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"Equipamentos do século XIX, profissionais do século XX e problemas do século XXI" : saúde mental dos trabalhadores da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Sul

Kersting, Inaiara January 2016 (has links)
Os trabalhadores da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Sul têm sido identificados como um grupo em grande vulnerabilidade psicossocial para a ocorrência de sofrimento mental decorrente do trabalho. Este estudo teve como objetivo principal compreender a influência do trabalho na saúde mental desses servidores, através da análise das relações laborais lá existentes e de que forma a organização do trabalho está imbricada nesse processo. Os objetivos específicos foram conhecer as percepções dos servidores sobre seu ambiente de trabalho, identificar os efeitos da organização do trabalho no cotidiano dos servidores e identificar as motivações que fazem que os trabalhadores permaneçam na instituição. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, tendo como embasamento teórico a Psicodinâmica do Trabalho de Dejours, utilizando diários de campo e 14 entrevistas realizadas com 13 sujeitos lotados na Comunidade Socioeducativa, no Centro de Atendimento Socioeducativo Regional de Porto Alegre e na Sede Administrativa Padre Cacique, em Porto Alegre. Para os resultados utilizou-se análise de conteúdo de Bardin (2011) e o Software NVIVO. Os principais resultados observados foi lacuna importante no que se refere à saúde do trabalhador na instituição. As situações de sofrimento gerado pelo excesso de horas extras estão configuradas como um dos pontos nevrálgicos do sistema. O déficit de funcionários, a falta de controle nos processos de trabalho e a dependência salarial das horas extras faz com que um número significativo de trabalhadores abdique de sua qualidade de vida em prol de adquirir bens e prover as famílias com maior conforto. Esses pontos, entre outros, acabam desencadeando um elevado número de afastamentos por questões de saúde mental e sofrimento psíquico no trabalho. A possibilidade de criação de projetos e participação nas decisões figuram como importantes auxílios para a manutenção da saúde mental nesse ambiente. Por conseguinte, a permanência na instituição pode ser explicada por diferentes razões como a identificação com a socioeducação, com trabalhos sociais ou comunitários, a remuneração acima do mercado, a possibilidade de crescimento financeiro, as estratégias de defesas e a acomodação profissional. É urgente, portanto, a necessidade de intervenção e melhorias na organização do trabalho nessa população. Assim, uma parceria com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho da instituição já foi iniciada e este trabalho têm servido de dados para que este processo seja o mais sumário possível. / People who work at the Foundation for Social and Educational Service of Rio Grande do Sul have been considered as a highly vulnerable group to the occurrence of mental suffering because of labor. This study aimed to understand the influence of work on those workers’ mental health, through the analysis of labor relations, and how the labor organization is interconnected to this process. The study’s specific objectives are to get to know the perceptions of the servants on their workplace, to identify the effects of the labor organization in the routine of servants and to identify the reasons for the workers to remain in the institution. A qualitative research, was made as a theoretically based on the Dejours’s Psychodynamics of Work, using field diaries and 14 interviews with 13 people who work in the Social and Educational Community, in the Regional Social and Educational Service Center of Porto Alegre, and in the Administrative Office Padre Cacique, in Porto Alegre. For the results we used using Bardin’s content analysis (2011) and the software NVIVO. The main results observed were an important gap considering the workers’ health in the institution. The suffering situations caused by the excessive overtime work are considered one of the system’s essential issues. Workers shortage, lack of control in the labor processes and wage dependency of overtime working lead to a significant number of workers who give up their quality of life in order to acquire goods and provide more comfort to their families. These aspects, among others, end up triggering a large number of absences due to mental health issues and mental suffering at work. The possibility of creating projects and the participation in decisions seem to be an important aid for the maintenance of mental health in this environment. Consequently, different reasons may be used to explain the decision to stay in the institution, such as identification with social education, social or community work, the salary, higher than market average, the possibility of financial growth, the defensive strategies and the professional adaptation. It is urgent the need for intervention and improvements in this population’s labor organization. For this reason, a partnership with the Specialized Service of the institution’s Safety Engineering and Occupational Medicine has already been created and this study has been giving access to data for this process to be as direct and simple as possible.
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Violência no trabalho em pronto socorro : implicações para a saúde mental dos trabalhadores / Violence at emergency hospital work: implications for the workers´mental health / Violencia en el trabajo en un hospital de emergencia: implicaciones en la salud mental de los trabajadores

Dal Pai, Daiane January 2011 (has links)
O objetivo deste estudo foi analisar a violência sofrida por trabalhadores de saúde de um hospital público de pronto socorro e as suas implicações na saúde mental desses profissionais. Desenvolveu-se um estudo transversal, de abordagem quantiqualitativa. Na primeira etapa da investigação foram mensuradas as características demográficas e laborais dos trabalhadores, a ocorrência da violência nos últimos 12 meses, bem como os Transtornos Psíquicos Menores pela aplicação do Self-Report Questionnaire e a Síndrome de Burnout com uso do Maslach Inventory Burnout. A seleção dos trabalhadores (n=269) foi realizada por sorteio aleatório proporcional ao estrato das categorias profissionais. Na segunda etapa do estudo foram entrevistados 20 sujeitos vítimas da violência, selecionados intencionalmente e definidos por saturação dos dados. Utilizou-se a estatística descritiva e analítica para os dados quantitativos, considerando estatisticamente significativo p≤0,05. Os dados qualitativos foram submetidos à análise temática, confrontados aos dados quantitativos e analisados a luz da psicodinâmica do trabalho. Obteve-se aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre/RS (nº 001.014667.11.8). Na amostra prevaleceram mulheres (58,4%), com idade média de 49 anos (+7,4) e experiência de 24,8 anos (+7,8) no setor de saúde. Auxiliares/técnicos de enfermagem representaram 45,4% da amostra, 33,5% eram médicos, 10% enfermeiros e 11,1% outros profissionais da equipe. A violência no trabalho foi referida por 63,2% dos participantes e prevaleceu no sexo feminino (p=0,001), entre auxiliares/técnicos de enfermagem (p=0,014), com médias inferiores de idade (p=0,044) e de anos de escolaridade (p=0,036), e maior carga horária semanal (p=0,012). Também se associaram à violência os acidentes de trabalho (p=0,009), os dias ausentes (p=0,018), a preocupação com a violência (p<0,001) e a insatisfação no trabalho (p=0,026). A agressão verbal foi o tipo de violência que fez mais vítimas (48,7%), seguida da intimidação/assédio moral (24,9%), da violência física (15,2%), da discriminação racial (8,7%) e do assédio sexual (2,5%). Os pacientes foram os principais perpetradores da violência no trabalho (35,4%), o que foi destinado aos efeitos de drogas, à situação clínica, à condição de “bandido” ou decorrente do atendimento precário. A violência nas interações socioprofissionais expressou o abandono dos trabalhadores diante da precariedade do trabalho. Regras de ofício se mostraram fontes de fragilização das relações por resultarem de acordos que negam e racionalizam os constrangimentos do trabalho. Os Transtornos Psíquicos Menores atingiram 17,1% da amostra e associaram-se à violência (p<0,05). O aumento da exposição a cada tipo de violência acresceu em 60% as chances desses transtornos (IC95%:1,2-2,1). As dimensões do Burnout tiveram associação com a violência no trabalho (p<0,05). O reconhecimento no trabalho se mostrou menos frequente dentre as vítimas da violência (p=0,001) e se associou inversamente à prevalência dos agravos (p<0,05). Medidas de segurança e espaços coletivos de negociação foram identificados como dispositivos para a promoção da saúde e a proteção à violência no trabalho. Diante dos resultados, consideram-se urgentes os investimentos com vistas a reconhecer as necessidades dos trabalhadores no que se refere à violência e seus danos à saúde do trabalhador. / The objective of this study was analyzing the violence suffered by health-care workers at an emergency public hospital and its implications for the mental health of these professionals. A cross-sectional study of quantitative and qualitative approach was carried out. The first stage of the investigation measured the demographic and labor features of the workers, the occurrence of violence in the last 12 months as well as the Minor Psychic Disorders by applying the Self-Report Questionnaire, and the Burnout Syndrome by using the Maslach Inventory Burnout. The selection of workers (n=269) was performed by random sampling in proportion to the stratum of the professional categories. Upon the second stage of the study, an interview was made with 20 subjects, victims of violence who were selected intentionally and defined by the criteria of data saturation. The descriptive and analytical statistics was utilized for the quantitative data by considering p≤0.05 statistically significant. The qualitative data were submitted to the thematic analysis, then confronted with the quantitative data and analyzed in the light of the labor psychodynamics. Approval was obtained from the Ethics and Research Committee of the Municipal Health Secretariat of Porto Alegre, RS (nº 001.014667.11.8). The sampling had the prevalence of women (58.4%), with mean age of 49 (+7.4) and 24.8 years (+7.8) of experience in the health sector. Nursing assistants and technicians represented 45.4% of the sampling while 33.5% were physicians, 10%, nurses and 11.1%, other professionals of the team. Labor violence was reported by 63.2% of the participants and prevailed among female subjects (p=0.001) and nursing assistants and technicians (p=0.014) with lower age means (p=0.044) and schooling years (p=0.036) besides higher week working hours (p=0.012). In connection with violence, there were also labor accidents (p=0.009), days of absence from work (p=0.018), concern with violence (p<0.001) and job dissatisfaction (p=0.026). Verbal abuse was the kind of violence that made more victims (48.7%), followed by intimidation/bullying (24.9%), physical violence (15.2%), racial discrimination (8.7%) and sexual harassment (2.5%). Patients were the main perpetrators of violence in the work (35.4%) what was connected with effects of drugs, the clinical condition, “bandit” condition or derived from precarious attendance. Violence within social and professional interactions expressed the abandonment of the workers before the job precariousness. Occupational rules have shown themselves as sources of fragile relations because they result from agreements that deny and rationalize labor embarrassments. Minor Psychic Disorders affected 17.1% of the sampling and were connected with violence (p<0.05). The increase of exposure to each type of violence led to an addition of 60% on the chances of these disorders (IC95%:1.2-2.1). And, Burnout dimensions were connected with labor violence (p<0.05). Job recognition was reported as less frequent among violence victims (p=0.001) and it was inversely connected with the prevalence of the offenses (p<0.05). Safety measures and collective spaces for negotiation were identified as devices for health promotion and protection against labor violence. In view of the results, investments are considered urgent with the objective of recognizing the workers´ needs regarding violence and its damages to the workers´ health. / El objetivo de este estudio fue analizar la violencia sufrida por los trabajadores de salud de un hospital público de emergencia y sus implicaciones en la salud mental de estos profesionales. Se desarrolló un estudio transversal, de abordaje cuantitativo y cualitativo. En la primera etapa de la investigación se mensuraron las características demográficas y laborales de los trabajadores, la ocurrencia de violencia en los últimos 12 meses, así como los Trastornos Psíquicos Menores a través la aplicación del Self-Report Questionnaire, y el Síndrome de Burnout con el uso del Maslach Inventory Burnout. La selección de los trabajadores (n=269) fue realizada por sorteo aleatorio proporcional al estrato de las categorías profesionales. En la segunda etapa del estudio, fueron entrevistados 20 sujetos víctimas de la violencia, seleccionados intencionalmente y definidos por saturación de los datos. Se utilizó la estadística descriptiva y analítica para los datos cuantitativos, considerándose p≤0,05 como estadísticamente significativo. Los datos cualitativos fueron sometidos al análisis temático, siendo confrontados con los datos cuantitativos y analizados a la luz de la psicodinámica del trabajo. Se obtuvo la aprobación del Comité de Ética y Pesquisa de la Secretaría Municipal de Salud de Porto Alegre/RS (nº 001.014667.11.8). En el muestreo prevalecieron mujeres (58,4%), con edad media de 49 años (+7,4) y experiencia de 24,8 años (+7,8) en el sector de salud. Auxiliares y técnicos de enfermería representaron 45,4% del muestreo, siendo 33,5% médicos, 10%, enfermeros y 11,1%, otros profesionales del equipo. La violencia en el trabajo fue informada por 63,2% de los participantes y prevaleció en el sexo femenino (p=0,001), entre auxiliares y técnicos de enfermería (p=0,014), con medias inferiores de edad (p=0,044) y de años de escolaridad (p=0,036) y mayor carga horaria semanal (p=0,012). También estuvieron asociados a la violencia los accidentes de trabajo (p=0,009), los días ausentes (p=0,018), la preocupación con la violencia (p<0,001) y la insatisfacción laboral (p=0,026). La agresión verbal fue el tipo de violencia que hizo más víctimas (48,7%), seguida de la intimidación y del acoso moral (24,9%), de la violencia física (15,2%), de la discriminación racial (8,7%) y del acoso sexual (2,5%). Los pacientes fueron los principales perpetradores de la violencia en el trabajo (35,4%), lo que se atribuyó a los efectos de drogas, a la situación clínica, a la condición de “bandido” o resultante del atendimiento precario. La violencia en las interacciones sociales y profesionales expresó el abandono de los trabajadores delante de la precariedad del trabajo. Reglas de oficio se mostraron fuentes de fragilidad en las relaciones visto que resultan de acuerdos que niegan y racionalizan los constreñimientos del trabajo. Los Trastornos Psíquicos Menores afectaron 17,1% del muestreo y estuvieron asociados a la violencia (p<0,05). El crecimiento de la exposición a cada tipo de violencia aumentó en 60% las chances de estos trastornos (IC95%:1,2-2,1). Las dimensiones del Burnout tuvieron asociación con la violencia en el trabajo (p<0,05). El reconocimiento en el trabajo se mostró menos frecuente entre las víctimas de violencia (p=0,001) y se asoció inversamente a la prevalencia de los agravios (p<0,05). Se identificaron medidas de seguridad y espacios colectivos de negociación como dispositivos para promoción de la salud y protección contra la violencia en el trabajo. Delante de los resultados, se consideran urgentes las inversiones con vistas a reconocer las necesidades de los trabajadores en lo que se refiere a la violencia y a sus daños a la salud laboral.
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"Equipamentos do século XIX, profissionais do século XX e problemas do século XXI" : saúde mental dos trabalhadores da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Sul

Kersting, Inaiara January 2016 (has links)
Os trabalhadores da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Sul têm sido identificados como um grupo em grande vulnerabilidade psicossocial para a ocorrência de sofrimento mental decorrente do trabalho. Este estudo teve como objetivo principal compreender a influência do trabalho na saúde mental desses servidores, através da análise das relações laborais lá existentes e de que forma a organização do trabalho está imbricada nesse processo. Os objetivos específicos foram conhecer as percepções dos servidores sobre seu ambiente de trabalho, identificar os efeitos da organização do trabalho no cotidiano dos servidores e identificar as motivações que fazem que os trabalhadores permaneçam na instituição. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, tendo como embasamento teórico a Psicodinâmica do Trabalho de Dejours, utilizando diários de campo e 14 entrevistas realizadas com 13 sujeitos lotados na Comunidade Socioeducativa, no Centro de Atendimento Socioeducativo Regional de Porto Alegre e na Sede Administrativa Padre Cacique, em Porto Alegre. Para os resultados utilizou-se análise de conteúdo de Bardin (2011) e o Software NVIVO. Os principais resultados observados foi lacuna importante no que se refere à saúde do trabalhador na instituição. As situações de sofrimento gerado pelo excesso de horas extras estão configuradas como um dos pontos nevrálgicos do sistema. O déficit de funcionários, a falta de controle nos processos de trabalho e a dependência salarial das horas extras faz com que um número significativo de trabalhadores abdique de sua qualidade de vida em prol de adquirir bens e prover as famílias com maior conforto. Esses pontos, entre outros, acabam desencadeando um elevado número de afastamentos por questões de saúde mental e sofrimento psíquico no trabalho. A possibilidade de criação de projetos e participação nas decisões figuram como importantes auxílios para a manutenção da saúde mental nesse ambiente. Por conseguinte, a permanência na instituição pode ser explicada por diferentes razões como a identificação com a socioeducação, com trabalhos sociais ou comunitários, a remuneração acima do mercado, a possibilidade de crescimento financeiro, as estratégias de defesas e a acomodação profissional. É urgente, portanto, a necessidade de intervenção e melhorias na organização do trabalho nessa população. Assim, uma parceria com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho da instituição já foi iniciada e este trabalho têm servido de dados para que este processo seja o mais sumário possível. / People who work at the Foundation for Social and Educational Service of Rio Grande do Sul have been considered as a highly vulnerable group to the occurrence of mental suffering because of labor. This study aimed to understand the influence of work on those workers’ mental health, through the analysis of labor relations, and how the labor organization is interconnected to this process. The study’s specific objectives are to get to know the perceptions of the servants on their workplace, to identify the effects of the labor organization in the routine of servants and to identify the reasons for the workers to remain in the institution. A qualitative research, was made as a theoretically based on the Dejours’s Psychodynamics of Work, using field diaries and 14 interviews with 13 people who work in the Social and Educational Community, in the Regional Social and Educational Service Center of Porto Alegre, and in the Administrative Office Padre Cacique, in Porto Alegre. For the results we used using Bardin’s content analysis (2011) and the software NVIVO. The main results observed were an important gap considering the workers’ health in the institution. The suffering situations caused by the excessive overtime work are considered one of the system’s essential issues. Workers shortage, lack of control in the labor processes and wage dependency of overtime working lead to a significant number of workers who give up their quality of life in order to acquire goods and provide more comfort to their families. These aspects, among others, end up triggering a large number of absences due to mental health issues and mental suffering at work. The possibility of creating projects and the participation in decisions seem to be an important aid for the maintenance of mental health in this environment. Consequently, different reasons may be used to explain the decision to stay in the institution, such as identification with social education, social or community work, the salary, higher than market average, the possibility of financial growth, the defensive strategies and the professional adaptation. It is urgent the need for intervention and improvements in this population’s labor organization. For this reason, a partnership with the Specialized Service of the institution’s Safety Engineering and Occupational Medicine has already been created and this study has been giving access to data for this process to be as direct and simple as possible.
