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A subordinação da força de trabalho dos assentados da reforma agrária federal ao agronegócio da cana de açúcar no território da microrregião de Vitória de Santo Antão - PE / The subordination of the workforce of federal agrarian reform settlers to sugarcane agribusiness in the territory of the region of Vitória de Santo Antão PEMachado, Maria Rita Ivo de Melo 02 July 2013 (has links)
A inserção dos assentamentos de reforma agrária federal, a partir da década de 1980, na Zona da Mata pernambucana, aproximou os representantes dos movimentos sociais rurais e os trabalhadores rurais do sonho da melhor distribuição de terras e da possibilidade de acesso a sua terra de trabalho. Tal configuração se fez realidade para apenas alguns trabalhadores, porém estes, mesmo possuindo sua parcela para a realização do plantio continuou, através do trabalho flexível, subordinando sua força de trabalho aos representantes do agronegócio da cana de açúcar. Este panorama suscitou alguns questionamentos, entre eles: Como se apresenta de fato a atual estrutura fundiária do território da microrregião de Vitória de Santo Antão após a inserção dos assentamentos de reforma agrária federal? A então chamada reforma agrária brasileira tem sido capaz de formar uma nova configuração do espaço agrário? E por qual motivo o assentado, que via regra é um ex-assalariado da cana, passa a cultivar cana de açúcar depois que recebe uma parcela? Essas indagações direcionaram a pesquisa o seguinte objetivo: buscar, compreender e analisar as relações socioterritoriais a partir do processo de inserção dos assentamentos de reforma agrária federal no território da microrregião de Vitória de Santo Antão, além de buscar identificar a forma de subordinação dos assentados da reforma agrária aos representantes do capital do agronegócio. Diante das questões levantadas, esta pesquisa se faz relevante por debater questões teóricas associadas com o conhecimento empírico, pertinentes ao conhecimento geográfico e que visam explicar a atual configuração do espaço agrário diante da inserção dos assentamentos de reforma agrária e a subordinação dos trabalhadores assentados ao agronegócio. Visando alcançar o objetivo geral foram feitos os seguintes procedimentos metodológicos. Levantamento e leitura bibliográfica a respeitos das questões conceituais de espaço, território, renda da terra e trabalho flexível, além de trabalhos de campo visando a aplicação de entrevistas, questionários e produção iconográfica foram fundamentais para se chegar a algumas conclusões. A permanência da estrutura fundiária latifundiária e monocultora foi uma delas. Além desta conclusão, notou-se também que os assentados do território da microrregião de Vitória de Santo Antão permanecem subordinando a sua força de trabalho ao agronegócio canavieiro, só que agora dentro das características do trabalho flexível. Em função deste modo de trabalho os assentados não percebem mesmo tendo deixado de ser assalariado da cana, continuam subordinando a sua força de trabalho ao agronegócio canavieiro. / The insertion of the agrarian reform federal, from the 1980s, in the Zona da Mata, approached representatives of social movements and rural workers dream of better land distribution and the possibility of access to their land work. This configuration became reality for only a few workers, but these, despite having its share to achieve the planting continued, through flexible working, subordinating their workforce representatives of agribusiness sugarcane. This scenario has raised some questions, among them: As shown in fact the current structure of the land territory of the region of Vitoria de Santo Antao after insertion of agrarian reform federal? The so-called land reform in Brazil has been able to form a new configuration of agrarian space? And for what reason the settler who saw rule is a former employee of the cane begins to cultivate sugarcane after it receives a portion? These questions directed the research the following objective: to seek, understand and analyze the socio-territorial relations from the insertion process of agrarian reform in the federal territory of the region of Vitória de Santo Antão, and seek to identify the form of subordination of the settlers agrarian reform to representatives of agribusiness capital. Given the issues raised, this research is relevant for discussing theoretical issues associated with the empirical knowledge relevant to the geographical knowledge and aimed at explaining the current configuration of the agrarian space before inserting the agrarian reform settlers and the subordination of workers to agribusiness. In order to achieve the overall goal were made the following methodological procedures. Reading literature survey and to respect the conceptual issues of space, territory, land rent and flexible working as well as field work towards the implementation of interviews, questionnaires and iconographic production were essential to reach some conclusions. The permanence of land ownership and landholding monoculture was one. In addition to this conclusion, it was noted also that the settlers of the territory of the region of Vitória de Santo Antão remain making its workforce sugarcane agribusiness, only now within the characteristics of flexible working. According to this way of working the settlers do not realize even though no longer employed by the cane, still making its workforce sugarcane agribusiness.
