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O estatuto dos itens lexicais [que] e [o que] contidos nas relativas

Nickel, Rejane January 2017 (has links)
Submitted by Jeferson Rodrigues de Lima (jeferson.lima@uffs.edu.br) on 2017-07-13T17:59:29Z No. of bitstreams: 1 NICKEL.pdf: 2071621 bytes, checksum: 654082188ca3648cc2614172bc04cd2f (MD5) / Approved for entry into archive by Diego dos Santos Borba (dborba@uffs.edu.br) on 2017-07-13T18:05:43Z (GMT) No. of bitstreams: 1 NICKEL.pdf: 2071621 bytes, checksum: 654082188ca3648cc2614172bc04cd2f (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-13T18:05:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 NICKEL.pdf: 2071621 bytes, checksum: 654082188ca3648cc2614172bc04cd2f (MD5) Previous issue date: 2017 / Este trabalho objetivou definir o estatuto dos itens lexicais [que] e [o que] introdutores de relativas do português brasileiro, sob o escopo dos estudos gerativistas. Ele justifica-se pelo fato de haver divergência na literatura para esses itens lexicais. Ao que concerne ao item lexical [que], enquanto alguns autores o consideram apenas um complementizador, inspirados nas ideias de Chomsky, 1977 e Kayne 1994, que analisaram o [that] do inglês) outros o consideram um pronome relativo (KATO, 1993; KATO; NUNES, 2009). No que se refere ao item lexical [o que], também há divergência. Uma das análises é que o [o que] é a união de um demonstrativo [o] e de um complementizador [que] (CAPONIGRO, 2003). A segunda, e que é mais aceita pelos autores gerativistas, é que esse item lexical é um pronome relativo (MÓIA, 1992; FERREIRA, 2007; MARCHESAN, 2012). Dada a divergência do estatuto destes itens no português brasileiro, esta dissertação procurou responder aos seguintes questionamentos: a) Qual é o estatuto dos itens lexicais [que] e [o que] contidos nas relativas?; b) [que] e [o que] conseguem introduzir relativas de qualquer tipo?; c) Quais são as propriedades dos pronomes relativos e dos complementizadores?; d) Quais são as contribuições que os estudos do português brasileiro podem trazer para a distinção desses itens lexicais?; e e) Considerando as derivações disponíveis na literatura, qual parece ser a mais adequada para a análise das relativas? Os resultados desta pesquisa mostraram que o [que] e o [o que] são pronome relativos. O [que] é introdutor de relativas com núcleo nominal, que, segundo Kato (1993) vem perdendo sua carga lexical, porque pode ser substituído por [o qual], porque outros pronomes vêm perdendo carga lexical, mas não deixam de serem pronomes relativos, ainda, a partir de dados diacrônicos, outros pronomes relativos são permitidos em resumptivas. O [o que] é um pronome relativo do tipo [what] do inglês, introdutor de relativas livres e de relativas com núcleo encabeçadas por uma preposição, já que, dentre outros argumentos, não aceita ser substituído por demonstrativos em sentenças infinitivas e, em outras línguas (como o Catalão) o [o] não consegue ser núcleo nominal. Ademais, nesta pesquisa, considerou-se o Modelo de LD (KATO (1993); KATO E NUNES (2009)) como o mais adequado para a análise das relativas NN já que melhor explica as estratégias de relativização do PB e considera o [que] como pronome relativo, e a Hipótese do Comp (GROOS; VAN RIEMSDJIK (1981)) para a análise de relativas livres, porque abarca o maior número de tipos de relativas (apositivas e restritivas) e por não ferir as condições de ilhas / This work aimed to define the statute of the lexical items [que] and [o que] in relatives of the Brazilian Portuguese, through the scope of the studies in generative syntax. The research happened because there is divergence in generative literature to these lexical items. Concerning to the lexical item [que], while some authors consider it only a complementizer (inspired in Chomsky, 1977and Kayne, 1994 who had analyzed [that]) other authors consider it a relative pronoun which introduces head relatives (KATO, 1993; KATO; NUNES, 2009). Referring to the lexical item [o que] there is divergence, too. One of the analysis is that [o que] is the bond between a demonstrative and a complementizer (CAPONIGRO, 2003). The second, which is the most acceptable for the