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[en] HOW TO BE A SLUT?: PEDAGOGIES OF A FEMINIST MOVEMENT / [pt] COMO SE APRENDE A SER VADIA?: PEDAGOGIAS DE UM MOVIMENTO FEMINISTA

CAROLYNA FERREIRA BARROCA 01 December 2016 (has links)
[pt] Esta pesquisa objetiva analisar como um movimento social feminista desenvolve estratégias formativas de seus quadros ou mesmo de simpatizantes à causa das mulheres. Optou-se por um estudo de caso e foi analisado a Marcha das Vadias do Rio de Janeiro de 2015. Por meio de uma pesquisa participante, observações de reuniões e entrevistas semiestruturadas, os dados coletados viabilizaram a escrita da pesquisa em três temas-chave. O primeiro se refere à militância no movimento como fonte de empoderamento das mulheres, com especial ênfase para a construção da liberdade do corpo. Neste tema-chave, também se observou a intenção de subverter a ordem social e os aspectos culturais de dominação na qual as diferentes mulheres estão subjulgadas historicamente. O segundo tema-chave relaciona diretamente à temática da diferença na educação, com a discussão da interseccionalidade, defendida pela Marcha das Vadias RJ 2015, apontando os avanços e as barreiras da coexistência de diferentes níveis de opressões em nossas sociedades e também dentro do próprio movimento. O terceiro tema-chave discute a percepção das participantes da Marcha das Vadias RJ 2015 sobre o que aprenderam dentro do movimento e quais são as potencialidades pedagógicas que o mesmo apresenta para as questões contemporâneas nas lutas feministas. Por fim, foi possível concluir que a Marca das Vadias do Rio de Janeiro em 2015 é um movimento social potente para uma formação contra-hegemônica na qual o respeito pelas diferenças e as discussões de gênero e de sexualidade se apresentam como possíveis, bem como os limites e os avanços a serem considerados em outros espaços para a defesa de uma educação intercultural. / [en] This research aims to analyze how a social feminist movement develops training strategies or maybe relates to women causes. We studied and analyzed the Rios 2015 SlutWalk. Using researches, meeting notes and interviews, it was possible to divide this paper in three keys topics. The first one refers to the militancy seen in the movement as a proof of women empowerment, specially when it comes to choices of freedom over the body. Thereby, we also observed the intention to subvert the social order and the cultural aspects of leadership in which many women are historically subjected. The second key topic is directly related to the differences in education, also discussing the intersectionality defended by Rio s 2015 SlutWalk. It indicates the progress and barriers of coexistence in different levels of oppressions in our society and inside the movement. The third key topic discusses the perception of what the walk participants say they have learned from the movement and what kind of educational potential it has in the contemporary issues in womens struggles. Finally, concluded the Rio s 2015 SlutWalk is a social moviment for a strong way for a counter-hegemonic formation in which respect for gender equality and sexuality discussions are as possible as boundaries and advances to be considered in other areas for an intercultural education.
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[pt] HOBBES ÉDIPICO: FORMAÇÃO DO SUJEITO, SUBJETIVIDADE E NEUROSE NO CONTRATO SOCIAL DE THOMAS HOBBES / [en] OEDIPAL HOBBES: SUBJECTHOOD, SUBJECTIVITY AND NEUROSIS IN HOBBES S SOCIAL CONTRACT

