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Diversidade, distribuição geográfica e hospedeiros de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) no estado do Espírito Santo, Brasil / Diversity, geographical distribution and host plants of fruit flies (Diptera: Tephritidae) in the Espírito Santo State, Brazil

Martins, David dos Santos 26 May 2011 (has links)
Submitted by Reginaldo Soares de Freitas (reginaldo.freitas@ufv.br) on 2016-06-09T13:58:53Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 6013154 bytes, checksum: 24ef08277d13d186f840a6488c7e1597 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-09T13:58:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 6013154 bytes, checksum: 24ef08277d13d186f840a6488c7e1597 (MD5) Previous issue date: 2011-05-26 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo / O objetivo deste estudo foi conhecer a diversidade e a distribuição geográfica das espécies de moscas-das-frutas no estado do Espírito Santo, identificar suas plantas hospedeiras, avaliar o status de Coffea arabica L. e C. canephora Pierre ex A. Froehner como hospedeiras, determinar a relação da doença meleira-do-mamoeiro com a infestação da praga em frutos de mamão e a condição da região produtora de mamão do Espírito Santo como de baixa prevalência de tefritídeos. Os tefritídeos foram coletados com armadilhas McPhail e Jackson, de julho de 1993 a julho de 2010, em 288 localidades de 74 municípios do estado do Espírito Santo. Um total de 88.226 exemplares de Ceratitis capitata (Wied.) e 134.122 espécimes de 41 espécies de Anastrepha foram capturados. A riqueza de espécies de Anastrepha foi maior na região Nordeste e a menor na região Sul-Caparaó. Ceratitis capitata ocorreu em todas as regiões, com maior abundância nas regiões mais altas e menor nas de baixas altitudes. Ceratitis capitata e Anastrepha fraterculus (Wied.) foram as mais frequentes e, com A. obliqua (Macquart) e A. distincta Greene, as de mais ampla distribuição no Estado. No período de março de 1997 a julho de 2010, coletaram-se 184.801 frutos (1.665 kg) em 1.663 amostras de 202 espécies de 52 famílias botânicas. Destas, 56 espécies de 17 famílias foram estabelecidas como hospedeiras para 14 espécies de Anastrepha e 29 espécies de planta de 14 famílias para C. capitata. Cinquenta e três novas associações de plantas hospedeiras foram estabelecidas para 11 espécies de Anastrepha. Novas espécies de tefritídeos foram registradas para nove famílias de plantas: A. amita Zucchi em Myrtaceae (Myrcia lineata (O. Berg) Nied.), A. bahiensis Lima em Rosaceae (Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.), A. dissimilis Stone em Myrtaceae (Psidium guajava L.), A. distincta em Oxalidaceae (Averrhoa carambola L.) e Rosaceae (Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.), A. obliqua em Cucurbitaceae (Cucurbita pepo L.), Fabaceae (Inga edulis Mart.), Muntingiaceae (Muntingia calabura L.) e Passifloraceae (Passiflora edulis Sims), A. serpentina (Wied.) em Oxalidaceae (Averrhoa carambola L.), A. sororcula Zucchi em Malpighiaceae (Malpighia glabra L.) e A. zenildae Zucchi em Rubiaceae (Coffea canephora Pierre ex A. Froehner). A infestação de mosca-das-frutas em Muntingiaceae é relatada pela primeira vez no Brasil. A família Myrtaceae teve o maior número de hospedeiros de moscas-das-frutas. Anastrepha fraterculus, C. capitata e A. obliqua infestaram o maior número de hospedeiros. Ceratitis capitata e A. fraterculus foram os tefritídeos de maior ocorrência nas 139 propriedades de café arábica e 87 de ‘Conilon’ amostradas em 25 municípios, sendo a primeira, a mais frequente. A baixa infestação de moscas-das-frutas em C. canephora (‘Conilon’) deve-se às características físicas de seus frutos, tendo o pequeno tamanho e a pouca espessura do mesocarpo como fatores limitantes para o desenvolvimento das larvas. Os índices de infestação natural no café arábica foram 45 vezes maiores que os de ‘Conilon’, demonstrando que C. arabica é um hospedeiro extremamente favorável e importante como repositório natural de tefritídeos. No mamão, a principal fruta de exportação do Espírito Santo, a relação entre a infestação da mosca-da-fruta e a evolução da doença meleira-do-mamoeiro, causada pelo Papaya meleira virus – PmeV, foi direta. Quatro semanas, após o aparecimento dos sintomas visuais da meleira na planta, é o período máximo de segurança para se realizar o roguing das plantas doentes e evitar a infestação de frutos pela mosca-das-frutas. A meleira reduziu o nível de benzil isotiocianato (BITC) no fruto do mamoeiro, o qual está associado à resistência as moscas-das-frutas. Populações de C. capitata e Anastrepha spp. avaliadas do Programa de Exportação do Mamão para os Estados Unidos, foram muito baixas durante todo o ciclo da cultura em 495 pomares comerciais no Norte do Espírito Santo. Do total de 35.052 coletas semanais, em 95,8% não apresentaram C. capitata e 86,7% nenhum espécime de Anastrepha. As densidades populacionais, em 99,8% das coletas efetuadas, estiveram abaixo do nível de segurança do Programa de Exportação (MAD < 1). Esses resultados, de acordo com as Normas Internacionais de Medidas Fitossanitárias da FAO, mostram que o mamão cultivado na região Norte do estado do Espírito Santo, está em área de baixa prevalência de moscas-das-frutas e com forte indicativo para o estabelecimento de uma ABP - Área de Baixa Prevalência de Moscas-das-frutas. / The objectives of this work were to understand fruit fly species diversity and geographical distribution, identify fruit fly host plants, evaluate the status of Coffea arabica L. and C. canephora Pierre A. Froehner as fruit fly hosts, establish the relationship between papaya sticky disease with fruit fly attack, and verify the nature of the papaya crop area as an area of low fruit fly prevalence. The sample period was July 1993 to July 2010. A total of 88,226 specimens of Ceratitis capitata (Wied.) were captured and 134,122 Anastrepha. Sampling took place in 288 areas of 74 municipalities. Forty-one species of Anastrepha were identified. The Northeast area had the highest richness of Anastrepha species and the South-Caparaó the lowest. Ceratitis capitata was found in all regions, varying in number of individuals according to altitude, being larger in the highest altitudes and smaller in the low altitudes. Ceratitis capitata and Anastrepha fraterculus (Wied.) were the most common species. Both C. capitata and A. fraterculus with A. obliqua (Macquart) and A. distincta Greene, had the widest distributions in the State. In surveys of host plants between March 1997 to July 2010, 184,801 fruits were collected (1,665 kg) in 1,663 samples belonging to 202 species of 52 families of plants. Fifty-six species from 17 families were identified as host plants for 14 species of Anastrepha. Twenty-nine species of 14 plant families were identified as host