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Tentativas de suicidio atendidas no Hospital de Clinicas da Unicamp : diferenças entre os sexos / Suicide attempts seen at Hospital de Clinicas Unicamp : sex differencesStefanello, Sabrina 24 August 2007 (has links)
Orientador: Neury Jose Botega / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-09T04:19:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: Objetivo: Identificar diferenças entre os sexos em variáveis sócio-demográficas, psicossociais e clínicas entre aqueles que tentaram o suicídio e que foram atendidos no pronto socorro do Hospital de Clínicas (HC) da UNICAMP. Método: Trata-se de estudo transversal, sub-projeto do Estudo Multicêntrico de Intervenção no Comportamento Suicida (SUPRE-MISS), organizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Duzentos e doze sujeitos participaram do estudo. A avaliação foi feita por meio de entrevista estruturada, contendo informações sobre saúde mental e física, contato com serviços de saúde, uso de substâncias psicoativas, eventos traumáticos de vida, dificuldades psicossociais, apoio social, diagnóstico psiquiátrico, problemas com a justiça, comportamento anti-social e escalas psicométricas. A comparação entre os sexos foi feita usando-se análise de regressão logística uni e multivariada. Resultados: Do total, 49% estavam na faixa etária entre 25 a 44 anos, e 143 (68,1%) foram do sexo feminino. Quase todos os que tentaram suicídio tiveram um diagnóstico psiquiátrico (96%). Os transtornos do humor foram mais freqüentes entre as mulheres (54% versus 32%, p=0,003) e os transtornos mentais por uso de substâncias psicoativas, especialmente álcool, foi mais freqüente entre os homens (31% versus 7%, p=0,0001). As mulheres tiveram piores escores no Índice de Bem-Estar OMS (p=0,005), na escala de Beck de Depressão (p=0,01) e na escala de Desempenho do Papel Social (p=0,03). Mais mulheres (58%) que homens (35%, p=0,002) haviam tentado o suicídio anteriormente, e tinham sofrido abuso físico e/ou sexual (26% versus 8%, p=0,002). As mulheres haviam procurado mais frequentemente tratamento psiquiátrico (50% versus 34%, p=0,03) e freqüentaram mais o culto religioso (uma vez por semana: 45% versus 23%, p=0,007). As tentativas de suicídio envolveram maior risco de morte entre os homens (48% versus 28%, p=0,01), assim como o uso de álcool/drogas associado à tentativa de suicídio (30% versus 13%, p=0,003). Após uma tentativa de suicídio prévia, os homens sentiram mais pena de si mesmos (64% versus 36%, p=0,01). Na análise multivariada, as variáveis que melhor discriminaram diferenças entre os sexos foram: uso de álcool e/ou drogas relacionado à tentativa de suicídio atual(2,9 vezes maior nos homens), abuso físico e/ou sexual (4,4 vezes menor nos homens), sentimento do Índice de Bem-Estar ¿sentir-se ativo e vigoroso¿ (4,5 vezes maior entre os homens) e a presença de transtorno mental por uso de substância psicoativa (3,6 vezes maior nos homens). Conclusão: Os homens tiveram menos diagnóstico de depressão, menores escores na escala de depressão e disseram que estavam sentindo-se mais ¿ativos e vigorosos¿. Embora os homens ingeriram bebida alcoólica mais frequentemente e fizeram tentativas de suicídio mais graves, eles sentiram mais vergonha e pena de si mesmos, tiveram mais problemas no trabalho e haviam feito menos tratamento psiquiátrico que as mulheres. As mulheres mais frequentemente sofreram abuso físico e/ou sexual prévio, estavam mais deprimidas e apresentaram mais dificuldades em lidar com crises / Abstract: Objective: The aim of this study was to identify sex differences in clinical, psicossocial and demographic variables among those who attempted suicide and were seen at the emergency room of the Hospital de Clínicas (HC) UNICAMP.Methods: This was a cross-sectional study, sub-project of the Suicide Prevention ¿ Multisite Intervention Study on Suicidal Behaviors (SUPRE-MISS) organized by the World Health Organization (WHO). 212 subjects were enrolled in the study. A structured questionnaire covered a series of variables, including mental and physical health status, contact with health services, alcohol and drug related questions, traumatic experiences, psychosocial difficulties, life satisfaction, social support, psychiatric diagnosis, problems with justice, anti-social behavior and specific psychometric scales. A comparison between sexes was made using uni and multivariate logistic regression analysis. Results: Overall 49% were between 25 and 44 years old, and 143 (68.1%) were females. Almost all suicide attempters had a mental disorder (96%). Affective disorders were more frequent among women (54% versus 32%, p=0.003) and mental disorders caused by psychoactive substance use, especially alcohol, were more frequent among men (31% versus 7%, p=0.0001). Females had worse scores at the WHO Index of Well-Being (p=0.005), at the Beck Depression Inventory (p=0.01) and at the Psychiatric Disability Assessment Schedule (p=0.03). More women (58%) than men (35%, p=0.002) had previously made a suicide attempt, and had suffered physical and/or sexual abuse (26% versus 8%, p=0.002). Women had more frequently looked for psychiatric treatment (50% versus 34%, p=0.03) and attended to religious cult (once a week: 45% versus 23%, p=0.007). Suicide attempts involved more risk of death among men (48% versus 28%, p=0.01), as well as the use of alcohol/drugs at the suicide attempt (30% versus 13%, p=0.003). After a previous suicide attempt men felt more pity of themselves (64% versus 36%, p=0.01). In the multivariate analysis, the variables which better discriminated differences between sexes were: ingestion of alcohol and/or drugs at suicide attempt (2.9 times more frequent in men), physical and/or sexual abuse (4.4 times less frequent in males), ¿active and vigorous¿ well-being feelings (4.5 times more frequent in men) and a mental disorder caused by psychoactive substance use (3.6 more frequent in males). Conclusion: Males had less diagnosis of affective disorder, lower scores at the depression scale and told they were feeling more ¿active and vigorous¿. Although men consumed alcohol more frequently and had more serious suicide attempts, they felt more pity and shame of themselves, had more problems at work and had had less treatment than females. Women had more frequently suffered physical and/or sexual abuse, were more depressed and had difficulties to handle crisis / Mestrado / Saude Mental / Mestre em Ciências Médicas
