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Ritos fúnebres na EneidaRêgo, Nathália Pinto do 26 August 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-08-26 / This paper proposes a study of the Aeneid, by Virgil, specifically the episode of Miseno's funeral, described in Book VI of the poem, and Pallas's funeral, present in Book XI. From the description of the funeral ceremonies performed by the poet, we will do a study on the cultural and religious aspects involved in this kind of religious practice, highlighting its importance within the archaic societies. Funeral rites composes some of the oldest customs of these people, and observed their achievement from primitive societies, given that the archaic antiquity already admitted a belief in the permanence of the soul after death, considering life on earth as a passage. The funeral rites arise as a way to end the earthly existence in the grave, beginning a life that is beyond the material plane. If the funerals were not accomplished, the soul would remain wandering in the earthly world, in the form of ghost or larva, tormenting the living, as a way of claiming their burial in order to finally reach the gateway to the underworld. / O presente trabalho propõe um estudo da Eneida, de Virgílio, mais especificamente do episódio do funeral de Miseno, descrito no Livro VI do referido poema e do funeral de Palante, presente no Livro XI. A partir da descrição das cerimônias fúnebres realizadas pelo poeta, faremos um estudo acerca dos aspectos culturais e religiosos envolvidos nesse tipo de prática religiosa, destacando a sua importância dentro das sociedades arcaicas. Os ritos fúnebres compõem alguns dos costumes mais antigos desses povos, sendo observada a sua realização desde as sociedades primitivas, tendo em vista que na antiguidade arcaica já se admitia uma crença na permanência da alma após a morte, considerando a vida na terra como uma passagem. As honras fúnebres surgem como uma maneira de encerrar a existência terrena no túmulo, dando início a uma vida que está além do plano material. Caso não fossem realizados os funerais, a alma permaneceria errante no mundo terreno, em forma de fantasma ou de larva, atormentando os vivos, como uma forma de reivindicar o seu enterro, a fim de que finalmente alcançasse a passagem para o mundo dos mortos.
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Gandalf: a linha na agulha de Tolkien / Gandalf: the thread in Tolkien's needleStainle, Stéfano [UNESP] 25 May 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-05-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Com essa pesquisa pretende-se, a partir de uma abordagem teórico-crítica de O Senhor dos Anéis, obra máxima de J. R. R. Tolkien, analisar o modo de atuação da personagem Gandalf, de forma a esclarecer e melhor compreender como essa personagem atua na narrativa e, com essa atuação, possibilita a existência da narrativa em si mesma, equilibrando ou desequilibrando o compasso do enredo. A forma como ela se movimenta e se manifesta no enredo é que permite concluir que cabe a Gandalf a responsabilidade de ser o urdidor dos elementos narrativos. Ele possilita que os elementos distintos da obra se conectem e dessa forma impulsionem a narrativa. Para tal análise há a mobilização de teorias que se referem à atuação da personagem e ao contexto literário em questão. Tais teorias são relacionadas aos gêneros romance, épica, contos de fadas, novelas de cavalaria e mito, bem como a psicanálise, religião, personagem e herói. Partindo do estudo da referida personagem, intenciona-se contribuir, em última instância, para uma melhor compreensão do universo ficcional criado pelo autor e um melhor entendimento dos recursos utilizados na composição da atuação da referida personagem na narrativa, aspecto que até o momento não foi adequadamente abordado e analisado pela crítica especializada na obra do autor. / With this research it is intended to analyse the way of acting of the character Gandalf departing from a theoretical-critical approach of The Lord of the Rings, J. R. R. Tolkien’s masterpiece, and by this, searching the enlightment and better understanding of how this character acts on the paths of the narrative and how this acting makes possible the existence of narrative itself, by balancing or even unbalancing the plot’s compass. The way he moves and acts in the plot allows us to conclude that Gandalf is the responsible for manipulating the narrative elements. He makes possible the connection among different elements of the plot, boosting the narrative. There is a mobilization of theories concerning the character's performance and the literary context to do such analysis. The theories are related to the genres novel, epic, fairy tale, romance and myth, as well as to the psychoanalysis, the religion, the character and the hero. Departing from the study of the referred character, it is intended to contribute, in the last resort, to a better understanding of the fictional universe created by the author and a better comprehension of the resources used in the composition of the reported character’s performance in the narrative, an aspect that was not properly approached and analysed by the critics on the work of the author.
