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Educação, um caminho que se faz com o coração : entre xales, mulheres, xamãs, cachimbos, plantas, palavras, cantos e conselhosFriedrich, Neidi Regina January 2012 (has links)
Nessa tese de doutorado busquei apresentar relações e encontros ocorridos entre uma enfermeira, que trabalha com espiritualidade e cachimbo, num Centro Espiritual, com comunidades indígenas entre a etnia Guarani e curandeiros de Puebla no México. Apresentando essas relações trouxe temas da Espiritualidade, sua importância nos momentos atuais tanto na Educação como na Saúde. Dentro da Espiritualidade, uma abordagem sobre a Nova Era e o Neo-xamanismo, a partir de diversos autores e pesquisadores dessas linhas. Também, dentro da linha da Nova Era, apresento algumas tradições xamânicas e rituais utilizados com Plantas Sagradas, ou Plantas Enteógenas. Entre os trabalhos antropológicos com indígenas, apresento uma visão atual das dificuldades encontradas com a falta de terras, dificuldade nas políticas públicas em relação aos povos indígenas. Apresento alguns trabalhos junto aos Guarani, aprofundando o tema Xamanismo, mas na perspectiva das mulheres xamã, das Kunha Karaí, que usam o cachimbo (petÿguá) para o trabalho de cura. A pesquisa foi feita a partir de um trabalho etnográfico, desenvolvido em algumas aldeias Guarani do estado do RS e um contato no México com algumas curandeiras de Puebla. Com o povo Guarani a abordagem etnográfica aprofundou o tema da educação a partir da Palavra e do Conselho, que são fundamentais para a construção da pessoa Guarani. / In this doctorate thesis, I sought to present the relations and meetings occurred between a nurse, which works with spirituality and pipe in an Spiritual Center, with indigenous communities including the Guarani ethnicity and healers from Puebla, in Mexico. By presenting these relations, subjects related to Spirituality arises, together with its current importance in Education and Health. Within Spirituality, we present an approach about New Age and Neoshamanism, from many authors and researches of these subjects. Additionally, within the New Age subject, I present some of the shamanic traditions and rituals using Sacred Plants or Entheogenic Plants. Considering the anthropologic work made with indigenous, I present a current view of the challenges found by landlessness, difficulties in public policies in relation to indigenous people. I also present some work about the Guarani people, deepening the Shamanism subject in the shamanic women perspective, the Kunha Karaí, which use the pipe (petÿguá) for the spiritual healing work. This research was made from a ethnographic work, developed in some Guarani villages in the state of Rio Grande do Sul and a contact in Mexico with some healers of Puebla. With the Guarani people the ethnographic approach deepened the education subject from the Word and the Council, which are fundamental to the construction of the Guarani person.
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“Subir a pedra, limpar a matéria”: os pajés e os curandeiros Wassu-Cocal / "Climb up the stone, clear the matter": shamans and healers Wassu-CocalNascimento, Willander Ferreira do 26 November 2015 (has links)
This study discusses the practices and the healing rituals of shamans and healers of Wassu-Cocal's tribe in Alagoas, Brazilian's Northeast region. The purpose of this research is to describe the socio-cultural contexts about the transformation from ordinary person to shamans and healers, their healing rituals and the meanings of the disease. This research intends to contribute to highlight the theme of shamanism in the Brazilian Northeast native region, also striving to reconnect this issue to South American ethnology context. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho aborda as práticas e os rituais de cura dos pajés e curandeiros Wassu-Cocal, na Zona da Mata de Alagoas, nordeste brasileiro. O objetivo é descrever os contextos socioculturais que envolvem a transformação da pessoa em pajé e curandeira, seus rituais de cura e os significados da doença. A intenção deste trabalho é contribuir para trazer à tona a temática do xamanismo no nordeste indígena num esforço para reaproximar a questão no âmbito da etnologia sul-americana.
