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Transferência e temporalidade na clínica das psicosesCunda, Marília Spinelli Jacoby January 2011 (has links)
A presente dissertação busca contornar interrogantes advindos de nossa experiência junto à clínica das psicoses - no marco de nossa inserção no Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Clínica das Psicoses, da Clínica de Atendimento Psicológico da UFRGS. Esta conjuga distintas vivências, da escuta individual de pacientes ao envolvimento no trabalho de oficinas terapêuticas, as quais, ao longo do tempo, fizeram-nos questionar acerca das especificidades e impasses do laço transferencial aí colocado. A noção de temporalidade, desde a psicanálise, nos foi bastante cara no armado desta questão. Nos primeiros momentos de nosso texto, intentamos situar o terreno das principais elaborações de Freud e Lacan acerca da temática das psicoses, desde onde nossa questão sobre a transferência poderia alojar-se. Deste modo, fez-se preciso retomar dois dos principais casos clínicos freudianos, Schreber e o Homem dos Lobos, para melhor situar os entornos da contraindicação freudiana quanto ao trabalho analítico com pacientes psicóticos, bem como extrair consequências da colocação em relevo do mecanismo da Verwefung (foraclusão) para os desdobramentos subsequentes de Lacan. Abordaremos, a seguir, a guinada que a leitura lacaniana das referidas proposições faz apontar como possibilidade no trabalho junto às psicoses. Para trabalhar sobre os fragmentos clínicos que estiveram na base das interrogações propulsoras desta pesquisa, fez-se relevante traçarmos algumas considerações acerca da noção de escrita do caso em psicanálise. Desde então, arrolamos algumas destas narrativas da clínica onde, parece-nos, de distintos modos, contorna-se uma pergunta sobre a transferência em seu enlace com a temporalidade. Acolhemos uma hipótese, destarte, de que a constituição psicótica colocaria em cena uma espécie de abismo temporal, desde a não incidência de balizas simbólicas capazes de instituir um ritmo – intervalo – entre o campo do sujeito e o campo do Outro. Considerando a acepção de Lacan quanto ao registro inconsciente enquanto pulsátil, vislumbraríamos uma fratura no tempo de fechamento, desvelando o psicótico enquanto mártir deste inconsciente a céu aberto. Tais elaborações terão implicações cruciais às especificidades do armado transferencial, onde se colocaria em jogo a possibilidade de forjar-se um tempo, desde a presença do analista enquanto sustentadora de umaposição de vazio capaz de possibilitar ao sujeito algum estancamento no movimento infinitizado do significante, incessante promovedor do congelamento do sentido. / The present dissertation tries to circumvent questions about our experience with the clinic of psychosis – in our insertion in the Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Clínica das Psicoses, from Clínica de Atendimento Psicológico da UFRGS. This brings different experiences, from listening individually to the patients to being involved with the work of therapeutic workshops, which, over time, has made us wonder about the specifics of the transference and its impasses at psychosis clinical. The notion of temporality, from psychoanalysis, was quite important for this issue. In the first moments of our text, we intend to situate the main elaborations of Freud and Lacan on the subject of psychosis, from which our question about the transference could have place. Thus, it became necessary to resume two major clinical freudians cases, Schreber and the Wolf Man, in order to locate the surroundings of the contraindication regarding the freudian analytic work with psychotic patients and to draw consequences of placing emphasis on the mechanism of Verwefung (foreclosure) for the subsequent developments of Lacan. We will address, then, the Lacanian reading of these propositions, showing how the work with psychosis is possible. In order to work on the clinical fragments that were on the basis of the questions driving this research, it was important to draw some considerations about the notion of writing of the case in psychoanalysis. Since then, we mention some of these narratives from the clinic which, in different ways, leads us to a question about the transference and its link to the temporality. We situate a supposition, thus, that the psychotic constitution brings to our attention a kind of abyss of time, considering the non-incidence of symbolic beacons that are able to establish a rhythm – a break – between the subjetc´s field and the Other´s field. Considering the proposition of Lacan about the unconscious registration as pulsatile, we could see a fracture at the closing time, unveiling the psychotic as a martyr of the unconscious as an open sky. These elaborations will have crucial implications on the specificities from the transference, where we put into play the possibility of forging a time, since the presence of the analyst while sustaining a position of emptiness that may allow the subject some stagnation in the in the incessant movement of significant, promoter of the freezing sense.