generative authors, is that the item is a relative pronoun (MÓIA, 1992; FERREIRA, 2007; MARCHESAN, 2012). Through the divergence of the statute of these items in the Brazilian Portuguese, this dissertation aimed to answer the following questions: a) Which is the statute of the lexical items [que] and [o que] in the relatives?; b) Can [que] and [o que] introduce any kind of relatives?; c)What are the properties of the relative pronouns and complementizers?; d) What are the contributions that the studies of Brazilian Portuguese can give to the distinction of these lexical items?; and e) Considering the available derivations in the literature, which seems to be the most suitable to the relatives? The results of this research showed that [que] and [o que] are relative pronouns. [que] introduces head relatives, that, according Kato (1993) has being lost lexical function, because it can be substituted by [o qual], also, other relative pronouns are losing their lexical function but still are relative pronouns and through diachronic data and other relative pronouns are allowed in resumptives, not only [que]. [O que] is a relative pronoun similar to [what] from English, which introduces free relatives and head relatives with preposition, because it doesn‟t allowed to be substituted by demonstratives in infinitive sentences and, in other languages (like Catalan) [o] can‟t be head of a relative. Besides, in this research, it was considered the LD model (KATO (1993); KATO; NUNES (2009)) the most suitable to the head relatives because it can explain the relativization strategies on Brazilian Portuguese and it considers [que] a relative pronoun and Comp Hypothesis (GROOS; VAN RIEMSDIJK (1981)) to the free relatives because it comprises the biggest number of relative types (appositive and restrictive) and it respect the island conditions.
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O sistema de tratamento do português de Florianópolis

Rocha, Patrícia Graciela da January 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2012 / Made available in DSpace on 2013-06-25T18:57:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 313879.pdf: 9503498 bytes, checksum: 5e67dacfeef52d049382df2fe9ccafcb (MD5) / Esta tese objetiva investigar e mapear o fenômeno da variação pronominal de segunda pessoa do singular, tu/você/o senhor, na função de sujeito e sua correlação com as formas pronominais que aparecem na função de complementos verbais e de adjuntos (oblíquos e possessivos) a partir de dados sincrônicos do português de Florianópolis (SC), a fim de compreender a natureza e a extensão do encaixamento desses pronomes no sistema linguístico dessa comunidade. Nosso aparato teórico baseia-se nos pressupostos da Teoria da Variação e Mudança Linguística e da Dialetologia Pluridimensional. Analisamos o condicionamento do fenômeno em questão correlacionando-o a grupos de fatores linguísticos, sociodiscursivos, sociais e geográficos. O corpus é composto uma amostra constituída de 28 entrevistas e outra de 40 testes de percepção e produção realizados com informantes florianopolitanos. Os resultados gerais mostram que os ilhéus preferem, de uma forma geral, o uso de tu para o tratamento com o seu interlocutor. A análise estatística evidencia que os grupos de fatores mais relevantes no condicionamento da variação no uso dos pronomes de segunda pessoa do discurso em Florianópolis são, para as duas amostras utilizadas: a) sexo; b) faixa etária; c) tipo de relação entre os interlocutores; d) paralelismo sujeito e clítico e e) paralelismo sujeito e possessivo; para a amostra de entrevistas, a) diazonalidade e b) escolaridade também se mostraram relevantes. Os resultados mostram que, em Florianópolis, as mulheres usam mais tu que os homens e os mais jovens usam mais a forma tu do que os mais velhos. Para dirigir-se ao inferior, a forma mais utilizada pelo superior é tu, enquanto na relação entre iguais, a forma mais utilizada é tu e, no caso de inferiores se dirigindo aos superiores, a forma preferida é o senhor, seguida de você. Os florianopolitanos usam mais o paralelismo entre as formas pronominais, independentemente do pronome usado. Os mais escolarizados usam mais a forma tu do que os menos escolarizados. Os indivíduos das zonas menos urbanas usam mais a forma tu do que os das zonas mais urbanas. Praticamente todos os resultados dos testes de percepção e produção corroboram com os resultados da amostra de entrevistas, exceto quando tratamos da faixa etária. A maioria dos ilhéus avalia positivamente a forma você e a considera "boa" ou "mais bonita" que as demais formas de segunda pessoa (tu e o senhor) e, por outro lado, não consideram "feia" ou "ruim" nenhuma dessas formas, embora uma boa parte deles considere o tu "feio" ou "ruim".