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Violência obstétrica sob a percepção das mulheres que a vivenciaramMachado, Geovânia Pereira dos Reis 26 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Obstetric violence is a dehumanized assistance to women´s health during the pregnancy and puerperal period, and all health professionals may be responsible for it during the medical support. It´s based on the excessive use of medication, instrumentation and iatrogenic interventions in the delivery process, and starts a group of negative events over women’s body. This research aims to understand, under the gender perspective and reproductive rights, the factors that intervene in the assistance practices to women´s health during the pregnancy and puerperal period, focusing on obstetric violence. This is a qualitative research based on Jesus Gómez Critical Communicative Methodology (CCM), Paulo Freire and Jürgen Habermas as main theoretical support and, Lídia Puigvert Dialogic Feminism as genre theoretical support. The CCM aims to identify the transformative elements, that is, the ones that promoted a satisfactory experience in the pregnancy and puerperal period assistance, and the elements that exclude, that is, the ones that represents a wall to this experience, relating both to the categories lifeworld and system. The participants were nine (9) women who experienced delivery and birth and had their assistance in the “Sistema Unico de Saude” (SUS), the Brazilian public healthcare system .The data were collected from 05/19/2015 to 12/15/2015, using as instrument the communicative narration script. The data analysis was conducted using the basic level of analysis from the Critical Communicative Methodology, where the transformative and exclusion elements found in the narratives were analyzed in the lifeworld and system categories. The results showed a higher quantity of exclusion elements compared to transformative elements, being the exclusion ones related to the system. They indicate mistreatment, inadequate proceedings during delivery, lack of professional orientation, lack of support during breastfeeding, race and social class discrimination and lack of satisfaction with the service. It was a found a few transforming elements and most of them related to the lifeworld category. Among these elements, we can highlight family support, the presence of a companion, empowerment and conscience of a collective fight. This study shows that the “Sistema Unico de Saude” (SUS) has contributed a few to a dignified assistance during the pregnancy and puerperal period. The institutions responsible for the deliveries ignore the reproductive rights as human rights, and delegitimize the sexuality and reproduction of poor, black women and single mothers. In general, this research, at the same time, announces and is a denunciation of a public health system and a group of professionals who work at it in the practice of obstetric violence in the assistance of women health during the pregnancy and puerperal period. We denounce the lack of organization of the health
system in the maternity assistance going against the humanization proposal and recommendations from the “Rede Cegonha”, a Brazilian maternity program and Health World Organization, making a violation against reproductive rights as human rights. The assistance is based in an unequal power relationship between genders, and socioeconomic, ethnics and racial fields. Besides, medical support is based on unequal power relationship between genders and also in socio-economic, ethnic and racial context. / Violência obstétrica corresponde a uma assistência desumanizada a saúde da mulher durante o período gravídico-puerperal, e pode ser praticada por todos os profissionais de saúde durante o atendimento. Embasa-se no uso excessivo de medicalização, instrumentalização e intervenções iatrogênicas no processo de parturição, que desencadeiam uma cascata de
eventos negativos sobre os corpos das mulheres. Esta dissertação teve como objetivo principal compreender, à luz da perspectiva de gênero e dos direitos reprodutivos, os fatores intervenientes das práticas de assistência à saúde da mulher no ciclo gravídico-puerperal, com foco na violência obstétrica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, a qual utilizou como referencial metodológico a Metodologia Comunicativa Crítica, e como aportes teóricos principais: Paulo Freire, Jürgen Habermas e como aporte teórico de gênero o Feminismo Dialógico de Lídia Puigvert. Os participantes da pesquisa foram nove mulheres que passaram pela experiência de parto e nascimento, e tiveram sua assistência financiada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O instrumento de coleta de dados foi roteiro de relato comunicativo. A coleta de dados aconteceu de 19/05/2015 a 15/12/2015. A análise dos dados utilizou o nível básico de análise proposto pela Metodologia Comunicativa Crítica, onde os elementos transformadores e exclusores encontrados nos relatos foram analisados nas categorias mundo
da vida e sistema. Os resultados mostraram maior quantidade de elementos exclusores do que transformadores, sendo que os exclusores estão relacionados ao sistema. E indicam maus tratos, procedimentos inadequados no parto, falta de orientação profissional, falta de apoio na amamentação, discriminação de classe e raça, insatisfação com o atendimento. Os elementos
transformadores encontrados foram poucos e em sua maioria relacionados ao mundo da vida. Entre eles destacam-se: apoio da família, presença do acompanhante, empoderamento, consciência de luta coletiva. Logo, a pesquisa evidenciou que o sistema pouco tem contribuído para uma assistência digna e de qualidade aos períodos gravídico-puerperal, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). As instituições onde os partos foram realizados ignoram os direitos reprodutivos, enquanto direitos humanos, e deslegitimam a sexualidade e a reprodução de mulheres que são consideradas pobres, negras e mães solteiras. De maneira geral, esta dissertação anuncia e faz a denúncia de um sistema público de saúde e de um grupo de profissionais que nele atuam na prática de violência obstétrica na assistência à saúde da mulher no período gravídico-puerperal, como também, destaca a desorganização do sistema de saúde na assistência materno-infantil, contrariando as propostas de humanização, as recomendações do programa Rede Cegonha e da Organização Mundial de Saúde, violando os
direitos reprodutivos enquanto direitos humanos fundamentais. E os atendimentos são baseados em relação de poder desiguais entre os gêneros, e também no âmbito socioeconômico, étnico e racial.