plants of C. capitata. Fifty-three new associations of host plants were made for 11 Anastrepha species. New associations of tephritid species were recorded for nine plants families: A. amita Zucchi in Myrtaceae (Myrcia lineata (O. Berg) Nied.), A. bahiensis Lima in Rosaceae (Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.), A. dissimilis Stone in Myrtaceae (Psidium guajava L.), A. distincta in Oxalidaceae (Averrhoa carambola L.) and Rosaceae (Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.), A. obliqua in Cucurbitaceae (Cucurbita pepo L.), Fabaceae (Inga edulis Mart.) Muntingiaceae (Muntingia calabura L.) and Passifloraceae (Passiflora edulis Sims), A. serpentina (Wied.) in Oxalidaceae (Averrhoa carambola L.), A. sororcula Zucchi in Malpighiaceae (Malpighia glabra L.) and A. zenildae Zucchi in Rubiaceae (Coffea canephora Pierre ex A. Froehner). For the first time in Brazil the presence of fruit flies in Muntingiaceae was verified. Myrtaceae was the family with the largest number of host species of fruit flies. Anastrepha fraterculus, C. capitata and A. obliqua were the tephritid species with the largest number of host plants. One-hundred thirty-nine crop areas of Arabic coffee and 87 crop areas of robust coffee were sampled in 25 municipalities. Ceratitis capitata and A. fraterculus were the tephritids with the greatest occurrences in the coffee crops. However, C. capitata was more common than A. fraterculus. The reduced size of coffee fruit of C. canephora (‘Conilon’) and the small thickness of its mesocarp may be a cause of the low infestation by fruit fly larvae. The indices of natural infestation by fruit flies in Arabic coffee were 45 times higher than robust coffee. This means that Arabic coffee, in contrast to C. canephora, is an excellent host plant and a natural repository of fruit fly populations. A direct relationship between fruit fly infestation and development of the papaya sticky disease caused by the virus Papaya meleira virus (PMeV) was observed. The maximum safe period for roguing of diseased plants is four weeks after verifying the first visual symptoms of sticky disease of the papaya. The evolution of sticky disease in the plants reduces the level of benzyl-isothiocyanate (BITC) in the papaya fruit which is associated with its resistance to fruit fly. The populations of C. capitata and Anastrepha were very low during the whole cycle of papaya crop. In 95.8% of samples no C. capitata, and in 86.7% no Anastrepha were captured. In 99.8% of samples, the fruit fly population densities stayed below the level of safety as established by the Export Program (FTD < 1). The fruit flies population densities (in 99.8% of the samples) stayed below the level of safety established by the Export Program (FTD < 1). This result is in agreement with the International Rules of Phytosanitary Measures of FAO indicating that the North of Espírito Santo is an area of low prevalence of fruit flies. This provides strong evidence for the establishment of an ALP - Area of Low Prevalence of Fruit flies in this area. / Não foi encontrado o CPF do autor.
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A complexa etiologia da mancha areolada de Thanatephorus sp. e/ou Ceratobasidium sp. em espécies cultivadas ou nativas da Amazônia /

Campos, Ana Paula da Silva de. January 2006 (has links)
Resumo: O fungo Thanatephorus cucumeris é responsável por várias doenças foliares em culturas de importância agrícola ou em espécies nativas na região Amazônica do país. Entre as doenças relatadas, a mancha areolada de Thanatephorus é considerada uma das mais importantes para a região. Neste estudo, baseando-se na ausência de informações sobre quais os grupamentos de anastomose (AG) de Rhizoctonia solani estão associados a plantas hospedeiras na Amazônia, foi testada a hipótese de que os isolados de T. cucumeris oriundos de seringueira e citros e outras espécies cultivadas ou nativas pertencem a grupamentos de anastomose distintos. Assim, os isolados de T. cucumeris foram caracterizados citomorfologicamente, por meio da caracterização cultural, grupamento de anastomose e molecular. Esta última baseou-se na observação da variação associada a seqüências da região ITS-5,8S do rDNA. Também não há informação sobre a patogenicidade cruzada, à seringueira, de isolados provenientes de outras espécies de plantas da Amazônia. Então, por meio do teste de patogenicidade cruzada foi testada uma segunda hipótese, a de que isolados de T. cucumeris de hospedeiros distintos são patogênicos também à seringueira. O estudo teve como objetivo elucidar aspectos importantes sobre a etiologia do patógeno, que podem ser relevantes para o manejo da doença. De forma importante, concluiu-se que a seringueira hospeda não apenas um, mas sim vários grupos de anastomose de R. solani como agente causal da mancha areolada. / Abstract: The fungus Thanatephorus cucumeris is responsible for causing several foliar diseases on important agricultural crops or on native species in the Amazonian area of the country. Among the diseases, Thanatephorus aerial blight is considered one of the most important in that region. In this study, based on the lack of information on which anastomosis groups (AG) of R. solani are associated with distinct hosts in the Amazon, we tested the hypothesis that T. cucumeris isolates from rubber tree, citrus and other cultivated or native species from the area belong to distinct AGs. So, T. cucumeris isolates were characterized based on cytomorphology, cultural characteristics, by anastomosis grouping, and molecularly. This last one was based on the observation of the variation associated with sequences of the ITS-5.8S region of the rDNA. There is no information about the cross pathogenicity (to rubber tree) of isolates from other Amazonian plant species. Based on cross-pathogenicity tests, a second hypothesis was tested stating that T. cucumeris isolates from distinct hosts are also pathogenic to rubber tree. This study had as objective to elucidate important aspects of the aetiology of the pathogen that can be relevant for managing the disease. We have found that the rubber tree hosts not only one, but several anastomosis groups of R. solani as causal agent of the aerial blight. / Orientador: Paulo Cezar Ceresini / Coorientador: Alcebíades Ribeiro Campos / Banca: Edson Luiz Furtado / Banca: Cesar Junior Bueno / Mestre
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A complexa etiologia da mancha areolada de Thanatephorus sp. e/ou Ceratobasidium sp. em espécies cultivadas ou nativas da Amazônia

