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Efeito Agudo da Vibração de Corpo Inteiro no Nível de Excitabilidade Medular e Espaticidade dos Músculos Plantifexorores de individuos Espásticos Pós Acidente Vascular Encefálio: Um Ensaio Clínico Randomizado e ControladoSALES, Rafael Moreira 24 July 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-07-24 / CNPQ / Introdução: A vibração de Corpo inteiro (VCI) tem sido sugerida como uma abordagem promissora na redução do nível de excitabilidade medular e no manejo da espasticidade. No entanto, ainda não é elucidado se o efeito existente de depressão do reflexo H após a vibração teria a persistência necessária para ter um potencial terapêutico e servir como preparação de indivíduos para a fisioterapia. Objetivo: Avaliar os efeitos agudos da VCI no nível de excitabilidade medular e na espasticidade dos músculos plantiflexores em indíviduos espásticos pós Acidente Vascular Encefálico (AVE) crônico. Métodos: Trata-se de um estudo piloto de um ensaio clínico contralado e randomizado, em que vinte e um homens com espasticidade plantiflexora foram distribuídos em dois grupos: vibração (GV, n=11) e controle (GC, n=10). O GV realizou três séries, uma de familiarização com duração de um minuto e depois duas de cinco minutos, de VCI com frequência de 35 Hz e amplitude de 2 mm, em posição ortostática com semiflexão do joelho a 40˚. O GC realizou o mesmo protocolo sem o estímulo vibratório. A espasticidade foi avaliada através da Escala Modificada de Ashworth (EMA) antes e 10 minutos após a intervenção. O nível de excitabilidade medular foi estimado pela razão Hmáx/Mmáx, e valor da razão H2/H1 e tempo para ocorrência do pico da primeira facilitação na curva de recuperação, antes e 10, 20 e 30 minutos após a intervenção. A percepção global de mudança do paciente também foi estimada após a intervenção. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos no nível de excitabilidade medular nos três momentos avaliados após a intervenção, bem como na espasticidade plantiflexora. Também não houve diferença na percepção global de mudança do paciente entre os grupos (RR: 1,21; IC95% 0,65 a 2,26). Conclusão: Os achados não mostram efeito da intervenção sobre o nível de excitabilidade medular e a espasticidade plantiflexora, nos tempos estudados. Portanto, a indicação da VCI como preparação para a fisioterapia nesta população não pôde ser suportada. / Background: Whole body vibration (WBV) has been suggested as a promising approach to reduce the level of spinal cord excitability and to treat spasticity. However, it is not clarified whether the existing depression effect of the H-reflex after the vibration have the persistence necessary to have a therapeutic potential and serve as subjects preparing for physiotherapy. Objective: To evaluate the acute effects of WBV on the level of spinal cord excitability and on plantarflexion spasticity in chronic post stroke individuals. Methods: It’s a pilot randomized controlled trial which twenty-one men with plantarflexion spasticity were allocated in two groups: vibration (VG, n = 11) and control (CG, n = 10). The VG held three series, one for familiarization lasting one minute and then two five minutes of WBV with frequency 35 Hz and amplitude of 2 mm, in the standing position with 40˚ of knee flexion. The CG went through the same protocol without vibration. The plantarflexion spasticity was evaluated by the Modified Ashworth Scale (MAS) before and 10 minutes after the intervention. The level of spinal cord excitability was estimated by the ratio Hmax/Mmax, the value of ratio H2/H1 and the time to occurrence of the first facilitation peak in the recovery curve before and 10, 20 and 30 minutes after the intervention. The patient global impression of change (PGIC) was also estimated after the intervention. Results: No significant differences were found between groups neither on the level of spinal cord excitability in the three moments evaluated after the intervention nor on plantarflexion spasticity. There was also no difference between groups in PGIC (RR: 1,21; CI95% 0,65 a 2,26). Conclusion: Our results show no effect of the intervention on the level of spinal cord excitability and on plantarflexion spasticity during the analyzed period. Therefore, the indication of the WBV in preparation for physiotherapy in this population could not be supported.
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Níveis de inibição pré-sináptica durante a iniciação do passo em indivíduos com e sem bloqueio da marcha na doença de Parkinson: um estudo transversal / Presynaptic inhibition levels during step initiation in subjects with and without freezing of gait in Parkinson\'s disease: a cross-sectional studyJumes Leopoldino Oliveira Lira 06 November 2018 (has links)
Os objetivos deste estudo foram comparar os níveis de inibição pré-sináptica (IPS) durante a iniciação do passo entre indivíduos com doença de Parkinson (DP) com bloqueio motor (BM), sem-BM (S-BM) e indivíduos saudáveis pareados pela idade (ISPI) e, possíveis correlações entre os níveis de IPS com as variáveis comportamentais (amplitude e tempo do ajuste postural antecipatório [APA]) e os escores do New Freezing of Gait Questionnaire (NFOG-Q). A amostra foi composta por 22 indivíduos com BM e 12 S-BM (estágio 3 da DP avaliados no estado on da medicação). Dezesseis ISPI também foram incluídos no estudo. Todos atenderam os critérios de inclusão. Os indivíduos foram avaliados em dois dias. No primeiro dia, todos responderam uma anamnese e o Mini Exame do Estado Mental. Para os indivíduos com DP foi aplicada a escala de estadiamento da DP e a parte III da Escala Unificada de Avaliação da DP (UPDRS) e somente os indivíduos com BM foram avaliados com o NFOG-Q. No segundo dia, todos os indivíduos realizaram a tarefa iniciação do passo na plataforma de força AMTI para avaliação da amplitude e do tempo do APA com ou sem a evocação do reflexo-H na condição teste ou condicionado. O estimulador portátil Nicolet® Viking Quest da CareFusion foi utilizado para evocar o reflexo-H teste e condicionado. O estímulo elétrico foi evocado quando a amplitude do APA ultrapassasse 10 a 20% da linha de base. Todos indivíduos realizaram a tarefa iniciação do passo em 3 condições: 1) sem estímulo; 2) estímulo teste estimulação no nervo tibial; e 3) estímulo condicionado estimulação do nervo fibular antes (intervalo de 100 ms) da estimulação do nervo tibial. Nas três condições, os indivíduos foram instruídos a realizarem 15 passos, logo, 15 estímulos nas condições 2 e 3 de maneira aleatória. A ANOVA one way mostrou diferenças significantes nos valores de IPS entre os três grupos, onde os ISPI apresentaram valores maiores de IPS do que os outros dois grupos e, indivíduos S-BM apresentaram valores maiores IPS comparado aos indivíduos com BM (P<0,001), porém, todos os indivíduos deste último grupo apresentaram facilitação. Adicionalmente, amplitudes maiores e tempos menores do APA foram observados somente para os ISPI (P<0,05), além disso, não foram observadas diferenças entre essas variáveis para os dois grupos de DP (P>0,05). Em relação às correlações, especialmente para os indivíduos com BM, observamos que valores maiores de facilitação estão: fortemente associados com os escores maiores do NFOG-Q (r = -74; P<0,0001); moderadamente associados com as amplitudes menores do APA (r = 0,54; P<0,004); e fracamente associados com os tempos maiores do APA (r = -0,42; P<0,244). Por fim, houve uma forte associação entre as amplitude menores do APA e escores maiores do NFOG-Q (r = -,075; P<0,0001). Em conclusão, indivíduos com BM apresentam facilitação (ausência de IPS) durante a iniciação do passo e associada com deficiências na amplitude e tempo do APA e a severidade do BM. Isso indica que a medula espinhal tem participação na iniciação do passo e pode ser fortemente influenciada por alterações sensório-motoras / The aims of this study were to compare the presynaptic inhibition levels (PSI) in the step initiation between subjects with Parkinson\'s disease (PD) with freezing of gait (FoG), non-FOG (non-FoG), and age-matched healthy controls (HC) and, possible