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Sindrome de tristeza pós-parto : sintomatologia e diagnósticoRohde, Luis Augusto Paim January 1994 (has links)
Resumo não disponível
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A via L-arginina-óxido nítrico no transtorno depressivo e sua associação com a função plaquetária e o estresse oxidativo / The arginine - nitric oxide pathway in major depressive disorder and its association with platelet function and oxidative stressVivian Liane Mattos Pinto 16 December 2010 (has links)
Major depressive disorder (MDD) is an independent cardiovascular risk factor that presents high morbimortality. Recent evidence suggests the involvement of nitric oxide (NO), a potent vasodilator and anti-aggregating effect, in the pathogenesis of cardiovascular and psychiatric diseases. Nitric oxide (NO) is synthesized through conversion of the amino acid L-arginine into L-citrulline and NO by the enzyme NO synthase (NOS). This thesis addresses the role of the L-arginine-NO pathway in platelets from patients with MDD and its association with platelet function and oxidative stress. For a behavioural analysis of depression in an animal model, we used the single maternal separation (SMS) model, where the offspring was separated from its mother for eight minutes. The animals were divided into four groups for the study: Sedentary Control Group (SCG), Exercise Control Group (ECG), SMS Sedentary Group (SSMS) and SMS Exercise Group (ESMS). Physical training (PT) of the animals took 8 weeks, with a duration of 30 minutes and a training speed established by the maximum test (ET) of 14m/min. For the human study, there were ten MDD patients with Hamilton score: 20 1 (mean age: 38 4 years) and 10 healthy subjects (mean age: 38 3 years). The human and animal studies were approved by the Ethics Committee: 1436 - CEP/HUPE and CEUA/047/2010 respectively. The following were measured in human and animal models: L-arginine transport, NOS and superoxide dismutase (SOD) activities, cGMP concentration and analysis of systemic cortisol. Experiments performed only in humans: NOS, arginase and guanylate cyclase expression evaluated by Western Blotting. Platelet aggregation was induced by collagen, and C-reactive protein, fibrinogen, and L-arginine were systemically analyzed. For statistical treatment, three statistical tests were used to evaluate the differences in survival curves: Kaplan-Meier, and the Tarone-Ware and Peto-Prentice tests. In humans, there was a reduction in L-arginine transport, NOS and SOD activities, cGMP concentration and plasma concentrations of L-arginine in MDD group compared with the control group. On the other hand, an increase in plasmatic levels of fibrinogen was observed in TD. These results show an impairment of L-arginine-NO-cGMP and the anti-oxidant enzyme SOD in patients with MDD without affecting platelet function. Regarding the PT, for the animal model were found initials changes on the running distance and duration of execution of ET between control groups and groups SMSs, the latter displaying lower values for the ET. After 8 weeks of PT, there was an enhancement of L-arginine transport in ESMS which was activated by exercise. The differences observed for time and distance in the initial ET between control groups and SMU groups was reversed after 8 weeks of PT, demonstrating the beneficial effect of exercise training on cardiorespiratory capacity in models of depression. / O transtorno depressivo (TD) é um fator de risco cardiovascular independente que apresenta elevada morbi-mortalidade. Recentes evidências sugerem a participação do óxido nítrico (NO), potente vasodilatador e anti-agregante plaquetário, na patogênese de doenças cardiovasculares e psiquiátricas. A síntese do NO ocorre através da conversão do aminoácido L-arginina em L-citrulina e NO, pela ação da enzima NO sintase (NOS). Esta tese aborda o papel da via L-arginina-NO em plaquetas de pacientes com TD e sua associação com a função plaquetária e estresse oxidativo. Para análise comportamental da depressão em modelo animal, foi utilizado o modelo de estresse pós-natal de separação única (SMU). Os animais foram divididos em quatro grupos para a realização do estudo: Grupo Controle Sedentário (GCS), Grupo Controle Exercício (GCE), Grupo SMU Sedentário (SMUS) e Grupo SMU Exercício (SMUE). O treinamento físico (TF) dos animais englobou 8 semanas, com duração de 30 minutos e uma velocidade de treinamento estabelecida pelo teste máximo (TE). Para o estudo em humanos, 10 pacientes com TD com score Hamilton: 201, (média de idade: 384anos), foram pareados com 10 indivíduos saudáveis (média de idade: 383anos). Os estudos em humanos e animais foram aprovados pelos Comitês de Ética: 1436 - CEP/HUPE e CEUA/047/2010, respectivamente. Foi mensurado em humanos e em animais: transporte de L-arginina, concentração GMPc, atividade das enzimas NOS e superóxido dismutase (SOD) em plaquetas e cortisol sistêmico. Experimentos realizados somente em humanos: expressão das enzimas NOS, arginase e guanilato ciclase através de Western Blotting. A agregação plaquetária foi induzida por colágeno e foi realizada análise sistêmica de proteína C-reativa, fibrinogênio e L-arginina. Para o tratamento estatístico utilizou-se três testes estatísticos para avaliar as diferenças das curvas de sobrevida: Kaplan-Meier, e os testes de Tarone-Ware e Peto-Prentice. Em humanos, houve uma redução do transporte de L-arginina, da atividade das enzimas NOS e SOD, e da concentração de GMPc em plaquetas, e nas concentrações plasmáticas de L-arginina no grupo com TD em relação ao grupo controle. Foi observado um aumento dos níveis plasmáticos de fibrinogênio no TD. Esses resultados demonstram uma inibição da via L-arginina-NO-GMPc e da enzima anti-oxidante SOD em pacientes com TD sem afetar a função plaquetária. Em relação ao TF, para o modelo animal, foram encontradas alterações iniciais quanto à distância percorrida e tempo de execução do TE entre os grupos controles e o grupos SMUs, apresentando estes últimos menores valores para o TE. Após 8 semanas de TF, verificou-se um maior influxo no transporte de L-arginina para o SMUE em comparação ao grupo SMUS. As diferenças observadas para o tempo e a distância percorrida no TE inicial entre os grupos controle e no modelo de estresse foram revertidas após as 8 semanas de TF, demonstrando o efeito benéfico do exercício físico na capacidade cardiorespiratória em modelos de depressão.