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Uso nocivo ou dependencia de bebidas alcoolicas e comportamento suicida em pacientes internados no Hospital Geral / Suicidal behavior amongst patients with alcohol missue admitted to a General HospitalLima, Daniela Dantas, 1975- 02 August 2010 (has links)
Orientador: Neury Jose Botega / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-15T14:02:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: Objetivo: Detectar fatores associados ao comportamento suicida em pacientes que fazem uso nocivo de bebidas alcoólicas internados em hospital geral. Método: 4.352 pacientes, admitidos consecutivamente, foram avaliados utilizando-se um rastreamento do qual constavam as escalas AUDIT e HAD. Fixando-se histórico de tentativa de suicídio como variável dependente, testes de qui-quadrado foram realizados com variáveis sociodemográficas e clínicas. Resultados: Uso nocivo de álcool (AUDIT > 8) foi detectado em 423 pacientes. Dentre estes, 60 (14,2%) tinham depressão (HAD > 8) e 34 (8%) tinham histórico de tentativa de suicídio. Observou-se, também, maior frequência de tentativa de suicídio prévia em pacientes que estavam deprimidos (p = 0,0001), portadores de HIV (p = 0,0001) e que faziam uso de psicofármacos (p = 0,02). Conclusões: A elevada prevalência de depressão em pacientes com transtornos relacionados ao uso de álcool e com tentativa de suicídio pregressa reforça a hipótese de que há outros fatores, como a depressão, relacionados à co-ocorrência de alcoolismo e suicídio / Abstract: Objective: to detect factors associated to suicidal behavior among patients admitted to a general hospital who presented harmful alcohol drinking pattern. Method: 4352 patients consecutively admitted were screened by means of the AUDIT and HAD. Chi-square tests were performed taking history of previous suicide attempts as dependent variable. Results: 432 individuals presented alcohol harmful use or dependence (AUDIT > 8), 60 (14.2%) of which had depression (HAD > 8) and 34 (8%) previous suicide attempt. The latter was more frequent among those who were depressed (p = 0.0001), taking psychotropic medicines (p = 0.02) and HIV positive (p = 0.0001). Conclusion: The high prevalence of depression in these patients reinforces the hypothesis that there are other factors, such as depression, associated with the cooccurrence of alcoholism and suicide / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestre em Ciências Médicas
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Tentativa de suicídio: vivências dos profissionais de saúde no pronto-socorro / Attempted suicide: health care professionals experiences in the E.R.Giovana Vidotto Roman Toro 16 December 2016 (has links)
O suicídio é um fenômeno complexo, considerado problema de saúde pública devido às altas taxas de tentativas e consequentes óbitos. O contato inicial com o paciente que tentou o suicídio, na maioria das vezes, ocorre no pronto-socorro do hospital geral, sendo, fundamental analisar o relacionamento entre os membros da equipe de saúde e o paciente com comportamento suicida para entender como o cuidado está sendo oferecido. Este estudo teve como objetivo compreender como profissionais de saúde, que atuam no pronto-socorro, vivenciam a assistência prestada ao paciente que tentou suicídio. A pesquisa teve caráter qualitativo e a coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas abertas. O material obtido a partir dos depoimentos foi avaliado por meio da técnica da análise temática. As respostas dadas pelos colaboradores foram agrupadas em temas comuns: conceituação do suicídio; importância do atendimento multiprofissional; diferenças entre o SUS e o sistema privado; as distintas posturas dos profissionais de saúde; relação família-paciente; medicamentos como forma de cuidado e tentativa de suicídio; sofrimento psíquico entre os profissionais. A presente investigação apontou que a assistência ao paciente que tentou o suicídio no pronto-socorro é inadequada, marcada pela falta de preparo e fragmentação do cuidado. Evita-se o contato com o sofrimento intenso relacionado com o ato suicida e o cuidado a esse paciente é redirecionado aos profissionais da saúde mental. Os fatores que influenciam na assistência precisam ser reconhecidos e reformulados para que haja melhoria na qualidade dos atendimentos possibilitando um cuidado integral à pessoa com ideação e tentativa de suicídio / Suicide is a complex phenomenon, considered a public health problem given high resultant mortality rates. In the majority of cases, initial contact with patients who attempted suicide occurs in the emergency room of a general hospital. As a result, analyzing the relationship between members of the healthcare team and the patient with suicidal behavior is paramount to understanding how care is being provided. The objective of this study was to understand health care professionals experiences in treating attempted suicide patients while working in the E.R. The study was qualitative in nature and data were collected via open interviews. The data obtained from the depositions were analyzed using thematic analysis. The responses given by the interviewees were grouped into topics: the concept of suicide; the importance of multidisciplinary care; differences between the public and private health systems; the different postures of health care professionals; the patient-family relationship; medication as both a form of treatment and a manner for attempted suicide; and psychic suffering among health care professionals. The present study found that care for patients provided in the E.R. after attempting suicide is inadequate, defined by a lack of preparation on part of the health care professionals and fragmented care. Health care professionals avoid contact with the intense suffering related with the act of suicide and these patients are redirected to mental health professionals. The diverse factors that influence care should be recognized and reconsidered so that the quality of care is improved, which would provide for holistic care of the patient with suicidal thoughts or attempted suicide
