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Fatores preditores de internação hospitalar prolongada após prostatectomia radical retropúbica em instituição de ensino de alto volume cirúrgico / Predictive factors for prolonged hospital stay after retropubic radical prostatectomy in a high-volume teaching center

Coelho, Rafael Ferreira 26 April 2017 (has links)
OBJETIVOS: Avaliar o tempo de internação hospitalar e fatores preditores de internação prolongada após PRR realizada em instituição de ensino de alto volume cirúrgico. Objetivos secundários incluíram avaliar taxa de visitas não planejadas ao ambulatório e ao pronto-atendimento, readmissões hospitalares e taxa de complicações perioperatórias utilizando método de classificação padronizado. MÉTODOS: Foi realizada análise retrospectiva de dados prospectivamente coletados em base de dados padronizada para doentes portadores de câncer de próstata localizado submetidos a PRR no ICESP. Os procedimentos foram realizados por residentes do último ano de Urologia sob supervisão de um médico assistente (com experiência superior a 300 PRRs). Internação prolongada foi definida com internação > 2 dias (quartil superior). Um modelo de regressão logística incluindo apenas variáveis pré-operatórias foi inicialmente construído para determinar os fatores que predizem internação prolongada antes do ato cirúrgico; subsequentemente um segundo modelo incluindo tanto variáveis pré como intra e pós-operatórias foi analisado. As variáveis pré-operatórias incluídas no modelo foram: Idade, raça, IMC, PSA, índice de comorbidade de Charlson ajustado e não ajustado por idade, escore de ASA, cirurgias abdominais prévias, estádio clínico, volume prostático, Gleason da biópsia e porcentagem de fragmentos positivos, estratificação de risco NCCN. Os fatores intra e pós-operatórios incluídos na análise foram: tipo de anestesia, tempo operatório, sangramento estimado, transfusão sanguínea, preservação do feixe neurovascular, dissecção linfonodal, peso da próstata, volume tumoral, escore de Gleason do espécime, status da margem cirúrgica, estádio patológico e, finalmente, presença de complicações pós-operatórias (de acordo com o sistema de Clavien). RESULTADOS: Entre janeiro de 2010 e janeiro de 2012, 1011 pacientes foram submetidos a PRR em nossa instituição. A mediana de tempo de internação foi de 2 dias, sendo que 217 (21,5%) pacientes apresentaram internação prolongada. Os fatores preditores de internação prolongada dentre as variáveis pré-operatórias foram ICCa (OR. 1,317, IC95% 1,106-1,568, p=0,002) ou ICC não ajustado e idade separadamente (OR. 1,401, IC95% 1,118-1,756, p=0,003 e OR 1,050, IC95% 1,023-1,078, p < 0,001, respectivamente), escore de ASA 3 (OR. 3,260, IC95% 1,646-6,455, p < 0,001), volume prostático no USG-TR (OR, 1,005, IC95% 1,001-1,011, p=0,038) e raça negra (OR. 2,235, IC95% 1291-3,869, p=0,004); considerando-se também fatores intra e pós-operatórios na regressão, o tempo operatório (OR 1,007, IC95% 1,001-1,013, p=0,022) e presença de complicações de qualquer grau (OR 2,013, IC95% 1,192-3,399, p=0,009) ou complicações maiores (OR 2,357, IC95% 1,228-4,521, p=0,01) também foram correlacionados de maneira independente com internação prolongada. A taxa de readmissão hospitalar nesta série foi de 2,7%; visitas não programadas ao pronto atendimento ocorreram em 7,3% dos casos. A taxa global de complicações (intra e pós-operatórias) foi de 14,5%; a incidência de complicações pós-operatórias menores (graus 1 e 2) e maiores (Grau 3 ou 4) foi de 8,5% e 5,4%, respectivamente. CONCLUSÃO: Os fatores preditores independentes de internação prolongada dentre as variáveis pré-operatórias foram ICCa (ou ICC não ajustado e idade separadamente), escore de ASA 3, volume prostático no USG-TR e raça negra; considerando-se também fatores intra e pós-operatórios, o tempo operatório e presença de complicações de qualquer grau e complicações maiores foram correlacionados de maneira independente com internação prolongada. A identificação destes fatores permite não só auxiliar no planejamento de gastos e aconselhamento de pacientes, mas potencialmente promover modificações de variáveis que possam reduzir o tempo de admissão dos pacientes após PRR / OBJECTIVES: To evaluate the length hospital stay and predictors of prolonged hospitalization after RRP performed in a high-surgical volume teaching institution. Secondary objectives were to analyze the rate of unplanned visits to the office and emergency care, hospital readmissions and perioperative complications rates using a standardized classification system. METHODS: Retrospective analysis of prospectively collected data in a standardized database for patients with localized prostate cancer undergoing RRP in our institution. The procedures were performed by senior residents under the supervision of a staff surgeon (with prior experience larger than 300 RRPs). Prolonged hospitalization was defined as hospital stay longer than 2 days (upper quartile). A logistic regression model including only preoperative variables was initially built to determine the factors that predict prolonged hospital stay before the surgical procedure; subsequently, a second model including both pre and intraoperative variables was analyzed. Preoperative variables included in the model were age, race, BMI, PSA, Charlson comorbidity index (adjusted and not adjusted for age), ASA score, previous abdominal surgery, clinical stage, prostate volume, biopsy Gleason and percentage of positive cores, NCCN risk stratification. Intra and postoperative factors included in the analysis were: type of anesthesia, operative time, estimated bleeding loss, transfusion, nerve-sparing approach, lymph node dissection, prostate weight, tumor volume, Gleason score specimen, positive margin rates, pathologic stage, and, finally, the presence of postoperative complications (according to Clavien grading system). RESULTS: Between January 2010 and January 2012, 1011 patients underwent RRP at our institution. The median hospital stay was 2 days, and 217 (21.5%) patients had prolonged hospitalization. Predictors of prolonged hospital stay among the preoperative variables were ICCa (OR. 1.317, 95% CI 1.106 to 1.568, p = 0.002) or unadjusted ICC and age separately (OR. 1.401, 95% CI 1.118 to 1.756, p = 0.003 and OR 1.050, 95% CI 1.023 to 1.078, p < 0.001, respectively), ASA score of 3 (OR. 3.260, 95% CI 1.646 to 6.455, p < 0.001), prostate volume on USG-TR (OR, 1.005; 95% CI 1.001 -1.011, p = 0.038) and African-American race (OR 2.235, 95% CI 1291 to 3.869, p = 0.004).; considering also intra and postoperative factors, operative time (OR 1.007, 95% CI 1.001 to 1.013, p = 0.022) and the presence of any complications (OR 2.013, 95% CI 1.192 to 3.399, p = 0.009) or major complications (OR 2.357, 95% CI 1.228 to 4.521, p = 0.01) were also correlated independently with prolonged hospital stay. Hospital readmission rate in this series was 2.7%; unscheduled visits to emergency care occurred in 7.3% of cases. The complication rate was 14.5%; the incidence of minor (grades 1 and 2) and major complications (Grade 3 or 4) was 8.5% and 5.4%, respectively. CONCLUSION: The independent predictors of prolonged hospitalization among the preoperative variables were ICCa (or unadjusted ICC and age separately), ASA score of 3, prostate volume on USG-TR and African-American race; considering also intra and postoperative factors, operative time, presence of any complications and major complications were correlated independently with prolonged hospital stay. The identification of these factors allows not only better planning the institutional costs related to RRP but also proper counseling of patients undergoing RRP; potentially modifiable risk factors can be optimized to shorter length of hospital stay after RRP
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Influência do tempo de jejum e da administração de fluidos perioperatório no tempo de internação e lesão por pressão em pacientes cirúrgicos

Marquezi, Riciany Alvarenga January 2019 (has links)