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Farmacogenética em psiquiatria: influência dos polimorfismos CYP1A2*1F e CYP2C19*17 na refratariedade ao tratamento à clozapina e ao escitalopram / Pharmacogenetics in psychiatry: the influence of the CYP1A2*1F and CYP2C19*17 polymorphisms on resistence to treatment with clozapine and escitalopramBrito, Rodrigo Bernini de 26 August 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-08-26 / The aim of pharmacogenetics is to understand the hereditary basis of
therapeutic response and side effects of pharmacological agents for each individual.
Antipsychotics and antidepressants are effective drugs for schizophrenia and major
depressive disorder (MDD) treatment, respectively. Although a number of patients
respond satisfactorily to antipsychotics and antidepressants, 20-40% of them present
inadequate response, and the treatment with ineffective medication may take weeks
of unremitted illness, potential adverse drug reactions and nonadherence to
treatment. This study aims to identify polymorphisms in genes that potentially
influence the treatment response to clozapine in schizophrenic patients and the
treatment with escitalopram in MDD patients. This approach involved the study of
CYP1A2 and CYP2C19 genes related to the metabolism of these drugs and which
may to affect the efficacy of treatment. It was studied 54 schizophrenic patients
taking clozapine and 31 patients with MDD treated with escitalopram, both for long
term. The investigated polymorphisms, CYP1A2*1F in schizophrenic patients and
CYP2C19*2 and CYP2C19*17 in depressive patients, were analyzed by polymerase
chain reaction (PCR), followed by sequencing (CYP1A2*1F) or by restriction
fragment length polymorphism (RFLP) (CYP2C19*2 and *17) techniques. The results
pointed for the association between CYP1A2*1F polymorphism and super-refractory
clozapine treatment and for the association between CYP2C19*17 polymorphism
and the decreased response to escitalopram treatment. No association was
observed between CYP2C19*2 and the response to escitalopram treatment. These
findings suggest that these genetic variants have an important influence on the
treatment effectiveness of antipsychotics and antidepressants in psychiatric
disorders, as schizophrenia and MDD. The pharmacogenetics may be useful to the
psychiatrists helping in the choice of drugs and doses more efficient for each patient,
reducing suffering and costs and contributing to improve the quality of life for patients
and families. / A farmacogenética busca compreender a base hereditária da variabilidade da
resposta e dos efeitos adversos dos agentes farmacológicos entre os indivíduos. Os
medicamentos antipsicóticos e antidepressivos são utilizados em tratamentos
bastante efetivos para a esquizofrenia e transtorno depressivo maior (TDM),
respectivamente. Embora boa parte dos pacientes responda às terapias com
antipsicóticos e antidepressivos, 20-40% mostram resposta inadequada, e o custo
de cada tentativa de medicação não-efetiva para os pacientes pode levar a semanas
de permanência da doença, ocorrência de efeitos adversos potenciais e nãoaderência
ao tratamento. Este estudo teve como objetivo identificar polimorfismos
genéticos que podem potencialmente influenciar a resposta ao tratamento à
clozapina em pacientes esquizofrênicos e ao escitalopram em pacientes com TDM.
