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Homens e Saúde: Discutindo Interações no Serviço da Atenção Primária.MENDONCA, V. S. 16 November 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-11-16 / A saúde do homem surge como questão a ser abordada e estudada a partir do comportamento de risco adotado pelos próprios sujeitos do sexo masculino, muitas vezes arraigado pelos ditames de uma masculinidade hegemônica imposta socialmente. Esse comportamento retrata certa ausência de responsabilidade dos homens em relação ao cuidado à saúde, que não admitem um estado de fraqueza ou fragilidade provocado pela doença. No Brasil, a questão não é menos grave, pois estudos mostram que o homem não possui hábitos de prevenção e mais, os próprios homens estão colocados à margem das políticas públicas de saúde, voltadas prioritariamente para as mulheres. A partir de então, concebe-se como fundamental pensar a inserção dos homens nas decisões em relação à saúde, até porque as taxas de mortalidade e morbidade masculina vêm ganhando relevância no cenário nacional, devido à incidência de neoplasias malignas e acidentes de trânsito, principalmente. Este trabalho teve como objetivo investigar as concepções de homens usuários de um serviço de saúde da atenção primária, do município de Vitória/ES, acerca da saúde e do serviço oferecido à população. Utiliza como referencial a produção de Georges Canguilhem (1904-1995) que, de modo geral, considera a saúde pela sua plasticidade normativa, ou seja, o indivíduo tem a capacidade de incorporar normas próprias a novas situações, sem perder a capacidade de ação. Participaram do estudo 35 usuários do serviço de saúde, com idades entre 25 e 54 anos. Os dados foram obtidos por entrevistas abertas, que permitiram acessar as questões da realidade em relação à prática de saúde desses homens e foram avaliados pela análise de conteúdo. Pôde-se observar, dentre outros aspectos, que grande parte dos homens ainda tem suas ações em saúde voltadas somente aos momentos de extrema necessidade ou, então, só procuram o serviço de saúde quando a sua situação interfere em algo de maior importância, como o trabalho. Verifica que 94,2% dos participantes têm preferência e sentem-se incluídos quando o serviço de saúde é oferecido em horário compatível com o trabalho. Todavia, os homens não se veem incluídos em programas ou atividades das unidades de saúde, determinado pelo Ministério da Saúde como a porta de entrada do Sistema Único de Saúde. Por outro lado, constata, também, que 22,8% dessa população masculina já têm a iniciativa de buscar o serviço, como forma de promoção e prevenção da sua saúde e podem sinalizar a instituição de outros modos existenciais em relação ao modelo hegemônico de masculinidade, uma vez que parece surgir uma nova cultura de homens mais preocupados com sua saúde. Entretanto, é preciso lembrar que esse é um processo lento, gradual e que demanda tempo para se efetivar. Espera-se que esses resultados possam gerar subsídios para a reflexão sobre as políticas públicas de saúde destinadas ao homem.
Palavras-chave: Políticas públicas de saúde.