<br> / Abstract : This research aims to investigate and map the singular second person pronoun variation, tu/você/o senhor, in the subject function and its relation to the pronoun forms that appear in the function of verb complement and adjunction (oblique and possessive) based on synchronic data from Florianópolis (SC) Portuguese in order to comprehend the nature and the extension of these pronouns in the linguistic system of this community. Our theoretical path is based on the Theory of Linguistic Variation and Change and Pluridimensional Dialectology. We analyzed this phenomenon relating it to the groups of linguistic, discursive, social and geographical factors. The sample is constituted by 28 interviews and 40 tests of perception and production realized with informants from Florianópolis. The general results show that the island locals prefer the use of tu to the interlocutor treatment. The statistic analysis demonstrates that the most relevant factor groups in the variation occurrence in terms of using the second person pronoun in Florianópolis are a) sex; b) age; c) type of interlocutor relationship; d) parallelism of subject and clitic and e) parallelism of subject and possessive. In relation to the interview samples, the most relevant groups are: a) zone and b) education. The results show that in Florianópolis women use more tu than men, and the youngest people use more the linguistic form tu than the oldest people do. To direct to inferior people, the most used form by the superior is tu while in equal relationships the most used one is tu. In terms of inferior directing to the superior people, the most used form is o senhor followed by você. Florianópolis people use more the parallelism among the pronoun forms, independently the used pronoun. The most educated people use more the form tu than the least ones. The people from less urban zones use more the form tu than the people from urban ones. The test results of perception and production contribute to the results from the samples and the interviews, except when we treat the factor of age. Most of the locals evaluate positively the form você and consider it good or more beautiful than the other forms of second person pronoun (tu/ senhor), and, in the other hand, these people do not consider bad or ugly any of these forms, although part of them consider tu a bad or ugly form.
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O uso indeterminado do pronome você, na fala de professores e alunos universitários: uma abordagem sociolingüística

Ferreira, Marcella D’Ângela Alcaraz 09 December 2004 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-02-20T15:42:37Z No. of bitstreams: 1 marcelladangelaalcarazferreira.pdf: 583446 bytes, checksum: f71d3cfa450ca910d8a9cc871c44e469 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-02-20T19:49:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 marcelladangelaalcarazferreira.pdf: 583446 bytes, checksum: f71d3cfa450ca910d8a9cc871c44e469 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-02-20T19:49:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 marcelladangelaalcarazferreira.pdf: 583446 bytes, checksum: f71d3cfa450ca910d8a9cc871c44e469 (MD5) Previous issue date: 2004-12-09 / O presente trabalho tem por objetivo investigar o uso indeterminado do pronome de segunda pessoa você, em função de sujeito, num contexto institucional sala de aula, num tipo de atividade determinada, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da cidade de Além Paraíba. Neste trabalho, mostra-se o caminho percorrido pelo pronome Vossa Mercê, utilizado como forma