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O aspecto polif?nico d os Lus?adasPereira, Fernando Alves 10 December 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-12-10 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior / A study about the polyphonic aspect of The Lusiads. An epic poem in Portuguese Language
written by Lu?s de Cam?es, that narrates the adventure of the journey of Vasco da Gama in
the discoverer of new shipping lanes for the ?ndias. Secondarily, tells the historics battles
engaged during the process of foundation and consolidation of the Portuguese Empire. The
object of the study are the diverse speeches that compose the poem s narration, aiming at to
the possible aesthetic relation of the epic poetry of Cam?es with the novelistic prose
developed in the modernity, starting with D. Quijote and consacrating it at polyphonic novels
written by Dostoi?vski. The sdudy focuses the singularity of Cam?es lies in the elaboration of
a narrative structurally epic, but at the same time contains several deviating speeches. Such
speeches emphasize the multiple planes and multiple voices (characteristics of novelistic
prose) without, however, prejudice the interlinking logical-formal epos, resulting in the
monological finish conventional of the epic gender. This feature characterizes The Lusiads as
monological literary work, but also shows dialogism and plurilinguism, essentials to the
polyphonic phenomenon. Another prominent aspect of the poetry of Cam?es is the relative
procedure to the expressiveness of the characters. They are, in the majority, rhetorical
creations, which assume, in the speech, human or myhtological characteristics. Stratagem that
permits to the poet to emit a multiple faces of vision of the facts told. The analysis of the
speeches supports-itself entirely in the polyphonic theory of Mikhail Bakhtin, shall be cited,
accessory, viewpoints of others theoretical, as long if it is judged compatible with the theory
adopted / Estudo sobre o aspecto polif?nico d Os Lus?adas. Poema ?pico escrito em L?ngua Portuguesa
por Lu?s de Cam?es, cujo tema central ? a aventura da viagem de Vasco da Gama no
descobrimento de novas rotas mar?timas para as ?ndias, narrando, secundariamente, as
batalhas hist?ricas travadas no percurso da forma??o e consolida??o do Imp?rio Portugu?s. O
objeto do estudo s?o os diversos discursos que comp?em a narra??o do poema, examinando a
poss?vel rela??o de influ?ncia est?tica entre a poesia ?pica camoniana e a prosa romanesca
que se desenvolve na modernidade, a partir de D. Quixote, consagrando-se nos romances
polif?nicos de Dostoi?vski. O estudo enfoca a singularidade de Cam?es na elabora??o de uma
narrativa estruturalmente ?pica, mas que ao mesmo tempo engloba v?rios discursos desviantes
(excursos). Discursos esses que revelam a multiplanaridade e a plurivocaliza??o
(caracter?sticas da prosa romanesca) sem, contudo, prejudicar o encadeamento l?gico-formal
da epopeia, resultando no acabamento monol?gico can?nico do g?nero ?pico. Este aspecto
caracteriza Os Lus?adas como uma obra monol?gica, conforme o c?none de ent?o, mas que
deixa transparecer tra?os de dialogismo e de plurilinguismo essenciais ao fen?meno
polif?nico. Outro aspecto relevante da po?tica camoniana, ressaltado no presente estudo, ? o
procedimento relativo ? expressividade das personagens. As personagens-narradoras do
poema s?o, na maioria, cria??es discursivas ou ret?ricas, as quais assumem, no discurso,
caracter?sticas humanas ou mitol?gicas. Artif?cio que permite ao poeta apresentar uma vis?o
multifacet?ria dos fatos narrados. A an?lise dos discursos apoia-se inteiramente na teoria
polif?nica de Mikhail Bakhtin, citando, acessoriamente, pontos de vista de outros te?ricos, ?