Campos, Ana Paula da Silva de [UNESP] 17 July 2006 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:29:44Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2006-07-17Bitstream added on 2014-06-13T19:39:07Z : No. of bitstreams: 1 campos_aps_me_ilha.pdf: 533716 bytes, checksum: a6a41f1f3c5a72bb618808187efbaa15 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O fungo Thanatephorus cucumeris é responsável por várias doenças foliares em culturas de importância agrícola ou em espécies nativas na região Amazônica do país. Entre as doenças relatadas, a mancha areolada de Thanatephorus é considerada uma das mais importantes para a região. Neste estudo, baseando-se na ausência de informações sobre quais os grupamentos de anastomose (AG) de Rhizoctonia solani estão associados a plantas hospedeiras na Amazônia, foi testada a hipótese de que os isolados de T. cucumeris oriundos de seringueira e citros e outras espécies cultivadas ou nativas pertencem a grupamentos de anastomose distintos. Assim, os isolados de T. cucumeris foram caracterizados citomorfologicamente, por meio da caracterização cultural, grupamento de anastomose e molecular. Esta última baseou-se na observação da variação associada a seqüências da região ITS-5,8S do rDNA. Também não há informação sobre a patogenicidade cruzada, à seringueira, de isolados provenientes de outras espécies de plantas da Amazônia. Então, por meio do teste de patogenicidade cruzada foi testada uma segunda hipótese, a de que isolados de T. cucumeris de hospedeiros distintos são patogênicos também à seringueira. O estudo teve como objetivo elucidar aspectos importantes sobre a etiologia do patógeno, que podem ser relevantes para o manejo da doença. De forma importante, concluiu-se que a seringueira hospeda não apenas um, mas sim vários grupos de anastomose de R. solani como agente causal da mancha areolada. / The fungus Thanatephorus cucumeris is responsible for causing several foliar diseases on important agricultural crops or on native species in the Amazonian area of the country. Among the diseases, Thanatephorus aerial blight is considered one of the most important in that region. In this study, based on the lack of information on which anastomosis groups (AG) of R. solani are associated with distinct hosts in the Amazon, we tested the hypothesis that T. cucumeris isolates from rubber tree, citrus and other cultivated or native species from the area belong to distinct AGs. So, T. cucumeris isolates were characterized based on cytomorphology, cultural characteristics, by anastomosis grouping, and molecularly. This last one was based on the observation of the variation associated with sequences of the ITS-5.8S region of the rDNA. There is no information about the cross pathogenicity (to rubber tree) of isolates from other Amazonian plant species. Based on cross-pathogenicity tests, a second hypothesis was tested stating that T. cucumeris isolates from distinct hosts are also pathogenic to rubber tree. This study had as objective to elucidate important aspects of the aetiology of the pathogen that can be relevant for managing the disease. We have found that the rubber tree hosts not only one, but several anastomosis groups of R. solani as causal agent of the aerial blight.
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Xylella fastidiosa de ameixeira: transmissão por cigarrinhas (Hemiptera: Cicadellidae) e colonização de plantas hospedeiras / Xylella fastidiosa in plum: transmission by sharphoters (Hemiptera: Cicadellidae) and colonization in host plants

Cristiane Müller 12 April 2013 (has links)
A Escaldadura das Folhas da Ameixeira (EFA) é a principal doença da cultura no Brasil, sendo causada pela bactéria Xylella fastidiosa e transmitida entre plantas pela ação de insetos vetores, mas há carência de informações sobre a identidade dos vetores e plantas hospedeiras para estirpes de X. fastidiosa causando EFA. Objetivando subsidiar uma proposta de manejo da EFA, foram realizados estudos sobre a transmissão de X. fastidiosa por vetores em ameixeira, identificação de plantas hospedeiras da bactéria em vegetação de cobertura dos pomares que possam servir como fontes de inóculo, capacidade de colonização de estirpes de ameixeira, cafeeiro e citros em inoculações cruzadas e validação da técnica de inoculação mecânica como método de avaliação de resistência de cultivars a X. fastidiosa em programas de melhoramento de ameixeira. Inicialmente, por meio de testes de colonização por X. fastidiosa foram identificadas Ocimum basilicum, Vernonia condensata e Pentas lanceolata como plantas não hospedeiras da bactéria, permitindo a criação de cigarrinhas sadias que foram utilizadas nos ensaios de transmissão. As cigarrinhas Macugonalia cavifrons, M. leucomelas e Sibovia sagata (Hemiptera: Cicadellidae: Cicadellinae) foram identificadas como vetoras de X. fastidiosa em ameixeira com eficiência de transmissão por indivíduo variando de 12 a 21%. Para identificação de hospedeiros alternativos do patógeno, avaliaram-se 12 espécies herbáceas (folhas e raízes) predominantes na vegetação de cobertura de pomares de ameixeira com elevada incidência de EFA, sendo dois no município de Videira, SC e três no município de Jarinú, SP. Amostras de nove delas (Bidens pilosa, Lepidium ruderale, Lolium multiflorum, Plantago major, Parthenium hysterosphorus, Raphanus sativus, Rumex sp., Solanum americanum e Vernonia sp. foram positivas para X. fastidiosa em folhas e/ou raízes, pelo teste de reação de polimerase em cadeia (PCR), Testes de inoculação mecânica com um isolado de X. fastidiosa de ameixeira comprovaram a capacidade dessa estirpe bacteriana em colonizar plantas de B. pilosa, L. ruderale, R. sativus e S. americanum. Estudos de inoculação cruzada demonstraram que isolados de X. fastidiosa de citros são capazes de colonizar cafeeiro, embora em menor proporção que isolados de cafeeiro. Um isolado de ameixeira foi capaz de colonizar citros e cafeeiro, sendo que em citros a proporção de plantas infectadas foi maior. Isolados de X. fastidiosa de citros e cafeeiro não colonizam plantas de ameixeira, sendo estas colonizadas apenas pelos isolados homólogos. Estudos de inoculação mecânica de dois isolados de X. fastidiosa de ameixeira em diferentes cultivares dessa planta hospedeira, expressaram resultados corroborativos com a pré-caracterização da resistência das cultivares, validando a técnica para uso em programas de melhoramento, com melhor precisão nos resultados e ganho de tempo na avaliação de resistência à EFA. / The Plum Leaf Scald (PLS) is the main disease of plum crop in Brazil being caused by the bacterium X. fastidiosa, which is transmitted among plants by insect vectors. However, additional information is needed about the identity of vectors and host plants of X. fastidiosa isolates that cause PLS. In order to subsidize PLS management proposal, studies on X. fastidiosa vector transmission in plum, identification of host plants from orchard vegetation cover that can be source of inoculum, bacterial colonization of strains isolated from plum, coffee and citrus in cross inoculations, and validation of mechanical inoculation technique as method for