Essa abordagem envolveu o estudo de genes das enzimas metabolizadoras de
fármacos CYP1A2 e CYP2C19, potencialmente envolvidas no metabolismo desses
fármacos e que podem afetar a eficácia do tratamento. Foram estudados 54
pacientes esquizofrênicos em uso de clozapina e 31 pacientes com TDM em
tratamento com escitalopram, ambos por longo prazo. Os polimorfismos
investigados, CYP1A2*1F em pacientes esquizofrênicos e CYP2C19*2 e
CYP2C19*17 em pacientes depressivos, foram estudados por métodos baseados na
reação em cadeia da polimerase (PCR) seguido por sequenciamento (CYP1A2*1F)
ou pela técnica de polimorfismo no comprimento de fragmentos de restrição (RFLP)
(CYP2C19*2 e *17). Os resultados encontrados apontam a associação do
polimorfismo CYP1A2*1F com a super-refratariedade ao tratamento à clozapina e a
associação do polimorfismo CYP2C19*17 com resposta diminuída ao tratamento
com escitalopram. Não foi encontrada associação entre o polimorfismo CYP2C19*2
e a resposta ao tratamento ao escitalopram. Os resultados obtidos sugerem que as
variantes genéticas CYP1A2*1F e CYP2C19*17 podem desempenhar um papel
importante na efetividade do tratamento com antipsicóticos e antidepressivos em
transtornos psiquiátricos incapacitantes como a esquizofrenia e o TDM. A
farmacogenética pode auxiliar na psiquiatria como ferramenta para a escolha de
medicamentos e doses mais adequadas para cada paciente, diminuindo o
sofrimento, reduzindo custos e trazendo qualidade de vida a pacientes e familiares.
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Avaliação do impacto da comorbidade com transtornos ansiosos no comportamento suicida em pacientes com transtornos de humor / Evaluation of the impact of comorbid anxiety disorders in suicidal behavior in patients with mood disorderLená Nabuco de Abreu 01 February 2016 (has links)
A presença de tentativas de suicídio vem sendo associada à comorbidade com transtornos de ansiedade, tanto em estudos retrospectivos como nos prospectivos em pacientes com transtorno depressivo maior e naqueles com transtorno bipolar, embora os estudos apresentem resultados conflitantes. O objetivo deste estudo foi avaliar, prospectivamente, o impacto da presença da comorbidade com os transtornos ansiosos na presença de tentativas de suicídio em pacientes com transtornos do humor, durante o seguimento de 2 anos. Foram avaliados 667 pacientes, divididos em dois grupos: um grupo com comorbidade com transtorno ansioso (N+229, 34,3% e outro sem a comorbidade (N=438, 65,7%) em um estudo prospectivo com duração de 2 anos. As avaliações foram realizadas à entrada do estudo, após 3 meses, 12 meses e 24 meses. As escalas utilizadas nas avaliações foram: Escala de Depressão de Hamilton-24 itens, Escala de Desesperança de Beck, Escala de Ideação Suicida de Beck, Escala de Impulsividade de Barrat, BrownGoodwin Aggression Inventory, Buss-Durkeee Hostility Inventory e a Columbia Suicide History Form para avaliação da presença de tentativas de suicídio. Sintomas ansiosos foram avaliados por meio dos subitens: agitação, ansiedade psíquica, ansiedade somática e hipocondria presentes na Escala de Depressão de Hamilton. A medida de desfecho foi a presença de tentativa de suicídio durante o seguimento. Curvas de sobrevivência de Kaplan-Meier foram utilizadas para avaliar a relação entre a presença de tentativas de suicídio no seguimento e a presença de comorbidade com transtorno ansioso à entrada do estudo. A regressão de Cox foi empregada para avaliar quais outros fatores de risco incluindo os sintomas ansiosos estariam associados à presença de tentativas de suicídio no seguimento. Os resultados mostraram que 63 pacientes (13,1%) tiveram tentativa durante o seguimento. Não houve diferença entre os pacientes com e sem comorbidade com transtorno ansioso (log-rank 0,269 p=0.604. Na regressão de Cox, sexo feminino (HR 4.088 p <= 0.001), tentativas de suicídio prévias (HR 3,17, p=0,002), e escores de hostilidade (HR 1,06 p <= 0,001) foram preditores de tentativas de suicídio durante o seguimento. A presença de sintomas hipocondríacos foi um fator protetor para tentativas durante o seguimento (HR 0,60, p=0,011). Contrariamente a alguns estudos retrospectivos, neste estudo a comorbidade com transtornos ansiosos não foi um fator de risco para tentativas de suicídio no seguimento em pacientes com transtornos de humor / Suicide attempts have been associated with comorbidity with anxiety disorders in cross-sectional studies in both major depression and bipolar disorder, although not all studies agree. Our aim was to prospectively test the impact of comorbid anxiety disorders on future suicide attempts in a sample of mood disordered patients. A two-year prospective study evaluated 667 patients divided in two groups: patients with comorbid anxiety disorders (N=229, 34.3%) and patients without the comorbidity (N=438, 65.7%) Assessments were performed at baseline and after 3, 12 and 24 months. The main outcome was the occurrence of suicide attempts during follow-up. The scales used in the patient\'s evaluation were: Hamilton Depression Rating Scale-24 items, Beck Hopelessness Scale, Scale for Suicide Ideation, Barrat Impulsiveness Scale, Brown-Goodwin Aggression Inventory, Buss-Durkeee