correlations between the PSI levels with the behavioral variables and the New Freezing of Gait Questionnaire (NFOG-Q) scores. Twenty individuals with FoG, 12 individuals with non-FoG (stage 3 of PD assessed in the clinically defined on state), and 16 HC met the inclusion criteria. Subjects visited the laboratory for two days. On the first day, all of the subjects answered the anamnesis and the Mini-Mental State Examination. However, only in the subjects with PD were assessed the severity of disease and the motor symptoms (Unified Parkinson´s Disease Rating Scale part III [UPDRS-III], but the FoG severity was assessed only in the subjects with FoG. On the second day, all of the subjects performed the step initiation on the force platform (AMTI) to assess amplitude and time of anticipatory postural adjustment with or without evoking H-reflex in the test or conditioned condition. The constant-current stimulator (Nicolet® Viking Quest portable EMG apparatus, CareFusion) was used to evoke the H-reflex. The electrical stimulus was evoked when the APA amplitude exceeded 10 to 20% of the baseline. All of the subjects performed the step initiation in 3 conditions: 1) without stimulation of the nerve; 2) test stimulus stimulation of the tibial nerve; and 3) conditioning stimulus - stimulation of the fibular nerve before (100 ms interval) stimulation of the tibial nerve. At three conditions, subjects were instructed to perform 15 steps, thus, 15 stimuli at conditions 2 and 3 in a random order. The ANOVA one way showed significant differences in the PSI values between the three groups, where the ISPI presented higher values of PSI than the other two groups, and S-BM individuals had higher PSI values compared to individuals with BM (P<0.001), however all of the individuals with FoG presented facilitation. In addition, larger amplitudes and smaller times of APA were observed only for ISPI (P<0.05); in addition, no differences were observed between these variables for the two PD groups (P>0.05). In relation to correlations, especially for individuals with FoG, we observed that greater values of facilitation are: strongly associated with the higher NFOG-Q scores (r = -0.74; P<0.0001); moderately associated with the smaller APA amplitudes (r = 0.54; P<0.004); and weakly associated with higher APA times (r = -0.42, P<0.244). Finally, there was a strong association between the smaller APA amplitudes and higher NFOG-Q scores (r = -0.75, P<0.0001). In conclusion, individuals with FoG presented facilitation (absence of PSI) in the step initiation which was associated with deficits in amplitude and time of APA and FoG severity. This indicates that the spinal cord has participation in the step initiation that can be strongly influenced by the abnormal sensory motor
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Efeito da terapêutica com beta-bloqueador na resposta dos quimiorreflexos e ergorreflexo em pacientes com insuficiência cardíaca / Effect of beta-blocker therapeutics on the chemoreflex and ergoreflex response in heart failure patientsBelli-Marin, Juliana Fernanda Canhadas 04 April 2014 (has links)
A intolerância ao exercício físico na insuficiência cardíaca (IC) está relacionada a alterações hemodinâmicas e neurohumorais pela complexa interação dos reflexos cardiovasculares. Os quimiorreflexos central e periférico e o ergorreflexo estão envolvidos na hiperventilação de repouso e durante o exercício, contribuindo para intolerância ao esforço. Os objetivos do estudo foram avaliar o efeito da terapêutica com beta-bloqueador (betab) na resposta dos quimiorreflexos central e periférico e do ergorreflexo por meio das alterações da resposta ventilatória durante o teste de caminhada de seis minutos (T6M); e avaliar o efeito da sua otimização também sobre as catecolaminas plasmáticas e peptídeo natriurético do tipo B (BNP). Foram estudados 15 pacientes masculinos, 49.5 ± 2.5 anos, com diagnóstico de IC há mais de 3 meses, sem histórico de tratamento com betab, com fração de ejeção (FEVE) 25.9 ± 2.5%, classe funcional I-III (NYHA). Estes pacientes poderiam estar em uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina, bloqueadores do receptor da angiotensina II e antagonista do receptor da aldosterona. Todos os indivíduos realizaram testes: ergoespirométrico em esteira segundo o protocolo de Naughton, três T6M em esteira com controle de velocidade pelo paciente randomizados (um com sensibilização dos quimiorreceptores centrais, um com sensibilização dos quimiorreceptores periféricos e um controle em ar ambiente - AA). Também realizaram T6M com e sem oclusão circulatória regional em membro inferior. Em relação aos exames laboratoriais, foram feitas análises de catecolaminas plasmáticas em repouso e BNP. Os pacientes foram então submetidos a tratamento medicamentoso padrão da Instituição, com introdução e otimização da terapêutica com ßb e, após seis meses, foram reavaliados. Após otimização do betab, houve melhora significativa na FEVE, de 26 ± 2,5 para 33 ± 2,6 (p < 0,05); diminuição de níveis de BNP (775 ± 163 para 257 ± 75; p < 0,01) e de catecolaminas plasmáticas (598 ± 104 para 343 ± 40; p < 0,05). Foi também observada diminuição significativa na frequência cardíaca de repouso, de 95.6 ± 4.5 para 69.0 ± 1.6 (p < 0,01), e aumento do pulso de O2 de repouso (3.7 ± 0.3 para 4.4 ± 0.3; p < 0,01) pós betab. Em relação ao pico do esforço, houve diminuição significativa da frequência cardíaca, de pico 144.0 ± 4.6 para 129.5 ± 4.2 (p < 0,05), aumento do pulso de O2 (11.9 ± 1.1 para 15.5 ± 0.8; p < 0,01), diminuição do VE/VCO2 slope 29.4(25.8-36.2) para 24.6 (22.5-27.5); p=0,03) e aumento do tempo de exercício (12.3 ± 1.3 para 16.1 ± 1.2; p=0,01), sem, entretanto, aumento do consumo de oxigênio. Houve diferença significativa em relação à distância percorrida no T6M entre os dois momentos (pré e pós) em todas as análises, tanto controle (AA) quanto para a sensibilização dos quimiorreceptores centrais e periféricos, além de diminuição da resposta ventilatória nas sensibilizações dos quimiorreflexos quando comparados com o controle. A otimização da terapêutica medicamentosa na IC, especialmente com betab, promove melhora hemodinâmica, metabólica e neurohormonal. O presente estudo, que examinou os efeitos da terapêutica com betab na resposta dos quimiorreflexos e ergorreflexo em pacientes com IC, documentou que o betab diminui a resposta dos quimiorreflexos durante o exercício em hipóxia e hipercapnia sem, entretanto, alterar a resposta dos ergorreflexos. Essa modulação reflexa pode ser responsável pelo aumento da tolerância ao esforço sem o aumento do consumo de oxigênio / In heart failure (HF), exercise intolerance is related to hemodynamic and neurohumoral alterations by the complex interaction of cardiovascular reflexes. The central and peripheral chemoreflex and the ergoreflex are involved in hyperventilation at rest and during exercise, contributing to exercise intolerance. The aims of the study were to assess the effect of beta-blocker (betab) therapy on the central and peripheral chemoreflexes and ergoreflex responses through ventilatory changes during the six-minute walk test (6MWT), and to assess the effect of betab optimized therapy on plasma catecholamines and B-type natriuretic peptide (BNP). We studied 15 male patients, 49.5 ± 2.5 years, diagnosed with HF for more than three months, never-treated with ßb, ejection fraction (LVEF) 25.9 ± 2.5%, functional class I-III (NYHA). These patients could be in use of angiotensin-converting enzyme inhibitors, angiotensin receptor blockers and aldosterone antagonists. All subjects underwent the following tests: cardiopulmonary exercise treadmill test according to the Naughton protocol, three randomized treadmill 6MWT with speed controlled by the patient (one with sensitization of central chemoreceptors, one with an awareness of peripheral chemoreceptors and another control in ambiental air - AA). Also all subjects underwent 6MWT with and without regional circulatory occlusion on the lower limb. Regarding laboratory tests, plasma catecholamines concentration at rest and BNP were also analyzed. Patients were then