Orientador: Paula Schimidt Azevedo Gaiolla / Resumo: A partir da década de 90, muito se discute sobre estratégias para melhorar a recuperação do paciente após a realização da cirurgia. Dentre elas está a redução do tempo de jejum no pré-operatório, com a administração de líquidos claros e a diminuição da infusão de fluidos no intra e pósoperatório. Essas medidas têm sido aplicadas em vários trabalhos e protocolos mostrando-se segura e influenciando no tempo de internação do paciente e em outras complicações. Portanto, os objetivos desse trabalho foram avaliar se o tempo de jejum e o volume infundido no perioperatório influenciam no tempo de internação e no aparecimento de lesão por pressão(LPP) de pacientes cirúrgicos.Para tanto, foram estudados pacientes submetidos a cirurgias do aparelho digestivo, vascular, ortopédica, uroló- gica e ginecológica. Foram avaliados dados demográficos, clínicos e laboratoriais, escalas de risco cirúrgico, de risco para LPP e risco nutricional. Após a cirurgia o paciente foi avaliado quanto ao aparecimento de LPP pela escala de Avaliação e Classificação da LPP e o tempo de internação. A comparação univariada entre os indivíduos que apresentaram ou não LPP ou que ficaram ou não internados por mais de 5 dias, foi realizada pelo teste t de student, Mann Whitnney para as variáveis numéricas, a depender da normalidade de distribuição. A comparação univariada entre as variáveis categóricas foram realizadas pelo teste de qui-quadrado. A regressão logística múltipla foi utilizada para pesquisar variáveis... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Since the 90’s, a lot has been discussed about strategies to improve the recovery of patients after surgery. One of them is the reduction of preoperative fasting time, with the administration of clear liquids and with the decrease of intra and postoperative fluid infusion. As a matter of fact, those measures have been applied in several studies and protocols proving to be safe and influencing hospitalization time and in other complications. Therefore, the objectives of this work were to evaluate if the fasting time and the volume infused in the perioperative, influencing in the hospitalization time and the appearance of pressure injury in surgical patients. Therefore, were studied patients submitted to the following surgeries: digestive, vascular, orthopedic, urological and gynecological. Demographic, clinical and laboratorial data were analyzed, surgical risk scale, risk for pressure injury and nutritional risk. After the surgery, the patient was evaluated for the appearance of pressure injury by the Evaluate Scale and Classification of Pressure injury and hospitalization time. The univariate comparison between the individuals who presented or not the pressure injury time of hospitalization lower than five days or higher than five days was performed by the tstudent test and Mann Whitnney for the numerical variables, depending on the normality of the distribution. The univariate comparison between the categorical variables were made through the qui-square test. The multiple l... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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O cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitalização prolongada

Silva, Valdenir Almeida da 19 December 2011 (has links)
Submitted by Juliana Paiva (julianammp@yahoo.com) on 2018-05-15T12:37:35Z No. of bitstreams: 1 290º Dissertação - Valdenir Almeida da Silva.pdf: 1029472 bytes, checksum: 55e210bc70a2dcde7796b53539b59110 (MD5) / Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2018-05-15T15:10:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1 290º Dissertação - Valdenir Almeida da Silva.pdf: 1029472 bytes, checksum: 55e210bc70a2dcde7796b53539b59110 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-15T15:10:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 290º Dissertação - Valdenir Almeida da Silva.pdf: 1029472 bytes, checksum: 55e210bc70a2dcde7796b53539b59110 (MD5) / O crescimento da população idosa somada à mudança no perfil epidemiológico com maior prevalência de doenças crônico não transmissíveis acarreta profundas repercussões nos serviços de saúde, sobretudo pelo impacto sobre as despesas com tratamentos médico e hospitalar. O idoso consome mais serviços de saúde, as internações são mais frequentes e o tempo de ocupação do leito é maior do que o de outras faixas etárias. A hospitalização representa para os idosos um momento de fragilidade, de medo, de associação com a morte e de dependência, pois além do sofrimento, da sensação desagradável e da insegurança que a doença ocasiona, esses pacientes irão necessitar da atenção de um conjunto de trabalhadores da saúde, dentre os quais, os enfermeiros, que tem papel fundamental no cuidado. Trata-se de uma pesquisa de natureza exploratória, com abordagem qualitativa que teve como objeto o cuidado de enfermagem pessoas idosas em hospitalização prolongada e como questão problema: Como se dá o cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitalização prolongada? Teve como objetivo geral: analisar o cuidado de enfermagem a pessoas idosas em hospitalização prolongada e objetivos específicos: identificar as necessidades de cuidados de enfermagem a pessoas idosas em hospitalização prolongada; e descrever o cuidado de enfermeiras a pessoas idosas em hospitalização prolongada. O estudo foi desenvolvido em um centro geriátrico de um hospital filantrópico de grande porte, localizado na cidade de Salvador – Bahia, no período de março a abril de 2011, tendo como colaboradoras doze enfermeiras. Os depoimentos foram coletados mediante a técnica de História Oral, analisados conforme a técnica análise categorial temática e interpretados segundo os pressupostos da Teoria do Cuidado Transpessoal. As categorias emergentes foram: as enfermeiras cuidadoras de pessoas idosas em hospitalização prolongada; as pessoas idosas em hospitalização prolongada; o cuidado às pessoas idosas em hospitalização prolongada; e a relação das enfermeiras com as pessoas idosas em hospitalização prolongada. As necessidades de cuidados identificadas estão em sua maioria relacionados com a dimensão física do envelhecimento e do processo de doença. Já os cuidados emergiram em estreita relação com as necessidades identificadas, ou seja, também voltados para a dimensão física. A despeito de as enfermeiras reconhecerem as dimensões subjetivas do cuidado, não elencaram tais dimensões dentre os cuidados que prestam. / The growth of the old population plus the change in the epidemiological profile with a higher prevalence of chronic non-transmittable diseases causes profound impact on health services, particularly the impact on the costs of medical treatments and hospital. The elderly consume more health services, are more frequent in hospital admissions and the length of hospital bed occupancy is greater than that of other age groups. The elderly hospitalization represents a moment of weakness, fear of association with death and dependency, as well as suffering, and the unpleasant feeling of insecurity that causes the disease, these patients will require the attention of a group of health workers, among which nurses that plays a primal role in care. This is an exploratory research with a qualitative approach that aimed at the elderly nursing care and prolonged hospitalization in issue as a question: How is the nursing care for the elderly in prolonged hospitalization? Had as general objective: to analyze the nursing care for the elderly in prolonged hospitalization and the specific objectives are: to identify the needs of nursing care for the elderly in prolonged hospitalization, and describe the care of nurses for the elderly in prolonged hospitalization. The study was conducted in a geriatric center of a large charity hospital, located in the city of Salvador - Bahia, in the period march to april of 2011, with twelve nurses as collaborators. The testimonies were collected by the technique of oral history, analyzed according to the technical thematic categorical analysis and interpreted according to the assumptions of transpersonal caring theory. The categories were: nurses caring for older people in prolonged hospitalization, the elderly in prolonged hospitalization, the care of older people in prolonged hospitalization, and the relationship of the nurses with older people in prolonged hospitalization. The care needs identified are mostly related to the physical dimension of aging and the disease process. The care emerged in close relation with the needs identified, ie, also focused on the physical dimension. Despite the nurses acknowledging about subjective dimensions of care, such dimensions were not listed among the care they provide. / El crecimiento de la población mayor sumada, al cambio en el perfil epidemiológico con mayor prevalencia de enfermedades crónicas no transmisibles, provoca profundas repercusiones en los servicios de salud, sobre todo por el impacto en los gastos con los tratamientos médicos y hospitalarios. El paciente mayor consume más servicios de salud, las internaciones son más frecuentes y el tiempo de ocupación del lecho es mayor del que el de otros grupos de edad. La hospitalización representa para los mayores un momento de fragilidad, de miedo, de asociación con la muerte y de dependencia, pues además del sufrimiento, de la sensación desagradable y de la inseguridad que la enfermedad provoca, esos pacientes van a necesitar de la atención de un conjunto de trabajadores de la salud, entre los cuales, los enfermeros, que desempeñan un rol fundamental en el cuidado. Se trata de una investigación de naturaleza exploratoria, con enfoque cualitativo que tuvo como objeto el cuidado de enfermería con personas mayores en hospitalización prolongada y como cuestión problema: ¿Cómo se dá el cuidado de enfermería a personas mayores en hospitalización prolongada? Tuvo como objetivo general: analizar el cuidado de enfermería a personas mayores en hospitalización prolongada y objetivos especificos: identificar las necesidades de cuidados de enfermería a personas mayores en hospitalización prolongada; y describir el cuidado de las enfermeras a personas mayores en hospitalización prolongada. El estudio fue desarrollado en un centro geriátrico de un hospital filantrópico de gran porte, localizado en la ciudad de Salvador – Bahia, en el período de marzo a abril de 2011, teniendo como colaboradoras doce enfermeras. Las entrevistas fueron recolectadas mediante la técnica de História Oral, analizadas conforme la técnica de análisis categorial temática e interpretadas según los presupuestos de la Teoria del Cuidado Transpersonal. Las categorías emergentes fueron: las enfermeras cuidadoras de personas mayores en hospitalización prolongada; las personas mayores en hospitalización prolongada; el cuidado a las personas mayores en hospitalización prolongada; y la relación de las enfermeras con las personas mayores en hospitalización prolongada. Las necesidades de cuidados identificadas están en su mayoría relacionadas con la dimensión física del envejecimiento y del proceso de la enfermedad. Ya, los cuidados emergieron en estrecha relación con las necesidades identificadas, o sea, también orientados para la dimensión física. A despeito de que las enfermeras reconozcan las dimensiones subjetivas del cuidado, las mismas no consideraron tales dimensiones entre los cuidados que prestan.