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The experience of organisational development consultants working in the systems psychodynamic stanceMyburg, Hester Susanna 11 1900 (has links)
When working from the systems psychodynamic stance, consultants experience that they become part of the group dynamics through projection, projective identification, transference and counter-transference. This research was undertaken to explore the impact on consultants doing systems psychodynamic consultation in their own formal system within a large financial institution in South Africa. Findings were that primary (race, gender and age), and secondary (social identity, language and skills, or level of expertise in this consulting stance) diversity factors strongly impact on them. Consultants play a strong containment role. Consultants experienced the effect at all levels of their lives, including intellectual (struggling to function and think clearly), physical (insomnia, eating disorders, usual exercise not helping), emotional (crying and anger) and social (their work not being understood by friends and family, growing apart from loved ones). For all of them the positive spin-off was the personal growth on the journey that they embarked on. / Industrial and Organisational Psychology / M. Comm. (Industrial and Organisational Psychology)
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Toxicomania e transferência / Drug addiction and transferenceEugênia Chaves 28 April 2006 (has links)
O presente trabalho tem como objetivo trazer uma pequena contribuição à resposta que a clínica psicanalítica vem sendo solicitada a dar para a questão da toxicomania e do seu tratamento. Trata-se, pois, de uma pesquisa fundamentalmente teórica, cujas duas grandes partes articulam os temas da Toxicomania e da Transferência psicanalítica. As reflexões teóricas foram ilustradas com os testemunhos de alguns psicanalistas que lidam com toxicômanos. Na primeira parte, buscou-se compreender, mediante algumas referências fundamentais da Metapsicologia freudiana, as principais características da vida psíquica e pulsional do toxicômano. Na segunda parte, dedicada ao problema do tratamento psicanalítico desses pacientes, procurou-se problematizar alguns aspectos específicos, que se apresentam como obstáculos e/ou possibilidades para a constituição de um campo transferencial e os manejos que se fazem necessários para a criação de um espaço analítico, onde possa o toxicômano ser acolhido e escutado em vista de um tratamento analítico. A segunda parte, por sua vez, foi dividida em dois capítulos, o primeiro dos quais aborda a trajetória percorrida por Freud para a elaboração teórica do conceito psicanalítico de transferência, mostrando sua central importância na análise. O segundo trata da novidade clínica que a toxicomania representa e as diversas questões que levanta: a chegada do toxicômano ao analista, suas demandas que geralmente não são de análise , e a posição em que esses pacientes tendem a colocar o analista. Faz-se, ainda, uma referência à complexidade das transferências múltiplas, próprias do tratamento institucional, e ao novo desafio que elas representam para a clínica psicanalítica / The objective of this present study is to give a little contribution to the answer that the psychoanalytic clinic is asked to give to the matter of drug addiction and its treatment. It is indeed a theoretical research, whose two main parts are linked to the matters of drug dependence and psychoanalytic transference. The theoretical reflections were clarified with the testimonies of some psychoanalysts that deaI. with drug dependants. On the part we tried to understand, through some fundamental references of the Freudian Meta psychology, the main characteristics of the psychic and pulsing life of the drug addict. On the second part, we dedicated to the problem of the psychoanalytical treatment of those patients, we tried to raise the problem of some specific aspects that present themselves as obstacles or possibilities for the constitution of a transferential field and the handling necessary for lhe creation of a analytic field, where the drug addict may be guarded and heard so as to be given an analytic treatment. The second part was algo divided into two chapters, the first one deals with the trajectory that Freud went through for a theoretical elaboration of the psychoanalytical concept of the transference thus showing its central importance in the analysis. The second one deals with the clinical news that drug addiction represents and the various problems that it raises; the arrival of the drug dependent to the analyst, his demands -that are not generally related to analysis -and the attitude in which these patients have the tendency of placing the analyst -We still make a reference to the complexity of the multiple transferences inherent to the institutional treatment an to the new challenge that they represent to the psychoanalytical clinic