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Situação de saúde de mães e crianças em um município da periferia de Luanda, Angola, e a potencial contribuição dos agentes comunitários de saúdeHumbwavali, João Baptista January 2011 (has links)
Introdução: Angola se encontra em fase de construção do seu sistema de saúde, que foi amplamente destruído por décadas de guerra. Porém, os dados disponíveis são pouco confiáveis para subsidiar o planejamento de intervenções como o Programa de Agentes Comunitários de Saúde, que começou a ser implantado na periferia da capital Luanda em 2007. O objetivo do presente estudo é descrever a situação de saúde de mães e crianças e a sua utilização dos serviços de saúde, bem como fatores socioeconômicos correlacionados. Métodos: Estudo de prevalência, incluindo crianças menores de dois anos de idade e suas mães. Foram selecionados quatro bairros em duas comunas do município de Cacuaco. Os domicílios foram selecionados seguindo um método sistemático com início aleatório. Foram realizadas entrevistas com as mães, bem como aferições do peso e comprimento das crianças. A análise foi descritiva, baseada em medidas de frequência. A significância estatística da associação de escolaridade e situação econômica com alguns desfechos selecionados foi avaliada por meio do teste do qui-quadrado. Resultados: No período entre 18/08 e 24/09/2010, foram entrevistadas 749 mães, com média de idade de 26 anos. As perdas e recusas foram de 95 (13%) e 10 (1,3%) respectivamente. Cada mãe tinha, em média, três filhos. Destas, 720 (98,5%; IC 95% 98% - 99%) referiram ter feito consulta pré-natal, 373 (51,7%; IC 95% 47% – 56%), tinham consigo o cartão da gestante, 257 (76,7%; IC 95% 72% – 81%) iniciaram as consultas de pré-natal antes das 20 semanas e 222 (60,3%; IC 95% 55% – 65%) realizaram quatro ou mais consultas. Dentre as mães, 520 (69,5%; IC 95% 69% – 96%) realizaram o parto no serviço de saúde, 602 (81,1%; IC 95% 78% – 84%) possuíam o cartão de saúde da criança e 51 (19,0%; IC 95% 16% – 23%) amamentaram exclusivamente até ao sexto mês. A análise bivariável mostrou que a escolaridade da mãe, mais do que a situação econômica, esteve associada a quase todos os desfechos testados, incluindo número de consultas de pré-natal e a proporção de partos assistidos nos serviços de saúde. Conclusões: Percebe-se a alta prevalência de mães que referiram ter feito acompanhamento pré-natal, tendo iniciado o mesmo antes das 20 semanas de gestação, 11 e um número médio de consultas satisfatório, contrastando com uma proporção ainda alta de partos domiciliares e uma prevalência baixa de amamentação exclusiva. A posse do cartão de saúde, principalmente o infantil foi bastante comum, o que parece ser um avanço importante na melhoria do acompanhamento das crianças. Os dados encontrados no presente estudo, quando comparados a dados de outras fontes, indicam, apesar de suas limitações, progresso no município de Cacuaco. Isso pode estar relacionado a diversos fatores, dentre eles o processo de mudanças advindo da política de Revitalização dos Serviços Municipais de Saúde. Esses achados podem servir para o planejamento de saúde local bem como uma linha de base para avaliar futuras intervenções. Além disso, apoiados na evidência sobre a efetividade do agente comunitário de saúde em situações semelhantes, sugerem campo fértil para a introdução de um sistema de atenção primária com forte atuação do agente comunitário de saúde em Angola. / Introduction: Angola is currently facing the challenge of building its health system, which was largely destroyed by decades of war. However, available data are not reliable enough to base the planning of interventions, such as the Community Health Workers Program, which started to be implemented in the suburban area of Luanda in 2007. The objective of this study is to describe the health status of mothers and children and their utilization of health services in one municipality in the suburban area of Luanda, as well to investigate socioeconomic correlates of these factors. Methods: Cross-sectional study, including children under 2 years of age and their mothers. Four neighborhoods were selected in the municipality of Cacuaco. Households were selected according to a systematic method with random start. Mothers were interviewed, and children were weighed and measured. Descriptive analysis was performed based on frequency estimates. The statistical significance of the association of educational level and economic situation with selected outcomes was evaluated with the chi-square test. Results: Over the period of 18/08 to 24/09/2010, 749 mothers, of mean age 26 years, were interviewed. Losses and refusals were 95 (13%) and 10 (1.3%) respectively. Mothers had, on average, 3 children; 720 (98.5%; IC 95% 98% - 99%) informed having attended antenatal visits, 373 (51.7%; IC 95% 47% – 56%) could present their health cards, 257 (76.7%; IC 95% 72% – 81%) initiated antenatal care before 20 weeks of pregnancy, and 222 (60.3%; IC 95% 55% – 65%) attended to four or more visits. Further, 520 mothers (69.5%; IC 95% 69% – 96%) delivered in a health facility, 602 (81.1%; IC 95% 78% – 84%) had their child‟s health card in their possession; and 51 (19.0%; IC 95% 16% – 23%) exclusively breastfed until six months. Mother‟s educational attainment, more so than her economic situation, was associated with almost all outcomes tested, including the number of antenatal visits and proportion of deliveries performed in a health facility. Conclusions: The high prevalence of mothers informing having attended antenatal care is notable, as well as the early initiation of antenatal care and the satisfactory number of visits (four or more). In contrast, the proportion of deliveries performed at home was high, and the prevalence of exclusive breastfeeding low. Possessing health cards, especially the child‟s, an important step toward the improvement of child health followup, was very common. These data, when compared with those of other sources, show 13 important progress in Cacuaco. This is likely due to many factors, including changes resulting from the policy of Revitalization of Municipal Health Services. These findings can support local health planning, as well as can serve as a baseline to assess future interventions. Moreover, based on the evidence of the effectiveness of community health workers in similar situations, they suggest a fertile field for the introduction of a primary health care system with a strong presence of community health workers in Angola.
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Assistência ao ciclo gravídico puerperal em municípios de faixa de fronteira do estado do Paraná / Assistance to the puerperal and pregnancy cycle in municipalities of border region of Paraná State / Asistencia al ciclo gravídico puerperal en municipios de franja de frontera del estado de ParanáRibeiro, Sara Alves 11 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-11 / Maternal and child health requires special governmental action, given its priority. In this sense, women's healthcare at different stages of their lives, including the reproductive period, has led to health initiatives and policies in different spheres (municipal, state and federal), aimed at structuring, financing and organizing the attention to women's health in the pregnancy-puerperal cycle. During the years, advances have been observed in the attention to women during the reproductive period. In 2000, the Prenatal and Birth Humanization Program was implemented; and in 2011, the Cegonha Network. However, little is known about the health and welfare conditions of this public in regions of the international border area, including the state of Paraná. Based on retrospective data from the years 2000, 2010 and 2014, an ecological and descriptive study was carried out. The objective was to evaluate different parameters related to maternal and neonatal health care, considering the 139 municipalities in the range of international border, located at a distance of 150 km from the border of the state of Paraná. The DATASUS public database, specifically the Live Birth Information System, Mortality Information System, as well as the database of the Brazilian Institute of Geography and Statistics (2000 and 2010 census) was used. The following dependent variables were considered, based on the mother's municipality of residence: percentage of pregnant women with 7 or more prenatal visits; percentage of pregnant women with duration of gestation <31 weeks to 36 weeks; percentage of cesarean delivery; low birth weight rate (<2500 grams); maternal mortality ratio and coefficient of fetal deaths and early neonatal death rate. The spatial analysis was performed using the free softwares Geoda and QGIS programs, where the I Moran Global and clustering were evaluated, as well as, the LISA analysis. As a result, in the analyzed period, it was found that, on average, among the 139 municipalities analyzed, there was improvement in relation to the following parameters: increased coverage of prenatal visits (≥7 visits), decreased maternal mortality, decreased