assessing resistance of plum varieties against X. fastidiosa in breeding programs, were carried out. Firstly, studies of colonization by X. fastidiosa revealed that three plants are non-hosts: Ocimum basilicum, Vernonia condensata and Pentas lanceolata, allowing the maintenance of healthy leafhoppers colonies. The sharpshooters Macugonalia cavifrons, M. leucomelas and Sibovia sagata were confirmed as vectors of X. fastidiosa in plum with transmission efficiency per individual ranging from 12 to 21%. In order to identify alternative hosts of the bacterium in plum orchards, 12 plant species (leaves and roots), which are predominant in the vegetation from orchards where PLS incidence is high, two of them being located at Videira - SC and three at Jarinu - SP, were chosen to be tested. Samples of leaves and/or roots from nine plant species (Bidens pilosa, Lepidium ruderale, Lolium multiflorum, Plantago major, Parthenium hysterosphorus, Raphanus sativus, Rumex sp., Solanum americanum and Vernonia sp.) were positive for X. fastidiosa by Polymerase Chain Reaction (PCR). Mechanical inoculation tests using a plum isolate of X. fastidiosa showed the capacity of this strain in colonizing the plants B. pilosa, L. ruderale, R. sativus and S. americanum. Studies on cross inoculation demonstrated that citrus X. fastidiosa isolates are able to colonize coffee plants, although in lower intensity than strains isolated from coffee. A plum isolate was able to colonize citrus and coffee plants, but the proportion of infected plants was higher in citrus. On the other hand, isolates of X. fastidiosa from citrus and coffee do not colonize plum plants and these were only colonized by homologous isolates. Studies on mechanical inoculation of two plum strains of X. fastidiosa in different plant cultivars revealed a pre-characterization on the resistance of these cultivars, validating the technique for use in breeding programs with a better precision in results as well as saving time on the assessment of resistance against PLS.
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Diversidade de moscas-das-frutas (Diptera, Tephritidae) em pomares comerciais de papaia e em áreas remanescentes da Mata Atlântica e suas plantas hospedeiras nativas, no município de Linhares, Espírito Santo / Fruit flies (Diptera, Tephritidae) diversity in papaya commercial orchards and in remnant areas of the Atlantic Rain Forest and their association with native host plants, in Linhares county, Espírito Santo state, Brazil

Keiko Uramoto 26 April 2007 (has links)
Este estudo foi conduzido em áreas remanescentes da Mata Atlântica, Reserva Natural da Companhia Vale do Rio Doce e Floresta Natural de Goytacazes (áreas preservadas), e em pomares comerciais de papaia (áreas alteradas), no município de Linhares, Estado do Espírito Santo. Os principais objetivos foram analisar comparativamente a diversidade, a abundância e o padrão de distribuição das espécies de moscas-das-frutas nesses dois hábitats (alterados e preservados), observando o impacto da mudança ambiental em relação à diversidade de espécies, além disso, verificar a associação das espécies de moscas-das-frutas com as plantas hospedeiras nativas. As moscas-das-frutas foram coletadas em armadilhas plásticas tipo McPhail com atrativo alimentar (proteína hidrolisada) por um período de cinco anos (outubro/2001 a setembro/2006). Nos remanescentes da Mata Atlântica, foram capturados 14 exemplares (machos e fêmeas) de Ceratitis capitata e 6.281 fêmeas de Anastrepha, sendo identificadas 22 espécies, além de cinco espécies possivelmente não-descritas. Nos pomares comerciais de papaia, foram capturados 30 exemplares (machos e fêmeas) de C. capitata e apenas 330 fêmeas de Anastrepha, pertencentes a 14 espécies. A diferença nos valores dos dois parâmetros (riqueza de espécies e abundância) refletiu nos valores do índice de diversidade de Margalef, que diferiram estatisticamente nos dois hábitats. Os resultados sugerem que as mudanças na vegetação nativa para uma área de cultivo provocaram impacto na diversidade, na abundância e na distribuição das comunidades de moscas-das-frutas. O levantamento de plantas hospedeiras de moscas-das-frutas foi realizado na Reserva Natural da Vale do Rio Doce, durante três anos e cinco meses (fevereiro/2003 a julho/2006). Foram coletadas 330 amostras de frutos de plantas nativas, representando 253 espécies de 51 famílias. Myrtaceae foi a família mais diversificada com 55 espécies amostradas. Vinte e oito espécies, pertencentes a dez famílias, foram hospedeiras de dez espécies de Anastrepha e de C. capitata. Entre 33 associações observadas entre moscas-das-frutas e plantas hospedeiras, 23 foram registros inéditos. Além disso, foram detectadas pela primeira vez as plantas hospedeiras de A. fumipennis Lima e de A. nascimentoi Zucchi. / The study was undertaken in the Natural Reserve of Vale do Rio Doce and the Natural Reserve of Goytacazes, remnants of the Atlantic Rain Forest (preserved areas), and in three papaya commercial orchards (disturbed areas), all areas located in Linhares county in the state of Espírito Santo. The main objectives of this study were to compare the diversity, abundance and distribution pattern of fruit fly species in these habitats (preserved and disturbed), observing the impact of environmental modifications in relation to species diversity, besides to find out fruit fly-native host plant associations. Fruit flies were collected with plastic McPhail traps baited with hydrolised protein over a five-year period (October/2001 to September/2006). Fourteen specimens of Ceratitis capitata (males and females) and 6,281 females of Anastrepha belonging to 22 species, besides five probably undescribed ones, were captured in the remnants of the Atlantic Rain Forest. In the papaya commercial orchards, 30 specimens of C. capitata (males and females) and only 330 females of Anastrepha were captured. The difference of the two parameter values, species richness and abundance, reflects on Margalef&#39;s index values, which were statistically different in both habitats. Results suggest that modifications of native vegetation in an agricultural area can cause impact on both the diversity and distribution of fruit fly assemblages. An approximately three and a half years&#39; host survey (February/ 2003 to July/ 2006) was undertaken in the Natural Reserve of Vale do Rio Doce. A total of 330 samples of native plant fruits, representing 253 species from 51 plant families was collected. Myrtaceae was the most diversified plant family with 55 species sampled. Twenty eight plant species from ten plant families were found as host-plants of ten species of Anastrepha as well as of C. capitata. Among these 33 associations, 23 were new records. Furthermore, the first records of a host plant for A. fumipennis Lima and A. nascimentoi Zucchi were detected.