cerimoniosa, até sua evolução para o você, hoje, popularizado na fala dos brasileiros. Na atividade aula, busca-se evidenciar os fatores condicionantes para o uso indeterminado, bastante significativo, desse pronome na fala tanto de professores quanto de alunos. A análise evidenciou que o uso indeterminado do pronome você deve-se a quatro fatores a saber: (i) interpretação figurada que os pronomes de segunda pessoa costumam ter, chamada metáfora de pessoa; (ii) fuga à forma egocêntrica eu, quando o emissor escapa da forma subjetiva e passa a ser o próprio referente; (iii) referente assume a forma coletiva para algo de caráter particular, demostrando situações vivenciadas e experienciadas ; (iv) fuga, na fala espontânea, do pronome se. Com isso, evidencia-se, mais uma vez, que a língua é um organismo vivo, sujeito a variabilidade e que dispõe de recursos expressivos que os falantes se valem para chegar aos objetivos a serem alcançados por meio do uso da linguagem. / -
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Traduzindo o pronome en do francês para o português

Soares, Noêmia Guimarães January 2005 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Lingüistica. / Made available in DSpace on 2013-07-16T02:16:05Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Trata-se de uma pesquisa experimental de abordagem psicolingüística, cujo objetivo é investigar alguns processos implicados na tradução do pronome en do francês para o português brasileiro em 3 grupos de sujeitos com diferentes tempos declarados de estudo da L2: aprendizes iniciantes, aprendizes avançados e sujeitos proficientes. Baseado em uma revisão crítica da bibliografia e em análises lingüísticas (de corpus e semântica), foi elaborado um experimento sustentado pela triangulação de diferentes métodos de coleta e análise de dados: as traduções no software TRANSLOG©, o julgamento das traduções por especialistas e os protocolos verbais. Testes de competência em L2, tradutória e em L1 foram realizados com os sujeitos e, para investigarmos alguns processos envolvidos na tradução do en nos 3 grupos, seus resultados foram cruzados com os diversos dados vindos da triangulação: aceitabilidade das traduções do en, tipos de tradução (lexical, não-lexical), tipos de en, medidas temporais de desempenho, uso de estratégias de tradução, entre outros. A diferença maior observada foi, em geral, aquela entre 2 grupos - aprendizes e proficientes - para diversas medidas e características cognitivas. This is an experimental research based on a psycholinguistic approach, whose objective is to investigate some processes related to the translation of the French pronoun en into Brazilian Portuguese. The translations examined were performed by 3 subject groups with different levels of proficiency in L2: elementary, intermediate and advanced levels. Drawing on a critical review of the literature and on linguistic analysis (i.e. a corpus-based and semantic analysis), an experiment was carried out using the triangulation of different methods of data collection and analysis: (i) the translations using the software TRANSLOG©, (ii) the assessment of the translations by experts, and (iii) think-aloud protocols. Competence tests in L2, translation skills and L1 were given to the subjects, and in order to examine some of the processes involved in the translation of en, the results were tabulated with the various data obtained from the triangulation: acceptability of the translations of en, types of translation (lexical or non-lexical), types of en, time measurements of performance, use of translation strategies, among others. In general, the most significant difference observed was that between two particular groups (elementary
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Aspectos da história da língua

