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Quem e "voce"? analise de um pronome pessoalCorradello, Elaine de Fatima Alcara 21 October 1997 (has links)
Orientador: Sirio Possenti / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-22T22:31:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1997 / Resumo: O trabalho consiste em focalizar o pronome pessoal da 2a pessoa do discurso, você, sob distintas perspectivas: gramatical, sociolingüística e pragmático-discursiva, tendo como objetivo defender que nem sempre o pronome pode ser analisado unicamente como fazendo referência ao interlocutor, porque ocorre no discurso, muitas vezes, como um
indeterminador referencial, podendo ser entendido como a referência: a) ao próprio locutor; b) ao locutor, mais um grupo específico de pessoas, menos o interlocutor; c) a uma 3a pessoa; e d) a referência ao locutor, mais interlocutor, mais "todo mundo", "quem quer que seja", indistintamente. Gramaticalmente, com base nas definições de Gramáticas Normativas
Tradicionais (GNTs), o pronome é classificado, pela maioria, apenas como um pronome de tratamento da 2a pessoa, utilizado como forma íntima e familiar de tratamento, não sendo considerada a sua função indeterminadora no discurso, comumente usada pelos falantes do português do Brasil. De uma análise sociolingüística (corpus do Projeto NURC) podemos conferir que são os falantes do sexo masculino, da primeira faixa etária, os que mais se utilizam, do
você indeterminador, especialmente em situações dialógicas e menos formais. Com efeito, é este último fator (grau de formalidade) o que mais propicia o uso do pronome em questão. Pela análise pragmático-discursiva é possível chegar-se ao significado do pronome na instância discursiva, através da análise contextual, do posicionamento dos interlocutores, de suas intenções e de todas as estratégias que permeiam o discurso / Abstract: The goal of the job is to focus the personal pronoum on the second person of the speech, você, under distinct perspectives: grammatical, sociolingüistics and pragmatic discursive, having as a goal to prove that not always, the pronoum can be c1assified only as the reference to the listener, because it occurs many times in the speech as an indeterminating
reference, being able to be understood as a reference: a) to the self speaker; b) to the speaker and a specific group of persons but the listener; c) to a third person of the speech; and d) to the speaker and listener and "todo mundo" ("everybody"), "quem quer que seja"("whoever it is"), indistinctively. Grammaticaly, based on the Tradicional Normative Grammars the pronoum is
c1assified, mostly, only as a treatment pronoum of the second person, using in the familiar and personal treatments, not being considered its indeterminating function, comonly used by brasilian portuguese speakers. Under a sociolingüistic analyses we can confirm that the male speakers, of the first age, are those who most use the você indeterminator, especially under less formal diailoguing conditions. As a matter of fact, is what most propritiate the use of this pronoum. From a pragmatic-discursive analyse it's possible to arrive to the prorioum's meaning at the moment of production, trough the delimitation of the peoples involved in the reference, as of the contextualanalyses, of the listener's positioning, their intentions on of all the strategies that suround the discurse / Mestrado / Mestre em Linguística
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Estudo comparativo da sintaxe pronominal em São Paulo e Porto AlegreAlencar, Maria das Graças de 12 February 1998 (has links)
Orientador: Charlotte C. Galves / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-24T13:03:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1998 / Resumo: Mudanças ocorridas no português brasileiro vêm provocando um distanciamento cada vez maior entre as gramáticas brasileira e portuguesa. A perda do Princípio Evite Pronome bem como o uso da categoria vazia e do pronome lexical ele em posição obieto ilustram de forma bastante clara essa separação entre as duas gramáticas. Diversas pesquisas sobre o tema têm creditado essas mudanças superficiais a uma mudança mais profunda ocorrida no português brasileiro, a saber: o enfraquecimento da concordância Porém, um estudo de Monteiro (91) sobre o sitema pronominal brasileiro revela que a cidade de Porto Alegre é a cidade que menos se enquadra na mudança anunciada, enquanto São Paulo é a
que mais se encaixa nas descrições feitas para o potuguês brasileiro. Isto, aliado ao fato de Porto Alegre ainda fazer uso do pronome de 28 pessoa, o que, a princípio, nos pareceu ser um indício de concordância forte, ou seja, de distinção gramatical entre as três pessoas do discurso e ao fato de São Paulo empregar muito freqüentemente o pronome você e a expressão a gente, o que desencadeia a erosão do sistema flexional verbal, nos fizeram escolher estas duas capitais para estabelecer um