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"Eu luto desde que me conheço como gente" : territorialidades e cosmopolítica Kanhgág enfrentando o poder colonial no sul do BrasilMarechal, Clementine January 2015 (has links)
Ce mémoire est le fruit de plus de deux ans de recherches avec des Kanhgág dans le Rio Grande do Sul, Etat le plus au sud du Brésil. Ce travail cherche à comprendre les relations et connexions existantes entre le colonialisme, la lutte pour la terre et le chamanisme. Nous prenons le concept de territoire en tant que loupe dans l’analyse des relations inter et intraétniques. A partir d’une ethnographie à Carazinho (RS), nous exposons les continuités cosmologiques qui divergent des continuités coloniales conciliées par les agents de l’Etat et les grands propriétaires terriens de la région. Prenant le concept de territoire comme base d’analyse, nous comprenons l’existence d’une relation fondamentale entre la constituition des corps Kanhgág et leurs pratiques territoriales et politiques. C’est ainsi que nous utilisons le concept de biopolitique qui nous aide à emphatizer les continuités des logiques coloniales qui pénètrent la gestion des corps et des territoires Kanhgág. Ce concept de territoire est aussi pensé à partir d’une experience de voyages avec une femme kujá dont les rêves vẽnh péti nous emmèneront sur les routes du nord de l’état du Rio Grande do Sul, juste après l’arrestation de cinq Kanhgág à Faxinalzinho (RS). Les connexions entre les savoirs des kujá kujá kajrẽn, en mouvement constant et la lutte pour la terre nous apparaît comme évidentes, nous cherchons donc à mettre la lumière sur les savoirs de cette femme, savoirs qui sont mis en pratique et qui, pour être reconnus par d’autres, forment partie de ce que l’on appelle la cosmopolitique Kanhgág. Le concept de cosmopolitique nous aide à joindre les différentes praxis relationelles des Kanhgág, qui, aujourd’hui confrontent des offensives coloniales diverses. Le territoire étant un des éléments centraux de cette offensive, nous cherchons à visualiser les différentes manières avec lesquelles les Kanhgág conçoivent et pratiquent leur territorialité à l’intérieur et au-delà des frontières institutionelles. Ces pratiques s’agencent dans le chamanisme, que ce soit avec les savoirs des kujá ou à travers des capacités relationnelles de certains chefs. Ce travail se base sur la relation comme prémice fondamental pour connaître la constitution et la transformation des mondes que les Kanhgág parcourent. / Esta dissertação é fruto de uma convivência de mais de dois anos com pessoas Kanhgág no Rio Grande do Sul, Estado mais setentrional do Brasil. Busca-se com esse trabalho, entender as relações e conexões existentes entre o colonialismo, a luta pela terra e o xamanismo. Tomamos o conceito de território como foco na análise das relações inter e intraétnicas. Ressaltamos, através da etnografia em Carazinho (RS), continuidades cosmológicas que entram em divergência com continuidades coloniais propiciadas pelos agentes estatais e fazendeiros da região. O conceito de território nos ajuda a entender a existência de uma relação fundamental entre a constituição dos corpos Kanhgág e suas práticas territoriais e políticas. Assim, utilizamos o conceito de biopolítica enfatizando nas continuidades de lógicas coloniais que permeiam a gestão dos corpos e territórios Kanhgág. Este conceito de território é pensado também acompanhando uma mulher kujá, cujos sonhos vẽnh péti, nos levaram nas estradas do norte do estado do Rio Grande do Sul após o encarceramento de cinco lideranças Kanhgág em Faxinalzinho (RS). As conexões entre os conhecimentos dos kujá, kujá kajrẽn em constante movimento e a luta pela terra nos aparece como evidente, buscamos assim focar as análises a partir dos conhecimentos desta mulher, conhecimentos que estão postos em práticas e por serem reconhecidos por outros, formam parte do que chamamos de cosmopolítica Kanhgág. O conceito de cosmopolítica nos ajuda a juntar as diferentes práxis relacionais dos Kanhgág que hoje enfrentam diversas ofensivas coloniais. Sendo o território um dos focos centrais dessa ofensiva, tratamos de ressaltar as maneiras com as quais os Kanhgág concebem e praticam sua territorialidade dentro e além das fronteiras institucionais. Essas práticas se agenciam no xamanismo, seja com os saberes dos kujá, seja através de capacidades relacionais de certas lideranças. Esse trabalho se baseia na relação como premissa fundamental para conhecer a constituição e transformação dos mundos que os Kanhgág percorrem.
