazilian dictatorship, which is the context of Antonio Callado\'s novels, and the guerrilla warfare against Portuguese colonialism, where Pepetela\'s and José Luandino Vieira\'s novels are contextualized. Guerrilla warfare and the figure of guerrillas as literary motifs is the subject of the following chapter. The discussion is illustrated through the analysis of literary approaches of the figure of Che Guevara. This chapter also surveys theoretical questions about literary characters and analyzes the following novels : Quarup (1967), Bar Don Juan (1971), Reflexos do baile (1977), and Sempreviva (1981), by Callado; As aventuras de Ngunga (1973), Mayombe (1980), A geração da utopia (1992), O planalto e a estepe (2009), by Pepetela; O livro dos rios (2006), and O livro dos guerrilheiros (2009), by Luandino Vieira. The lasts chapters outlines analytical and interpretative profiles extracted from the close reading of twenty-eight characters by Callado, eighteen characters by Pepetela and eight characters by Luandino Vieira, and presents the conclusions we drew from the analyses of these fifty four characters.
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Retratos do colono, do colonizador, do cidadão: a representação literária da minoria branca em Nós, os do Makulusu e em outras narrativas angolanas / Portraits of the settler, the colonizer and the citizen: literary representation of the white minority in Nós, os do Makulusu (We, the ones from Makulusu) and other Angolan narrativesVeiga, Luiz Maria 18 March 2010 (has links)
Inspirados nos retratos de colonizadores e colonizados apresentados por Albert Memmi e Franz Fanon, escolhemos algumas narrativas angolanas para perceber de que modo são retratados literariamente os membros de uma minoria: os brancos, colonizadores ou colonos e, num momento posterior, cidadãos da república independente. É, portanto, um estudo de personagens literários, sua construção, constituição, e inclui as sugestões interpretativas que, a partir deles, pudemos fazer. Nós, os do Makulusu (1975), de José Luandino Vieira (1935-) é nosso corpus principal. Percorremo-lo do núcleo central de personagens aos mais fugidios e efêmeros. Constituem um corpus secundário os romances As lágrimas e o vento (1975), de Manuel dos Santos Lima (1935-), em que estudamos os personagens brancos e a visão que os colonizados têm deles; de Pepetela (1941-), A geração da utopia (1992), foco na personagem Sara Pereira, seus anos de exílio e seu retorno à terra natal; de Manuel Rui (1941-), Rioseco (1997), o personagem sô Pinto, português que continuou em Angola após a debandada dos brancos em 1975 e vive no Mussulo. Todas estas obras dialogam com momentos historicamente determinados, numa linha do tempo que vai de meados da década de 1930 até meados da década de 1980, da sociedade colonial à crise colonial e ao país independente. Procuramos pensar estas obras em diálogo não apenas com as outras literaturas de língua portuguesa, com as quais têm relação óbvia, também com outras obras da literatura ocidental, da qual elas, devemos enfatizar sempre isso, também fazem parte. / The portraits of colonizers and colonists that were presented by Albert Memmi and Franz Fanon inspired me selecting some Angolan narratives in order to perceive the way the members of a minority are literarily portrayed: the white minority, of either colonizers or settlers, and afterwards of citizens of the independent republic. This is a study of literary characters, their construction and constitution, and it includes the interpretations I was able to suggest from them. The novel Nós, os do Makulusu (1975), by José Luandino Vieira (1935-), is the main source of this research. I examined its characters thoroughly, from those of its central nucleus to the most fleeting and ephemeral ones. The following novels served as a second source for the research. As lágrimas e o vento, Tears and the wind (1975), by Manuel dos Santos Lima (1935-), in which I studied the white characters and how black and mestizo characters see them. A geração da utopia, The generation of utopia (1992), by Pepetela (1941-), in which I focused on the character Sara Pereira, her years of exile and her return to native land. Rioseco, Dry river (1997), by Manuel Rui (1941-), in which we studied the character sô Pinto (Mr. Pinto), a Portuguese that lives in Mussulos island (Luanda) and remained in Angola after the scampering of the Whites in 1975. All those works dialogue with specific moments of history, in a chronology from the mid 1930s to the mid 1980s, from the colonial society to the colonial crisis and the independent country. We tried to posit a dialogue of those works not only with other literatures in Portuguese language, but also with other works of the Western literature, of which, it must be always emphasized, they are also a part.
