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Componente P1 do potencial evocado auditivo cortical nos primeiros meses de uso do implante coclear na desordem do espectro da neuropatia auditiva / P1 cortical auditory evoked potential in the first months of cochlear implant use in auditory neuropathy spectrum disorder

Vicente, Leticia Cristina 25 April 2014 (has links)
O implante coclear tem sido considerado uma opção de reabilitação em pacientes com a Desordem do Espectro da Neuropatia Auditiva. Contudo, a sua indicação é relativamente recente, e, com isso, poucos estudos investigaram o desenvolvimento cortical nestes pacientes. Até o momento, não há estudos longitudinais que caracterizem o desenvolvimento do sistema auditivo central após a ativação do implante coclear. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o componente P1 do potencial evocado auditivo cortical nos primeiros meses de uso do implante coclear em crianças com a Desordem do Espectro da Neuropatia Auditiva. Participaram deste estudo oito crianças diagnosticadas com Desordem do Espectro da Neuropatia Auditiva, com perda auditiva pré-lingual de grau severo ou profundo e usuárias de implante coclear. A pesquisa do potencial evocado auditivo cortical foi realizada com o estímulo de fala /da/, apresentado em campo livre, em três sessões de avaliação: na ativação dos eletrodos, com três e com seis meses após a ativação do implante coclear. Os registros obtidos foram analisados pela pesquisadora e por um juiz experiente em eletrofisiologia a fim de verificar a concordância das análises. Houve concordância de 100% (Kappa=1) entre os juízes quanto à ocorrência do componente P1, com coeficiente de correlação interclasse excelente para os valores de latência e amplitude. Quanto à morfologia, o componente P1 caracterizou-se como um pico positivo robusto na primeira sessão de avaliação. O componente P1 foi registrado em 71,43% da casuística na primeira sessão, em 87,50 % na segunda e em 85,71% na terceira sessão de avaliação. Nos pacientes em que foi possível observar o componente P1 em todas as sessões de avaliação, observou-se uma redução da latência considerando o primeiro e último momento de avaliação, contudo, os resultados mostraram-se heterogêneos entre as crianças avaliadas. Assim, na pesquisa do componente P1 do potencial evocado auditivo cortical, não foi possível determinar um padrão de comportamento deste componente em crianças com a Desordem do Espectro da Neuropatia Auditiva nos seis primeiros meses de uso do implante coclear. / Cochlear implants have been considered a rehabilitation option in patients with auditory neuropathy spectrum disorder. However, their indication is relatively recent, thus, few studies have investigated cortical development in these patients. So far, no longitudinal study has characterized the development of the central auditory system, following cochlear implant activation. This study aimed at characterizing P1 cortical auditory evoked potential in the first months of cochlear implant use, in children presented with auditory neuropathy spectrum disorder. Eight children diagnosed with auditory neuropathy spectrum disorder, with severe or profound pre-lingual hearing loss, users of cochlear implant, participated in this study. The cortical auditory evoked potential research was performed with the /da/ speech stimulus presented in free field, in three assessment sessions: at electrodes activation, at three and at six months, following cochlear implant activation. The recordings obtained were analyzed by the researcher and by an experienced electrophysiologist, so as to verify the agreement of the analyses. There was 100% agreement (Kappa=1) between the referees, as to the occurrence of component P1, with an excellent interclass correlation coefficient for latency and amplitude values. Regarding morphology, P1 was characterized as a robust positive peak in the first assessment session, being recorded in 71.43% of the sample, in the first session, in 87.50%, in the second, and in 85.71%, in the third. In patients in whom it was possible to observe P1 in all assessment sessions, a latency reduction was observed, considering the first and last time of evaluation, nevertheless, the results were shown to be heterogeneous among the children assessed. Thus, in the P1 cortical auditory evoked potential research, it was not possible to determine a behavior pattern of this component in children presented with auditory neuropathy spectrum disorder, in the first six months of cochlear implant use.
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Freqüência de uso do aparelho de amplificação sonora individual associado ao implante coclear nos pacientes adultos do HCFMUSP / The frequency of use of the hearing aid associated to the cochlear implant in adult patients of HCFMUSP

Yamaguchi, Cintia Tizue 30 September 2009 (has links)
OBJETIVO: Identificar a freqüência do uso de AASI contralateral ao implante coclear (IC), determinar as razões de alguns pacientes não usarem AASI contralateral e verificar o efeito do resíduo de audição na opção de uso do AASI contralateral ao IC. MÉTODOS: estudo observacional, transversal com 82 pacientes adultos submetidos a um questionário. RESULTADOS: Nesta amostra 70 não-usuários foram identificados. A prevalência de usuários foi de 12%, com IC 95% (11-13%). A maioria dos não usuários (58,2%) relataram ausência de benefício com AASI, enquanto que 23,6% relataram não ter sido orientada a utilização. Usuários tinham média tonal de 107 dBNA, contra 117 dBNA entre os não usuários. CONCLUSÃO: O uso de AASI contralateral é raro nesta amostra, devido à falta audição residual ou benefício com a amplificação / OBJECTIVE: To identify the frequency of the use of hearing aid contralateral to the cochlear implant; to determine the reasons why some patients do not use a contralateral hearing aid; to check the effect of residual hearing in contralateral hearing aid (CHA) users. METHODS: observational, transversal study with 82 adult patients who were submitted to a questionnaire. RESULTS: In this sample 70 non-users were identified. The prevalence of CHA users was 12% with 95% CI (11-13%). Most CHA non users (58.2%) reported lack of benefit with hearing aids, while 23,6% reported not being referred to the use. CHA users had pure tone average of 107 dB HL, versus the 117 dB HL among non users. CONCLUSION: The use of contralateral hearing aid is rare in this sample due to lack residual hearing or benefit with the amplification