rate of fetal deaths and early neonatal mortality. On the other hand, on the average, there was worsening in relation to the following parameters: an increase in the proportion of cesarean deliveries, increased proportion of low weight live births and increased rate of prematurity of live births. Through the analysis of Global Moran, it was verified that all analyzed variables had significant positive spatial dependencies. Through the LISA analysis, the presence of high-high and low-low groups for each parameter was verified, through which, it was possible to verify that in the border region of Paraná, the municipalities of the following health regionals presented worse indicators of the pregnancy-puerperal cycle: 10th, 11th, 12th, 13th and 20th regional health. On the other hand, the municipalities of the 7th and 8th RS presented better indicators. It is concluded that despite the observed advances in care in the pregnancy-puerperal cycle, there is still a worrying scenario, together with the heterogeneity of the quality of care observed among the municipalities in the region. / La salud materno-infantil requiere acciones gubernamentales especiales, considerando su prioridad. En este sentido, el cuidado con la salud de la mujer en las diferentes fases de su vida, incluyendo el período reproductivo, ha llevado a iniciativas y políticas de salud en diferentes esferas (municipal, estatal y federal), las cuales apuntan a estructurar, financiar y organizar la atención a la salud de la mujer en el ciclo gravídico-puerperal. A lo largo de los años se han observado avances en la atención a la mujer en el período reproductivo. En 2000, se implantó el Programa de Humanización del Pre-Natal y Nacimiento; y en 2011, la Red Cigüeña. Sin embargo, poco es conocido sobre las condiciones asistenciales y de salud de ese público en regiones de franja de frontera internacional, incluyendo el estado de Paraná. En vista de esta realidad, se realizó un estudio de naturaleza ecológica y descriptiva, basado en datos retrospectivos de los años 2000, 2010 y 2014. Se objetivó evaluar diferentes parámetros relativos a la asistencia a la salud materna y neonatal, considerando los 139 municipios de rango de fronteras internacionales, ubicadas a una distancia de 150 km de la frontera del estado de Paraná. Se utilizó el banco de datos público de DATASUS, específicamente del Sistema de Información de Nacidos Vivos, Sistema de Información de Mortalidad, así como el banco de datos del Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (censo de 2000 y 2010). Se consideraron las siguientes variables dependientes, basándose en el municipio de residencia de la madre: porcentaje de gestantes con 7 o más consultas de prenatal; porcentaje de gestantes con tiempo de la duración de la gestación <31 semanas a 36 semanas; porcentaje de parto cesáreo; con una tasa de bajo peso al nacer (<2500 gramos); razón de mortalidad materna y coeficiente de muertes fetales y tasa de muerte neonatal precoz. El análisis espacial fue realizado a través de los programas gratuitos Geoda y QGIS, donde fueron evaluados el I Moran Global y formación de agrupamientos por medio del análisis LISA. Como resultado, en el período analizado, se constató que en la media, entre los 139 municipios analizados, hubo mejora con relación a los siguientes parámetros: aumento de la cobertura de consultas de prenatal (≥7 consultas), disminución de la mortalidad materna, disminución de la mortalidad materna y de la tasa de muertes fetales y la mortalidad neonatal precoz. En cambio, en la media, hubo empeoramiento en relación a los siguientes parámetros: aumento de la proporción de partos cesáreos, aumento de la proporción de nacidos vivos de bajo peso al nacer y aumento de la tasa de prematuridad de nacidos vivos. A través del análisis de Moran Global, se constató que todas las variables analizadas presentaron dependencias espaciales positivas significativas. A través del análisis LISA, se constató la presencia de agrupaciones alto-alto y bajo-bajo para cada parámetro, por medio del cual, fue posible constatar que en la franja de frontera del Paraná, los municipios de las siguientes regionales presentaron peores indicadores del ciclo gravídico-puerperal analizados: 10ª, 11ª, 12ª, 13ª y 20ª regionales de salud. En cambio, los municipios de la 7ª y 8ª RS presentaron mejores indicadores. Se concluye que, a pesar de los avances observados en cuanto a la asistencia en el ciclo gravídico-puerperal, hay un escenario todavía preocupante, sumado a la heterogeneidad de la calidad de la asistencia observada entre los municipios de la región. / A saúde materno-infantil requer ações governamentais especiais, considerando sua prioridade. Nesse sentido, o cuidado com a saúde da mulher nas diferentes fases de sua vida, incluindo o período reprodutivo, tem levado a iniciativas e políticas de saúde em diferentes esferas (municipal, estadual e federal), as quais visam estruturar, financiar e organizar a atenção à saúde da mulher no ciclo gravídico-puerperal. No decorrer dos anos têm sido observados avanços na atenção à mulher no período reprodutivo. Em 2000, foi implantado o Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento; e em 2011, a Rede Cegonha. No entanto, pouco é conhecido sobre as condições assistenciais e de saúde desse público em regiões de Faixa de Fronteira internacional, incluindo o estado do Paraná. Tendo em vista essa realidade, foi realizado estudo de natureza ecológica e descritiva, baseado em dados retrospectivos dos anos de 2000, 2010 e 2014. Objetivou-se avaliar diferentes parâmetros relativos à assistência à saúde materna e neonatal, considerando os 139 municípios de Faixa de Fronteira internacional, localizadas a uma distância de 150 km da fronteira do estado do Paraná. Foi utilizado o banco de dados do DATASUS, especificamente do Sistema de Informação de Nascidos Vivos, Sistema de Informação sobre Mortalidade, bem como dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (censo de 2000 e 2010). Foram consideradas as seguintes variáveis dependentes, baseando-se no município de residência da mãe: percentual de gestantes com 7 ou mais consultas de pré-natal; percentual de gestantes com tempo da duração da gestação <31 semanas a 36 semanas; percentual de parto cesáreo; taxa de baixo peso ao nascer (<2500 gramas); razão de mortalidade materna e taxa de mortalidade fetal e taxa de óbito neonatal precoce. A análise espacial foi realizada através dos programas Geoda e QGIS, onde foram avaliados o I Moran Global e formação de agrupamentos por meio da análise LISA. Como resultado, no período analisado, constatou-se que, na média, entre os 139 municípios analisados, houve melhora em relação aos seguintes parâmetros: aumento da cobertura de consultas de pré-natal (≥7 consultas), diminuição da mortalidade materna, diminuição da taxa de óbitos fetais e da mortalidade neonatal precoce. Em contrapartida, na média, houve piora em relação aos seguintes parâmetros: aumento da proporção de partos cesáreos, aumento da proporção de nascidos vivos de baixo peso ao nascer e aumento da taxa de prematuridade de nascidos vivos. Por meio da análise de Moran Global, constatou-se que todos as variáveis analisadas apresentaram dependências espacial positiva significativa. Por meio da análise LISA, constatou-se a presença de agrupamentos alto-alto e baixo-baixo para cada parâmetro, por meio do qual, foi possível constatar que na Faixa de Fronteira do Paraná, os municípios das seguintes regionais de saúde apresentaram piores indicadores do ciclo gravídico-puerperal analisados: 10ª, 11ª, 12ª, 13ª e 20ª RS (Regionais de Saúde). Em contrapartida, os municípios da 7ª e 8ª RS apresentaram melhores indicadores. Conclui-se, que apesar dos avanços observados quanto à assistência no ciclo gravídico-puerperal, há um cenário ainda preocupante, somado à heterogeneidade da qualidade da assistência observada entre os municípios da região.