Hostility Inventory and Columbia Suicide History Form To evaluate the presence of attempts. Anxiety symptoms were evaluated using the sub-items agitation, psychic anxiety, somatic anxiety and hypochondria. Kaplan-Meier survival curves were used to elucidate the relationship between presence of lifetime anxiety disorders and subsequent suicide attempts. Cox proportional Hazard regression was performed to investigate other risk factors associated with suicide attempts during follow-up, including anxiety symptoms at baseline (somatic anxiety, psychic anxiety, agitation and hypochondriasis). There were 63 patients (13.1%) with suicide attempts during follow-up. There were no differences in survival curves for presence of comorbid anxiety disorders ( log-rank test 0.269 p= 0.604). In the Cox proportional hazard regression female sex (HR 4.088 p <= 0.001), past suicide attempts (HR 3.17, p=0.002), and hostility scores (HR 1.06 p <= 0.001) were the strongest predictors for suicide attempts. Hypochondriac symptoms were a protective factor for future suicide attempts (HR 0.60, p=0.011). Contrary to some cross-sectional studies, our results suggest that comorbidity with anxiety disorders is not a risk factor for future suicide attempts in patients with MDD or BD
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Suicídio, da identificação com a mãe morta ao resgate narcísico: um estudo psicanalítico do personagem Richard Brown do filme As horasFERREIRA, Maria Cristina da Silva January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / FIDESA - Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia / O tema desta Dissertação é o suicídio como conseqüência da identificação com a
mãe morta. Trata-se de uma pesquisa teórica fundamentada na teoria
psicanalítica, que recorre à análise do personagem Richard Brown, do filme As
Horas, para ilustrar o argumento teórico de que a revivescência da identificação
com a mãe morta pode ser um fator desencadeante do suicídio do melancólico na
vida adulta. Inicialmente procura explicitar o conceito de mãe morta, caracterizada
como uma mãe que mesmo quando está presente mostra-se ausente nos
cuidados e no investimento amoroso ao filho em função de sua depressão. Assim,
para a criança, a imagem materna será a de uma mãe sem vida, de uma mãe
morta. Mostra a identificação com a mãe morta como saída psíquica para a
situação traumática proveniente do desinvestimento amoroso maternal. A criança
na relação com esta mãe vive uma catástrofe psíquica chamada por Green de
trauma narcisista, o que vai determinar o destino do investimento libidinal, objetal
e narcisista do sujeito. Assim sendo, considera-se a melancolia como uma
psicopatologia manifestada na vida adulta pelo sujeito subjugado pelo complexo
da mãe morta. O estudo da melancolia no texto Luto e Melancolia, de Freud,
fornece subsídios para se compreender os processos do mundo interior daqueles
que querem dar cabo à sua própria existência. A melancolia evidencia o embate
entre o Eu e o Supereu nos papéis de acusado e acusador. Mostra que o Supereu
se torna sádico ao cobrar perfeição do Eu masoquista empobrecido
narcisicamente pela identificação com a mãe morta. Quando chega às raias do
sadismo esse embate leva o Eu, identificado com a mãe morta, a desejar eliminar
o objeto mau introjetado numa parte do Eu, para resgatar o seu valor narcísico
idealizado. Aponta o suicídio como a saída psíquica encontrada pelo melancólico
para livrar-se da identificação com a mãe morta. Conclui que no suicídio os
conflitos inconscientes manifestados na vida adulta são revivescências dos
conteúdos psíquicos registrados na infância. No caso estudado em questão, a
revivescência da identificação com a mãe morta teria sido o fator desencadeante
do suicídio de Richard Brown na vida adulta. / The theme of such Dissertation is suicide as a consequence of identification with
the dead mother. It is a theoretical research based on the psycho-analytical theory
which recurs to the analysis of the character Richard Brown, from the motion
picture The Hours, in order to illustrate the theoretical argument that the
identification revival with the dead mother may be an unlinking factor for the
suicide of the melancholic patient in the adult life. Initially, it is tried to explicit the
dead mother concept, characterized as a mother who, even when present, is quite
absent as for the cares and love investment towards the child due to her
depression. Thus, to the child, the maternal image shall be one of a lifeless
mother, a dead mother. It shows identification with the dead mother as a psychic
defense to the traumatic situation provoked by the maternal love underinvestment.
The child, in the relationship with the mother, lives a psychic catastrophe which
Green has called narcissist trauma, what will determine the fate of the libidinal,
objective and narcissist investment of the individual. Hence, melancholy is
considered a psycho-pathology, manifested at an adult age by the individual
subjugated by the complex of the dead mother. The study of melancholy in the
Mourning and Melancholy of Freud furnishes subsidies to the understanding of the
inner world processes of those ones who want to terminate their own existence.
Melancholy evidences the struggle between the I and the Super-I on the roles of
accuser and accused ones. It shows that the Super-I becomes sadistic when
asking for perfection to the masochist I narcissistically impoverished by the
identification with the dead mother. When it gets to the sadistic borders, such
struggle leads the I, identified with the dead mother, to desire to eliminate the
object badly introduced to a part of the I, in order to rescue its idealized narcissist
value. It points out suicide as the psychical exit found by the melancholic patient to
get free from the identification with the dead mother. It is concluded that in the
suicide, the unconscious conflicts manifested in the adult life are revivals of the
psychic contents registered in childhood. In this paper, the revival of the
identification with the dead mother would have been the unlinking factor of suicide
of Richard Brown in his adult life.
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O fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) como biomarcador nos transtornos psiquiátricos maioresFernandes, Brisa Simões January 2014 (has links)
Tem sido postulado que os distúrbios psiquiátricos, incluindo a esquizofrenia, estão relacionados com uma redução da expressão do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). Nos últimos anos um número crescente de estudos clínicos que avaliaram BDNF no sangue (soro ou plasma obtido do sangue, nesta tese também designado como “periférico”) de indivíduos com esquizofrenia, transtorno bipolar e transtorno depressivo maior foram publicados. Nossos objetivos nesta tese foram verificar se o BDNF periférico está diminuído na esquizofrenia em conjunto com as sintomatologias positiva e negativa, e se aumenta posteriormente no decurso de um tratamento com antipsicóticos. Para isso, realizamos duas metanálises distintas de BDNF periférico em esquizofrenia, incluindo um total de 41 estudos e mais de 7.000 participantes. Níveis periféricos de BDNF no soro e no plasma estão moderadamente reduzidos em pessoas com esquizofrenia quando comparados com controles saudáveis a partir do primeiro episódio psicótico, e esta diminuição é acentuada com a progressão da doença. Além disso, a diminuição do BDNF periférico não se correlaciona com a gravidade dos sintomas positivos e negativos No plasma, mas não no soro, os níveis periféricos de BDNF são sempre aumentados após o tratamento com antipsicóticos, independentemente da resposta do paciente ao medicamento. Depois, queríamos verificar a especificidade dos níveis de BDNF no soro e plasma nos transtornos psiquiátricos maiores. Para isso, foi realizada uma metanálise comparativa de 99 estudos de BDNF no soro e plasma na esquizofrenia, transtorno bipolar e transtorno depressivo maior, e verificamos que os níveis periféricos de BDNF estão igualmente reduzidos em todas essas condições, mas que ele retorna ao normal durante a fase de remissão de transtorno bipolar e transtorno depressivo maior. Em conclusão, há evidências de que a esquizofrenia está relacionada com níveis alterados de BDNF periférico. Se estes níveis de BDNF estão causalmente relacionados com o desenvolvimento da esquizofrenia ou se eles são apenas um epifenômeno nesta patologia ainda precisa ser determinado. Além disso, os níveis de BDNF no soro e plasma são inespecíficos para a esquizofrenia, transtorno bipolar e transtorno depressivo maior, mas podem ser considerados um biomarcador de atividade de doença nessas condições. / It has been postulated that psychiatric disorders, including schizophrenia, are related with a lower expression of brain-derived neurotrophic factor (BDNF). In the last few years an increasing number of clinical studies assessing BDNF in serum and plasma of subjects with schizophrenia, bipolar disorder, and major depressive disorder have been published. The aims in this thesis were to verify if peripheral BDNF is decreased in SZ in tandem with positive and negative symptomatology, and if it increases subsequently in the course of antipsychotic treatment. For this, we conducted two distinct meta-analyses of peripheral BDNF in SZ including a total of 41 studies and more than 7,000 participants. Peripheral BDNF levels in serum and plasma are moderately reduced in persons with SZ when compared to controls following the first episode of psychosis, and this decrease is accentuated with the progression of the disorder. Mostly notably, the extent peripheral BDNF level decrease does not correlate with the severity of positive and negative symptoms. In plasma, but not serum, peripheral BDNF levels are always increased after antipsychotic treatment irrespective of the patient’s response to the medication After, we wanted to verify the specificity of serum and plasma BDNF levels in major psychiatric disorders. For this, we conducted a comparative meta-analysis of 99 studies of serum and plasma BDNF in schizophrenia, bipolar disorder, and major depressive disorder, and verified that peripheral BDNF levels are equally reduced in all these conditions, but that it returns to normal during the remission phase of bipolar disorder and major depressive disorder. In conclusion, there is compelling evidence that SZ is related to altered levels of peripheral BDNF. Whether these BDNF levels are causally related to the development of SZ or if they are merely a pathology epiphenomenon remains to be seen. In addition, serum and plasma BDNF levels are unspecific for schizophrenia, bipolar disorder and major depressive disorder, but can be considered a biomarker of disease activity in these conditions.