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A percepção de fala no ruído em idosos: influência do grau e configuração da perda auditiva / The speech perception in noise in elderlies: influence of hearing loss degree and audiogram configuration

Quadros, Isabela Alves de 17 February 2017 (has links)
A avaliação para diagnóstico da perda auditiva em idosos é comumente realizada com o mesmo protocolo dos pacientes adultos, porém, essa população apresenta características audiológicas distintas, devido ao envelhecimento global do sistema auditivo periférico e central. A queixa principal da perda auditiva associada ao envelhecimento é a dificuldade de compreensão de fala, principalmente em ambientes com ruído competitivo. Desta forma, a avaliação audiológica convencional é fundamental, porém insuficiente para avaliar as queixas auditivas do idoso, uma vez que os testes utilizados não permitem uma avaliação da compreensão da fala em situações do dia-a-dia, incluindo as situações com ruído competitivo. Assim, a realização de testes que avaliam a percepção de fala no ruído é imprescindível na avaliação da percepção de fala nesta população. A literatura da área evidencia relação entre os limiares audiométricos e as habilidades de percepção da fala, mas os estudos desta relação na presença de ruído competitivo são escassos. Objetivo: investigar a influência da idade, do grau da perda auditiva e da configuração da curva audiométrica na percepção de fala na presença de ruído competitivo em idosos com perda auditiva. Materiais e métodos: Participaram 164 indivíduos (93 do gênero masculino e 71 do gênero feminino), idade entre 60 a 90 anos, divididos nos grupos: G1 126 indivíduos, 49 do gênero feminino e 77 do gênero masculino, com configuração abrupta; G2 - 38 indivíduos, 22 do gênero feminino e 16 do gênero masculino, com configuração descendente. Os critérios de inclusão foram: idade igual ou maior à 60 anos; perda auditiva sensorioneural bilateral simétrica; indivíduos não usuários de aparelho de Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI); ausência de alterações cognitivas. Foi realizado o teste de percepção de fala por meio do Hearing Noise in Test (HINT), nas modalidades mono e binaural, com fone auricular. A análise estatística foi composta pela Regressão Linear Múltipla. Resultados: A configuração e o grau da perda auditiva de maior ocorrência foi, respectivamente, abrupta e moderado. Ao considerar a configuração, a média ISO e a idade como variáveis independentes, os valores de R² ajustado variaram, na modalidade binaural de 28% a 65%, e na modalidade monoaural de 42% a 65%. Quanto à configuração, grau da perda auditiva e idade, os valores de R² ajustado variaram, na modalidade binaural de 20% a 48%, e na modalidade monoaural de 37% a 58%. A diferença ocorreu quanto à idade, média ISO e grau da perda auditiva (p0,05) em todas as condições do HINT, exceto na condição de ruído à esquerda na modalidade binaural, na qual houve diferença apenas para média ISO. Os valores de da média ISO foram maiores em comparação à idade. Conclusão: A configuração audiométrica não influenciou o desempenho dos indivíduos idosos no HINT, no entanto, houve influência da idade e da perda auditiva (grau e média ISO). A perda auditiva apresentou maior influência na percepção de fala, tanto no silencio como no ruído e nas modalidades de escuta monoraural e binaural, em comparação à idade. / The evaluation of hearing loss in elderly is generally realized with the same patients adults protocol, however, the elderly population presents audiological characteristic different, because the overall aging of the central and peripheral auditory system. The main complaint of presbycusis is the difficulty to understand the speech, mainly in places with competitive noise. This way, the conventional evaluation audiological is fundamental, however not enough to evaluate the audiological complaint of elderly, because this tests do not measure the perception speech in day-to-day, including situation with competitive noise. To realize test that measure the speech perception in noise is indispensable in elderly population. The literature show relation between audiometric thresholds and speech perception abilities, but the investigations about this relation when there is competitive noise are scarce. Aim: To investigate the influence of age, hearing loss degree and audiogram configuration in speech perception in noise in elderly with hearing loss. Methods: 164 individuals (93 male and 71 female), age between 60 and 90 years old, divided in groups: G1 126 individuals, 49 female and 77 male, with gradually falling audiogram configuration; G2 38 individuals, 22 female and 16 male, with a abruptly falling audiogram configuration. The inclusion criteria were: age 60 years old; sensorineural hearing loss (bilateral and symmetrical); individuals not users of hearing aid; absence of cognitive alterations. It was realized the Hearing Noise in Test (HINT), in the mono and binaural modalities, with earphones. The statistical analysis was composed by Multiple Linear Regression. Results: The configuration and degree of hearing loss of highest occurrence was, respectively, abruptly falling and moderate. When considering the audiogram configuration, ISO mean and age as independent variables, the R² adjusted varied in the binaural modality from 28% to 65%, and in the monaural modality from 42% to 65%. About the configuration, degree of hearing loss and age, the R² adjusted varied in the binaural modality from 20% to 48% and in the monaural modality from 37% to 58%. The difference occurred with respect to age, ISO mean and degree of hearing loss (p0.05) in all HINT conditions, except in the left noise condition in the binaural modality, in which there was difference only to the ISO mean. The values of of the ISO mean were higher in comparison to the age. Conclusion: The audiogram configuration did not influence the performance of elderly individuals in the HINT, however, there was influence of age and hearing loss (ISO mean and degree). The hearing loss had a greater influence on speech perception, both in silence and in noise, and in monorail and binaural listening modalities, compared to age.