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Modelo de gestão da atenção ao pré-natal no extremo-norte do BrasilDébora de Almeida Soares 26 September 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Estudo retrospectivo objetivando analisar o modelo de gestão da Atenção Pré-Natal na rede de Atenção Primária do Município de Boa Vista, capital de Roraima, tendo como referência os critérios e recomendações do Ministério da Saúde e partindo da análise histórica dos indicadores disponibilizados pelo banco de dados do DATASUS no período de 2008 a 2013. Foram contextualizadas a estrutura, o processo e os resultados da atenção pré-natal e o impacto na qualidade da atenção oferecida às gestantes do Município. Para análise da estrutura foram realizadas pesquisas em documentos técnicos produzidos pela gestão local e para análise do processo e dos resultados foram analisados indicadores relacionados às ações do pré-natal e pactuados pela gestão. Os dados foram coletados no mês de junho de 2014. Os resultados foram dispostos em gráficos e tabelas e analisados à luz da literatura atual. Os resultados apresentam o desenho geográfico da saúde para o Município em 06 macroáreas, onde estão distribuídas 32 unidades básicas de saúde, 05 unidades laboratoriais e 55 equipes da estratégia saúde da família para atendimento de uma população média de 4.527,5 gestante/ano. Os indicadores de processo demonstram que apesar de uma média 53% das gestantes iniciarem o pré-natal até o quarto mês de gestação, quando associados a outros indicadores de qualidade da assistência como exames básicos, sorologias, vacinas e consulta puerperal apenas 3,2 % finalizam o pré-natal com todos os procedimentos preconizados realizados. Os indicadores de resultado demonstram uma elevação de 14% no número de nascidos vivos com baixo peso e de 64% no quantitativo de nascidos vivos prematuros entre os anos de 2010-2011, a proporção média anual de partos normais é de 57,5%, o quantitativo médio de óbitos maternos foi de 2 a cada ano, a média simples de casos de sífilis em gestantes foi de 36 casos/ano, dos quais 25% ocorreram em bairros com baixa cobertura da oferta de serviços relacionados ao pré-natal, a média de casos de sífilis congênita foi de 19 casos/ano durante o período reservado para o estudo. De um total de R$ 1.140.930,00 previstos para o faturamento das ações desenvolvidas no pré-natal, o Município arrecadou apenas R$ 37.140,00 no período reservado para o estudo (2008 a 2013). Os dados encontrados reforçam as características mais frágeis da organização de ações serviços voltados para a saúde materna no Município e reforçam a necessidade de implementação de políticas públicas já existentes para a garantia da qualidade do pré-natal. A análise dos indicadores aponta que a efetivação do conjunto de atividades preconizadas para o pré-natal é o maior desafio para a gestão municipal. Podemos verificar que os maiores impactos da incipiência das ações oferecidas no pré-natal são a iniquidade da oferta de serviços e a permanência de índices elevados de morbimortalidade por causas evitáveis durante a gestação. / Retrospective study aiming to analyze the management model of Prenatal Care Primary Care System in the city of Boa Vista, capital of Roraima, with reference to the criteria and recommendations of the Health Ministry and based on the historical analysis of the indicators provided by the DATASUS database within the period from 2008 to 2013. The structure, the process and outcomes of prenatal care and the impact on quality of care offered to pregnant women in the municipality were contextualized. For analysis of the structure surveys were conducted in technical documents produced by local management and analysis of process and outcome indicators were analyzed related to the actions of prenatal and in accordance to the management. Data were collected in the month of June in 2014. The results were graphed and tabled and analyzed in the light of current literature. The results show the geographical distribution of health for the city in 06 macro areas where they are distributed 32 basic health units, 05 laboratory units and 55 teams from the family health strategy for serving an average population of 4,527.5 pregnant/year. Process indicators demonstrate that despite an average 53% of pregnant women begin prenatal care until the fourth month of pregnancy, when associated with other indicators of care quality such as basic tests, serology, vaccines and puerperal consultation only 3.2% finalize prenatal with all recommended procedures performed. Outcome indicators show an increase of 14% in the number of live births with low birth weight and 64% in the quantity of preterm births between the years 2010-2011, the average annual rate of normal births is 57.5%, the average quantity of maternal deaths was 2 every year, the simple average of cases of syphilis in pregnant women was 36 cases / year, 25%, of which occurred in neighborhoods with lower coverage of supply related to prenatal services, the average number congenital syphilis cases was 19 cases / year during the period reserved for the study. Out of total of R $ 1,140,930.00 provided for billing actions developed within prenatal, the City raised only R $ 37,140.00 during the reserved period for the study (2008-2013) period. These results reinforce the weakest features of the organization of actions oriented to maternal health in the city and reinforce the need for implementation of already existing for the quality assurance of prenatal policies. The analysis of the indicators show that the realization of the set of activities recommended for prenatal care is the biggest challenge for municipal management. We can verify that the greatest impacts of the paucity of the shares offered are prenatal inequity of service provision and the persistence of high rates of morbidity and mortality from preventable causes during pregnancy.
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Análise do programa de prevenção da transmissão vertical do vírus HIV na ONG Associação Céu e Terras, Guiné - Bissau, 2007-2011 / Analysis of the Program for Prevention of Vertical Transmission of HIV virus in the NGO Associação Céu e Terras, Guinea - Bissau, 2007 - 2011Sane, Suado 11 February 2014 (has links)
Introdução: Com o surgimento da epidemia da AIDS na década de 80, vários têm sido os desafios enfrentados pela sociedade, devido à rápida disseminação, em escala global. A epidemia acomete cerca de 34 milhões nos diversos continentes, e segundo a UNAIDS (2012), a maior parcela está em países em desenvolvimento. O continente africano, com mais de 800 milhões de habitantes, em 54 países, é o que mais tem sofrido os impactos da doença, apresentando a maior parcela de infectados pelo vírus HIV no mundo, com cerca de 23,5 milhões de infectados registrados. Assim como globalmente, a preocupação que tem suscitado debates é a crescente feminização dessa epidemia em Guiné-Bissau, aumentando as taxas de transmissão vertical do vírus HIV, que, segundo as últimas projeções do país (PEN III, 2012), o risco estimado foi de 8,9 por cento. O advento do antirretroviral (Zidovudina), em 1994, a partir da publicação do protocolo 076 da ACTG veio mudar o cenário da transmissão vertical. Em Guiné-Bissau, a chegada dos antirretrovirais, em 2006, constituiu uma nova fase na luta contra a disseminação do vírus, em particular, no âmbito da transmissão vertical, proporcionando melhor qualidade de vida e chances de uma criança nascer sem AIDS. A ONG Céu e Terras atua no país desde 2001, e, em julho de 2007, adotou o protocolo recomendado pela OMS: tríplice terapia e amamentação exclusiva, visando à redução da transmissão vertical. Objetivo - Analisar a atuação da ONG Associação Céu e Terras quanto à prevenção da transmissão vertical do vírus HIV no contexto da Guiné-Bissau, a partir da introdução do novo protocolo da tríplice terapia antirretroviral e amamentação exclusiva. Método - É um estudo descritivo de dados secundários de mães e de seus filhos, mães estas inscritas no programa da instituição (ONG) Associação Céu e Terras em Bissau, República da Guiné-Bissau, no período de julho de 2007 a junho de 2011. População estudada: 430 mulheres soropositivas e 417 crianças nascidas vivas dessas mães que participaram do programa de prevenção da transmissão vertical na ONG. Para analisar a ocorrência de transmissão vertical nessa população, foram considerados os fatores sociais, culturais, a aderência à terapia, o tipo de aleitamento praticado e via de parto. Para isso, foi usado o programa SPSS 18.0. Resultado - Entre 430 grávidas, houve 7 casos de óbito materno e 417 crianças nasceram vivas, e destas, 347 foram testadas no final do seguimento: 328 resultaram HIV negativas e 19 resultaram HIV positivas, ou seja, ocorreu a transmissão vertical. Das crianças que nasceram vivas, 11 delas morreram antes de completar 18 meses e 13 foram a óbito depois de 18 meses de vida. É importante relatar que ocorreram 13 casos de óbito fetal, excluídos do estudo, por não ter sido feito teste para diagnóstico de HIV/AIDS. Conclusões - No período estudado, a taxa de transmissão vertical foi de 4,6 por cento, Valor esse bem abaixo da estimada pelo governo do país. A análise feita para o período de estudo mostrou uma diminuição da transmissão vertical, sugerindo uma ligeira tendência de queda durante os semestres estudados, mas sem diferença significante entre eles. Observou-se, também, falha na adesão à terapia antirretroviral, sendo essa a principal causa da ocorrência na transmissão vertical; por outro lado, a via de parto e amamentação praticada são fortes aliados nessa ocorrência, sem esquecer-se das questões culturais e sociais, fortemente presentes na sociedade guineense e que influenciam na não efetivação do programa em reduzir a taxa de transmissão vertical e da disseminação do vírus HIV no país / Introduction: With the emergence of the AIDS epidemic in the decade of the eighties. Around the world, there are several challenges faced by society due to its rapid dissemination in global scale. The epidemic affects approximately 34 million people around the world, according to UNAIDS, the largest portion is observed in third world. The African continent with over 800 million inhabitants, which contains 54 countries, is what