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Formigas associadas a Turnera subulata (Turneraceae) : custos e/ou benefícios para planta hospedeira?

Cruz, Nayara Gomes da 25 February 2016 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Ecological interactions between organisms are complex and can present dynamic results, which are dependent on environmental context. Plants with extrafloral nectaries attract a wide variety of ants species, in associations commonly considered mutualistic. In tropical environments the combination of plants and ants play an important role in communities. Turnera subulata is a ruderal shrub widely distributed in disturbed areas, which has a pair of extrafloral nectaries in the base of each leaf. In this study, we evaluated whether the ants associated with T. subulata: (i) vary spatially (between locals) and temporally (over day period); (ii) respond to simulate presence of herbivores and the signs of damage caused in different structures of the host plant (stem and leaf); (iii) reduce herbivory rates; (iv) influencing the vegetative growth and reproductive success of the host plant, along its phenology. The experiments were conducted in São Cristóvão-SE. For the initial understanding of the system studied, T. subulata individuals were selected, in which we performed simulations of the presence of herbivorous and realization of injuries in the stem and leaves of the host plants. The total number of individuals and species associated ants was quantified during three periods of the day. It was quantitated the percentage of leaf area lost and leaves attacked by sucking. They also plot experiments were performed in which were established with and without ants. In each plot were transplanted T. subulata seedlings that were followed throughout their phenological stages. Observations were made in order to quantify the vegetative growth and reproductive investment measures the host plant as well as the number of sheets to damage by sucking insects and chewing; and the number of herbivores. The number of visitors associated with T. subulata was quantified during three periods of the day, being held 5min observation / share. In all cases, data were analyzed using general linear models. 21 species of ants were found. The composition of the ant meeting showed significant variation between locations and time of day. Visitation rates and predation by ants was higher in stems than in the leaves of plants. In general, herbivory rates were not correlated with the association / activity of ants, with the exception of leaf area proportion consumed, which showed a significant reduction in plants where the ants defended the leaves. The results showed that the maturation stage there was a trade-off between growth x propagation of plants; which is favorable for plants (ex.: higher reproduction) who were in plots with ants. Plants on treatment with ants had fewer visitors, including predators and parasitoids. The number of sucking herbivores was significantly reduced in the presence of ants, during the flowering stage. Our results suggest that the benefits of the association may be dependent on context. Moreover, they can contribute to the understanding of the mechanisms involved in facultative interactions between ants and plants and to the understanding of the communities in interaction nets. / Interações ecológicas entre organismos são complexas, podendo apresentar resultados dinâmicos, os quais são dependentes do contexto ambiental. Plantas com nectários extraflorais atraem uma ampla variedade de espécies de formigas, em associações comumente consideradas mutualísticas. Nos ambientes tropicais a associação de plantas e formigas desempenha importante papel nas comunidades. Turnera subulata é um arbusto ruderal, amplamente distribuído em áreas antropizadas, que apresenta um par de nectários extraflorais na base de cada folha. Neste estudo, avaliamos se as formigas associadas a T. subulata: (i) variam espacialmente (entre locais) e temporalmente (ao longo do período do dia); (ii) respondem à simulação da presença de herbívoros e aos sinais de danos ocasionados em diferentes estruturas da planta hospedeira (caule e folha); (iii) reduzem as taxas de herbivoria; (iv) influenciam o crescimento vegetativo e sucesso reprodutivo da planta hospedeira, ao longo da sua fenologia. Os experimentos foram realizados em São Cristóvão-SE. Para o entendimento inicial do sistema estudado, foram selecionados indivíduos de T. subulata, nos quais realizamos simulações da presença de herbívoro e realização de injúrias no caule e folhas das plantas hospedeiras. O número total de indivíduos e de espécies de formigas associadas foi quantificado durante três períodos do dia. Foi quantificada a proporção de área foliar perdida e de folhas atacadas por sugador. Também foram realizados experimentos em que foram estabelecidas parcelas com e sem formigas. Em cada parcela foram transplantadas mudas de T. subulata que foram acompanhadas ao longo de seus estágios fenológicos. Foram feitas observações a fim de quantificar as medidas de crescimento vegetativo e investimento reprodutivo da planta hospedeira, assim como o número de folhas com danos por insetos sugadores e mastigadores; e o número de herbívoros. O número de visitantes associados a T. subulata foi quantificado durante três períodos do dia, durante 5min de observação/parcela. Em todos os casos, os dados foram analisados através de modelos lineares generalizados. Foram encontradas 21 espécies de formigas. A composição da assembleia de formigas apresentou variação significativa no espacialmente e temporalmente. As taxas de visitação e de predação pelas formigas foi maior no caule do que nas folhas das plantas. De forma geral, as taxas de herbivoria não foram correlacionadas com a associação/atividade das formigas, com exceção da proporção de área foliar consumida, que mostrou redução significativa em plantas onde as formigas defenderam as folhas. Os resultados mostraram que no estágio de maturação houve um trade-off entre crescimento x reprodução das plantas; sendo este favorável (ex.: maior reprodução) para as plantas que estavam em parcelas com formigas. Plantas sobre tratamento com formigas tiveram menor número de visitantes, incluindo predadores e parasitoides. O número de herbívoros sugadores foi significativamente reduzido na presença de formigas, durante o estágio de floração. Nossos resultados sugerem que os benefícios da associação podem ser dependentes de contexto. Além disso, podem contribuir para a compreensão dos mecanismos envolvidos nas interações facultativas entre formigas e plantas, e para o entendimento das redes de interações em comunidades.