Pinho, Antônio José de January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-05T22:54:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 318936.pdf: 4237706 bytes, checksum: 2583d8b119562cddb31b47b1f1111454 (MD5) Previous issue date: 2012 / No presente estudo busca-se efetuar um estudo histórico do sistema pronominal do português, mais especificamente da evolução dos pronomes oblíquos tônicos precedidos pela preposição com. Apresenta-se a evolução dos pronomes pessoais do latim clássico ao português atual, passando pelos estágios intermediários do latim vulgar e português arcaico. Este estudo dá especial atenção aos pronomes oblíquos tônicos diante da preposição com, sobre os quais são apresentados dados quantitativos do corpus do Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), analisados sob a metodologia da dialetologia pluridimensional. Como a mudança não ocorre isoladamente, analisam-se também algumas mudanças fonéticas, morfológicas e sintáticas que influenciaram direta ou indiretamente na reestruturação dos pronomes oblíquos tônicos. De forma geral, defende-se que a perda do sistema latino de casos ? devido ao apagamento de consoantes finais e pelo aumento no uso de preposições ? provocou uma drástica mudança da ordem sintática ? da ordem SOV para a ordem românica SVO ?, e esta alteração na ordem dos constituintes interferiu na reestruturação dos pronomes oblíquos. Esses processos de mudança que atingiram a gramática do latim, gerando a gramática do português, são também explicados do ponto de vista de mudanças tipológicas. Trata-se, portanto, de um estudo que procura unir, na análise, a teoria da variação e mudança (dialetologia e sociolinguística) à teoria dos universais linguísticos (mudança tipológica). <br>
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Pronomes de segunda pessoa no espaço maranhense

Alves, Cibelle Corrêa Béliche 11 December 2015 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-03-04T11:54:35Z No. of bitstreams: 1 2015_CibelleCorrêaBélicheAlves.pdf: 1529636 bytes, checksum: b59f47e71d1b1dc9ff36587a5744ed72 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-04-07T21:39:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_CibelleCorrêaBélicheAlves.pdf: 1529636 bytes, checksum: b59f47e71d1b1dc9ff36587a5744ed72 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-07T21:39:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_CibelleCorrêaBélicheAlves.pdf: 1529636 bytes, checksum: b59f47e71d1b1dc9ff36587a5744ed72 (MD5) / Trata-se de uma pesquisa de doutorado, intitulada “PRONOMES DE SEGUNDA PESSOA NO ESPAÇO MARANHENSE”, que tem como objetivo geral analisar a variação da segunda pessoa em uma dimensão entre e intrafalante. Configurando-se como um tema de pesquisa de interesse para os maranhenses – a saber, as peculiaridades do seu sistema pronominal de segunda pessoa, em que se destaca o uso do pronome tu –, a pesquisa tem como foco principal a configuração do sistema de tratamento mais próximo da realidade linguística do Estado, identificando, a partir da fala de ludovicenses escolarizados, os contextos e as variáveis linguísticas e sociais que estão regulando o uso daquela que, para muitos, é a marca linguística do falar maranhense: o tu seguido da concordância. O corpus selecionado para este trabalho é composto de dados de fala de um grupo de falantes que tinham como centro dois colaboradores alvo, um homem e uma mulher, gravados em situações de interação, a partir de observações participantes, uma das alternativas metodológicas de fugirmos da fala formal da entrevista, ou seja, observando “a pessoa em seu contexto social natural – interagindo com a família ou com seus pares” (LABOV, 2008 [1972], p. 63). O aparato teórico-metodológico utilizado é o da Teoria da Variação, proposta por Labov (2001, 2008 [1972], 2010). As discussões teórico-metodológicas, do ponto de vista da variação intrafalante, vão ainda ao encontro de Bell (1984, 2001) e Irvine (2001). A análise quantitativa dos dados foi feita através dos programas Varbrul 1988 e GoldvarbX 2001, e complementada com uma análise qualitativa sobre a variação estilística dos dois colaboradores alvo investigados. Os resultados da análise conjunta indicam que, de um modo geral, o tu sem concordância é a forma mais utilizada pelos falantes indicando, a nosso ver, que essa forma se trata de um uso comum à comunidade de fala ludovicense, isto é, é essa a forma que traduz sua identidade linguística ludovicense, ainda que sem a marca verbal de segunda pessoa. Por outro lado, o tu com concordância quando utilizado, é