medida que se julgam compat?veis com a teoria adotada
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"The tree that bears a million of blossoms" : a revaluation of George Eliot's RomolaDonada, Jaqueline Bohn January 2012 (has links)
Ao refletir sobre o seu próprio romance anos depois de tê-lo escrito, George Eliot disse a respeito de Romola que foi esse o romance que ela escreveu com seu melhor sangue, indicando assim uma predileção por esse livro. Uma análise de sua fortuna crítica, ainda que superficial, revela que Romola é o menos conhecido entre os seus romances. Ao passo que alguns poucos críticos contemporâneos, como Henry James e Robert Browning, por exemplo, publicaram elogios entusiasmados, o tom geral das opiniões contemporâneas sobre a obra é de decepção. O motivo mais comumente apresentado para isso é que o quarto romance de Eliot se desvincula da realidade que a autora muito bem conhecia e, por isso, falha ao tentar representar verdadeiramente o estado de espírito de Florença e dos florentinos ao final do século quinze. O resultado de tal fracasso seria a produção de um romance construído a partir de esforço intelectual e não de imaginação poética, com uma fuga desnecessária ao passado e a um cenário estrangeiro que teria produzido personagens e eventos improváveis. O conflito entre a apreciação de Eliot sobre sua própria obra e a opinião geralmente expressa em sua fortuna crítica é notável e prove a motivação inicial do presente trabalho. Ao resumir o foco central da crítica de Romola, a professora Felicia Bonaparte diz que George Eliot jamais desapontou seus leitores tanto quanto o fez em Romola. O objetivo deste trabalho é investigar o que considero ser os principais motivos para tal desapontamento: que, em Romola, mais especificamente do que em seus outros romances, George Eliot estava experimentando com a forma do romance e alargando os seus limites para acomodar convenções formais e efeitos estéticos que, até então, eram entendidos como pertencentes, quase que exclusivamente, a outros gêneros literários que não o romance. O efeito imediato desse experimento é uma reconfiguração do realismo e da interação entre os gêneros literários que pareceu aos contemporâneos uma junção descriteriosa de elementos soltos. Em Romola, observa-se a escritura de George Eliot progredindo para um tipo mais moderno de romance. O presente trabalho terá atingido seus objetivos se argumentar coerentemente que, ao invés de uma mistura aleatória de convenções, Romola é um precursor do romance modernista. O trabalho seminal de Georg Lukács na Teoria do Romance ilumina o potencial de Romola em conter boa parte dos gêneros literários dentro de si e a coleção O Romance, de Franco Moretti, fornece à presente reflexão um valioso suporte crítico e teórico em pontos nos quais se percebe lacunas deixadas pela obra de Lukács. O trabalho de Felicia Bonaparte sobre George Eliot e os estudos de George Levine sobre realismo embasam a reflexão sobre a literatura inglesa do século dezenove que se desenvolve aqui. / Looking back on her own novel several years after its composition, George Eliot said of Romola that it had been the novel she had written with her best blood, thus indicating a predilection for it among her other books. A survey of her critical fortune, even if a quick one, reveals that Romola is the least popular of her novels. Whereas a few contemporary critics, such as Henry James and Robert Browning, have published enthusiastic reviews, the general tone of these opinions is of disappointment. The most common reason presented is that George Eliot’s fourth novel departs too much from the reality the author knew so well and fails to represent truthfully the zeitgeist of Florence and Florentine people at the close of the fifteenth century. The result of such failure would be a novel constructed out of intellectual effort rather than poetic imagination, with an unnecessary flight to the past and foreign setting which produced improbable events and characters. The clash between George Eliot’s appraisal of her book and the general opinion expressed in its critical fortune is noteworthy and provides the initial motivation of this thesis. Summarising the bulk of criticism about Romola, professor Felicia Bonaparte states that George Eliot never disappointed her readers as much as she did with Romola. The goal of this work is to investigate what I consider to be the main reason for this disappointment: that in Romola, more explicitly than in her other novels, George Eliot was experimenting with the form of the novel and stretching its limits to accommodate formal conventions and aesthetic effects until then generally thought to belong almost exclusively to other genres. The immediate effect of this experiment is a reconfiguration of realism and of the interplay between literary genres which looked like an unselective assortment of loose elements. In Romola, we see George Eliot’s writing progressing towards a more modern kind of novel. This work will have been successful if it can coherently argue that, rather than a random mixture of conventions Romola is a harbinger of the modernist novel. The seminal work of Georg Lukács in The Theory of the Novel sheds some light on the potential of Romola for containing most genres within it and Franco Moretti’s collection The Novel provides valuable critical and theoretical support for this thesis at points in which blanks are left by Lukács’s book. Felicia Bonaparte’s work on George Eliot and George Levine’s studies on realism contribute valuably to the interpretation of English nineteenthcentury that unfolds in the present work.