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Na Corda Bamba: Reforma Psiquiátrica e Saúde Mental na Atenção PrimáriaCAMPOS, A. R. 23 August 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004-08-23 / Esse estudo discute os limites e possibilidades da implementação da reforma psiquiátrica brasileira na rede básica de saúde. Os serviços desse nível são considerados como porta de entrada do sistema brasileiro de saúde (SUS), contudo, com relação à pessoas afetadas pela loucura, eles não tem sido percebidos como parte da rede voltada à sua atenção. Procurando investigar esse fato, este estudo trabalhou com os profissionais da rede básica de saúde de Vitória/ES, com aplicação de entrevistas semi-estruturadas, de questionários e de um grupo de discussão, por meio dos quais se procurou conhecer as dificuldades e possibilidades de transformar essa realidade de modo a poder contar com esses serviços no processo da reforma. Pôde-se constatar que, na visão dos profissionais, as Unidades de Saúde têm papel fundamental na reforma psiquiátrica, por serem serviços efetivamente territoriais, o que lhes permite conhecer os usuários e sua realidade, e acompanhá-los nos diversos momentos de sua vida. Porém, os profissionais relatam várias dificuldades que têm tornado extremamente difícil o cumprimento da expectativa de abandonarem as práticas tradicionais de saúde, aparecendo como pessoas afetadas pela realidade que enfrentam, pela demanda excessiva e pelo processo de trabalho que continua burocratizado e incoerente com as propostas de transformação. Essas dificuldades concernem a atenção aos problemas gerais da área de saúde, interferindo, também, na possibilidade de assumirem a atenção às pessoas com transtornos mentais que são vistas como apresentando algumas especificidades que refletem na necessidade de maior flexibilidade dos serviços para seu atendimento. Contudo, exceto pela necessidade de maior conhecimento técnico, as dificuldades citadas são as mesmas enfrentadas para a construção de um novo modelo de atenção à saúde, sendo a interlocução com a área de saúde mental recebida de forma positiva, havendo a expectativa de que esta possa, com seus conhecimentos e técnicas, auxiliar no enfrentamento das dificuldades. Por outro lado, o trabalho nesse nível tem trazido à tona uma realidade ainda mais complexa que aquela com que se trabalha no campo da reforma, pois esta se dirige mais diretamente aos usuários atingidos pela violência e exclusão próprias da lógica manicomial, enquanto o que se encontra no nível básico são estes e mais uma enorme quantidade de pessoas que sofrem a violência da exclusão social e econômica, em situação de miséria, falta de perspectivas de vida e ameaçadas pelas redes informais, mas poderosas, do poder local (leia-se tráfico de drogas e violência familiar). Assim, avalia-se que a interlocução desses dois campos reforma psiquiátrica e atenção básica/PSF pode enriquecer a ambos, provocando a desinstitucionalização de suas práticas e a ampliação das oportunidades de invenção.
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Representações e Práticas Sociais Construídas por Médicos em Relação a Usuários com Sintomas Vagos e Difusos na Atenção Primária à SaúdeVESCOVI, R. G. L. 30 July 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-07-30 / O fenômeno dos sintomas vagos e difusos diz respeito a dores inespecíficas que não encontram associação direta com causa orgânica. Como fenômeno de difícil delimitação a ele são atribuídas outras denominações: somatização, Transtorno Somatoforme, Transtorno de Conversão, Transtorno Psicossomático, por exemplo. Destacamos a relevância da consideração desses sintomas para o contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), uma vez que as queixas com tais características aparecem em grande número como demanda de usuários ao chegarem para o atendimento nesse contexto, em muitos países. Estes ainda se configuram como grande desafio para as equipes de saúde porque a forte referência que orienta o exercício profissional é o modelo da clínica tradicional, centrado na doença e não na pessoa que adoece, que não se revela eficaz para lidar com essas demandas. Com foco na APS, torna-se relevante investigar a clínica médica, as consultas, lócus de manejo desses casos de sintomas vagos e difusos pelo médico, com vistas a compreender como os interpretam e quais as terapêuticas desenvolvidas. A pesquisa realizada nesta dissertação teve o objetivo de compreender representações sociais e práticas sociais construídas por médicos da APS sobre usuários com sintomas vagos e difusos. Foram elaborados dois estudos: observação participante realizada em uma Unidade de Saúde da Família, dividida em duas etapas (uma no ambiente geral da Unidade e outra no ambiente dos consultórios médicos), a primeira delas compreendeu seis observações, a segunda foi realizada no período de três meses; entrevistas semiestruturadas com uma vinheta, das quais participaram os cinco médicos atuantes na mesma USF (Unidade de Saúde da Família) onde foi realizada a observação. Os dados obtidos, tanto com a observação participante quanto com as entrevistas, foram tratados a partir da análise de conteúdo temática. A observação participante verificou a construção de imagens dos usuários com sintomas vagos e difusos (SVD): tadinhos, casos difíceis, quase usuários e cansativos. Quanto ao aspecto afetivo, estiveram presentes impaciência e enfado diante de usuários SVD. Foram observadas práticas de caráter autoritário e centradas em um modelo clínico tradicional, opondo-se à Clínica ampliada. As entrevistas revelaram aspectos do campo representacional relacionado aos usuários SVD que incluiu ideias e imagens associadas a outros objetos de comunicação na USF: usuários em geral, o bom usuário, pessoa doente e população de classe social menos abastada. Destacaram-se como elementos de objetivação traduzidos pelas figuras construídas sobre usuários SVD: Meu posto, minha vida; Sócio da Unidade; Crônicos da Unidade. Os médicos também citaram temas afeitos à Clínica ampliada como: ação comunitária; práticas voltadas à prevenção de doenças e à promoção de saúde. Os dois estudos revelaram dissonâncias quanto às práticas dirigidas aos usuários SVD, nesse sentido entre o conteúdo observado durante as consultas e as condutas relatadas nas entrevistas. Destaca-se a hegemonia da clínica tradicional calcada em relações mais médico-centradas que usuário-centradas. Sugere-se a revisão de relações normativas entre trabalhadores de saúde e usuários SVD e de abertura para a cogestão destes na decisão sobre a condução de seu tratamento.