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Da universidade à casa de rezas guarani e vice-versa: reflexões sobre a presença indígena no ensino superior a partir da experiência dos guarani na licenciatura intercultural indígena do sul da Mata Atlântica/UFSCMelo, Clarissa Rocha de January 2014 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T21:13:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Esta tese trata do encontro entre as políticas públicas voltadas ao ensino superior indígena e a experiência dos acadêmicos - e mais especificamente, os estudantes guarani - na Licenciatura Intercultural Indígena do sul da Mata Atlântica e seus modos de conhecer. Tendo em vista a necessidade de sistematizar dados sobre o ensino superior indígena, esta tese pretende contribuir com um panorama, articulando discussões e reflexões que percorrem toda a América Latina. Nesse sentido, compreender as experiências indígenas, e, mais especificamente, dos grupos Guarani nesse contexto, contribui para reflexões gerais sobre esse processo ainda recente que envolve a presença indígena no ensino superior. O objetivo dessa tese é demonstrar que o Ensino Superior, assim como o Xamanismo - e toda sua complexidade constitutiva -, é um lócus de interesse desses acadêmicos indígenas. Realizam um esforço vislumbrando a possibilidade de trânsito entre mundos: o "mundo Guarani" e todas as especificidades culturais e conhecimentos que o compõem; e o não indígena - buscando os conhecimentos dos brancos que lhes são apresentados na educação escolar e ensino superior. Nesse sentido, a casa de rezas - a opy - e a universidade, são locais centrais de aprendizagem e aquisição de saberes, e esses acadêmicos realizam um movimento de circularidade entre esses espaços, estabelecendo um diálogo entre conhecimentos e modos de conhecer. Destaca-se a importância atribuída por alguns acadêmicos guarani, ao curso de Licenciatura Intercultural Indígena e a "busca de visão Guarani" - Kaaguy´i Nhemboe, assim como seus rituais frequentes de rezo. São processos de produção, aquisição e transmissão de conhecimentos valorizados, e evidentemente, ambos detêm protocolos distintos de aprendizagem, todavia, não se excluem, mas dialogam. Demonstra-se a importância da troca e da relação, do conhecimento que reside na alteridade, seja ela a mata e todos os seres que nela habitam ou a Universidade e todos os atributos que a compõem. Nesse movimento intrínseco a estes grupos caracterizado pelo devir, os acadêmicos (as) guarani aderem a conhecimentos que fazem sentido a eles, tanto no xamanismo - com a busca de visão guarani, quanto no ensino superior - com a seleção do que ensinar nas escolas indígenas e quais conhecimentos entram na escola e quais não.<br> / Abstract : This dissertation deals with the encounter between indigenous higher education public policies and the experience of academics - and more specifically, Guarani students - within the Southern Atlantic Forest Indigenous Intercultural Degree and their ways of knowing. Given the need to systematize data on indigenous higher education, this dissertation aims to contribute with an overview, linking discussions and reflections that run throughout Latin America. In this sense, understanding the indigenous experience, and more specifically, of Guarani groups in this context, contributes to more general reflections on this still recent process involving the indigenous presence in higher education. The goal is to demonstrate in this dissertation, that higher education, as well as Shamanism - and all its constituent complexity - is a locus of interest of these indigenous scholars. They make an effort, glimpsed by the possibility of transit between worlds: the "Guarani world" and all the cultural specificities and knowledge that constitute it; and nonindigenous - seeking the knowledge of the whites, that is presented to them in school and in higher education. In this sense, the house of prayer - the opy - and the university are central places of learning and acquiring knowledge, and these scholars perform a movement of circularity between these spaces, establishing a dialogue between knowledge and ways of knowing. Highlighting the importance attributed by some Guarani scholars to the Indigenous Intercultural Degree and the "quest of Guarani vision" - Kaaguy'i Nhemboe, as well as their frequent prayer rituals. They are processes of production, acquisition and transmission of valued knowledge, and of course, both hold different learning protocols, however, they do not mutually exclude each other, but dialogue. It demonstrate the importance of exchange and relationship, of knowledge that resides in otherness, be it the forest and all the beings that inhabit it, or the University and all the attributes it comprises. In this intrinsic movement of these groups, characterized by becoming, Guarani scholars adhere to pieces of knowledge that make sense to them, both in Shamanism - with the Guarani vision search, and in higher education - with the selection of what to teach in Indigenous schools and which knowledge should enter the school and which should not.