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"Se eu tirar o trabalho, sobra um cantinho que a gente foi deixando ali" : clínica de psicodinâmica do trabalho na atividade de docentes no ensino superior privado

Perez, Karine Vanessa January 2012 (has links)
Cette recherche vise à étudier les questions relatives à la santé mentale et le travail des professeurs, plus spécifiquement liés à l'expérience du plaisir et la souffrance au travail des professeurs dans les établissements d'enseignement supérieur (EES) privés. Dans le contexte actuel, on peut voir une expansion considérable des établissements d'enseignement supérieur et, par conséquent, une surcharge de travail qui reflète la santé physique et mentale des professionnels qui travaillent dans ce domaine. Théoriquement, cette recherche est fondée sur des hypothèses que parlent de la santé mentale et le travail dans les établissements d'enseignement supérieur privé d'enseignement. Elle est basé théorique et méthodologiquement dans la clinique de la psychodynamique du travail. La méthode qualitative a été utilisée, avec la réalisation d'entrevues individuelles semi-dirigées avec dix-huit professeurs des établissements d'enseignement supérieur privé. L'analyse des résultats a été mis au point avec des hypothèses de la psychodynamique du travail, mettant en évidence des très large journée de travail qui, souvent, envahit la vie à l'extérieur du travail, mettant en évidence leur frais généraux activités demandé, qui, en conséquence, compromet la santé physique et psychologique des enseignants. Pour éviter des souffrances et des maladies psychiques, les enseignants interrogés font usage des stratégies de promotion de la santé, parmi lesquels ont été mis en évidence les stratégies défensives qui favorisent le maintien de l'Organisation du travail et les stratégies qui stimulent la continuité du travail d'enseignement. De cette façon, il a été possible d'identifier ce qui a été le plus gros changement demander: conquête d'un espace pour discuter de questions relatives au travail; la distribution obligatoire de la journée de travail pour être compatible avec le temps de préparation de classes et d'activités scolaires; moins d'heures à travailler dans la salle de classe, afin de permettre le développement d'activités et notamment l'extension de la recherche et la qualification. On peut donc voir que le travail peut être reconnu par leur potentiel constitutive de l'émancipation, de la subjectivité et de l'identité, mais d'autre part lorsqu'il résume la vie des travailleurs, mais s'il n'y aucune expérimentation au-delà du travail, il devient aliénant et causant des souffrances. Cependant travail dans cette étude n'est pas seulement comprise comme le lieu de production de souffrance santé/maladies, mais surtout, l'espace de vie et de socialisation, où la subjectivité est appelée constament de se (re) configurer. Pour un changement dans ce contexte, il est nécessaire d'aller au delà de l'espace physique des IES et d'amener cette discussion sur la souffrance dans le travail de l'enseignement dans d'autres sphères, afin de faire une question d'intérêt public et ainsi construire des stratégies efficaces des politiques pour le bénefice de la santé des professeurs d'université. / Esta pesquisa propõe-se a investigar temáticas referentes à saúde mental e o trabalho de docentes universitários, especificamente relacionadas às vivências de prazer e sofrimento no trabalho de professores universitários em Instituições de Ensino Superior (IES) privadas. No atual contexto brasileiro, percebe-se uma considerável expansão de Instituições de Ensino Superior e, consequentemente, uma sobrecarga de trabalho o que repercute na saúde física e mental dos profissionais que atuam neste âmbito. Teoricamente esta pesquisa está sedimentada em pressupostos que inter-relacionam a saúde mental e o trabalho docente em IES privadas. Fundamenta-se teórica e metodologicamente na Clínica da Psicodinâmica do Trabalho. Utilizou-se o método qualitativo, com a realização de entrevistas individuais semi-estruturadas com dezoito professores universitários de IES privadas. A análise dos resultados foi desenvolvida a partir dos pressupostos da Psicodinâmica do Trabalho, evidenciando uma extensiva jornada de atividades que, com frequência, invade a vida fora do trabalho, revelando a sobrecarga de atividades que lhes é solicitada cotidianamente, o que, como consequência, compromete a saúde física e psíquica dos professores. Para evitar o sofrimento e adoecimento psíquico os docentes entrevistados fazem uso de estratégias que promovam a saúde, dentre elas foram evidenciadas as estratégias defensivas que favorecem a manutenção da organização do trabalho, sendo estas consideradas alienadoras, e as estratégias que estimulam a continuidade do trabalho docente. Dessa forma foi possível identificar as maiores solicitações de mudança neste contexto, sendo elas: conquista de um espaço para discutir as questões do trabalho; a obrigatoriedade da distribuição na jornada de trabalho compatível com o tempo de preparação de aulas e atividades acadêmicas; menor carga horária direcionada ao trabalho em sala de aula, para permitir o desenvolvimento de atividades ligadas a extensão e, especialmente, à pesquisa e à qualificação. Sendo assim, percebe-se que o trabalho pode ser reconhecido por seu potencial emancipador, constituinte da subjetividade e da identidade, mas por outro lado, quando ele resume a vida dos trabalhadores, não havendo experimentações fora, o trabalho torna-se alienante e causador de sofrimento. Entretanto, o trabalho, neste estudo não é entendido apenas como o lugar da produção de sofrimento saúde/adoecimentos, mas sim, e principalmente, o espaço do viver e do conviver, em que a subjetividade é convocada constantemente a se (re) configurar. Para que haja transformação neste contexto é necessário transcender o espaço físico das IES e levar esta discussão sobre o sofrimento no trabalho docente para outras esferas, com o intuito de tornar este problema público, e assim, construir estratégias que implementem de forma eficaz políticas que viabilizem a saúde dos professores universitários. / This research proposes to investigate topics related to mental health and the work of university professors, more specifically related to the experiences of pleasure and pain in the work of university professors in private higher education institutions (HEI). In the current context, there is a considerable expansion of higher education institutions and consequently an work overload which affects the physical and mental health of people who work in this field. Theoretically this research is rooted in assumptions that interact to mental health and the teaching work in private HEI. It is based on theoretical and methodological in the Clinic of Psychodynamics of Work. The qualitative method was used, with the realization of individual semi-structured interviews with eighteen university professors of private HEI. The analysis of the results was developed from the assumptions of the psychodynamics of work, showing an extensive workday, which often, invades the life outside of work, showing the overload of the required daily activities, which results in impaired physical and mental health of teachers. To avoid suffering and psychic illness, the interviewed teachers make use of strategies that promote health, among them were evidenced the defensive strategies that favor the maintenance of work organization, which were more alienated, and strategies that encourage the continuity of teaching. This way it was possible to identify which were the largest change requests in this context, as follows: conquest of space to discuss the issues of work; distribution of workday compatible with the time of preparation of classes and academic activities; lower classroom workload directed to work in the classroom, to allow the development ofactivities related to extension and particularly research and qualification. Thus it is seen that the work can be recognized by its potential emancipator, constituent of subjectivity and identity, but on the other hand when he summarizes the life of the workers, there is no experimentation outside it, the work becomes alienating and causing suffering. However, work in this study is not only understood as the place of production of suffering health/diseases, but more importantly, the living space and socialization, where subjectivity is constantly referred to (re) configure. For any processing in this context it is necessary to transcend the physical space of the HEI and lead this discussion on suffering in the teaching work to other spheres, with the aim of making this public problem and thus build strategies that implement effectively policies that make possible the health of university professors.