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Transferência e temporalidade na clínica das psicosesCunda, Marília Spinelli Jacoby January 2011 (has links)
A presente dissertação busca contornar interrogantes advindos de nossa experiência junto à clínica das psicoses - no marco de nossa inserção no Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Clínica das Psicoses, da Clínica de Atendimento Psicológico da UFRGS. Esta conjuga distintas vivências, da escuta individual de pacientes ao envolvimento no trabalho de oficinas terapêuticas, as quais, ao longo do tempo, fizeram-nos questionar acerca das especificidades e impasses do laço transferencial aí colocado. A noção de temporalidade, desde a psicanálise, nos foi bastante cara no armado desta questão. Nos primeiros momentos de nosso texto, intentamos situar o terreno das principais elaborações de Freud e Lacan acerca da temática das psicoses, desde onde nossa questão sobre a transferência poderia alojar-se. Deste modo, fez-se preciso retomar dois dos principais casos clínicos freudianos, Schreber e o Homem dos Lobos, para melhor situar os entornos da contraindicação freudiana quanto ao trabalho analítico com pacientes psicóticos, bem como extrair consequências da colocação em relevo do mecanismo da Verwefung (foraclusão) para os desdobramentos subsequentes de Lacan. Abordaremos, a seguir, a guinada que a leitura lacaniana das referidas proposições faz apontar como possibilidade no trabalho junto às psicoses. Para trabalhar sobre os fragmentos clínicos que estiveram na base das interrogações propulsoras desta pesquisa, fez-se relevante traçarmos algumas considerações acerca da noção de escrita do caso em psicanálise. Desde então, arrolamos algumas destas narrativas da clínica onde, parece-nos, de distintos modos, contorna-se uma pergunta sobre a transferência em seu enlace com a temporalidade. Acolhemos uma hipótese, destarte, de que a constituição psicótica colocaria em cena uma espécie de abismo temporal, desde a não incidência de balizas simbólicas capazes de instituir um ritmo – intervalo – entre o campo do sujeito e o campo do Outro. Considerando a acepção de Lacan quanto ao registro inconsciente enquanto pulsátil, vislumbraríamos uma fratura no tempo de fechamento, desvelando o psicótico enquanto mártir deste inconsciente a céu aberto. Tais elaborações terão implicações cruciais às especificidades do armado transferencial, onde se colocaria em jogo a possibilidade de forjar-se um tempo, desde a presença do analista enquanto sustentadora de umaposição de vazio capaz de possibilitar ao sujeito algum estancamento no movimento infinitizado do significante, incessante promovedor do congelamento do sentido. / The present dissertation tries to circumvent questions about our experience with the clinic of psychosis – in our insertion in the Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Clínica das Psicoses, from Clínica de Atendimento Psicológico da UFRGS. This brings different experiences, from listening individually to the patients to being involved with the work of therapeutic workshops, which, over time, has made us wonder about the specifics of the transference and its impasses at psychosis clinical. The notion of temporality, from psychoanalysis, was quite important for this issue. In the first moments of our text, we intend to situate the main elaborations of Freud and Lacan on the subject of psychosis, from which our question about the transference could have place. Thus, it became necessary to resume two major clinical freudians cases, Schreber and the Wolf Man, in order to locate the surroundings of the contraindication regarding the freudian analytic work with psychotic patients and to draw consequences of placing emphasis on the mechanism of Verwefung (foreclosure) for the subsequent developments of Lacan. We will address, then, the Lacanian reading of these propositions, showing how the work with psychosis is possible. In order to work on the clinical fragments that were on the basis of the questions driving this research, it was important to draw some considerations about the notion of writing of the case in psychoanalysis. Since then, we mention some of these narratives from the clinic which, in different ways, leads us to a question about the transference and its link to the temporality. We situate a supposition, thus, that the psychotic constitution brings to our attention a kind of abyss of time, considering the non-incidence of symbolic beacons that are able to establish a rhythm – a break – between the subjetc´s field and the Other´s field. Considering the proposition of Lacan about the unconscious registration as pulsatile, we could see a fracture at the closing time, unveiling the psychotic as a martyr of the unconscious as an open sky. These elaborations will have crucial implications on the specificities from the transference, where we put into play the possibility of forging a time, since the presence of the analyst while sustaining a position of emptiness that may allow the subject some stagnation in the in the incessant movement of significant, promoter of the freezing sense.