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Bioecologia do ácaro vermelho das palmeiras, Raoiella indica Hirst (Acari: Tenuipalpidae), na Venezuela / Bioecology of the red palm mite, Raoiella indica Hirst (Acari: Tenuipalpidae) in Venezuela

Carlos Luis Vásquez Freytez 05 September 2012 (has links)
A ocorrência do ácaro vermelho das palmeiras (AVP), Raoiella indica Hirst (Acari: Tenuipalpidae), foi relatada no Novo Mundo em 2004 e desde então este ácaro tem colonizado várias espécies de aceráceas e musáceas, assim como plantas ornamentais de outras famílias nas ilhas do Caribe, Florida (USA), Venezuela, Brasil e Colômbia. Desde aquele primeiro relato, essa espécie tem produzido consideráveis perdas econômicas em coqueiro nos países onde foi encontrada, o que tem conduzido a um interesse cada vez maior em se conhecer o impacto da praga às plantas em que este ácaro tem sido encontrado. Com o objetivo de conhecer aspectos bioecológicos do AVP na Venezuela foram feitas amostragens para determinar a distribuição geográfica nesse país assim como as plantas hospedeiras e inimigos naturais com os quais a praga tem sido encontrada. A biologia da praga foi estudada em plantas ornamentais e em espécies de palmeiras nativas do Neotrópico, para avaliar o seu potencial em causar dano a estas plantas. Além disso, foi estudada sua distribuição intra-planta, sua flutuação populacional em plantios comerciais de coqueiro e também as variações na expressão das enzimas oxidativas (POD e PPO) e o grau de peroxidação de lipídeos em genótipos de coqueiro, como respostas à alimentação deste ácaro. Foram verificados altos níveis populacionais do AVP em plantios comerciais de coqueiro e em outras plantas crescendo naturalmente no litoral na Venezuela. Em apenas oito espécies de Arecaceae, uma de Musaceae e uma de Strelitziaceae foram verificados todos os estágios de desenvolvimento do AVP, sugerindo que este se desenvolve e se reproduz nestas plantas. O ácaro fitoseídeo Amblyseius largoensis (Muma) foi o predador mais frequentemente associado com o AVP em todos os locais estudados. Maiores densidades do AVP foram observadas nas regiões mediana e basal das folhas coletadas nos estratos mediano e basal da copa da planta. Em 2010, os níveis populacionais do AVP foram mais elevados que em 2011, aparentemente em função dos níveis menores de precipitação naquele ano. O AVP conseguiu se desenvolver sobre as espécies de plantas ornamentais, mas não nas espécies de arecáceas nativas do Novo Mundo. Com relação às enzimas oxidativas, as atividades das POD, PPO e a peroxidação de lipídeos foram maiores em plantas infestadas dos cultivares Anão Amarelo da Malásia (AAM) e Gigante do Caribe (GC) quando comparadas com os respectivos controles. Além disso, maiores atividades de POD e PPO foram detectadas no cultivar AAM que no cultivar GC, tanto em plantas infestadas quando não infestadas. Em contraste, maior peroxidação de lipídeos foi verificada em plantas do cultivar GC infestadas. Estes resultados sugerem que provavelmente esses genótipos de coqueiro possuim mecanismos de resistência ao AVP, porem estudos complementares precisam ser realizados. / Occurrence of the red palm mite, Raoiella indica Hirst (Acari: Tenuipalpidae), was related in the New World in 2004 and since then this mite species has colonized several arecaceaous and musaceous plant species, but also ornamental species in the Caribbean Islands, Florida (USA), Venezuela, Brazil and Colombia. Since firstly reported, this mite species has provoked considerable economic losses in coconut in countries where it has been found thus raising more interest to know pest impact on plant species on which mite has been found. In order to know biological aspects of R. indica samplings were made to determine geographical distribution, and also host plants and natural enemies which are found with it. Pest biology was assessed in ornamental plants and also on palms species native to Neotropical region in order to evaluated potential to cause damage on these plant species. Besides intra-plant distribution and population fluctuation was evaluated in coconut commercial plots and also variations in oxidative enzyme expression (POD and PPO) and extent of lipid peroxidation in coconut genotypes as response to R. indica feeding. Higher population levels of RPM were verified in coconut commercial plots but also in naturally growing plants in the coastal line in Venezuela. All developmental stages of the RPM were verified only on eight Arecaceae species, one Musaceae and one Strelitziaceae species thus suggesting that mite is able to develop and reproduce on these plant species. Phytoseiid mite Amblyseius largoensis (Muma) was the most frequent predator species associated to the RPM in all of the sampling areas. Higher mite densities were observed in middle and basal portions from leaf collected from middle and basal canopy. In 2010, RPM population levels were higher than in 2011, probably as function to lower rainfall levels in that year. The RPM completed development on ornamental plant species but did not on arecaeous native to New World. In regard to oxidative enzymes, POD and PPO activities and lipid peroxidation were higher in infested plants from Malaysian Yellow Dwarf (MYD) and Caribbean Tall (CT) as compared to respective controls. Besides higher POD or PPO activities were detected in MYD cultivar than in CT both in infested or no infested plants. In contrast, higher lipid peroxidation was verified in infested CT cultivar. Our results suggest that probably these coconut genotypes exhibit resistance mechanism to the RPM, however more detailed studies are required.
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Comportamento sexual e reprodutivo de Sphenophorus levis Vaurie, 1978 (Coleoptera: Curculionidae) em cana-de-açúcar / Sexual and reproductive behavior of Sphenophorus levis Vaurie, 1978 (Coleoptera: Curculionidae) in sugarcane

Nancy Del Carmen Barreto-Triana 07 April 2009 (has links)
Com o objetivo de obter informações básicas sobre a bioecologia e o comportamento de Sphenophorus levis Vaurie, foram realizados diferentes bioensaios para conhecer seu comportamento sexual e reprodutivo; obter e testar a atividade biológica de seu feromônio natural em condições de laboratório e campo; verificar a eficiência de captura do feromônio sintético de agregação em condições de campo; determinar o tipo de armadilha mais eficiente para a captura e manejo de adultos; e avaliar o raio de ação das atuais armadilhas. Os resultados mostraram que S. levis, acasala-se em qualquer hora do dia, tem múltiplas cópulas, e os casais entre 14 e 35 dias de idade apresentaram as maiores frequências de cópulas, com 76 a 88%, respectivamente. A duração média da primeira cópula foi de 5,75 ± 4,22 h, e o tempo total de cópula variou entre 1 a 17 h. O período de pré-oviposição em fêmeas entre 14 e 35 dias, foi de 5,52 ± 4,53 a 10,90 ± 5,37 dias. O número de ovos/fêmea foi de 0,25 a 7,80, com viabilidade entre 33 e 63%. Fêmeas de S. levis com idade avançada entre 85 e 210 foram receptivas ao acasalamento (66%), ovipositaram entre 4,50 a 7,09 ovos, com viabilidade entre 49 e 79%. Machos e fêmeas de S. levis aptos ao acasalamento, apresentaram uma sequência típica de comportamentos para efetivar a cópula. A duração da pré-cópula variou de 2 a 5 horas. A cópula foi longa, com uma duração entre 7 a 13 horas. A pós-cópula durou entre 1,31 a 1,41 horas. O comportamento sexual associado à cópula foi influenciado pelo contato visual entre os casais e físico com outros indivíduos da espécie. Bioensaios em olfatômetro Y demonstraram que os machos foram estimulados por voláteis de cana; cana + machos; e cana + fêmeas; enquanto as fêmeas apenas por cana + machos. Os machos responderam ao extrato natural de macho + cana; as fêmeas ao extrato de machos + cana, extrato de fêmeas e extrato de fêmeas + cana. O isômero (S)-2-metil-4-octanol gerou atividade comportamental de ambos os sexos de S. levis. No campo, a avaliação da atratividade dos extratos naturais e os compostos sintéticos (isômeros S; R e