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Custos diretos e indiretos de tentativas de suicídio de alta letalidade internadas em hospital geral / Direct and indirect costs of suicide attempts with hight lethality in a general hospitalSgobin, Sara Maria Teixeira, 1978- 22 August 2018 (has links)
Orientador: Neury José Botega / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-22T16:12:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: O suicídio, ao longo dos anos, vem se tornando um problema de saúde pública. Além do impacto emocional e social, a morte prematura por suicídio implica um grande impacto econômico. Apesar de se estimar que as tentativas de suicídio sejam de 10 a 20 vezes mais frequentes que o suicídio, seu impacto socioeconômico é pouco estudado. Na tomada de decisão para medidas de prevenção do comportamento suicida, o conhecimento do ônus financeiro, levando-se em conta o custo do suicídio e de tentativas de suicídio, pode ser um forte sensibilizador de gestores públicos para a implementação de estratégias de prevenção, e estimular futuros estudos de custo efetividade. No Brasil, segundo o que pudemos revisar, não há dados publicados a esse respeito, sendo este, o intuito do presente estudo. Objetivo: Descrever os custos direto (custo diretamente ligado ao tratamento da tentativa de suicídio) e indireto (perda de produtividade após a tentativa de suicídio) de casos de tentativas de suicídio com alta intencionalidade suicida e alta letalidade de método internados em um hospital geral universitário, e comparar esses custos aos de casos de síndrome coronariana aguda internados no mesmo hospital, no mesmo período. Método: Estudo observacional comparativo tipo análise de custo de doença desenvolvido com pacientes internados no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Resultados: Os valores médios de custo encontrados por episódios de tentativa de suicídio de alta intencionalidade suicida e alta letalidade de método foram: custo direto individual R$10635,62 ($6168,65USD), Custo indireto individual R$1186,35 ($688,08 USD) e, custo total de R$12.351,31 ($7163,75USD). No grupo de síndromes coronarianas agudas, o custo direto médio por episódio foi R$7989,56 ($4633,94 USD), e o custo indireto médio foi R$2228,15 ($1292,27 USD). O custo total por episódio foi R$10220,61 ($5929,95 USD). A análise comparativa entre os diferentes tipos de custo (custo direto, custo indireto e custo indireto familiar), indica uma diferença significativa entre os custos indiretos a familiares dos dois fenômenos, apontando para custos significativamente mais elevados no grupo de tentativas de suicídio (p=0,0022 e 0,0066 quando ajustado para a idade). Conclusão: as tentativas de suicídio graves, com alta intencionalidade suicida e alta letalidade de método utilizado na tentativa de suicídio podem apresentar um custo econômico total tão elevado quanto às síndromes coronarianas agudas, doença com maior fardo econômico mundial. Dentre os componentes do custo direto, o custo hospitalar é responsável pela maior parte dos custos, particularmente as diárias hospitalares. Um dos achados mais importantes deste estudo foi à diferença encontrada entre o custo indireto familiar dos dois eventos. Familiares da amostra de pacientes com tentativa de suicídio apresentaram um custo indireto significativamente maior que familiares do grupo de pacientes de síndrome coronariana aguda. Este fato reforça a ideia que o comportamento suicida não afeta apenas o indivíduo, mas sim o meio social à sua volta: emocionalmente e economicamente / Abstract: Besides the socio-emotional impact, the premature death caused by suicide implies a high economic impact. Although being more frequent, the social-economical impact of suicide attempts is little studied. The knowledge of this financial burden, through studies of direct and indirect costs may be a strong sensitizer of public gestors for the implementation of prevention strategies. Considering suicide prevention in Brazil, there are no published data about it. Objective: to describe the direct and indirect costs of suicide attempt cases with high suicide intention and high lethality of the method taking in account inpatients of general university hospital and to compare to the costs of acute coronary syndrome cases considering inpatients of the same hospital. Method: a comparative observations study analyzing the cost of the illness. Results: the average values of the costs met per episodes of suicide attempt were: direct individual cost $6168,65 USD, indirect individual cost $688,08 USD and total cost of $7163,75 USD. In the group of acute coronary syndromes, the direct cost per episode was $4633,94 USD, the indirect average cost was $1292,27 USD, and the total cost per episode was $5929,95 USD. The comparative analysis among the different types of cost (direct cost, indirect cost and family indirect cost) shows a meaningful difference between the indirect costs and the family cost of the two phenomena with meaningfully more elevated costs in the group of suicide attempts (p=0,0022 and 0,0066 when age adjusted). Conclusion: the severe suicide attempts may present a total cost as elevated as the acute coronary syndromes, an illness with the biggest economic burden in the world. Among the components of the direct cost, the hospital cost is responsible for most of the costs. An important finding of this study was the meaningful difference between the indirect family costs of the two events. Relatives of the patients with suicide attempt showed an indirect cost significantly higher than relatives of patients with acute coronary syndrome. This fact reinforces the idea that the suicide behavior does not affect only the individual but the social environment around him/her, both emotionally and economically / Mestrado / Saude Mental / Mestra em Ciências Médicas
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O impacto das lesões intencionais na sobrevida de pacientes queimados : análise de uma coorte histórica no sul do BrasilDuarte, Daniele Walter January 2013 (has links)