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Profissionais de Saúde da Família e Representações Sociais do AlcoolismoSOUZA, L. G. S. 28 May 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-05-28 / O uso problemático de álcool é frequente em todo o mundo. A Atenção Primária à Saúde (APS) tem importante papel na abordagem dos problemas com o álcool e do alcoolismo em específico. No Brasil, a Estratégia Saúde da Família apresenta potencial para melhorar a assistência a esses problemas e ao conjunto de questões de Saúde Mental. Torna-se relevante analisar como profissionais de APS constroem conhecimentos e condutas sobre o alcoolismo, sobre os usuários alcoolistas e sobre os objetos associados. A pesquisa relatada nesta tese teve o objetivo de investigar e analisar representações sociais e práticas sociais construídas por profissionais de Saúde da Família em um município do sudeste brasileiro sobre alcoolismo e usuários alcoolistas. Três estudos foram conduzidos: observação participante realizada em uma Unidade de Saúde da Família (USF) durante cerca de oito meses (84 participantes); entrevistas semiestruturadas (40 participantes de 11 USF); questionários com vinhetas (120 participantes de 16 USF). Dados da observação e das entrevistas foram tratados com análise de conteúdo temática. Falas dos entrevistados foram também submetidas ao programa ALCESTE. Dados dos questionários foram tratados com análises de variância (MANOVA, ANOVA) com auxílio do programa SPSS. A observação participante verificou a construção contextual de cinco Figuras do usuário alcoolista, por meio de processos de objetivação e ancoragem: alcoolista ausente; alcoolista como caso difícil; alcoolista presente e, no entanto, ausente; bêbado-cômico e bêbado-problema. Foram observadas práticas centradas no paradigma biomédico tradicional e práticas com sentido geral de exclusão física e simbólica do alcoolista. Verificou-se ênfase na atribuição de alteridade aos usuários em geral, alcoolistas e não-alcoolistas. As falas em entrevistas indicaram ambiguidade da apreensão do alcoolismo, simultaneamente representado como doença multifatorial a ser tratada de forma integral e problema social, relacionado à pobreza das comunidades. Para a atribuição de causas ao alcoolismo, notou-se a coexistência da racionalidade científica e de crenças sobre a cultura diferente das comunidades pobres e sobre suas famílias desestruturadas. As Unidades de Saúde da Família foram representadas simultaneamente como importantes e como impotentes para o tratamento do alcoolismo. Resultados dos questionários indicaram que o alcoolista era objetivado como usuário atípico e difícil, ao qual se dirigiam atitudes negativas e elementos sócio-cognitivos de estigmatização. As causas do alcoolismo foram identificadas nos âmbitos psicológico e social, em contraste com menor ênfase na determinação genética (biológica). O alcoolismo feminino foi possivelmente percebido como mais difícil de explicar, mas não necessariamente como mais difícil de tratar. Os resultados dos três estudos são integrados em plano analítico, gerando compreensão sobre o sistema representacional que orientava as práticas (também ambíguas). A construção das representações é analisada sob ponto de vista histórico. Ressalta-se a tradição higienista-coercitiva na relação entre profissionais de saúde e classes populares. Reflexões são feitas sobre determinantes psicossociais dos obstáculos para tratar o alcoolismo e sobre formas de superar esses obstáculos. A partir das análises, são sugeridas contribuições teóricas e metodológicas sobre práticas sociais e intervenção psicossocial.