MARINA SERTA MIRANDA 29 December 2020 (has links)
[pt] A presente dissertação expressa e narra meu processo de compreensão do meu desejo de saber, suas impossibilidades, e as conexões entre poder e reivindicações à verdade nas narrativas e sujeitos autorizados por tais reivindicações. Eu escolhi particularmente o processo de formação do sujeito como compreendido pela teoria psicanalítica desenvolvida por Jacques Lacan – em seu “retorno a Freud” – e pela teoria contratualista como desenvolvida por Thomas Hobbes. Esse processo de formação do sujeito é um que eu entendo, como Judith Butler, como co-constitutivo e codependente com o poder que o forma numa relação em que não há emergência de um sujeito a não ser que autorizado por alguma instância de poder, ao mesmo tempo que não há poder senão como efeito sobre e através dos sujeitos a quem sujeita. O caminho em particular que eu consegui traçar em minha exploração, primeiro, foi entendendo um certo caráter ou papel estruturante da linguagem na teoria de ambos Lacan e Hobbes. Isso me permitiu dar um passo além, na análise de como o sujeito neurótico e o sujeito do contrato social emergem não só dos mesmos contextos, mas, sendo assim, talvez sejam um e o mesmo sujeito. Para, então, seguir o processo de formação do sujeito como colocada por Lacan até o mecanismo do Nome-do-Pai, procurando entender nossos investimentos políticos em uma certa forma paternalista de autoridade. No último e final passo deste processo ao invés de se fechar e confirmar-se a si mesma, eu busco partilhar uma crítica de um certo modelo heteronormativo e falocêntrico no qual muito da teoria psicanalítica está baseada, seus efeitos danosos nos mecanismos de exclusão e autorização de determinados sujeitos na nossa sociedade, baseados em uma diferenciação sexual. Eu emerjo desta dissertação não só mais capaz de engajar livros, autores e literaturas, mas compreendendo melhor e sendo mais atenta ao meu próprio desejo de saber e os mecanismos de exclusão vigentes no nosso mundo. / [en] This dissertation expresses and narrates my struggle to grapple with my own desire of knowing, its impossibility, and the connections between power and claims to truth in those – people and narratives – authorized by claims to know. I chose the particular process of subject formation as understood by the psychoanalytical theory developed by Jacques Lacan – in his return to Freud – and the social contract theory of Thomas Hobbes. This process of subject formation is one I understand, rooted in the thought of Judith Butler, as a co-constitutive and codependent relationship, where no subject can emerge unless subjected by power, and power can only exist as the effects of authorization of certain subjects. The particular path through which I have been able to do this has been through the exploration, first, of a certain structuring character language has both in lacanian psychoanalytical theory and in the hobbesian political treatise. This allowed me to take one step further into analyzing how the neurotic subject and the social contract subject emerge and understand them as one and the same. So then I could be able to follow Lacan s exploration of subject formation in the device of the Name-of-the-Father, hoping it would make me understand a particular investment of the social contract theory subject in paternal authority. I chose to close this dissertation, then, not confirming and reiterating the movement I have been able to find and develop, but with a critique of the heteronormative, phallocentric model in which much of psychoanalytical theory is rooted in, and its damaging effects on the mechanisms of exclusion and authorization of subjects in our society, as based on sexual difference. I have emerged from this dissertation not only smarter from the books I have read and literature I have engaged with, but wiser in my own inquiries and desire to have access and know how the world works.
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[pt] SOBERANIA EM OUTROS TERMOS: DISSIDÊNCIA, MORTE E EXCESSO / [en] SOVEREIGNTY IN OTHER TERMS: DISSIDENCE, DEATH AND EXCESS

AMANDA ALVARES FERREIRA 07 August 2023 (has links)
[pt] O objetivo desta tese é, em primeiro lugar, analisar a reprodução do discurso da soberania nas Relações Internacionais enquanto mecanismo de fixação identitária e, em segundo lugar, deslocar o foco da soberania por meio de uma análise de mecanismos de morte, esta sendo objeto e local da soberania em si. Considerando o debate na teoria queer sobre os limites da política, a tese faz uma análise crítica do desenvolvimento dessa perspectiva teórica na disciplina, apresentando uma leitura que fomenta o desmantelamento da noção de uniformidade do Estado e da prevalência do internacional como condição das Relações Internacionais, a fim de entender o internacional como universalidade. Depois disso, em diálogo com Foucault e Butler, a tese se aprofunda no detalhamento das relações de poder a nível do corpo por meio do debate sobre a sujeição implicada pela fixação identitária do gênero, e assim a demonstra como fundamental para as premissas da racionalidade e da agência como fundadoras da soberania. Para tal, o contexto brasileiro de marginalização e violência contra minorias de gênero e raça é considerado. Analisa-se a degeneração como forma de produção da diferença em uma gama de variações na intersecção de raça e gênero, em um engajamento crítico com o conceito de racismo de Estado. Nessa linha, a tese aprofunda, então, uma discussão teórica acerca dos diferentes exercícios de morte sobre o outro para entender as contrapartidas da expansão da vida, colocando em evidência a violência constitutiva da formação de uma identidade soberana. A tese então propõe uma análise da morte como chave da agência do ser e da soberania, a partir de uma leitura do excesso batailleano. A soberania é analisada no flerte com a morte, tanto na morte lenta quanto na morte violenta, ambas no entremeio entre a consciência e sua interrupção, e entre a utilidade e o dispêndio. Sendo assim, o identitarismo é posto em xeque por meio do questionamento da capacidade agencial resumida à razão, em uma contribuição que parte da perda de si como contestação da figura do indivíduo e do Estado soberano. Por fim, a proposta de conceituação alternativa da soberania é examinada retomando as potenciais problemáticas identitárias presentes no debate queer. O objetivo é retomar a discussão sobre radicalidade queer e sobre as consequências do movimento de desnaturalização tanto do gênero como da soberania, sejam elas significativas em termos de resistência ou não. / [en] The objective of this thesis is, firstly, to analyze the reproduction of the discourse on sovereignty in International Relations, understanding it as a mechanism of fixation of identity and, secondly, to dislocate the focus of sovereignty through an analysis of mechanisms of death, considering death as object and locus of sovereignty itself. Considering queer theory’s debate on the limits of politics, the thesis engages critically with the development of this theoretical perspective in the discipline, presenting a reading that foments the dismantling of the notion of State’s uniformity and the prevalence of the international as a condition of International Relations, with the aim of understanding the international as universality. After that, in dialogue with Foucault and Butler, the thesis deepens itself in detailing the relations of power at the level of the body through the debate on subjection implied by gender identity’s fixation, demonstrating it as fundamental to the premise of rationality and agency as both founding of sovereignty. To do so, the Brazilian context of marginalization and violence against gender and race minorities is considered. Degeneration is pondered as a form of production of difference in a range of variations at the intersection of gender and race, in a critical engagement with the concept of State racism. Following that, the thesis deepens, then, a theoretical discussion around the different exercises of death over the other in order to understand the costs of the expansion of life, evidencing the constitutive violence of the formation of a sovereign identity. The thesis then proposes an analysis of death as key to the agency of the being and to sovereignty, departing from a reading of bataillean excess. Sovereignty is analyzed in flirting with death, both in slow death as in violent death, both in between consciousness and its interruption, and in between utility and expenditure. Thus, identitarianism is put in check through the questioning of agential capacity reduced to reason, in a contribution that departs from the loss of the self as a contestation of the image of the individual and the sovereign State. Finally, the proposal of an alternative conception of sovereignty is examined by recovering the discussion about queer radicality and about the consequences of the movement of denaturalization both of gender as well as sovereignty, be them significative in terms of resistance or not.
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[en] BECAUSE THEY LOOK LIKE GIRLS OR ACT LIKE GIRLS: ERASURE OF NON-BINARY IDENTITIES IN TRANSLATIONS OF THE HOUSEKI NO KUNI MANGA / [pt] PORQUE ELAS APARENTAM SER MENINAS OU AGEM COMO MENINAS: APAGAMENTO DE IDENTIDADES NÃO-BINÁRIAS EM TRADUÇÕES DO MANGÁ HOUSEKI NO KUNI