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Uma etnografia sobre a pluralidade de modelos de atenção à saúde entre os índios Munduruku na terra indígena Kwatá Laranjal, Borba, AmazonasScopel, Daniel January 2013 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-06T00:35:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Esta tese visa analisar as relações e redes sociais de apoio mútuo e cuidados a partir das práticas indígenas de autoatenção à saúde e às enfermidades entre os Índios Munduruku do Rio Canumã. Na Terra Indígena Kwatá-Laranjal vivem 2500 índios Munduruku. O estudo é etnográfico e admitiu múltiplas técnicas de pesquisa (observação participante, entrevistas, acompanhamento de itinerários terapêuticos, etc.). Entende-se que as redes de relações sociais são decisivas nos processos de saúde/doença/atenção (MENÉNDEZ, E. L., 2009). Essa temática se insere entre os estudos antropológicos sobre saúde indígena no Brasil (LANGDON, 2004) e tem foco na relação entre diferentes saberes de atenção (MENÉNDEZ, E. L., 2009) por meio da compreensão de que os diversos atores sociais agem em um campo plural de intermedicalidade (FOLLÉR, 2004; GREENE, 1998; LANGDON, 2004). O recorte teórico-metodológico parte da autoatenção em sentido estrito (MENÉNDEZ, E. L., 2003) por meio das práticas e estratégias intencionais de atores ?leigos? na busca por prevenir, minimizar, eliminar ou conviver com as enfermidades. Esse recorte permite a identificação da multiplicidade de formas de atenção e a descrição dos espaços de intermedicalidade. Partindo do reconhecimento da pluralidade de formas e modelos de atenção à saúde, buscou-se enfatizar a agência dos atores sociais, ou seja, as práticas formas indígenas de atenção, tomando-as como produtos emergentes de relações sociais em um contexto pluriétnico. O diferencial da proposta é que o estudo não se restringe aos saberes de especialistas Munduruku, nem apenas aos profissionais de saúde biomédicos, mas abrange as relações e redes sociais articuladas através da práxis da autoatenção. <br> / Abstract : This dissertation aims at analyzing social relations and social networks of mutual support and health care based on indigenous self-care ("autoatenção") practices among the Munduruku People, of the Rio Canumã, Amazonas, Brazil. Approximately 2,500 indigenous people live at the Kwatá-Laranjal Land. This is an ethnographic study, including multiple research techniques (participatory observation, interviews, observation of therapeutic itineraries etc.). It supports a finding that states social relation networks are crucial to health/disease/care processes (MENÉNDEZ, E. L., 2009). This theme is part of anthropological studies on indigenous health in Brazil (LANGDON, 2004) and focuses on the relationship among different modes of knowledge regarding attention (MENÉNDEZ, E. L., 2009), considering the existence of various social actors acting in an emergent, plural and intermedical field (FOLLER, 2004, GREENE, 1998, LANGDON 2004). The theoretical-methodological framework originates from the ?autoatenção? concept in the strict sense (MENÉNDEZ, E. L., 2003), which focuses on the intentional practices and strategies of ?lay? actors seeking to prevent, minimize, eliminate or live with their sickness. Such focus allows the identification of multiple forms of attention and description of spaces of intermedicality. This proposal, however, stands out because this study is not restricted to Munduruku specialists or biomedical professionals, but encompasses the relationships and social networks articulated through the praxis of "autoatenção".