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Estudo da saúde auditiva em adultos jovens da área odontológica / Hearing health at the dentistry young adults: knowledge and audiological profile

Santos, Cibele Carméllo 31 May 2011 (has links)
Introdução: Profissionais da área odontológica lidam diariamente com instrumentos que emitem ruído, o que pode vir a causar alterações auditivas e efeitos negativos na comunicação e na qualidade de vida desses profissionais. Considerando o fato de que tais ruídos não podem ser eliminados, é importante que a conscientização dos futuros profissionais da odontologia seja iniciada ainda no início do curso universitário, mencionando os riscos a que estarão sendo expostos para que possam controlá-los com prevenção e tratamento, bem como obter informações consistentes a respeito do comportamento dos limiares auditivos dos cirurgiões-dentistas. Objetivo: Investigar o conhecimento de alunos do curso de graduação em Odontologia sobre saúde auditiva e caracterizar o perfil audiológico e os hábitos auditivos dos participantes da pesquisa. Metodologia: Após a aprovação do Comitê de Ética sob o processo número 045/2009, o projeto foi realizado em duas etapas. A primeira constituiu-se da aplicação de questionários aos 367 alunos dos cursos de graduação em Odontologia da Faculdade de Odontologia de Bauru FOB/USP e USC e da Faculdade de Odontologia de São Paulo FO/USP. Na segunda etapa, 25 alunos do primeiro e quarto anos de graduação das faculdades de Bauru foram convidados a realizar as seguintes avaliações: audiológica convencional, logoaudiometria, imitanciometria e a avaliação complementar (audiometria de altas frequências e emissões otoacústicas transientes e por produto de distorção). Resultados: Na primeira etapa, verificou-se que os alunos desconhecem o risco que o ambiente ocupacional e de lazer proporcionam à saúde auditiva e, desse modo, verificou-se que se faz necessária a conscientização sobre a exposição do ruído e suas consequências a fim de criar um programa de promoção e prevenção principalmente na saúde ocupacional dessa população, considerando que essa problemática interfere na qualidade de vida dos que atuam na profissão odontológica. Na segunda etapa completaram as provas 25 participantes (X= 23 anos). Apesar dos limiares se encontrarem de acordo com a normalidade para a OMS (Organização Mundial de Saúde) e também para a Portaria nº 19 do Ministério do Trabalho, houve uma entalhe na frequência de 6 kHz e 12,5 kHz em ambas as orelhas na audiometria convencional e audiometria tonal de altas frequências. A média mínima encontrada na orelha direita foi de 4,6 dB em 14 kHz e para a orelha esquerda foi de 4 dB em 1 kHz e a média máxima para a orelha direita foi de 12,4 dB em 6 kHz e para a orelha esquerda foi de 14 dB em 6 kHz. Para a logoaudiometria e imitanciometria, 100% dos participantes apresentaram exame de forma compatível com a audiometria convencional. No registro das EOE, pôde-se verificar que quanto maior o limiar de audibilidade nas frequências estudadas mais se evidencia a ausência das EOE-t e EOE-DP para ambas as orelhas, exceto na comparação do limiar de audibilidade em 1 kHz nas EOE-t, provavelmente devido à contaminação pelo ruído de fundo durante o registro das mesmas e na frequência de 3 kHz nas EOE-DP. Conclusão: Os questionários aplicados se mostraram eficientes atingindo o objetivo proposto. Quanto à caracterização do perfil audiológico foi possível concluir que o exame de emissões otoacústicas tanto transientes quanto por produto de distorção se mostraram mais eficientes como um exame complementar para identificar precocemente as alterações auditivas nessa população. / Introduction: Professionals of the dental area handle daily with noisy instruments, what may come to cause audibly alterations and negative effects at the communication and life quality of these professionals. Considering the fact that such noise can not be eliminated, it is important that the awareness of future dental professionals is initiated early on in the university, mentioning the risks to which they are being exposed so that they can control them with prevention and treatment, as well as acquire consistent information about the behavior of the auditory thresholds of surgeon dentists. Objective: To investigate the knowledge about hearing health of students of graduation in odontology, characterize the audiological profile and listening habits of the research participants. Methodology: After approval by the Ethics Committee under case number 045/2009, the project was conducted in two stages. The first consisted of questionnaires to 367 students of undergraduate courses in Odontology from the Faculty of Odontology of Bauru FOB/USP and USC and from Faculty of Odontology of São Paulo FO/USP. In the second stage, 25 students from first and fourth years of undergraduate faculties of Bauru were invited to conduct the following assessments: audiometry, speech audiometry, impedance tests and additional assessment (high frequency audiometry and otoacoustic emissions and distortion product). Results: In the first stage, it was observed that students are unaware of the risk the workplace and the leisure environment provide the hearing health and, thereby, it was verified that awareness is needed about noise exposure and its consequences, in order to create a program of promotion and prevention, especially in occupational health in this population, considering that this problem affects the quality of life of those who work in the dental profession. In the second phase 25 participants completed the tests (X = 23 years). Although the thresholds meet according to normality by the WHO (World Health Organization) and also to Ordinance No. 19 of Ministry of Labor, there was a notch in the frequency of 6 kHz and 12,5 kHz in both ears in conventional audiometry and high frequency audiometry. The average minimum found in the right ear was 4.6 dB at 14 kHz to the left ear was 4 dB at 1 kHz and the average maximum for the right ear was 12.4 dB at 6 kHz and to the left ear was 14 dB at 6 kHz. For speech audiometry and immittance, 100% of the participants presented examination consistent with conventional audiometry. In the record of EOE, it was found that the higher the threshold of audibility frequencies studied, the more evident is the lack of EOE-t and EOE-DP for both ears, except when comparing the hearing threshold at 1 kHz in the EOE-t, probably due to contamination by background noise during the registration thereof and in the frequency of 3 kHz in the EOE-DP. Conclusion: The questionnaires applied proved to be efficient, reaching the objective. As for the characterization of the audiological profile, it was concluded that, the test of both transient otoacoustic emissions and distortion product, proved more efficient as a complementary test for early detection of hearing alterations in this population.