Introdução: As queimaduras intencionais podem ser dividas em lesões auto infligidas e resultantes de agressão. Em países latinos, incluindo o Brasil, existem poucos estudos acerca deste assunto, a maioria deles voltados ao estudo das lesões auto infligidas. Existe consenso entre especialistas da área de que as vítimas deste tipo de exposição enfrentam lesões mais graves e com maior morbimortalidade. No entanto, os relatos identificados na literatura não avaliam de forma conclusiva o impacto destas exposições de forma independente, considerando a severidade da lesão e comorbidades prévias. Compreender como estas formas de exposição à queimadura impactam na mortalidade e estimar suas incidências pode ser de grande valia no planejamento do tratamento destas lesões. Adicionalmente, a identificação dos fatores de risco associados a estas exposições pode ajudar a guiar medidas preventivas de forma mais efetiva. O presente trabalho objetiva comparar as queimaduras auto infligidas e resultantes de agressão com as lesões acidentais quanto aos principais fatores associados e quanto à sobrevida controlando para fatores de confusão e demais variáveis que possam afetar a mortalidade. Métodos: No intuito de responder estas questões, procedemos a uma revisão retrospectiva de todos os casos de pacientes queimados internados entre 01 de janeiro de 2003 a 31 de dezembro de 2012 no Centro de Queimados do Hospital de Pronto Socorro de Porto de Porto Alegre, centro de referência em queimados no sul do Brasil. A sobrevida dos grupos foi comparada através de análise multivariável de riscos proporcionais de Cox. Resultados: 1.734 pacientes foram incluídos no estudo, 87,7% por lesões acidentais e 12,4% intencionais (6,6% auto infligidas e 5,8% por agressão). As lesões auto infligidas e por agressão resultaram em lesões significativamente mais graves, necessitando maior tempo de permanência hospitalar (mediana de 23 e 17 dias, respectivamente, versus 11 dias, p< 0,001) e com maior mortalidade (40,4% e 25.7%, respectivamente, versus 8,8%, p<0,001) quando comparadas às lesões acidentais. Ambas as exposições associaram-se significativamente com drogadição (35,1% e 53,5% p<0,001) e as lesões auto infligidas associaram-se significativamente com história de doença psiquiátrica prévia (50%, p=0,004). Lesões auto infligidas representaram fator de risco para mortalidade (HR= 1,59, p= 0,03) no modelo multivariável. Lesões por agressão não foram identificadas como fator de risco para óbito neste modelo. Conclusões: Este trabalho identifica as lesões auto infligidas como fator de risco independente para mortalidade em pacientes queimados. Os fatores que explicam este resultado ainda precisam ser investigados, mas é provável que diversos mecanismos biológicos e sociais concorram para esse desfecho. Estresse pós-traumático, piora ou surgimento de sintomas depressivos e relação de contratransferência negativa por parte da equipe assistente ao tratarem estes indivíduos são alguns deles. Por fim, considerandose a maior morbimortalidade associada às queimaduras intencionais e a sua transcendência em termos de saúde pública, destacamos a importância de intervir sobre os principais fatores de risco para estas exposições, como drogadição e outras doenças psiquiátricas, objetivando diminuir a ocorrência das mesmas. / Background: We can divide intentional burns in self-inflicted injuries and injuries resulted from assaults. There are few studies addressing this issue in Latin countries including Brazil, most of them mainly considering self-inflicted burns. There is consensus among the authors that these patients experience extensive injuries with excess of morbidity and mortality. Nonetheless, there are contradictory reports if these patients have worse outcomes than expected, when injury severity and other preexistent clinical and psychiatric comorbidities are taken into account in analysis. Understanding how these injuries impact on mortality and estimating its occurrence can be worthy in planning adequate treatment for these patients. Moreover, analyzing the risk factors for these injuries may help in guiding preventive efforts. This study aims to compare self-inflicted injuries and injuries from assaults with accidental injuries concerning the main associated factors and survival controlling for confounders. Methods: In order to investigate these issues, we proceeded with a ten-year retrospective review on all consecutive burn patients treated from 1 January 2003 until 31 December 2012 at the Burn Care Unit of Hospital de Pronto Socorro in Porto Alegre, a reference for burn care in southern Brazil. Survival was compared by means of a multivariable Cox proportional hazard ratio model. Results: 1,734 patients met inclusion criteria, 87.7% accidental, 6.6% self-inflicted and 5.8% from aggression. Self-inflicted burns and burns from aggressions resulted in significantly severer injuries, with longer length of hospital stay (median of 23 and 17 days versus 11 days, p< 0.001) and higher mortality (40.4% and 25.7% versus 8.8%, p<0.001) comparing to accidental injuries. Self-inflicted injuries and aggression were both associated with drug abuse (35.1% and 53.5% p<0.001) and self-inflicted injuries were associated with psychiatric disorders (50%, p=0.004). After multivariable Cox Regression Analysis controlling for confounders, self-inflicted injuries correlated significantly with a decrease in survival (HR= 1.59, p= 0.03). We found no higher risk of death among burns from assaults after controlled analysis. Conclusions: Our findings identify self-inflicted injuries as an independent predictor of death in burn patients. Although the explanation to this result remain to be investigated, many biological and social factors may concur to explain this outcome. Posttraumatic stress, worsening of depressive symptoms and a negative countertransference of the health care team with these patients are some to be considered. Finally, considering the worse outcomes associated to the intentional injuries, we highlight the importance of treating the main associated risk factors for these injuries, such as drug abuse and other psychiatric disorders, in orders to lower its occurrence.