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O Pacto dos Indicadores da Atenção Básica: Contando Experiências e Buscando Novas Possibilidades na Construção do Sus o Caso de Vitória/es.CASER, M. C. 11 December 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-12-11 / Essa pesquisa aborda o Pacto da Atenção Básica como instrumento de gestão
para as ações de Monitoramento e Avaliação da Atenção Primária à Saúde.
Constitui-se numa pesquisa qualitativa que busca identificar a contribuição dada por
este instrumento aos gestores municipais de saúde, visando à organização da
Atenção Primária à Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Analisa por meio
de entrevista semi-estruturada com os atores envolvidos como tem se constituído
os processos de trabalho e os limites da participação da sociedade civil neste
processo. Os achados deste estudo identificaram que o Pacto tem sido entendido
como instrumento de gestão pelos atores envolvidos, porém mais efetivamente por
aqueles atores responsáveis com o processo de gestão do sistema municipal de
saúde, que são: o secretario de saúde, o coordenador municipal das equipes de
Saúde da Família e os coordenadores das Unidades de Saúde da Família. Desta
forma, percebe-se que a utilização do pacto como instrumento de gestão para o
Monitoramento e Avaliação das ações da Atenção Primária à Saúde no território
das equipes ainda não se efetivou. Há ensaio de aproximação com o tema, porém
esta articulação tem sido feita apenas com os gerentes das Unidades de Saúde da
Família. O Conselho Municipal de Saúde não tem participado do processo de
discussão do pacto. Desta forma, os achados deste estudo nos permitem afirmar
haver ainda um longo caminho a percorrer na institucionalização do processo de
monitoramento e avaliação para este nível de atenção.
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Prevalência de alteração de taxa de filtração glomerular estimada em hipertensos atendidos na atenção primária do município de Vitória - ESPASSIGATTI, C. P. 01 June 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-06-01 / hipertensão é a principal causa de doença renal crônica no Brasil e como
monitorização da função renal, utiliza-se a estimativa da filtração glomerular (FG), pois
a detecção precoce da doença renal torna-se a medida mais importante para retardar a
progressão da doença, principalmente entre os considerados grupos de risco como
hipertensos O estudo objetiva investigar a função renal de hipertensos atendidos na
atenção primária do município de Vitória ES e três diferentes equações utilizadas para
estimar a taxa de filtração glomerular. Trata-se de estudo transversal de dados
secundários, observacional, com 754 hipertensos atendidos nas unidades de saúde, em
2009. Para análise estatística, utilizou-se o teste qui-quadrado e a concordância entre
as equações foi analisada mediante teste Kappa. Houve predominância do sexo
feminino (67,2%), excesso de peso (73,7%) e pressão arterial não controlada (56,9%).
A média de idade foi de 58,18 anos (±13,52) e da creatinina sérica (CrS) 0,81mg/dl
(±0,28). A prevalência da FG reduzida foi de 19% quando de 30 a 59ml/min e 1,6%
quando de 29 a 15ml/min e apresentou-se 15 vezes maior em idosos, 4,93 vezes maior
naqueles com CrS elevada, 2,19 vezes nos hipertensos com baixo peso e 1,6 vez mais
prevalente em homem. Houve razoável, moderada e forte concordância entre as
equações de Cockcroft-Gault e MDRD, Cockcroft-Gault corrigida e MDRD e Cockcroft-
Gault e Cockcroft-Gault corrigida, respectivamente, apesar de utilizarem parâmetros
distintos. Esses resultados mostram a importância de monitorar a função renal com
vistas à intervenção precoce e retardamento da perda de função renal em hipertensos.