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Resolução temporal auditiva de crianças usuárias de implante coclear / Auditory temporal resolution in children using cochlear implantation

Comerlatto Junior, Ademir Antonio 15 July 2011 (has links)
A resolução temporal auditiva é considerada uma das habilidades mais importantes para o processamento do sinal acústico ao longo do tempo. Ela permite identificar diferenças finas dos aspectos segmentais da fala, como a identificação de fonemas, e o início e o final de palavras em frases encadeadas. Crianças usuárias de Implante Coclear (IC) apresentam características próprias de decodificação e processamento do sinal da fala ao longo do tempo, realizada pelo IC. Diante do exposto, esta pesquisa teve por objetivo verificar o desempenho de crianças usuárias de IC em tarefas de resolução temporal. A amostra foi composta por 20 crianças usuárias de IC Nucleus 24/SPRINT (Grupo Experimental - GE) e 20 crianças sem alterações auditivas (Grupo Controle - GC). Foram aplicados o Random Gap Detection Test (RGDT) e o teste Gaps In Noise (GIN) para avaliar a habilidade de resolução temporal por meio de tarefas de detecção de gap. Os testes foram aplicados em campo livre e a 40dBNS. Os testes estatísticos utilizados para a análise dos dados foram o teste t de Student para dados independentes, e o teste de Mann Whitney e o Coeficiente de Correlação de Pearson. As crianças usuárias de IC obtiveram limiares de gap no RGDT de 74,13±51 ms e no teste GIN de 12,12±2,53 ms, sendo que apenas quatro das 20 crianças realizaram o teste GIN. Os limiares de gap do GC foram de 18,77±12,29 ms no RGDT e de 6,13±1,27 ms no teste GIN. A diferença entre os dois grupos foi estatisticamente significante. Além disso, houve diferença significativa na comparação dos resultados dos testes entre os sexos do GE, sendo o masculino melhor que o feminino. Não houve correlação entre a idade e os limiares de detecção de gap em ambos os grupos e, também, não houve significância entre o tempo de uso de IC e os resultados nos testes no GE. Mesmo avaliando a mesma habilidade auditiva, não houve correlação significante entre os resultados dos testes aplicados. Foi observado que crianças usuárias de IC apresentam os limiares de detecção de gap significativamente maiores que crianças sem alterações auditivas. / Auditory temporal resolution is considered one of the most important skills for acoustic signal processing along the time. It allows the identification of fine differences of speech segmental aspects, such as phonemes and the beginning and end of words in linked phrases. Children using a cochlear implant (CI) present specific characteristics of speech sign decoding and processing, along the time, performed by the CI. Thus, this research aimed at verifying the performance of children fitted with CIs, in temporal resolution tasks. The sample comprised 20 children using CI Nucleus 24/SPRINT (Experimental group - EG) and 20 children with no auditory alterations (Control Group - CG). The Random Gap Detection (RGDT) and Gaps In Noise (GIN) tests were applied to assess the temporal resolution skill through gap detection tests which were applied in free field and 40 dBSL. The statistical tests utilized for data analysis were Student´s t test, for independent data, Mann Whitney´s test and Pearson´s Correlation Coefficient. The children fitted with CIs achieved gap thresholds of 74,13±51 ms on the RGDT and 12,12±2,53 ms on the GIN test, the latter performed by only four out of the 20 children. Gap thresholds for the CG were 18,77±12,29 ms on the RGDT and 6,13±1,27 ms on the GIN test. The difference between the two groups was statistically significant. There was a significant difference in the comparison of the results of tests between the genders of EG, with males outdoing females. No correlation was seen between age and gap detection thresholds for both groups and there was no significance between the time of CI use and the results on the tests for the EG. Even assessing the same hearing skill, no significant correlation was seen between the results of the tests applied. Thus, it was observed that children fitted with cochlear implantation present gap detection thresholds significantly worse than those presented by normally hearing children.
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As repercussões sociais em indivíduos com distúrbios da comunicação associados às fissuras labiopalatinas com e sem perda auditiva / The social impact on individuals with communication disorders associated with cleft lip and palate with and without hearing loss Bauru 2014.

Fernandes, Talita Fernanda Stabile 14 February 2014 (has links)
Esta pesquisa teve como objetivo identificar as repercussões sociais em indivíduos com distúrbios da comunicação associados às fissuras labiopalatinas com e sem perda auditiva. Para isso, buscou caracterizar o perfil socioeconômico e cultural dos sujeitos, conhecer as relações familiares, escolares e sociais e constatar se há utilização ou não de recursos comunitários como forma de apoio no processo de reabilitação. Este estudo foi realizado no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) da Universidade de São Paulo (USP), na cidade de Bauru, São Paulo. Teve como participantes, crianças e adolescentes de 07 a 15 anos, 11 meses e 29 dias de idade, de ambos os gêneros, com fissuras de lábio e palato ou de palato isolado, com e sem perda auditiva associada, residentes em Bauru e em tratamento no HRAC. A pesquisa foi quanti-qualitativa e censitária com um universo composto por 52 participantes, divididos em dois grupos: um constituído por 36 crianças e adolescentes com fissuras labiopalatinas e sem perda auditiva e, outro grupo por 16 sujeitos com fissuras labiopalatinas e com perda auditiva associada. A análise dos dados foi descritiva e orientada pelos objetivos e referenciais teóricos. Os resultados permitiram identificar que não há diferenças significativas entre os grupos no que se refere aos aspectos socioeconômicos, familiares, educacionais e sociais. Ambos vivenciam o acirramento de conviver com o comprometimento estético e funcional, causado pela anomalia, em uma sociedade que supervaloriza a aparência, totalmente preocupada com a imagem e preconceituosa quanto às diferenças. Com este estudo pretendeu-se adquirir um novo conhecimento acerca das repercussões sociais vivenciadas pelas crianças e adolescentes com distúrbios da comunicação associados às fissuras labiopalatinas com e sem perda auditiva e assim propor estratégias para o enfrentamento das expressões da questão social e atendimento às demandas trazidas por este público, além de proporcionar melhoria na qualidade dos serviços prestados pelo HRAC. / This research aimed to identify the social impact on individuals with communication disorders associated with cleft lip and palate with and without hearing loss. For this, we sought to characterize the socioeconomic and cultural profile of the subjects, knowing the family, school and social relationships and see whether there is or not use of community resources in support of the rehabilitation process. This study was conducted at the Hospital for Rehabilitation of Craniofacial Anomalies (HRAC), University of São Paulo (USP), in the city of Bauru, São Paulo. The participants were children and adolescents 07-15 years, 11 months and 29 days old, of both genders, with a cleft lip and palate or isolated palate, with and without associated hearing loss living in Bauru and in treatment at HRAC. The research was qualitative and quantitative, and census with a universe composed of 52 participants, divided into two groups: one consisting of 36 children and adolescents with cleft lip and palate and without hearing loss, and another group of 16 subjects with cleft lip and palate and hearing loss associated. Data analysis was descriptive and guided by the objectives and theoretical frameworks. The results showed no significant differences between groups in relation to socioeconomic, family, educational and social aspects. Both experience the worsening of living with the aesthetic and functional impairment caused by the malfunction, in a society that overvalues appearance, totally preoccupied with image and prejudiced as the differences. With this study we intended to acquire new knowledge about the social consequences experienced by children and adolescents with communication disorders associated with cleft lip and palate with and without hearing loss and to propose strategies for coping with expressions of social issues and meeting the demands brought by this audience, in addition to providing improvement in the quality of services provided by HRAC.