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Violência por parceiro íntimo na gravidez e comportamento suicidaSIQUEIRA, Deisyelle Magalhães Barbosa 24 August 2016 (has links)
SIQUEIRA, Deisyelle Magalhães Barbosa, também é conhecida em citações bibliográficas por: BARBOSA, Deisyelle Magalhães / Submitted by Pedro Barros (pedro.silvabarros@ufpe.br) on 2018-09-24T21:16:19Z
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Previous issue date: 2016-08-24 / CAPES / OBJETIVO: Verificar a associação entre a violência por parceiro íntimo na gravidez (VPIG) com o comportamento suicida de mulheres nos últimos sete anos. MÉTODOS: Estudo de coorte realizado entre 2013 e 2014, incluindo 644 mulheres cadastradas na Estratégia de Saúde da Família do Distrito Sanitário II, da cidade do Recife-PE. As mulheres foram entrevistadas na gravidez, puerpério e nos últimos sete anos, utilizando-se um questionário adaptado do Estudo Multipaíses sobre a Saúde da Mulher e Violência Doméstica da Organização Mundial da Saúde. O comportamento suicida englobou toda atitude no sentido de pôr fim à vida ou apenas tentar pôr fim à vida, independente do potencial letal do meio utilizado. Para avaliar comportamento suicida foram utilizadas as perguntas “Já tentou pôr fim à sua vida?” e “Tem tido a ideia de acabar com a vida?”. A regressão de Poisson foi utilizada para estimar os riscos relativos (RR) brutos e ajustados. RESULTADOS: Na gravidez, 33,9% foram vítimas de algum tipo de violência. A incidência do comportamento suicida foi de 47,37% entre as mulheres que relataram violência na gravidez. O comportamento suicida mostrou-se associado à VPIG (RR: 2,22; IC95%: 1,30-3,77). O apoio social mostrou-se como fator de proteção ao comportamento suicida (RR=0,35; IC 95%: 0,20-0,60). DISCUSSÃO: O estudo mostrou associação entre VPIG e comportamento suicida, mesmo após os ajustes por fatores considerados de confundimento. Nesse contexto o apoio social apareceu como fator de proteção. Tendo em vista os inúmeros impactos negativos da violência na saúde mental das mulheres vítimas de VPIG, faz-se necessário que os serviços de saúde estejam preparados para lidar com as vítimas da violência, bem como investir em políticas que garantam acesso às diversas modalidades de terapias e prevenção de danos. / OBJECTIVE: To investigate the association between intimate partner violence in pregnancy with women`s suicidal behavior in the last seven years. METHODS: This prospective cohort study was conducted with 644 women, enrolled in the Brazilian Family Health Strategy in Recife, Northeastern Brazil, between 2013 and 2014.The women were interviewed during pregnancy, postpartum and past seven years using a questionnaire adapted from the Multi-Country Study on Women's Health and Domestic Violence of the World Health Organization. Suicidal behavior encompasses the whole attitude towards putting an end to life or just trying to put an end to life, regardless of the lethal potential of the medium used. Poisson regression was used to estimate crude and adjusted relative risks (RR). RESULTS: The study showed that during pregnancy, 33,9% of women have suffered some kind of violence. The incidence of suicidal behavior was 47.37% among women who reported violence during pregnancy. Suicidal behavior was associated with IPVG (RR: 2.22; CI: 1.30-3.77). Social support was shown as a protective factor for suicidal behavior (RR = 0.35; CI: 0.20-0.60). DISCUSSION: The study showed an association between IPV and suicidal behavior, even after adjusting for confounding factors. In this context social support appeared as a protective factor. Given the many negative impacts of violence on the mental health of women victims of IPV, it is necessary that health services are prepared to deal with victims of violence and to invest in policies to guarantee access to the various modalities of therapies and prevention of damage.