submitted to the institution standard drug therapy, with introduction and optimization of betab and were reassessed six months later. After optimization, there was a significant improvement in LVEF from 26 ± 2.5 to 33 ± 2.6 (p < 0.05); and a decrease in BNP levels (775 ± 163 to 257 ± 75, p < 0.01) and plasma catecholamines (598 ± 104 to 343 ± 40, p < 0.05). There was also a significant decrease in resting heart rate from 95.6 ± 4.5 to 69.0 ± 1.6 (p < 0.01) but O2 pulse at rest increased post optimization (3.7 ± 0.3 to 4.4 ± 0.3, p < 0.01). Regarding the peak exercise, there was a significant decrease in peak heart rate 144.0 ± 4.6 to 129.5 ± 4.2 (p < 0,05) and VE/VCO2 slope 29.4(25.8-36.2) to 24.6(22.5-27.5), p=0.03); and an increase in O2 pulse (11.9 ± 1.1 to 15.5 ± 0.8, p < 0.01), and exercise time (12.3 ± 1.3 to 16.1 ± 1.2, p=0.01), without, however, increasing oxygen consumption. There was significant difference in walked distance during the 6MWT between the two time points (before and after) in all analyzes, both control (AA) and for the sensitization of central and peripheral chemoreceptors. Also, there was a decreased ventilatory response in sensitization of chemoreflexes when compared with the control. The optimization of drug therapy in HF, especially with ßb, promotes hemodynamic, metabolic and neurohormonal improvements. This study, which examined the effect of therapy with betab on the response of the chemoreflexes and ergoreflex in HF patients, documented that ßb decreases the response of chemoreflexes during exercise in hypoxia and hypercapnia without, however, altering the ergoreflex response. This reflex modulation may be responsible for the increased exercise tolerance without increasing oxygen consumption
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Sensibilidade barorreflexa e resposta inotrópica ao exercício e nas 24 horas em indivíduos com síndrome metabólica conforme classificação da pressão arterial / Baroreflex sensitivity and inotropic response to exercise and at 24 hours in subjects with metabolic syndrome according to blood pressure classificationMarques, Akothirene Cristhina Dutra Brisolla 18 August 2017 (has links)
Introdução. A progressão da síndrome metabólica (SMet) para a doença cardiovascular é complexa, multifatorial e pode estar associada, em parte, com a hiperativação simpática e com a diminuição da sensibilidade barorreflexa (SBR), mecanismos fortemente associados à hipertensão arterial (HAS). Adicionalmente, na hipertensão a resposta da pressão arterial (PA) durante o teste de esforço cardiopulmonar máximo (TECP) e na pressão arterial de 24h (MAPA) está prejudicada. Não é conhecido se pacientes com SMet mas sem hipertensão, apresentam estes prejuízos. Hipóteses. Pacientes com SMet com nível normal de PA clínica apresentam:(1) Resposta aumentada da PA pico e da PA de recuperação em resposta ao exercício máximo; (2) Prejuízo na PA de 24 horas Além disso, analisamos se estas alterações se correlacionam com a atividade nervosa simpática muscular (ANSM) e com a SBR. Métodos. Foram selecionados 72 pacientes recém-diagnosticados com SMet (ATP III), alocados em 3 grupos conforme a classificação da PA (segundo as Diretrizes 2013 ESH/ESC):, SMet hipertensos (HT, n=16, 51±9 anos, 33±4 kg/m2), SMet pré-hipertensos (PHT, n=29, 47±10 anos, 31±3 kg/m2) e SMet normotensos (NT, n=27, 46±7 anos, 32±4 kg/m2). Um grupo controle (C, n=19, 48±2 anos, 25±2 kg/m2) pareado por gênero e idade foi envolvido no estudo. Foram avaliados: a ANSM (microneurografia); a SBR (análise das flutuações espontâneas da PA sistólica e FC) para aumentos (SBR+) e diminuições da PA (SBR-); medidas auscultatórias da PA no pré-teste, pico, 1°, 2° e 4° min de recuperação (TECP); e PAS e PAD de 24 horas, vigília, sono e despertar (MAPA de 24h). O estudo foi dividido em duas partes: Parte 1 - todos os grupos com SMet (HT, PHT e NT) e C foram estudados; e Parte 2 - somente o grupo SMet NT foi comparado ao C. Resultados - Parte 1. Os grupos SMet (HT, PHT e NT) foram semelhantes entre si e apresentaram prejuízo quando comparado ao grupo C nas características físicas, na capacidade física e nos fatores de risco da SMet. Na PAS pico atingida no TECP, o grupo SMet HT apresentou valores superiores quando comparado com SMet PHT, NT, e C (217±23 vs. 202±22; 195±17; 177±24 mmHg; respectivamente; P=0,03). Apresentaram resposta da PAS exagerada (PAS >190 mmHg para mulheres e > 210 mmHg para homens) 81% no grupo HT, 55% no PHT, 37% no NT e 21% no C. Na MAPA, SMet HT apresentou maior PA de 24h que os outros 3 grupos. (P < 0,001). A ANSM foi maior nos grupos SMet HT, PHT e NT quando comparados ao C (33±7; 30±7; 29±6; vs. 18±1 disparos/min, respectivamente, P < 0,001). Somente o grupo SMet HT apresentou menor SBR+ quando comparado ao grupo C (6±3; 8±3; 9±3; vs. 11±5 mmHg/ms; P=0,002). Os grupos SMet HT e PHT apresentaram menor SBR-, enquanto SMet NT foi semelhante ao C (7±2; 9±4; 10±3; vs. 12±5 mmHg/ms; P < 0,05). Houve correlação entre a SBR- e a PAS pico (r=-0,32, P=0,04) com todos os sujeitos dos grupos da SMet e C. Resultados Parte 2. Exceto na PAS no 4º min de recuperação, o grupo SMet NT apresentou maior PAS e PAD comparado ao C em todos os momentos do TECP. O comportamento da PAS e PAD pela área sob a curva (ASC) total foi maior no SMet NT comparado ao C. Na MAPA de 24h, SMet NT apresentou menor PAD no sono que C. Além disso, SMet NT apresentou menor SBR+ e SBR- e maior ANSM comparado ao C. Interessantemente, no subgrupo de pacientes com SMet NT (n=10, 37%) que apresentou PAS pico exagerada a SBR- se correlacionou fortemente com a PAS pico (r=-0,70, P=0,02) e com a PAS no 1º min de recuperação (r=-0,73, P=0,04). Conclusão: Pacientes com SMet, mesmo normotensos, já apresentam resposta exacerbada da PAS e da PAD durante o TECP, dos quais 40% com PAS pico exagerada. A disfunção autonômica pode explicar, pelo menos em parte, esta reposta exacerbada / Introduction. The progression of the metabolic syndrome (MetS) to cardiovascular disease is complex, multifactorial and may be associated in part with sympathetic hyperactivation and reduced baroreflex sensitivity (BRS), mechanisms strongly associated with arterial hypertension (AH). Additionally, in hypertension, the BP response during the maximal cardiopulmonary exercise test (CPET) and 24h BP (ABPM) is impaired. It is not known whether patients with MetS but without hypertension present those damages. Hypotheses. Patients with MetS with normal clinical BP level present: (1) Increased response of peak BP and recovery BP in response to maximal exercise; (2) Impaired 24 hour BP. In addition, we analyzed if those changes are associated with muscle sympathetic nerve activity (MSNA) and BRS. Methods. We selected 72 newly diagnosed patients with MetS (ATP III), subdivided in 3 groups according to the BP classification (according to the ESH/ESC Guidelines): hypertensive MetS (HT, n=16, 51±9 years, 33±4 kg/m2), pre-hypertensive MetS (PHT, n=29, 47± 10 years, 31±3 kg/m2) and normotensive MetS (NT, n= 27, 46±7 years, 32±4 kg/m2). A control group (C, n=19, 48±2 years, 25±2 kg/m2) paired by gender and age was involved in the study. The following were evaluated: the MSNA (microneurography); BRS (analysis of spontaneous fluctuations of systolic BP and HR) for increases to BP (SBR+) and for decreases to BP (SBR-); BP auscultatory measurements in the pre-test, peak, 1st, 2nd and 4th min of recovery (CPET); and SBP and DBP of 24 hours, wakefulness, sleep and awakening (24-hour ABPM). The study was divided into two parts: Part 1. All groups with MetS (HT, PHT and NT) were studied; and C group. Part 2. Only the NT MetS group was compared to the C. Results Part 1. The MetS groups (HT, PHT and NT) were similar and were impaired compared to group C in physical characteristics, physical capacity and risk factors of MetS. In the peak SBP reached at CPET, HT MetS group presented higher values when compared to PHT and NT MetS groups and C (217±23 vs. 202±22, 195±17, 177±-24 mmHg, respectively, P=0.03). There was an exaggerated SBP response (SBP > 190 mmHg for women and > 210 mmHg for men) in 81% of the HT group, 55% of the PHT, 37% of