mistura racêmica S-R), mostraram diferença na captura de fêmeas e totais de adultos de S. levis entre o isômero R e o controle; no entanto, não diferiram dos demais tratamentos. A captura de adultos selvagens de S. levis nas diferentes armadilhas testadas, diferiu entre o controle (isca CTC) e as armadilhas testadas (modelos galão, funil, e moleque da bananeira). A recaptura de adultos marcados de S. levis foi baixa e correspondeu a apenas 2% dos insetos liberados, sendo maior a distância de 5 m (10 adultos). De forma geral, estes resultados contribuem para o conhecimento do comportamento sexual e reprodutivo de S. levis e são úteis para futuros programas de manejo integrado desta praga. / With the aim of obtaining basic information on bioecology and behavior of Sphenophorus levis Vaurie, different bioassays were realized in order to understand its sexual and reproductive behavior; obtain and test the biological activity of its natural pheromone under laboratory and field conditions; verify the capture efficiency of the synthetic aggregation pheromone under field conditions; determine the most efficient type of traps for capture and management of the adults; and evaluate the radius of action of the current traps. The results showed that S. levis mates any time of the day, has multiple mating and the mates between the ages of 14 and 35 days presented the highest mating frequencies of 76 to 88%, respectively. The mean duration for the first mating was 5.75 ± 4.22 h, and the total mating time varied between 1 to 17 h. The pre-oviposition period for females between 14 and 35 days, was 5.52 ± 4.53 to 10.90 ± 5.37 days. The number of eggs/female was 0.25 to 7.80, with viability of between 33 and 63%. Females of S. levis with advanced age between 85 and 210 days were receptive to mating (66%), oviposited between 4.50 to 7.09 eggs with viability between 49 and 79%. Males and females of S. levis with capacity to mate presented typical frequency behavior to effect mating. The pre-mating duration varied from 2 to 5 hours. Mating was long with duration of 7 to 13 hours. The post-mating duration lasted between 1.31 to 1.41 hours. Sexual behavior associated with mating was influenced by visual contact between the couples and the physical among coespecifics. Bioassays in a Y tube olfatometer demonstrated that the males were responsive to sugarcane volatiles; sugarcane + males; and sugarcane + females; while the females were stimulated at least by sugarcane + males. The males responded to the natural extract of male + sugarcane; while the females to the extract of males + sugarcane, extract of females and extract of females + sugarcane. The isomer (S)-2- methil-4-octanol generated behavioral activity of both sexes of S. levis. In the field, the evaluation of attractivity of natural extracts and the synthetic compounds (isomer S; R and racemic mixture of S-R), showed differences in the capture of females and totals of adults of S. levis between the isomer R and the control; however, it was not different in other treatments. The capture of wild S. levis adults in the different tested traps differed between the control (bait CTC) and the tested baits/traps (models galão, funil, and moleque da bananeira). The recapture of marked adults of S. levis was low and corresponded to 2% of the liberated insects within the longest distance of 5 m (10 adults). In general, these results add to the knowledgment of S. levis sexual and reproductive behavior and are useful to future programs of integrated management of this pest.
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Investigação da microbiota endofítica onipresente em microplantas \"axênicas / Investigation of ubiquitous endophytic microbiota in \"axenic\" microplants.

Natalia Pimentel Esposito Polesi 30 August 2010 (has links)
A cultura de tecidos tem sido uma importante ferramenta amplamente utilizada para diversas finalidades, dentre elas a micropropagação tem merecido destaque devido à rápida produção de mudas saudáveis num espaço físico reduzido. Dentro deste contexto, o termo, plantas axênicas, tem sido difundido como um ideal a ser atingido nesta técnica, havendo a busca cada vez maior de métodos que eliminem de forma eficaz toda e qualquer contaminação que possa, eventualmente, crescer no meio de cultura. No entanto, cada vez mais se observa que a concepção de contaminação dentro da cultura de tecidos deve ser revista, assim como a de planta axênica, pois inúmeros trabalhos têm mostrado, que mesmo em microplantas assintomáticas consideradas axênicas, existe uma comunidade endofítica onipresente e que na sua grande maioria desempenha papel fundamental no estabelecimento, desenvolvimento e aclimatização das culturas, sendo, portanto, microrganismos benéficos que devem ser conservados no cultivo in vitro. Dessa forma, o presente trabalho teve como principal objetivo investigar a microbiota endofítica presente em diversas espécies de microplantas assintomáticas consideradas axênicas, independente de seu protocolo de cultivo in vitro, local, método de micropropagação e manipulação. Para tal, foram utilizadas microplantas assintomáticas, em fase de multiplicação por mais de um ano, provenientes de três laboratórios diferentes, submetidas à caracterização por meio de testes histoquímicos, à análises ultraestruturais, a isolamento em diferentes meios de cultura por dois métodos (trituração e fragmentação), à análises moleculares utilizando a extração do DNA genômico total e PCR-DGGE, além da extração e sequenciamento do DNA dos isolados obtidos. Os resultados obtidos pelo isolamento, testes moleculares e análises ultraestruturais, evidenciaram a presença de uma comunidade endofítica, colonizando os tecidos de diferentes espécies de microplantas, provenientes de três laboratórios distintos. Dessa forma, conclui-se que a inexistência de plantas axênicas deve ser considerada, futuramente, como um aspecto positivo dentro da cultura de tecidos, uma vez que, essa comunidade endofítica pode atribuir características de interesse agronômico às diferentes espécies vegetais. / Tissue culture has been an important tool widely used for various purposes, among them the micropropagation has been highlighted due to the rapid production of healthy seedlings in a small space. Within this context, the term axenic plant has been distributed as an ideal to be achieved in this technique, which the search based on numerous methods that effectively eliminate any contamination that may eventually grow into the culture medium. However, it is seen that the conception of contamination in tissue culture should be reviewed as well as axenic plants, because several studies have shown that even in asymptomatic microplants considered axenic, there is an ubiquitous and that the endophytic community mostly plays a fundamental role in the establishment, development and acclimatization of cultures, therefore, beneficial microorganisms that should be preserved in vitro. Thus, this study aimed to investigate the endophytic microbiota present in several species of micro asymptomatic considered \"axenic\" regardless of their protocol for in vitro culture, location, method of micropropagation and manipulation. For this purpose, were used asymptomatic microplants in multiplication stage by more than one year, from three different laboratories, and were submitted to characterization by histochemistry tests, ultrastructural analysis, isolation in different culture medium by two methods (grinding and fragmentation), molecular analyses using the extraction of total genomic DNA and PCR-DGGE, in addition to extracting and sequencing the DNA of the isolates obtained. The results obtained by the isolation, molecular and ultrastructural analysis, showed the presence of an endophytic community colonizing the tissues of different species of microplants, from three different laboratories. Thus, it was concluded that the inexistence of axenic plants should be considered in future as a positive aspect in the tissue culture, since this endophytic community can give agronomical traits to different crop species.