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Violência no trabalho em pronto socorro : implicações para a saúde mental dos trabalhadores / Violence at emergency hospital work: implications for the workers´mental health / Violencia en el trabajo en un hospital de emergencia: implicaciones en la salud mental de los trabajadores

Dal Pai, Daiane January 2011 (has links)
O objetivo deste estudo foi analisar a violência sofrida por trabalhadores de saúde de um hospital público de pronto socorro e as suas implicações na saúde mental desses profissionais. Desenvolveu-se um estudo transversal, de abordagem quantiqualitativa. Na primeira etapa da investigação foram mensuradas as características demográficas e laborais dos trabalhadores, a ocorrência da violência nos últimos 12 meses, bem como os Transtornos Psíquicos Menores pela aplicação do Self-Report Questionnaire e a Síndrome de Burnout com uso do Maslach Inventory Burnout. A seleção dos trabalhadores (n=269) foi realizada por sorteio aleatório proporcional ao estrato das categorias profissionais. Na segunda etapa do estudo foram entrevistados 20 sujeitos vítimas da violência, selecionados intencionalmente e definidos por saturação dos dados. Utilizou-se a estatística descritiva e analítica para os dados quantitativos, considerando estatisticamente significativo p≤0,05. Os dados qualitativos foram submetidos à análise temática, confrontados aos dados quantitativos e analisados a luz da psicodinâmica do trabalho. Obteve-se aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre/RS (nº 001.014667.11.8). Na amostra prevaleceram mulheres (58,4%), com idade média de 49 anos (+7,4) e experiência de 24,8 anos (+7,8) no setor de saúde. Auxiliares/técnicos de enfermagem representaram 45,4% da amostra, 33,5% eram médicos, 10% enfermeiros e 11,1% outros profissionais da equipe. A violência no trabalho foi referida por 63,2% dos participantes e prevaleceu no sexo feminino (p=0,001), entre auxiliares/técnicos de enfermagem (p=0,014), com médias inferiores de idade (p=0,044) e de anos de escolaridade (p=0,036), e maior carga horária semanal (p=0,012). Também se associaram à violência os acidentes de trabalho (p=0,009), os dias ausentes (p=0,018), a preocupação com a violência (p<0,001) e a insatisfação no trabalho (p=0,026). A agressão verbal foi o tipo de violência que fez mais vítimas (48,7%), seguida da intimidação/assédio moral (24,9%), da violência física (15,2%), da discriminação racial (8,7%) e do assédio sexual (2,5%). Os pacientes foram os principais perpetradores da violência no trabalho (35,4%), o que foi destinado aos efeitos de drogas, à situação clínica, à condição de “bandido” ou decorrente do atendimento precário. A violência nas interações socioprofissionais expressou o abandono dos trabalhadores diante da precariedade do trabalho. Regras de ofício se mostraram fontes de fragilização das relações por resultarem de acordos que negam e racionalizam os constrangimentos do trabalho. Os Transtornos Psíquicos Menores atingiram 17,1% da amostra e associaram-se à violência (p<0,05). O aumento da exposição a cada tipo de violência acresceu em 60% as chances desses transtornos (IC95%:1,2-2,1). As dimensões do Burnout tiveram associação com a violência no trabalho (p<0,05). O reconhecimento no trabalho se mostrou menos frequente dentre as vítimas da violência (p=0,001) e se associou inversamente à prevalência dos agravos (p<0,05). Medidas de segurança e espaços coletivos de negociação foram identificados como dispositivos para a promoção da saúde e a proteção à violência no trabalho. Diante dos resultados, consideram-se urgentes os investimentos com vistas a reconhecer as necessidades dos trabalhadores no que se refere à violência e seus danos à saúde do trabalhador. / The objective of this study was analyzing the violence suffered by health-care workers at an emergency public hospital and its implications for the mental health of these professionals. A cross-sectional study of quantitative and qualitative approach was carried out. The first stage of the investigation measured the demographic and labor features of the workers, the occurrence of violence in the last 12 months as well as the Minor Psychic Disorders by applying the Self-Report Questionnaire, and the Burnout Syndrome by using the Maslach Inventory Burnout. The selection of workers (n=269) was performed by random sampling in proportion to the stratum of the professional categories. Upon the second stage of the study, an interview was made with 20 subjects, victims of violence who were selected intentionally and defined by the criteria of data saturation. The descriptive and analytical statistics was utilized for the quantitative data by considering p≤0.05 statistically significant. The qualitative data were submitted to the thematic analysis, then confronted with the quantitative data and analyzed in the light of the labor psychodynamics. Approval was obtained from the Ethics and Research Committee of the Municipal Health Secretariat of Porto Alegre, RS (nº 001.014667.11.8). The sampling had the prevalence of women (58.4%), with mean age of 49 (+7.4) and 24.8 years (+7.8) of experience in the health sector. Nursing assistants and technicians represented 45.4% of the sampling while 33.5% were physicians, 10%, nurses and 11.1%, other professionals of the team. Labor violence was reported by 63.2% of the participants and prevailed among female subjects (p=0.001) and nursing assistants and technicians (p=0.014) with lower age means (p=0.044) and schooling years (p=0.036) besides higher week working hours (p=0.012). In connection with violence, there were also labor accidents (p=0.009), days of absence from work (p=0.018), concern with violence (p<0.001) and job dissatisfaction (p=0.026). Verbal abuse was the kind of violence that made more victims (48.7%), followed by intimidation/bullying (24.9%), physical violence (15.2%), racial discrimination (8.7%) and sexual harassment (2.5%). Patients were the main perpetrators of violence in the work (35.4%) what was connected with effects of drugs, the clinical condition, “bandit” condition or derived from precarious attendance. Violence within social and professional interactions expressed the abandonment of the workers before the job precariousness. Occupational rules have shown themselves as sources of fragile relations because they result from agreements that deny and rationalize labor embarrassments. Minor Psychic Disorders affected 17.1% of the sampling and were connected with violence (p<0.05). The increase of exposure to each type of violence led to an addition of 60% on the chances of these disorders (IC95%:1.2-2.1). And, Burnout dimensions were connected with labor violence (p<0.05). Job recognition was reported as less frequent among violence victims (p=0.001) and it was inversely connected with the prevalence of the offenses (p<0.05). Safety measures and collective spaces for negotiation were identified as devices for health promotion and protection against labor violence. In view of the results, investments are considered urgent with the objective of recognizing the workers´ needs regarding violence and its damages to the workers´ health. / El objetivo de este estudio fue analizar la violencia sufrida por los trabajadores de salud de un hospital público de emergencia y sus implicaciones en la salud mental de estos profesionales. Se desarrolló un estudio transversal, de abordaje cuantitativo y cualitativo. En la primera etapa de la investigación se mensuraron las características demográficas y laborales de los trabajadores, la ocurrencia de violencia en los últimos 12 meses, así como los Trastornos Psíquicos Menores a través la aplicación del Self-Report Questionnaire, y el Síndrome de Burnout con el uso del Maslach Inventory Burnout. La selección de los trabajadores (n=269) fue realizada por sorteo aleatorio proporcional al estrato de las categorías profesionales. En la segunda etapa del estudio, fueron entrevistados 20 sujetos víctimas de la violencia, seleccionados intencionalmente y definidos por saturación de los datos. Se utilizó la estadística descriptiva y analítica para los datos cuantitativos, considerándose p≤0,05 como estadísticamente significativo. Los datos cualitativos fueron sometidos al análisis temático, siendo confrontados con los datos cuantitativos y analizados a la luz de la psicodinámica del trabajo. Se obtuvo la aprobación del Comité de Ética y Pesquisa de la Secretaría Municipal de Salud de Porto Alegre/RS (nº 001.014667.11.8). En el muestreo prevalecieron mujeres (58,4%), con edad media de 49 años (+7,4) y experiencia de 24,8 años (+7,8) en el sector de salud. Auxiliares y técnicos de enfermería representaron 45,4% del muestreo, siendo 33,5% médicos, 10%, enfermeros y 11,1%, otros profesionales del equipo. La violencia en el trabajo fue informada por 63,2% de los participantes y prevaleció en el sexo femenino (p=0,001), entre auxiliares y técnicos de enfermería (p=0,014), con medias inferiores de edad (p=0,044) y de años de escolaridad (p=0,036) y mayor carga horaria semanal (p=0,012). También estuvieron asociados a la violencia los accidentes de trabajo (p=0,009), los días ausentes (p=0,018), la preocupación con la violencia (p<0,001) y la insatisfacción laboral (p=0,026). La agresión verbal fue el tipo de violencia que hizo más víctimas (48,7%), seguida de la intimidación y del acoso moral (24,9%), de la violencia física (15,2%), de la discriminación racial (8,7%) y del acoso sexual (2,5%). Los pacientes fueron los principales perpetradores de la violencia en el trabajo (35,4%), lo que se atribuyó a los efectos de drogas, a la situación clínica, a la condición de “bandido” o resultante del atendimiento precario. La violencia en las interacciones sociales y profesionales expresó el abandono de los trabajadores delante de la precariedad del trabajo. Reglas de oficio se mostraron fuentes de fragilidad en las relaciones visto que resultan de acuerdos que niegan y racionalizan los constreñimientos del trabajo. Los Trastornos Psíquicos Menores afectaron 17,1% del muestreo y estuvieron asociados a la violencia (p<0,05). El crecimiento de la exposición a cada tipo de violencia aumentó en 60% las chances de estos trastornos (IC95%:1,2-2,1). Las dimensiones del Burnout tuvieron asociación con la violencia en el trabajo (p<0,05). El reconocimiento en el trabajo se mostró menos frecuente entre las víctimas de violencia (p=0,001) y se asoció inversamente a la prevalencia de los agravios (p<0,05). Se identificaron medidas de seguridad y espacios colectivos de negociación como dispositivos para promoción de la salud y protección contra la violencia en el trabajo. Delante de los resultados, se consideran urgentes las inversiones con vistas a reconocer las necesidades de los trabajadores en lo que se refiere a la violencia y a sus daños a la salud laboral.