estudo comparativo. O presente estudo, baseado na fala de informantes do Projeto NURC (Norma URbana Culta), procura avaliar se as diferenças regionais atestadas por Monteiro (91) seriam evidências de que Porto Alegre apresenta uma gramática distinta da descrita para o português brasileiro, permanecendo fiel à gramátiça portuguesa ou se as diferenças observadas constituem apenas variações permitidas no interior de uma mesma gramática ou ainda se seriam apenas reflexos de uma diferenciação no nível de implementação da mudança / Abstract: informed. / Mestrado / Mestre em Linguística
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Idiossincrasias do processamento de pronomes plurais / Idiosyncrasies of processing plural pronounsGodoy, Mahayana Cristina, 1985- 24 August 2018 (has links)
Orientador: Edson Françozo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-24T10:24:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: Tradicionalmente, o estudo do processamento das expressões pronominais sempre partiu do pressuposto de que o processador, ao ser confrontado com um pronome, inicia uma busca imediata por um antecedente. Esse ponto de vista guiou boa parte dos vários estudos sobre pronomes singulares (e.g., Arnold et al., 2000; Sturt, 2003) e, também, os poucos estudos feitos sobre o processamento de pronomes plurais (e.g., Oakhill et al., 1992). Nesse trabalho, apresentamos casos de pronomes plurais não-anafóricos que desafiam essa visão incremental, como em "Alice gostava de comer carne, e eles faziam uma picanha suculenta na churrascaria do Leblon". Nesse caso, só é possível alcançar a referência do pronome plural ao final da sentença, quando se chega à expressão "churrascaria do Leblon". Esses casos nos levam a questionar (i) se pronomes plurais, assim como os singulares, se ligam imediatamente a um antecedente provido pelo contexto; (ii) se o processamento de pronomes plurais depende de um antecedente explícito ou inferível no contexto para que possa ocorrer sem custos cognitivos adicionais. Em um primeiro experimento de leitura feito por meio de rastreamento ocular, testamos com que rapidez pronomes plurais e singulares constroem uma relação correferencial com um antecedente explícito no contexto anterior. Os resultados indicam que pronomes singulares estabelecem uma relação imediata de correferência, e a revogação essa relação implica custo cognitivo comparativamente a contextos em que a correferência é mantida. Pronomes plurais, por outro lado, parecem não se ligar de imediato com seu suposto antecedente, o que faz com que situações de revogação de correferência não resultem em um custo adicional de processamento. Em um segundo experimento, testamos quão necessários são esses antecedentes para que pronomes plurais e singulares sejam lidos sem custo adicional. Pronomes singulares que não tinham um antecedente explícito no contexto anterior levaram a um maior tempo de leitura do que pronomes singulares que mantinham relação de correferência com um antecedente. Por outro lado, pronomes plurais sem antecedente não foram cognitivamente mais custosos em comparação a pronomes plurais que contavam com um antecedente explícito no contexto. Levando em conta os processos de resolução pronominal, concluímos que nossos resultados não corroboram o pressuposto de que pronomes plurais e singulares sigam a mesma estratégia de resolução. Como pronomes plurais tendem a depender de informações apresentadas posteriormente no texto, sua resolução pode ser adiada sem acarretar custo processual. Além disso, como nossos dados sugerem que pronomes plurais podem permanecer sem resolução por um período de tempo, os resultados descritos parecem indicar que o processamento linguístico pode se pautar por representações superficiais do input linguístico em algumas situações específicas / Abstract: The study of pronoun resolution has traditionally relied on the presupposition that the parser starts searching for an antecedent as soon as it is confronted with a pronoun. This view has guided most of the large amount of work on the processing of singular pronouns (e.g. Arnold et al., 2000; Sturt, 2003) as well as the scarce work that has been done on the resolution of plural pronouns (e.g., Oakhill et al., 1992). Here, we study some occurrences of plural pronouns that seem to defy such an incremental view, as in "Alice used to eat beef everyday, and they usually prepared a delicious New York strip at the steakhouse". In this text, a referent for the plural pronoun "they" is inferred through the locative "at the steakhouse", but it is not until the end of the sentence that the reader has this information. These observations raise the questions of (i) whether plural pronouns create an immediate co-referential relation with a possible antecedent and (ii) whether processing plural pronouns really requires an antecedent by the time these expressions are read. In an eye-tracker experiment, we tested how quickly singular and plural pronouns build a co-referential link with a referent that was explicit in a previous sentence. Our results show that singular pronouns are immediately read as co-referential to their antecedent, and canceling this co-reference evokes a greater cost in comparison to situations in which the co-reference is kept through the whole sentence. On the other hand, plural pronouns does not seem to create such an immediate relation with its supposed antecedent, and canceling the co-reference does not result in extra processing cost. In a self-paced reading task, we tested how crucial it was for the processing of plural and singular pronouns that these expressions had an antecedent. Singular pronouns with no antecedent showed greater reading times in comparison to pronouns that had an antecedent. Reading times for plural pronouns were the same regardless of the presence of an antecedent. From the perspective of pronoun processing, we can conclude that the results described above do not fit the presupposition that singular and plural pronoun processing follow the same resolution strategy. Because plural pronouns may depend on information presented later in the discourse, its resolution may be delayed without causing extra processing cost. Furthermore, because our data suggest that plural pronouns may continue unresolved, these results may also be interpreted as evidence that language processing, in specific situations, may rely on superficial representations of discourse structure / Doutorado / Linguistica / Doutora em Linguística
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A estrutura das sentenças com pronome interrogativo no portugues brasileiro atualSikansi, Nilmara Soares 04 November 1994 (has links)
Orientador: Mary Aizawa Kato / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-19T15:37:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1994 / Resumo: Esse trabalho procura analisar a ordem Sujeito-Verbo nas sentenças interrogativas com elemento Q-. Sendo assim, procurei identificar o tipo de estruturação que ocorre em diversos contextos de uso da língua: Projeto NURC-SP (EF, D2 e DID), programas de entrevistas na televisão, peças teatrais, romances, contexto de sala de aula de adultos e crianças, redações do vestibular da UNICAMP, entre outros. A metodologia empregada na análise dos dados é a proposta por Tarallo & Kato (1989) - Harmonia Trans-sistêmica - que une a perspectiva paramétrica do modelo gerativista de Chomsky com o estudo quantitativo adotado pela Sociolingüística laboviana. A conclusão a que chego nesse trabalho é de que a inversão Verbo-Sujeito nas interrogativas com elemento Q- é um fenômeno extremamente restrito no português do Brasil atual, aplicando-se basicamente quando o verbo é uma cópula. Nos demais casos, o que encontramos é uma falsa inversão com o sintagma nominal aparecendo deslocado à direita com um pronome co-referente nulo (pro) na posição de sujeito. / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Linguística
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Demonstrativo, deixis e interdiscursoCardoso, Silvia Helena Barbi 20 December 1994 (has links)
Orientador: Sirio Possenti / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-07-19T18:50:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1994 / Resumo: A tradição lingüistica e a tradição filosófica ignoram um nivel pragmático-discursivo de interpretação, necessariamente ideológico, que preside ao fenômeno da dêixis, quer se trate da dêixis "ostensiva", quer da dêixis "anafórica". Esse olhar ideologicamente neutro, que a tradição
endereça à dêixis, se deve, de acordo com a hipótese que aqui se defende, ao pressuposto segundo o qual uma das funções da linguagem é mostrar os referentes, devendo essa "mostração" (que se supõe tão bem desempenhada pelos demonstrativos, "os signos mais dêiticos que existem") ser pura, livre de qualquer avaliação ideológica. A partir da análise dos pronomes demonstrativos do português falado, este trabalho propõe que não existe pura indiciação de referentes quando aquilo que se utiliza para mostrar é um signo demonstrativo. À assunção de que a referência é um pressuposto