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Complexo P1-N1-P2 em usuários de implante coclear bilateral com ativação sequencial: estudo longitudinal em adolescentes

Maia, Thaís 31 August 2016 (has links)
O redirecionamento das estruturas auditivas centrais em pacientes que foram submetidos à cirurgia de implante coclear bilateral sequencial é pouco conhecido. Contudo, a pesquisa dos potenciais evocados auditivos corticais pode auxiliar na compreensão de como ocorrem o desenvolvimento, a plasticidade e a função cortical destes pacientes. Os objetivos deste trabalho foram caracterizar longitudinalmente o complexo P1-N1-P2 dos potenciais evocados auditivos corticais em usuários de implante coclear bilateral sequencial que realizaram a ativação do primeiro implante coclear na infância e a ativação do segundo dispositivo na adolescência; e analisar sua correlação com a percepção auditiva da fala. A casuística foi composta por indivíduos atendidos no Centro de Pesquisas Audiológicas, Seção de Implante Coclear, do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo, com perda auditiva pré-lingual e usuários de implante coclear bilateral. A pesquisa dos potenciais evocados auditivos corticais foi realizada com o estímulo de fala /da/, apresentado em campo livre em cinco momentos distintos: antes da cirurgia do segundo implante coclear, na ativação do segundo dispositivo e com três, seis e 12 meses após a ativação do segundo implante coclear. Os registros obtidos foram analisados pela pesquisadora e por um juiz experiente em eletrofisiologia a fim de verificar a concordância das análises. Houve concordância de 100% (Kappa=1) entre os juízes quanto à ocorrência dos componentes P1, N1 e P2, com coeficiente de correlação interclasse excelente para os valores de latência e amplitude. A resposta cortical obtida com o uso dos dois implantes cocleares ligados, aparentemente, reflete a melhor resposta cortical obtida, quanto à ocorrência e latência dos componentes, independente se registrada com o primeiro implante coclear ou com o segundo implante coclear ligado. Os componentes P1, N1 e P2 dos potenciais evocados auditivos corticais não são preditores dos resultados de percepção auditiva da fala tanto no silêncio quanto no ruído. / The redirection of central auditory structures in patients who underwent sequential bilateral cochlear implant surgery is little known. However, cortical auditory evoked potentials testing can aid in understanding how the development, the plasticity and cortical function of these patients, occur. This study aimed at characterizing, longitudinally, the P1-N1-P2 complex of cortical auditory evoked potentials in sequential bilateral cochlear implant users who had the first cochlear implant fitted in their childhood and the second device activated in their adolescence, and analyze its correlation with speech auditory perception. The sample consisted of individuals seen at the Audiological Research Center of the Craniofacial Anomalies Rehabilitation Hospital of the University of São Paulo, with pre-lingual hearing loss, users of bilateral cochlear implant. The cortical auditory evoked potentials research was performed with the /da/ speech stimulus, presented in free field, in five different times: before the second cochlear implant surgery, upon the fitting of the second device and three, six and 12 months following the activation of the second cochlear implant. The records obtained were analyzed by the researcher and by a judge experienced in electrophysiology, so as to verify the agreement of the analyses. A 100% agreement (kappa = 1) was seen between judges as to the occurrence of P1, N1 and P2, with an excellent inter-class correlation coefficient for the latency and amplitude values. The cortical response obtained with the use of the two cochlear implants, turned on, apparently reflects the best cortical response accomplished, as to the occurrence and latency of the components, regardless of being recorded with the first cochlear implant, or with the second one, turned on. The P1, N1 and P2 components of cortical auditory evoked potentials are not predictors of the results of auditory speech perception, both in silence and in noise.