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A subordinação da força de trabalho dos assentados da reforma agrária federal ao agronegócio da cana de açúcar no território da microrregião de Vitória de Santo Antão - PE / The subordination of the workforce of federal agrarian reform settlers to sugarcane agribusiness in the territory of the region of Vitória de Santo Antão PEMaria Rita Ivo de Melo Machado 02 July 2013 (has links)
A inserção dos assentamentos de reforma agrária federal, a partir da década de 1980, na Zona da Mata pernambucana, aproximou os representantes dos movimentos sociais rurais e os trabalhadores rurais do sonho da melhor distribuição de terras e da possibilidade de acesso a sua terra de trabalho. Tal configuração se fez realidade para apenas alguns trabalhadores, porém estes, mesmo possuindo sua parcela para a realização do plantio continuou, através do trabalho flexível, subordinando sua força de trabalho aos representantes do agronegócio da cana de açúcar. Este panorama suscitou alguns questionamentos, entre eles: Como se apresenta de fato a atual estrutura fundiária do território da microrregião de Vitória de Santo Antão após a inserção dos assentamentos de reforma agrária federal? A então chamada reforma agrária brasileira tem sido capaz de formar uma nova configuração do espaço agrário? E por qual motivo o assentado, que via regra é um ex-assalariado da cana, passa a cultivar cana de açúcar depois que recebe uma parcela? Essas indagações direcionaram a pesquisa o seguinte objetivo: buscar, compreender e analisar as relações socioterritoriais a partir do processo de inserção dos assentamentos de reforma agrária federal no território da microrregião de Vitória de Santo Antão, além de buscar identificar a forma de subordinação dos assentados da reforma agrária aos representantes do capital do agronegócio. Diante das questões levantadas, esta pesquisa se faz relevante por debater questões teóricas associadas com o conhecimento empírico, pertinentes ao conhecimento geográfico e que visam explicar a atual configuração do espaço agrário diante da inserção dos assentamentos de reforma agrária e a subordinação dos trabalhadores assentados ao agronegócio. Visando alcançar o objetivo geral foram feitos os seguintes procedimentos metodológicos. Levantamento e leitura bibliográfica a respeitos das questões conceituais de espaço, território, renda da terra e trabalho flexível, além de trabalhos de campo visando a aplicação de entrevistas, questionários e produção iconográfica foram fundamentais para se chegar a algumas conclusões. A permanência da estrutura fundiária latifundiária e monocultora foi uma delas. Além desta conclusão, notou-se também que os assentados do território da microrregião de Vitória de Santo Antão permanecem subordinando a sua força de trabalho ao agronegócio canavieiro, só que agora dentro das características do trabalho flexível. Em função deste modo de trabalho os assentados não percebem mesmo tendo deixado de ser assalariado da cana, continuam subordinando a sua força de trabalho ao agronegócio canavieiro. / The insertion of the agrarian reform federal, from the 1980s, in the Zona da Mata, approached representatives of social movements and rural workers dream of better land distribution and the possibility of access to their land work. This configuration became reality for only a few workers, but these, despite having its share to achieve the planting continued, through flexible working, subordinating their workforce representatives of agribusiness sugarcane. This scenario has raised some questions, among them: As shown in fact the current structure of the land territory of the region of Vitoria de Santo Antao after insertion of agrarian reform federal? The so-called land reform in Brazil has been able to form a new configuration of agrarian space? And for what reason the settler who saw rule is a former employee of the cane begins to cultivate sugarcane after it receives a portion? These questions directed the research the following objective: to seek, understand and analyze the socio-territorial relations from the insertion process of agrarian reform in the federal territory of the