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Análise dos recursos épicos em Angels in America, de Tony Kushner (Part I, \'Millennium Approaches\', e Part II, \'Perestroika\') / Analysis of epic resources in Angels in America, by Tony Kushner (Part I, Millennium Approaches, and Part II, Perestroika).Marcio Aparecido da Silva de Deus 08 May 2014 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo exclusivo a análise do uso de recursos formais épicos na estrutura dramatúrgica da peça Angels in America (Part I, Millennium Approaches, e Part II, Perestroika), do dramaturgo norte-americano Tony Kushner [1956- ]. Trata-se, portanto, de uma análise voltada ao texto dramatúrgico das duas partes da peça, e não às suas encenações e à adaptação televisiva. Nesse texto, são tratadas algumas questões históricas, políticas e sociais dos Estados Unidos da América nos anos de 1980, momento esse em que o ex-ator norte-americano Ronald Reagan estava cumprindo seu segundo mandato como presidente estadunidense e uma doença sem precedentes a AIDS abatia principalmente a comunidade gay. Levando em consideração que esse conteúdo, dada a sua natureza histórica, não pode ser representado pela estrutura do drama convencional, e que por sua vez se insere na esfera formal do épico, procuramos evidenciar e problematizar criticamente os recursos épicos usados no arcabouço formal da peça e, por meio dessa análise, definir qual é o tratamento dado ao épico neste trabalho, que é um marco da dramaturgia kushneriana / This thesis aims at analyzing the use of epic resources in the dramaturgical structure of the play Angels in America (Part I, \"Millennium Approaches\" and Part II, \"Perestroika\"), written by the American playwright Tony Kushner [1956 -]. It is an essentially dramaturgical analysis focused on the text of the two parts of the play, and not on their stage productions or television adaptation. Kushners play deals with historical, political and social issues in the context of the United States in the decade of the 1980s, when Ronald Reagan, formerly an actor, was serving his second term as U.S. president and AIDS, a disease of unprecedented severity, spread and decimated the gay community mainly. Since the historical nature of this type of subject cannot be represented within the structure of conventional drama, and since it is characteristic of the epic sphere, we propose to examine the epic resources used in the formal structure of the play and, in the analysis, discuss Kushners approach to the epic in this play, which is a landmark of his dramaturgy
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"The tree that bears a million of blossoms" : a revaluation of George Eliot's RomolaDonada, Jaqueline Bohn January 2012 (has links)
Ao refletir sobre o seu próprio romance anos depois de tê-lo escrito, George Eliot disse a respeito de Romola que foi esse o romance que ela escreveu com seu melhor sangue, indicando assim uma predileção por esse livro. Uma análise de sua fortuna crítica, ainda que superficial, revela que Romola é o menos conhecido entre os seus romances. Ao passo que alguns poucos críticos contemporâneos, como Henry James e Robert Browning, por exemplo, publicaram elogios entusiasmados, o tom geral das opiniões contemporâneas sobre a obra é de decepção. O motivo mais comumente apresentado para isso é que o quarto romance de Eliot se desvincula da realidade que a autora muito bem conhecia e, por isso, falha ao tentar representar verdadeiramente o estado de espírito de Florença e dos florentinos ao final do século quinze. O resultado de tal fracasso seria a produção de um romance construído a partir de esforço intelectual e não de imaginação poética, com uma fuga desnecessária ao passado e a um cenário estrangeiro que teria produzido personagens e eventos improváveis. O conflito entre a apreciação de Eliot sobre sua própria obra e a opinião geralmente expressa em sua fortuna crítica é notável e prove a motivação inicial do presente trabalho. Ao resumir o foco central da crítica de Romola, a professora Felicia Bonaparte diz que George Eliot jamais desapontou seus leitores tanto quanto o fez em Romola. O objetivo deste trabalho é investigar o que considero ser os principais motivos para tal desapontamento: que, em Romola, mais especificamente do que em seus outros romances, George Eliot estava experimentando com a forma do romance e alargando os seus limites para acomodar convenções formais e efeitos estéticos que, até então, eram entendidos como pertencentes, quase que exclusivamente, a outros gêneros literários que não o romance. O efeito imediato desse experimento é uma reconfiguração do realismo e da interação entre os gêneros literários que pareceu aos