most has suffered the impact of the disease presenting the largest portion of HIV patients in the world, with about 23.5 million infected registered. As globally, the concern that has sparked debates is the increasing feminization of the virus in Guinea - Bissau, the country which consequently increased rates of vertical transmission of HIV, which according to recent projections, the risk is estimated at 8.9 percent (PEN III,2012). The advent of antiretroviral (zidovudine) in 1994, from the publication of 076 protocol of the ACTG come to change the scenario of vertical transmission. In Guinea-Bissau, the arrival of antiretrovirals in 2006, marked a new phase in the fight against the spread of the vírus particularly in the context of vertical transmission, providing more life quality and chances of a child born without AIDS. The NGO Associação Céu e Terras acts in the country since 2001, and in 2007 adopted the protocol recommended by WHO with triple therapy and exclusive breastfeeding, in order to reduce vertical transmission in the country. Objective - Analyze the performance of the NGO Associação Céu e Terras as the prevention of vertical HIV transmission in the context of Guinea-Bissau. Examine the proposal from the introduction of the new protocol of triple antiretroviral therapy, exclusive breastfeeding, 2007 2011. Method - It is a descriptive study of secondary data from mothers and their children whose women enrolled in the period July 2007 to June 2011 the institution (NGO) Associação Céu e Terras in Bissau, Republic of Guinea-Bissau program. The population studied was composed of 430 HIV-positive women and 417 children born of those mothers who participated in the program to prevent vertical transmission in NGOs. To analyze the occurrence of vertical transmission in this population were analyzed mainly the social, cultural, the adherence to therapy, the type of breastfeeding practiced and route of delivery. For data analysis, we used the SPSS 18.0 program. Result - among 430 pregnant there were 7 cases of maternal deaths and 417 children were born alive, among these, 347 children were tested at final follow up, 328 resulted HIV negative and 19 HIV positive, meaning, the transmission vertical occurred. Of the live births, 11 of them died before reaching 18 months and 13 have died after 18 months of life. It is important to report that 13 cases of fetal death. Conclusions - Among this population during that period, the rate of vertical transmission was 4.6 percent. Amount which well below the estimated by the government. The analysis made for the study period showed a decrease in vertical transmission, have suggested a slight decreasing trend during the semesters studied, but no difference between them. It was also observed failure in adherence to antiretroviral therapy being the main cause of this occurrence in the transmission, on the other hand, the mode of delivery and breastfeeding practiced are strong allies in this occurrence, without forgetting the cultural and social issues strongly present in Guinean society that influence the effectiveness of the program in not further reduce the rate of vertical transmission and spread of HIV in the country
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Prevalência de experiências psicóticas na gestação e fatores de risco associados em uma amostra comunitária / Prevalence of psychotic experiences during pregnancy and risk factors in a community sampleCintra, Mariana Vieira 09 September 2016 (has links)
O presente estudo investigou a prevalência e a validade de construto das experiências psicóticas (EPs) na gestação e os fatores de risco associados em uma amostra comunitária do município de São Paulo. Foram investigados fatores de risco sociodemográficos, ambientais, transtornos psiquiátricos no presente e ao longo da vida, violência doméstica, capacidade intelectual e histórico familiar de transtornos psiquiátricos. Foram também avaliados desfechos da gestação e do parto. Trata-se de um estudo prospectivo, com início no 3º trimestre de gestação. As entrevistas de avaliação foram realizadas por psicólogos treinados. Para a avaliação das EPs, foi utilizado o instrumento de entrevista diagnóstica padronizada breve - Mini International Neuropsyquiatric Interview (M.I.N.I), validado para a realidade brasileira. Para os fatores de risco sociodemográficos, foram aplicados: questionário socioeconômico (QSE), densidade demográfica (DM) e utilizado o critério de classificação econômica do Brasil CCEB, pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) e World Health Organization - WHO para violência doméstica. Foi realizada a avaliação da capacidade intelectual através da Escala de Inteligência Wechsler para adultos, terceira versão (WAISS-III) e investigado o histórico familiar para transtornos mentais através do The Family History Screen (FHS). Os resultados apontaram uma prevalência de 19,22% das EPs na gestação e compartilhando os fatores de risco presentes na esquizofrenia, como: urbanicidade, gestantes jovens, o uso de drogas e álcool, desvantagem socioeconômica, baixo nível de escolaridade, exposição à situações de violência, a presença dos transtornos psiquiátricos como depressão e ansiedade, e histórico familiar para qualquer condição psiquiátrica. Este estudo, realizado em uma região urbana da cidade de São Paulo, com altos índices de vulnerabilidade social, indica que a prevalência de EPs em gestantes é alta, afetando cerca de 1 em 6 mulheres. A presença de EPs associa-se fortemente com psicopatologia geral e com amplos fatores de risco. Neste sentido, a presença de EPs pode se constituir em um importante indicador de risco a ser avaliado em ambientes clínicos durante a gestação. Estudos futuros que possam investigar a sua utilidade para indicação de intervenções são necessários, assim como estudos que investiguem o curso de EPs apos o período gestacional e a sua associação com desfechos de saúde nas mulheres e em seus filhos / This research investigated the prevalence and construct validity of psychotic experiences (PEs) during pregnancy and the risk factors in a community sample in the city of São Paulo. Sociodemographic and environmental risk factors, psychiatric disorders, domestic violence, intellectual capacity and family history of psychiatric disorders in the present and throughout life were the investigated elements. Pregnancy and delivery outcomes were also evaluated. This is a prospective research, starting in the 3rd trimester of pregnancy. The evaluation interviews were conducted by trained psychologists. For the evaluation of PEs, the brief standardized diagnostic interview tool was used - Mini International Neuropsyquiatric Interview (M.I.N.I), validated for the Brazilian reality. For the sociodemographic risk factors, both socioeconomic questionnaire (SEQ) and population density (PD) were applied and the criterion of economic classification in Brazil (CECB) was used by the Brazilian Association of Research Companies (BARC) and World Health Organization - WHO for domestic violence. The intellectual capacity evaluation was carried out, using the Wechsler Intelligence Scale for Adults, third version (Waiss-III), and the family history of mental disorders was investigated through The Family History Screen (FHS). The results indicated a prevalence of 19.22% of PEs during pregnancy and sharing the risk factors present in schizophrenia, such as urbanicity, young pregnant women, use of drugs and alcohol, socioeconomically disadvantaged, low educational level, exposure to situations of violence, the presence of psychiatric disorders such as depression and anxiety, and family history of any psychiatric condition. This research, conducted in an urban area of the city of São Paulo, with high social vulnerability, indicates that the prevalence of PEs in pregnant women is high, affecting about 1 in 6 of them. The presence of PEs is strongly associated with general psychopathology and broad risk factors. In this sense, the presence of PEs may constitute an important risk factor to be evaluated in clinical environments during pregnancy. Future researches intending to look into its usefulness for indication of interventions are needed, as well as studies to search into the course of PEs after pregnancy and its association with health outcomes for women and their children
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PRENACEL - uma estratégia de comunicação móvel para melhorar a saúde materna e perinatal: pesquisa formativa e ensaio aleatorizado por conglomerados / PRENACEL - A mobile communication strategy to improve maternal and perinatal health: Formative research and cluster randomized controlled trialFranzon, Ana Carolina Arruda 28 September 2018 (has links)