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Interfaces entre os traços de personalidade o diagnóstico de depressão: diferencial entre quadros clínicos e presença de comorbidade durante episódio depressivoAraújo, Jaciana Marlova Gonçalves 29 September 2015 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2017-02-14T12:33:58Z
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Previous issue date: 2015-09-29 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq# / #-2555911436985713659# / #600 / Personality is one of the most important constructs in Psychology and has been
receiving increasingly more space among research in this area. The increasing interest
regarding the behavioral bases that sustain psychopathological conditions in general and
the arrival of the spectral vision of personality disorders has awarded more visibility and
relevance to studies with personality traits. Studying the personality traits patterns of the
Big Five theory in depressed patients with the intent of finding differential
characteristics in relation to Bipolar Affective Disorder and the existence or not of
Borderline Personality Disorder comorbidity were the objectives of this study. The first
study counted with the presence of 245 patients in current depressive episode, and the
second one counted with 149 patients in the same condition. In the first study,
sociodemographic, personality traits (NEO-FFI) and mood as well as anxiety disorders
(MINI-Plus) data were collected. The groups with Major Depressive Disorder (n= 192)
and Bipolar Affective Disorder (n= 62) were compared concerning these characteristics
by means of bivariate and multivariate analyses. In the second study, information about
Personality Disorders (MCMI-III) was added and comparisons were done as previously
described, but between the groups with (n= 40) and without (n= 109) Borderline
Personality Disorder comorbidity. The results of the first study pointed to a similar
pattern in personality traits distribution between individuals with Major Depressive
Disorder and Bipolar Affective Disorder during depressive episode. However, there was
significant difference regarding the factor of Agreeableness (p= 0.005, OR= 0.94, IC
95%= 0.90 to 0.98), with higher levels among those with unipolar disorder. In the
second study, presence of Borderline Personality Disorder was associated with lower
indices of the Conscientiousness factor (p= 0.026, OR= 0.55, IC 95%= 0.33 to 0.93);
12
higher prevalence of suicide risk (p= 0.017, OR= 2.15, IC 95%= 1.14 to 4.05);
comorbidity with Cluster A personality disorders (p= 0.010, RC= 2.61, IC 95%= 1.25 to
5.42) as well as with Cluster C ones (p= 0.045, RC= 1.03, IC 95%= 1.00 to 1.07). Data
from both studies point that assessing personality traits can be useful, both for
differentiation in cases where there is doubt between bipolar and unipolar disorders, as
well as for aiding in identifying the presence of Borderline Personality Disorder
comorbidity during depressive episodes. / A personalidade é um dos construtos mais importantes da Psicologia e tem tido
cada vez mais espaço entre as pesquisas da área. O crescente interesse a respeito das
bases comportamentais que sustentam os quadros psicopatológicos em geral e o advento
da visão espectral dos transtornos da personalidade têm conferido maior visibilidade e
relevância aos estudos acerca dos traços de personalidade. Os objetivos desta pesquisa
foram centrados na investigação dos traços da teoria Big Five em pacientes deprimidos,
pretendendo apontar características diferenciais entre casos de Transtorno Depressivo
Maior e Transtorno de Humor Bipolar (no primeiro trabalho) e entre casos com e sem
comorbidade entre Transtorno Depressivo Maior e Transtorno da Personalidade
Borderline (no segundo trabalho). Os tamanhos amostrais diferiram em função dos
objetivos dos estudos. No primeiro trabalho, contou-se com a participação de 245
pacientes em episódio depressivo atual, e no segundo, com 149 pacientes na mesma
condição. No primeiro estudo foram coletadas informações, sobre as condições
sociodemográficas; sobre os traços de personalidade (NEO-FFI) e sobre transtornos de
humor e ansiedade (MINI-Plus). O grupo com Transtorno Depressivo Maior (n= 183) e
o grupo com Transtorno de Humor Bipolar (n= 62) foram comparados em função dessas
características por meio de análises bivariadas e multivariadas. No segundo estudo
foram acrescidas as informações sobre Transtornos da Personalidade (MCMI-III), sendo
que as comparações foram feitas como descritas anteriormente, porém, entre os grupos
com (n= 40) e sem (n= 109) a comorbidade com Transtorno da Personalidade
Borderline. Os resultados do primeiro estudo apontaram um padrão semelhante na
distribuição dos traços de personalidade entre os indivíduos com Transtorno Depressivo
Maior e Transtorno de Humor Bipolar durante episódio depressivo; contudo, foi
10
encontrada diferença significativa em relação ao fator Amabilidade (p= 0.005, RC=
0.94, IC 95%= 0.90 a 0.98), com níveis mais altos entre os indivíduos com transtorno
unipolar. No segundo estudo, a presença do Transtorno da Personalidade Borderline
esteve associada a menores índices do fator Conscienciosidade (p= 0.026, RC= 0.55, IC
95%= 0.33 a 0.93); maior prevalência de risco de suicídio (p= 0.017, RC= 2.15, IC
95%= 1.14 a 4.05); comorbidade com os transtornos da personalidade do Cluster A (p=
0.010, RC= 2.61, IC 95%= 1.25 a 5.42) e do Cluster C (p= 0.045, RC= 1.03, IC 95%=
1.00 a 1.07). Os dados de ambos os estudos apontaram que a avaliação dos traços de
personalidade pode ser útil, do ponto de vista clínico, tanto para diferenciar casos em
que há dúvida diagnóstica, como identificar a presença de comorbidades que podem
comprometer diagnóstico e tratamento, caso sejam negligenciadas.