contemporâneos uma junção descriteriosa de elementos soltos. Em Romola, observa-se a escritura de George Eliot progredindo para um tipo mais moderno de romance. O presente trabalho terá atingido seus objetivos se argumentar coerentemente que, ao invés de uma mistura aleatória de convenções, Romola é um precursor do romance modernista. O trabalho seminal de Georg Lukács na Teoria do Romance ilumina o potencial de Romola em conter boa parte dos gêneros literários dentro de si e a coleção O Romance, de Franco Moretti, fornece à presente reflexão um valioso suporte crítico e teórico em pontos nos quais se percebe lacunas deixadas pela obra de Lukács. O trabalho de Felicia Bonaparte sobre George Eliot e os estudos de George Levine sobre realismo embasam a reflexão sobre a literatura inglesa do século dezenove que se desenvolve aqui. / Looking back on her own novel several years after its composition, George Eliot said of Romola that it had been the novel she had written with her best blood, thus indicating a predilection for it among her other books. A survey of her critical fortune, even if a quick one, reveals that Romola is the least popular of her novels. Whereas a few contemporary critics, such as Henry James and Robert Browning, have published enthusiastic reviews, the general tone of these opinions is of disappointment. The most common reason presented is that George Eliot’s fourth novel departs too much from the reality the author knew so well and fails to represent truthfully the zeitgeist of Florence and Florentine people at the close of the fifteenth century. The result of such failure would be a novel constructed out of intellectual effort rather than poetic imagination, with an unnecessary flight to the past and foreign setting which produced improbable events and characters. The clash between George Eliot’s appraisal of her book and the general opinion expressed in its critical fortune is noteworthy and provides the initial motivation of this thesis. Summarising the bulk of criticism about Romola, professor Felicia Bonaparte states that George Eliot never disappointed her readers as much as she did with Romola. The goal of this work is to investigate what I consider to be the main reason for this disappointment: that in Romola, more explicitly than in her other novels, George Eliot was experimenting with the form of the novel and stretching its limits to accommodate formal conventions and aesthetic effects until then generally thought to belong almost exclusively to other genres. The immediate effect of this experiment is a reconfiguration of realism and of the interplay between literary genres which looked like an unselective assortment of loose elements. In Romola, we see George Eliot’s writing progressing towards a more modern kind of novel. This work will have been successful if it can coherently argue that, rather than a random mixture of conventions Romola is a harbinger of the modernist novel. The seminal work of Georg Lukács in The Theory of the Novel sheds some light on the potential of Romola for containing most genres within it and Franco Moretti’s collection The Novel provides valuable critical and theoretical support for this thesis at points in which blanks are left by Lukács’s book. Felicia Bonaparte’s work on George Eliot and George Levine’s studies on realism contribute valuably to the interpretation of English nineteenthcentury that unfolds in the present work.
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Elegia grega arcaica, ocasião de performance e tradição épica: o caso de Tirteu / Archaic Greek elegy, occasion of performance and epic tradition: the case of TyrtaeusRafael de Carvalho Matiello Brunhara 05 December 2012 (has links)
Consoante aos estudos recentes sobre a lírica grega arcaica, hoje podemos aduzir a ocasião de performance como um elemento central para a definição de um gênero poético. A partir dessa concepção mais ampla de gênero, este trabalho visa à tradução e estudo dos fragmentos elegíacos de Tirteu, tendo em vista o caráter estritamente político de suas elegias narrativas e marciais e seus vínculos temáticos com a tradição épica, de modo que possamos ensejar uma reflexão outra sobre a função e estatuto dessa poesia em suas determinadas ocasiões de performance. / According to modern studies on archaic greek lyric, occasion of performance was a main feature to the definition of a poetic genre. Thus, this work seeks to translate and analyze the elegiac fragments of Tyrtaeus, considering the strictly political aspect of his martial and narrative elegies and its thematic resemblances with epic tradition, in order to raise a different comprehension on the function and meaning of this poetry, given its occasions.