(existencial ou textual) contrapõe-se a hipótese discursiva da referência, segundo a qual a referência, necessariamente social, dialógica, é construida no e pelo discurso. O discurso é aqui concebido como um acontecimento histórico, histórico em dois sent.idos: num primeiro sentido porque é dependente do jogo de influências sociais que o condiciona e de outros discursos com os quais dialoga; num segundo sentido, pela sua singularidadesituada e datada de acontecimento único, irrepetivel, dependente da noção de ato. O demonstrativos, quer como determinantes, quer como núcleos do sintagma nominal, constituem um lugar privilegiado de contato que o discurso que se constitui na interlocução (acontecimento discursivo), responsável pela construção dos objetos de referência, mantém com o seu exterior especifico ou com o domínio do interdiscurso, que oferece os antecedentes ideológicos de tal construção / Abstract: Linguistic as well as phylosophical tradition do not take into account a pragmatic discursive level of interpretation, necessarily ideological, that determines the 'ostensive' or 'anaphoric' deixis. This ideologically neutral posture that tradition addresses to deixis is due to, according to our hypothesis, the pressuposition under which one of the fuctions of language is to show the referents. Tradition supposes that this demonstration is well performed by demonstrative pronouns, the most perfect deictical. According to this same tradition, this act of 'showing' is pure, free from any ideologicalevaluation. From the analysis of the demonstrativepronouns of spoken Portuguese,th~s thesis proposes that pure presentation
of referents do not exist when a demonstrative pronoun is used. Instead of the assumption that reference is a pressuposition (existentialor textual), this work presents the discursive hypothesis, under which the reference, necessarily social and dialogical, is built up in and through discourse.
Discourse is conceived here as a historical evento It is historical in two senses. First because it depends on the game of social influences as well as the other discourses with wpic~ discourse dialogues. Second, it is historical through its singularity, situated and dated of a unique event, non-repeatable. In this sense, discourse is dependent of the notion of act. The demonstrative pronouns, functioning either as determiners or as noun phrases as a whole, constitute a privileged place of contact that the discourse event, responsible for the construction of the referents, keeps with its specific exterior or with i~s interdiscursive domain. This historical domain provides the ideological antecedents so that discourse constructs reference / Doutorado / Doutor em Ciências
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Restrições sobre a interpretação da proforma ele com antecedente local do Português Brasileiro: um estudo experiemental / Restrictions on the interpretation of the form \"ele\" with antecedent of the Brazilian Portuguese: an experimental studyBertolino, Karina Gomes 29 July 2013 (has links)
O objetivo desta dissertação é discutir casos em que a forma ele do português brasileiro (PB) pode aparecer localmente ligada. Dois experimentos foram conduzidos: no Experimento I, falantes nativos adultos de PB e crianças adquirindo essa língua recusaram a leitura localmente ligada do ele quando este era objeto direto de um verbo. No Experimento II, por outro lado, adultos e crianças aceitaram a ligação local do ele quando a forma era complemento de uma preposição. Observou-se também uma associação entre a aceitabilidade da ligação local do ele dentro de PPs e a natureza semântica do predicado: diante predicados de reflexividade improvável, adultos e crianças permitiram a ligação local do ele significativamente mais em predicados de reflexividade provável do que improvável. Baseando-me em Hornstein (2001), assumo que o pronome ele ligado é um elemento que é inserido como último recurso nos contextos preposicionais, dada a impossibilidade de movimento para fora de PPs no PB. / This dissertation aims to discuss cases in which the form ele in Brazilian Portuguese (BP) can be locally bound. Two experiments were conducted: in the first one, adult speakers of BP and children acquiring this language refused the locally bound reading of ele when it was the direct object of a verb. On the other hand, in the second experiment, adults and children allowed the locally bound reading of ele when it was inside a PP. We noted an association between the acceptability of the bound reading of ele and the semantic nature of the predicate: the children and adults tested allowed local binding of ele significantly more often with probable reflexive verbs, than with improbable ones. Following Hornstein (2001), I assume that the bound pronoun ele is an elsewhere element that is inserted in prepositional contexts, due to the absence of preposition stranding in BP.