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Na terra, no céu: os Awá-Guajá e os OutrosYokoi, Marcelo 25 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-25 / Financiadora de Estudos e Projetos / Result of a field work among the Awá-Guajá, a Tupi-Guarani speaking people of Eastern Amazon, this dissertation focuses on the various relations of alterity that are currently being lived and experienced with the many powers that act directly and indirectly in Awá life. Are these Others, now approaching or distancing, but always present in some way, whether in speech, in memory or in action. The transformation is constant and the present study attempts to explore some of these developments whose dialogues, multiplied as they are, become essential for us to think about the Awá-Guajá politics. To this end, I go through certain paths that lead us to these agents full of enemies and/or affines: karaí (non-Indians), kamará (other Indians), awá ka a pahara (other Awá) and karawara (celestial beings). Sometimes ambiguous, these Others give the tonality of a "new indigenous politics whose contours never cease to be problematized. / Fruto de uma pesquisa de campo entre os Awá-Guajá, povo Tupi-Guarani do Leste Amazônico, esta dissertação tem como ponto central as diversas relações de alteridade que estão sendo atualmente vividas e experimentadas com as várias potências que atuam direta e indiretamente na vida Awá. São esses Outros, que ora se aproximam, ora se distanciam, porém estão sempre presentes de alguma forma, seja no discurso, na memória ou na ação. A transformação é constante e o presente trabalho busca explorar alguns momentos desses desdobramentos cujos diálogos, multiplicados que são, se fazem centrais para pensarmos as políticas Awá-Guajá. Para tal, percorro certos caminhos que nos levam a estes agentes cheios de inimigos e/ou afins: karaí (não índios), kamará (outros índios), awá ka a pahara (outros Awá) e karawara (seres celestes). Por vezes ambíguos, estes Outros dão as tonalidades de uma nova política indígena cujos contornos nunca deixam de ser problematizados.
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Educação, um caminho que se faz com o coração : entre xales, mulheres, xamãs, cachimbos, plantas, palavras, cantos e conselhosFriedrich, Neidi Regina January 2012 (has links)
Nessa tese de doutorado busquei apresentar relações e encontros ocorridos entre uma enfermeira, que trabalha com espiritualidade e cachimbo, num Centro Espiritual, com comunidades indígenas entre a etnia Guarani e curandeiros de Puebla no México. Apresentando essas relações trouxe temas da Espiritualidade, sua importância nos momentos atuais tanto na Educação como na Saúde. Dentro da Espiritualidade, uma abordagem sobre a Nova Era e o Neo-xamanismo, a partir de diversos autores e pesquisadores dessas linhas. Também, dentro da linha da Nova Era, apresento algumas tradições xamânicas e rituais utilizados com Plantas Sagradas, ou Plantas Enteógenas. Entre os trabalhos antropológicos com indígenas, apresento uma visão atual das dificuldades encontradas com a falta de terras, dificuldade nas políticas públicas em relação aos povos indígenas. Apresento alguns trabalhos junto aos Guarani, aprofundando o tema Xamanismo, mas na perspectiva das mulheres xamã, das Kunha Karaí, que usam o cachimbo (petÿguá) para o trabalho de cura. A pesquisa foi feita a partir de um trabalho etnográfico, desenvolvido em algumas aldeias Guarani do estado do RS e um contato no México com algumas curandeiras de Puebla. Com o povo Guarani a abordagem etnográfica aprofundou o tema da educação a partir da Palavra e do Conselho, que são fundamentais para a construção da pessoa Guarani. / In this doctorate thesis, I sought to present the relations and meetings occurred between a nurse, which works with spirituality and pipe in an Spiritual Center, with indigenous communities including the Guarani ethnicity and healers from Puebla, in Mexico. By presenting these relations, subjects related to Spirituality arises, together with its current importance in Education and Health. Within Spirituality, we present an approach about New Age and Neoshamanism, from many authors and researches of these subjects. Additionally, within the New Age subject, I present some of the shamanic traditions and rituals using Sacred Plants or Entheogenic Plants. Considering the anthropologic work made with indigenous, I present a current view of the challenges found by landlessness, difficulties in public policies in relation to indigenous people. I also present some work about the Guarani people, deepening the Shamanism subject in the shamanic women perspective, the Kunha Karaí, which use the pipe (petÿguá) for the spiritual healing work. This research was made from a ethnographic work, developed in some Guarani villages in the state of Rio Grande do Sul and a contact in Mexico with some healers of Puebla. With the Guarani people the ethnographic approach deepened the education subject from the Word and the Council, which are fundamental to the construction of the Guarani person.