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Evolução do estado nutricional dos pacientes internados na unidade pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Silveira, Carla Rosane de Moraes January 2007 (has links)
A avaliação nutricional integra o exame clínico, dado o impacto da desnutrição sobre a evolução da criança hospitalizada. Curvas de crescimento, derivadas de populações infantis não agudamente doentes, são rotineiramente adotadas. No entanto, seu emprego limita a identificação precoce das crianças que se beneficiariam com a implantação de terapia nutricional, por diagnosticar desnutrição já instalada. Também, não é totalmente claro se mudanças nutricionais agudas, em curto período de tempo, podem ser captadas por estes instrumentos. Neste sentido, a presente dissertação de mestrado se propôs a avaliar a prevalência de desnutrição na admissão e a evolução do estado nutricional de pacientes pediátricos de um hospital brasileiro de alta complexidade, descrevendo a associação entre o estado nutricional, tempo de hospitalização, via de administração da dieta e diagnóstico clínico, além de comparar a concordância entre as curvas do NCHS (1977), CDC (2000) e OMS (2006). As crianças foram incluídas ao serem hospitalizadas em qualquer um dos 72 leitos das unidades de pediatria geral. A avaliação foi realizada nas primeiras 48 horas da hospitalização e repetida a cada 7 dias, até a alta hospitalar. Os índices estatura/idade (E/I), peso/idade (P/I) e peso/estatura (P/E) foram estabelecidos para crianças até 10 anos de idade e para as demais, foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC). A classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS/2006) foi adotada como referência para as crianças com idade < 5 anos. Para as crianças entre 5 e 10 anos incompletos adotou-se a classificação do National Center For Health Statistics (NCHS,1977) como referência, a classificação da OMS/1995 serviu como padrão de referência para o IMC, nas demais crianças. A comparação do estado nutricional nos 4 momentos de avaliação foi realizada através de análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas, com teste Post-Hoc de Bonferroni. Curva de Kaplan-Meier foi plotada para avaliar a associação entre estado nutricional e tempo de internação. A concordância entre o diagnóstico emitido pelas 3 curvas foi estimada por meio do coeficiente kappa. As análises foram procedidas no software SPSS versão 12.0. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética e Pesquisa da instituição. Foram incluídos 426 pacientes, sendo 57% meninos e 50,7% menores de um ano. Na admissão, a prevalência de desnutrição variou entre 10% e 21%, dependendo do índice adotado. Nas crianças com até 10 anos de idade, verificou-se melhora do estado nutricional em 21 dias de hospitalização. Pacientes classificados como desnutridos pelo P/E e IMC apresentaram maior risco para permanecerem hospitalizados (HR=1,41; IC95%:1,02-1,92). Não houve associação entre diagnóstico clínico e nutricional (p=0,28). A média de calorias ofertadas aos pacientes, independente da via de administração, estavam em sua maioria adequadas, enquanto a oferta de proteínas excedeu às recomendações para a idade. O uso de via enteral associada à via oral foi mais freqüente nos pacientes com diagnóstico de desnutrição e em risco de baixo peso. Para crianças com idade < 5 anos, foi observada forte correlação na avaliação de todos os índices através das 3 curvas. Ainda assim, quando cada índice foi avaliado em categorias, foi verificada concordância moderada entre os métodos (kappa entre 0,61 e 0,86), havendo tendência do padrão da OMS em classificar mais pacientes como “baixa estatura” e “baixo peso”. Desnutrição, independente do critério empregado para seu diagnóstico, ou do diagnóstico clínico da criança, é prevalente à admissão de crianças, aumentando sua expectativa de permanência hospitalar. A oferta de calorias às crianças foi apropriada e foi observada melhora do estado nutricional dos pacientes durante a hospitalização. Não há concordância plena na classificação nutricional obtida através das 3 curvas avaliadas e, como estratégia de rastreamento, os critérios estabelecidos pela OMS mostram-se mais úteis na identificação de desnutrição. / Nutritional evaluation integrates clinical examination due to the impact of undernutrition on the evolution of a hospitalized child. Growth curves, derived from child populations that are not acutely ill, are usually adopted. However, its use restricts the early identification of the children that would benefit from the implantation of nutritional therapy, as it diagnosis installed undernutrition. Also, it is not completely clear if acute nutritional changes, in a short period of time, may be captured by these instruments. With this regard, this master’s thesis proposes to evaluate the prevalence of undernutrition and the evolution of the nutritional status of pediatric patients in a high complexity Brazilian hospital, describing the association between nutritional status, length of hospital stay, feeding mode, and clinical diagnosis, besides comparing the concordance among the curves of the NCHS (1977), CDC (2000) and WHO (2006). Children were included in the study when they were admitted to any of the 72 beds of the units of general pediatrics. The evaluation was carried out in the first 48 hours of hospitalization and repeated every 7 days, up to hospital discharge. The stature/age (S/A), weight/age (W/A) and weight/stature (W/S) scores were established for children below 10 years of age and for the others, the Body Mass Index (BMI) was calculated. The classification of the World Health Organization (WHO/2006) was adopted as a reference for children < 5 years of age. For children between 5 and 10 years of age, the classification of the National Center for Health Statistics (NCHS, 1977) was adopted as a reference. The classification of the WHA/1995 served as a standard for the BMI in the other children. The comparison of the nutritional status in the four moments of the evaluation was carried out using analysis of variance (ANOVA) for repeated measures, with Bonferroni’s Post-Hoc test. Kaplan-Meier’s curve was plotted in order to evaluate the association between nutritional status and length of hospital stay. The concordance between the diagnoses provided by the 3 curves was estimated by means of the kappa coefficient. The analyses were done in the SPSS software version 12.0. The study was approved by the Ethics and Research Committed of the institution. 426 patients were included. 57% were boys and 50.7% below one year of age. At admission, the prevalence of undernutrition ranged from 10% and 21%, depending on the index adopted. In children below 10 years of age, improvement of the nutritional status in 21 days of hospitalization was observed. Patients classified as undernourished by W/S and BMI showed a greater risk of remaining hospitalized (HR=1.41; IC95%:1.02-1.92). There was no association between clinical and nutritional diagnosis (p=0.28). The average of calories offered patients, regardless of feeding mode, were mostly adequate, whereas the offer of protein exceeded the age recommendations. The use of enteral feeding associated with oral feeding was more frequent in the patients with diagnosis of undernutrition and at risk of low weight. For children < 5 years of age, a strong correlation in the evaluation of all the scores by the 3 curves was observed. Yet, when each score was evaluated in categories, a moderate concordance among the methods (kappa between 0.61 and 0.86) was found, with a tendency to the WHO standard in classifying more patients as “low stature” and “low weight”. Undernutrition, regardless of the criteria used for its diagnosis, or the child’s clinical diagnosis, is prevalent at children’s admission, increasing their expectancy of length of hospital stay. The calorie offer to children was adequate and improvement of the patients’ nutritional status during the hospitalization was observed. There is no complete concordance in the nutritional classification obtained by the 3 curves evaluated and, as a tracking strategy, the criteria established by the WHO showed to be more useful in the identification if undernutrition.