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Cicatrizes de um trauma: aspectos emocionais relacionados ao ato da tentativa de suicídio pelo uso do fogoMaciel, Karine Viana January 2013 (has links)
Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2015-06-25T12:25:52Z
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Previous issue date: 2013 / Nenhuma / Esta dissertação é composta por dois artigos, um de revisão sistemática da literatura e um empírico. A pesquisa desenvolvida teve como foco de investigação as tentativas de suicídio realizadas a partir do uso do fogo. No estudo I, realizou-se uma revisão sistemática da literatura nacional e internacional sobre a temática das tentativas de suicídio através de queimaduras autoinfligidas, no período de 2007-2012, nas bases de dados Academic Search Premier, MEDLINE/Pubmed, Lilacs e Scielo. Encontrou-se 23 artigos, a maioria de natureza quantitativa e que foram publicados em diferentes revistas da área da saúde e por diferentes profissionais. Os resultados apontam que este acontecimento ocorre com maior freqüência nos países subdesenvolvidos, em que as taxas para o suicídio consumado apresentam-se maiores para o sexo masculino e, nos casos de tentativas de suicídio, a grande maioria dos sujeitos é do sexo feminino. Os estudos também averiguaram que as pessoas que tentavam suicídio pelo fogo apresentavam baixo nível de escolaridade, deram na maioria adultos jovens e tinham histórico psiquiátrico e/ou abuso de drogas e dificuldades de relacionamento social e familiar. Já no estudo II, o objetivo foi compreender os significados da escolha do fogo como um dispositivo para a tentativa de suicídio e identificar os aspectos emocionais que permeiam a vida desses indivíduos diante do trauma da queimadura. Participaram do estudo oito mulheres que haviam sofrido queimaduras autoinfligidas há pelo menos um ano e meio e que estavam em acompanhamento médico ambulatorial para reparação das cicatrizes da queimadura em um hospital de Porto Alegre. Todas as participantes responderam a uma entrevista semiestruturada que investigava a história de vida das participantes, o momento de atear-se fogo, a experiência da queimadura, seu atual contexto de vida, os sentimentos após o ato, a reinserção social e como a queimadura tem afetado no seu dia a dia e sua saúde psíquica e física. Além disso, também foi aplicado um questionário de dados sociodemográficos e clínicos. A idade das mesmas variou entre 24 e 55 anos, cinco delas relataram serem casadas/viver junto, duas se separaram após a ocorrência da queimadura e uma delas era viúva. A maioria das participantes colocou fogo em si mesmo num ato impulsivo, em que elas não tinham conhecimento sobre as cicatrizes deixadas pela queimadura e admitiram tê-lo feito para intenção de chamar a atenção de algum familiar próximo a elas. Após o ato, surgiram dificuldades relacionadas à reinserção social, enfrentamento com o olhar de estranhamento do outro e com o seu próprio, diante de uma nova imagem. Concluiu-se que é de extrema importância que se invista em programas de informação e prevenção a fim de evitar que novos casos de queimaduras autoinfligidas venham a ocorrer, causando consequências devastadoras destes sujeitos. / This dissertation consists in two articles, a systematic review of the literature and an empirical. The conducted survey focused on research suicide attempts made from the use of fire. The study 1 carried out a systematic review of national and international literature on the topic of suicide attempts by self-inflicted burns in the period 2007-2012, the databases Academic Search Premier, MEDLINE / PubMed, Lilacs and Scielo. It was found 23 articles, most quantitative and which were published in various journals in the area of health and by different professionals. The results show that this event occurs more frequently in developing countries, where the rates for suicide present higher for males, and in cases of attempted suicide, the vast majority of subjects were female. The studies also found out that people who had attempted suicide by fire had low level of education achievement, were mostly young adults and had psychiatric history and/or substance abuse and difficulties on social and family relationships. In the study 2, the aim was to understand the meanings of the choice of fire as a device for the suicide attempt and identify the emotional aspects that permeate the lives of these individuals before the burn trauma. The study included eight women who had suffered self-inflicted burns for at least a year and a half and were under medical supervision for outpatient repair of burn scars at a hospital in Porto Alegre. All participants completed a semi structured interview that was investigating the life history of the participants, the time to fire themselves, experience the burn, their current life context, the feelings after the act, social reintegration and how the burn has affected in their daily lives and their mental and physical health. In addition, a questionnaire was administered to sociodemographic and clinical data. The age of them ranged between 24 and 55 years old, five of them reported being married/living together, two got divorced after the burn occurrence and one was widowed. Most participants set fire to themselves in an impulsive act, in which they had no knowledge about the scars left by burns and admitted having done so with the intention of calling a close relative’s attention. After the act, there were difficulties related to social reintegration, coping with the look of estrangement from the other and with their own, before a new image. It was concluded that it is extremely important to invest in prevention and information programs to avoid the occurrence of new cases of self-inflicted burns that cause devastating consequences in these people.
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Associação entre tentativa de suicídio e história de vivências traumáticas em pacientes atendidos no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre – RSZatti, Cleonice January 2017 (has links)