the NT and 21% of the C group. In the ABPM, HT MetS had a higher 24-hour BP than the other 3 groups (P < 0.001). The MSNA was higher in HT, PHT and NT MetS groups when compared to C (33±7, 30±7, 29±6, vs. 18±1 burst/min, respectively, P < 0.001). Only the HT MetS group showed lower SBR+ compared to C (6±3, 8±3, 9±3, vs. 11±5 mmHg/ms, P=0.002). The HT and PHT MetS groups presented lower SBR-, while NT MetS was similar to C (7±2; 9 ±4; 10±3, vs. 12±5 mmHg/ms; P < 0.05). There was a correlation between SBR- and peak SBP (r= -0.32, P=0.04) with all subjects from the MetS and C groups. Results Part 2. Except for SBP in the 4th min of recovery, NT MetS presented higher SBP and DBP compared to C at all moments of the CPET. The SBP and DBP responses by AUC analysis were higher in NT MetS compared to C. In 24h ABPM, NT MetS presented lower DBP in the sleep than in C. In addition, NT MetS presented decreased SBR+ and SBR- and increased MSNA compared with C. Interestingly, in the NT MetS subgroup of patients (n=10, 37%) who showed an exaggerated peak SBP, showed a negative correlation between BRS- and peak SBP (r=-.70; P=0.01) and SBP at 1st minute of recovery (r=.73; P=0.04). Conclusion. Patients with MetS, even normotensive, already present an exacerbated SBP and DBP response during CPET, of which 40% with exaggerated peak SBP. Autonomic dysfunction may explain, at least in part, this exacerbated response
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Influência do treinamento motor com biofeedback eletromiográfico na reabilitação da espasticidade após ave e a caracterização da atividade cortical correlataVieira, Débora 11 February 2016 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A espasticidade é observada na maioria dos pacientes após Acidente Vascular Encefálico
(AVE), e exercem influência na presença de deficiências e incapacidades, comprometendo a
função motora. As estratégias de neuroreabilitação, o biofeedback eletromiográfico (EMG),
têm sido utilizado com aceitação na comunidade médica para reajustes nas habilidades
sensório-motoras como retreinamento motor, redução da espasticidade e/ou treinamento de
relaxamento. A intervenção ainda apresenta evidências delimitadas quanto a sua efetividade
na reabilitação, principalmente, quanto a interferência sobre a atividade cortical e na redução
dos sinais espásticos que oferece características negativas na execução do movimento. O
objetivo dessa pesquisa foi analisar a possível interferência do treino com biofeedback
eletromiográfico sobre a conscientização do controle motor no membro espástico e a
caracterização da atividade das bandas de baixa frequência em diferentes regiões corticais
orientada pela técnica de treinamento. Dezesseis voluntários acometidos por AVE isquêmicos
foram selecionados e divididos em dois grupos (n=8). Grupo experimental (GE) submetidos
ao treino com biofeedback associado a fisioterapia, e o grupo controle (GC) submetido apenas
à fisioterapia convencional. Foi realizada a avaliação do grau de espasticidade pelo limiar de
reflexo do estiramento tônico (LRET) e pela Escala Modificada de Ashworth (EMA) antes e
três semanas após o término do treinamento com a técnica. Os sujeitos foram submetidos ao
biofeedback durante 6 semanas, com 2 sessões semanalmente. O mesmo tempo para o
tratamento fisioterápico foi padronizado para o GC. Os resultados mostram variação do
percentual médio de melhora do grau de espasticidade, mensuradas pelo LRET, de 38,59%
(dp=13,03%) no GE comparado com 18,58% (dp=11,90%) do GC. Essa variação apresentou
diferença significativa (p=0,020; t=2,776; p<5%) entre os grupos (controle e experimental), e
a diferença significativa do LRET antes e após do treinamento no GE (p=0,003; t=5,338;
p<5%) quando comparado ao GC (p=0,015; t=3,657; p<5%). A medida semi-quantitativa da
EMA antes e após o término das sessões mostraram variações apenas no GE. Com relação a
atividade cortical, houve diferença de atividade das bandas (delta, teta, alfa e beta) quando a
3ª e 12ª sessão foram comparadas para cada sujeito do GE. Essa diferença foi encontrada,
principalmente, em regiões frontal, central (vértex), parietal e occipital em ambos hemisférios
(ipsilateral e contralateral a lesão) tanto na fase de planejamento cognitivo motor quanto na
execução do movimento. Houve predominância da diferença de atividade para a banda delta,
alfa e beta em diferentes sujeitos distribuída difusamente ao longo dos canais de registro de
viii
EEG. A atividade diferenciada das bandas foi devido ao aumento e/ou diminuição da energia
espectral entre as sessões, notado apenas em alguns voluntários do GE. Observou ainda
diferença de atividade em áreas motoras secundárias. As avaliações, principalmente do LRET
mostram que o treino com biofeedback EMG foi efetivo na redução do grau de espasticidade.
A diferença de atividade cortical das bandas de frequência entre as sessões sugere que o
biofeedback modula a cognição por meio do esforço e atenção imposta pela tarefa na tentativa
do movimento no membro acometido. Além de que a diferença de energia espectral entre as
sessões é dependente do ajuste e complexidade da tarefa direcionado pelos sinais do
biofeedback, auxiliando na aprendizagem motora. / Spasticity is observed in most patients after cerebrovascular accident (CVA), and exerts
influence in the presence of disabilities, affecting motor function. For neurorehabilitation
strategies, electromyographic biofeedback (EMG) has been used with acceptance in the
medical community for adjustments in the sensory-motor skills as a motor retraining,
reducing spasticity and/or relaxation training. The intervention still presents limited evidence
regarding their effectiveness in rehabilitation, especially as the interference of cortical activity
and the reduction of spastic signs that provides negative characteristics in movement
execution. The aim of this study was to analyze the workout possible interference with EMG
biofeedback on the motor control awareness in spastic member in the characterization of the
activity of low-frequency bands in different cortical regions targeted by the training
technique. Sixteen volunteers affected by ischemic stroke were selected and divided into two
groups (n = 8). Experimental group (EG) underwent biofeedback training associated with
physical therapy and control group (CG) only conventional physiotherapy. The assessment of
the degree of spasticity by reflex threshold of the tonic stretch (TSRT) and Modified
Ashworth Scale (MAS) was performed before and three weeks after the end of treatment with
the technique. The subjects underwent biofeedback for 6 weeks, with two sessions weekly.
The same time for physiotherapy treatment was standardized to the GC. The results show
variation of the average percent improvement in the degree of spasticity measured at TRST,
38,59% (sd=13,03%) in GE compared to 18,58% (sd=11,90%) of GC. This variation showed
a significant difference (p=0.020; t=2,776; p<5%) between groups (control and experimental),
and the significant difference of TRST before and after training in EG (p = 0.003; t=5,338; p
<5%) when compared to the CG (p=0.015; t=0,015; p<5%). The semi-quantitative measure of
the MAS before and after the end of the sessions presented variations only in GE. Regarding
the cortical activity, there were band activities differences when 3rd and 12th sessions were
compared for each subject of GE. This difference was found primarily in the frontal, central
(vertex), parietal and occipital lobe in both hemispheres (contralateral and ipsilateral to the
lesion) in both the cognitive motor planning phase and in the movement execution. It was
observed the predominance of activity difference for the delta band, alpha and beta in
different subjects distributed diffusely over the EEG recording channels. The different activity
of the bands was due to the increase and/or decrease the spectral energy between sessions,
x
noticed only in some GE volunteers. It was also pointed out distinct activity in secondary
motor areas. Evaluations mainly from TSRT show that training with EMG biofeedback was
effective in reducing the degree of spasticity.