region of Vitória de Santo Antão, and seek to identify the form of subordination of the settlers agrarian reform to representatives of agribusiness capital. Given the issues raised, this research is relevant for discussing theoretical issues associated with the empirical knowledge relevant to the geographical knowledge and aimed at explaining the current configuration of the agrarian space before inserting the agrarian reform settlers and the subordination of workers to agribusiness. In order to achieve the overall goal were made the following methodological procedures. Reading literature survey and to respect the conceptual issues of space, territory, land rent and flexible working as well as field work towards the implementation of interviews, questionnaires and iconographic production were essential to reach some conclusions. The permanence of land ownership and landholding monoculture was one. In addition to this conclusion, it was noted also that the settlers of the territory of the region of Vitória de Santo Antão remain making its workforce sugarcane agribusiness, only now within the characteristics of flexible working. According to this way of working the settlers do not realize even though no longer employed by the cane, still making its workforce sugarcane agribusiness.
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Tem gente na roça! O modo de vida camponês em Ribeirão Branco - SP / There are people in the countryside! The Peasant way of life in Ribeirão BrancoLima, Lucinei Paes de 16 December 2016 (has links)
A presente dissertação discute o modo de vida camponês, o processo e as características que propiciam a reprodução dessa classe e, em particular, os camponeses de Ribeirão Branco-SP. O trabalho aborda o conceito de campesinato e, por meio da análise de caso, destaca os aspectos que entremeiam a unidade de produção camponesa e a maneira como ela se insere, através de relações não capitalistas, na sociedade contemporânea. / This dissertation discusses the peasant way of life - the process and the characteristics that allow the reproduction of this class and, in particular, the peasants of Ribeirão Branco-SP. The work deals with the concept of peasantry and makes case analysis in order to highlight the aspects that intertwine peasant production unit and how it fits into, through non-capitalist relations in contemporary society.
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Construindo a terra prometida - Da terra de (agro) neg?cio ? terra de trabalho: A nova face da quest?o agr?ria e a luta pela reforma agr?ria em um acampamento no estado do Rio de Janeiro / Building the promised land From the (agro) business land to the land of work: The agrarian question s new face and the fight for agrarian reform in an acampment in the state of Rio de Janeiro.Coelho, Laila Fab?ola Teod?zio Pess?a 25 August 2009 (has links)
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2009 - Laila Fabiola Teodozio Pessoa Coelho.pdf: 1486712 bytes, checksum: dc84b5bd695b19bd06cf175b66e93aba (MD5)
Previous issue date: 2009-08-25 / This current study proposal is to analyze the manifestations of the agrarian question as they
project themselves in the fight for the work land in the state of Rio de Janeiro at the XXI
century. The study is analytically based on the trajectories of the families of agricultural
workers from the encampment Terra Prometida. Currently situated in the region called
Baixada Fluminense, the encampment holds seventy-four families distributed in its two
headquarters: The first one in the district of Tingu?, Nova Igua?u city and the second in the
city of Duque de Caxias. That?s about the rescue of the agrarian question in the state of Rio de
Janeiro, looked by the trajectory of these families. The state of Rio de Janeiro, although
considered predominantly urban, possesses considerable extensions of cultivating lands, many
of them idle. It also possesses an increasing number of agricultural workers who, without
access to the work in the land, come increasing the mass of urban workers without any
qualification, what generates some similar social problems to the ones of other Brazilian