Melhorar a saúde das gestantes é uma prioridade para as agências de saúde global e para os governos dos países de baixa e média renda. O desafio da erradicação e/ou redução das morbimortalidades materna e perinatal evitáveis vem colocando em destaque a necessidade de expandir as ações para prevenção de agravos para além da abordagem clínica das complicações obstétricas, a partir do fortalecimento dos sistemas de saúde e da valorização da autonomia das mulheres dentro das sociedades, implementando a abordagem de direitos humanos como um dos componentes da qualidade do cuidado à saúde reprodutiva. O objetivo desta pesquisa é determinar se um programa de educação em saúde e apoio às gestantes, adaptado à realidade do Sistema Único de Saúde brasileiro e às especificidades da telefonia celular, é um complemento útil ao acompanhamento pré-natal padrão. A pesquisa foi realizada em duas etapas, tendo início com a condução de uma pesquisa formativa, exploratória, para identificar barreiras e facilitadores da atenção ao pré-natal e parto, avaliar aceitação do uso de mensagens de texto como item complementar ao cuidado pré-natal padrão, e desenvolver e refinar a intervenção do programa PRENACEL. Esta compreende um programa de 148 mensagens de texto no celular com informações essenciais para o acompanhamento do ciclo gravídico-puerperal de mulheres saudáveis, em atendimento na rede pública de saúde. Foi desenvolvida com propósitode melhorar resultados maternos e perinatais. Sua efetividade foi avaliada por meio de um ensaio aleatorizado por conglomerados, realizado em 20 unidades de saúde que provêm assistência pré-natal em uma cidade da região sudeste do Brasil. Gestantes em acompanhamento pré-natal nas unidades de saúde sorteadas para o grupo intervenção foram convidadas a participar do PRENACEL. Em unidades de saúde alocadas ao grupo controle, as gestantes receberam a atenção pré-natal padrão. Os dados analisados foram coletados durante a internação para o parto em quatro maternidades públicas da mesma localidade. Para cada variável de interesse, foram realizadas análise por intenção de tratar e análise por protocolo, pelo cálculo dos riscos relativos, com 95% de intervalo de confiança. Ao final do seguimento da gestação, 1210 mulheres elegíveis à participação no estudo tiveram seus desfechos avaliados nas maternidades selecionadas para a pesquisa, por meio de revisão de prontuários, cartões de pré-natal e entrevista individual estruturada. Das mulheres incluídas nas análises, 770 eram provenientes das unidades de saúde do grupo intervenção e 440 das unidades controle. Receber informações do programa PRENACEL durante a gestação foi associado a um aumento na percepção das mulheres de sentirem-se melhor preparadas para o parto, e na percepção de que o pré-natal colabora para que se sintam mais preparadas. Também foram observados impactos no estabelecimento do contato pele-a-pele e aleitamento materno e no conhecimento sobre intervenções obstétricas. Não foram observadas diferenças nos demais desfechos maternos e perinatais avaliados, incluindo a satisfação das mulheres com o atendimento. Nossa conclusão é de que o PRENACEL pode contribuir para a ampliação do acesso das mulheres a informações que lhes sejam estratégicas para que se sintam melhor preparadas para a experiência do parto. / Improving maternal health is a priority for global health agencies and for governments in low- and middle-income countries. The challenge of reducing preventable maternal and perinatal morbidity and mortality has highlighted the need to expand actions to prevent injuries beyond the clinical approach to obstetric complications, through strengthening health systems and enhancing autonomy of women within societies, by implementing a human rights approach as one of the components of the quality of reproductive health care. The objective of this research is to determine if a program of health education and support to pregnant women, adapted to be used by Brazilian National Health System and delivered by short messages service (SMS) on the cell phone is a useful complement to standard prenatal follow-up. The research was carried out in two stages, starting with the conduction of a formative and exploratory research to identify barriers and facilitators of antenatal and delivery care, to evaluate the acceptance of the use of SMS as a complementary item to antenatal care and to develop and refine the PRENACEL program intervention. It comprises a program of 148 SMS with essential information from pregnancy to puerperium, for healthy pregnant women attending antenatal care. It was developed with the purpose of improving maternal and perinatal outcomes. Its effectiveness was evaluated through a cluster-randomized trial conducted in 20 health units that provide antenatal care in a city in the southeastern region of Brazil. Pregnant women from the health units drawn for the intervention group were invited to participate in PRENACEL. In health unitsallocated to the control group, pregnant women received standard antenatal care. Analyzed data were collected during admission to labor in four public maternity hospitals in the same locality. For each variable of interest, intention-to-treat analysis and analysis by protocol were carried out, as well as the relative risk, with 95% of confidence interval. At the end of the gestation follow-up, 1210 women eligible to participate in the study had their outcomes evaluated in the maternity wards, through their medical records review, antenatal cards review and individual structured interviews. Of the women included in the analyzes, 770 came from the health units of the intervention group and 440 from the control units. Receiving information from the PRENACEL program during pregnancy was associated with an increase in women\'s perception of better preparedness for delivery, and the perception that antenatal care helps them feel more prepared. Enhancement of the timing for early skin-to-skin contact and breastfeeding, and knowledge on obstetric interventions were also observed. No differences were observed in other maternal and perinatal outcomes evaluated, including women\'s satisfaction with care. We concluded that PRENACEL can contribute to increase women\'s access to information that are strategic to the improve their perception of feeling confident and better prepared for the childbirth experience.
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Uso de manobras de reanimação neonatal e internação em unidade de cuidado intensivo entre recém-nascidos de termo: análise secundária dos dados do estudo Nascer no Brasil / Use of neonatal resuscitation maneuvers and hospitalization in an intensive care unit among term newborns: a secondary analysis of data from the Birth in Brazil studyLeonor Ramos Pinheiro 03 July 2017 (has links)
Introdução: A assistência ao parto no Brasil tem enfrentado desafios nos últimos anos, no sentido de reduzir práticas desnecessárias e inseguras. No entanto, medidas utilizadas para acelerar o trabalho de parto e demais intervenções durante o trabalho de parto e parto ainda são frequentes e podem impactar negativamente as condições de vitalidade do recém-nascido. Objetivos: Analisar a associação entre os fatores sociodemográficos, organizacionais, obstétricos e assistenciais e desfecho neonatal desfavorável entre RNs de termo e estimar sua frequência. Método: Estudo transversal, a partir dos dados do inquérito nacional Nascer no Brasil, referentes à região Sudeste. A amostra foi composta por puérperas que tiveram RNs vivos, natimortos (peso 500 gramas e/ou idade gestacional 22 semanas), nascidos em hospitais com 500 partos em 2011 e 2012. Foram excluídos os recém-nascidos prematuros, gemelares e aqueles com malformações. A variável dependente desfecho neonatal desfavorável foi construída por meio da composição das variáveis intubação traqueal, massagem cardíaca, uso de drogas na reanimação neonatal, internação em UTI neonatal e Apgar <7 no 5.o minuto de vida no período pós-natal imediato. A associação entre as variáveis de interesse e a variável desfecho foi estimada por meio de regressão logística binária univariada e múltipla, calculando-se Odds ratio (OR) brutas e ajustadas com intervalos de confiança de 95 por cento (IC 95 por cento ). Resultados: A amostra foi composta por 8.783 mulheres e seus RNs. A proporção de RNs que apresentou desfecho neonatal desfavorável foi de 9,6 por cento (844). Ensino fundamental incompleto (OR=2,139; IC 95 por cento 1,292-3,540), baixo peso ao nascer (peso 2.500g; OR=2,822; IC 95 por cento 1,641-4,851), intercorrência obstétrica (OR=1,421; IC 95 por cento 1,055-1,914) e parto fórceps (OR=3,761; IC 95 por cento 1,824-7,754) constituíram fatores associados ao desfecho neonatal desfavorável. Discussão: Os fatores independentemente associados ao desfecho neonatal desfavorável na Região Sudeste do Brasil foram em sua maioria condições clínicas que têm influência sobre a condição do recém-nascido no período pós-parto imediato. Recém-nascidos com baixo peso e aqueles filhos de mulheres com problemas obstétricos têm condições como líquido amniótico reduzido ou insuficiência placentária que resultam em alterações da vitalidade. Mulheres com baixa escolaridade têm maior dificuldade em acessar os serviços de saúde, o que pode dificultar a identificação e tratamento de problemas obstétricos e baixo peso ao nascer. O parto fórceps pode representar a resolução de trabalhos de parto distócicos e também ser um marcador