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Sobrevivência de Colletotrichum acutatum, agente causal da podridão floral dos citros, em plantas daninhas / Survival of Colletotrichum acutatum, the causal agent of postbloom fruit drop, on weeds

Guilherme Fernando Frare 01 February 2012 (has links)
O Brasil é o maior produtor de laranja do mundo e, embora o cultivo ocorra em todos os estados brasileiros, o Estado de São Paulo é o maior produtor, responsável por 80% da produção nacional. Dentre as doenças que podem limitar a produção dos citros encontra-se a podridão floral do citros (PFC), causada pelo fungo Colletotrichum acutatum J. H. Simmonds. Os sintomas desta doença são caracterizados pela presença de lesões necróticas marrons ou alaranjadas nas pétalas e queda dos frutos recém formados, os cálices e os pedúnculos permanecem retidos nos ramos. Em citros, C. acutatum pode sobreviver aderido à superfície das folhas, na forma de apressório quiescente, por pelo menos um mês. As plantas daninhas podem atuar como hospedeiras alternativas de diversos patógenos, servindo como fontes de inóculo e desempenhando um importante papel na epidemiologia das doenças. O objetivo deste trabalho foi verificar se plantas daninhas, comuns em pomares de citros no Estado de São Paulo, podem servir como fonte de inóculo de C. acutatum para esta cultura. Sete espécies de plantas daninhas foram inoculadas com uma suspensão de conídios de C. acutatum, calibrada a 105 conídios/mL. Após a inoculação, estas foram mantidas em câmara úmida por 36 horas e, em seguida, amostras de todas as plantas foram coletadas e observadas em microscópio óptico para verificar a germinação dos conídios. Trinta, sessenta e noventa dias após as inoculações realizou-se o isolamento de C. acutatum das folhas inoculadas. Para isso, amostras de folhas de cada espécie de planta daninha foram coletadas, desinfestadas superficialmente e transferidas para placas de Petri, onde receberam 70 L de extrato floral de citros sobre o local da inoculação, para estimular a germinação dos apressórios ali presentes. As folhas permaneceram incubadas por 24 horas a 23°C, com fotoperíodo de 12 h. Após esse período, as áreas inoculadas das folhas foram cortadas e transferidas para placas de poliestireno contendo meio de Martin. Após o surgimento das primeiras colônias de C. acutatum, discos de quatro milímetros de diâmetro foram transferidos para meio BDA, para a obtenção de colônias puras. Em seguida foi realizado um teste de patogenicidade em flores de laranja doce de três anos de idade. Os dados de porcentagem de isolamento foram analisados análise de variância e testes não paramétricos. Foram observadas a germinação e a formação de apressórios de C. acutatum na superfície de todas as folhas inoculadas, após 36 horas de câmara úmida. Não houve diferença estatística na sobrevivência de C. acutatum ao longo dos 30, 60 e 90 dias e não foi observado nenhum tipo de sintoma nas folhas inoculadas. C. acutatum foi isolado de todas as plantas daninhas analisadas, embora o tempo de sobrevivência tenha variado em função da espécie de daninha. Todos os isolados obtidos das plantas daninhas apresentaram sintomas típicos de PFC em todas as flores inoculadas. Os resultados obtidos demonstraram que as plantas daninhas avaliadas podem servir como hospedeiras alternativas de C. acutatum, resultando em fonte de inóculo primário e secundário deste patógeno para a cultura do citros. / Brazil is the major orange producer in the world, and although the cropping occurs all over the Brazilian States, the São Paulo State is the major producer, responsible for 80% of the national production. Postbloom fruit drop (PFD), caused by the fungus Colletotrichum acutatum J. H. Simmonds is an important disease that can cause yield reduction. The symptoms of this disease are characterized by the presence of brown or orange necrotic lesions in the petals and the drop of young fruits; the calyces and peduncles remain in the branches after fruit drop. In citrus, C. acutatum can adhered to the surface of the leaves, in the form of quiescent appressoria, for at least one month. The weeds can act as alternative hosts of diverse pathogens, serving as inoculum sources and playing an important role in the disease epidemiology. The purpose of this research was to verify if weeds, commons in citrus orchards in São Paulo State, may serve as inoculum source of C. acutatum for this crop. Seven weed species were inoculated with a conidial suspension of C. acutatum, calibrated with 105 conidia/mL. After the inoculation, the weeds were kept in humidity chamber for 36 hours. Samples of all weeds were collected and observed in optical microscope to verify the conidia germination. Thirty, sixty and ninety days after inoculation, C. acutatum was isolated from the inoculated leaves. For this purpose, leaves of each weed species were collected, superficially disinfested and transferred to Petri dishes. The leaves received 70 L of citrus flower extract over the inoculation area to stimulate the appressoria germination. The leaves were incubated for 24 hours at 23°C, with 12 hours of photoperiod. After this period, the inoculated areas were cut and transferred to polystyrene dishes with Martin medium. After the appearance of the first colonies of C. acutatum, discs of four millimeters of diameter were transferred to PDA medium to obtain pure colonies. A pathogenicity test was carried out in three years old sweet orange flowers. The percentage of pathogen isolation was analyzed by variance analysis or non-parametric analysis. Conidia germination and appressoria formation of C. acutatum in all inoculated leaves were observed, after 36 hours of humidity chamber. There was no statistical difference in the C. acutatum survival during 30, 60 e 90 days and no type of symptom was observed in the inoculated leaves. C. acutatum was isolated from every weed analyzed, although the survival period varied among the weed species. Every isolated obtained from the weeds presented typical PFD symptoms in every inoculated flowers. The results showed that weeds can serve as alternative hosts of C. acutatum, contributing in primary and secondary inoculum source of this pathogen to the citrus crop.

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