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Prevalência da abstinência ao tabagismo em pacientes tratados nas unidades de saúde e fatores relacionadosSATTLER, A. C. 22 June 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-06-22 / Programas para combate ao tabagismo têm sido implementados com vistas à abstinência do
tabaco e à redução da morbimortalidade por doenças relacionadas com o uso regular do fumo.
O objetivo é investigar a abstinência do tabaco em pacientes tratados nos Grupos de Apoio
Terapêutico ao Tabagista (GATT) em unidades de saúde do município de Vitória ES, no
ano de 2009. Trata-se de estudo transversal com todos os participantes do GATT atendidos na
rede municipal em 2009, que participaram de três a quatro sessões em grupo, totalizando 160
sujeitos. Foi realizada entrevista estruturada por telefone com gravação simultânea, 9 a 20
meses após o tratamento e utilizados dados secundários do roteiro de entrevista inicial
proposto pelo INCA. As variáveis constituíram: sexo, idade, escolaridade, estado civil, nível
de dependência ao tabaco, tempo gasto para acender o primeiro cigarro do dia, tentativas
anteriores para parar de fumar, quantidade média de cigarros fumados por dia, comorbidades
e fármacos utilizados durante o tratamento. Na análise estatística, foram aplicados os testes
qui-quadrado, Fisher e Kruskal-Wallis. A significância estatística foi 5%. Predominou
mulheres (71,9%), idade média 50 anos, nível de dependência elevado e muito elevado
(52,5%), uma a três tentativas para parar de fumar (55%), consumo médio de 19 cigarros/dia,
farmacoterapia antitabagismo (80,6%), gastrite (50%) e distúrbios do humor (48,8%) como
comorbidade. Estavam abstinentes 28,7%, recaíram 51,9% e 19,4% não pararam de fumar.
Houve associação estatística entre os abstinentes, os que recaíram e os que não pararam de
fumar nas variáveis estado civil (0,039), tentativas anteriores para parar de fumar (0,029),
quantidade de cigarro fumados por dia (0,019), uso de fármacos (0,00) e sintomas de
ansiedade/depressão autorreferidos (0,040). Nos abstinentes houve mais casados, aqueles que
tentaram mais vezes parar de fumar, fumaram menos cigarros/dia e apresentaram menos
ansiedade/depressão. A abstinência foi modesta e o maior percentual de sujeitos recaiu.
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Uso de Substâncias Psicoativas entre Universitários de Psicologia de uma Universidade PúblicaPEREIRA, D. S. 27 February 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-02-27 / uso de substâncias psicoativas (SPAS) é um problema de saúde pública, em especial entre universitários tornando-se um dos focos de pesquisa no Brasil. Sendo preocupante, em especial, nos acadêmicos de psicologia, visto que estes em sua vida profissional lidarão constantemente com a temática, e serão profissionais que oferecerão suporte aos usuários de substâncias psicoativas. Deste modo, o presente estudo, tem por objetivo descrever o consumo de SPAS pelos estudantes de Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e verificar a associação entre características desses estudantes e o uso de SPAS. Realizou-se um estudo quantitativo em corte transversal. A amostra foi constituída de 242 estudantes do curso de Psicologia da UFES, matriculados no período de 2010 Utilizou-se questionário fechado e anônimo proposto pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD). A análise estatística foi realizada no programa Statistical Package for the Social Science SPSS 17, empregando a análise univariada, a bivariada por meio do teste do x² e a análise multivariada, por meio da regressão logística múltipla. Encontrou-se que a maioria dos universitários é do sexo feminino, 79,4%; estão na faixa etária de 18 a 24 anos, 81,3%; e 40,9% são da religião católica. Quanto ao uso de substâncias psicoativas lícitas, 85,5% fizeram uso na vida de álcool e 35,1% de tabaco. Entre as substâncias ilícitas, os tranquilizantes (20,2%), a maconha (19,8%), os inalantes (11,6%) e os alucinógenos (7,4%) foram as mais consumidas na vida. O Fator mais fortemente associado ao uso de drogas ilícitas foi frequentar o Centro Acadêmico (CA), p-valor<0,001. A regressão logística mostrou que este comportamento está associado a um risco 7,378 vezes maior de experimentar drogas ilícitas. Faz-se necessário, programas de prevenção e estratégias curriculares para que os futuros psicólogos adquiram conhecimentos sobre a temática, incluindo questões que vão da prevenção ao tratamento, a partir dos aspectos biopsicossociais.