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Desfechos negativos entre pacientes internados em unidade psiquiátrica de hospital geral : um estudo longitudinal

Baeza, Fernanda Lucia Capitanio January 2017 (has links)
Introdução: Nas últimas décadas, vários fatores determinaram importantes modificações no modo de prover assistência psiquiátrica. Entre estes, destacam-se as mudanças no modo como entendemos os transtornos mentais, os avanços e melhora na disponibilidade de tratamentos psiquiátricos, o aumento do interesse político em saúde mental, além da ênfase nos custos da assistência médica. Com isto, a internação psiquiátrica passou a representar uma parcela menor entre os recursos utilizados na assistência em saúde mental. A Psiquiatria hospitalar atual cumpre a função de realizar diagnóstico e tratar sintomas agudos com a finalidade de esbater riscos, focada em estabilização, segurança do paciente e curta permanência. Neste contexto, o estudo de desfechos negativos entre pacientes que internam em leito psiquiátrico de hospital geral torna-se cada vez mais necessário. Objetivos: Identificar determinantes de desfechos negativos entre pacientes que internaram em leito psiquiátrico de hospital geral, definidos a priori como tempo de internação prolongado, reinternação e morte por qualquer causa em um ano a partir do momento da alta hospitalar. Métodos: Estudo naturalístico, longitudinal e prospectivo, realizado em unidade psiquiátrica de um hospital geral universitário de nível terciário. Pacientes admitidos entre junho de 2011 e dezembro de 2013 com 18 anos ou mais foram considerados elegíveis, exceto os que tivessem transtorno por uso de substâncias como diagnóstico principal, agitação psicomotora grave nas primeiras 72 horas da admissão, comprometimento cognitivo suficiente para comprometer a avaliação ou recusa em participar da pesquisa. Dados sociodemográficos e clínicos foram coletados na admissão, alta e um ano após a alta. Resultados: No artigo 1, seis variáveis explicaram 14,6% da variabilidade no tempo de internação: ausência de renda própria, história de internações psiquiátricas nos últimos dois anos, escore total na Brief Psychiatric Rating Scale e na Clinical Global Impression, diagnóstico de Esquizofrenia e história de tentativas de suicídio. O artigo 2 reafirmou o papel das internações anteriores em predizer internações futuras (RC1.38; IC 1.16-1.60) e demonstrou que para pacientes que internaram em episódio depressivo, não estar em remissão no momento da alta aumenta o risco de reinternação (RC 2.40; IC 1.14-5.07), assim como maiores escores na Brief Psychiatric Rating Scale no momento da alta para aqueles admitidos por Esquizofrenia. O artigo 3 reportou a mortalidade entre os pacientes acompanhados um ano 9 após a alta, mais de três vezes maior que a mortalidade da população geral para o mesmo período e área geográfica. Discussão: Os três estudos produzidos por esta tese colaboram para o corpo de evidências sobre desfechos adversos entre pacientes que internaram em leito psiquiátrico de hospital geral. O modelo de internação psiquiátrica em hospital geral é amplamente defendido pela Psiquiatria contemporânea como o melhor para tratamento de agudizações de transtornos mentais graves. Entretanto, não é o modelo majoritário tanto no Brasil como no mundo. Portanto, os resultados desta tese refletem os desfechos de um modelo assistencial preconizado, porém não predominante. Considerações finais: Ainda carecemos de pesquisas que se dediquem a avaliar desfechos negativos em internação psiquiátrica de hospital geral. / Introduction: In the last decades, several factors have determined significant changes in the way to provide psychiatric care. These include changes in the way we understand mental disorders, advances and improvements in the availability of psychiatric treatments, increased political interest in mental health, and emphasis on health care costs. With this, psychiatric hospitalization started to represent a smaller portion of the resources used in mental health care. It fulfills the function of diagnosing and treating acute symptoms with the purpose of avoiding risks, being focused on stabilization, patient safety and short stay. In this context, the study of negative outcomes among patients hospitalized in the psychiatric beds of general hospital becomes more and more necessary. Objectives: To identify determinants of adverse outcomes in patients admitted in psychiatric beds of a general hospital, defined a priori as longer hospital stay, rehospitalization and death from any cause one year after discharge. Methods: This is a naturalistic, longitudinal and prospective study carried out in a psychiatric unit of a general university-level tertiary care hospital. Patients admitted between June 2011 and December 2013 aged 18 years and over were considered eligible, except those who had substance use disorders as the main diagnosis, severe psychomotor agitation in the first 72 hours of admission, cognitive impairment sufficient to compromise the evaluation or refusal to participate in the research. Sociodemographic and clinical data were collected on admission, discharge and one year after discharge. Results: In article 1, six variables explained 14,6% of the variability of length-of-stay: absence of own income, history of psychiatric hospitalizations in the last two years, the total score of Brief Psychiatric Rating Scale and Clinical Global Impression, Schizophrenia diagnosis and history of suicide attempts. Article 2 reaffirmed the role of previous admissions in predicting future hospitalizations. Also, for patients admitted in a depressive episode, not being in remission at discharge increases the chance to be readmitted (OR 2.40; CI 1.14-5.07), as well as higher scores in the Brief Psychiatric Rating Scale at discharge for patients with Schizophrenia (OR 1.28, CI 1.11-1.48). Article 3 reported the mortality among patients followed up, more than three times greater than the mortality of the general population for the same period and geographical area. Discussion: The three studies produced by this thesis collaborate to the body of evidence about adverse outcomes among patients admitted in psychiatric beds of a general hospital. Contemporary psychiatry widely advocates the model of psychiatric hospitalization in general hospital as the best for treatment of acute mental disorder exacerbations. However, it is not the majority model in Brazil as in the world. Therefore, the results of this thesis reflect the outcomes of a recommended, but not predominant, care model. Final considerations: We still lack researches that focus on evaluating negative outcomes in general hospital psychiatric hospitalization.