para os fetos cuja vitalidade encontrava-se alterada durante o trabalho de parto. Conclusões: Fatores clínicos e associados a desigualdades sociais têm impacto negativo sobre a vitalidade dos recém-nascidos. Os desfechos neonatais desfavoráveis ainda são pouco investigados, por isso ações que visem à melhoria da atenção pré-natal e do trabalho de parto, principalmente entre mulheres com baixa escolaridade e aquelas com complicações obstétricas, podem resultar em melhores desfechos de saúde para o recém-nascido. Encontramos uma proporção de 9,6 por cento (844) entre os recém-nascidos no termo gestacional que apresentaram desfecho neonatal desfavorável. Neste estudo foi possível observar a existência de associação entre fatores sociodemográficos, clínicos e assistenciais maternos e desfechos neonatais desfavoráveis entre os RNs de termo / Introduction: Childbirth care in Brazil has faced challenges in recent years to reduce unnecessary and unsafe practices. However, measures used to accelerate labour and other interventions during labour and delivery are still frequent and may negatively impact the vitality of the newborn. Objectives: To analyze the association between sociodemographic, organizational, obstetric and care factors and unfavorable neonatal outcomes among term newborns and to estimate the frequency of these outcomes. Method: A cross-sectional study, based on data from the national survey \"Birth in Brazil\" in the the Southeast region of Brazil. The sample consisted of mothers who had live births, stillbirths (weight 500 grams and / or gestational age 22 weeks) in hospitals with 500 births in 2011 and 2012. Premature babies, twins, preterm newborns and those with malformations were excluded from the analysis. The dependent variable \"unfavorable neonatal outcome\" was constructed through the composition of the variables tracheal intubation, cardiac massage, drug use in neonatal resuscitation, neonatal ICU admission, and Apgar <7 at the 5th minute of life in the immediate postnatal period. The association between the variables of interest and the outcome variable was estimated using univariate and multiple binary logistic regression, calculating crude and adjusted Odds Ratio (OR) with 95 per cent confidence intervals (95 per cent CI). Results: The sample consisted of 8,773 women and their newborns. The proportion of newborns who presented an unfavorable neonatal outcome was 9.6 per cent (844). Incomplete primary education (OR = 2.139, 95 per cent CI 1.292-3.540), low birth weight (weight 2.500g, OR = 2.822, 95 per cent CI 1.641-4.851), obstetric complication (OR = 1.421, 95 per cent CI 1.055-1.914) and Forceps (OR = 3.761, 95 per cent CI, 1.824-7.754) were factors associated with unfavorable neonatal outcome. Discussion: Factors independently associated with unfavorable neonatal outcomes in the Southeast Region of Brazil were mostly clinical conditions that influence the condition of the newborn in the immediate postpartum period. Infants with low birth weight and those of women with obstetric problems have conditions such as reduced amniotic fluid or placental insufficiency that result in changes in vitality. Women with low schooling have greater difficulty in accessing health services, which make it difficult to identify and treat obstetric problems and low birth weight. Forceps delivery may represent resolution of dystocic labor and was also be a marker for fetuses whose vitality was altered during labor. Conclusions: Clinical factors associated with social inequalities have a negative impact on the vitality of newborns. Negative neonatal outcomes are still poorly investigated, so actions aimed at improving prenatal care and labor, especially among women with low schooling and those with obstetric complications, may result in better health outcomes for the newborn. We found a proportion of 9.6 per cent (844) among neonates in the gestational term who presented an unfavorable neonatal outcome. In this study it was possible to observe the existence of an association between sociodemographic, clinical and maternal care factors and unfavorable neonatal outcomes among the term newborns
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Uso de manobras de reanimação neonatal e internação em unidade de cuidado intensivo entre recém-nascidos de termo: análise secundária dos dados do estudo Nascer no Brasil / Use of neonatal resuscitation maneuvers and hospitalization in an intensive care unit among term newborns: a secondary analysis of data from the Birth in Brazil studyPinheiro, Leonor Ramos 03 July 2017 (has links)
Introdução: A assistência ao parto no Brasil tem enfrentado desafios nos últimos anos, no sentido de reduzir práticas desnecessárias e inseguras. No entanto, medidas utilizadas para acelerar o trabalho de parto e demais intervenções durante o trabalho de parto e parto ainda são frequentes e podem impactar negativamente as condições de vitalidade do recém-nascido. Objetivos: Analisar a associação entre os fatores sociodemográficos, organizacionais, obstétricos e assistenciais e desfecho neonatal desfavorável entre RNs de termo e estimar sua frequência. Método: Estudo transversal, a partir dos dados do inquérito nacional Nascer no Brasil, referentes à região Sudeste. A amostra foi composta por puérperas que tiveram RNs vivos, natimortos (peso 500 gramas e/ou idade gestacional 22 semanas), nascidos em hospitais com 500 partos em 2011 e 2012. Foram excluídos os recém-nascidos prematuros, gemelares e aqueles com malformações. A variável dependente desfecho neonatal desfavorável foi construída por meio da composição das variáveis intubação traqueal, massagem cardíaca, uso de drogas na reanimação neonatal, internação em UTI neonatal e Apgar <7 no 5.o minuto de vida no período pós-natal imediato. A associação entre as variáveis de interesse e a variável desfecho foi estimada por meio de regressão logística binária univariada e múltipla, calculando-se Odds ratio (OR) brutas e ajustadas com intervalos de confiança de 95 por cento (IC 95 por cento ). Resultados: A amostra foi composta por 8.783 mulheres e seus RNs. A proporção de RNs que apresentou desfecho neonatal desfavorável foi de 9,6 por cento (844). Ensino fundamental incompleto (OR=2,139; IC 95 por cento 1,292-3,540), baixo peso ao nascer (peso 2.500g; OR=2,822; IC 95 por cento 1,641-4,851), intercorrência obstétrica (OR=1,421; IC 95 por cento 1,055-1,914) e parto fórceps (OR=3,761; IC 95 por cento 1,824-7,754) constituíram fatores associados ao desfecho neonatal desfavorável. Discussão: Os fatores independentemente associados ao desfecho neonatal desfavorável na Região Sudeste do Brasil foram em sua maioria condições clínicas que têm influência sobre a condição do recém-nascido no período pós-parto imediato. Recém-nascidos com baixo peso e aqueles filhos de mulheres com problemas obstétricos têm condições como líquido amniótico reduzido ou insuficiência placentária que resultam em alterações da vitalidade. Mulheres com baixa escolaridade têm maior dificuldade em acessar os serviços de saúde, o que pode dificultar a identificação e tratamento de problemas obstétricos e baixo peso ao nascer. O parto fórceps pode representar a resolução de trabalhos de parto distócicos e também ser um marcador para os fetos cuja vitalidade encontrava-se alterada durante o trabalho de parto. Conclusões: Fatores clínicos e associados a desigualdades sociais têm impacto negativo sobre a vitalidade dos recém-nascidos. Os desfechos neonatais desfavoráveis ainda são pouco investigados, por isso ações que visem à melhoria da atenção pré-natal e do trabalho de parto, principalmente entre mulheres com baixa escolaridade e aquelas com complicações obstétricas, podem resultar em melhores desfechos de saúde para o recém-nascido. Encontramos uma proporção de 9,6 por cento (844) entre os recém-nascidos no termo gestacional que apresentaram desfecho neonatal desfavorável. Neste estudo foi possível observar a existência de associação entre fatores sociodemográficos, clínicos e assistenciais maternos e desfechos neonatais desfavoráveis entre os RNs de termo / Introduction: Childbirth care in Brazil has faced challenges in recent years to reduce unnecessary and unsafe practices. However, measures used to accelerate labour and other interventions during labour and delivery are still frequent and may negatively impact the vitality of the newborn. Objectives: To analyze the association between sociodemographic, organizational, obstetric and care factors and unfavorable neonatal outcomes among term newborns and to estimate the frequency of these outcomes. Method: A cross-sectional study, based on data from the national survey \"Birth in Brazil\" in the the Southeast region of Brazil. The sample consisted of mothers who had live births, stillbirths (weight 500 grams and / or gestational age 22 weeks) in hospitals with 500 births in 2011 and 2012. Premature babies, twins, preterm newborns and those with malformations were excluded from the analysis. The dependent variable \"unfavorable neonatal outcome\" was constructed through the composition of the variables tracheal