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About counterttansference: ¿Obstacle or too!? / Acerca de la contratransferencia: ¿obstáculo o instrumento?Corveleyn, Jozef 25 September 2017 (has links)
This paper discusses the different perspectives that exist in psychoanalysis about the status of the countertransference in the therapeutic process. On the one hand, for those who follow the classical tendency this should be radically repressed to protect the ideal of an aseptic neutrality. On the other hand, for those who follow the humanistic tendency, this should be incorporated to consolidate the externa! and real aspects of the therapeutic alliance. Together with the classical work uf Theodor Reik and the modero work of Harold Searles, the author proposes that countertransference feelings and reactions could be used as legitime tools to monitor both the relationship with the patient, as well as the interpretation phase. / El artículo discute las distintas perspectivas que dentro del mismo psicoanálisis existen sobre el estatuto de la contratransferencia en el proceso terapéutico. Mientras que para unos (la tendencia clásica) ésta debe ser radicalmente reprimida para salvaguardar el ideal de una neutralidad aséptica, para otros (la tendencia humanista) ésta puede ser incorporada para consolidar los aspectos externos y reales de la alianza terapéutica. Junto con la postura clásica de Theodor Reik y la más moderna de Harold Searles, el autor plantea que los sentimientos y reacciones contratransferenciales pueden ser usados como un instrumento legítimo que oriente tanto la relación con el paciente como la labor interpretativa.
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As particularidades da transferÃncia na neurose obsessiva / Particularities of the transference in obsessional neurosisMariana Oliveira do RÃgo 31 August 2012 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A transferÃncia na neurose obsessiva apresenta muitas caracterÃsticas que podem se transformar em dificuldades no decorrer do tratamento analÃtico. Visamos, neste estudo, a analisar tais particularidades e a associÃ-las à estrutura da prÃpria neurose obsessiva. Essas dificuldades no manejo da transferÃncia do obsessivo se manifestaram para nÃs na realidade da clÃnica, da qual extraÃmos nossa temÃtica, mas, apesar disso, o caso atendido nÃo possuÃa elementos suficientes para embasar uma pesquisa. Optamos, pois, por abordar a neurose obsessiva e a transferÃncia a partir de um ponto de vista metapsicolÃgico, enfatizando os aspectos dinÃmicos e econÃmicos referentes a cada um desses conceitos. Feito isso, correlacionamos os dados encontrados Ãs dificuldades enfrentadas por Freud em seus principais casos de neurose obsessiva e, ainda, aos percalÃos por nÃs encontrados no caso clÃnico que motivou a pesquisa. ConcluÃmos que o modo particular atravÃs do qual o recalque se manifesta na neurose obsessiva (o deslocamento) à responsÃvel por muitos predicados dessa neurose, como a tendÃncia Ãs racionalizaÃÃes e a formaÃÃo de comportamentos ritualÃsticos. Na transferÃncia, os efeitos mais visÃveis do deslocamento sÃo as racionalizaÃÃes constantes e a resistÃncia em associar livremente. Essas manifestaÃÃes se relacionam tambÃm ao carÃter ambivalente tÃo presente nos obsessivos. Com dificuldades em conseguir um destino adequado para as pulsÃes de amor e Ãdio, igualmente intensas, o obsessivo adota formaÃÃes de compromisso como tais resistÃncias, que, ao mesmo tempo em que parecem inÃcuas, entravam a anÃlise por nÃo fazerem com que o sujeito nela se implique. ConcluÃmos que, sendo a transferÃncia uma neurose artificial, à imprescindÃvel que compreendamos as caracterÃsticas da neurose em questÃo, pois estas sÃo responsÃveis por dar o tom da transferÃncia. / The transference in obsessional neurosis has many characteristics that can become difficulties in the course of treatment. We intend to analyze the particularities of this transference and relate them to the obsessional neurosis itself. These difficulties in the handle of the obsessional neurosisÂs transference emerged from our clinical activity, from which we delimitated our subject. In despite of this, the clinical case that we assisted lacked elements to base a study. We decided then to approach the transference and the obsessional neurosis from a metapshychological point of view, emphasizing the dynamic and economic aspects. Then, we correlated the founded data to the difficulties faced by Freud in his main clinical cases of obsessional neurosis and to the difficulties we faced in the course of the treatment that instigated this study. We concluded that the obsessional neurosis particular form of the repression (the displacement) causes most part of the particularities of this neurosis, like rationalization and ritualistic behavior. The most visible effects of the displacement in the transferencial context are the rationalizations and the resistance to associate freely. These manifestations have relation with the ambivalent type present in obsessive patients. These resistances, as the same time seem to be inoffensive, are very disadvantageous to the treatment, since they prevent the patient of engage the treatment. We concluded that, being an artificial neurosis, the transference should be comprehended in relation of the characteristics of the neurosis in question, since that characteristics are responsible for the transference form and manifestation.