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Impacto da terapia nutricional sobre infecção e permanência hospitalar em pacientes cirúrgicos : estudo de coorte

Assis, Michelli Cristina Silva de January 2013 (has links)
Introdução: A terapia nutricional (TN) em pacientes cirúrgicos é fundamental para o manejo da desnutrição hospitalar, podendo reduzir as complicações pós-operatórias e a ocorrência de desfechos negativos durante a hospitalização. Não há evidências sobre o impacto da TN implementada na prática clínica, como período de jejum pós-operatório (PO) e ingestão de calorias e proteínas, sobre a incidência de infecção e tempo de internação. Objetivo: Verificar o efeito do jejum PO prolongado e da adequada TN sobre infecção e tempo de internação hospitalar. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo realizado em hospital terciário e universitário. Incluiu-se pacientes adultos submetidos à cirurgia eletiva. Excluíram-se aqueles sem condições de submeter-se à avaliação do estado nutricional, admitidos em unidades de cuidados mínimos e de terapia intensiva, com previsão menor ou igual a 72h de internação e para realização de exames. Os dados demográficos e clínicos, as variáveis de exposição e os desfechos de interesse foram coletados por meio dos registros informatizados da assistência. A avaliação do estado nutricional foi realizada na admissão e a cada sete dias até a alta hospitalar ou o óbito. Considerou-se jejum PO prolongado período maior ou igual a 5 dias e internação prolongada quando 1 dia a mais que a média de cada especialidade. O controle de ingestão foi realizado, pelos pesquisadores, seis vezes por semana em formulários específicos do estudo. Considerou-se TN adequada quando ingestão maior ou igual a 75% do prescrito. Realizou-se análise multivariada e um modelo de regressão logística para verificar as associações e ajustar para os fatores de confusão. Resultados: Os resultados demonstraram que 5,6% dos pacientes analisados ficaram em jejum PO prolongado e 16,2% receberam TN adequada. O jejum PO prolongado foi mais freqüente entre os pacientes da especialidade do aparelho digestivo e proctologia. Após ajuste para variáveis de confusão, verificamos que entre pacientes com jejum PO prolongado o risco para infecção é 2,88 vezes maior (IC95%:1,17–7,16) e o risco para internação prolongada é 4,43 vezes maior (IC95%:1,73–11,35). A TN adequada foi fator de proteção, com redução de 36% (RO=0,36; IC95%: 0,15-0,76) do risco de infecção e de 46% (RO=0,46; IC95%: 0,25-0,84) do risco de internação prolongada. Conclusão: O jejum PO prolongado foi fator de risco independente para infecção e internação hospitalar prolongada. A maioria dos pacientes recebeu inadequada TN e aqueles com adequada TN apresentaram redução do risco de infecção e tempo de internação prolongada. / Background: Nutrition therapy (NT) in surgical patients is important to the management of hospital malnutrition and may reduce postoperative complications and the occurrence of adverse outcomes during hospitalization. There is no evidence on the impact of NT implemented in clinical practice, such as fasting period postoperatively (PO) and intake of calories and proteins, on the incidence of infection and prolonged length of stay. Objective: The aim of this study is to determine the effect of prolonged fasting PO and proper NT on infection and prolonged length of stay. Methods: It is a prospective cohort study conducted in a tertiary, university hospital. Were included adult patients undergoing elective surgery. Those with no conditions for nutritional assessment were excluded, as weel as those admitted in minimal care and intensive care units, with the prediction of a shorter stay (less than 72 hours) or admitted for exams. Demographic and clinical data, the exposure variables, as well as the pertinent endpoints were collected from the electronic records. Nutritional status was assessed upon admission and every seven days until hospital discharge or death. A period equal or longer than 5 days was considered as prolonged PO fasting, and prolonged length of stay when there was 1 extra day as compared to the average of each specialty. Dietary intake control was carried out by researches six times a week. NT was considered adequate if dietary intake was equal to or greater than 75% of the prescribed amount. Data was analyzed using logistic multivariate regression. Results: The results showed that 5.6% of the patients studied, were in prolonged PO fasting and 16.2% had adequate NT. Prolonged PO fasting was more frequent among the patients of the digestive tract and colorectal surgeries. After adjustment for confounding variables, we verified that among patients with prolonged PO fasting the risk for infection is 2.88 times higher (CI 95%:1.17–7.16) and the risk for prolonged stay is 4.43 times higher (CI 95%:1.73–11.35). The adequate NT reduced infection risks by 36% (OR=0.36; 95%CI: 0.15-0.76) and reduced the rates of prolonged hospital length of stay by 46% (OR=0.46; 95%CI: 0.25-0.84). Conclusion: Prolonged PO fasting was an independent risk factor both for infection and prolonged hospital stay. Most patients received inadequate NT, those under adequate NT had reduced infection rates and were less likely to have prolonged hospital length of stay.
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Evolução do estado nutricional dos pacientes internados na unidade pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Silveira, Carla Rosane de Moraes January 2007 (has links)
A avaliação nutricional integra o exame clínico, dado o impacto da desnutrição sobre a evolução da criança hospitalizada. Curvas de crescimento, derivadas de populações infantis não agudamente doentes, são rotineiramente adotadas. No entanto, seu emprego limita a identificação precoce das crianças que se beneficiariam com a implantação de terapia nutricional, por diagnosticar desnutrição já instalada. Também, não é totalmente claro se mudanças nutricionais agudas, em curto período de tempo, podem ser captadas por estes instrumentos. Neste sentido, a presente dissertação de mestrado se propôs a avaliar a prevalência de desnutrição na admissão e a evolução do estado nutricional de pacientes pediátricos de um hospital brasileiro de alta complexidade, descrevendo a associação entre o estado nutricional, tempo de hospitalização, via de administração da dieta e diagnóstico clínico, além de comparar a concordância entre as curvas do NCHS (1977), CDC (2000) e OMS (2006). As crianças foram incluídas ao serem hospitalizadas em qualquer um dos 72 leitos das unidades de pediatria geral. A avaliação foi realizada nas primeiras 48 horas da hospitalização e repetida a cada 7 dias, até a alta hospitalar. Os índices estatura/idade (E/I), peso/idade (P/I) e peso/estatura (P/E) foram estabelecidos para crianças até 10 anos de idade e para as demais, foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC). A classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS/2006) foi adotada como referência para as crianças com idade < 5 anos. Para as crianças entre 5 e 10 anos incompletos adotou-se a classificação do National Center For Health Statistics (NCHS,1977) como referência, a classificação da OMS/1995 serviu como padrão de referência para o IMC, nas demais crianças. A comparação do estado nutricional nos 4 momentos de avaliação foi realizada através de análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas, com teste Post-Hoc de Bonferroni. Curva de Kaplan-Meier foi plotada para avaliar a associação entre estado nutricional e tempo de internação. A concordância entre o diagnóstico emitido pelas 3 curvas foi estimada por meio do coeficiente kappa. As análises foram procedidas no software SPSS versão 12.0. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética e Pesquisa da instituição. Foram incluídos 426 pacientes, sendo 57% meninos e 50,7% menores de um ano. Na admissão, a prevalência de desnutrição variou entre 10% e 21%, dependendo do índice adotado. Nas crianças com até 10 anos de idade, verificou-se melhora do estado nutricional em 21 dias de hospitalização. Pacientes classificados como desnutridos pelo P/E e IMC apresentaram maior risco para permanecerem hospitalizados (HR=1,41; IC95%:1,02-1,92). Não houve associação entre diagnóstico clínico e nutricional (p=0,28). A média de calorias ofertadas aos pacientes, independente da via de administração, estavam em sua maioria adequadas, enquanto a oferta de proteínas excedeu às recomendações para a idade. O uso de via enteral associada à via oral foi mais freqüente nos pacientes com diagnóstico de desnutrição e em risco de baixo peso. Para crianças com idade < 5 anos, foi observada forte correlação na avaliação de todos os índices através das 3 curvas. Ainda assim, quando cada índice foi avaliado em categorias, foi verificada concordância moderada entre os métodos (kappa entre 0,61 e 0,86), havendo tendência do padrão da OMS em classificar mais pacientes como “baixa estatura” e “baixo peso”. Desnutrição, independente do critério empregado para seu diagnóstico, ou do diagnóstico clínico da criança, é prevalente à admissão de crianças, aumentando sua expectativa de permanência hospitalar. A oferta de calorias às crianças foi apropriada e foi observada melhora do estado nutricional dos pacientes durante a hospitalização. Não há concordância plena na classificação nutricional obtida através das 3 curvas avaliadas e, como estratégia de rastreamento, os critérios estabelecidos pela OMS mostram-se mais úteis na identificação de desnutrição. / Nutritional evaluation integrates clinical examination due to the impact of undernutrition on the evolution of a hospitalized child. Growth curves, derived from child populations that are not acutely ill, are usually adopted. However, its use restricts the early identification of the children that would benefit from the implantation of nutritional therapy, as it diagnosis installed undernutrition. Also, it is not completely clear if acute nutritional changes, in a short period of time, may be captured by these instruments. With this regard, this master’s thesis proposes to evaluate the prevalence of undernutrition and the evolution of the nutritional status of pediatric patients in a high complexity Brazilian hospital, describing the association between nutritional status, length of hospital stay, feeding mode, and clinical diagnosis, besides comparing the concordance among the curves of the NCHS (1977), CDC (2000) and WHO (2006). Children were included in the study when they were admitted to any of the 72 beds of the units of general pediatrics. The evaluation was carried out in the first 48 hours of hospitalization and repeated every 7 days, up to hospital discharge. The stature/age (S/A), weight/age (W/A) and weight/stature (W/S) scores were established for children below 10 years of age and for the others, the Body Mass Index (BMI) was calculated. The classification of the World Health Organization (WHO/2006) was adopted as a reference for children < 5 years of age. For children between 5 and 10 years of age, the classification of the National Center for Health Statistics (NCHS, 1977) was adopted as a reference. The classification of the WHA/1995 served as a standard for the BMI in the other children. The comparison of the nutritional status in the four moments of the evaluation was carried out using analysis of variance (ANOVA) for repeated measures, with Bonferroni’s Post-Hoc test. Kaplan-Meier’s curve was plotted in order to evaluate the association between nutritional status and length of hospital stay. The concordance between the diagnoses provided by the 3 curves was estimated by means of the kappa coefficient. The analyses were done in the SPSS software version 12.0. The study was approved by the Ethics and Research Committed of the institution. 426 patients were included. 57% were boys and 50.7% below one year of age. At admission, the prevalence of undernutrition ranged from 10% and 21%, depending on the index adopted. In children below 10 years of age, improvement of the nutritional status in 21 days of hospitalization was observed. Patients classified as undernourished by W/S and BMI showed a greater risk of remaining hospitalized (HR=1.41; IC95%:1.02-1.92). There was no association between clinical and nutritional diagnosis (p=0.28). The average of calories offered patients, regardless of feeding mode, were mostly adequate, whereas the offer of protein exceeded the age recommendations. The use of enteral feeding associated with oral feeding was more frequent in the patients with diagnosis of undernutrition and at risk of low weight. For children < 5 years of age, a strong correlation in the evaluation of all the scores by the 3 curves was observed. Yet, when each score was evaluated in categories, a moderate concordance among the methods (kappa between 0.61 and 0.86) was found, with a tendency to the WHO standard in classifying more patients as “low stature” and “low weight”. Undernutrition, regardless of the criteria used for its diagnosis, or the child’s clinical diagnosis, is prevalent at children’s admission, increasing their expectancy of length of hospital stay. The calorie offer to children was adequate and improvement of the patients’ nutritional status during the hospitalization was observed. There is no complete concordance in the nutritional classification obtained by the 3 curves evaluated and, as a tracking strategy, the criteria established by the WHO showed to be more useful in the identification if undernutrition.
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Desfechos negativos entre pacientes internados em unidade psiquiátrica de hospital geral : um estudo longitudinal

Baeza, Fernanda Lucia Capitanio January 2017 (has links)
Introdução: Nas últimas décadas, vários fatores determinaram importantes modificações no modo de prover assistência psiquiátrica. Entre estes, destacam-se as mudanças no modo como entendemos os transtornos mentais, os avanços e melhora na disponibilidade de tratamentos psiquiátricos, o aumento do interesse político em saúde mental, além da ênfase nos custos da assistência médica. Com isto, a internação psiquiátrica passou a representar uma parcela menor entre os recursos utilizados na assistência em saúde mental. A Psiquiatria hospitalar atual cumpre a função de realizar diagnóstico e tratar sintomas agudos com a finalidade de esbater riscos, focada em estabilização, segurança do paciente e curta permanência. Neste contexto, o estudo de desfechos negativos entre pacientes que internam em leito psiquiátrico de hospital geral torna-se cada vez mais necessário. Objetivos: Identificar determinantes de desfechos negativos entre pacientes que internaram em leito psiquiátrico de hospital geral, definidos a priori como tempo de internação prolongado, reinternação e morte por qualquer causa em um ano a partir do momento da alta hospitalar. Métodos: Estudo naturalístico, longitudinal e prospectivo, realizado em unidade psiquiátrica de um hospital geral universitário de nível terciário. Pacientes admitidos entre junho de 2011 e dezembro de 2013 com 18 anos ou mais foram considerados elegíveis, exceto os que tivessem transtorno por uso de substâncias como diagnóstico principal, agitação psicomotora grave nas primeiras 72 horas da admissão, comprometimento cognitivo suficiente para comprometer a avaliação ou recusa em participar da pesquisa. Dados sociodemográficos e clínicos foram coletados na admissão, alta e um ano após a alta. Resultados: No artigo 1, seis variáveis explicaram 14,6% da variabilidade no tempo de internação: ausência de renda própria, história de internações psiquiátricas nos últimos dois anos, escore total na Brief Psychiatric Rating Scale e na Clinical Global Impression, diagnóstico de Esquizofrenia e história de tentativas de suicídio. O artigo 2 reafirmou o papel das internações anteriores em predizer internações futuras (RC1.38; IC 1.16-1.60) e demonstrou que para pacientes que internaram em episódio depressivo, não estar em remissão no momento da alta aumenta o risco de reinternação (RC 2.40; IC 1.14-5.07), assim como maiores escores na Brief Psychiatric Rating Scale no momento da alta para aqueles admitidos por Esquizofrenia. O artigo 3 reportou a mortalidade entre os pacientes acompanhados um ano 9 após a alta, mais de três vezes maior que a mortalidade da população geral para o mesmo período e área geográfica. Discussão: Os três estudos produzidos por esta tese colaboram para o corpo de evidências sobre desfechos adversos entre pacientes que internaram em leito psiquiátrico de hospital geral. O modelo de internação psiquiátrica em hospital geral é amplamente defendido pela Psiquiatria contemporânea como o melhor para tratamento de agudizações de transtornos mentais graves. Entretanto, não é o modelo majoritário tanto no Brasil como no mundo. Portanto, os resultados desta tese refletem os desfechos de um modelo assistencial preconizado, porém não predominante. Considerações finais: Ainda carecemos de pesquisas que