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"Equipamentos do século XIX, profissionais do século XX e problemas do século XXI" : saúde mental dos trabalhadores da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Sul

Kersting, Inaiara January 2016 (has links)
Os trabalhadores da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Sul têm sido identificados como um grupo em grande vulnerabilidade psicossocial para a ocorrência de sofrimento mental decorrente do trabalho. Este estudo teve como objetivo principal compreender a influência do trabalho na saúde mental desses servidores, através da análise das relações laborais lá existentes e de que forma a organização do trabalho está imbricada nesse processo. Os objetivos específicos foram conhecer as percepções dos servidores sobre seu ambiente de trabalho, identificar os efeitos da organização do trabalho no cotidiano dos servidores e identificar as motivações que fazem que os trabalhadores permaneçam na instituição. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, tendo como embasamento teórico a Psicodinâmica do Trabalho de Dejours, utilizando diários de campo e 14 entrevistas realizadas com 13 sujeitos lotados na Comunidade Socioeducativa, no Centro de Atendimento Socioeducativo Regional de Porto Alegre e na Sede Administrativa Padre Cacique, em Porto Alegre. Para os resultados utilizou-se análise de conteúdo de Bardin (2011) e o Software NVIVO. Os principais resultados observados foi lacuna importante no que se refere à saúde do trabalhador na instituição. As situações de sofrimento gerado pelo excesso de horas extras estão configuradas como um dos pontos nevrálgicos do sistema. O déficit de funcionários, a falta de controle nos processos de trabalho e a dependência salarial das horas extras faz com que um número significativo de trabalhadores abdique de sua qualidade de vida em prol de adquirir bens e prover as famílias com maior conforto. Esses pontos, entre outros, acabam desencadeando um elevado número de afastamentos por questões de saúde mental e sofrimento psíquico no trabalho. A possibilidade de criação de projetos e participação nas decisões figuram como importantes auxílios para a manutenção da saúde mental nesse ambiente. Por conseguinte, a permanência na instituição pode ser explicada por diferentes razões como a identificação com a socioeducação, com trabalhos sociais ou comunitários, a remuneração acima do mercado, a possibilidade de crescimento financeiro, as estratégias de defesas e a acomodação profissional. É urgente, portanto, a necessidade de intervenção e melhorias na organização do trabalho nessa população. Assim, uma parceria com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho da instituição já foi iniciada e este trabalho têm servido de dados para que este processo seja o mais sumário possível. / People who work at the Foundation for Social and Educational Service of Rio Grande do Sul have been considered as a highly vulnerable group to the occurrence of mental suffering because of labor. This study aimed to understand the influence of work on those workers’ mental health, through the analysis of labor relations, and how the labor organization is interconnected to this process. The study’s specific objectives are to get to know the perceptions of the servants on their workplace, to identify the effects of the labor organization in the routine of servants and to identify the reasons for the workers to remain in the institution. A qualitative research, was made as a theoretically based on the Dejours’s Psychodynamics of Work, using field diaries and 14 interviews with 13 people who work in the Social and Educational Community, in the Regional Social and Educational Service Center of Porto Alegre, and in the Administrative Office Padre Cacique, in Porto Alegre. For the results we used using Bardin’s content analysis (2011) and the software NVIVO. The main results observed were an important gap considering the workers’ health in the institution. The suffering situations caused by the excessive overtime work are considered one of the system’s essential issues. Workers shortage, lack of control in the labor processes and wage dependency of overtime working lead to a significant number of workers who give up their quality of life in order to acquire goods and provide more comfort to their families. These aspects, among others, end up triggering a large number of absences due to mental health issues and mental suffering at work. The possibility of creating projects and the participation in decisions seem to be an important aid for the maintenance of mental health in this environment. Consequently, different reasons may be used to explain the decision to stay in the institution, such as identification with social education, social or community work, the salary, higher than market average, the possibility of financial growth, the defensive strategies and the professional adaptation. It is urgent the need for intervention and improvements in this population’s labor organization. For this reason, a partnership with the Specialized Service of the institution’s Safety Engineering and Occupational Medicine has already been created and this study has been giving access to data for this process to be as direct and simple as possible.
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"Se eu tirar o trabalho, sobra um cantinho que a gente foi deixando ali" : clínica de psicodinâmica do trabalho na atividade de docentes no ensino superior privado

Perez, Karine Vanessa January 2012 (has links)
Cette recherche vise à étudier les questions relatives à la santé mentale et le travail des professeurs, plus spécifiquement liés à l'expérience du plaisir et la souffrance au travail des professeurs dans les établissements d'enseignement supérieur (EES) privés. Dans le contexte actuel, on peut voir une expansion considérable des établissements d'enseignement supérieur et, par conséquent, une surcharge de travail qui reflète la santé physique et mentale des professionnels qui travaillent dans ce domaine. Théoriquement, cette recherche est fondée sur des hypothèses que parlent de la santé mentale et le travail dans les établissements d'enseignement supérieur privé d'enseignement. Elle est basé théorique et méthodologiquement dans la clinique de la psychodynamique du travail. La méthode qualitative a été utilisée, avec la réalisation d'entrevues individuelles semi-dirigées avec dix-huit professeurs des établissements d'enseignement supérieur privé. L'analyse des résultats a été mis au point avec des hypothèses de la psychodynamique du travail, mettant en évidence des très large journée de travail qui, souvent, envahit la vie à l'extérieur du travail, mettant en évidence leur frais généraux activités demandé, qui, en conséquence, compromet la santé physique et psychologique des enseignants. Pour éviter des souffrances et des maladies psychiques, les enseignants interrogés font usage des stratégies de promotion de la santé, parmi lesquels ont été mis en évidence les stratégies défensives qui favorisent le maintien de l'Organisation du travail et les stratégies qui stimulent la continuité du travail d'enseignement. De cette façon, il a été possible d'identifier ce qui a été le plus gros changement demander: conquête d'un espace pour discuter de questions relatives au travail; la distribution obligatoire de la journée de travail pour être compatible avec le temps de préparation de classes et d'activités scolaires; moins d'heures à travailler dans la salle de classe, afin de permettre le développement d'activités et notamment l'extension de la recherche et la qualification. On peut donc voir que le travail peut être reconnu par leur potentiel constitutive de l'émancipation, de la subjectivité et de l'identité, mais d'autre part lorsqu'il résume la vie des travailleurs, mais s'il n'y aucune expérimentation au-delà du travail, il devient aliénant et causant des souffrances. Cependant travail dans cette étude n'est pas seulement comprise comme le lieu de production de souffrance santé/maladies, mais surtout, l'espace de vie et de socialisation, où la subjectivité est appelée constament de se (re) configurer. Pour un changement dans ce contexte, il est nécessaire d'aller au delà de l'espace physique des IES et d'amener cette discussion sur la souffrance