states. The observation of the agrarian question redimensioning in the current times generated
some questionings that had guided the field research. How can the agrarian question that some
authors more affirm not to exist in the current times, still to be reason of as many disputes and
fights? Disputes these that happen also in the public space and in the private one, with the
occurrence of violence, threats and murders. Could we be coexisting today with a new
agrarian question or only the modernized version of a secular question? Is it possible that the
agrarian question have been only updated and not disappeared ? For the agricultural
workers of century XXI, what or who represents the large state in the present time? Under
which forms or aspect materialize their conscience about the work land in the state of Rio de
Janeiro of the recent years? / A presente disserta??o se prop?e analisar as manifesta??es da quest?o agr?ria, conforme se
projetam na luta pela terra de trabalho no Estado do Rio de Janeiro do s?culo XXI. O estudo
tem como base anal?tica as trajet?rias das fam?lias de trabalhadores rurais do Acampamento
Terra Prometida. Atualmente situado na regi?o da Baixada Fluminense, o acampamento
comporta setenta e quatro fam?lias distribu?das em suas duas sedes: A primeira no distrito de
Tingu?, em Nova Igua?u e a segunda, no munic?pio de Duque de Caxias. Trata-se de resgate
da quest?o agr?ria no Estado do Rio de Janeiro a partir da trajet?ria destas fam?lias. O Estado
do Rio de Janeiro, apesar de considerado predominantemente urbano, possui consider?veis
extens?es de terras cultiv?veis, muitas delas ociosas. Possui tamb?m um n?mero crescente de
trabalhadores rurais que, sem acesso ao trabalho na terra, v?m se somando ? massa de
trabalhadores urbanos sem qualquer qualifica??o, o que gera alguns problemas sociais
semelhantes aos de outros estados brasileiros. Desde a d?cada de 1950, o estado ? palco de
intensos conflitos pela posse da terra, entretanto, a partir do final do s?culo passado ? poss?vel
perceber um redimensionamento destes conflitos, que deixaram de se travar prioritariamente
nos espa?os rurais e adquiriram novas caracter?sticas. Os enfrentamentos, assim como as
manifesta??es vis?veis da quest?o agr?ria, t?m agora no espa?o urbano um novo palco de
conflitos. As observa??es deste redimensionamento da quest?o agr?ria nos tempos atuais
geraram alguns questionamentos que nortearam a pesquisa de campo. Como a quest?o agr?ria
que alguns autores afirmam n?o mais existir pode, atualmente, ainda ser motivo de tantas
disputas e lutas? Disputas estas que se d?o tanto no espa?o p?blico, quanto no privado, com a
ocorr?ncia de viol?ncia, amea?as e assassinatos. Estar?amos convivendo hoje com uma nova
quest?o agr?ria ou apenas com a vers?o modernizada de uma quest?o secular? ? poss?vel que
a quest?o agr?ria tenha apenas se atualizado e n?o desaparecido ? Para os trabalhadores
rurais do s?culo XXI, o que ou quem representa o latif?ndio na atualidade? Sob que forma ou
aspecto materializa-se a consci?ncia destes trabalhadores sobre a terra de trabalho no estado
do Rio de Janeiro dos anos recentes?
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Tem gente na roça! O modo de vida camponês em Ribeirão Branco - SP / There are people in the countryside! The Peasant way of life in Ribeirão BrancoLucinei Paes de Lima 16 December 2016 (has links)
A presente dissertação discute o modo de vida camponês, o processo e as características que propiciam a reprodução dessa classe e, em particular, os camponeses de Ribeirão Branco-SP. O trabalho aborda o conceito de campesinato e, por meio da análise de caso, destaca os aspectos que entremeiam a unidade de produção camponesa e a maneira como ela se insere, através de relações não capitalistas, na sociedade contemporânea. / This dissertation discusses the peasant way of life - the process and the characteristics that allow the reproduction of this class and, in particular, the peasants of Ribeirão Branco-SP. The work deals with the concept of peasantry and makes case analysis in order to highlight the aspects that intertwine peasant production unit and how it fits into, through non-capitalist relations in contemporary society.