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Abandono em psicoterapia breve para transtorno depressivo maior: ensaio clínico randomizadoMACHADO, Rosiene da Silva 30 November 2017 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2018-05-17T12:35:39Z
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Previous issue date: 2017-11-30 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq# / #-2555911436985713659# / #600 / Introduction: Dropout in psychotherapy is a recurrent outcome in both scientific
research and clinical practice, its prevalence is around 17.5%, being one of the most
frequent and serious negative outcomes. Aim: to verify associated factors with dropout
in two brief psychotherapy models for depression in adults patients attended at an
outpatient clinic for research and extension in mental health. Method: Clinical trial
randomized with two models of psychotherapy for major depressive disorder (MDD):
Cognitive Behavioral Therapy (CBT) and Supportive-Expressive Dynamic
Psychotherapy (SEDP). Sociodemographic data will be collected from the sample
through a questionnaire prepared by the research team, the economic class will be
evaluated through the Brazilian Association of Research Companies (ABEP)
classification. In addition, TDM and Anxiety Disorders will be evaluated through the
Mini International Neuropsychiatric Interview - Plus (MINI Plus). Personality Disorders
will be evaluated by the Millon Clinical Multiaxial Inventory III (MCMI-III). Finally,
the severity of depressive symptoms will be measured using the Beck Depression
Inventory (BDI) and resilience through Resilience Scale (RS). / Introdução: O abandono em psicoterapia é um desfecho recorrente tanto na pesquisa
científica quanto na prática clínica, sua prevalência fica em torno de 17,5% sendo um
dos desfechos negativos mais frequentes e graves. Objetivo: Analisar os fatores
associados ao abandono do tratamento de psicoterapia breve por adultos com
Transtorno Depressivo Maior (TDM) atendidos em um ambulatório de pesquisa e
extensão em saúde mental na cidade de Pelotas. Método: Ensaio clínico randomizado
com dois modelos de psicoterapia para TDM: Terapia Cognitivo Comportamental
(TCC) e Psicoterapia Dinâmica Suportivo-expressiva (PDSE). Serão coletados dados
sociodemográficos da amostra através de um questionário elaborado pela equipe de
pesquisa, a classe econômica será avaliada através da classificação da Associação
Brasileira de Empresas de Pesquisas (ABEP). Além disso, o TDM e os Transtornos de
Ansiedade serão avaliados através da Mini International Neuropsychiatric Interview -
Plus (MINI Plus). Os Transtornos de Personalidade serão avaliados pelo Millon Clinical
Multiaxial Inventory III (MCMI-III). Por fim, a gravidade dos sintomas depressivos
será mensurada através do Inventário de Depressão de Beck (BDI) e a resiliência
através da Resilience Scale (RS)
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Depressão unipolar e bipolar em uma amostra de indivíduos jovens: aspectos clínicos diferenciaisPatella, André Machado 18 October 2018 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2018-11-14T11:31:31Z
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Previous issue date: 2018-10-18 / Bipolar disorder is one of the most incapacitating diseases in the world. The first
manifestations of this disease are usually depressive states that can be frequently mistaken
by unipolar depression. An incorrect diagnosis at this point can turn into a problem as it
delays the specific treatment for bipolar disease, or even worse, an inappropriate
treatment can aggravate the clinical presentation. Currently differential diagnosis between
bipolar disorder and unipolar depression holds on the presence of a maniac or
hippomaniac episode. This study aims to evaluate social demographics and clinical
aspects of young adults with age between 18-29 years, living in the city of Pelotas, Rio
Grande do Sul, Brazil, searching for factors that can differentiate both affective diseases. / O transtorno afetivo bipolar é uma das doenças mais incapacitantes do mundo. As
primeiras manifestações dessa doença geralmente são quadros depressivos que podem ser
facilmente confundido com um transtorno depressivo unipolar. Um erro no diagnóstico
pode acarretar em atraso no tratamento específico e até mesmo em um tratamento
incorreto que pode levar a um agravamento do quadro clínico. Atualmente o diagnóstico
diferencial entre transtorno afetivo bipolar e transtorno depressivo é feito apenas pela
existência de um episódio maníaco ou hipomaníaco nos pacientes bipolares. O presente
estudo busca avaliar aspectos sócios demográficos e clínicos de pacientes adultos jovens
com idade entre 18-29 anos, residentes no município de Pelotas, Rio Grande do Sul,
Brasil, a fim de identificar fatores que possam diferenciar ambos os quadros afetivos.
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Trauma na infância e transtorno de personalidade Borderline em sujeitos com transtorno depressivo maiorSOARES, Jennifer Mendes 15 December 2017 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2018-04-03T18:03:15Z
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Previous issue date: 2017-12-15 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES# / #2075167498588264571# / #600 / Introduction: The consequences of traumatic developmental experiences, in addition to
contributing to the incidence of major depressive disorder (MDD), can make such clinical
pictures more complex and signify a greater propensity to personality disorders (DP).