dans le travail de l'enseignement dans d'autres sphères, afin de faire une question d'intérêt public et ainsi construire des stratégies efficaces des politiques pour le bénefice de la santé des professeurs d'université. / Esta pesquisa propõe-se a investigar temáticas referentes à saúde mental e o trabalho de docentes universitários, especificamente relacionadas às vivências de prazer e sofrimento no trabalho de professores universitários em Instituições de Ensino Superior (IES) privadas. No atual contexto brasileiro, percebe-se uma considerável expansão de Instituições de Ensino Superior e, consequentemente, uma sobrecarga de trabalho o que repercute na saúde física e mental dos profissionais que atuam neste âmbito. Teoricamente esta pesquisa está sedimentada em pressupostos que inter-relacionam a saúde mental e o trabalho docente em IES privadas. Fundamenta-se teórica e metodologicamente na Clínica da Psicodinâmica do Trabalho. Utilizou-se o método qualitativo, com a realização de entrevistas individuais semi-estruturadas com dezoito professores universitários de IES privadas. A análise dos resultados foi desenvolvida a partir dos pressupostos da Psicodinâmica do Trabalho, evidenciando uma extensiva jornada de atividades que, com frequência, invade a vida fora do trabalho, revelando a sobrecarga de atividades que lhes é solicitada cotidianamente, o que, como consequência, compromete a saúde física e psíquica dos professores. Para evitar o sofrimento e adoecimento psíquico os docentes entrevistados fazem uso de estratégias que promovam a saúde, dentre elas foram evidenciadas as estratégias defensivas que favorecem a manutenção da organização do trabalho, sendo estas consideradas alienadoras, e as estratégias que estimulam a continuidade do trabalho docente. Dessa forma foi possível identificar as maiores solicitações de mudança neste contexto, sendo elas: conquista de um espaço para discutir as questões do trabalho; a obrigatoriedade da distribuição na jornada de trabalho compatível com o tempo de preparação de aulas e atividades acadêmicas; menor carga horária direcionada ao trabalho em sala de aula, para permitir o desenvolvimento de atividades ligadas a extensão e, especialmente, à pesquisa e à qualificação. Sendo assim, percebe-se que o trabalho pode ser reconhecido por seu potencial emancipador, constituinte da subjetividade e da identidade, mas por outro lado, quando ele resume a vida dos trabalhadores, não havendo experimentações fora, o trabalho torna-se alienante e causador de sofrimento. Entretanto, o trabalho, neste estudo não é entendido apenas como o lugar da produção de sofrimento saúde/adoecimentos, mas sim, e principalmente, o espaço do viver e do conviver, em que a subjetividade é convocada constantemente a se (re) configurar. Para que haja transformação neste contexto é necessário transcender o espaço físico das IES e levar esta discussão sobre o sofrimento no trabalho docente para outras esferas, com o intuito de tornar este problema público, e assim, construir estratégias que implementem de forma eficaz políticas que viabilizem a saúde dos professores universitários. / This research proposes to investigate topics related to mental health and the work of university professors, more specifically related to the experiences of pleasure and pain in the work of university professors in private higher education institutions (HEI). In the current context, there is a considerable expansion of higher education institutions and consequently an work overload which affects the physical and mental health of people who work in this field. Theoretically this research is rooted in assumptions that interact to mental health and the teaching work in private HEI. It is based on theoretical and methodological in the Clinic of Psychodynamics of Work. The qualitative method was used, with the realization of individual semi-structured interviews with eighteen university professors of private HEI. The analysis of the results was developed from the assumptions of the psychodynamics of work, showing an extensive workday, which often, invades the life outside of work, showing the overload of the required daily activities, which results in impaired physical and mental health of teachers. To avoid suffering and psychic illness, the interviewed teachers make use of strategies that promote health, among them were evidenced the defensive strategies that favor the maintenance of work organization, which were more alienated, and strategies that encourage the continuity of teaching. This way it was possible to identify which were the largest change requests in this context, as follows: conquest of space to discuss the issues of work; distribution of workday compatible with the time of preparation of classes and academic activities; lower classroom workload directed to work in the classroom, to allow the development ofactivities related to extension and particularly research and qualification. Thus it is seen that the work can be recognized by its potential emancipator, constituent of subjectivity and identity, but on the other hand when he summarizes the life of the workers, there is no experimentation outside it, the work becomes alienating and causing suffering. However, work in this study is not only understood as the place of production of suffering health/diseases, but more importantly, the living space and socialization, where subjectivity is constantly referred to (re) configure. For any processing in this context it is necessary to transcend the physical space of the HEI and lead this discussion on suffering in the teaching work to other spheres, with the aim of making this public problem and thus build strategies that implement effectively policies that make possible the health of university professors.
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Violência no trabalho em pronto socorro : implicações para a saúde mental dos trabalhadores / Violence at emergency hospital work: implications for the workers´mental health / Violencia en el trabajo en un hospital de emergencia: implicaciones en la salud mental de los trabajadores

Dal Pai, Daiane January 2011 (has links)
O objetivo deste estudo foi analisar a violência sofrida por trabalhadores de saúde de um hospital público de pronto socorro e as suas implicações na saúde mental desses profissionais. Desenvolveu-se um estudo transversal, de abordagem quantiqualitativa. Na primeira etapa da investigação foram mensuradas as características demográficas e laborais dos trabalhadores, a ocorrência da violência nos últimos 12 meses, bem como os Transtornos Psíquicos Menores pela aplicação do Self-Report Questionnaire e a Síndrome de Burnout com uso do Maslach Inventory Burnout. A seleção dos trabalhadores (n=269) foi realizada por sorteio aleatório proporcional ao estrato das categorias profissionais. Na segunda etapa do estudo foram entrevistados 20 sujeitos vítimas da violência, selecionados intencionalmente e definidos por saturação dos dados. Utilizou-se a estatística descritiva e analítica para os dados quantitativos, considerando estatisticamente significativo p≤0,05. Os dados qualitativos foram submetidos à análise temática, confrontados aos dados quantitativos e analisados a luz da psicodinâmica do trabalho. Obteve-se aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre/RS (nº 001.014667.11.8). Na amostra prevaleceram mulheres (58,4%), com idade média de 49 anos (+7,4) e experiência de 24,8 anos (+7,8) no setor de saúde. Auxiliares/técnicos de enfermagem representaram 45,4% da amostra, 33,5% eram médicos, 10% enfermeiros e 11,1% outros profissionais da equipe. A violência no trabalho foi referida por 63,2% dos participantes e prevaleceu no sexo feminino (p=0,001), entre auxiliares/técnicos de enfermagem (p=0,014), com médias inferiores de idade (p=0,044) e de anos de escolaridade (p=0,036), e maior carga horária semanal (p=0,012). Também se associaram à violência os acidentes de trabalho (p=0,009), os dias ausentes (p=0,018), a preocupação com a violência (p<0,001) e a insatisfação no trabalho (p=0,026). A agressão verbal foi o tipo de violência que fez mais vítimas (48,7%), seguida da intimidação/assédio moral (24,9%), da violência física (15,2%), da discriminação racial (8,7%) e do assédio sexual (2,5%). Os pacientes foram os principais perpetradores da