The difference in cortical activity of the frequency bands between sessions suggested that
biofeedback modulates cognition through the effort and attention required by the task of
movement attempt in the affected limb. Besides that, the spectral energy difference between
the sessions depends on the tuning and task complexity driven by biofeedback signals,
helping motor learning. / Tese (Doutorado)
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Sensibilidade barorreflexa e resposta inotrópica ao exercício e nas 24 horas em indivíduos com síndrome metabólica conforme classificação da pressão arterial / Baroreflex sensitivity and inotropic response to exercise and at 24 hours in subjects with metabolic syndrome according to blood pressure classificationAkothirene Cristhina Dutra Brisolla Marques 18 August 2017 (has links)
Introdução. A progressão da síndrome metabólica (SMet) para a doença cardiovascular é complexa, multifatorial e pode estar associada, em parte, com a hiperativação simpática e com a diminuição da sensibilidade barorreflexa (SBR), mecanismos fortemente associados à hipertensão arterial (HAS). Adicionalmente, na hipertensão a resposta da pressão arterial (PA) durante o teste de esforço cardiopulmonar máximo (TECP) e na pressão arterial de 24h (MAPA) está prejudicada. Não é conhecido se pacientes com SMet mas sem hipertensão, apresentam estes prejuízos. Hipóteses. Pacientes com SMet com nível normal de PA clínica apresentam:(1) Resposta aumentada da PA pico e da PA de recuperação em resposta ao exercício máximo; (2) Prejuízo na PA de 24 horas Além disso, analisamos se estas alterações se correlacionam com a atividade nervosa simpática muscular (ANSM) e com a SBR. Métodos. Foram selecionados 72 pacientes recém-diagnosticados com SMet (ATP III), alocados em 3 grupos conforme a classificação da PA (segundo as Diretrizes 2013 ESH/ESC):, SMet hipertensos (HT, n=16, 51±9 anos, 33±4 kg/m2), SMet pré-hipertensos (PHT, n=29, 47±10 anos, 31±3 kg/m2) e SMet normotensos (NT, n=27, 46±7 anos, 32±4 kg/m2). Um grupo controle (C, n=19, 48±2 anos, 25±2 kg/m2) pareado por gênero e idade foi envolvido no estudo. Foram avaliados: a ANSM (microneurografia); a SBR (análise das flutuações espontâneas da PA sistólica e FC) para aumentos (SBR+) e diminuições da PA (SBR-); medidas auscultatórias da PA no pré-teste, pico, 1°, 2° e 4° min de recuperação (TECP); e PAS e PAD de 24 horas, vigília, sono e despertar (MAPA de 24h). O estudo foi dividido em duas partes: Parte 1 - todos os grupos com SMet (HT, PHT e NT) e C foram estudados; e Parte 2 - somente o grupo SMet NT foi comparado ao C. Resultados - Parte 1. Os grupos SMet (HT, PHT e NT) foram semelhantes entre si e apresentaram prejuízo quando comparado ao grupo C nas características físicas, na capacidade física e nos fatores de risco da SMet. Na PAS pico atingida no TECP, o grupo SMet HT apresentou valores superiores quando comparado com SMet PHT, NT, e C (217±23 vs. 202±22; 195±17; 177±24 mmHg; respectivamente; P=0,03). Apresentaram resposta da PAS exagerada (PAS >190 mmHg para mulheres e > 210 mmHg para homens) 81% no grupo HT, 55% no PHT, 37% no NT e 21% no C. Na MAPA, SMet HT apresentou maior PA de 24h que os outros 3 grupos. (P < 0,001). A ANSM foi maior nos grupos SMet HT, PHT e NT quando comparados ao C (33±7; 30±7; 29±6; vs. 18±1 disparos/min, respectivamente, P < 0,001). Somente o grupo SMet HT apresentou menor SBR+ quando comparado ao grupo C (6±3; 8±3; 9±3; vs. 11±5 mmHg/ms; P=0,002). Os grupos SMet HT e PHT apresentaram menor SBR-, enquanto SMet NT foi semelhante ao C (7±2; 9±4; 10±3; vs. 12±5 mmHg/ms; P < 0,05). Houve correlação entre a SBR- e a PAS pico (r=-0,32, P=0,04) com todos os sujeitos dos grupos da SMet e C. Resultados Parte 2. Exceto na PAS no 4º min de recuperação, o grupo SMet NT apresentou maior PAS e PAD comparado ao C em todos os momentos do TECP. O comportamento da PAS e PAD pela área sob a curva (ASC) total foi maior no SMet NT comparado ao C. Na MAPA de 24h, SMet NT apresentou menor PAD no sono que C. Além disso, SMet NT apresentou menor SBR+ e SBR- e maior ANSM comparado ao C. Interessantemente, no subgrupo de pacientes com SMet NT (n=10, 37%) que apresentou PAS pico exagerada a SBR- se correlacionou fortemente com a PAS pico (r=-0,70, P=0,02) e com a PAS no 1º min de recuperação (r=-0,73, P=0,04). Conclusão: Pacientes com SMet, mesmo normotensos, já apresentam resposta exacerbada da PAS e da PAD durante o TECP, dos quais 40% com PAS pico exagerada. A disfunção autonômica pode explicar, pelo menos em parte, esta reposta exacerbada / Introduction. The progression of the metabolic syndrome (MetS) to cardiovascular disease is complex, multifactorial and may be associated in part with sympathetic hyperactivation and reduced baroreflex sensitivity (BRS), mechanisms strongly associated with arterial hypertension (AH). Additionally, in hypertension, the BP response during the maximal cardiopulmonary exercise test (CPET) and 24h BP (ABPM) is impaired. It is not known whether patients with MetS but without hypertension present those damages. Hypotheses. Patients with MetS with normal clinical BP level present: (1) Increased response of peak BP and recovery BP in response to maximal exercise; (2) Impaired 24 hour BP. In addition, we analyzed if those changes are associated with muscle sympathetic nerve activity (MSNA) and BRS. Methods. We selected 72 newly diagnosed patients with MetS (ATP III), subdivided in 3 groups according to the BP classification (according to the ESH/ESC Guidelines): hypertensive MetS (HT, n=16, 51±9 years, 33±4 kg/m2), pre-hypertensive MetS (PHT, n=29, 47± 10 years, 31±3 kg/m2) and normotensive MetS (NT, n= 27, 46±7 years, 32±4 kg/m2). A control group (C, n=19, 48±2 years, 25±2 kg/m2) paired by gender and age was involved in the study. The following were evaluated: the MSNA (microneurography); BRS (analysis of spontaneous fluctuations of systolic BP and HR) for increases to BP (SBR+) and for decreases to BP (SBR-); BP auscultatory measurements in the pre-test, peak, 1st, 2nd and 4th min of recovery (CPET); and SBP and DBP of 24 hours, wakefulness, sleep and awakening (24-hour ABPM). The study was divided into two parts: Part 1. All groups with MetS (HT, PHT and NT) were studied; and C group. Part 2. Only the NT MetS group was compared to the C. Results Part 1. The MetS groups (HT, PHT and NT) were similar and were impaired compared to group C in physical characteristics, physical capacity and risk factors of MetS. In the peak SBP reached at CPET, HT MetS group presented higher values when compared to PHT and NT MetS groups and C (217±23 vs. 202±22, 195±17, 177±-24 mmHg, respectively, P=0.03). There was an exaggerated SBP response (SBP > 190 mmHg for women and > 210 mmHg for men) in 81% of the HT group, 55% of the PHT, 37% of the NT and 21% of the C group. In the ABPM, HT MetS had a higher 24-hour BP than the other 3 groups (P < 0.001). The MSNA was higher in HT, PHT and NT MetS groups when compared to C (33±7, 30±7, 29±6, vs. 18±1 burst/min, respectively, P < 0.001). Only the HT MetS group showed lower SBR+ compared to C (6±3, 8±3, 9±3, vs. 11±5 mmHg/ms, P=0.002). The HT and PHT MetS groups presented lower SBR-, while NT MetS was similar to C (7±2; 9 ±4; 10±3, vs. 12±5 mmHg/ms; P < 0.05). There was a correlation between SBR- and peak SBP (r= -0.32, P=0.04) with all subjects from the MetS and C groups. Results Part 2. Except for SBP in the 4th min of recovery, NT MetS presented higher SBP and DBP compared to C at all moments of the CPET. The SBP and DBP responses by AUC analysis were higher in NT MetS compared to C. In 24h ABPM, NT MetS presented lower DBP in the sleep than in C. In addition, NT MetS presented decreased SBR+ and SBR- and increased MSNA compared with C. Interestingly, in the NT MetS subgroup of patients (n=10, 37%) who showed an exaggerated peak SBP, showed a negative correlation between BRS- and peak SBP (r=-.70; P=0.01) and SBP at 1st minute of recovery (r=.73; P=0.04). Conclusion. Patients with MetS, even normotensive, already present an exacerbated SBP and DBP response during CPET, of which 40% with exaggerated peak SBP. Autonomic dysfunction may explain, at least in part, this exacerbated response
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Efeito da terapêutica com beta-bloqueador na resposta dos quimiorreflexos e ergorreflexo em pacientes com insuficiência cardíaca / Effect of beta-blocker therapeutics on the chemoreflex and ergoreflex response in heart failure patientsJuliana Fernanda Canhadas Belli-Marin 04 April 2014 (has links)