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Restrições sobre a interpretação da proforma ele com antecedente local do Português Brasileiro: um estudo experiemental / Restrictions on the interpretation of the form \"ele\" with antecedent of the Brazilian Portuguese: an experimental studyKarina Gomes Bertolino 29 July 2013 (has links)
O objetivo desta dissertação é discutir casos em que a forma ele do português brasileiro (PB) pode aparecer localmente ligada. Dois experimentos foram conduzidos: no Experimento I, falantes nativos adultos de PB e crianças adquirindo essa língua recusaram a leitura localmente ligada do ele quando este era objeto direto de um verbo. No Experimento II, por outro lado, adultos e crianças aceitaram a ligação local do ele quando a forma era complemento de uma preposição. Observou-se também uma associação entre a aceitabilidade da ligação local do ele dentro de PPs e a natureza semântica do predicado: diante predicados de reflexividade improvável, adultos e crianças permitiram a ligação local do ele significativamente mais em predicados de reflexividade provável do que improvável. Baseando-me em Hornstein (2001), assumo que o pronome ele ligado é um elemento que é inserido como último recurso nos contextos preposicionais, dada a impossibilidade de movimento para fora de PPs no PB. / This dissertation aims to discuss cases in which the form ele in Brazilian Portuguese (BP) can be locally bound. Two experiments were conducted: in the first one, adult speakers of BP and children acquiring this language refused the locally bound reading of ele when it was the direct object of a verb. On the other hand, in the second experiment, adults and children allowed the locally bound reading of ele when it was inside a PP. We noted an association between the acceptability of the bound reading of ele and the semantic nature of the predicate: the children and adults tested allowed local binding of ele significantly more often with probable reflexive verbs, than with improbable ones. Following Hornstein (2001), I assume that the bound pronoun ele is an elsewhere element that is inserted in prepositional contexts, due to the absence of preposition stranding in BP.
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A influência da retomada e da distância sintática no processamento de pronomes plenos e nulos em português brasileiro / The influence of the resumption and syntactic distance in processing of overt and null pronouns in brazilian portugueseLima, Alisson Hudson Veras January 2015 (has links)
LIMA, Alisson Hudson Veras. A influência da retomada e da distância sintática no processamento de pronomes plenos e nulos em português brasileiro. 2015. 125f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Letras Vernáculas, Programa de Pós-graduação em Linguística, Fortaleza (CE), 2015. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2015-12-16T11:00:52Z
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Previous issue date: 2015 / In this dissertation we investigated how repeated names, overt pronouns and null pronouns are corefentially processed in Brazilian Portuguese (PB). Gordon, Grosz & Gilliom (1993) have shown that repeated names are more difficult to be processed compared to the overt pronouns vying for the subject anaphoric position of an entity previously introduced in discourse, creating an effect that it has appointed of "repeated name penalty "(RNP). In turn, Gerlimini-Lezama (2008) tested the same type coreference to expand the theory for the use of the null pronoun in Spanish, which is a pro-drop language, unlike English, and in turn, has shown that, at least this language, null pronouns are more easily processed than repeated names, creating the effect that he named "overt pronoun penalty" (OPP). In PB, RNP has been the subject of discussion among many scholars and quite reaffirmed by Leitão (2005) and colloboraters (Queiroz & Leitão, 2008; Leitão & Simões, 2011, inter alia). Taken together, these studies have corroborated acceptance of the effect of RNP in PB not only in the subject position, but also the object position. However, Maia & Cunha Lima (2011, 2012) presented evidence contradictory to previous studies on the RNP in PB, indicating the occorence of OPP in PB. We work with the hypotheses that the distance has a significant role during processing, giving the name repeated the status of reference expression at the expense of overt and/or null pronouns for both simple subject and composed subjects. The analysis of the experimental results suggest that (i) at the critical region the null pronouns are processed more easily than overt pronouns and repeated names, and (ii) the distance between the antecedent and its referring expression