condicionado, dentre outros fatores, pelo contexto de interação e pelo papel do indivíduo na interação ratificando que nosso fenômeno é, sobremaneira, motivado por fatores interacionais. Isto é, observamos que, ao mudar seu estilo, de um menos formal para um mais formal, o falante mais escolarizado tenderá a substituir o tu sem concordância pela forma tu com concordância ou pelo você forma inovadora que, nesse mesmo espaço funcional, vem pouco a pouco ganhando espaço de forma prestigiada. A análise por indivíduo foi fundamental para observar que o efeito do sexo do falante pode ser decisivo na escolha de uma ou de outra forma de tratamento. Por fim, esperamos contribuir com as pesquisas que buscam a identificação do uso social da segunda pessoa no português falado no Brasil e, notadamente, em São Luís-MA, que apresenta, conforme aqui observado, um comportamento linguístico diversificado composto por pelo menos três formas pronominais para tratar seu interlocutor. / C’est une recherche de doctorat, intitulée “PRONOMES DE SEGUNDA PESSOA NO ESPAÇO MARANHENSE” qui a pour but principal d'analyser la variation de la deuxième personne dans une dimension entre e intrafalante. En configurant comme un sujet de recherche d'intérêt pour l’état du Maranhão – à savoir, les particularités de leur système pronominal de la deuxième personne, qui met en évidence l'usage du pronom tu – la recherche a comme objetif parler sur la configuration du système de traitement le plus près de la réalité linguistique de l'État, en identifiant, à partir du discours des ludovicenses scolarisés, les contextes et les variables linguistique et sociales qui sont à réglementer l'usage de ce qui est, pour beaucoup des gens, la marque linguistique du parler du Maranhão: tu com concordância (le tu suivi par l'accord). Le corpus sélectionné pour ce travail est constitué de données de parole d'un groupe de parlants qui avaient des deux individus cible, un homme et une femme, enregistrée dans des situations d'interaction, à partir d'observations des participants, l'un des alternatives méthodologique qui on avons de sortir du discours formel de l’entrevue sociolinguistique, c’est-à-dire, en observant “la personne dans leur contexte social naturel – interagissant avec la famille ou avec des pairs”(Labov, 2008 [1972], p. 63). L'appareil théorique-méthodologique utilisée suit le cadre théorique de la sociolinguistique quantitative. Les discussions théoriques et méthodologiques, du point de vue de la variation intrafalante, suit aussi les propositions théorique de Bell (1984, 2001) et Irvine (2001). Les résultats de l'analyse conjointe indiquent que, en général, tu sans accord (tu sem concordância) est la forme la plus utilisée par les parlants indiquant, à notre avis, que cette forme s’agit d’une usage très courante dans la communauté de parole ludovicense, c’est-à-dire, elle s’est présent comme une variante qui reflète l'identité linguistique ludovicense, même sans la marque verbale de la deuxième personne. Par ailleurs, tu suivi par l'accord (tu com concordância) quand il est utilisé, est conditionnée, entre autres facteurs, par le contexte de l'interaction et par le rôle de l'individu au sein de l’interaction em confirmant que notre phénomène d’etude est, surtout, motivée par des facteurs interactionnelles. C’est-`-dire, nous avons observé que, en changeant son style, moins formelle pour une plus formelle, les parlants plus scolarisés auront tendance à remplacer tu sans l'accord (tu sem concordância) par tu suivi par l'accord (tu com concordância) ou par vous (você) variante innovante que, dans ce même espace fonctionnel, petit à petit vient en avoir du lieu au l’espace des variantes prestigieux. L’analyse par individu était très important de noter que l'effet du sexe des sujets peut être décisif dans le choix de l'une ou l'autre forme d’adresse. Enfin, nous espérons contribuer avec les recherches qui travaillent en cherchant à identifier l'usage social de la deuxième personne dans les portugais parlé au Brésil et, surtout, à São Luís, qui dispose, comme on l'observe ici, d’un comportement linguistique diversifié composé, d'au moins, des trois pronoms pour s'adresser à ses locuteurs.