FELIPE DUARTE PINHEIRO 27 April 2021 (has links)
[pt] A pesquisa intitulada Porque elas aparentam ser meninas ou agem como meninas: apagamento de identidades não-binárias em traduções do mangá Houseki no kuni analisa cinco traduções do referido mangá – duas traduções profissionais, uma para o inglês e uma para o francês; e três traduções amadoras, uma para o português, uma para o espanhol e uma para o inglês – e como essas lidaram com a não-binariedade dxs personagens. O objetivo foi examinar as maneiras nas quais ideologias hegemônicas de tradução e cis-heteronormativas podem levar ao apagamento de identidades LGBTQAI(mais). A análise dos dados demonstrou que todas as traduções para línguas neolatinas, assim como a tradução amadora para o inglês designaram um gênero axs personagens. No caso das línguas neolatinas, a análise dos meta e paratextos sugerem que o gênero gramatical dessas línguas desempenhou um papel importante no apagamento da não-binariedade de gênero. Contudo, também se verificou evidências da influência de ideologias cis-heteronormativas na escolha das estratégias tradutórias empregadas. Dentre as traduções analisadas, apenas a tradução profissional para o inglês não designou um gênero axs personagens. Contudo, a análise de fontes metatextuais revelou que ideologias de tradução relacionadas à ideia de fluência estavam por trás das estratégias tradutórias utilizadas, resultando em uma tradução que mantém a não-binariedade, porém, não a visibiliza. Ao estudar as ideologias cis-heteronormativas e de tradução que subjazem às estratégias tradutórias empregadas, a presente pesquisa contribui para entender como identidades LGBTQAI(mais) podem ser facilmente apagadas em traduções e propor formas de visibilizá-las a fim de combater a hegemonia cis-heteronormativa. / [en] The research entitled Because they look like girls or act like girls: erasure of non-binary identities in translations of the Houseki no kuni manga analyzes five translations of the referred manga - two professional translations, one into English and one into French ; and three amateur translations, one into Portuguese, one into Spanish and one into English - and how they dealt with the non-binary gender of the characters. The objective was to examine the ways in which cis-heteronormative ideologies and hegemonic translation ideologies can lead to the erasure of LGBTQAI (plus) identities. The analysis of the data showed that all the translations to Neo-Latin languages, as well as the amateur translation into English designated a gender to the characters. In the case of Neo-Latin languages, the analysis of meta and paratexts suggests that the grammatical gender of these languages played an important role in erasing the non-binary gender of the characters. However, there was also evidence of the influence of cis-heteronormative ideologies in the choice of translation strategies employed. Among the translations analyzed, only the professional translation into English did not designate a gender to the characters. However, the analysis of metatextual sources revealed that translation ideologies related to the idea of fluency were behind the translation strategies used, resulting in a translation that maintains the non-binary gender of the characters, but does not make it visible. By studying the cis-heteronormative and translation ideologies that underlie the translation strategies employed, this research contributes to understand how LGBTQAI (plus) identities can be easily erased in translations and propose ways to make them visible in order to fight cis-heteronormative hegemony.

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