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O tema da razia de gado (boēlasía) na épica homérica / The cattle-raid (boēlasía) theme in the homeric epicsLeonardo Medeiros Vieira 21 November 2016 (has links)
O tema da razia de gado (boēlasía) é uma constante nos textos conservados da tradição épica grega arcaica, nos quais figura na forma de narrativas breves ou de referências alusivas. Apesar disso, pouco se escreveu acerca desse tema, e os poucos estudos realizados se concentraram apenas na consideração da recorrência boēlasía como um reflexo da importância do gado na economia da honra típica dos poemas homéricos ou na sua explicação como um derivado de estruturas míticas herdadas do protoindo-europeu. É justamente essa lacuna que esta tese se propõe a atacar, por meio da recolha e cotejo de parte das narrativas e referências homéricas a essa atividade e do seu exame a partir dos referenciais teóricos e metodológicos oriundos da crítica oralista do épos arcaico, particularmente os métodos de análise temática que partem da recepção dos poemas. / The cattle-raid (boēlasía) theme is a constant in the preserved texts of the tradition of Greek archaic epic, wherein it appears either in the form of brief narratives or of allusive references. Nonetheless, little has been written about this theme, and the few studies there are have focused only in the consideration of the recurrence of the boēlasía as a reflex of the importance of cattle in the honour economy typical of the homeric poems or in its explanation as a derivation of mythical structures inherited from the proto-indoeuropeans. This dissertation aims precisely at such blind spot, recovering and comparing part of the homerical references to this activity and examinig them via theoretical and methodological insights originated in the oralist critical tradition of the archaic épos, particularly those theme-based analytical methods that take into consideration the reception of the poems.
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A face heroica de Dionísio nas Dionisíacas de Nono de Panópolis / Heroism of Dionysus in Nonnus DionysiacaPaulo Henrique Oliveira de Lima 30 August 2016 (has links)
Esta pesquisa pretende discutir a forma com que Dioniso foi transformado em herói épico nas Dionisíacas de Nono de Panópolis, uma epopeia em quarenta e oito cantos sobre o ciclo de Dioniso, desde a fundação de Tebas e o estabelecimento de seus antepassados à apoteose olímpica do deus. A análise será baseada nas características de Dioniso no campo de batalha e em oposição aos três principais adversários no poema, Licurgo, Deríades e Penteu. Para uma melhor compreensão da construção de Dioniso como herói, é necessária uma análise sobre o contexto social e cultural em que Nono compõe sua obra, assim como a relação do poeta com Homero, o principal poeta épico grego. Em anexo encontram-se os cantos XXXIX e XL das Dionisíacas em original grego e na tradução feita por mim. / This research intend to discuss the way Dionysus was transformed into epic hero in Nonnus Dionysiaca, an epic in forty-eight chants concerning the Dionysian Cycle, from the foundation of Thebes and the establishment of their ancestors to the Olympic apotheosis of the god. The analysis will be based on Dionysos features on the battlefield in opposition to the three main opponents in the poem, Lycurgus, Deríades and Pentheus. For a better understanding of the construction of Dionysus as a hero, an analysis is needed on the social and cultural context in which Nono composes his poem, as well as the poet\'s relationship with Homer, the Greek main epic poet. Attached are the chants XXXIX and XL of Dionysiaca in original greek and the translation made by me.
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Aristos Argonauton: o heroísmo nas Argonáuticas de Apolônio de Rodes / Aristos Argonauton: the heroism in Apollonius Rhodius\' ArgonauticaFernando Rodrigues Junior 17 December 2010 (has links)
Este trabalho pretende discutir de que forma a noção de heroísmo foi abordada nas Argonáuticas de Apolônio de Rodes em oposição ao conceito de herói presente nos poemas homéricos. A análise se baseará na distinção entre as personagens Jasão e Héracles como exemplos de modos de atuação díspares e conflitantes no poema. A tradução dos livros I e n das Argonáuticas complementa o estudo. / This work intends to discuss the notion of heroism present in Apollonius Rhodius\' Argonautica in opposition to the concept of hero in Homeric poems. The analysis is based on the distinction between the characters Jason and Heracles as examples of different and conflicting ways of action. The translation of Argonautica books I and n complements the study.
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