However, it is still unclear which subtype of specific trauma is involved in MDD
comorbidity with Borderline Personality Disorder (BPD). Objective: To evaluate the
association between subtypes of childhood trauma (physical and emotional neglect,
sexual, physical and emotional abuse) with BPD in a population of individuals with
MDD. Method: This is a cross-sectional study of individuals aged 18-60 who sought
psychotherapeutic treatment at the Mental Health Research and Extension Outpatient
Clinic (APESM) of the Catholic University of Pelotas (UCPel) and received a diagnosis
of MDD between July 2012 to June 2015. The instruments used in the evaluation were: a
questionnaire containing sociodemographic variables of the participants; the
classification of the Brazilian Association of Research Companies (ABEP) to evaluate
economic class; the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) to assess the history of early
trauma; the Mini International Neuropsychiatric Interview Plus (MINI Plus) for the
diagnosis of MDD; and Millon Clinical Multiaxial Inventory - III (MCMI-III) to evaluate
the PD. Results: 429 individuals completed all assessment instruments. The prevalence
of MDD comorbidity with BPD was 23.5% (n = 101) and we can verify that it is not
working (p = 0.044), have suicide risk (p <0.001) and have some anxiety disorder (p =
0.051) were associated with a higher prevalence of BPD. The presence of any other
personality disorder was associated with a higher prevalence of BPD (p <0.001). In
relation to the subtypes of early trauma, with the exception of Physical Abuse (p = 0.061),
7
all others were associated with an increase in BPD: Physical Neglect (p = 0.004),
Emotional Neglect (p <0.001), Sexual Abuse = 0.016) and Emotional Abuse (p <0.001).
After adjusted analysis, the subtypes of early trauma did not remain associated with
comorbidity between MDD and BPD. Some PD and the risk of suicide remained
significantly associated with BPD in MDD comorbidity. Conclusion: We found no
association between early trauma and comorbidity between MDD and BPD, but we found
that comorbidity could be associated with a worse clinical course of MDD, characterized
by higher rates of suicide risk and other personality disorders. / Introdução: As consequências das experiências traumáticas ao longo do
desenvolvimento, além de colaborar para a incidência de transtorno depressivo maior
(TDM), podem tornar tais quadros clínicos mais complexos e sinalizam uma maior
propensão aos transtornos de personalidade (TP). No entanto, ainda não está claro qual
subtipo de trauma específico está envolvido na comorbidade do TDM com o Transtorno
de Personalidade Borderline (TPB). Objetivo: Avaliar a associação entre subtipos de
trauma na infância (negligência física e emocional, abuso sexual, físico e emocional) com
o TPB em uma população de indivíduos com TDM. Método: Trata-se de um estudo
transversal com indivíduos com idade entre 18 e 60 que buscaram tratamento
psicoterapêutico no Ambulatório de Pesquisa e Extensão em Saúde Mental (APESM) da
Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e receberam o diagnóstico de TDM entre julho
de 2012 a junho de 2015. Os instrumentos utilizados na avaliação foram: um questionário
contendo variáveis sociodemográficas dos participantes; a classificação da Associação
Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) para avaliar classe econômica; o Childhood
Trauma Questionnaire (CTQ) para avaliar história de trauma precoce; o Mini
International Neuropsychiatric Interview na versão Plus (MINI Plus) para o diagnóstico
de TDM; e o Millon Clinical Multiaxial Inventory – III (MCMI- III) para avaliar os TPs.
Resultados: 429 indivíduos completaram todos os instrumentos de avaliação. A
prevalência de comorbidade TDM com TPB foi de 23,5% (n = 101) e podemos verificar
que não estar trabalhando (p = 0,044), ter risco de suicídio (p < 0,001) e ter algum
transtorno de ansiedade (p = 0,051) foram associados a uma maior prevalência de TPB.
A presença de algum outro transtorno de personalidade foi associada a uma maior
prevalência de TPB (p <0,001). Em relação aos subtipos de trauma precoce, com exceção
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do Abuso Físico (p = 0,061), todos os outros foram associados a um aumento de TPB:
Negligência Física (p = 0,004), Negligência Emocional (p<0,001), Abuso Sexual (p =
0,016) e Abuso Emocional (p <0,001). Após análise ajustada os subtipos de trauma
precoce não se mantiveram associados à comorbidade entre TDM e TPB. Alguns TP e o
risco de suicídio mantiveram-se significativamente associadas ao TPB na comorbidade
com TDM. Conclusão: Não encontramos associação entre trauma precoce e
comorbidade entre TDM e TPB, mas descobrimos que ter esta comorbidade poderia estar
associada a um pior curso clínico do TDM, caracterizado por taxas mais altas de risco de
suicídio e outros transtornos de personalidade.
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