A intolerância ao exercício físico na insuficiência cardíaca (IC) está relacionada a alterações hemodinâmicas e neurohumorais pela complexa interação dos reflexos cardiovasculares. Os quimiorreflexos central e periférico e o ergorreflexo estão envolvidos na hiperventilação de repouso e durante o exercício, contribuindo para intolerância ao esforço. Os objetivos do estudo foram avaliar o efeito da terapêutica com beta-bloqueador (betab) na resposta dos quimiorreflexos central e periférico e do ergorreflexo por meio das alterações da resposta ventilatória durante o teste de caminhada de seis minutos (T6M); e avaliar o efeito da sua otimização também sobre as catecolaminas plasmáticas e peptídeo natriurético do tipo B (BNP). Foram estudados 15 pacientes masculinos, 49.5 ± 2.5 anos, com diagnóstico de IC há mais de 3 meses, sem histórico de tratamento com betab, com fração de ejeção (FEVE) 25.9 ± 2.5%, classe funcional I-III (NYHA). Estes pacientes poderiam estar em uso de inibidores da enzima conversora da angiotensina, bloqueadores do receptor da angiotensina II e antagonista do receptor da aldosterona. Todos os indivíduos realizaram testes: ergoespirométrico em esteira segundo o protocolo de Naughton, três T6M em esteira com controle de velocidade pelo paciente randomizados (um com sensibilização dos quimiorreceptores centrais, um com sensibilização dos quimiorreceptores periféricos e um controle em ar ambiente - AA). Também realizaram T6M com e sem oclusão circulatória regional em membro inferior. Em relação aos exames laboratoriais, foram feitas análises de catecolaminas plasmáticas em repouso e BNP. Os pacientes foram então submetidos a tratamento medicamentoso padrão da Instituição, com introdução e otimização da terapêutica com ßb e, após seis meses, foram reavaliados. Após otimização do betab, houve melhora significativa na FEVE, de 26 ± 2,5 para 33 ± 2,6 (p < 0,05); diminuição de níveis de BNP (775 ± 163 para 257 ± 75; p < 0,01) e de catecolaminas plasmáticas (598 ± 104 para 343 ± 40; p < 0,05). Foi também observada diminuição significativa na frequência cardíaca de repouso, de 95.6 ± 4.5 para 69.0 ± 1.6 (p < 0,01), e aumento do pulso de O2 de repouso (3.7 ± 0.3 para 4.4 ± 0.3; p < 0,01) pós betab. Em relação ao pico do esforço, houve diminuição significativa da frequência cardíaca, de pico 144.0 ± 4.6 para 129.5 ± 4.2 (p < 0,05), aumento do pulso de O2 (11.9 ± 1.1 para 15.5 ± 0.8; p < 0,01), diminuição do VE/VCO2 slope 29.4(25.8-36.2) para 24.6 (22.5-27.5); p=0,03) e aumento do tempo de exercício (12.3 ± 1.3 para 16.1 ± 1.2; p=0,01), sem, entretanto, aumento do consumo de oxigênio. Houve diferença significativa em relação à distância percorrida no T6M entre os dois momentos (pré e pós) em todas as análises, tanto controle (AA) quanto para a sensibilização dos quimiorreceptores centrais e periféricos, além de diminuição da resposta ventilatória nas sensibilizações dos quimiorreflexos quando comparados com o controle. A otimização da terapêutica medicamentosa na IC, especialmente com betab, promove melhora hemodinâmica, metabólica e neurohormonal. O presente estudo, que examinou os efeitos da terapêutica com betab na resposta dos quimiorreflexos e ergorreflexo em pacientes com IC, documentou que o betab diminui a resposta dos quimiorreflexos durante o exercício em hipóxia e hipercapnia sem, entretanto, alterar a resposta dos ergorreflexos. Essa modulação reflexa pode ser responsável pelo aumento da tolerância ao esforço sem o aumento do consumo de oxigênio / In heart failure (HF), exercise intolerance is related to hemodynamic and neurohumoral alterations by the complex interaction of cardiovascular reflexes. The central and peripheral chemoreflex and the ergoreflex are involved in hyperventilation at rest and during exercise, contributing to exercise intolerance. The aims of the study were to assess the effect of beta-blocker (betab) therapy on the central and peripheral chemoreflexes and ergoreflex responses through ventilatory changes during the six-minute walk test (6MWT), and to assess the effect of betab optimized therapy on plasma catecholamines and B-type natriuretic peptide (BNP). We studied 15 male patients, 49.5 ± 2.5 years, diagnosed with HF for more than three months, never-treated with ßb, ejection fraction (LVEF) 25.9 ± 2.5%, functional class I-III (NYHA). These patients could be in use of angiotensin-converting enzyme inhibitors, angiotensin receptor blockers and aldosterone antagonists. All subjects underwent the following tests: cardiopulmonary exercise treadmill test according to the Naughton protocol, three randomized treadmill 6MWT with speed controlled by the patient (one with sensitization of central chemoreceptors, one with an awareness of peripheral chemoreceptors and another control in ambiental air - AA). Also all subjects underwent 6MWT with and without regional circulatory occlusion on the lower limb. Regarding laboratory tests, plasma catecholamines concentration at rest and BNP were also analyzed. Patients were then submitted to the institution standard drug therapy, with introduction and optimization of betab and were reassessed six months later. After optimization, there was a significant improvement in LVEF from 26 ± 2.5 to 33 ± 2.6 (p < 0.05); and a decrease in BNP levels (775 ± 163 to 257 ± 75, p < 0.01) and plasma catecholamines (598 ± 104 to 343 ± 40, p < 0.05). There was also a significant decrease in resting heart rate from 95.6 ± 4.5 to 69.0 ± 1.6 (p < 0.01) but O2 pulse at rest increased post optimization (3.7 ± 0.3 to 4.4 ± 0.3, p < 0.01). Regarding the peak exercise, there was a significant decrease in peak heart rate 144.0 ± 4.6 to 129.5 ± 4.2 (p < 0,05) and VE/VCO2 slope 29.4(25.8-36.2) to 24.6(22.5-27.5), p=0.03); and an increase in O2 pulse (11.9 ± 1.1 to 15.5 ± 0.8, p < 0.01), and exercise time (12.3 ± 1.3 to 16.1 ± 1.2, p=0.01), without, however, increasing oxygen consumption. There was significant difference in walked distance during the 6MWT between the two time points (before and after) in all analyzes, both control (AA) and for the sensitization of central and peripheral chemoreceptors. Also, there was a decreased ventilatory response in sensitization of chemoreflexes when compared with the control. The optimization of drug therapy in HF, especially with ßb, promotes hemodynamic, metabolic and neurohormonal improvements. This study, which examined the effect of therapy with betab on the response of the chemoreflexes and ergoreflex in HF patients, documented that ßb decreases the response of chemoreflexes during exercise in hypoxia and hypercapnia without, however, altering the ergoreflex response. This reflex modulation may be responsible for the increased exercise tolerance without increasing oxygen consumption
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Estudo da resposta da melanopsina na neuropatia óptica e no distúrbio de sono através do reflexo pupilar à luz / Study of melanopsin responses in optic neuropathy and sleep disturbance by means of the pupillary light reflexDuque-Chica, Gloria Liliana 24 September 2015 (has links)