plays no significant role in the coreferential processing. / Nesta dissertação, investigamos como nomes repetidos, pronomes plenos e pronomes nulos são processados quando exercem a função de expressões correferentes em português brasileiro (PB). Gordon, Grosz & Gilliom (1993) comprovaram que os nomes repetidos são mais difíceis de serem processados quando comparados aos pronomes plenos que disputam a posição de sujeito anafórico de uma entidade previamente introduzida no discurso, gerando um efeito por eles nomeado de “Repeated Name Penalty” (RNP). Por sua vez, Gerlomini-Lezama (2008) testou o mesmo tipo de correferência expandindo a teoria para o uso do pronome nulo em espanhol, que é uma língua pro-drop, diferentemente do inglês e, por sua vez, comprovou que, ao menos nesta língua, os pronomes nulos são mais facilmente processados do que nomes repetidos, gerando o efeito por ele nomeado de “Overt Pronoun Penalty” (OPP). Em PB, a RNP tem sido objeto de discussão entre muitos estudiosos e bastante reafirmada por Leitão (2005) e colaboradores (QUEIROZ & LEITÃO, 2008; LEITÃO & SIMÕES, 2011, inter alia). Tomados em conjunto, todos esses estudos têm corroborado a aceitação do efeito da RNP em PB não somente na posição de sujeito, mas também na posição de objeto, sem distanciar o antecedente de sua retomada anafórica. Entretanto, Maia e Cunha-Lima (2011, 2012) encontraram evidências contrárias aos estudos prévios sobre a RNP em PB, indicando a ocorrência da OPP em PB. Trabalhamos com a hipótese de que a distância exerce papel significativo durante o processamento, atribuindo ao nome repetido o status de expressão referencial em detrimento dos pronomes pleno e/ou nulos, tanto para sujeito simples quanto para sujeitos. A análise conjunta dos resultados do experimento sugere que (i) na região crítica, os pronomes nulos são processados mais facilmente do que pronomes plenos e nomes repetidos, e (ii) que a distância entre o antecedente e sua expressão referencial não desempenha papel significativo durante o processamento correferencial.
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A flexão de caso pronominal no continuum do português popular da BahiaMendes, Elisângela dos Passos 08 March 2016 (has links)
Submitted by Glauber Assunção Moreira (glauber.a.moreira@gmail.com) on 2018-08-21T13:37:04Z
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A flexão de caso pronominal no continuum do português popular da Bahia - texto completo .pdf: 3306223 bytes, checksum: 1de3945fedc655c2bba40f03bdf3095d (MD5) / RESUMO
Este estudo analisou a flexão de caso dos pronomes pessoais no português popular da Bahia, com o objetivo de observar a distribuição do fenômeno – na estrutura linguística e social – no continuum de urbanização do português brasileiro, que se estende das variedades rurais mais isoladas às variedades urbanas cultas. Os dados da análise foram recolhidos em amostras de fala de quatro corpora do português popular da Bahia: a) o do português afro-brasileiro (28 entrevistas); b) o do português popular de cidades do interior de pequeno porte (48 entrevistas) – Santo Antônio de Jesus (24) e Poções (24); c) o do português popular de cidade do interior de médio porte (24 entrevistas) – Feira de Santana; d) e o do português popular urbano da capital baiana (60 entrevistas) – Salvador. O estudo foi desenvolvido com base nos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista e, para a observação do fenômeno em foco, foram definidas duas variantes linguísticas: o pronome flexionado e o pronome não flexionado. A análise descritiva demonstrou que, no português popular da Bahia, somente os paradigmas de primeira e segunda pessoa mantêm a alternância entre as formas flexionadas e não flexionadas dos pronomes. Os dados submetidos à análise quantitativa, correspondentes a esses paradigmas, demonstraram que a primeira pessoa do singular, exibe maior percentual de flexão de caso do que a segunda pessoa do singular. Particularizando a análise, submetemos apenas o paradigma de primeira pessoa do singular à análise estatística. Os resultados evidenciaram, de um modo geral, que, no continnum de urbanização do português popular da Bahia, as variedades dos grandes e médios centros urbanos (Salvador e Feira), têm demonstrado resistência ao uso dos pronomes não flexionados de primeira pessoa do singular nas posições de complementos verbais e adjuntos adverbiais, diferentemente das variedades do interior de comunidades de pequeno porte (Santo Antônio e Poções) e das comunidades rurais isoladas afro-brasileiras. Dentre as variáveis linguísticas e sociais selecionadas como estatisticamente relevantes pelo programa Goldvarb para a flexão de caso da primeira pessoa do singular, no continuum do português popular da Bahia, destacam-se: função sintática do pronome, regência da preposição, tipo de discurso (laico ou religioso), sexo, comunidade e localidade (sede e rural). / ABSTRACT