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A transferência e a ação educativa / Transfer and educational actionElisabete Aparecida Monteiro 26 April 2000 (has links)
A discussão que emerge da Psicanálise acerca da impossibilidade de educação aponta para os limites existentes na ação educativa, permitindo-nos refletir, através do vínculo com a noção de transferência, sobre o que se convencionou chamar de \"relação professor-aluno\". Os educadores nem sempre percebem que a educação não se limita à realidade externa, uma vez que os personagens dessa suposta relação estão mergulhados na realidade transferencial. Compreendemos a pretensa relação professor-aluno como o núcleo onde se de-senvolve a educação propriamente dita. No entanto, aquilo que a Pedagogia atual vislumbra como previsão e controle dos efeitos dessa \"relação\", a saber, o domínio do conhecimento científico sobre o desenvolvimento das capacidades maturacionais e o ajuste da prática do educador à realidade psicológica de cada aluno, opõe-se ao caráter imprevisível inerente à ação educativa. Uma vez submetidos às \"leis\" do inconsciente, os efeitos do encontro entre professor e aluno estão além de qualquer previsão e controle. O que nos deve interessar, então, é a compreensão da origem desses efeitos. E é isso que o conceito de transferência vem esclarecer. / The discussion that emerges from Psychoanalysis regarding the impossibility on education points out to the limits of the existing educational activity, which allows us to reflect, throughout the relationship with the notion of transference, about what is conventionally called \"teacher-student relationship.\" Educators do not always realize that education is not limited to external reality, since the actors in this supposed relationship are immerse in a transference reality. We understand the alleged teacher-student relationship as the core where education develops itself. However, what the current Pedagogy (Education) envisions as prediction and control of the effects of this \"relationship\", namely, the domain of scientific knowledge about the development of maturational qualification (capacities) and the adjustments of educator´s practices to the reality of each student, opposes to the unpredictable nature inherent to the educational activity. Once submitted to the \"laws\" of the unconscious, the effects of the encounter teacher-student are beyond prediction and control. What should interest us, then, is to understand the origin of these effects. And this is what the concept of transference elucidates.