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Interface entre design e fonoaudiologia:  material instrucional impresso voltado aos usuários de  aparelho de amplificação sonora individual / Interface between design and audiology: printed instructional material for hearing aid users

Medina, Camila 22 February 2017 (has links)
Usuários de aparelhos de amplificação sonora individuais (AASI) apresentam dificuldades com relação ao uso e cuidados com o dispositivo, podendo levar a um impacto negativo na intervenção. Manuais de instrução do AASI, produzidos pelos fabricantes deste dispositivo, frequentemente apresentam baixa leiturabilidade e design pouco eficiente ao público alvo, tornando-os, muitas vezes, ineficazes. A presente pesquisa teve como objetivo desenvolver e avaliar um material gráfico instrucional sobre uso e cuidados com o AASI, voltado para as necessidades destes usuários. Para tal, foram realizados três estudos complementares. Estudo 1: Realização de grupo focal com 10 usuários de AASI (9 homens, 1 mulher, média 57,4 anos) para identificar informações que estes desejavam receber quanto ao manuseio do dispositivo e preferências quanto aos aspectos gráficos dos manuais. A gravação do grupo focal foi transcrita e a análise temática de conteúdo (Bardin, 2011) aplicada. Foram identificadas três categorias principais: AASI e molde auricular (59,8%), manual de instruções (25,3%) e perda auditiva (14,9%). Além do uso e cuidados com o AASI verificou-se a necessidade de incluir informações referentes ao diagnóstico audiológico, adaptação aos sinais amplificados e uso de estratégias de comunicação. Houve preferência por ilustrações a traço, fonte sem serifa e em tamanho maior. Sugere-se maior número de ilustrações acompanhadas de pouco texto, em impresso tamanho A5. Estudo 2: Efetuou-se o levantamento e análise de seis manuais de instrução de AASIs, de diferentes períodos históricos. Verificou-se que os aspectos gráficos dos manuais de instrução evoluíram de acordo com as tecnologias e movimentos artísticos da época. Ademais, observou-se que os manuais atuais apresentam deficiências gráficas como tamanho da fonte e do impresso considerados pequenos. Estudo 3: Foi realizado o redesign de um manual de instrução de AASI tipo retroauricular, de acordo com os resultados obtidos nos Estudos 1 e 2 e princípios do design. Este manual foi avaliado por 30 fonoaudiólogas (média 35,7 anos), com experiência no processo de seleção e adaptação de AASI, por meio de um formulário online contendo 22 itens. Pontuações altas foram obtidas quanto à qualidade e utilidade do manual na prática clínica. A eficiência das páginas para transmissão da informação foi analisada via escala likert de 5 pontos, sendo obtidas médias variando de 3,57±1,1 (Capa) a 4,70±0,84, (Como ligar e desligar o aparelho). Diferenças pequenas, porém significativas (p<0,05) foram encontradas entre as pontuações de algumas páginas sugerindo necessidade de readequação. Uma segunda versão do manual redesenhado foi analisada por cinco novos usuários (2 homens, 3 mulheres, média de idade 71 anos) de AASI, por meio de entrevista. Adequações como inversão de lugares entre títulos e subtítulos e exclusão de alguns conteúdos ocorreram após a entrevista. Diferentes etapas foram necessárias para o desenvolvimento de um material gráfico instrucional sobre uso e cuidados com o AASI. Faz-se necessária a condução de outros estudos para avaliação da usabilidade e eficácia deste manual redesenhado para a compreensão e retenção de informação. / Hearing aid (HA) users present difficulties regarding the use and care of their devices, which may lead to a negative impact on the intervention. Hearing aid booklets, developed by HA manufacturers, often have low readability levels and design inadequate to the target audience, rendering them ineffective. This investigation aimed to develop and assess a printed instructional material on HA use and care focused on their users needs. Three complementary studies were carried out. Study 1: A focus group with 10 HA users (9 men, 1 woman, mean age: 57.4 years) was executed to identify information they wanted to receive regarding hearing aid use and maintenance as well as their preferences relating to booklets graphic aspects. The focus group was recorded, transcribed and thematic content analysis was applied. Three main categories were identified: hearing aid and earmold (59.8%), HA booklet (25.3%) and hearing loss (14.9%). In addition to hearing aid use and maintenance it was necessary to include information regarding audiological diagnosis, adaptation to amplified signals and use of communication strategies. Preference was given to simple line drawings, larger sans-serif fonts and A5 printed format. The use of a greater number of illustrations accompanied by little text was suggested. Study 2: An analysis of six hearing aid printed instructional materials, from different historical periods, was carried out. It was verified that the graphical aspects of such materials evolved according to the technologies and artistic movements of the time. In addition, it was observed that current hearing aid booklets present graphical inadequacies such and small font sizes and format. Study 3: The redesign of a behind-the-ear hearing aid booklet was carried out, according to the results obtained in Studies 1 and 2 as well as good design principles. This booklet was assessed by 30 female audiologists (mean 35.7 years), with experience in hearing aid fitting, via a 22-item online form. High scores were obtained regarding booklets quality and usefulness in clinical practice. The efficiency of the booklets pages for transmitting of the information was assessed through a 5-points likert type scale - average scores ranging from 3.57±1.1 (Cover) to 4.70±0.84 (Turning the hearind aid on and off) were obtained. Small but significant differences (p <0.05) were found among the pages scores, thus suggesting the need for readjustment. A second version of the redesigned manual was analyzed by five new hearing aid users (2 men, 3 women, mean age 71 years) by means of an interview. Adequations such as repositioning titles and subtitles as well as the exclusion of some contents considered unnecessary by the participants occurred after the interview. Different steps were required for the development of a printed instructional material on hearing aid use and maintenance. Further studies are necessary to evaluate the usability and effectiveness of such material information comprehension and retention.