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Sociabilidade no Assentamento Rural de Santana - Ce: terra e trabalho na construÃÃo do ser social. / Sociability in teh Rural Settlement of Santana (Ce, Brazil): Land and Earth in the Construction of Social Being.Liana Brito de Castro AraÃjo 07 April 2006 (has links)
O trabalho analisa a sociabilidade no Assentamento Rural de Santana e os processos de aprendizagem objetivados pela prÃtica social cotidiana dos trabalhadores rurais nos processos de luta, de conquista e de permanÃncia na terra entre 1987 a 2005. O Santana, fundado a partir da polÃtica de reforma agrÃria do INCRA, està situado no MunicÃpio de Monsenhor Tabosa no SertÃo do CearÃ, Nordeste brasileiro. No Assentamento os trabalhadores rurais tecem uma maneira peculiar de organizaÃÃo da produÃÃo e da vida cotidiana. A pergunta de partida a qual este trabalho se propÃe: o que à viver em um assentamento rural, que mantÃm a propriedade coletiva da terra e uma produÃÃo organizada a partir do trabalho coletivo e individual? Quais os seus desdobramentos para a formaÃÃo dos assentados? O percurso teÃrico e metodolÃgico se fundamentou na ontologia do ser social a partir de Marx, LukÃcs e MÃszÃros. A pesquisa de campo, objetivando um estudo de caso, realizou-se dentro de uma abordagem antropolÃgica marxiana priorizando a totalidade representada pela sociabilidade do Assentamento. O Santana se estruturou basicamente sob dois momentos histÃricos. No primeiro momento, a sociabilidade do Assentamento tinha como base duas mediaÃÃes centrais: propriedade coletiva da terra e produÃÃo cooperada que, para a implementaÃÃo do projeto coletivo, foram combinadas a relaÃÃes de controle coletivo, necessÃrias à construÃÃo do Assentamento. A sua sociabilidade estava demarcada por vÃnculos de solidariedade e dependÃncia entre os assentados, pois âtudo era decidido coletivamenteâ, como costumavam afirmar. A prÃtica social cotidiana dos assentados engendrava um rico aprendizado demarcado pela produÃÃo associada, pelas reuniÃes e AssemblÃias permanentes, dentre outros. PorÃm este projeto nÃo teve sustentaÃÃo, pois as condiÃÃes de carÃncias materiais, dificuldades de ordem prÃtica nas relaÃÃes de produÃÃo coletiva e no estabelecimento de relaÃÃes estÃveis com o mercado forma impedindo a sua continuidade. No segundo momento o Assentamento, embora mantivesse a propriedade coletiva da terra, sofreu uma mudanÃa nas relaÃÃes de produÃÃo coletiva para uma produÃÃo mista. A partir de entÃo, estabeleceu-se uma combinaÃÃo de produÃÃo individual (de responsabilidade exclusiva do assentado) e de produÃÃo coletiva (mantida pela Cooperativa de assentados), uma alternativa posta a partir das demandas internas (de ampliaÃÃo da capacidade de trabalho e de consumo), e externas (da inserÃÃo na lÃgica de uma economia de mercado). Dos fatores externos que influenciaram a mudanÃa do projeto de Assentamento, destaca-se a polÃtica do Estado atravÃs do Programa Nacional de Agricultura Familiar (PRONAF) e das relaÃÃes de aproximaÃÃo de alguns assentados com a elite polÃtica da regiÃo. O trabalho, finalmente, afirma que o que à original na sociabilidade de Santana sÃo as mediaÃÃes necessÃrias à manutenÃÃo do projeto de Assentamento, que representam germes de relaÃÃes sociais superiores, e que diferem em certa medida da reproduÃÃo da sociabilidade burguesa. Embora tenha constatado os limites histÃricos da sociabilidade em Santana seja um fato, esta prÃtica social definitivamente trÃs elementos que contribuem para o processo de transiÃÃo para uma sociedade emancipada, para alÃm do capital. / This research analyses the sociability at the rural settlement of Santana (between 1987 and 2005) and the learning processes of the rural workers on the struggles of everyday life for land, production and well-being. The Santana settlement was created by the agrarian reform policy of INCRA, in Brazil. It is situated in the city of Monsenhor Tabosa in the hinterlands (SertÃo) of the State of CearÃ, Northeast of Brazil. In the settlement, the rural workers build, in a peculiar way, the organization of the production and of their everyday lives. The research purpose is to investigate what it is to live in a rural settlement that keeps the common propriety of land and an organized (both collective and individual) form of production. Furthermore, it is important to investigate what the impact of such life for the formation of the settlers is. The theoretical approach is based on the âontology of the social beingâ by Marx, LukÃcs and MÃszÃros. The field research had an anthropological Marxian approach, considering the totality represented by the sociability of the settlement as a case study. It could be observed that the rural settlement was strongly influenced by two historical moments. First, the settlers organized themselves based on two central mediations: collective property of the land and cooperative production, which led to the establishment of collective control of the settlement. Its sociability was characterized by solidarity and inter-dependency links of the settlers, because âall was decided collectivelyâ. The social practice fostered a rich learning process, influenced by the associative production, frequent meetings and assemblies, amongst others. Nonetheless, material needs, practical difficulties of the collective production, and market relations with the outer world prevented the original project to further develop. In the second period, although the settlement maintained the collective property of the land, it changed the production to a mixed system, a combination of individual (whose responsibility was merely of the settler) and collective (organized by the Cooperative Union of the settlers) production to respond to both internal (enhancement of work and consume capacity) and external (insertion of the settlement in the market logic) demands. Besides, the settlers counted on external support for the implementation of the new individual-production system, such as governmental programs (PRONAF, for instance) and the approximation of some workers to the local political elite. From the results, one can conclude that the originality of the Santana sociability are the mediations required to maintain the original project, which reflects seeds of superior social relations, different from those of the bourgeoisie sociability. Although historical limits for the amplification of such sociability are a fact, the experience of Santana definitely contributes for the transition process to an emancipated society, beyond capital.
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Sociabilidade no Assentamento Rural de Santana - Ce: terra e trabalho na construção do ser social. / Sociability in teh Rural Settlement of Santana (Ce, Brazil): Land and Earth in the Construction of Social Being.ARAÚJO, Liana Brito de Castro January 2006 (has links)
ARAÚJO, Liana Brito de Castro. Sociabilidade no Assentamento Rural de Santana - Ce: terra e trabalho na construção do ser social. 2006. 287 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2006. / Submitted by Raul Oliveira (raulcmo@hotmail.com) on 2012-07-05T13:56:52Z
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Previous issue date: 2006 / This research analyses the sociability at the rural settlement of Santana (between 1987 and 2005) and the learning processes of the rural workers on the struggles of everyday life for land, production and well-being. The Santana settlement was created by the agrarian reform policy of INCRA, in Brazil. It is situated in the city of Monsenhor Tabosa in the hinterlands (Sertão) of the State of Ceará, Northeast of Brazil. In the settlement, the rural workers build, in a peculiar way, the organization of the production and of their everyday lives. The research purpose is to investigate what it is to live in a rural settlement that keeps the common propriety of land and an organized (both collective and individual) form of production. Furthermore, it is important to investigate what the impact of such life for the formation of the settlers is. The theoretical approach is based on the “ontology of the social being” by Marx, Lukács and Mészáros. The field research had an anthropological Marxian approach, considering the totality represented by the sociability of the settlement as a case study. It could be observed that the rural settlement was strongly influenced by two historical moments. First, the settlers organized themselves based on two central mediations: collective property of the land and cooperative production, which led to the establishment of collective control of the settlement. Its sociability was characterized by solidarity and inter-dependency links of the settlers, because “all was decided collectively”. The social practice fostered a rich learning process, influenced by the associative production, frequent meetings and assemblies, amongst others. Nonetheless, material needs, practical difficulties of the collective production, and market relations with