intubation, cardiac massage, drug use in neonatal resuscitation, neonatal ICU admission, and Apgar <7 at the 5th minute of life in the immediate postnatal period. The association between the variables of interest and the outcome variable was estimated using univariate and multiple binary logistic regression, calculating crude and adjusted Odds Ratio (OR) with 95 per cent confidence intervals (95 per cent CI). Results: The sample consisted of 8,773 women and their newborns. The proportion of newborns who presented an unfavorable neonatal outcome was 9.6 per cent (844). Incomplete primary education (OR = 2.139, 95 per cent CI 1.292-3.540), low birth weight (weight 2.500g, OR = 2.822, 95 per cent CI 1.641-4.851), obstetric complication (OR = 1.421, 95 per cent CI 1.055-1.914) and Forceps (OR = 3.761, 95 per cent CI, 1.824-7.754) were factors associated with unfavorable neonatal outcome. Discussion: Factors independently associated with unfavorable neonatal outcomes in the Southeast Region of Brazil were mostly clinical conditions that influence the condition of the newborn in the immediate postpartum period. Infants with low birth weight and those of women with obstetric problems have conditions such as reduced amniotic fluid or placental insufficiency that result in changes in vitality. Women with low schooling have greater difficulty in accessing health services, which make it difficult to identify and treat obstetric problems and low birth weight. Forceps delivery may represent resolution of dystocic labor and was also be a marker for fetuses whose vitality was altered during labor. Conclusions: Clinical factors associated with social inequalities have a negative impact on the vitality of newborns. Negative neonatal outcomes are still poorly investigated, so actions aimed at improving prenatal care and labor, especially among women with low schooling and those with obstetric complications, may result in better health outcomes for the newborn. We found a proportion of 9.6 per cent (844) among neonates in the gestational term who presented an unfavorable neonatal outcome. In this study it was possible to observe the existence of an association between sociodemographic, clinical and maternal care factors and unfavorable neonatal outcomes among the term newborns
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PRENACEL - uma estratégia de comunicação móvel para melhorar a saúde materna e perinatal: pesquisa formativa e ensaio aleatorizado por conglomerados / PRENACEL - A mobile communication strategy to improve maternal and perinatal health: Formative research and cluster randomized controlled trialAna Carolina Arruda Franzon 28 September 2018 (has links)
Melhorar a saúde das gestantes é uma prioridade para as agências de saúde global e para os governos dos países de baixa e média renda. O desafio da erradicação e/ou redução das morbimortalidades materna e perinatal evitáveis vem colocando em destaque a necessidade de expandir as ações para prevenção de agravos para além da abordagem clínica das complicações obstétricas, a partir do fortalecimento dos sistemas de saúde e da valorização da autonomia das mulheres dentro das sociedades, implementando a abordagem de direitos humanos como um dos componentes da qualidade do cuidado à saúde reprodutiva. O objetivo desta pesquisa é determinar se um programa de educação em saúde e apoio às gestantes, adaptado à realidade do Sistema Único de Saúde brasileiro e às especificidades da telefonia celular, é um complemento útil ao acompanhamento pré-natal padrão. A pesquisa foi realizada em duas etapas, tendo início com a condução de uma pesquisa formativa, exploratória, para identificar barreiras e facilitadores da atenção ao pré-natal e parto, avaliar aceitação do uso de mensagens de texto como item complementar ao cuidado pré-natal padrão, e desenvolver e refinar a intervenção do programa PRENACEL. Esta compreende um programa de 148 mensagens de texto no celular com informações essenciais para o acompanhamento do ciclo gravídico-puerperal de mulheres saudáveis, em atendimento na rede pública de saúde. Foi desenvolvida com propósitode melhorar resultados maternos e perinatais. Sua efetividade foi avaliada por meio de um ensaio aleatorizado por conglomerados, realizado em 20 unidades de saúde que provêm assistência pré-natal em uma cidade da região sudeste do Brasil. Gestantes em acompanhamento pré-natal nas unidades de saúde sorteadas para o grupo intervenção foram convidadas a participar do PRENACEL. Em unidades de saúde alocadas ao grupo controle, as gestantes receberam a atenção pré-natal padrão. Os dados analisados foram coletados durante a internação para o parto em quatro maternidades públicas da mesma localidade. Para cada variável de interesse, foram realizadas análise por intenção de tratar e análise por protocolo, pelo cálculo dos riscos relativos, com 95% de intervalo de confiança. Ao final do seguimento da gestação, 1210 mulheres elegíveis à participação no estudo tiveram seus desfechos avaliados nas maternidades selecionadas para a pesquisa, por meio de revisão de prontuários, cartões de pré-natal e entrevista individual estruturada. Das mulheres incluídas nas análises, 770 eram provenientes das unidades de saúde do grupo intervenção e 440 das unidades controle. Receber informações do programa PRENACEL durante a gestação foi associado a um aumento na percepção das mulheres de sentirem-se melhor preparadas para o parto, e na percepção de que o pré-natal colabora para que se sintam mais preparadas. Também foram observados impactos no estabelecimento do contato pele-a-pele e aleitamento materno e no conhecimento sobre intervenções obstétricas. Não foram observadas diferenças nos demais desfechos maternos e perinatais avaliados, incluindo a satisfação das mulheres com o atendimento. Nossa conclusão é de que o PRENACEL pode contribuir para a ampliação do acesso das mulheres a informações que lhes sejam estratégicas para que se sintam melhor preparadas para a experiência do parto. / Improving maternal health is a priority for global health agencies and for governments in low- and middle-income countries. The challenge of reducing preventable maternal and perinatal morbidity and mortality has highlighted the need to expand actions to prevent injuries beyond the clinical approach to obstetric complications, through strengthening health systems and enhancing autonomy of women within societies, by implementing a human rights approach as one of the components of the quality of reproductive health care. The objective of this research is to determine if a program of health education and support to pregnant women, adapted to be used by Brazilian National Health System and delivered by short messages service (SMS) on the cell phone is a useful complement to standard prenatal follow-up. The research was carried out in two stages, starting with the conduction of a formative and exploratory research to identify barriers and facilitators of antenatal and delivery care, to evaluate the acceptance of the use of SMS as a complementary item to antenatal care and to develop and refine the PRENACEL program intervention. It comprises a program of 148 SMS with essential information from pregnancy to puerperium, for healthy pregnant women attending antenatal care. It was developed with the purpose of improving maternal and perinatal outcomes. Its effectiveness was evaluated through a cluster-randomized trial conducted in 20 health units that provide antenatal care in a city in the southeastern region of Brazil. Pregnant women from the health units drawn for the intervention group were invited to participate in PRENACEL. In health unitsallocated to the control group, pregnant women received standard antenatal care. Analyzed data were collected during admission to labor in four public maternity hospitals in the same locality. For each variable of interest, intention-to-treat analysis and analysis by protocol were carried out, as well as the relative risk, with 95% of confidence interval. At the end of the gestation follow-up, 1210 women eligible to participate in the study had their outcomes evaluated in the maternity wards, through their medical records review, antenatal cards review and individual structured interviews. Of the women included in the analyzes, 770 came from the health units of the intervention group and 440 from the control units. Receiving information from the PRENACEL program during pregnancy was associated with an increase in women\'s perception of better preparedness for delivery, and the perception that antenatal care helps them feel more prepared. Enhancement of the timing for early skin-to-skin contact and breastfeeding, and knowledge on obstetric interventions were also observed. No differences were observed in other maternal and perinatal outcomes evaluated, including women\'s satisfaction with care. We concluded that PRENACEL can contribute to increase women\'s access to information that are strategic to the improve their perception of feeling confident and better prepared for the childbirth experience.
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