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Itinerário do uso e variação de nós e a gente em textos escritos e orais de alunos do ensino fundamental da rede pública de Florianópolis

Brustolin, Ana Kelly Borba da Silva 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2009 / Made available in DSpace on 2012-10-24T17:44:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 270036.pdf: 1683844 bytes, checksum: 3ce5f199d48c0f202f2a227e727fc815 (MD5) / O objetivo deste trabalho é descrever e analisar a variação de nós e a gente (e suas possíveis realizações na desinência verbal -mos e zero/O e zer/O e -mos) na fala e escrita de alunos do ensino fundamental (5ª, 6ª, 7ª e 8ª série) em quatro escolas da rede pública de ensino de Florianópolis - região leste de Santa Catarina. A análise está apoiada na Teoria da Variação e Mudança Lingüística delineada por Weinreich, Labov e Herzog (1968) e Labov (1972, 2001, 2003) e leva em conta a influência de fatores lingüísticos e extralingüísticas no condicionamento das formas em variação. Esta pesquisa consistiu na observação do uso "real" desses pronomes e se efetivou partindo de uma proposta de narração solicitada aos alunos, que deveriam relatar a respeito de um momento marcante da vida deles, em conjunto, com outras pessoas - para se resgatar, preferencialmente, a primeira pessoa do plural. As amostras da pesquisa foram constituídas por produções textuais e entrevistas orais, no período de maio a outubro de 2008. Os resultados gerais já apontam para um uso efetivo da forma a gente na fala e na escrita dos alunos, como podemos constatar por meio dos resultados obtidos durante as rodadas que foram realizadas com a ajuda do pacote estatístico VARBRUL. Verificamos os seguintes contextos lingüísticos e extralingüísticos favorecedores para o uso de a gente na escrita e na fala, respectivamente: (i) marca morfêmica do verbo que o acompanha (zero e -mos), (ii) sujeito preenchido e nulo, (iii) modalidade: fala e escrita, (iv) saliência fônica, (v) paralelismo formal, (vi) sexo dos informantes e (vii) série (5ª, 6ª, 7ª e 8ª). Esse quadro aponta para o ensino de língua em que um dos primeiros objetivos e uma das primeiras atitudes do educador deve ser o reconhecimento da realidade sociolingüística presente na sala de aula e na comunidade em que está atuando. É fundamental realizar esse reconhecimento na realidade da sala de aula, sublinhando alguns pontos, como o da heterogeneidade lingüística, o dos possíveis usos da língua (escrita e falada) em diversas situações de interação no cotidiano, e outros; confrontando, deste modo, as diversas variedades presentes naquela determinada localidade e combatendo preconceitos entre os vários professores com seus alunos e entre os próprios alunos. / The aim of this work is to describe and analyze the variation of nós and a gente (and their respective realizations in the verbal ending -mos and O/null) in the spoken and written language of the students in the middle school (ensino fundamental) (5th , 6th , 7th and 8th grades) through four schools in the public system of education in Florianópolis - east region of Santa Catarina state. The analysis is supported by the theory of Linguistic Variation and Change, delineated by Weinreich, Herzog and Labov (1968) and Labov (1972, 2001, 2003) and it considers the influence of linguistic, and extralinguistic factors at the conditioning of forms in variation. This survey has consisted by the observation of "real" use of these pronouns and it was effected from a proposal of a narrative, solicited to the students, to report an impressing moment of their lives with other people, to get, preferentially, the first person of plural. The samples of the survey were constituted by textual productions and oral interviews, at the period from May to October 2008. The general results attest an effective use of the form a gente in the spoken and written language of the students, as we can verify through the results obtained by the rounds of the VARBRUL statistical packet. We have verified the following linguistic and extralinguistic favorer contexts for the use of a gente in the oral and written modalities, respectively: (i) morphemic mark of the verb, (ii) null or full subject, (iii) spoken and written languages, (iv) phonic salience, (v) formal parallelism, (vi) sex of the informants and (vii) school grades (5th, 6th, 7th e 8th). This scenery indicates a teaching of languages, which has as first aims and first educator's attitudes the recognizability of the sociolinguistic reality present in the classroom and the community. It's essential to effect this recognizability of the reality in the classroom, underlining some points, as the linguistic heterogeneity, the possible uses of language (oral and written modalities) in several situations in the quotidian, and others; confronting, this way, the diverse varieties present in a locality, fighting prejudices among the teachers and their students and among the students.