Dentre as células ganglionares da retina existe uma pequena população de células que contem melanopsina e respondem diretamente à luz. Estas são as células ganglionares intrinsecamente fotossensíveis (ipRGCs), cujas funções são principalmente não visuais. Dentre as funções não visuais das ipRGCs sua influência na resposta pupilar dependente da luz foi o objeto central desta tese. Tanto a retina interna, através das ipRGCs, quanto a retina externa, através dos bastonetes e cones, fornecem uma informação neural que regula a resposta pupilar à luz (RPL). Este estudo avaliou a integridade das ipRGCs através do RPL em pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA), leve, moderado e avançado, e em pacientes com síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS), moderada e grave. Também foi avaliada a discriminação cromática e a sensibilidade ao contraste espacial de luminância (SC), a perimetria visual e a espessura da retina avaliada por tomografia de coerência óptica (OCT). Foram avaliados 98 participantes: 45 pacientes com GPAA ( 27, 18; idade média = 65,84 + 10,20), 28 pacientes com SAOS ( 14, 14; idade média = 52,93 + 7,13), e 25 controles ( 17, 8; idade média = 54,27 + 8,88). Após o exame oftalmológico foram avaliadas a SC de grades e a discriminação de cores através do Cambridge Colour Test (CCT). A avaliação do RPL foi feita apresentando-se flashes de 470 e 640 nm, de 1s de duração, em 7 luminâncias desde -3 até 2.4 log cd/m2 em um Ganzfeld Q450 SC (Roland Consult). O RPL foi registrado pelo sistema de eye tracker View Point System (Arrington Research Inc.). Os testes foram realizados em ambos os olhos, de forma monocular e no escuro. Para a comparação dos dados entre os grupos, utilizou-se um modelo de equações de estimação generalizada (GEE), para correção da dependência entre os dois olhos. O RPL dos pacientes com GPAA moderado e avançado apresentou redução significativa na amplitude do pico, dependente da severidade do glaucoma, nas diferentes luminâncias tanto para 470 nm quanto para 640 nm, evidenciando redução das contribuições dos cones e bastonetes ao RPL. As contribuições das ipRGCs ao RPL (avaliadas pela amplitude da resposta sustentada entre 6-8 s) foram também significativamente menores em GPAA moderado e avançado. No estado inicial do GPAA as contribuições das ipRGCs para o RPL encontram-se preservadas. No entanto, o GPAA parece afetar o processamento espacial desde o inicio da doença. Nos pacientes com GPAA leve foi observada uma perda acentuada nas faixas baixas de frequência espacial, compatível com prejuízo seletivo das células ganglionares do tipo M. A SC de pacientes com GPAA moderado e avançado mostrou perdas nas faixas baixas e altas de frequência espacial, apontando um prejuízo nas vias parvo- e margnocelulares. Uma perda significativa da discriminação de cores no eixo azul-amarelo foi observada em todos os estágios do GPAA. O RPL nos pacientes com SAOS está parcialmente preservado, não obstante, as respostas da amplitude do pico para o flash de 470 nm diminuem conforme aumenta a severidade da SAOS. As contribuições dos fotorreceptores da retina externa ao RPL, foram significativamente menores em algumas das luminâncias. Não foram observadas diferenças significativas de SC ou discriminação de cores nos pacientes com SAOS. Em conclusão, no estágio moderado e avançado do glaucoma tanto as contribuições das ipRGCs ao RPL quanto as vias M e P, se encontram mais afetadas do que no inicio do GPAA, quando a via parvocelular e as contribuições das ipRGCs ao RPL parecem estar mais preservadas / Among the retina ganglion cells there are a small population of cells containing melanopsin and which respond directly to light. They are the intrinsically photosensitive ganglion cells (ipRGCs), whose functions are mainly non-visual. Among these non-visual functions of the ipRGCs, their influence on the pupillary response as a function of light was the central subject of this thesis. Both the inner retina through the ipRGCs and the outer retina through the rods and cones, provide neural information that regulates the pupillary light response (PLR) to light. This study evaluated the integrity of ipRGCs through PLR in patients with Primary Open Angle Glaucoma (POAG), mild, moderate and advanced, and in patients with Obstructive Sleep Apnea Syndrome (OSAS), moderate and severe. We evaluated also the color discrimination and achromatic spatial contrast sensitivity (CS), visual perimetry and retinal thickness evaluated by Optical Coherence Tomography (OCT). 98 participants were evaluated, 45 patients with POAG ( 27 18; mean age = 65.84 + 10.20), 28 with OSAS ( 14 14; mean age = 52.93 + 7.13) and 25 controls ( 17 8; mean age = 54.27 + 8.88). After the ophthalmological exam it was evaluated the contrast sensitivity and color discrimination measures using the Cambridge Colour Test (CCT). Pupil responses were elicited by Ganzfeld (Q450 SC, Roland Consult) presentation of 1-sec flashes of 470- and 640-nm at 7 luminance from -3 to 2.4 log cd/m2. PLR was measured with the eye tracker system View Point (Arrington Research Inc.). The tests were performed monocularly, on both eyes, in a darkened room. In order to compare data across groups, we used a General Estimating Equations (GEE) to adjust for within subject inter-eye correlations. Patients with moderate and advanced POAG had a significantly decreased PLR that depends on the severity of the glaucoma, for both the 470- and 640-nm stimuli, making evident the reduction of the contributions of the cones and rods to the PLR. The contributions of ipRGCs to PLR (assessed by the amplitude of the sustained response between 6 8 sec) were also significantly lower in patients with moderate and advanced POAG. In the initial and mild stages of POAG the contribution of ipRGCs to the PLR is preserved. However, POAG appears to affect spatial processing from the early stages of the disease. Mild-POAG patients showed a marked loss in the low spatial frequency bands, compatible with selective loss of magnocellular ganglion cells. The CS of patients with moderate and advanced POAG showed losses at both low and high spatial frequencies, suggesting a loss in both parvo- and margnocellular channels. A significant loss of color discrimination along the blue-yellow axis was observed in all stages of POAG. The PLR in patients with OSAS is partially preserved, however the peak amplitude responses for the 470-nm flash decreased with increased severity of OSAS. The contributions of the photoreceptors of the outer retina to the PLR were significantly lower at some of the luminance. Significant differences in CS or color discrimination were not observed in patients with OSAS. In conclusion, in moderate and advanced stages of glaucoma, both the contributions of ipRGCs to PLR as well as the M- and P channels, were found more affected than at the beginning of POAG, in contrast the parvocellular channel and the contributions of ipRGCs on the PLR would be more preserved
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O efeito de diferentes durações de luz sobre a aquisição e manutenção da resposta de pressão à barra com atraso de reforço / The effects of different durations of light on the response acquisition and maintenance of lever press with delayed reinforcementPanetta, Paulo André Barbosa 07 May 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-05-07 / Fifteen rats were randomized to one of the five following groups (with three rats in each group) to examine the effects of different durations of light ( delay signal ) upon the response acquisition and maintenance of lever press with delayed reinforcement, on the absence of shaping. Two phases construct the experiment, with fifteen experimental sessions and two sessions in extinction on each phase. For the rats randomized to Chain II Group, when Phase 1 was initiated, the duration of the light was initially the same of the delay, but was reduced gradually across phase until it was no longer present with the delay period. For rats randomized to Chain III Group, there was no delay signal initially, but its duration was increased across phase until it equalized the duration of the programmed delay (4 s). The duration of the delay signal was always the same of the delay for the rats employed on Chain I Group, while the was no delay signal for rats randomized to Tand Group. With the rats randomized to the Control Group there was no delay on reinforcement. Within subjects, response rates where higher as the duration of the delay signal increased, with the highest acceleration when its duration was minimal. Response rates where higher also to prior rates when the duration of the delay signal was reduced, with the highest acceleration when its duration was minimal. The findings are discussed in terms of the conditioned reinforcement of the delay signal by reduction the delay between its onset and the reinforcer / Quinze ratos foram distribuídos em cinco grupos com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes durações de luz, que eram apresentadas durante o período de atraso, sobre a aquisição e manutenção da resposta de pressão à barra com atraso de reforço, sem modelagem dessa resposta. O estudo foi dividido em duas fases com dezessete sessões cada (quinze sessões experimentais e duas em extinção). Na Fase 1, para os sujeitos do Grupo Encadeado III, a luz não estava presente nas sessões iniciais. Com o decorrer das sessões, a duração da luz foi aumentada gradualmente até que a sua duração cobrisse todo o período de atraso. Para os sujeitos do Grupo Encadeado II, duração da luz equivalia à totalidade do período de atraso nas sessões iniciais, sendo reduzida gradualmente a sua duração ao longo das sessões até não haver luz durante o período. Nas sessões dos sujeitos do Grupo Tandem não havia luz durante o período de atraso, enquanto nas sessões dos sujeitos do Grupo Encadeado I a duração luz sempre cobria a totalidade do período. Já nas sessões dos sujeitos do Grupo Controle não havia atraso de reforço. Decorrida a Fase 1, o período de atraso foi aumentado de 4 s para 8 s e iniciou-se a Fase 2, idêntica à anterior. Foi observada, em ambas as fases, um aumento na taxa de emissões e de reforços produzidos pelos sujeitos do Grupo Encadeado III na medida que a duração da luz era aumentada, com um aumento maior em ambas as fases quando a luz tinha sua duração mínima. Do mesmo modo, foi notado um pequeno aumento na taxa de emissões e de reforços produzidos pelos sujeitos do Grupo Encadeado II a partir da redução na duração da luz, com aumento maior quando a duração da luz era mínima. Os resultados do presente estudo foram discutidos a partir da noção de reforçador condicionado e da hipótese da redução do atraso proposta por Fantino (1969, 1977)