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"Eu luto desde que me conheço como gente" : territorialidades e cosmopolítica Kanhgág enfrentando o poder colonial no sul do BrasilMarechal, Clementine January 2015 (has links)
Ce mémoire est le fruit de plus de deux ans de recherches avec des Kanhgág dans le Rio Grande do Sul, Etat le plus au sud du Brésil. Ce travail cherche à comprendre les relations et connexions existantes entre le colonialisme, la lutte pour la terre et le chamanisme. Nous prenons le concept de territoire en tant que loupe dans l’analyse des relations inter et intraétniques. A partir d’une ethnographie à Carazinho (RS), nous exposons les continuités cosmologiques qui divergent des continuités coloniales conciliées par les agents de l’Etat et les grands propriétaires terriens de la région. Prenant le concept de territoire comme base d’analyse, nous comprenons l’existence d’une relation fondamentale entre la constituition des corps Kanhgág et leurs pratiques territoriales et politiques. C’est ainsi que nous utilisons le concept de biopolitique qui nous aide à emphatizer les continuités des logiques coloniales qui pénètrent la gestion des corps et des territoires Kanhgág. Ce concept de territoire est aussi pensé à partir d’une experience de voyages avec une femme kujá dont les rêves vẽnh péti nous emmèneront sur les routes du nord de l’état du Rio Grande do Sul, juste après l’arrestation de cinq Kanhgág à Faxinalzinho (RS). Les connexions entre les savoirs des kujá kujá kajrẽn, en mouvement constant et la lutte pour la terre nous apparaît comme évidentes, nous cherchons donc à mettre la lumière sur les savoirs de cette femme, savoirs qui sont mis en pratique et qui, pour être reconnus par d’autres, forment partie de ce que l’on appelle la cosmopolitique Kanhgág. Le concept de cosmopolitique nous aide à joindre les différentes praxis relationelles des Kanhgág, qui, aujourd’hui confrontent des offensives coloniales diverses. Le territoire étant un des éléments centraux de cette offensive, nous cherchons à visualiser les différentes manières avec lesquelles les Kanhgág conçoivent et pratiquent leur territorialité à l’intérieur et au-delà des frontières institutionelles. Ces pratiques s’agencent dans le chamanisme, que ce soit avec les savoirs des kujá ou à travers des capacités relationnelles de certains chefs. Ce travail se base sur la relation comme prémice fondamental pour connaître la constitution et la transformation des mondes que les Kanhgág parcourent. / Esta dissertação é fruto de uma convivência de mais de dois anos com pessoas Kanhgág no Rio Grande do Sul, Estado mais setentrional do Brasil. Busca-se com esse trabalho, entender as relações e conexões existentes entre o colonialismo, a luta pela terra e o xamanismo. Tomamos o conceito de território como foco na análise das relações inter e intraétnicas. Ressaltamos, através da etnografia em Carazinho (RS), continuidades cosmológicas que entram em divergência com continuidades coloniais propiciadas pelos agentes estatais e fazendeiros da região. O conceito de território nos ajuda a entender a existência de uma relação fundamental entre a constituição dos corpos Kanhgág e suas práticas territoriais e políticas. Assim, utilizamos o conceito de biopolítica enfatizando nas continuidades de lógicas coloniais que permeiam a gestão dos corpos e territórios Kanhgág. Este conceito de território é pensado também acompanhando uma mulher kujá, cujos sonhos vẽnh péti, nos levaram nas estradas do norte do estado do Rio Grande do Sul após o encarceramento de cinco lideranças Kanhgág em Faxinalzinho (RS). As conexões entre os conhecimentos dos kujá, kujá kajrẽn em constante movimento e a luta pela terra nos aparece como evidente, buscamos assim focar as análises a partir dos conhecimentos desta mulher, conhecimentos que estão postos em práticas e por serem reconhecidos por outros, formam parte do que chamamos de cosmopolítica Kanhgág. O conceito de cosmopolítica nos ajuda a juntar as diferentes práxis relacionais dos Kanhgág que hoje enfrentam diversas ofensivas coloniais. Sendo o território um dos focos centrais dessa ofensiva, tratamos de ressaltar as maneiras com as quais os Kanhgág concebem e praticam sua territorialidade dentro e além das fronteiras institucionais. Essas práticas se agenciam no xamanismo, seja com os saberes dos kujá, seja através de capacidades relacionais de certas lideranças. Esse trabalho se baseia na relação como premissa fundamental para conhecer a constituição e transformação dos mundos que os Kanhgág percorrem.