violência no trabalho (35,4%), o que foi destinado aos efeitos de drogas, à situação clínica, à condição de “bandido” ou decorrente do atendimento precário. A violência nas interações socioprofissionais expressou o abandono dos trabalhadores diante da precariedade do trabalho. Regras de ofício se mostraram fontes de fragilização das relações por resultarem de acordos que negam e racionalizam os constrangimentos do trabalho. Os Transtornos Psíquicos Menores atingiram 17,1% da amostra e associaram-se à violência (p<0,05). O aumento da exposição a cada tipo de violência acresceu em 60% as chances desses transtornos (IC95%:1,2-2,1). As dimensões do Burnout tiveram associação com a violência no trabalho (p<0,05). O reconhecimento no trabalho se mostrou menos frequente dentre as vítimas da violência (p=0,001) e se associou inversamente à prevalência dos agravos (p<0,05). Medidas de segurança e espaços coletivos de negociação foram identificados como dispositivos para a promoção da saúde e a proteção à violência no trabalho. Diante dos resultados, consideram-se urgentes os investimentos com vistas a reconhecer as necessidades dos trabalhadores no que se refere à violência e seus danos à saúde do trabalhador. / The objective of this study was analyzing the violence suffered by health-care workers at an emergency public hospital and its implications for the mental health of these professionals. A cross-sectional study of quantitative and qualitative approach was carried out. The first stage of the investigation measured the demographic and labor features of the workers, the occurrence of violence in the last 12 months as well as the Minor Psychic Disorders by applying the Self-Report Questionnaire, and the Burnout Syndrome by using the Maslach Inventory Burnout. The selection of workers (n=269) was performed by random sampling in proportion to the stratum of the professional categories. Upon the second stage of the study, an interview was made with 20 subjects, victims of violence who were selected intentionally and defined by the criteria of data saturation. The descriptive and analytical statistics was utilized for the quantitative data by considering p≤0.05 statistically significant. The qualitative data were submitted to the thematic analysis, then confronted with the quantitative data and analyzed in the light of the labor psychodynamics. Approval was obtained from the Ethics and Research Committee of the Municipal Health Secretariat of Porto Alegre, RS (nº 001.014667.11.8). The sampling had the prevalence of women (58.4%), with mean age of 49 (+7.4) and 24.8 years (+7.8) of experience in the health sector. Nursing assistants and technicians represented 45.4% of the sampling while 33.5% were physicians, 10%, nurses and 11.1%, other professionals of the team. Labor violence was reported by 63.2% of the participants and prevailed among female subjects (p=0.001) and nursing assistants and technicians (p=0.014) with lower age means (p=0.044) and schooling years (p=0.036) besides higher week working hours (p=0.012). In connection with violence, there were also labor accidents (p=0.009), days of absence from work (p=0.018), concern with violence (p<0.001) and job dissatisfaction (p=0.026). Verbal abuse was the kind of violence that made more victims (48.7%), followed by intimidation/bullying (24.9%), physical violence (15.2%), racial discrimination (8.7%) and sexual harassment (2.5%). Patients were the main perpetrators of violence in the work (35.4%) what was connected with effects of drugs, the clinical condition, “bandit” condition or derived from precarious attendance. Violence within social and professional interactions expressed the abandonment of the workers before the job precariousness. Occupational rules have shown themselves as sources of fragile relations because they result from agreements that deny and rationalize labor embarrassments. Minor Psychic Disorders affected 17.1% of the sampling and were connected with violence (p<0.05). The increase of exposure to each type of violence led to an addition of 60% on the chances of these disorders (IC95%:1.2-2.1). And, Burnout dimensions were connected with labor violence (p<0.05). Job recognition was reported as less frequent among violence victims (p=0.001) and it was inversely connected with the prevalence of the offenses (p<0.05). Safety measures and collective spaces for negotiation were identified as devices for health promotion and protection against labor violence. In view of the results, investments are considered urgent with the objective of recognizing the workers´ needs regarding violence and its damages to the workers´ health. / El objetivo de este estudio fue analizar la violencia sufrida por los trabajadores de salud de un hospital público de emergencia y sus implicaciones en la salud mental de estos profesionales. Se desarrolló un estudio transversal, de abordaje cuantitativo y cualitativo. En la primera etapa de la investigación se mensuraron las características demográficas y laborales de los trabajadores, la ocurrencia de violencia en los últimos 12 meses, así como los Trastornos Psíquicos Menores a través la aplicación del Self-Report Questionnaire, y el Síndrome de Burnout con el uso del Maslach Inventory Burnout. La selección de los trabajadores (n=269) fue realizada por sorteo aleatorio proporcional al estrato de las categorías profesionales. En la segunda etapa del estudio, fueron entrevistados 20 sujetos víctimas de la violencia, seleccionados intencionalmente y definidos por saturación de los datos. Se utilizó la estadística descriptiva y analítica para los datos cuantitativos, considerándose p≤0,05 como estadísticamente significativo. Los datos cualitativos fueron sometidos al análisis temático, siendo confrontados con los datos cuantitativos y analizados a la luz de la psicodinámica del trabajo. Se obtuvo la aprobación del Comité de Ética y Pesquisa de la Secretaría Municipal de Salud de Porto Alegre/RS (nº 001.014667.11.8). En el muestreo prevalecieron mujeres (58,4%), con edad media de 49 años (+7,4) y experiencia de 24,8 años (+7,8) en el sector de salud. Auxiliares y técnicos de enfermería representaron 45,4% del muestreo, siendo 33,5% médicos, 10%, enfermeros y 11,1%, otros profesionales del equipo. La violencia en el trabajo fue informada por 63,2% de los participantes y prevaleció en el sexo femenino (p=0,001), entre auxiliares y técnicos de enfermería (p=0,014), con medias inferiores de edad (p=0,044) y de años de escolaridad (p=0,036) y mayor carga horaria semanal (p=0,012). También estuvieron asociados a la violencia los accidentes de trabajo (p=0,009), los días ausentes (p=0,018), la preocupación con la violencia (p<0,001) y la insatisfacción laboral (p=0,026). La agresión verbal fue el tipo de violencia que hizo más víctimas (48,7%), seguida de la intimidación y del acoso moral (24,9%), de la violencia física (15,2%), de la discriminación racial (8,7%) y del acoso sexual (2,5%). Los pacientes fueron los principales perpetradores de la violencia en el trabajo (35,4%), lo que se atribuyó a los efectos de drogas, a la situación clínica, a la condición de “bandido” o resultante del atendimiento precario. La violencia en las interacciones sociales y profesionales expresó el abandono de los trabajadores delante de la precariedad del trabajo. Reglas de oficio se mostraron fuentes de fragilidad en las relaciones visto que resultan de acuerdos que niegan y racionalizan los constreñimientos del trabajo. Los Trastornos Psíquicos Menores afectaron 17,1% del muestreo y estuvieron asociados a la violencia (p<0,05). El crecimiento de la exposición a cada tipo de violencia aumentó en 60% las chances de estos trastornos (IC95%:1,2-2,1). Las dimensiones del Burnout tuvieron asociación con la violencia en el trabajo (p<0,05). El reconocimiento en el trabajo se mostró menos frecuente entre las víctimas de violencia (p=0,001) y se asoció inversamente a la prevalencia de los agravios (p<0,05). Se identificaron medidas de seguridad y espacios colectivos de negociación como dispositivos para promoción de la salud y protección contra la violencia en el trabajo. Delante de los resultados, se consideran urgentes las inversiones con vistas a reconocer las necesidades de los trabajadores en lo que se refiere a la violencia y a sus daños a la salud laboral.