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Avaliação da ototoxicidade em pacientes portadores de meduloblastoma submetidos à radioterapia com reforço de dose com intensidade modulada do feixe (IMRT) / Ototoxicity evaluation in medulloblastoma patients submitted to boost radiotherapy with intensity-modulated radiation therapy (IMRT)

Vieira, Wilson Albieri 01 December 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: A combinação de radioterapia e altas doses de cisplatina no tratamento do meduloblastoma tem se mostrado causa de importante ototoxicidade. Com a introdução da técnica de intensidade modulada do feixe (IMRT), tornou-se possível diminuir a dose média de radiação no aparelho auditivo. OBJETIVOS: O objetivo é determinar se com a radioterapia com reforço de dose com IMRT, é possível atingir índices menores de perda auditiva e se há um limite de dose no ouvido para a mesma. Analisar também se o volume de ouvido contornado durante o planejamento inverso influencia o resultado. MÉTODO: Quarenta e um pacientes com meduloblastoma (idade mediana, 10 anos) com audição normal ao início da radioterapia com IMRT foram avaliados retrospectivamente. O último seguimento e a última audiometria realizada após o término da radioterapia foram considerados. A função auditiva foi graduada em uma escala de 0 a 4 de acordo com os critérios de toxicidade do Pediatric Oncology Group (POG). As doses mínima, máxima, média e mediana recebidas pelo aparelho auditivo, bem como o volume contornado no planejamento do IMRT foram correlacionados com o grau de função auditiva. Foi realizada análise univariada e multivariada dos dados. RESULTADOS: O seguimento mediano foi de 41 meses (12,8 a 71) para avaliação audiométrica e 44 meses (14-72) para a sobrevida global. As doses medianas mínima, máxima, média e mediana recebidas pelo aparelho auditivo foram respectivamente de: 3785 (589,4 a 4758,2), 4832,5 (3724 a 5447,9), 4366,5 (2808,5 a 5097,3) e 4360,5 (2878 a 5031,1). Sete pacientes (17%) apresentaram perda auditiva graus 3 e 4. A análise univariada entre as variáveis não mostrou diferença com significância estatística, exceto para a dose de cisplatina (P < 0,03). Na análise multivariada com regressão logística, a dose mediana no aparelho auditivo foi um fator significativo para a perda auditiva graus 3 e 4 (P < 0,01), ao passo que a dose cumulativa de cisplatina apresentou tendência à perda graus 3 e 4 (P = 0,075). Não houve correlação entre o volume contornado no planejamento a perda auditiva. Perda auditiva graus 3 e 4 foi incomum com dose mediana no aparelho auditivo menor que 42 Gy (P = 0,063) e dose cumulativa de cisplatina abaixo de 375 mg/m² (P < 0,01). Nenhum paciente que recebeu carboplatina em substituição à cisplatina apresentou perda auditiva grave. Não houve associação, com significância estatística, entre as variáveis analisadas e a ototoxicidade, quando estes pacientes foram excluídos da análise. Quatro pacientes morreram e dois apresentaram recidiva no momento do estudo, levando a uma sobrevida global de 90% e uma sobrevida livre de doença de 85% em 44 meses. CONCLUSÕES: Os resultados mostram que o tratamento com IMRT leva a uma baixa taxa de perda auditiva grave, mesmo com um seguimento maior, o que é consistente com outros estudos. Acreditamos ser seguro contornar somente a cóclea e que uma dose mediana para a mesma deve ser mantida abaixo de 42 Gy. A quimioterapia com cisplatina continua a ter um papel importante no tratamento, no entanto a dose cumulativa não deve exceder 375 mg/m². A sobrevida foi impressionante neste estudo, uma vez que 21 (51,2%) foram classificados como alto risco / INTRODUCTION: The combination of radiation therapy and cisplatin chemotherapy for the treatment of medulloblastoma is a known cause of important ototoxicity. With the introduction of intensity-modulated radiation therapy (IMRT), it became possible to deliver less radiation to the auditory apparatus. PURPOSE: To determine if boost radiotherapy with IMRT can achieve a lower rate of hearing loss and if theres a cutoff dose for it. Also, to analyze whether the auditory apparatus volume contoured in inverse planning influences the outcome. METHODS: Forty-one pediatric medulloblastoma patients (median age, 10 years) with normal hearing at the time of radiation with IMRT were retrospectively evaluated. The last audiogram and follow-up from the completion of radiation were considered. Hearing function was graded on a scale 0 to 4 according to Pediatric Oncology groups toxicity criteria. Minimum, maximum, mean and median doses to the inner ear and its volume contoured in IMRT planning, as well the cisplatin dose were recorded and correlated with hearing function. Univariate and multivariate data analysis were performed. RESULTS: The median follow-up was 41 months (range 12.8-71.0 months) for audiometric evaluation and 44 months (range 14-72 months) for survival. Median doses for minimum, maximum, mean and median in the inner ear were respectively: 3785 (range, 589.4 to 4758.2), 4832.5 (range 3724 to 5447.9), 4366.5 (range 2808.5 to 5097,3) and 4360,5 (range 2878 to 5031,1). Seven patients (17%) have experienced Grade 3 or 4 hearing loss. Univariate analysis showed no difference among the variables with statistical significance, except for cisplatin dose (P < 0.03). In multivariate analysis with logistic regression, median dose in inner ear was a significant factor for hearing loss grade 3 or 4 (P < 0,01), meanwhile cisplatin dose had a trend to hearing loss grade 3 or 4 (P = 0.075). There was no relationship between the auditory apparatus volume contoured in planning and hearing loss. Grade 3 or 4 hearing loss were uncommon with median dose to the inner ear bellow 42 Gy (P = 0.063) and cisplatin dose less than 375 mg/m² (P < 0.01). None of the patients who received carboplatin in lieu of cisplatin had severe hearing loss. There was no statistically significant association between ototoxicity and the variables, when these patients were excluded from the analysis. Four patients died and two have recurred at the time of the study with a 90% overall survival rate and 85% disease free survival in 44 months. CONCLUSIONS: Our findings shows that IMRT treatment leads to a low rate of serious hearing loss even with a longer follow-up, which is consistent with others trials. We believe that is safe to contour only the cochlea and that a median dose to it should be kept below 42Gy. Cisplatin chemotherapy continues to have an important role in treatment, however doses should not exceed 375 mg/m². Survival rates were impressing in this trial given the fact that 21 (51.2%) patients were classified as high risk
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Uso de prótese auditiva no controle do zumbido e alucinação musical / Use of hearing aids for controlling tinnitus and musical hallucinations

Rocha, Sávya Cybelle Milhomem 08 November 2012 (has links)