se dediquem a avaliar desfechos negativos em internação psiquiátrica de hospital geral. / Introduction: In the last decades, several factors have determined significant changes in the way to provide psychiatric care. These include changes in the way we understand mental disorders, advances and improvements in the availability of psychiatric treatments, increased political interest in mental health, and emphasis on health care costs. With this, psychiatric hospitalization started to represent a smaller portion of the resources used in mental health care. It fulfills the function of diagnosing and treating acute symptoms with the purpose of avoiding risks, being focused on stabilization, patient safety and short stay. In this context, the study of negative outcomes among patients hospitalized in the psychiatric beds of general hospital becomes more and more necessary. Objectives: To identify determinants of adverse outcomes in patients admitted in psychiatric beds of a general hospital, defined a priori as longer hospital stay, rehospitalization and death from any cause one year after discharge. Methods: This is a naturalistic, longitudinal and prospective study carried out in a psychiatric unit of a general university-level tertiary care hospital. Patients admitted between June 2011 and December 2013 aged 18 years and over were considered eligible, except those who had substance use disorders as the main diagnosis, severe psychomotor agitation in the first 72 hours of admission, cognitive impairment sufficient to compromise the evaluation or refusal to participate in the research. Sociodemographic and clinical data were collected on admission, discharge and one year after discharge. Results: In article 1, six variables explained 14,6% of the variability of length-of-stay: absence of own income, history of psychiatric hospitalizations in the last two years, the total score of Brief Psychiatric Rating Scale and Clinical Global Impression, Schizophrenia diagnosis and history of suicide attempts. Article 2 reaffirmed the role of previous admissions in predicting future hospitalizations. Also, for patients admitted in a depressive episode, not being in remission at discharge increases the chance to be readmitted (OR 2.40; CI 1.14-5.07), as well as higher scores in the Brief Psychiatric Rating Scale at discharge for patients with Schizophrenia (OR 1.28, CI 1.11-1.48). Article 3 reported the mortality among patients followed up, more than three times greater than the mortality of the general population for the same period and geographical area. Discussion: The three studies produced by this thesis collaborate to the body of evidence about adverse outcomes among patients admitted in psychiatric beds of a general hospital. Contemporary psychiatry widely advocates the model of psychiatric hospitalization in general hospital as the best for treatment of acute mental disorder exacerbations. However, it is not the majority model in Brazil as in the world. Therefore, the results of this thesis reflect the outcomes of a recommended, but not predominant, care model. Final considerations: We still lack researches that focus on evaluating negative outcomes in general hospital psychiatric hospitalization.
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Impacto da terapia nutricional sobre infecção e permanência hospitalar em pacientes cirúrgicos : estudo de coorte

Assis, Michelli Cristina Silva de January 2013 (has links)
Introdução: A terapia nutricional (TN) em pacientes cirúrgicos é fundamental para o manejo da desnutrição hospitalar, podendo reduzir as complicações pós-operatórias e a ocorrência de desfechos negativos durante a hospitalização. Não há evidências sobre o impacto da TN implementada na prática clínica, como período de jejum pós-operatório (PO) e ingestão de calorias e proteínas, sobre a incidência de infecção e tempo de internação. Objetivo: Verificar o efeito do jejum PO prolongado e da adequada TN sobre infecção e tempo de internação hospitalar. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo realizado em hospital terciário e universitário. Incluiu-se pacientes adultos submetidos à cirurgia eletiva. Excluíram-se aqueles sem condições de submeter-se à avaliação do estado nutricional, admitidos em unidades de cuidados mínimos e de terapia intensiva, com previsão menor ou igual a 72h de internação e para realização de exames. Os dados demográficos e clínicos, as variáveis de exposição e os desfechos de interesse foram coletados por meio dos registros informatizados da assistência. A avaliação do estado nutricional foi realizada na admissão e a cada sete dias até a alta hospitalar ou o óbito. Considerou-se jejum PO prolongado período maior ou igual a 5 dias e internação prolongada quando 1 dia a mais que a média de cada especialidade. O controle de ingestão foi realizado, pelos pesquisadores, seis vezes por semana em formulários específicos do estudo. Considerou-se TN adequada quando ingestão maior ou igual a 75% do prescrito. Realizou-se análise multivariada e um modelo de regressão logística para verificar as associações e ajustar para os fatores de confusão. Resultados: Os resultados demonstraram que 5,6% dos pacientes analisados ficaram em jejum PO prolongado e 16,2% receberam TN adequada. O jejum PO prolongado foi mais freqüente entre os pacientes da especialidade do aparelho digestivo e proctologia. Após ajuste para variáveis de confusão, verificamos que entre pacientes com jejum PO prolongado o risco para infecção é 2,88 vezes maior (IC95%:1,17–7,16) e o risco para internação prolongada é 4,43 vezes maior (IC95%:1,73–11,35). A TN adequada foi fator de proteção, com redução de 36% (RO=0,36; IC95%: 0,15-0,76) do risco de infecção e de 46% (RO=0,46; IC95%: 0,25-0,84) do risco de internação prolongada. Conclusão: O jejum PO prolongado foi fator de risco independente para infecção e internação hospitalar prolongada. A maioria dos pacientes recebeu inadequada TN e aqueles com adequada TN apresentaram redução do risco de infecção e tempo de internação prolongada. / Background: Nutrition therapy (NT) in surgical patients is important to the management of hospital malnutrition and may reduce postoperative complications and the occurrence of adverse outcomes during hospitalization. There is no evidence on the impact of NT implemented in clinical practice, such as fasting period postoperatively (PO) and intake of calories and proteins, on the incidence of infection and prolonged length of stay. Objective: The aim of this study is to determine the effect of prolonged fasting PO and proper NT on infection and prolonged length of stay. Methods: It is a prospective cohort study conducted in a tertiary, university hospital. Were included adult patients undergoing elective surgery. Those with no conditions for nutritional assessment were excluded, as weel as those admitted in minimal care and intensive care units, with the prediction of a shorter stay (less than 72 hours) or admitted for exams. Demographic and clinical data, the exposure variables, as well as the pertinent endpoints were collected from the electronic records. Nutritional status was assessed upon admission and every seven days until hospital discharge or death. A period equal or longer than 5 days was considered as prolonged PO fasting, and prolonged length of stay when there was 1 extra day as compared to the average of each specialty. Dietary intake control was carried out by researches six times a week. NT was considered adequate if dietary intake was equal to or greater than 75% of the prescribed amount. Data was analyzed using logistic multivariate regression. Results: The results showed that 5.6% of the patients studied, were in prolonged PO fasting and 16.2% had adequate NT. Prolonged PO fasting was more frequent among the patients of the digestive tract and colorectal surgeries. After adjustment for confounding variables, we verified that among patients with prolonged PO fasting the risk for infection is 2.88 times higher (CI 95%:1.17–7.16) and the risk for prolonged stay is 4.43 times higher (CI 95%:1.73–11.35). The adequate NT reduced infection risks by 36% (OR=0.36; 95%CI: 0.15-0.76) and reduced the rates of prolonged hospital length of stay by 46% (OR=0.46; 95%CI: 0.25-0.84). Conclusion: Prolonged PO fasting was an independent risk factor both for infection and prolonged hospital stay. Most patients received inadequate NT, those under adequate NT had reduced infection rates and were less likely to have prolonged hospital length of stay.