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Transferência e temporalidade na clínica das psicosesCunda, Marília Spinelli Jacoby January 2011 (has links)
A presente dissertação busca contornar interrogantes advindos de nossa experiência junto à clínica das psicoses - no marco de nossa inserção no Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Clínica das Psicoses, da Clínica de Atendimento Psicológico da UFRGS. Esta conjuga distintas vivências, da escuta individual de pacientes ao envolvimento no trabalho de oficinas terapêuticas, as quais, ao longo do tempo, fizeram-nos questionar acerca das especificidades e impasses do laço transferencial aí colocado. A noção de temporalidade, desde a psicanálise, nos foi bastante cara no armado desta questão. Nos primeiros momentos de nosso texto, intentamos situar o terreno das principais elaborações de Freud e Lacan acerca da temática das psicoses, desde onde nossa questão sobre a transferência poderia alojar-se. Deste modo, fez-se preciso retomar dois dos principais casos clínicos freudianos, Schreber e o Homem dos Lobos, para melhor situar os entornos da contraindicação freudiana quanto ao trabalho analítico com pacientes psicóticos, bem como extrair consequências da colocação em relevo do mecanismo da Verwefung (foraclusão) para os desdobramentos subsequentes de Lacan. Abordaremos, a seguir, a guinada que a leitura lacaniana das referidas proposições faz apontar como possibilidade no trabalho junto às psicoses. Para trabalhar sobre os fragmentos clínicos que estiveram na base das interrogações propulsoras desta pesquisa, fez-se relevante traçarmos algumas considerações acerca da noção de escrita do caso em psicanálise. Desde então, arrolamos algumas destas narrativas da clínica onde, parece-nos, de distintos modos, contorna-se uma pergunta sobre a transferência em seu enlace com a temporalidade. Acolhemos uma hipótese, destarte, de que a constituição psicótica colocaria em cena uma espécie de abismo temporal, desde a não incidência de balizas simbólicas capazes de instituir um ritmo – intervalo – entre o campo do sujeito e o campo do Outro. Considerando a acepção de Lacan quanto ao registro inconsciente enquanto pulsátil, vislumbraríamos uma fratura no tempo de fechamento, desvelando o psicótico enquanto mártir deste inconsciente a céu aberto. Tais elaborações terão implicações cruciais às especificidades do armado transferencial, onde se colocaria em jogo a possibilidade de forjar-se um tempo, desde a presença do analista enquanto sustentadora de umaposição de vazio capaz de possibilitar ao sujeito algum estancamento no movimento infinitizado do significante, incessante promovedor do congelamento do sentido. / The present dissertation tries to circumvent questions about our experience with the clinic of psychosis – in our insertion in the Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Clínica das Psicoses, from Clínica de Atendimento Psicológico da UFRGS. This brings different experiences, from listening individually to the patients to being involved with the work of therapeutic workshops, which, over time, has made us wonder about the specifics of the transference and its impasses at psychosis clinical. The notion of temporality, from psychoanalysis, was quite important for this issue. In the first moments of our text, we intend to situate the main elaborations of Freud and Lacan on the subject of psychosis, from which our question about the transference could have place. Thus, it became necessary to resume two major clinical freudians cases, Schreber and the Wolf Man, in order to locate the surroundings of the contraindication regarding the freudian analytic work with psychotic patients and to draw consequences of placing emphasis on the mechanism of Verwefung (foreclosure) for the subsequent developments of Lacan. We will address, then, the Lacanian reading of these propositions, showing how the work with psychosis is possible. In order to work on the clinical fragments that were on the basis of the questions driving this research, it was important to draw some considerations about the notion of writing of the case in psychoanalysis. Since then, we mention some of these narratives from the clinic which, in different ways, leads us to a question about the transference and its link to the temporality. We situate a supposition, thus, that the psychotic constitution brings to our attention a kind of abyss of time, considering the non-incidence of symbolic beacons that are able to establish a rhythm – a break – between the subjetc´s field and the Other´s field. Considering the proposition of Lacan about the unconscious registration as pulsatile, we could see a fracture at the closing time, unveiling the psychotic as a martyr of the unconscious as an open sky. These elaborations will have crucial implications on the specificities from the transference, where we put into play the possibility of forging a time, since the presence of the analyst while sustaining a position of emptiness that may allow the subject some stagnation in the in the incessant movement of significant, promoter of the freezing sense.