the outer world prevented the original project to further develop. In the second period, although the settlement maintained the collective property of the land, it changed the production to a mixed system, a combination of individual (whose responsibility was merely of the settler) and collective (organized by the Cooperative Union of the settlers) production to respond to both internal (enhancement of work and consume capacity) and external (insertion of the settlement in the market logic) demands. Besides, the settlers counted on external support for the implementation of the new individual-production system, such as governmental programs (PRONAF, for instance) and the approximation of some workers to the local political elite. From the results, one can conclude that the originality of the Santana sociability are the mediations required to maintain the original project, which reflects seeds of superior social relations, different from those of the bourgeoisie sociability. Although historical limits for the amplification of such sociability are a fact, the experience of Santana definitely contributes for the transition process to an emancipated society, beyond capital. / O trabalho analisa a sociabilidade no Assentamento Rural de Santana e os processos de aprendizagem objetivados pela prática social cotidiana dos trabalhadores rurais nos processos de luta, de conquista e de permanência na terra entre 1987 a 2005. O Santana, fundado a partir da política de reforma agrária do INCRA, está situado no Município de Monsenhor Tabosa no Sertão do Ceará, Nordeste brasileiro. No Assentamento os trabalhadores rurais tecem uma maneira peculiar de organização da produção e da vida cotidiana. A pergunta de partida a qual este trabalho se propõe: o que é viver em um assentamento rural, que mantém a propriedade coletiva da terra e uma produção organizada a partir do trabalho coletivo e individual? Quais os seus desdobramentos para a formação dos assentados? O percurso teórico e metodológico se fundamentou na ontologia do ser social a partir de Marx, Lukács e Mészáros. A pesquisa de campo, objetivando um estudo de caso, realizou-se dentro de uma abordagem antropológica marxiana priorizando a totalidade representada pela sociabilidade do Assentamento. O Santana se estruturou basicamente sob dois momentos históricos. No primeiro momento, a sociabilidade do Assentamento tinha como base duas mediações centrais: propriedade coletiva da terra e produção cooperada que, para a implementação do projeto coletivo, foram combinadas a relações de controle coletivo, necessárias à construção do Assentamento. A sua sociabilidade estava demarcada por vínculos de solidariedade e dependência entre os assentados, pois “tudo era decidido coletivamente”, como costumavam afirmar. A prática social cotidiana dos assentados engendrava um rico aprendizado demarcado pela produção associada, pelas reuniões e Assembléias permanentes, dentre outros. Porém este projeto não teve sustentação, pois as condições de carências materiais, dificuldades de ordem prática nas relações de produção coletiva e no estabelecimento de relações estáveis com o mercado forma impedindo a sua continuidade. No segundo momento o Assentamento, embora mantivesse a propriedade coletiva da terra, sofreu uma mudança nas relações de produção coletiva para uma produção mista. A partir de então, estabeleceu-se uma combinação de produção individual (de responsabilidade exclusiva do assentado) e de produção coletiva (mantida pela Cooperativa de assentados), uma alternativa posta a partir das demandas internas (de ampliação da capacidade de trabalho e de consumo), e externas (da inserção na lógica de uma economia de mercado). Dos fatores externos que influenciaram a mudança do projeto de Assentamento, destaca-se a política do Estado através do Programa Nacional de Agricultura Familiar (PRONAF) e das relações de aproximação de alguns assentados com a elite política da região. O trabalho, finalmente, afirma que o que é original na sociabilidade de Santana são as mediações necessárias à manutenção do projeto de Assentamento, que representam germes de relações sociais superiores, e que diferem em certa medida da reprodução da sociabilidade burguesa. Embora tenha constatado os limites históricos da sociabilidade em Santana seja um fato, esta prática social definitivamente trás elementos que contribuem para o processo de transição para uma sociedade emancipada, para além do capital.
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