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Evolução do estado nutricional dos pacientes internados na unidade pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Silveira, Carla Rosane de Moraes January 2007 (has links)
A avaliação nutricional integra o exame clínico, dado o impacto da desnutrição sobre a evolução da criança hospitalizada. Curvas de crescimento, derivadas de populações infantis não agudamente doentes, são rotineiramente adotadas. No entanto, seu emprego limita a identificação precoce das crianças que se beneficiariam com a implantação de terapia nutricional, por diagnosticar desnutrição já instalada. Também, não é totalmente claro se mudanças nutricionais agudas, em curto período de tempo, podem ser captadas por estes instrumentos. Neste sentido, a presente dissertação de mestrado se propôs a avaliar a prevalência de desnutrição na admissão e a evolução do estado nutricional de pacientes pediátricos de um hospital brasileiro de alta complexidade, descrevendo a associação entre o estado nutricional, tempo de hospitalização, via de administração da dieta e diagnóstico clínico, além de comparar a concordância entre as curvas do NCHS (1977), CDC (2000) e OMS (2006). As crianças foram incluídas ao serem hospitalizadas em qualquer um dos 72 leitos das unidades de pediatria geral. A avaliação foi realizada nas primeiras 48 horas da hospitalização e repetida a cada 7 dias, até a alta hospitalar. Os índices estatura/idade (E/I), peso/idade (P/I) e peso/estatura (P/E) foram estabelecidos para crianças até 10 anos de idade e para as demais, foi calculado o Índice de Massa Corporal (IMC). A classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS/2006) foi adotada como referência para as crianças com idade < 5 anos. Para as crianças entre 5 e 10 anos incompletos adotou-se a classificação do National Center For Health Statistics (NCHS,1977) como referência, a classificação da OMS/1995 serviu como padrão de referência para o IMC, nas demais crianças. A comparação do estado nutricional nos 4 momentos de avaliação foi realizada através de análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas, com teste Post-Hoc de Bonferroni. Curva de Kaplan-Meier foi plotada para avaliar a associação entre estado nutricional e tempo de internação. A concordância entre o diagnóstico emitido pelas 3 curvas foi estimada por meio do coeficiente kappa. As análises foram procedidas no software SPSS versão 12.0. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética e Pesquisa da instituição. Foram incluídos 426 pacientes, sendo 57% meninos e 50,7% menores de um ano. Na admissão, a prevalência de desnutrição variou entre 10% e 21%, dependendo do índice adotado. Nas crianças com até 10 anos de idade, verificou-se melhora do estado nutricional em 21 dias de hospitalização. Pacientes classificados como desnutridos pelo P/E e IMC apresentaram maior risco para permanecerem hospitalizados (HR=1,41; IC95%:1,02-1,92). Não houve associação entre diagnóstico clínico e nutricional (p=0,28). A média de calorias ofertadas aos pacientes, independente da via de administração, estavam em sua maioria adequadas, enquanto a oferta de proteínas excedeu às recomendações para a idade. O uso de via enteral associada à via oral foi mais freqüente nos pacientes com diagnóstico de desnutrição e em risco de baixo peso. Para crianças com idade < 5 anos, foi observada forte correlação na avaliação de todos os índices através das 3 curvas. Ainda assim, quando cada índice foi avaliado em categorias, foi verificada concordância moderada entre os métodos (kappa entre 0,61 e 0,86), havendo tendência do padrão da OMS em classificar mais pacientes como “baixa estatura” e “baixo peso”. Desnutrição, independente do critério empregado para seu diagnóstico, ou do diagnóstico clínico da criança, é prevalente à admissão de crianças, aumentando sua expectativa de permanência hospitalar. A oferta de calorias às crianças foi apropriada e foi observada melhora do estado nutricional dos pacientes durante a hospitalização. Não há concordância plena na classificação nutricional obtida através das 3 curvas avaliadas e, como estratégia de rastreamento, os critérios estabelecidos pela OMS mostram-se mais úteis na identificação de desnutrição. / Nutritional evaluation integrates clinical examination due to the impact of undernutrition on the evolution of a hospitalized child. Growth curves, derived from child populations that are not acutely ill, are usually adopted. However, its use restricts the early identification of the children that would benefit from the implantation of nutritional therapy, as it diagnosis installed undernutrition. Also, it is not completely clear if acute nutritional changes, in a short period of time, may be captured by these instruments. With this regard, this master’s thesis proposes to evaluate the prevalence of undernutrition and the evolution of the nutritional status of pediatric patients in a high complexity Brazilian hospital, describing the association between nutritional status, length of hospital stay, feeding mode, and clinical diagnosis, besides comparing the concordance among the curves of the NCHS (1977), CDC (2000) and WHO (2006). Children were included in the study when they were admitted to any of the 72 beds of the units of general pediatrics. The evaluation was carried out in the first 48 hours of hospitalization and repeated every 7 days, up to hospital discharge. The stature/age (S/A), weight/age (W/A) and weight/stature (W/S) scores were established for children below 10 years of age and for the others, the Body Mass Index (BMI) was calculated. The classification of the World Health Organization (WHO/2006) was adopted as a reference for children < 5 years of age. For children between 5 and 10 years of age, the classification of the National Center for Health Statistics (NCHS, 1977) was adopted as a reference. The classification of the WHA/1995 served as a standard for the BMI in the other children. The comparison of the nutritional status in the four moments of the evaluation was carried out using analysis of variance (ANOVA) for repeated measures, with Bonferroni’s Post-Hoc test. Kaplan-Meier’s curve was plotted in order to evaluate the association between nutritional status and length of hospital stay. The concordance between the diagnoses provided by the 3 curves was estimated by means of the kappa coefficient. The analyses were done in the SPSS software version 12.0. The study was approved by the Ethics and Research Committed of the institution. 426 patients were included. 57% were boys and 50.7% below one year of age. At admission, the prevalence of undernutrition ranged from 10% and 21%, depending on the index adopted. In children below 10 years of age, improvement of the nutritional status in 21 days of hospitalization was observed. Patients classified as undernourished by W/S and BMI showed a greater risk of remaining hospitalized (HR=1.41; IC95%:1.02-1.92). There was no association between clinical and nutritional diagnosis (p=0.28). The average of calories offered patients, regardless of feeding mode, were mostly adequate, whereas the offer of protein exceeded the age recommendations. The use of enteral feeding associated with oral feeding was more frequent in the patients with diagnosis of undernutrition and at risk of low weight. For children < 5 years of age, a strong correlation in the evaluation of all the scores by the 3 curves was observed. Yet, when each score was evaluated in categories, a moderate concordance among the methods (kappa between 0.61 and 0.86) was found, with a tendency to the WHO standard in classifying more patients as “low stature” and “low weight”. Undernutrition, regardless of the criteria used for its diagnosis, or the child’s clinical diagnosis, is prevalent at children’s admission, increasing their expectancy of length of hospital stay. The calorie offer to children was adequate and improvement of the patients’ nutritional status during the hospitalization was observed. There is no complete concordance in the nutritional classification obtained by the 3 curves evaluated and, as a tracking strategy, the criteria established by the WHO showed to be more useful in the identification if undernutrition.

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