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Amour et transfert dans les psychoses / Love and transference in psychosisArslanturk, Pinar 26 April 2016 (has links)
Freud s'était intéressé à la question de l'étiologie et les spécificités de la relation d'objet dans les psychoses dès le fondement de sa théorie. Il avait buté sur la possibilité du traitement des sujets psychotiques par la psychanalyse puisqu'ils lui paraissaient inaptes au transfert à cause d'une part de l'état anobjectal primitif de leur narcissisme et d'autre part de leur régression au stade autoérotique. Lacan, dans son retour à Freud, revient sur les spécificités de la structure et cerne la question. Il étoffe ainsi son hypothèse selon laquelle la forclusion du Nom-du-Père et la réapparition dans le réel de ce qui est forclos seraient la cause de la psychose. Ce travail de recherche est une mise en tension entre la rencontre avec trois femmes dont le diagnostic de psychose est avéré et l'approche de Freud et de Lacan des psychoses pour cerner notre question de recherche. De là, notre hypothèse sera la suivante : l'amour et le transfert ont des dimensions bien particuliers dans les névroses et dans les psychoses. Néanmoins ils restent des organisateurs de la vie du sujet pour toutes les structures psychiques. À travers l'amour, le sujet psychotique essaie de suppléer : au défaut dans la symbolisation dû à la forclusion du Nom-du-Père ; au défaut de la signification phallique ; et au défaut dans la localisation de la jouissance de l'Autre. L'amour fait symptôme dans les psychoses. Il est une des seules défenses que le sujet a contre le Réel et, constitue une tentative de guérison. / Freud has focused his research on the etiology of psychosis and the specificities of object relations in psychosis since the foundation of his theory. He has confronted with the impossibility of the treatment of the psychotic patient by his methods because they seem to be incapable of transference due to their narcissism and their regression to the autoerotic stage of the development. After Freud, Lacan questions the specificities of the psychotic structure and identifies the foreclosure of the Name of the Father, a primordial signifier, as the etiologic source of the psychosis.This thesis is a tension between case studies of three psychotic women and the approach of Freud and Lacan. Our hypothesis is: love and transference have unique dimensions in neurosis and psychosis. However they still organize the life of the subject in all the structures psyches.Through love, the psychotic subject tries to compensate structural fault. It is one of the only defenses against the Real and it is an attempt to cure. The psychotic subject can form an ego by identifying with the love object. In this case, love is articulated in three registers defined by Lacan: the real, the imaginary and the symbolic. If the psychotic slides purely to the narcissistic side, if the love is based solely on the imaginary register, the deadly side of love, Thanatos, can take over.
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Estudo da contratransferência do professor na inter-relação com o grupo de alunos / Study of the Counter transference of the professor in inter relation with the group of studentsKim, Leila Maria Vieira 30 September 2008 (has links)
Este estudo psicanalítico aplicado ao campo educacional busca a compreensão e articulação teórica de respostas contratransferências do professor diante das manifestações do grupo de alunos dentro da sala de aula. Com isso, se propõe a oferecer um conhecimento original, através de contribuição clínica-psicanalítica, para melhorar a eficácia pedagógica da inter-relação professor-aluno, em escolas de educação infantil e de ensino fundamental. Considera que o fenômeno da transferência pode ser desencadeado em diversas disciplinas e práticas onde transitem processos internos psíquicos; e que pode ser observado, analisado e explicado através da dinâmica de trânsito dos conteúdos presentes nos vínculos afetivos estabelecidos em grupos. Nestes espaços psicossociais, o fenômeno da transferência considerado como modelo pulsional de construção distorcida da realidade em transformação constante, medeia dois planos de interação oscilatória: um consciente voltado para a execução de uma tarefa, por exemplo, e outro inconsciente guiado pelas fantasias inconscientes semelhantes, que se constitui como história da realidade psíquica dos indivíduos que se inter-relacionam. Esta investigação parte da hipótese de que respostas contratransferências do professor podem perturbar o grupo de trabalho centrado na tarefa de aprender e ensinar, tornando-o um grupo de suposto básico de dependência, ataque-fuga ou de acasalamento. Considera que a intervenção terapêutica breve individual do professor pode clarificar seu envolvimento inconsciente em conluios estabelecidos com o grupo de alunos dentro da sala de aula (contratransferência) e, revertê-lho em um instrumento de empatia e intuição. Para a sua realização, propõe-se que situações empíricas sejam descritas sob a forma de estudos de caso, derivando o objeto de análise através do método de observação em sala- de- aula. A observação da recorrência de manifestações da contratransferência em nove professores de préescola e primeira série