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"Eu luto desde que me conheço como gente" : territorialidades e cosmopolítica Kanhgág enfrentando o poder colonial no sul do BrasilMarechal, Clementine January 2015 (has links)
Ce mémoire est le fruit de plus de deux ans de recherches avec des Kanhgág dans le Rio Grande do Sul, Etat le plus au sud du Brésil. Ce travail cherche à comprendre les relations et connexions existantes entre le colonialisme, la lutte pour la terre et le chamanisme. Nous prenons le concept de territoire en tant que loupe dans l’analyse des relations inter et intraétniques. A partir d’une ethnographie à Carazinho (RS), nous exposons les continuités cosmologiques qui divergent des continuités coloniales conciliées par les agents de l’Etat et les grands propriétaires terriens de la région. Prenant le concept de territoire comme base d’analyse, nous comprenons l’existence d’une relation fondamentale entre la constituition des corps Kanhgág et leurs pratiques territoriales et politiques. C’est ainsi que nous utilisons le concept de biopolitique qui nous aide à emphatizer les continuités des logiques coloniales qui pénètrent la gestion des corps et des territoires Kanhgág. Ce concept de territoire est aussi pensé à partir d’une experience de voyages avec une femme kujá dont les rêves vẽnh péti nous emmèneront sur les routes du nord de l’état du Rio Grande do Sul, juste après l’arrestation de cinq Kanhgág à Faxinalzinho (RS). Les connexions entre les savoirs des kujá kujá kajrẽn, en mouvement constant et la lutte pour la terre nous apparaît comme évidentes, nous cherchons donc à mettre la lumière sur les savoirs de cette femme, savoirs qui sont mis en pratique et qui, pour être reconnus par d’autres, forment partie de ce que l’on appelle la cosmopolitique Kanhgág. Le concept de cosmopolitique nous aide à joindre les différentes praxis relationelles des Kanhgág, qui, aujourd’hui confrontent des offensives coloniales diverses. Le territoire étant un des éléments centraux de cette offensive, nous cherchons à visualiser les différentes manières avec lesquelles les Kanhgág conçoivent et pratiquent leur territorialité à l’intérieur et au-delà des frontières institutionelles. Ces pratiques s’agencent dans le chamanisme, que ce soit avec les savoirs des kujá ou à travers des capacités relationnelles de certains chefs. Ce travail se base sur la relation comme prémice fondamental pour connaître la constitution et la transformation des mondes que les Kanhgág parcourent. / Esta dissertação é fruto de uma convivência de mais de dois anos com pessoas Kanhgág no Rio Grande do Sul, Estado mais setentrional do Brasil. Busca-se com esse trabalho, entender as relações e conexões existentes entre o colonialismo, a luta pela terra e o xamanismo. Tomamos o conceito de território como foco na análise das relações inter e intraétnicas. Ressaltamos, através da etnografia em Carazinho (RS), continuidades cosmológicas que entram em divergência com continuidades coloniais propiciadas pelos agentes estatais e fazendeiros da região. O conceito de território nos ajuda a entender a existência de uma relação fundamental entre a constituição dos corpos Kanhgág e suas práticas territoriais e políticas. Assim, utilizamos o conceito de biopolítica enfatizando nas continuidades de lógicas coloniais que permeiam a gestão dos corpos e territórios Kanhgág. Este conceito de território é pensado também acompanhando uma mulher kujá, cujos sonhos vẽnh péti, nos levaram nas estradas do norte do estado do Rio Grande do Sul após o encarceramento de cinco lideranças Kanhgág em Faxinalzinho (RS). As conexões entre os conhecimentos dos kujá, kujá kajrẽn em constante movimento e a luta pela terra nos aparece como evidente, buscamos assim focar as análises a partir dos conhecimentos