Se a criança é negligenciada ou passou por experiências traumáticas durante o processo de desenvolvimento, isso pode desencadear, além de sofrimento psíquico intenso nesta fase, predisposição para uma série de transtornos mentais e prejuízo ao funcionamento na vida adulta, inclusive levando a tentativa de suicídio. Objetivos: A presente pesquisa teve como objetivo identificar a ocorrência de traumas infantis em adultos sobreviventes de suicídio atendidos no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre no Rio Grande do Sul, além da ocorrência de perda de figura significativa na infância, presença de doença psiquiátrica atual, intensidade de sintomas depressivos, perda de pessoa significativa recente e apoio social em comparação a controles. Métodos: Tratou-se de um estudo de caso-controle (28 casos; 56 controles). O estudo foi realizado de 20 de agosto de 2015 a 21 de março de 2016, utilizando os seguintes instrumentos: Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI), Beck Depression Inventory (BDI), e Medical Outcomes Study (MOS). Justificativa: A escolha do tema justificou-se pelo expressivo número de sujeitos que ingressam no referido hospital por tentativa de suicídio (TS), constituindo uma população em que o entendimento de fatores de risco pode auxiliar na identificação de diferentes fatores envolvidos neste fenômeno e na elaboração de estratégias de intervenção e prevenção. Resultados: A amostra examinada (n=84; 28 casos e 56 controles) demonstrou uma distribuição semelhante em relação ao gênero (M/F = 46,4%/53,6%) com uma idade média de 35,6 anos (DP=12,8). Através do instrumento CTQ foram avaliados os traumas na infância. Os grupos (caso x controle) apresentaram médias distintas nas variáveis abuso emocional (p<0,001), abuso físico (p<0,001), negligência emocional (p<0,001) e negligência física (p<0,001). Nos casos de tentativas de suicídio foi realizada uma análise através do BDI e MINI, onde 94,4% (n=17) tinham risco elevado de reincidência de uma nova tentativa e apresentavam Transtorno Depressivo Grave em comparação aos controles onde nenhum paciente apresentou risco de suicídio elevado e Transtorno Depressivo Grave (p <0,001) . Segundo a MOS, a contagem de um parente e/ou amigo a mais protege o risco de suicídio em 24%. Quando somados, a dimensão afetiva com a interação social, um ponto a mais protege em 70% (p<0,001). Ao relacionarmos a dimensão emocional com a dimensão informação, ficou em 63% (p<0,001). Conclusões: Os resultados do estudo apontaram uma importante associação entre traumas na infância e tentativa de suicídio na vida adulta, apontando por exemplo a importância da adoção de ações preventivas e terapêuticas relacionadas a maus-tratos durante o desenvolvimento infantil como fator importante na redução de risco para o suicídio. A rede de apoio possui importância no suporte social na vida de qualquer pessoa. Nesta pesquisa, os pacientes do grupo controle apresentaram mais suporte social, com maior probabilidade de serem mais ativos e interativos com o meio em que vivem. / If a child is neglected or experiences traumatic events during development, this can unleash—beyond the intense psychological suffering at the time—a predisposition for a number of mental disorders, up to and including suicide attempt, and impair functioning as an adult. Objectives: The present study sought to identify the incidence of childhood trauma as well as the loss of a loved one during childhood, the presence of current psychiatric illness, intensity of depression symptoms, recent loss of a loved one, and social support in comparison to controls in adult suicide attempt survivors treated at Hospital de Pronto Socorro in Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. Methods: The study is considered a case-control study (28 cases, 56 controls). It took place from August 20th, 2015 to March 21st, 2016 and utilized the following instruments: Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI), Beck Depression Inventory (BDI), and Medical Outcomes Study (MOS). Justification: The choice of topic was justified by the considerable number of subjects admitted to the hospital for suicide attempt (SA). The subjects constituted a population for which the understanding of risk factors could help in the identification of the various elements involved in this phenomenon and in the elaboration of intervention and prevention strategies. Results: The examined sample (n = 84; 28 cases and 56 controls) had an approximately equal gender distribution (M/F = 46.4%/53.6%) and a mean age of 35.6 years (SD = 12.8). Childhood trauma was evaluated via the CTQ instrument. The groups (case and control) presented distinct means in variables of emotional abuse (p < .001), physical abuse (p < .001), emotional neglect (p < .001), and physical neglect (p < .001). The suicide attempt cases were analyzed using the BDI and MINI, which indicated 94.4% (n = 17) had elevated risk of relapsing into another suicide attempt and presented Major Depressive Disorder relative to the controls, where no patient had an elevated risk of suicide attempt or Major Depressive Disorder (p < .001). According to MOS, having a close relative and/or friend offered the greatest protection against suicide risk in 25% of cases. When added, the affective and social interaction dimensions the protection is 70% (p < .001). By linking the dimension emotional with the informational, 63% is achieved (p < .001). Conclusions: The results of the study point to a strong relationship between childhood trauma and suicide attempt in adulthood, indicating, for example, the importance of the adoption of preventative and therapeutic actions related to mistreatment in childhood as a key factor in the reduction of suicide risk. The support network plays a critical role in the social well-being of any person. In this study, control group patients presented greater social support and were likelier to be more active and interactive in their communities.
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Associação entre tentativa de suicídio e história de vivências traumáticas em pacientes atendidos no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre – RSZatti, Cleonice January 2017 (has links)
Se a criança é negligenciada ou passou por experiências traumáticas durante o processo de desenvolvimento, isso pode desencadear, além de sofrimento psíquico intenso nesta fase, predisposição para uma série de transtornos mentais e prejuízo ao funcionamento na vida adulta, inclusive levando a tentativa de suicídio. Objetivos: A presente pesquisa teve como objetivo identificar a ocorrência de traumas infantis em adultos sobreviventes de suicídio atendidos no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre no Rio Grande do Sul, além da ocorrência de perda de figura significativa na infância, presença de doença psiquiátrica atual, intensidade de sintomas depressivos, perda de pessoa significativa recente e apoio social em comparação a controles. Métodos: Tratou-se de um estudo de caso-controle (28 casos; 56 controles). O estudo foi realizado de 20 de agosto de 2015 a 21 de março de 2016, utilizando os seguintes instrumentos: Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI), Beck Depression Inventory (BDI), e Medical Outcomes Study (MOS). Justificativa: A escolha do tema justificou-se pelo expressivo número de sujeitos que ingressam no referido hospital por tentativa de suicídio (TS), constituindo uma população em que o entendimento de fatores de risco pode auxiliar na identificação de diferentes fatores envolvidos neste fenômeno e na elaboração de estratégias de intervenção e prevenção. Resultados: A amostra examinada (n=84; 28 casos e 56 controles) demonstrou uma distribuição semelhante em relação ao gênero (M/F = 46,4%/53,6%) com uma idade média de 35,6 anos (DP=12,8). Através do instrumento CTQ foram avaliados os traumas na infância. Os grupos (caso x controle) apresentaram médias distintas nas variáveis abuso emocional (p<0,001), abuso físico (p<0,001), negligência emocional (p<0,001) e negligência física (p<0,001). Nos casos de tentativas de suicídio foi realizada uma análise através do BDI e MINI, onde 94,4% (n=17) tinham risco elevado de reincidência de uma