This study analyzed the inflection case of personal pronouns in popular Bahia Portuguese, in order to observe the phenomenon distribution - in language and social structure - in the Brazilian Portuguese urbanization continuum, stretching from the most isolated rural varieties to the educated urban varieties. Data analysis were collected in speech samples of four corpora of the popular Bahia Portuguese: a) the African-Brazilian Portuguese (28 interviews); b) the popular Portuguese of small countryside cities (48 interviews) - Santo Antonio de Jesus (24) and Poções (24); c) the popular Portuguese of medium-sized countryside cities (24 interviews) - Feira de Santana; d) and the urban popular Portuguese of Salvador, the capital (60 interviews). The study was developed based on the theoretical and methodological assumptions of the Variationist Sociolinguistics and for the observation of the focused phenomenon two linguistic variants were defined: the inflected pronoun and the uninflected pronoun. The descriptive analysis showed that in the popular Bahia Portuguese, only the paradigms of first and second person keep switching between the inflected and uninflected forms of the pronouns. The data submitted to quantitative analysis corresponding to these paradigms have demonstrated that the first person singular shows greater percentage of inflection case than the second person singular. Particularizing the analysis, we submit only the paradigm of the first person singular to statistical analysis. The results showed, in general, that in the continuum of urbanization of the popular Bahia Portuguese, the varieties of large and medium-sized urban centers (Salvador and Feira) have shown resistance to the use of not inflected pronouns in the first person singular in the positions of verbal complements and adverbial adjuncts, unlike the varieties of small countryside communities (Santo Antônio e Poções) and African-Brazilian isolated rural communities. Among the linguistic and social variables selected as statistically relevant by the Goldvarb program for the inflection case of the first person singular, in the continuum of the popular Bahia Portuguese, are: syntactic function of the pronoun, preposition regency, type of discourse (secular or religious), gender, community and location (headquarters and rural).
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Variação na expressão da 1ª pessoa do plural : indeterminação do sujeito e polidezMendonça, Josilene de Jesus 24 February 2016 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The indeterminacy of the subject is a phenomenon linked to notions of person, generalisation and specificity of the reference. In addition to such syntactic-semantic aspects also may be related with the pragmatic notion of politeness, because the speaker can use the strategies of indeterminacy of the subject of the first person plural: as a way of demonstrating the proximity/distance from the information given, including generic reference groups of greater or lesser scope, as negotiations necessary for the balance of communication while preserving the faces of the interlocutors. To investigate the correlation between indetermination of the subject, politeness and the variation in the first person singular, we use the sample speech Data of students of Atheneu Sergipense, which takes as its starting point the concept of community of practice, whereby a group of people share a common social enterprise; considering two pickup lines: the speech community (homogenized stratification) and of community of practice (socio-personal relations). Occurrences of the first person plural: with generic reference have been encoded according to linguistic, social and pragmatic variables, in order to establish correlations between linguistic forms and their social values and pragmatists within the community studied. After encoding, the data were subjected to statistical treatment of GoldVarb X program, in order to identify the variables that influence on the variation in the expression of the first person singular with generic reference. Control of variables specifier deictic characteristics, definiteness and referential group give evidence that the way the us presents greater frequency of use in contexts [+ defined], with probability of 0.61; in contexts with deictic specifiers (personal deictics - 0.71, spatial – 0.64 and temporal - 054), as well as in less comprehensive reference contexts, with a greater degree of inclusion of the speaker (students - 88.2%; Family - 86.7%; 81.8%; class students