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A aquisição do objeto direto anafórico em português brasileiro

Casagrande, Sabrina January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Linguística / Made available in DSpace on 2012-10-23T01:59:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 238631.pdf: 892486 bytes, checksum: ece757d65ffe13d359df6f5b999d267c (MD5)
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A variação dos pronomes possessivos de segunda pessoa do singular teu/seu na Região Sul do Brasil

Arduin, Joana January 2005 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Linguística. / Made available in DSpace on 2013-07-16T01:29:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 222641.pdf: 564627 bytes, checksum: 7a861fd54d7f09d285537fa58c95ddb2 (MD5) / Nesta dissertação, analisamos a variação dos pronomes possessivos de segunda pessoa do singular teu/seu, nas cidades de Blumenau, hapecó, Flores da Cunha, Florianópolis, Lages, Panambi, Porto Alegre e São Borja. Consideramos tanto os aspectos lingüísticos quanto os aspectos sociais dessa variação, à luz dos pressupostos teóricos da sociolingüística riacionista (WEINREICH, LABOV e HERZOG, 1968; LABOV, 1972) e da proposta de Brown e Gilman (2003) The Pronouns of Power and Solidarity. Os dados foram coletados de 192 entrevistas pertencentes ao banco de dados VARSUL (Variação Lingüística Urbana da Região Sul do Brasil), as quais são estratificadas de acordo com as variáveis faixa etária, sexo, escolaridade e região (etnia). Para a análise dos dados, utilizamos o programa VARBRUL. Os resultados para a variação dos possessivos de segunda pessoa do singular apontam para algumas direções. Há uma relação entre os pronomes pessoais tu e você e os pronomes possessivos teu e seu, uma vez que o primeiro grupo selecionado significativo foi o paralelismo formal. Quanto aos fatores sociais, as mulheres tendem a utilizar mais o possessivo teu (há indícios, portanto, de que este possessivo tenha prestígio, naquelas regiões, embora o possessivo seu seja isento de estigma). Outro grupo selecionado significativo é a escolaridade, com maior tendência ao uso do possessivo teu pelos informantes de nível ginasial. As questões de poder e solidariedade entre os interlocutores também estão em jogo na variação destes possessivos. Os resultados mostram, por exemplo, que o pronome teu é mais usado nas relações simétricas ou nas assimétricas de superior para inferior, enquanto seu é mais usado nas relações de inferior para superior. Além disso, os mais jovens tendem a utilizar o possessivo teu, ou seja, tendem a utilizar mais a forma solidária, o que corrobora a hipótese de Brown e Gilman (2003) sobre as alterações que vêm ocorrendo nas sociedades modernas.
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Limitations and possibilities of machine translation

Rosar, Acácia January 2001 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Letras/Inglês e Literatura Correspondente / Made available in DSpace on 2012-10-18T08:22:55Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T21:00:17Z : No. of bitstreams: 1 180547.pdf: 9875255 bytes, checksum: a20e3a11f7504317272fc1da88fc2f6b (MD5) / Este trabalho apresenta resultados de um estudo de caso sobre a tradução do pronome inglês it para o português. Apresenta também um breve panorama geral do desenvolvimento da tradução de máquina desde seu início até a atualidade. Um corpus paralelo de aproximadamente quarenta e cinco mil palavras das línguas de partida e chegada foi coletado. Também foi utilizado um esquema de anotação especificamente desenvolvido para os propósitos deste estudo, a fim de classificar as 305 ocorrências do pronome it. Os elementos que compõem a anotação são: função sintática, tipo de antecedente e estratégia de processamento, os quais são discutidos nesta dissertação. Os resultados são comparados a traduções de sistemas comerciais de tradução de máquina, tendo como parâmetro soluções apresentadas por tradutores humanos no corpus. Sugestões são feitas quanto a possíveis melhorias dos sistemas existentes com base em corpus. Alguns aspectos da abordagem de corpus são comparados com os princípios das presentes abordagens de tradução de máquina, numa tentativa de enriquecer a discussão sobre as atuais tendências nesta área.

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