do ensino fundamental com grupos de crianças de quatro a oito anos de idade, implicou em um segundo momento, na realização de intervenções terapêuticas individuais junto aos professores, fora das salas de aula. A partir da aplicação da Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada, realizou-se montagem e planejamento de intervenção terapêutica breve, com rastreamento das situações-problema nos vários setores de adaptação, para encontrar o núcleo e encaminhar as soluções mais adequadas, e sua derivação no setor produtividade. Durante a intervenção utilizou-se o psicodrama como uma técnica de psicoterapia, articulada ao método psicanalítico, para facilitar a figuração e expressão concreta do mundo interno do professor, de suas identificações e de seus conflitos. Com isso, verificaram-se possíveis efeitos desta intervenção, na direção de uma evolução eficaz (recompor um grupo de trabalho) ou ineficaz (falta de cumprimento de sua função naquele momento). Ao estabelecer uma correspondência entre alguns dados obtidos, sua análise e compreensão interpretativa fundamentada nas teorias psicanalíticas propostas por Melaine Klein, Wilfred Bion e Ryad Simon; concluiu-se que através do método de trabalho desenvolvido neste estudo, houve uma melhora significativa na inter-relação professor-aluno derivando maior eficácia no desenvolvimento e resolução de tarefas pedagógicas. Portanto, supõe-se que este estudo possa ser heurístico no que se refere à psicanálise aplicada ao conhecimento do desconhecimento do sentido das relações mais profundas, em processos educativos manifestos nas relações interpessoais entre professor-aluno em salas de aula. / This psycho analytical study applied to the educational field has the objective of comprehending and articulating in theory, counter-transference answers from a professor while dealing with a group of students inside the classroom. With this, proposes to offer an original knowledge through a clinical psycho analytical contribution in order to improve the efficiency of the interrelation between professor and students, in Primary and Elementary Schools. Considers that the phenomena of transference could be turned over in several disciplines and practices where internal psychic processes are found; and that could be observed, analyzed and explained by the dynamic of transit of the contents found in affective connections established by groups. In these psycho social spaces, the phenomena of transference considered as a pulsing model of distorted construction of the reality that is constantly changing, outlines two plans of oscillatory interaction: one that is conscious, directed to the execution of a demand, for example, and the other unconscious guided by similar unconscious fantasies, that constitutes a history of the psychic reality of the individuals inter relating. This investigation considers the hypothesis that countertransference answers of the professor can disturb the work group that is concentrated in learning and teaching, transforming it into a group with a basis supposition of dependence, attack-run or even coupling. Considers that the brief therapeutic intervention of the professor can clarify its unconscious involvement in disturbs established by the group of students inside the class room, and convert it into an instrument of empathy and intuition. For its practice, proposes that empirical situations should be described through case studies, deriving the object of analysis in the method of in-class observation. The observation of the recurrence of counter transference manifestations in nine pre-school and elementary school teachers with classes of children aging four to eight years, implied, in a second moment, in individual therapeutic interventions with the teachers, outside the class room. By applying the Operational Scale for Diagnosing Adaptation, was made a plan and design of the brief therapeutic intervention, tracking the trouble-situations in the several adapting moments, to find the nucleus and perform the adequate solutions, and its derive in the productivity sector. During the intervention, psycho drama was used as a psycho therapeutic technique, articulated to the psycho analytical method, to make easier the figuration and concrete expression of the inner world from the teachers, from its identifications and its conflicts. With that, possible effects of this intervention were verified, in the direction of an efficient evolution (recompose a work group) or inefficient (lack of filling its function in that moment). By establishing a correspondence between some data obtained, its analysis and interpretative comprehension based on psycho analytical theories proposed by Melanie Klein, Wilfred Bion and Ryad Simon, was concluded that through the method of work developed in this study, there was a significant improvement in the inter relation between professor and student, deriving higher efficiency in the development and resolution of pedagogical demands. Therefore, supposes that this study can be heuristic as it refers to psycho analysis applied to knowledge of the unlearned of the sense of deeper relations, in educational processes manifested in interpersonal relations between professors and students in the class room.
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