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Aparando as arestas : um retrato das gerações pré e pós-74 em Portugal e AngolaPinheiro, Vanessa Neves Riambau January 2011 (has links)
Este estudo realiza um percurso histórico-literário das gerações que antecederam e que sucederam o salazarismo e seus reflexos em Portugal e Angola a partir da análise de duas obras: O jardim sem limites (1995), da autora portuguesa Lídia Jorge e Predadores (2008), do escritor angolano Artur Pestana, conhecido como Pepetela. Aquela mostra-nos personagens de diferentes idades deslocados em seu país, ainda que por motivos diferentes: os antigos, por não se reconhecerem neste novo Portugal democrático - ainda que conservador-, e os jovens, por tampouco se identificarem com este lugar cujo passado recente desconhecem. A obra do escritor luso-africano, por sua vez, relata um período que vai de 1974, imediatamente após a queda do Estado Novo e um ano antes da independência, até 2004, três anos depois do fim da guerra civil que sucedeu a guerra pela liberação. Assim, temos duas gerações alternadas: os pré-74 – e entre estes estão os que lutaram pela liberdade de Angola e os que não se envolveram com política, bem como com seu posterior desfecho -, e os filhos da guerra, todos alienados em relação ao contexto político-social do qual fazem parte. Parece-nos válido comparar os relacionamentos entre essas gerações e verificar como se deu a representação dessas em Portugal e Angola, países que têm suas histórias simbioticamente relacionadas, apesar de antagônicas. Para chegarmos às conclusões deste estudo, revisitamos a História até chegarmos ao cerne da problemática atual, ou seja, a desconolonização. Em nosso estudo, nos embasamos principalmente nos conceitos formulados a partir da crítica histórica, pós-colonial e filosófica. Partindo do princípio de que o corpus é distinto entre si, embasamo-nos nos estudos de pensadores portugueses como Teixeira de Pascoaes, Eduardo Lourenço e José Gil e de filósofos como Deleuze para trabalhar a obra portuguesa e recorremos aos escritos de Anderson, Hobsbaw, Hall e Bhaba para analisar a representação da questão identitária em Angola. Os pontos comuns entre ambos serão desenvolvidos a partir de autores como Lipovetsky. / This study traces a historical and literary journey of the generations before Salazarism and the repercussions of that regime in Portugal and Angola, based on the analysis of two books: O jardim sem limites (The Garden without Limits, 1995) by Portuguese writer Lidia Jorge, and Predadores (Predators, 2008) by Angolan writer Artur Pestana (also known as Pepetela). The first author shows us characters of different ages misplaced in their own country,but for different reasons: the old-timers who don’t recognize themselves in the new democratic, though conservative, Portugal; and the young people who also don’t relate to this place whose recent past they ignore. On the other hand the Luso-African writer book reports a period from 1974 (immediately after the fall of the New State and a year before independence) until 2004, three years after the civil war that followed the Liberation War. So, we have two alternating generations, the pre-74’s (fighters for freedom in Angola and who didn’t become involved with politics and its subsequent outcome) and the sons of war (all alienated about the social and political context in which they live). It seems valid to compare the relationships between these generations and to see how their representation occurs in Portugal and Angola (countries with antagonistic but symbiotically related history). To reach the conclusions of this study, we revisited History to touch the core of the current problem, i.e., deconolonization. We based our study mainly on the concepts formulated from historical, postcolonial and philosophical theories. Assuming that the corpus is distinct, we based our analysis of the Portuguese book on the studies of Portuguese thinkers as Teixeira de Pascoaes, Eduardo Lourenço, and José Gil as well as philosophers like Deleuze. On the other hand, to analyze the representation of identity issues in Angola we refer to the works of Anderson, Hobsbaw Hall and Bhaba. The commonalities between both books are developed from authors like Lipovetsky.