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A dimensão técnico - pedagógica do matriciamento em saúde mentalSoares, Susana January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-12-22T03:07:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Essa dissertação relata experiências de trabalho no apoio matricial em saúde mental na atenção primária à saúde em Florianópolis - Brasil, através dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF. Esta pesquisa foi realizada com abordagem qualitativa e os dados coletados através de entrevistas abertas. Os dados foram classificados em grupos temáticos e analisadas de acordo com a literatura disponível. Os resultados mostraram que os profissionais enfrentam desafios para colocar em prática o apoio matricial, especialmente as dificuldades de operacionalizar as ações pedagógicas devido a quantidade de pacientes que procuram o serviço, e a resistência de alguns profissionais por não adotarem a metodologia do matriciamento. Evidenciou-se entendimento dos profissionais entrevistados sobre a metodologia do trabalho em NASF. O apoio matricial e sua prática são novos aspectos do SUS, sendo que a produção de conhecimento acadêmico deve andar de mãos dadas com a prática profissional todos os dias para ajudar a melhorar a qualidade dos serviços oferecidos no âmbito do SUS.<br> / Abstract : It reports work experiences in mental health in primary health care in Florianopolis - Brazil, through the Family Health Support Nuclei - NASF. This research has qualitative approach and data were collected in interviews. The data were classified into thematic groups and analyzed according to the available literature. In this article we will approach the understanding of the professionals about the mental health care services offered in NASF. The results showed that for these professionals care involves more than the challenges to put such approach into practice, especially the difficulties in materializing pedagogical actions in the health field and the problems related to work relationships. It became clear for us that the rate of patients to professionals makes the latter to work perennially under pressure, always in a rush time. Matrix approach and its practice are new aspects of SUS, then, the production of academic knowledge must walk hand in hand with everyday professional practice to help improving the quality of services offered in the context of SUS.
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Atenção primária à saúde e a prevenção das complicações crônicas às pessoas com diabetes mellitus à luz da complexidadeSalci, Maria Aparecida January 2015 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2015 / Made available in DSpace on 2016-02-09T03:08:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / O objetivo do estudo foi avaliar a atenção à saúde das pessoas com diabetes mellitus desenvolvida pelos integrantes da Atenção Primária à Saúde na perspectiva da prevenção das complicações crônicas da doença. Estudo qualitativo, que utilizou o Pensamento Complexo como referencial teórico e a pesquisa avaliativa como referencial metodológico. A coleta de dados utilizou três técnicas: entrevista, observação e análise de prontuários. As entrevistas foram realizadas com 38 profissionais de saúde, que compuseram três grupos amostrais: o primeiro com profissionais que atuavam nas equipes de Saúde da Família; o segundo com integrantes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família; e o terceiro com gestores. A observação teve participação moderada nas atividades coletivas e individuais que os profissionais realizavam com pessoas com diabetes. Foram analisados 25 prontuários de pessoas com diabetes que recebiam essa atenção. A triangulação subsidiou a análise dos dados. Foi utilizada parcialmente a técnica analítica da Grounded Theory, que compreendeu as etapas de codificação aberta e codificação axial. Para a organização e análise dos dados das entrevistas empregou-se o software ATLAS.ti. A análise foi dirigida com base nos documentos que compõem a política estabelecida pelo Ministério da Saúde que direciona a atenção às pessoas com diabetes na atenção primária, e, especificamente para a construção do terceiro manuscrito, também foi utilizado o Modelo de Atenção às Condições Crônicas proposto por Eugênio Vilaça Mendes. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina com Parecer de número 466.855. Como resultados do estudo, evidenciou-se que a assistência avaliada cumpria parcialmente com uma das principais exigências das políticas públicas para o diabetes mellitus, que é garantir o acesso ao serviço de saúde a essa população, e oferecer o tratamento contínuo nesse nível de atenção. Foram encontradas várias lacunas nessa atenção, com destaque para o vínculo, a escuta qualificada na proposta de humanização da assistência, a educação em saúde e a execução de práticas preventivas antecipatórias que almejassem conter a doença e evitar as complicações crônicas. A prevenção era vista mais em ações de abrangência geral e a assistência priorizava ações curativas às preventivas. Para as pessoas já em acompanhamento, não foram referidas ações específicas que possibilitassem, de maneira criativa, encontrar alternativas para as dificuldades de adesão ao tratamento, passando-se a culpabilizar as pessoas pela dificuldade de controle da doença. Os dados ressaltaram uma prática clínica situada no modelo biomédico, com ações centradas na unicausalidade, na queixa específica, no tratamento medicamentoso e no profissional médico. Havia um grande distanciamento daquilo que está proposto pelo modelo de atenção à saúde específico para a atenção às pessoas com doenças crônicas, que prevê a participação ativa e efetiva dos profissionais, das pessoas usuárias, suas famílias e comunidade, diante do processo saúde/doença e dos aspectos que envolvem as necessidades impressas na cronicidade. A assistência oferecida faz parte de um contexto complexo, dinâmico, interativo que necessita de mais envolvimento por parte dos profissionais e gestores. Ações unidirecionais não são capazes de suprir todas as demandas e as necessidades do processo saúde/doença das pessoas com Diabetes mellitus, deixando lacunas na prevenção das complicações crônicas da doença.<br> / Abstract : This study aimed to evaluate the health care of people with diabetes mellitus carried out by members of the Primary Health Care in the context of preventing the disease s chronic complications. It is a qualitative study that used the Complex Thought as its theoretical framework and the evaluative research as a methodological framework. We used three techniques for data collection: interview, observation, and analysis of medical records. Thirty-eight health professionals were interviewed and divided into three sample groups. The first consisted of professionals working in the Family Health teams, the second by members of Centre of Support to Family Health, and the third with managers. The observation of the individual and collective activities that these professionals held with diabetic people were moderate. Twenty-five medical records of diabetic people who received such attention were analyzed. Triangulation supported the data analysis. Grounded Theory was partially used as the analytical technique, which covered open and axial coding. ATLAS.ti software was used to organize and analyze the interviews. The analysis was based on documents from the Health Ministry that establish the policy guiding the care diabetic people receive at Primary Health Care, and specifically for our third paper, we used the Chronic Care Model proposed by Eugênio Vilaça Mendes. This project was approved by the Permanent Committee on Ethics in Research Involving Human Beings of the Federal University of Santa Catarina with Decision number 466.855. Our analyzes results showed that the assessed care only partially met a key demand of public policies for diabetes mellitus, which is to ensure access to health services to this population, and to provide continuous treatment at this level of attention. Several gaps were found regarding this care, specially regarding rapport, qualified listening for humanizing the care given, the health education, the implementation of anticipatory preventive practices that aimed at containing the disease and prevent chronic complications. Prevention was more observed in general scope activities, prioritizing curative to preventive actions. For those people already being treated, there were no specific actions that would enable them, in creative ways, to find alternatives to the difficulties of adherence to the treatment, henceforth, blaming people with diabetes sufferers for the difficulty in controlling the disease. Our data showed a clinical practice centered on the biomedical model, with actions focused on a single cause, on a specific complaint, on drug treatment, and on the physician. There was a sharp distancing from what is proposed by the Health Care model specifically for people with chronic diseases (which provides for the active and effective participation of health professionals, the people using health services, their families and community) in the face of the health/disease process and the aspects concerning the needs in chronicity. The care offered is part of a complex, dynamic, interactive context, which needs a deeper involvement from professionals and managers. One-way actions are not able to meet all the demands and needs of the health/disease process of diabetes mellitus sufferers, leaving gaps in the prevention of the disease chronic complications.
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