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"Se eu tirar o trabalho, sobra um cantinho que a gente foi deixando ali" : clínica de psicodinâmica do trabalho na atividade de docentes no ensino superior privado

Perez, Karine Vanessa January 2012 (has links)
Cette recherche vise à étudier les questions relatives à la santé mentale et le travail des professeurs, plus spécifiquement liés à l'expérience du plaisir et la souffrance au travail des professeurs dans les établissements d'enseignement supérieur (EES) privés. Dans le contexte actuel, on peut voir une expansion considérable des établissements d'enseignement supérieur et, par conséquent, une surcharge de travail qui reflète la santé physique et mentale des professionnels qui travaillent dans ce domaine. Théoriquement, cette recherche est fondée sur des hypothèses que parlent de la santé mentale et le travail dans les établissements d'enseignement supérieur privé d'enseignement. Elle est basé théorique et méthodologiquement dans la clinique de la psychodynamique du travail. La méthode qualitative a été utilisée, avec la réalisation d'entrevues individuelles semi-dirigées avec dix-huit professeurs des établissements d'enseignement supérieur privé. L'analyse des résultats a été mis au point avec des hypothèses de la psychodynamique du travail, mettant en évidence des très large journée de travail qui, souvent, envahit la vie à l'extérieur du travail, mettant en évidence leur frais généraux activités demandé, qui, en conséquence, compromet la santé physique et psychologique des enseignants. Pour éviter des souffrances et des maladies psychiques, les enseignants interrogés font usage des stratégies de promotion de la santé, parmi lesquels ont été mis en évidence les stratégies défensives qui favorisent le maintien de l'Organisation du travail et les stratégies qui stimulent la continuité du travail d'enseignement. De cette façon, il a été possible d'identifier ce qui a été le plus gros changement demander: conquête d'un espace pour discuter de questions relatives au travail; la distribution obligatoire de la journée de travail pour être compatible avec le temps de préparation de classes et d'activités scolaires; moins d'heures à travailler dans la salle de classe, afin de permettre le développement d'activités et notamment l'extension de la recherche et la qualification. On peut donc voir que le travail peut être reconnu par leur potentiel constitutive de l'émancipation, de la subjectivité et de l'identité, mais d'autre part lorsqu'il résume la vie des travailleurs, mais s'il n'y aucune expérimentation au-delà du travail, il devient aliénant et causant des souffrances. Cependant travail dans cette étude n'est pas seulement comprise comme le lieu de production de souffrance santé/maladies, mais surtout, l'espace de vie et de socialisation, où la subjectivité est appelée constament de se (re) configurer. Pour un changement dans ce contexte, il est nécessaire d'aller au delà de l'espace physique des IES et d'amener cette discussion sur la souffrance dans le travail de l'enseignement dans d'autres sphères, afin de faire une question d'intérêt public et ainsi construire des stratégies efficaces des politiques pour le bénefice de la santé des professeurs d'université. / Esta pesquisa propõe-se a investigar temáticas referentes à saúde mental e o trabalho de docentes universitários, especificamente relacionadas às vivências de prazer e sofrimento no trabalho de professores universitários em Instituições de Ensino Superior (IES) privadas. No atual contexto brasileiro, percebe-se uma considerável expansão de Instituições de Ensino Superior e, consequentemente, uma sobrecarga de trabalho o que repercute na saúde física e mental dos profissionais que atuam neste âmbito. Teoricamente esta pesquisa está sedimentada em pressupostos que inter-relacionam a saúde mental e o trabalho docente em IES privadas. Fundamenta-se teórica e metodologicamente na Clínica da Psicodinâmica do Trabalho. Utilizou-se o método qualitativo, com a realização de entrevistas individuais semi-estruturadas com dezoito professores universitários de IES privadas. A análise dos resultados foi desenvolvida a partir dos pressupostos da Psicodinâmica do Trabalho, evidenciando uma extensiva jornada de atividades que, com frequência, invade a vida fora do trabalho, revelando a sobrecarga de atividades que lhes é solicitada cotidianamente, o que, como consequência, compromete a saúde física e psíquica dos professores. Para evitar o sofrimento e adoecimento psíquico os docentes entrevistados fazem uso de estratégias que promovam a saúde, dentre elas foram evidenciadas as estratégias defensivas que favorecem a manutenção da organização do trabalho, sendo estas consideradas alienadoras, e as estratégias que estimulam a continuidade do trabalho docente. Dessa forma foi possível identificar as maiores solicitações de mudança neste contexto, sendo elas: conquista de um espaço para discutir as questões do trabalho; a obrigatoriedade da distribuição na jornada de trabalho compatível com o tempo de preparação de aulas e atividades acadêmicas; menor carga horária direcionada ao trabalho em sala de aula, para permitir o desenvolvimento de atividades ligadas a extensão e, especialmente, à pesquisa e à qualificação. Sendo assim, percebe-se que o trabalho pode ser reconhecido por seu potencial emancipador, constituinte da subjetividade e da identidade, mas por outro lado, quando ele resume a vida dos trabalhadores, não havendo experimentações fora, o trabalho torna-se alienante e causador de sofrimento. Entretanto, o trabalho, neste estudo não é entendido apenas como o lugar da produção de sofrimento saúde/adoecimentos, mas sim, e principalmente, o espaço do viver e do conviver, em que a subjetividade é convocada constantemente a se (re) configurar. Para que haja transformação neste contexto é necessário transcender o espaço físico das IES e levar esta discussão sobre o sofrimento no trabalho docente para outras esferas, com o intuito de tornar este problema público, e assim, construir estratégias que implementem de forma eficaz políticas que viabilizem a saúde dos professores universitários. / This research proposes to investigate topics related to mental health and the work of university professors, more specifically related to the experiences of pleasure and pain in the work of university professors in private higher education institutions (HEI). In the current context, there is a considerable expansion of higher education institutions and consequently an work overload which affects the physical and mental health of people who work in this field. Theoretically this research is rooted in assumptions that interact to mental health and the teaching work in private HEI. It is based on theoretical and methodological in the Clinic of Psychodynamics of Work. The qualitative method was used, with the realization of individual semi-structured interviews with eighteen university professors of private HEI. The analysis of the results was developed from the assumptions of the psychodynamics of work, showing an extensive workday, which often, invades the life outside of work, showing the overload of the required daily activities, which results in impaired physical and mental health of teachers. To avoid suffering and psychic illness, the interviewed teachers make use of strategies that promote health, among them were evidenced the defensive strategies that favor the maintenance of work organization, which were more alienated, and strategies that encourage the continuity of teaching. This way it was possible to identify which were the largest change requests in this context, as follows: conquest of space to discuss the issues of work; distribution of workday compatible with the time of preparation of classes and academic activities; lower classroom workload directed to work in the classroom, to allow the development ofactivities related to extension and particularly research and qualification. Thus it is seen that the work can be recognized by its potential emancipator, constituent of subjectivity and identity, but on the other hand when he summarizes the life of the workers, there is no experimentation outside it, the work becomes alienating and causing suffering. However, work in this study is not only understood as the place of production of suffering health/diseases, but more importantly, the living space and socialization, where subjectivity is constantly referred to (re) configure. For any processing in this context it is necessary to transcend the physical space of the HEI and lead this discussion on suffering in the teaching work to other spheres, with the aim of making this public problem and thus build strategies that implement effectively policies that make possible the health of university professors.
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A avaliação de desempenho na contramão da avaliação do trabalho e seus impactos nas vivências de prazer e sofrimento de servidores públicos federais

Maia, Cristiane do Vale 06 June 2017 (has links)
Submitted by Joel de Lima Pereira Castro Junior (joelpcastro@uol.com.br) on 2017-06-05T20:55:33Z No. of bitstreams: 1 Dissertação - Cristiane Maia.pdf: 1377109 bytes, checksum: 93590e59a89e49b833a864f6cd0da712 (MD5) / Approved for entry into archive by Biblioteca de Administração e Ciências Contábeis (bac@ndc.uff.br) on 2017-06-06T21:10:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação - Cristiane Maia.pdf: 1377109 bytes, checksum: 93590e59a89e49b833a864f6cd0da712 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-06T21:10:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação - Cristiane Maia.pdf: 1377109 bytes, checksum: 93590e59a89e49b833a864f6cd0da712 (MD5) / Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI / Esta pesquisa discute as consequências dos modelos de avaliação de desempenho atuais para o indivíduo e apresenta as relações entre esses métodos de aferição de desempenho e a avaliação do trabalho, sob a ótica da Psicodinâmica do Trabalho. Como cenário para esta investigação, analisamos as vivências de prazer e sofrimento de servidores de uma instituição pública federal, que desenvolveu uma sistemática de avaliação de desempenho individual, para fins de pagamento de uma gratificação de desempenho relevante na remuneração destes servidores, a partir da instituição legal da mesma. Para atingir o seu objetivo e partindo de um referencial teórico crítico acerca da desvalorização do trabalho ao longo do pensamento administrativo, bem como dos pressupostos ideológicos neoliberais e gerencialistas que levaram à Reforma do Estado, o presente estudo utilizou-se de uma análise documental da legislação que instituiu a gratificação de desempenho para diversas carreiras da Administração Pública Federal e de entrevistas individuais e semi-estruturadas com servidores das duas principais diretorias finalísticas de uma dessas instituições. Os resultados apresentaram cinco núcleos de sentido, que indicam características de uma organização do trabalho tipicamente taylorista, além de uma avaliação revestida de aspectos altamente objetivos, caracterizada por um viés instrumental e produtivista, sem espaço para a subjetividade e, portanto, na contramão da avaliação do trabalho. / This present work regards the consequences of the modern individual performance evaluation models and presents the relationship between the methods for the verification of the performance and the evaluation of work, under the perspective of the Psychodynamics of work. The framework of this present investigation is hereby represented by the analysis regarding the experiences of pleasure and suffering of the servants from a public federal institution which developed an individual performance evaluation system, with the finality of payment of a relevant performance-related bonus to such servants, through the legal institution of the referred bonus. In order to achieve its purpose and starting from a critical theoretical reference regarding the depreciation of labor throughout the line of thought of the administration, as well as the neoliberal and managerial ideological suppositions, which led to the State Reform, this present work used a documental analysis concerning both the legislation that instituted the aforementioned performance bonus into many different careers inside the Federal Public Administration and the individual and semiarticulated interviews with the servants of the two main finalistic board of directors from one of the referred institutions. The results presented five cores of meanings, which reveal the characteristics of a typically tayloristic organization of labor, as well as an evaluation coated with highly objective aspects, characterized by an instrumental and productivist bias with no room for the subjectivity and, therefore, in contrast with the evaluation of work.

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