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Aparando as arestas : um retrato das gerações pré e pós-74 em Portugal e AngolaPinheiro, Vanessa Neves Riambau January 2011 (has links)
Este estudo realiza um percurso histórico-literário das gerações que antecederam e que sucederam o salazarismo e seus reflexos em Portugal e Angola a partir da análise de duas obras: O jardim sem limites (1995), da autora portuguesa Lídia Jorge e Predadores (2008), do escritor angolano Artur Pestana, conhecido como Pepetela. Aquela mostra-nos personagens de diferentes idades deslocados em seu país, ainda que por motivos diferentes: os antigos, por não se reconhecerem neste novo Portugal democrático - ainda que conservador-, e os jovens, por tampouco se identificarem com este lugar cujo passado recente desconhecem. A obra do escritor luso-africano, por sua vez, relata um período que vai de 1974, imediatamente após a queda do Estado Novo e um ano antes da independência, até 2004, três anos depois do fim da guerra civil que sucedeu a guerra pela liberação. Assim, temos duas gerações alternadas: os pré-74 – e entre estes estão os que lutaram pela liberdade de Angola e os que não se envolveram com política, bem como com seu posterior desfecho -, e os filhos da guerra, todos alienados em relação ao contexto político-social do qual fazem parte. Parece-nos válido comparar os relacionamentos entre essas gerações e verificar como se deu a representação dessas em Portugal e Angola, países que têm suas histórias simbioticamente relacionadas, apesar de antagônicas. Para chegarmos às conclusões deste estudo, revisitamos a História até chegarmos ao cerne da problemática atual, ou seja, a desconolonização. Em nosso estudo, nos embasamos principalmente nos conceitos formulados a partir da crítica histórica, pós-colonial e filosófica. Partindo do princípio de que o corpus é distinto entre si, embasamo-nos nos estudos de pensadores portugueses como Teixeira de Pascoaes, Eduardo Lourenço e José Gil e de filósofos como Deleuze para trabalhar a obra portuguesa e recorremos aos escritos de Anderson, Hobsbaw, Hall e Bhaba para analisar a representação da questão identitária em Angola. Os pontos comuns entre ambos serão desenvolvidos a partir de autores como Lipovetsky. / This study traces a historical and literary journey of the generations before Salazarism and the repercussions of that regime in Portugal and Angola, based on the analysis of two books: O jardim sem limites (The Garden without Limits, 1995) by Portuguese writer Lidia Jorge, and Predadores (Predators, 2008) by Angolan writer Artur Pestana (also known as Pepetela). The first author shows us characters of different ages misplaced in their own country,but for different reasons: the old-timers who don’t recognize themselves in the new democratic, though conservative, Portugal; and the young people who also don’t relate to this place whose recent past they ignore. On the other hand the Luso-African writer book reports a period from 1974 (immediately after the fall of the New State and a year before independence) until 2004, three years after the civil war that followed the Liberation War. So, we have two alternating generations, the pre-74’s (fighters for freedom in Angola and who didn’t become involved with politics and its subsequent outcome) and the sons of war (all alienated about the social and political context in which they live). It seems valid to compare the relationships between these generations and to see how their representation occurs in Portugal and Angola (countries with antagonistic but symbiotically related history). To reach the conclusions of this study, we revisited History to touch the core of the current problem, i.e., deconolonization. We based our study mainly on the concepts formulated from historical, postcolonial and philosophical theories. Assuming that the corpus is distinct, we based our analysis of the Portuguese book on the studies of Portuguese thinkers as Teixeira de Pascoaes, Eduardo Lourenço, and José Gil as well as philosophers like Deleuze. On the other hand, to analyze the representation of identity issues in Angola we refer to the works of Anderson, Hobsbaw Hall and Bhaba. The commonalities between both books are developed from authors like Lipovetsky.
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