nova tentativa e apresentavam Transtorno Depressivo Grave em comparação aos controles onde nenhum paciente apresentou risco de suicídio elevado e Transtorno Depressivo Grave (p <0,001) . Segundo a MOS, a contagem de um parente e/ou amigo a mais protege o risco de suicídio em 24%. Quando somados, a dimensão afetiva com a interação social, um ponto a mais protege em 70% (p<0,001). Ao relacionarmos a dimensão emocional com a dimensão informação, ficou em 63% (p<0,001). Conclusões: Os resultados do estudo apontaram uma importante associação entre traumas na infância e tentativa de suicídio na vida adulta, apontando por exemplo a importância da adoção de ações preventivas e terapêuticas relacionadas a maus-tratos durante o desenvolvimento infantil como fator importante na redução de risco para o suicídio. A rede de apoio possui importância no suporte social na vida de qualquer pessoa. Nesta pesquisa, os pacientes do grupo controle apresentaram mais suporte social, com maior probabilidade de serem mais ativos e interativos com o meio em que vivem. / If a child is neglected or experiences traumatic events during development, this can unleash—beyond the intense psychological suffering at the time—a predisposition for a number of mental disorders, up to and including suicide attempt, and impair functioning as an adult. Objectives: The present study sought to identify the incidence of childhood trauma as well as the loss of a loved one during childhood, the presence of current psychiatric illness, intensity of depression symptoms, recent loss of a loved one, and social support in comparison to controls in adult suicide attempt survivors treated at Hospital de Pronto Socorro in Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. Methods: The study is considered a case-control study (28 cases, 56 controls). It took place from August 20th, 2015 to March 21st, 2016 and utilized the following instruments: Childhood Trauma Questionnaire (CTQ), Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI), Beck Depression Inventory (BDI), and Medical Outcomes Study (MOS). Justification: The choice of topic was justified by the considerable number of subjects admitted to the hospital for suicide attempt (SA). The subjects constituted a population for which the understanding of risk factors could help in the identification of the various elements involved in this phenomenon and in the elaboration of intervention and prevention strategies. Results: The examined sample (n = 84; 28 cases and 56 controls) had an approximately equal gender distribution (M/F = 46.4%/53.6%) and a mean age of 35.6 years (SD = 12.8). Childhood trauma was evaluated via the CTQ instrument. The groups (case and control) presented distinct means in variables of emotional abuse (p < .001), physical abuse (p < .001), emotional neglect (p < .001), and physical neglect (p < .001). The suicide attempt cases were analyzed using the BDI and MINI, which indicated 94.4% (n = 17) had elevated risk of relapsing into another suicide attempt and presented Major Depressive Disorder relative to the controls, where no patient had an elevated risk of suicide attempt or Major Depressive Disorder (p < .001). According to MOS, having a close relative and/or friend offered the greatest protection against suicide risk in 25% of cases. When added, the affective and social interaction dimensions the protection is 70% (p < .001). By linking the dimension emotional with the informational, 63% is achieved (p < .001). Conclusions: The results of the study point to a strong relationship between childhood trauma and suicide attempt in adulthood, indicating, for example, the importance of the adoption of preventative and therapeutic actions related to mistreatment in childhood as a key factor in the reduction of suicide risk. The support network plays a critical role in the social well-being of any person. In this study, control group patients presented greater social support and were likelier to be more active and interactive in their communities.
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O comportamento suicida e a religiosidade: revisão sistemática de literatura / Religiosity and Suicide Behaviour systematic literature reviewLuciene de Jesus Nery 10 May 2013 (has links)
O papel da religiosidade na determinação do comportamento suicida é controverso, havendo estudos que a consideram um fator protetor e outros um fator de risco. Neste estudo os autores conduziram uma revisão sistemática da literatura para avaliar a relação entre a religiosidade e o comportamento suicida. Dentre os 154 artigos publicados em periódicos científicos inicialmente identificados nas bases Medline, Lilacs, Scielo e PsycInfo, foram selecionados 59 artigos que enfocavam a associação entre religiosidade e comportamento suicida. Para a avaliação dos atributos qualitativos dos artigos foi desenvolvido um Roteiro de Avaliação Qualitativa. Os resultados mostram que grande parte dos artigos encontrados apresentava falta de rigor metodológico na mensuração do conceito de religiosidade, possivelmente devido à característica subjetiva desse constructo. Contudo, verificou-se que o papel protetor contra o comportamento suicida exercido pela religiosidade, sofre variações de acordo com a cultura na qual está inserida, considerando que para algumas culturas o comportamento suicida não é visto com total desaprovação. Porém, a maioria dos estudos reforça a hipótese de que a religiosidade diminui o risco de comportamento suicida nos indivíduos que professam algum tipo de credo e, que participam de algum espaço religioso. Não foram encontrados, nesta pesquisa, estudos que medissem a associação, entre religiosidade e comportamento suicida, em religiões de matriz africana. / The role of religiosity in determining suicidal behavior is controversial, since there are tudies where its considered a protective factor and others, a risk factor. In this study, the authors conducted a systematic literature review to assess the relationship between religiosity and suicidal behavior. Among the 154 articles published in scientific journals initially identified in Medline, Lilacs, SciELO and PsycInfo, we selected 59 articles that focused on the association between religiosity and suicidal behavior. To evaluate the qualitative attributes of the articles, a Qualitative Evaluation Script was developed. The results show that most articles found presented a lack of methodological rigor in measuring the concept of religiosity, possibly due to the subjective characteristic of this construct. However, it was found that the protective role against suicidal behavior exercised by religion, varies according to the culture in which it operates, whereas in some cultures suicidal behavior is not seen with total disapproval. However, most studies support the hypothesis that religiosity reduces the risk of suicidal behavior in individuals who profess some kind of belief, and participates in some religious space. Were not found, in this research, studies which measure the association between religiosity and suicidal behavior in religions of African origin.
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