of Atheneu (78.1%). These results suggest that the use of pronominal form us as a resource of indeterminacy of the subject occurs in contexts with a lesser degree of generalization, reference denoting greater inclusion of the speaker in the generic reference group. In relation to social variables, sex/gender female factors, as well as the type of sociolinguistic interview collection favored the use of the pronoun us. The results on the basis of the pragmatic variables suggest that the us has increased frequency of use in interactions with distant degree of familiarity between the interlocutors, in situations where the speaker is without the domain of the topic and in international contexts with a greater degree of imposition of the communicative act, confirming our general hypothesis concerning the probability of use of us in contexts more polished. By examining structural, social and pragmatic factors, whereas two methodological models, our research shows significant by itself to the study of the forms of the first person plural: with generic reference, since the inclusion of the speaker in generic referent acts as politeness strategy, in which the speaker approaches or if distance from the propositional content, as negotiations necessary for the balance of communication preserving the faces of the interlocutors. / A indeterminação do sujeito é um fenômeno atrelado às noções de pessoa, generalização e especificidade da referência. Além de tais aspectos sintático-semânticos, também pode estar relacionado com a noção pragmática de polidez, visto que o falante pode utilizar as estratégias de indeterminação do sujeito de 1ª pessoa do plural como forma de demonstrar sua proximidade/distância da informação dada, incluindo-se em grupos referenciais genéricos de maior ou menor abrangência, conforme negociações necessárias para o equilíbrio da comunicação, preservando as faces dos interlocutores. Para investigar a correlação entre indeterminação do sujeito, polidez e a variação na 1ª pessoa do plural, utilizamos a amostra Dados de fala de estudantes do Atheneu Sergipense, que toma como ponto de partida o conceito de comunidade de prática, segundo o qual um grupo de pessoas compartilham um empreendimento social comum; considerando duas linhas de coleta: a de comunidade de fala (estratificação homogeneizada) e a de comunidade de prática (relações sociopessoais). As ocorrências de 1ª pessoa do plural com referência genérica foram codificadas de acordo com variáveis linguísticas, sociais e pragmáticas, a fim de estabelecer correlações entre as formas linguísticas e seus valores sociais e pragmáticos dentro da comunidade estudada. Após a codificação, os dados foram submetidos ao tratamento estatístico do programa GoldVarb X, a fim de identificarmos as variáveis que influenciam na variação na expressão da primeira pessoa do plural com referência genérica. O controle das variáveis deiticidade do especificador, definitude e grupo referencial dão indícios de que a forma a gente apresenta maior frequência de uso em contextos [+ definidos], com probabilidade de 0,61; em contextos com especificadores dêiticos (dêitico pessoal – 0,71, espacial – 0,64 e temporal – 0,54), bem como em contextos referenciais menos abrangentes, com maior grau de inclusão do falante (alunos – 88,2%; família – 86,7%; turma – 81,8%; alunos do Atheneu (78,1%). Esses resultados sugerem que o uso da forma pronominal a gente como recurso de indeterminação do sujeito ocorre em contextos com menor grau de generalização da referência, denotando maior inclusão do falante no grupo referencial genérico. Em relação às variáveis sociais, os fatores sexo/gênero feminino, bem como o tipo de coleta entrevista sociolinguística favoreceram o uso do pronome a gente. Os resultados em função das variáveis pragmáticas sugerem que a variante a gente apresenta maior frequência de uso em interações com grau distante de familiaridade entre os interlocutores, em situações em que o falante se encontra sem o domínio do tópico interacional e em contextos com maior grau de imposição do ato comunicativo, confirmando nossa hipótese geral a respeito da maior probabilidade de uso de a gente em contextos mais polidos. Por analisar fatores estruturais, sociais e pragmáticos, considerando dois modelos metodológicos de coleta, nossa pesquisa se mostra significativa para o estudo das formas de 1ª pessoa do plural com referência genérica, haja vista que a inclusão do falante em referente genéricos funciona como estratégia de polidez, em que o falante se aproxima ou se distancia do conteúdo proposicional, conforme negociações necessárias para o equilíbrio da comunicação, preservando as faces dos interlocutores.
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