desta mulher, conhecimentos que estão postos em práticas e por serem reconhecidos por outros, formam parte do que chamamos de cosmopolítica Kanhgág. O conceito de cosmopolítica nos ajuda a juntar as diferentes práxis relacionais dos Kanhgág que hoje enfrentam diversas ofensivas coloniais. Sendo o território um dos focos centrais dessa ofensiva, tratamos de ressaltar as maneiras com as quais os Kanhgág concebem e praticam sua territorialidade dentro e além das fronteiras institucionais. Essas práticas se agenciam no xamanismo, seja com os saberes dos kujá, seja através de capacidades relacionais de certas lideranças. Esse trabalho se baseia na relação como premissa fundamental para conhecer a constituição e transformação dos mundos que os Kanhgág percorrem.
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Educação, um caminho que se faz com o coração : entre xales, mulheres, xamãs, cachimbos, plantas, palavras, cantos e conselhosFriedrich, Neidi Regina January 2012 (has links)
Nessa tese de doutorado busquei apresentar relações e encontros ocorridos entre uma enfermeira, que trabalha com espiritualidade e cachimbo, num Centro Espiritual, com comunidades indígenas entre a etnia Guarani e curandeiros de Puebla no México. Apresentando essas relações trouxe temas da Espiritualidade, sua importância nos momentos atuais tanto na Educação como na Saúde. Dentro da Espiritualidade, uma abordagem sobre a Nova Era e o Neo-xamanismo, a partir de diversos autores e pesquisadores dessas linhas. Também, dentro da linha da Nova Era, apresento algumas tradições xamânicas e rituais utilizados com Plantas Sagradas, ou Plantas Enteógenas. Entre os trabalhos antropológicos com indígenas, apresento uma visão atual das dificuldades encontradas com a falta de terras, dificuldade nas políticas públicas em relação aos povos indígenas. Apresento alguns trabalhos junto aos Guarani, aprofundando o tema Xamanismo, mas na perspectiva das mulheres xamã, das Kunha Karaí, que usam o cachimbo (petÿguá) para o trabalho de cura. A pesquisa foi feita a partir de um trabalho etnográfico, desenvolvido em algumas aldeias Guarani do estado do RS e um contato no México com algumas curandeiras de Puebla. Com o povo Guarani a abordagem etnográfica aprofundou o tema da educação a partir da Palavra e do Conselho, que são fundamentais para a construção da pessoa Guarani. / In this doctorate thesis, I sought to present the relations and meetings occurred between a nurse, which works with spirituality and pipe in an Spiritual Center, with indigenous communities including the Guarani ethnicity and healers from Puebla, in Mexico. By presenting these relations, subjects related to Spirituality arises, together with its current importance in Education and Health. Within Spirituality, we present an approach about New Age and Neoshamanism, from many authors and researches of these subjects. Additionally, within the New Age subject, I present some of the shamanic traditions and rituals using Sacred Plants or Entheogenic Plants. Considering the anthropologic work made with indigenous, I present a current view of the challenges found by landlessness, difficulties in public policies in relation to indigenous people. I also present some work about the Guarani people, deepening the Shamanism subject in the shamanic women perspective, the Kunha Karaí, which use the pipe (petÿguá) for the spiritual healing work. This research was made from a ethnographic work, developed in some Guarani villages in the state of Rio Grande do Sul and a contact in Mexico with some healers of Puebla. With the Guarani people the ethnographic approach deepened the education subject from the Word and the Council, which are fundamental to the construction of the Guarani person.
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