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Estudo da resposta da melanopsina na neuropatia óptica e no distúrbio de sono através do reflexo pupilar à luz / Study of melanopsin responses in optic neuropathy and sleep disturbance by means of the pupillary light reflexGloria Liliana Duque-Chica 24 September 2015 (has links)
Dentre as células ganglionares da retina existe uma pequena população de células que contem melanopsina e respondem diretamente à luz. Estas são as células ganglionares intrinsecamente fotossensíveis (ipRGCs), cujas funções são principalmente não visuais. Dentre as funções não visuais das ipRGCs sua influência na resposta pupilar dependente da luz foi o objeto central desta tese. Tanto a retina interna, através das ipRGCs, quanto a retina externa, através dos bastonetes e cones, fornecem uma informação neural que regula a resposta pupilar à luz (RPL). Este estudo avaliou a integridade das ipRGCs através do RPL em pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA), leve, moderado e avançado, e em pacientes com síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS), moderada e grave. Também foi avaliada a discriminação cromática e a sensibilidade ao contraste espacial de luminância (SC), a perimetria visual e a espessura da retina avaliada por tomografia de coerência óptica (OCT). Foram avaliados 98 participantes: 45 pacientes com GPAA ( 27, 18; idade média = 65,84 + 10,20), 28 pacientes com SAOS ( 14, 14; idade média = 52,93 + 7,13), e 25 controles ( 17, 8; idade média = 54,27 + 8,88). Após o exame oftalmológico foram avaliadas a SC de grades e a discriminação de cores através do Cambridge Colour Test (CCT). A avaliação do RPL foi feita apresentando-se flashes de 470 e 640 nm, de 1s de duração, em 7 luminâncias desde -3 até 2.4 log cd/m2 em um Ganzfeld Q450 SC (Roland Consult). O RPL foi registrado pelo sistema de eye tracker View Point System (Arrington Research Inc.). Os testes foram realizados em ambos os olhos, de forma monocular e no escuro. Para a comparação dos dados entre os grupos, utilizou-se um modelo de equações de estimação generalizada (GEE), para correção da dependência entre os dois olhos. O RPL dos pacientes com GPAA moderado e avançado apresentou redução significativa na amplitude do pico, dependente da severidade do glaucoma, nas diferentes luminâncias tanto para 470 nm quanto para 640 nm, evidenciando redução das contribuições dos cones e bastonetes ao RPL. As contribuições das ipRGCs ao RPL (avaliadas pela amplitude da resposta sustentada entre 6-8 s) foram também significativamente menores em GPAA moderado e avançado. No estado inicial do GPAA as contribuições das ipRGCs para o RPL encontram-se preservadas. No entanto, o GPAA parece afetar o processamento espacial desde o inicio da doença. Nos pacientes com GPAA leve foi observada uma perda acentuada nas faixas baixas de frequência espacial, compatível com prejuízo seletivo das células ganglionares do tipo M. A SC de pacientes com GPAA moderado e avançado mostrou perdas nas faixas baixas e altas de frequência espacial, apontando um prejuízo nas vias parvo- e margnocelulares. Uma perda significativa da discriminação de cores no eixo azul-amarelo foi observada em todos os estágios do GPAA. O RPL nos pacientes com SAOS está parcialmente preservado, não obstante, as respostas da amplitude do pico para o flash de 470 nm diminuem conforme aumenta a severidade da SAOS. As contribuições dos fotorreceptores da retina externa ao RPL, foram significativamente menores em algumas das luminâncias. Não foram observadas diferenças significativas de SC ou discriminação de cores nos pacientes com SAOS. Em conclusão, no estágio moderado e avançado do glaucoma tanto as contribuições das ipRGCs ao RPL quanto as vias M e P, se encontram mais afetadas do que no inicio do GPAA, quando a via parvocelular e as contribuições das ipRGCs ao RPL parecem estar mais preservadas / Among the retina ganglion cells there are a small population of cells containing melanopsin and which respond directly to light. They are the intrinsically photosensitive ganglion cells (ipRGCs), whose functions are mainly non-visual. Among these non-visual functions of the ipRGCs, their influence on the pupillary response as a function of light was the central subject of this thesis. Both the inner retina through the ipRGCs and the outer retina through the rods and cones, provide neural information that regulates the pupillary light response (PLR) to light. This study evaluated the integrity of ipRGCs through PLR in patients with Primary Open Angle Glaucoma (POAG), mild, moderate and advanced, and in patients with Obstructive Sleep Apnea Syndrome (OSAS), moderate and severe. We evaluated also the color discrimination and achromatic spatial contrast sensitivity (CS), visual perimetry and retinal thickness evaluated by Optical Coherence Tomography (OCT). 98 participants were evaluated, 45 patients with POAG ( 27 18; mean age = 65.84 + 10.20), 28 with OSAS ( 14 14; mean age = 52.93 + 7.13) and 25 controls ( 17 8; mean age = 54.27 + 8.88). After the ophthalmological exam it was evaluated the contrast sensitivity and color discrimination measures using the Cambridge Colour Test (CCT). Pupil responses were elicited by Ganzfeld (Q450 SC, Roland Consult) presentation of 1-sec flashes of 470- and 640-nm at 7 luminance from -3 to 2.4 log cd/m2. PLR was measured with the eye tracker system View Point (Arrington Research Inc.). The tests were performed monocularly, on both eyes, in a darkened room. In order to compare data across groups, we used a General Estimating Equations (GEE) to adjust for within subject inter-eye correlations. Patients with moderate and advanced POAG had a significantly decreased PLR that depends on the severity of the glaucoma, for both the 470- and 640-nm stimuli, making evident the reduction of the contributions of the cones and rods to the PLR. The contributions of ipRGCs to PLR (assessed by the amplitude of the sustained response between 6 8 sec) were also significantly lower in patients with moderate and advanced POAG. In the initial and mild stages of POAG the contribution of ipRGCs to the PLR is preserved. However, POAG appears to affect spatial processing from the early stages of the disease. Mild-POAG patients showed a marked loss in the low spatial frequency bands, compatible with selective loss of magnocellular ganglion cells. The CS of patients with moderate and advanced POAG showed losses at both low and high spatial frequencies, suggesting a loss in both parvo- and margnocellular channels. A significant loss of color discrimination along the blue-yellow axis was observed in all stages of POAG. The PLR in patients with OSAS is partially preserved, however the peak amplitude responses for the 470-nm flash decreased with increased severity of OSAS. The contributions of the photoreceptors of the outer retina to the PLR were significantly lower at some of the luminance. Significant differences in CS or color discrimination were not observed in patients with OSAS. In conclusion, in moderate and advanced stages of glaucoma, both the contributions of ipRGCs to PLR as well as the M- and P channels, were found more affected than at the beginning of POAG, in contrast the parvocellular channel and the contributions of ipRGCs on the PLR would be more preserved
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