Introdução: Embora alucinações auditivas sejam consideradas manifestações psicopatológicas, a alucinação musical vem sendo descrita em indivíduos sem antecedentes de psicose e com sintomas otológicos. Assim como ocorre com o zumbido, acredita-se que a perda auditiva seja o principal fator predisponente para o aparecimento da alucinação musical. Até o momento, a alucinação musical tem-se mostrado refratária aos tratamentos usualmente propostos na literatura. Objetivos: 1. Primário: avaliar o efeito do uso de aparelho de amplificação sonora individual, pelo período de um ano, em pacientes com zumbido e alucinação musical, associados à perda auditiva; 2. Secundários: a. avaliar a coexistência de doenças otológicas, neurológicas e psiquiátricas; b. verificar associação entre a melhora do zumbido e a da alucinação musical com uso de aparelho de amplificação sonora individual. Métodos: pela raridade do fenômeno, realizou-se um ensaio clínico não-randomizado que incluiu os primeiros 14 pacientes com zumbido e alucinação musical matriculados no Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, adultos, de ambos os gêneros. Todos foram submetidos à avaliação multidisciplinar pela mesma equipe de otorrinolaringologistas, neurologistas e psiquiatras. Todos pacientes tinham critério audiológico para uso de aparelho de amplificação sonora individual e não haviam melhorado dos sintomas com abordagem medicamentosa. O grupo experimental contou com 9 participantes que receberam orientação sobre seus três sintomas auditivos e adaptaram o aparelho de amplificação sonora individual, enquanto o grupo controle contou com 5 participantes que receberam a mesma orientação sobre os sintomas, mas recusaram-se a submeter-se à adaptação do aparelho de amplificação sonora individual. O zumbido foi avaliado antes e após um ano pelo Tinnitus Handicap Inventory e a alucinação musical, pela escala numérica. Resultados: O grau de perda auditiva mostrou-se adequadamente pareado em ambos os grupos, sendo severo a profundo em cerca de 80% dos casos. A avaliação cognitiva mostrou déficit de atenção leve em 33,3% (grupo experimental) e 20% (grupo controle). Atividade epileptiforme esteve presente em 11,1% (grupo experimental) e 20% (grupo controle). A avaliação psiquiátrica evidenciou episódio depressivo em 66,6% (grupo experimental) e 80% (grupo controle), ansiedade generalizada em 11,1% (grupo experimental) e 0% (grupo controle) e ausência de diagnóstico psiquiátrico em 22% (grupo experimental) e 20% (grupo controle). Após um ano, pacientes de ambos os grupos apresentaram melhora do grau de incômodo do zumbido, porém a melhora no grupo experimental foi significativamente maior do que no grupo controle e somente os indivíduos do grupo experimental apresentaram melhora do incômodo com a alucinação musical. Não houve associação entre a melhora do zumbido e da alucinação musical. Conclusão: A alucinação musical, nesta amostra, apresentou-se expressivamente associada ao sexo feminino, aos idosos e à presença dos transtornos de humor. A avaliação multidisciplinar (otológica, psiquiátrica e neurológica) deve ser oferecida a pacientes que apresentem alucinação musical para refinar o diagnóstico. Após um ano de acompanhamento, a amplificação sonora promovida pelo uso de aparelho de amplificação sonora individual, associada à orientação específica sobre zumbido, alucinação musical e perda auditiva foi mais efetiva no controle do zumbido e da alucinação musical que a orientação isolada / Introduction: Although auditory hallucinations are considered psychopathological phenomena, musical hallucinations have been reported in individuals without history of psychosis but with otologic symptoms. As is the case for tinnitus, hearing loss is thought to be the main predisposing factor for the emergence of musical hallucinations. To date, musical hallucinations have remained refractory to the treatment approaches typically recommended in the literature. Objectives: 1. Primary: to assess the effect of one year of hearing aid use in patients with both tinnitus and musical hallucinations associated with hearing loss; 2. Secondary: a. to investigate the coexistence of otologic, neurologic and psychiatric diseases; b. to verify the association between improvement of tinnitus and musical hallucinations using hearing aid. Methods: given the rareness of the phenomenon, a nonrandomized clinical trial was conducted including the first 14 consecutive adult patients of both genders with tinnitus and musical hallucinations enrolled at the Tinnitus Research Group of the Clinicas Hospital of the University of São Paulo School of Medicine. All patients were assessed by the same multidisciplinary team of ENT specialists, neurologists and psychiatrists. All patients met audiologic criteria for use of a hearing aid and had shown no improvement in symptoms after treatment with medications. The experimental group comprised 9 participants who were given counseling on their three auditory symptoms and fitted with hearing aids. The control group comprised 5 subjects given the same counseling but who declined to have hearing aids fitted. Tinnitus was assessed at baseline and again at 1- year follow-up using the Tinnitus Handicap Inventory whereas musical hallucinations were assessed by a numeric scale. Results: The two groups proved suitably matched for deafness, with 80% of the both groups presenting with severe to profound hearing loss. The cognitive assessment revealed mild attention deficit in 33.3% (experimental group) and 20%(control group). Epileptiform activity was detected in 11.1% (experimental group) and 20% (control group). The psychiatric assessment revealed depressive episodes in 66.6% (experimental group) and 80% (control group). Generalized anxiety was found in 11.1% (experimental group) and 0% (control group) and absence of psychiatric diagnoses in 22% (experimental group) and 20% (control group). Patients from both groups showed improved tinnitus handicap grades at 1-year follow-up, although experimental group subjects had a significantly greater improvement than control group subjects. Only individuals from the experimental group improved on musical hallucination handicap. No correlation was found between improvement in tinnitus and improvement in musical hallucinations. Conclusion: In the sample studied, musical hallucination was found in females and elderly adults and was associated with mood disorders. Patients presenting with musical hallucinations should be submitted to a multidisciplinary assessment (otologic, psychiatric and neurologic) to refine the diagnosis. Sound amplification using a hearing aid, combined with specific counseling on tinnitus, musical hallucinations and hearing loss, proved more effective for controlling tinnitus and musical hallucinations after one year than specific counseling alone

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